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Uma das linhas mais movimentadas de São Paulo ganhará cores e formas bem conhecidas dos pernambucanos. A Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer do estado, por meio da Empetur, realizará uma campanha na Estação Paulista da Linha Amarela, no qual seis vagões terão os interiores adesivados com imagens que retratam Porto de Galinhas, Fernando de Noronha, Olinda, Praia dos Carneiros, Carnaval do Recife e São João.

A intervenção também contará com uma equipe de promotores caracterizados de acordo com o tema de cada destino e convidarão as pessoas a tirar fotos e postar nas redes sociais usando a hashtag #DescubraPernambuco.

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Assim, o vagão Fernando de Noronha terá mergulhadores e surfistas, no vagão Olinda, os promotores estarão fantasiados como no carnaval e no do São João, vestindo roupas do período junino. A ação também será no Túnel Angélica, onde ficará até 12 de dezembro.

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Depois de seis semanas de crise secessionista aguda na Catalunha, o primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, anunciou neste sábado (21) a intervenção no governo regional catalão, dominado por separatistas.

O Parlamento regional será dissolvido, o governador Carles Puigdemont será afastado de suas funções, assim como seu vice, e novas eleições regionais serão convocadas, em data ainda a ser definida.

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Depois de já ter assumido o controle das finanças da região autônoma, Madri assumirá o controle sobre novas áreas administrativas, ainda não descritas.

Embora o premiê tenha afirmado que as ações não resultam na perda da autonomia da Catalunha, na prática o governo regional hoje constituído deixa de existir legalmente. A decisão foi tomada após uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros que perdurou por mais de duas horas pela manhã. A portas fechadas, o gabinete de Rajoy deliberou sobre que medidas adotaria entre as previstas no artigo 155.

Uma hora mais tarde, o primeiro-ministro convocou a imprensa espanhola e internacional ao Palácio de Moncloa para anunciar sua decisão. (Andrei Netto, correspondente)

Em meio às discussões sobre se há necessidade de uma intervenção militar no Brasil de modo a minimizar a crise no país, o senador Cristovam Buarque (PPS), em artigo publicado, falou sobre o assunto. De acordo com o parlamentar, uma intervenção militar não é a saída para a crise brasileira e para “a desmoralização” da classe política. “A crise que atravessamos deve ser resolvida pelas urnas, não pelas armas; pelos políticos, não pelos militares”, ressaltou. 

O senador disse que, há anos, alerta para o risco da volta do regime militar. "Na semana passada, fui surpreendido pela divulgação de um áudio com uma voz supostamente minha que defendia ideias com as quais não compactuo. Há anos, alerto para o risco da volta do regime militar e tenho sido ferrenho adversário dessa alternativa, mas o áudio passa a ideia de que não apenas alerto como também sugiro essa insanidade. Fui vítima de uma violência e incômodo a que se somaram surpresa e preocupação com o fato de receber cumprimentos de apoio por parte daqueles que imaginavam ser minha voz e meu discurso. Decepcionei pessoas, em diversos lugares, quando neguei a autoria da mensagem”, contou. 

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Cristovam Buarque, ainda em seus argumentos, salientou que uma ditadura não permite corrigir seus erros. “Os políticos atuais, com todos os seus defeitos, têm apenas 52 semanas para voltarem para casa, se o povo assim votar. Um regime militar não tem prazo de permanência, o último demorou 21 anos e foi muito difícil de ser derrubado”, justificou. 

“Os atuais políticos estão sob o fogo da imprensa, da Justiça, da polícia e do Ministério Público. Diversos deles presos, muitos transformados em réus à espera da sentença. Em um regime autoritário, a Justiça será controlada, a imprensa censurada, a polícia desviada de função para servir à repressão política. E nada indica que as fardas não têm bolsos para alguns militares que desejarem se locupletar ou que não fecharão os olhos para os políticos que vão servi-los, corruptamente, muitos dos quais escolhidos dentre os atuais”, continuou.

Na semana passada, o deputado federal Cabo Daciolo (Avante) defendeu, no plenário da Câmara, a possibilidade da saída Legislativa, incluindo ele mesmo, e do Executivo para que as Forças Armadas assumissem "um poder provisório". "O povo brasileiro tem esse poder: quando se instala o caos, eles entram", declarou. Um vídeo sobre o tema foi divulgado na página do Facebook do parlamentar. 

A diretoria colegiada da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) decretou intervenção no Instituto de Seguridade Social dos Correios e Telégrafos (Postalis) pelo prazo de 180 dias. A portaria com a decisão está publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira, 4.

A portaria da Previc não detalha os motivos da decisão. Mas o fundo de pensão dos empregados dos Correios tem sido centro de episódios de fraude e má gestão nos últimos anos. Em abril, o Tribunal de Contas da União (TCU) bloqueou os bens de cinco ex-diretores do Postalis, depois que auditoria da corte detectou prejuízos de R$ 1 bilhão em sete negócios da entidade.

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Também por má gestão e irregularidades, o Postalis vem acumulando sucessivos déficits, o que obriga os próprios beneficiários do fundo a cobrir os rombos. Em julho, o jornal O Estado de S. Paulo informou que o corte nas aposentadorias de beneficiários do fundo está beirando os 18% e, até o fim do ano, deverá chegar a 20%.

O Postalis tem dois planos de previdência, o mais antigo é que registra déficit, de R$ 7,4 bilhões. Esse plano reúne 84,2 mil participantes e todos contribuem para cobrir o saldo negativo.

Depois de uma longa conversa no Ministério da Defesa, de quase uma hora, o ministro Raul Jungmann e o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, decidiram encerrar a polêmica criada pelo general da ativa Antonio Hamilton Martins Mourão que, em palestra na última sexta-feira, em uma Loja Maçônica, em Brasília, defendeu a possibilidade de intervenção militar, diante da crise política que toma conta do País. Ficou acertado entre os dois que o general não sofrerá uma punição formal, para que não se transforme em um herói interno.

Contudo, o general Villas Bôas, que foi convocado por Jungmann para a reunião, vai chamar o general Mourão para lhe advertir que quem fala pelo Alto Comando é ele, que sua fala foi inconveniente e que é preciso buscar a estabilidade, legalidade e legitimidade, de forma que o Exército não seja fator de instabilidade.

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Todo esse desfecho do episódio foi acertado, passo a passo, entre Jungmann e Villas Bôas, com muitas idas e vindas, com objetivo de evitar rusgas e problemas à autoridade de ambos.

O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Sérgio Etchegoyen, participou das negociações para solução do caso. Mourão deve ir para a reserva daqui a seis meses e é candidato a presidente do Clube Militar, em eleição prevista para maio do próximo ano.

Jungmann concordou com o comandante que Mourão não pode ser transformado em vítima e ficou acertada uma manifestação de Villas Bôas em relação ao fato. Na conversa, o comandante informou que tomou providências internas, com repasse de orientações ao Alto Comando do Exército com objetivo de evitar qualquer tipo de nova saia justa para a instituição. A solução acabou entendida por Jungmann.

O general Villas Bôas avisou aos generais integrantes do Alto Comando que ele, o comandante, é o único que pode falar pelo colegiado ou pelo Exército, e a expressar o pensamento da Força.

Durante a palestra, o general Mourão havia dito que sua visão sobre as soluções para a crise "coincidem com as dos companheiros do Alto Comando do Exército". O general Villas Bôas disse ainda a Jungmann que no recado dado aos generais quatro-estrelas reforçou sua posição de buscar estabilidade, legalidade e legitimidade, de forma que o Exército não seja fator de instabilidade. Falou também da importância da coesão da Força, considerada essencial, particularmente neste momento, e que o Exército já compreendeu a importância da serenidade para vencer os desafios que estão sendo enfrentados no País.

De acordo com interlocutores dos dois lados, Jungmann e Villas Boas se entenderam e a solução para o caso foi de consenso. Um dos interlocutores procurados pelo Broadcast Político (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado) contou que eles alinharam as posições, preservando suas autoridades.

O consenso é que esta foi a melhor solução porque qualquer outro movimento poderia trazer para o Exército um problema político, já que poderiam surgir mais demonstrações de solidariedade criando uma bola de neve, com Mourão se transformando em vítima.

A princípio, Jungmann, que deixou o caso na mão de Villas Bôas, por ser ele o superior hierárquico direto do general Mourão, queria uma solução mais drástica para o caso, pelo problema político criado por ele. Mas, depois, foi convencido de que, a melhor coisa, neste momento, é evitar aumentar o grau da temperatura.

A Comissão de Direitos Humanos do Senado aprovou nesta quarta-feira, 20, um convite ao ministro da Defesa, Raul Jungmann, para prestar esclarecimentos sobre as declarações do secretário de Economia e Finanças do Exército, general Antônio Hamilton Mourão, sobre uma suposta intervenção militar no País.

Em palestra na semana passada, que foi filmada e realizada na Loja Maçônica Grande Oriente, em Brasília, Mourão afirmou que os "companheiros do alto-comando do Exército" entendem que uma "intervenção militar" poderá ser adotada se o Judiciário "não solucionar o problema político".

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A convocação do ministro foi requisitada pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), mas transformada em convite na reunião do colegiado na manhã desta quarta-feira. A transformação da convocação em convite foi uma sugestão do senador Sérgio Petecão (PSD-AC).

"Conheço Jungmann já há muito tempo e tenho certeza que ele virá", disse o senador Paulo Paim (PT-RS), vice-presidente da comissão.

Sem punição

Na terça-feira, em entrevista ao jornalista Pedro Bial, da TV Globo, o comandante do Exército brasileiro, general Eduardo Villas Bôas, minimizou as declarações de Mourão e disse que ele não será punido, sob argumento de que é necessário contextualizar a fala dele, que se deu em um ambiente fechado, após ter sido provocado. "Ele (Mourão) não fala pelo alto-comando, quem fala pelo alto-comando e pelo Exército sou eu", afirmou Villas Bôas.

No pedido, Randolfe critica a "absurda e inquietante omissão do governo, em relação a essa afronta direta à Constituição e à democracia". "De fato, não ouve notícia, até o presente momento, de quaisquer reações do ministro da Defesa e do presidente da República, no que tange a essa grave ameaça às instituições democráticas brasileiras", diz o senador.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo publicada na segunda-feira, Mourão afirmou que não estava "insuflando nada" ou "pregando intervenção militar" e que a interpretação das palavras dele "é livre". Ele afirmou ainda que na palestra falava no próprio nome, não no do Exército.

Oficiais-generais ouvidos pelo Estado haviam criticado a fala de Mourão, considerada "desnecessária".

Na entrevista a Bial, Villas Bôas disse que "ditadura nunca é melhor" e que é preciso entender que o regime militar (1964-1985) ocorreu em um momento com Guerra Fria e polarização ideológica. Hoje, segundo ele, o País tem instituições amadurecidas e um sistema de peso e contrapeso que dispensa a sociedade de ser tutelada.

Ainda sobre Mourão, Villas Bôas disse que ele é "um grande soldado, uma figura fantástica, um gauchão." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O general quatro-estrelas da reserva Augusto Heleno publicou nesta terça-feira, 19, em uma rede social, uma declaração de apoio ao general da ativa Antonio Hamilton Martins Mourão, que, em uma palestra na sexta-feira passada, dia 15, defendeu a possibilidade de intervenção militar em razão da crise política no País. Heleno foi o primeiro comandante brasileiro da Força de Paz no Haiti, em 2004. "Meu apoio irrestrito ao meu amigo de longa data e respeitado chefe militar (Mourão)", escreveu Heleno, no Facebook.

No texto de desagravo, o general afirmou que é "preocupante o descaramento de alguns políticos, indiciados por corrupção e desvio de recursos públicos, integrantes da quadrilha que derreteu o País, cobrando providências contra um cidadão de reputação intocável, com 45 anos de serviços dedicados à Pátria". "Aconselho que, pelo menos, se olhem no espelho da consciência e da vergonha", escreveu Heleno.

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"Em resposta a uma pergunta, colocada diante de uma plateia restrita (na Loja Maçônica de Brasília), ele (Mourão) limitou-se a repetir, sem floreios, de modo claro e com sua habitual franqueza e coragem, o que está previsto no texto constitucional. A esquerda, em estado de pânico depois de seus continuados fracassos, viu nisso uma ameaça de intervenção militar. Ridículo", afirmou o general da reserva.

Apoio

A postagem de Heleno recebeu apoio nos comentários. Além disso, segundo monitoramento feito por integrantes das Forças Armadas, 95% das postagens sobre o assunto foram de apoio às declarações de Mourão.

A fala de Mourão, porém, causou saia-justa no comando das Forças Armadas. O ministro da Defesa, Raul Jungmann, convocou o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, para pedir explicações em relação às declarações do militar e "orientá-lo quanto às providências a serem tomadas". Villas Bôas disse nesta terça-feira ao jornal O Estado de S. Paulo que "as declarações do general Mourão não podem ser consideradas fora do contexto". Ele, no entanto, defendeu uma solução interna sem punição ao militar.

Mourão, que atualmente ocupa o cargo de Secretário de Economia e Finanças do Exército, em outubro de 2015 já ficou no centro de outra polêmica, quando criticou o governo petista e a então presidente, Dilma Rousseff. Ele perdeu, com isso, a chefia do Comando Militar do Sul - Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, convocou nesta segunda-feira, 18, o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, para pedir explicações após a repercussão negativa das declarações do general da ativa Antonio Hamilton Martins Mourão.

O Exército tenta contornar a situação, já que Mourão tem uma forte liderança na tropa. Na sexta-feira passada, dia 15, em palestra, o general da ativa defendeu a possibilidade de intervenção militar diante da crise enfrentada pelo País, caso a situação não seja resolvida pelas próprias instituições.

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Por meio de nota, o ministro da Defesa afirmou que também orientou o comandante "quanto às providências a serem tomadas", mas não explicou quais seriam essas medidas.

No fim de semana, ao tomar conhecimento das afirmações, Jungmann relatou o fato ao presidente Michel Temer e avisou que deixou nas mãos do comandante a decisão sobre como conduzir o caso. O general Villas Bôas ouviu as explicações do general e disse que o problema estava "superado". Mourão já protagonizou outro desconforto político em outubro de 2015, quando criticou o governo da presidente cassada Dilma Rousseff. Pelo Regulamento Disciplinar do Exército, o general pode ser punido por dar declarações de cunho político, sem autorização de seu superior hierárquico.

A decisão do comandante do Exército foi interpretada como uma tentativa de abafar o caso e não teria agradado a Jungmann. O ministro esperava algum tipo de sinal de que esse tipo de declaração não pode ser tolerado. De acordo com integrantes do Alto Comando, Mourão está exatamente a seis meses de deixar o serviço ativo.

Punição

Em 2015, por causa de suas declarações, o general Mourão chegou a perder o Comando Militar do Sul e foi transferido para a Secretaria de Economia e Finanças, um cargo burocrático. Agora, diante da pressão política, ele pode ser retirado de sua função, como medida paliativa para que seu gesto não sirva de "incentivo" a outras manifestações semelhantes.

O assunto, no entanto, ainda está sendo objeto de discussão, porque há quem entenda que puni-lo poderia levar a uma leva de solidariedade no Exército, criando um clima político considerado "desnecessário" As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O general do Exército da ativa Antonio Hamilton Martins Mourão falou por três vezes na possibilidade de intervenção militar diante da crise enfrentada pelo País, caso a situação não seja resolvida pelas próprias instituições. A afirmação foi feita em palestra realizada na noite de sexta-feira, 15, na Loja Maçônica Grande Oriente, em Brasília, após o então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciar pela segunda vez o presidente Michel Temer por participação em organização criminosa e obstrução de justiça. Janot deixou o cargo nesta segunda-feira.

A atitude do general causou desconforto em Brasília. Oficiais-generais ouvidos pelo jornal "O Estado de S. Paulo" criticaram a afirmação de Mourão, considerada desnecessária neste momento de crise.

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"Ou as instituições solucionam o problema político, pela ação do Judiciário, retirando da vida pública esses elementos envolvidos em todos os ilícitos, ou então nós teremos que impor isso", disse Mourão em palestra gravada, justificando que "desde o começo da crise o nosso comandante definiu um tripé para a atuação do Exército: legalidade, legitimidade e que o Exército não seja um fator de instabilidade".

O general Mourão seguiu afirmando que "os Poderes terão que buscar uma solução, se não conseguirem, chegará a hora em que teremos que impor uma solução… e essa imposição não será fácil, ela trará problemas". Por fim, acrescentou lembrando o juramento que os militares fizeram de "compromisso com a Pátria, independente de sermos aplaudidos ou não". E encerrou: "O que interessa é termos a consciência tranquila de que fizemos o melhor e que buscamos, de qualquer maneira, atingir esse objetivo. Então, se tiver que haver haverá".

Procurado neste domingo, Mourão explicou, no entanto, que não estava "insuflando nada" ou "pregando intervenção militar" e que a interpretação das suas palavras "é livre". Ele afirmou que falava em seu nome, não no do Exército.

Ao jornal, o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, foi enfático e disse que "não há qualquer possibilidade" de intervenção militar. "Desde 1985 não somos responsáveis por turbulência na vida nacional e assim vai prosseguir. Além disso, o emprego nosso será sempre por iniciativa de um dos Poderes", afirmou Villas Bôas, acrescentando que a Força defende "a manutenção da democracia, a preservação da Constituição, além da proteção das instituições".

Depois de salientar que "internamente já foi conversado e o problema está superado", o comandante do Exército insistiu que qualquer emprego de Forças Armadas será por iniciativa de um dos Poderes. No sábado, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, conversou com o comandante do Exército, que telefonou para o general Mourão para saber o que havia ocorrido. O general, então, explicou o contexto das declarações.

Polêmicas anteriores

Esta não é a primeira polêmica protagonizada pelo general Mourão, atual secretário de economia e finanças do Exército, cargo para o qual foi transferido, em outubro de 2015, quando perdeu o Comando Militar do Sul, por ter feito duras críticas à classe política e ao governo.

Antes, ele já havia desagradado ao Palácio do Planalto, ao ter atacado indiretamente a então presidente Dilma Rousseff ao ser questionado sobre o impeachment dela e responder que "a mera substituição da PR( presidente da República) não trará mudança significativa no 'status quo'" e que "a vantagem da mudança seria o descarte da incompetência, má gestão e corrupção".

Neste domingo, ao ser procurado pelo jornal, o general Mourão disse que "não está insuflando nada" e que "não defendeu (a tomada de poder pelos militares), apenas respondeu a uma pergunta". Para o general, "se ninguém se acertar, terá de haver algum tipo de intervenção, para colocar ordem na casa". Sobre quem faria a intervenção, se ela seria militar, ele responde que "não existe fórmula de bolo" para isso. E emendou: "Não (não é intervenção militar). Isso não é uma revolução. Não é uma tomada de poder. Não existe nada disso. É simplesmente alguém que coloque as coisas em ordem, e diga: atenção, minha gente vamos nos acertar aqui e deixar as coisas de forma que o País consiga andar e não como estamos. Foi isso que disse, mas as pessoas interpretam as coisas cada uma de sua forma. Os grupos que pedem intervenção é que estão fazendo essa onda em torno desse assunto".

Mourão estava fardado ao fazer a palestra. Ele permanece no serviço ativo no Exército até março do ano que vem, quando passará para a reserva. O general Mourão disse ao jornal que não vai se candidatar, apesar de existir página nas redes sociais sugerindo seu nome para presidente da República. "Não. Não sou político. Sou soldado."

Presidente do PMDB de Pernambuco, o vice-governador Raul Henry reuniu o diretório estadual da legenda, nesta terça-feira (12), para deliberar sobre como vão se portar diante da possibilidade do senador Fernando Bezerra Coelho, neo-peemedebista, assumir o comando local da legenda, inclusive para defender a candidatura do partido ao Governo de Pernambuco, com o qual a legenda é aliada de primeira hora.

Depois de uma reunião acalorada e com discursos dotados de críticas a Bezerra Coelho, Henry afirmou que o grupo “está unido” e foram firmadas duas deliberações. Uma delas, delegando a ele a responsabilidade de tomar decisões diante da nacional sobre o assunto sem precisar de consulta prévia aos demais membros do diretório. Além disso, também foi divulgado um manifesto onde a direção pede respeito às forças do partido. 

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“Uma luta política como esta temos que travar com a unidade do partido. No domingo, quando eu cheguei, tive que reunir as pessoas para conversar. Estive com Jarbas e reuni a executiva para ver qual era o sentimento, a opinião deles, redigimos a nota em conjunto e foi aprovada pelo diretório que é o órgão máximo”, salientou, em conversa com a imprensa.  

Nos bastidores, conta-se que um filiado ao PMDB estadual teria encaminhado uma solicitação à nacional para que o diretório fosse diluído e isso seria um precedente para que Fernando Bezerra assumisse as rédeas da sigla. Segundo Raul, ainda não houve nenhuma comunicação sobre o assunto. "Se isso for deliberado, se é que entrará na pauta [da reunião da Executiva Nacional], vamos ser notificados. Preferimos primeiramente travar a luta política, se não for assim estamos dispostos a ir para a judicialização”, declarou. 

A reunião da executiva é nesta quarta-feira (13), em Brasília. Raul Henry viaja para a capital federal ainda hoje e adiantou que já vai procurar membros da direção para conversar. Segundo ele, até o momento, nunca houve uma intervenção nacional nos diretórios regionais ou estaduais. 

Apesar disso, já houve uma intervenção do PMDB de Pernambuco no diretório de Olinda e foi usado como ponto de questionamento para a postura de Henry. “É completamente diferente”, retrucou. “Em Olinda não houve intervenção, mas uma fraude na convenção. O deputado Ricardo Costa, líder do partido na Assembleia, quis inscrever uma chapa para participar da convenção ou ingressar na que já estava na disputa e foi negado a ele ambos os direitos. Ele elencou um conjunto farto de provas materiais, mostrando que a convenção estava viciada, tanto que a o assunto foi judicializada e nós vencemos”, acrescentou.  

Manifesto

A nota política aprovada pela direção diz que não será admitida a "destituição" da liderança do deputado Jarbas Vasconcelos. Além disso, volta a disparar contra a atitude de Bezerra. "Indigna, traiçoeira, torpe e repulsiva", classifica o texto.

Veja o texto na íntegra:

EXIGIMOS RESPEITO!

A história do PMDB de Pernambuco começou em 1966, quando foi fundado como MDB. Nesses mais de 50 anos de trajetória, nosso partido caracterizou-se pela combatividade, pela resistência ao autoritarismo, pela postura republicana na relação com o patrimônio público e pela defesa dos interesses do povo.

A síntese dessa história e desses valores materializa-se em um nome: o do ex-governador Jarbas Vasconcelos. Jarbas foi fundador do MDB e do PMDB. Foi também seu presidente estadual e nacional, companheiro leal do inesquecível Ulysses Guimarães. Sua vida é exemplo de coragem cívica, retidão de caráter, honestidade e espírito público. Por isso, para nós do PMDB de Pernambuco, Jarbas é mais que uma liderança, é um símbolo da nossa identidade política.

Nosso partido, seguindo sua índole democrática, sempre procurou cultivar, ao longo do seu caminho, um tratamento respeitoso com as lideranças políticas do estado e manteve-se aberto a todos que o quisessem integrar e defender suas bandeiras.

Não aceitamos, no entanto, a atitude indigna, traiçoeira, torpe e repulsiva daqueles que querem entrar no partido para promoverem uma intervenção em sua direção estadual e em sua orientação política.

Não admitiremos, jamais, a destituição de Jarbas Vasconcelos da direção política do PMDB de Pernambuco. A biografia e a liderança de Jarbas, reserva moral da vida pública do país, será defendida por nós incondicionalmente.

Não permitiremos que usurpem a nossa história de mais de 50 anos de luta e de resistência.

Este diretório estadual foi eleito de maneira legítima e democrática. Dele, participam, sem distinção, todas as lideranças políticas que fazem o PMDB de Pernambuco, em todas as regiões do estado.

O senador Fernando Bezerra Coelho ainda tem tempo para aprender a lidar com gestos de grandeza, elegância e generosidade, como foi o de Jarbas ao admitir seu acolhimento no partido. Aprender também que a nossa história é de lealdade, não de traição. De coerência, não de oportunismo. De decência, não de incorreção.

Por todas essas razões, exigimos respeito! Declaramos nosso irrestrito apoio a Jarbas Vasconcelos. E manifestamos à opinião pública do estado nossa indignação e a disposição de lutar em todas as frentes para preservar a identidade, a história e o patrimônio político do PMDB de Pernambuco.

DIRETÓRIO REGIONAL DO PMDB-PE

 

Na próxima sexta-feira (28), a classe artística de Pernambuco se mobiliza para promover ações culturais no Teatro do Parque, no Centro do Recife. O encontro, que será realizado na área externa do equipamento cultural, será às 17h e deve reunir artistas representantes de várias expressões culturais. 

O evento, programado em uma rede social, conta com quase cinco mil pessoas interessadas em participar da mobilização, que tem como prinicpal objetivo reivindicar a reabertura do espaço. O Teatro do Parque é um dos equipamentos mais antigos da cidade e foi interditado há sete anos para reforma. Com promessas de reabertura e retomada de readequações estruturais, o local está abandonado.

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De acordo com um dos organizadores do evento Diógenes Lima a mobilização artística foi intensificada após a reabertura do Armazém 14. "O fechamento e o abandono do Parque há sete anos já era um incômodo muito grande da classe artística e após a reabertura do Armazém 14, que estava fechado para reforma, como uma casa privada incomodou ainda mais", explicou o ator.

Ainda conforme Diógenes, na próxima sexta-feira (28) haverá uma grade reunião para articular frentes que ajudem a viabilizar a 'Virada Cultural' do Parque, tudo de forma colaborativa. "A proposta é promover inúmeras intervenções artísticas durante 24 horas. Para isso, vamos precisar de uma colaboração expressiva de todos", concluiu.

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O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, disse nessa quarta-feira (9) que nem mesmo o ilusionista Mister M resolveria a situação econômica do Estado, sem recursos, e rechaçou a proposta de intervenção federal, apresentada por integrantes da bancada fluminense na Câmara dos Deputados.

"Intervenção para quê? Você pode botar o Mister M lá que não vai resolver. O dinheiro não vai cair do céu, você não fabrica dinheiro", afirmou Pezão, que desde terça-feira faz uma "peregrinação" na capital federal, em busca de verbas. "Estados e municípios não têm o poder que a União tem de decretar déficit de R$ 170 bilhões, aprovar no Congresso, emitir dinheiro e Medida Provisória. Eu queria ter banco e poder emitir dinheiro."

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Para o deputado federal Hugo Leal (PSB-RJ), coordenador da bancada do Rio na Câmara, a intervenção federal é a "única saída viável" para que o governo fluminense tenha condições de pagar o funcionalismo e manter serviços essenciais. Já o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que essa é a "última hipótese colocada" porque uma intervenção teria efeito negativo para outros Estados e provocaria insegurança para investidores. Segundo ele, o Tesouro calcula que o Rio precisaria de um resgate entre R$ 5 bilhões e R$ 10 bilhões para sobreviver nos próximos 12 meses.

Pezão se reuniu com o presidente Michel Temer e com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles para pedir ajuda para o Rio. Também conversou com Maia, com a presidente do Supremo Tribunal Federal, Carmen Lúcia, e com o ministro das Cidades, Bruno Araújo. Ele disse que o Estado não suporta mais arcar com as aposentadorias especiais, que representam 66% da previdência do Rio.

O governador sugeriu o que chamou de "medidas criativas" para enfrentar a crise, como a securitização da dívida ativa e dos royalties de petróleo. "Com a securitização, acredito que a gente possa arrecadar perto de R$ 6 bilhões", argumentou, negando ter sido "abandonado" por Temer. Questionado se a justificativa para o governo federal não socorrer o Rio é a Proposta de Emenda à Constituição que estabelece um teto para os gastos públicos, em tramitação no Senado, Pezão admitiu que o ajuste é citado em todas as conversas.

"Já é uma receita. Você bate em todas as portas, entra e é uma missa: 'Não tem dinheiro'", afirmou. "O governo está com dificuldade, tem um déficit de R$ 170 bilhões, prestes a explodir, e não pode ajudar só o Rio".

Pezão acusou o desembargador Custório Barros Tostes, do Tribunal de Justiça do Rio, que suspendeu a proposta de ajuste enviada à Assembleia, de ter "interesse" no assunto. O pacote de medidas inclui o aumento para 30% na contribuição previdenciária dos servidores. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma intervenção precoce, aos 2 anos de idade, pode melhorar o prognóstico dos casos de autismo com a ajuda aos pais na comunicação com o filho, reduzindo os sintomas da enfermidade, revela um estudo publicado nesta quarta-feira (26) na revista médica The Lancet.

O estudo, que analisa 152 crianças divididas em dois grupos, concluiu que o primeiro se beneficiou de uma intervenção precoce em relação ao segundo, limitado à assistência habitual dos centros especializados em autismo. Todos os menores foram acompanhados durante seis anos.

Segundo a revista, este é o primeiro estudo a identificar o efeito a longo prazo de uma intervenção precoce em casos de autismo. Os resultados são "alentadores", declarou o diretor do estudo, o acadêmico Jonathan Green, da Universidade de Manchester, destacando que foram atenuados muitos sintomas.

O especialista acrescentou que a terapia não é uma solução, já que as crianças melhoraram mas seguiram apresentando sintomas do autismo. O método se baseia em gravar os pais interagindo com seus filhos para que os terapeutas possam ajudá-los a entender e a ter uma comunicação melhor.

Os pais fazem 12 sessões de terapia, durante seis meses, seguidas de sessões mensais durante o semestre seguinte. Também devem se comprometer a dedicar entre 20 e 30 minutos diários às atividades de comunicação e a brincadeiras planejadas com os filhos.

Em termos gerais, o estudo concluiu que o grupo submetido ao tratamento apresentou uma redução de 17% no percentual de crianças com sintomas graves. O estudo também revelou uma melhora na comunicação entre as crianças e seus país, que relataram um progresso dos filhos no relacionamento com os colegas e na comunicação social, além de uma redução nos comportamentos repetitivos.

Mas nenhum dos dois grupos apresentou melhora em indicadores de saúde mental como ansiedade, depressão e atitudes desafiadoras. Em seu crescimento, as crianças com autismo vão seguir necessitando ajuda em muitos aspectos de sua vida, destacaram os autores, que seguem trabalhando para melhorar seu método.

O ex-ministro da Advocacia Geral da União (AGU) Fábio Medina Osório afirmou que o governo do presidente Michel Temer (PMDB) "quer abafar a Lava Jato". Osório foi demitido do cargo nesta sexta-feira (9) e, segundo entrevista concedida por ele a revista Veja, o motivo da substituição seria o desejo de cobrar de empreiteiros e políticos envolvidos com o esquema de corrupção na Petrobras investigado pela Lava Jato o ressarcimento ao erário do dinheiro público roubado. A cobrança causou desconfortos entre Osório e o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, por quem foi indicado para o cargo.

“O governo quer abafar a Lava Jato”, declarou o agora ex-ministro. “Tem muito receio de até onde a Lava Jato pode chegar... Se não houver compromisso com o combate à corrupção, esse governo vai derreter”, acrescentou.

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O advogado-geral também pretendia mover ações de improbidade administrativa contra quatorze aliados, sendo três do PMDB: Renan Calheiros, presidente do Congresso, Valdir Raupp e Aníbal Gomes; oito do PP: Arthur Lira, Benedito de Lira, Dudu da Fonte, João Alberto Pizzolatti Junior, José Otávio Germano, Luiz Fernando Faria, Nelson Meurer e Roberto Teixeira; e três do PT: Gleisi Hoffmann, Vander Loubet e Cândido Vaccarezza.

Ainda de acordo com a reportagem, Fábio Medina Osório acusou Padilha de postergar a chegada dos inquéritos que envolviam os políticos citados acima na AGU. A pessoa encarregada de fazer as cópias e encaminhar ao ex-ministro era a advogada Grace Mendonça, nomeada por Temer para substituí-lo.

“Me parece que o ministro Padilha fez uma intervenção junto a Grace Mendonça, que, de algum modo, compactuou com essa manobra de impedir o acesso ao material da Lava-Jato”, contou Medina. O governo nega qualquer tipo de intervenção.  

O presidente da Associação do Futebol Argentino (AFA), Luis Segura, enviou nesta quinta-feira uma carta à Fifa e à Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) em que relata uma intervenção estatal no futebol do país. Na última segunda, o governo de Mauricio Macri colocou dois fiscais para analisar as contas da instituição e determinou o adiamento por 90 dias a eleição marcada para 30 de junho.

As duas associações podem punir o país com a desfiliação caso considerem que houve mesmo uma intervenção, mas a hipótese é considerada remota na Argentina, primeiro colocado no ranking da Fifa. Sanções semelhantes ocorreram com Benin e Kuwait no início do mês passado.

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Alguns dirigentes da AFA reagiram à ação do governo Macri ameaçando pedir o retorno da seleção da Copa América Centenário, nos Estados Unidos. A hipótese foi descartada na última terça-feira por Segura. A Casa Rosada rejeita o termo intervenção, por considerar que isso só ocorreria com a troca no comando da instituição. Segundo os jornais Clarín e La Nación, interlocutores de Macri consultaram a Fifa para certificar-se de que a ação na AFA não acarretaria sanção.

Um dos favoritos para vencer a eleição na AFA é o presidente do Independiente, Hugo Moyano, sindicalista mais influente do país. Aliado de Macri na eleição para a Casa Rosada no ano passado, Moyano não teve seu apoio retribuído pelo chefe de Estado, ex-presidente do Boca Juniors. Seu rival mais forte, o apresentador de TV Marcelo Tinelli, dirigente do San Lorenzo, desistiu de participar da eleição nesta quinta-feira. A hipótese de Tinelli comandar uma liga nos moldes da espanhola e Moyano assumir a AFA, com controle sobre a seleção, foi vetada pelo presidente do Boca, Daniel Angelici, afilhado político de Macri.

A eleição para a AFA deveria ter ocorrido em 3 de dezembro do ano passado. Os candidatos eram Tinelli e Segura, herdeiro político de Julio Grondona, que morreu em 2014 em meio a investigações de corrupção. Em uma votação com 75 dirigentes, houve empate de 38 a 38. O escândalo aumentou a pressão por mudança no controle da instituição.

O Banco Central fez nesta semana sua maior atuação no mercado financeiro em um período de tempo tão curto. Para evitar uma queda mais forte do dólar, movimento puxado pela percepção de investidores de que o impeachment da presidente Dilma Rousseff ficou mais próximo, o BC comprou US$ 24 bilhões desde segunda-feira, um volume nunca antes visto, segundo o economista Nathan Blanche, da Tendências Consultoria.

Como resultado, o BC conseguiu pelo menos estabilizar a moeda na faixa próxima dos R$ 3,50. Nesta sexta-feira, 15, o dólar chegou até mesmo a subir, fechando em R$ 3,5263. Sem a atuação do BC, segundo analistas, poderia ter caído para uma faixa entre R$ 3,20 a R$ 3,30. Além disso, o BC conseguiu também elevar as reservas cambiais do País, o que pode ajudar na melhor percepção de risco.

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Com as operações, o Banco Central ainda obteve um lucro de US$ 2 bilhões. Isso porque o banco usou os swaps cambiais que tinha em carteira. Esses swaps são contratos do mercado financeiro que replicam o dólar e geram ganhos e perdas na medida em que a moeda sobe ou desce.

Os contratos usados agora pelo BC replicavam o dólar do início do ano, mais alto. Ao fazer o leilão desses contratos, com a cotação em queda, acabou ganhando. Pelas contas de Blanche, os ganhos pela diferença cambial estão na faixa dos 8%, o que daria US$ 2 bilhões em apenas cinco dias. "Nelson Barbosa conseguiu nesta semana o que esperava ganhar com a CPMF este ano", disse Blanche.

O economista diz isso porque qualquer ganho do Banco Central é registrado na conta do Tesouro Nacional e vai ajudar nos resultados fiscais do governo. Os swaps cambiais do BC influenciam também na conta de reservas cambiais do País, que garantem que existe dinheiro para pagar a dívida externa.

Estoque

O economista-chefe do Citibank, Marcelo Kfoury, diz que as reservas hoje do País são de US$ 388 bilhões, mas ficavam reduzidas em US$ 100 bilhões - que era o estoque de swaps que o BC tinha até o fim do ano passado. Somente nesta semana, o BC melhorou em US$ 20 bilhões as reservas cambiais. O risco país acompanhou o movimento. O seguro contra calote medido pelo CDS caiu para 341 pontos. No ano passado era de 500 pontos e na semana passada, estava acima de 370.

A atuação do BC também foi considerada acertada porque, no cenário de que não haja impeachment da presidente Dilma, o banco sai ganhando. Se o dólar disparar, os swaps começam a gerar perdas. As operações do BC também ajudaram empresas que tinham contratos que apostavam na alta do dólar e precisavam desfazer suas posições, já que a possibilidade de queda da moeda se acentuou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O consultor médico do Corinthians, Joaquim Grava, defende a intervenção da Fifa para proibir comemorações com cambalhota no futebol. Para o médico, esse tipo de acrobacia na hora de festejar um gol traz riscos à saúde dos atletas.

"Assim como a Fifa determina que o jogador que tira a camisa na hora do gol tem de ser punido com cartão amarelo, o mesmo deveria ocorrer com quem dá cambalhota. Esse tipo de comemoração tem de ser proibido não só pelos clubes, mas pela própria Fifa", defende Grava.

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Para o médico, a lista de riscos aos atletas é extensa. "Há evidências de riscos traumatológicos. Na queda, o atleta pode sofrer uma lesão na coluna cervical, por exemplo, ou luxações de membros superiores, que muitas vezes são piores do que a própria fatura. Para quem cai de pé na hora da cambalhota, há um risco muito grande de lesões de ligamento."

No Corinthians, o zagueiro Felipe tinha o hábito de festejar os seus gols com cambalhotas, mas a acrobacia foi vetada. "Não tem como o médico proibir, mas foi passada a orientação ao jogador", disse Grava.

No Palmeiras, as acrobacias também estão proibidas. A diretoria já conversou com os jogadores para que eles evitem riscos na hora de comemorar gols. O zagueiro Vitor Hugo, por exemplo, não deu sua tradicional cambalhota após marcar um gol na vitória de 4 a 1 sobre o XV de Piracicaba, na semana passada.

Em 2013, o atacante Maurides, do Internacional, saiu correndo durante a vitória 3 a 1 sobre o América-MG pela Copa do Brasil e deu cambalhotas semelhantes às de ginastas olímpicos. O jogador sofreu uma torção no joelho.

Dois meses após assumir a intervenção estadual no município de Gravatá, no Agreste de Pernambuco, o coronel Mário Cavalcanti constatou que a prefeitura tem um passivo de R$ 86,05 milhões em dívidas. O número é quase equivalente ao montante arrecadado anualmente pela gestão. 

Do passivo de R$ 86,05 milhões, R$ 44,80 milhões se referem a débitos com INSS; R$ 27,80 milhões são de débitos com fornecedores; R$ 8,49 milhões são devidos ao Instituto de Previdência dos Servidores Municipais de Gravatá (IPSEG); R$ 4,15 milhões de débitos com consignados. O restante tem vinculação com termos de ajuste de conduta e com contribuições sindicais.

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A morosidade na contabilização dos números, segundo Mário Cavalcanti, aconteceu pela dificuldade da equipe em ter acesso às informações. “Um grande problema para a gestão foi a inconsistência no sistema e divergências de informações. Devido a dificuldade de checar informações, a apresentação desse passivo levou mais tempo que o necessário, motivando, inclusive, a necessidade de uma auditoria externa”, enfatizou, durante a apresentação do balanço do levantamento feito nas contas públicas, nessa segunda-feira (19).

Para tentar reduzir a dívida, o coronel disse que já foram revistos contratos da prefeitura e corte de comissionados. Os contratos foram reduzidos, em média, 40% no valor. E a Receita Corrente Líquida com a folha de pessoal passou de 72% para 64%. 

Ainda de acordo com Cavalcanti, o município tem dependido de recursos federais e estaduais para a composição do caixa. A principal fonte das receitas próprias da prefeitura é a tributária (IPTU, ISS, ITBI, IRRF, entre outros) que corresponde a 83%. Para recuperar a arrecadação, o interventor pontuou que fará uma campanha de arrecadação de impostos. 

"Havia um descrédito da população na gestão, que não pagava o imposto porque não via resultados ou retorno. Além disso, as casas de temporadas tiveram um crescimento sem fiscalização", explicou. Em 2015, a cidade teve uma arrecadação geral de R$ 9,1 milhões com o IPTU, ISS, ITBI e outros impostos.

Interventor de Gravatá, no Agreste de Pernambuco, o coronel Mário Cavalcanti se reuniu, nesta quinta-feira (19), com o juiz da 1ª Vara Civil da cidade, Severiano Lemos. Durante o encontro, Cavalcanti aproveitou para solicitar o desbloqueio das contas da prefeitura. De acordo com informações repassadas pela assessoria de imprensa, o juiz concordou e adiantou que o bloqueio foi uma “medida preventiva para salvaguardar a intervenção”.

Lemos determinou a suspensão dos direitos de uso bancário da prefeitura na última terça-feira (17). Sob a justificativa de que os R$ 200 milhões poderiam ser usados, de alguma forma, para atrapalhar a intervenção estadual no município. 

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Além das contas da prefeitura, o juiz também bloqueou R$ 4,5 milhões nos depósitos bancários do prefeito Bruno Martiniano (sem partido). Estes, no entanto, serão liberados somente após o ressarcimento de verbas que porventura tiverem sido desviadas da prefeitura. Bens de Martiniano também foram bloqueados.

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O interventor de Gravatá, no Agreste de Pernambuco, coronel Mário Cavalcanti, afirmou, nesta quarta-feira (18), que pretende “resgatar os serviços públicos” na cidade. O coronel iniciou a intervenção estadual com uma série de reuniões durante a manhã, após assumir o comando da cidade

"Nós viemos aqui para enfrentar o problema, arregaçar as mangas e ir para a rua, para onde for necessário e resgatar os serviços públicos que o município deve oferecer”, destacou.

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Até o final da manhã, ele comandou seis encontros, com representantes do Governo do Estado, encarregados de elaborar uma reforma administrativa; do Tribunal de Contas do Estado, Ministério Público de Pernambuco, Promotoria de Gravatá e com os bancos onde a Prefeitura possui contas. À tarde, ele fará uma visita de cortesia ao presidente da Câmara de Vereadores, Pedro Martiniano, que, inclusive, é irmão do prefeito Bruno Martiniano. 

O interventor adiantou que pretende procurar todos os políticos da cidades durante os próximos dias. "Fui criado em uma escola política onde tive o prazer de trabalhar com os governadores Miguel Arraes, Eduardo Campos e Paulo Câmara. Aprendi a ouvir a população. Aprendi que o gestor deve se inteirar, que não devemos esconder os problemas. Vou procurar, inclusive, todos os políticos daqui. Procurar ser o mais transparente possível e não oferecer nenhum privilégio", pontuou. 

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