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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) reservou três sessões plenárias para o julgamento de uma ação judicial de investigação eleitoral (Aije) que tem o ex-presidente Jair Bolsonaro como alvo e na qual o PDT pede que ele seja declarado inelegível. O julgamento está marcado para começar na próxima quinta-feira (22). 

A Aije trata de uma reunião organizada por Bolsonaro no Palácio da Alvorada com dezenas de embaixadores e equipes diplomáticas, na qual apresentou acusações sem provas contra a urna eletrônica. O PDT alega que o ex-presidente cometeu abuso de poder político e econômico ao promover o encontro e atacar o processo eleitoral brasileiro com boatos já desmentidos anteriormente pela Justiça Eleitoral, isso quando já se apresentava como pré-candidato à reeleição. 

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O caso é relatado pelo corregedor-geral Eleitoral, ministro Benedito Gonçalves. Ao liberar o processo para julgamento, ele publicou um relatório no qual detalha todas as etapas da Aije, incluindo as alegações finais de acusação e defesa. O relator ainda não divulgou o próprio voto. 

O julgamento das Aijes costuma ser mais longo no TSE, por ser necessário, em geral, a leitura de longo relatório sobre as investigações, pelo relator. Na sessão de quinta-feira (22) deve ser tomada pela leitura desse relatório e as sustentações orais das partes e do Ministério Público Eleitoral (MPE). Cada fala dura até 15 minutos. 

A expectativa, também, é que Gonçalves profira um voto longo e minucioso, o que deve tomar uma segunda sessão plenária. Em seguida ao relator, votam os ministros: Raul Araújo, Floriano de Azevedo Marques, André Ramos Tavares, a vice-presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia, o ministro Nunes Marques e, por último, o presidente do Tribunal, ministro Alexandre de Moraes.

Entenda

A reunião investigada pelo TSE foi realizada em julho de 2022, quando Bolsonaro já era pré-candidato à reeleição. Sua defesa alega não ter ocorrido nenhuma irregularidade, e que o encontro se tratou de evento oficial da Presidência da República, que seguiu todos os trâmites formais para sua realização. 

Os advogados de Bolsonaro alegaram que ele apenas realizou um “diálogo aberto”, no qual  “expôs, às claras, sem rodeios, em linguagem simples, fácil e acessível, em rede pública, quais seriam suas dúvidas e os pontos que – ao seu sentir – teriam potencial de comprometer a lisura do processo eleitoral”. 

Já o Ministério Público Eleitoral (MPE) defendeu que Bolsonaro deve se tornar inelegível, em razão de ter praticado o abuso de poder político e uso indevido de meio de comunicação estatal. Isso porque a reunião com embaixadores foi transmitida e divulgada pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC). 

Pelo parecer do MP, Bolsonaro proferiu discurso com o objetivo de desacreditar o processo eleitoral no qual viria a ser derrotado. A gravidade é maior pela conduta ter sido realizada “em período próximo das eleições, veiculando noções que já foram demonstradas como falsas, sem que o representado haja mencionado os desmentidos oficiais e as explicações dadas constantemente no passado”. 

A Procuradoria-Geral Eleitoral (PGE) também argumentou que a gravidade do descrédito no processo eleitoral, como disseminado por Bolsonaro, pode ser verificada nos atos golpistas de 8 de janeiro, quando “pessoas convictas de que as eleições haviam sido fraudadas” invadiram e depredaram a sedes dos Três Poderes da República. 

Minuta do golpe

A defesa de Bolsonaro afirmou não ser possível fazer qualquer ligação entre a reunião com embaixadores e os acontecimentos de 8 de janeiro, não havendo nenhum tipo de conexão entre os episódios. Os advogados também defenderam a anulação de provas inseridas no processo com autorização de Gonçalves, entre elas a chamada minuta do golpe, documento apócrifo encontrado na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Gomes. 

O texto é uma espécie de decreto de intervenção na Justiça Eleitoral, e foi encontrado no âmbito das investigações sobre os atos antidemocráticos. O relator decidiu manter a minuta como prova no processo, alegando haver possível nexo com as investigações. 

Foram ouvidas como testemunhas no processo o ex-ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, Flávio Augusto Viana Rocha, ex-Secretário Especial de Assuntos Estratégicos da Presidência, e Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e Segurança Pública. Os policiais federais Ivo de Carvalho Peixinho e Mateus de Castro Polastro, que se reuniram com Bolsonaro no dia anterior à reunião com embaixadores, também foram ouvidos. 

A apuração feita pela Polícia Federal no celular do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, tem repercutido no mundo político e as revelações seguem. Em uma das conversas, Cid indicou que o ex-presidente teve receio de autorizar o golpe de Estado por desconfiar dos comandantes do Exército.

Na conversa encontrada no celular de Mauro Cid, o coronel de artilharia do Exército Jean Lawand Júnior envia um áudio para tentar convencê-lo a colocar o golpe em prática. "Cidão, pelo amor de Deus, cara. Ele [Bolsonaro] dê a ordem, que o povo tá com ele, cara. Se os caras não cumprirem, o problema é deles. Acaba o Exército Brasileiro se esses cara não cumprir a ordem do, do Comandante Supremo', disse. 

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O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro responde que "o Pr [Presidente] não pode dar uma ordem... se ele não confia no ACe [Alto Comando do Exército]. Depois de receber a mensagem, Lewand diz que "ferrou" e reforça que "vai ter que ser pelo povo mesmo". 

Mauro Cid sinaliza apenas com um "infelizmente" e diz que tem "muita coisa acontecendo" quando Lewand pede que ele tente convencer Bolsonaro. 

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o ex-presidente Jair Bolsonaro preste depoimento à Polícia Federal (PF). O ex-deputado Daniel Silveira também deverá ser ouvido. A data será marcada pela corporação.

A oitiva será realizada no âmbito dos desdobramentos da investigação que apura a reunião entre Bolsonaro e o senador Marcos do Val (Podemos-ES) sobre supostas tratativas de um golpe de Estado.

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Ontem (16), o senador foi alvo de mandados de busca e apreensão no âmbito da investigação. Por determinação de Moraes, agentes da Polícia Federal (PF) estiveram no gabinete do parlamentar no Senado e nos endereços dele em Vitória.

Em fevereiro, Moraes determinou abertura de investigação para apurar as declarações do senador de que teria recebido uma proposta para participar de um golpe.

A investigação foi aberta após o senador declarar que a reunião com Bolsonaro e Silveira tinha como objetivo induzir o ministro Moraes a ”reconhecer” que ultrapassou as quatro linhas da Constituição com o ex-presidente da República. 

Após a realização das buscas, Marcos do Val declarou que as medidas foram tomadas após ter pedido a convocação de Moraes para depor na CPI dos Atos Golpistas no Congresso.

Silas Malafaia desmentiu, nesta quinta-feira (15), o boato de que ele faria greve de fome em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo o líder religioso, a informação “só pode ser piada”.

“Um vagabundo espalhou que vou fazer greve de fome caso Bolsonaro seja cassado . SÓ PODE SER PIADA ! Nunca falei !”, explicou Malafaia em sua conta no Twitter.

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Apesar de ter negado o possível jejum, o pastor criticou as instituições do Poder Judiciário ao afirmar que o TSE passou a ser “tribunal superior político, puxadinho do STF”.

Julgamento no TSE

Bolsonaro será julgado no próximo dia 22 de junho pelo tribunal por acusações e ataques contra o órgão realizados durante uma reunião com embaixadores, em 2022, quando ainda era chefe do executivo nacional. Se ele for condenado, poderá ficar inelegível para as próximas eleições.

O Tribunal de Justiça de São Paulo determinou o bloqueio de R$ 87 mil das contas bancárias em nome do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo não pagamento de multas por descumprimento do uso obrigatório de máscara durante a pandemia da Covid-19. A medida foi solicitada na última segunda-feira (12) pela juíza Ana Maria Brugin, da Vara das Execuções Fiscais Estaduais, a pedido do Governo de São Paulo. 

Bolsonaro foi multado por situações ocorridas em 2021. São três ocorrências resultantes em penalidade: uma em Micaratu, outra em Ribeira e a última em El Dorado, cidades no Vale do Ribeira. Os três casos já transitaram em julgado entre janeiro e fevereiro de 2022. Só em São Paulo, Bolsonaro deve, no total, cerca de R$ 431 mil em multas por infrações sanitárias. 

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“Defiro o requerimento da Fazenda do Estado de São Paulo e determino a indisponibilidade de dinheiro em depósito ou aplicação financeira do(s) executado(s), existente nas instituições vinculadas ao Banco Central do Brasil, mediante bloqueio de valores até o limite da dívida executado”, cita um trecho da decisão. 

Na tarde desta quarta-feira (14), um novo bloqueio foi ordenado. O juiz André Rodrigues Menk, da Vara das Execuções Fiscais Estaduais de São Paulo, decretou o bloqueio de R$ 370 mil em contas de Jair Bolsonaro em função das infrações do ex-presidente nas três cidades paulistas, em outubro de 2021. A decisão atende um pedido da Procuradoria Geral do Estado (PGE) braço jurídico do governo.

A Polícia Federal (PF) encontrou uma minuta para decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no celular do tenente-coronel Mauro Cid, ex-braço direito do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Cid prestou depoimento na última terça-feira (6), na Diretoria de Inteligência, em Brasília, mas ficou em silêncio quando foi questionado sobre o assunto.

A GLO, quando assinada pelo presidente da República, concede poderes às Forças Armadas em casos graves de desordem pública. Os investigadores também tiveram acesso a trocas de mensagens de Cid com outras pessoas ligadas a Bolsonaro, e o conteúdo das conversas aponta para uma tentativa de golpe de Estado que estava sendo planejado após a derrota do então presidente nas eleições de 2022.

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Mauro Cid já prestou outros três depoimentos à PF, relacionados à falsificação do cartão de vacina de Bolsonaro e à entrada de joias ilegais vindas da Arábia Saudita. O tenente-coronel está preso sob custódia do órgão desde o dia 3 de maio.

Outros militares já foram identificados como cúmplices da operação, como o ex-major do Exército Ailton Gonçalves Moraes Barros e o sargento Luis Marcos dos Reis, que também está preso.

 O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) marcou para 22 de junho o julgamento do processo aberto contra o ex-presidente Jair Bolsonaro após a reunião com embaixadores, realizada em julho do ano passado, no Palácio da Alvorada, em que ele atacou o sistema eletrônico de votação. Se for condenado, Bolsonaro ficará inelegível por oito anos e não poderá disputar as próximas eleições. 

Na ação, ex-presidente é acusado de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. Após a realização da reunião do presidente com embaixadores, o PDT entrou com uma ação de investigação no TSE. 

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Em seguida, de forma liminar, o tribunal determinou a retirada das imagens do encontro das redes sociais e da transmissão oficial do evento por entender que houve divulgação de fatos inverídicos ou descontextualizados sobre o sistema de votação.  Em parecer enviado ao TSE, a Procuradoria-Geral Eleitoral (PGE) defendeu a condenação de Bolsonaro. Para o órgão, Bolsonaro divulgou aos embaixadores informações inverídicas sobre o sistema de votação. 

Durante a tramitação da ação, a defesa de Bolsonaro defendeu que o caso não poderia ser julgado pela Justiça Eleitoral. No entendimento dos advogados, o evento com os embaixadores foi realizado em 18 de julho, quando Bolsonaro não era candidato oficial às eleições de 2022 e o nome dele ainda não tinha sido aprovado em convenção partidária. 

Após barrar o filho e senador, Flávio Bolsonaro (PL), na disputa pela Prefeitura do Rio, o ex-presidente Jair Bolsonaro costura uma candidatura de seu vice na chapa derrotada nas eleições do ano passado à sucessão municipal de 2024. O general Walter Braga Netto é a aposta de Bolsonaro para agradar seu eleitorado tradicional na cidade e evitar um racha do grupo político.

Pesquisas internas do PL indicavam que Flávio teria dificuldades em vencer o prefeito e eventual candidato à reeleição Eduardo Paes (PSD), que busca o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A decisão de Jair Bolsonaro de tirar o filho do processo sucessório municipal levou em conta, ainda, o impacto das denúncias de corrupção envolvendo a família. No entanto, as escolhas do ex-presidente têm incomodado o presidente do PL, Valdemar Costa Neto.

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Com a saída do senador do jogo, reacendeu a disputa interna no diretório do PL fluminense pela indicação de um novo candidato. Além de Braga Netto, o deputado federal e ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, o senador Carlos Portinho e os deputados estaduais Márcio Gualberto e Alan Lopes trabalham pela indicação ou pelo posto de vice, em caso de composição com outros partidos.

O general foi um dos poucos oficias militares da reserva que passaram pelo governo Bolsonaro sem perder a confiança do então presidente e seus filhos. Em novembro passado, após a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva na disputa presidencial, Braga Netto demonstrou simpatia pelo movimento que preparava um golpe. "Vocês não percam a fé, tá bom? É só o que eu posso falar pra vocês agora", disse o militar a simpatizantes que defendiam, na portaria do Palácio da Alvorada, uma intervenção militar. Quase dois meses depois, apoiadores de Bolsonaro invadiram as sedes dos três poderes.

ALIANÇAS

O ex-presidente Jair Bolsonaro aguarda o fim das negociações do diretório carioca do PL com os demais partidos de centro-direita para a disputa municipal. Correndo por fora, o senador Carlos Portinho tenta forjar uma aliança com partidos como Progressistas, Republicanos e União Brasil. Para pavimentar uma pré-candidatura, ele busca um entendimento com o deputado federal Dr. Luizinho (PP).

O parlamentar do Progressistas, por sua vez, tem o apoio do governador Cláudio Castro (PL), que defende uma ampla coligação para vencer Paes. "O presidente Bolsonaro é o grande articulador das eleições de 2024, que é o campo preparatório para as eleições de 2026", afirma Portinho. "O general Braga Netto é o grande estrategista das ações do PL, não só no Rio como em todo o país", disse.

Um dos integrantes do PL que mais se empenharam na candidatura de Flávio Bolsonaro, o deputado estadual Alan Lopes (PL-RJ) passou a defender a escolha de Braga Netto após o senador deixar a disputa. "Minha missão é lutar para expulsar os corruptos ditadores do Rio".

Eduardo Pazuello e o deputado estadual Márcio Gualberto também brigam como alternativas para assumir uma vaga de vice-prefeito, caso o partido decida apoiar outra legenda. O ex-ministro da Saúde e Gualberto pretendem participar de seminários e encontros para discutir o tema da segurança pública.

A opção Pazuello, contudo, esbarra no presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O dirigente tem dito à interlocutores que lançar o militar é entregar a eleição para o prefeito Eduardo Paes (PSD), uma vez que Pazuello era ministro da Saúde na pandemia da covid-19, quando Bolsonaro adotou o negacionismo como resposta à crise.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O deputado Ricardo Salles (PL-SP) reagiu neste sábado (3) à aproximação do ex-presidente Jair Bolsonaro com o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), e fez críticas à cúpula do PL. Bolsonaro e Nunes se reuniram duas vezes em menos de um mês. Salles quer ser candidato à Prefeitura em 2024 e disputa o apoio de Bolsonaro no campo da direita, enquanto Nunes se movimenta para concorrer à reeleição.

Um dia depois de Bolsonaro ter almoçado em São Paulo com Nunes e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, Salles partiu para o ataque. "Quem com os porcos anda, farelo come", afirmou o deputado no Twitter. Ex-ministro do Meio Ambiente, Salles percebeu que está sendo rifado dentro do próprio partido e, horas depois de fazer a primeira postagem, fez críticas à cúpula do PL, que respingaram até mesmo no ex-presidente.

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O deputado apontou relações entre o PL, presidido por Valdemar, e o PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Disse, por exemplo, que o deputado Antonio Carlos Rodrigues (PL-SP), ex-ministro dos Transportes no governo Dilma Rousseff, é o elo entre os dois partidos.

"A Prefeitura, de Nunes e Marta (Suplicy), está cheia de petistas. Enfim, para o Centrão é tudo business. Não são conservadores, nem liberais e nem direita. Muito menos oposição. Jamais serão. Serão sempre governo. Não foi para isso que passamos 4 anos lutando contra a esquerda. Vergonha", escreveu Salles.

Até o mês passado, Salles tinha confiança de que seria o candidato de Bolsonaro à Prefeitura de São Paulo, em 2024. Bolsonaro e Valdemar, porém, têm pesquisas mostrando que um nome de extrema-direita não ganha a eleição em São Paulo e se movem para apoiar um candidato de centro. Agora, tentam atrair o prefeito, que é do MDB, para o PL.

Outros aliados de Bolsonaro também preferem Nunes como candidato no campo da direita. Entre eles está o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PP-CI), um dos líderes do Centrão. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro é amiga da mulher do prefeito, Regina Nunes.

A presença de Bolsonaro e de Nunes em um mesmo evento foi lida como um movimento para rifar Salles e sinalizar que a cúpula do PL está disposta a apoiar o prefeito na disputa pela reeleição. O PL tenta fazer um acordo com Nunes sob o argumento de que a divisão na direita pode favorecer o deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP), pré-candidato da esquerda na disputa.

Caso as negociações não vinguem, o outro nome que vem sendo citado para representar o bolsonarismo na eleição para a Prefeitura de São Paulo é o do senador Marcos Pontes (PL-SP), conhecido como "Astronauta".

Também nas redes sociais, Salles postou mais um ataque neste sábado, tirando o trecho de uma live no dia anterior em que ele defende uma separação entre os políticos "sérios e os picaretas" dentro da esquerda e da direita. "Tão relevante quanto as escolhas ideológicas, a degradação da política brasileira nos impõe, antes de tudo, separar os sérios dos picaretas. Essa história de pragmatismo virou desculpa para justificar apoiar ladrão e vagabundo", afirmou.

A deputada federal Erika Hilton (PSOL-PE), através de uma publicação em suas redes sociais nesta quinta-feira (25), culpabiliza o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelos ataques golpistas contra a Praça dos Três poderes, no dia 8 de janeiro, em Brasília. A publicação afirma que a invasão ocorreu devido a vontade do ex-mandatário e seus apoiadores de ''anular a vontade da maioria dos brasileiros'' que elegeu o presidente Luiz Inácio lula da Silva (PT) nas eleições do ano passado.

''No dia 8 de janeiro o ódio espalhado durante 4 anos por Bolsonaro e seus aliados virou um verdadeiro terror para a população brasileira. Terroristas invadiram, depredaram e destruíram os Três Poderes em uma tentativa de golpe falha'', escreveu Hilton.

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Seus seguidores logo reagiram e comentaram a publicação da parlamentar. ''Pra cima deles, Deputada! E sem anistia!'', escreveu uma seguidora. ''Que todos os terroristas, inclusive quem está por trás disso tudo, paguem pelo grande mal que fizeram pra nossa democracia!'', pontuou outro seguidor.

A psolista compõe a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos antidemocráticos, e nas sessões, vem se destacando por denunciar os terroristas e cobrar posicionamentos das autoridades em punir os participantes dos ataques e os organizadores do ato.

Veja publicação:

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A CPMI do 8 de janeiro mal foi instalada e o acirramento entre lideranças e retóricas já se fez presente na comissão. Bolsonaristas de um lado, aliados do presidente Lula do outro. O clima é de acirramento e exaltação pela defesa de suas narrativas. Defensores da democracia e parlamentares envolvidos com pessoas que participaram dos atos golpistas do 8 de janeiro já protagonizaram embates durante a instalação da CPMI. Esse é um primeiro panorama da CPMI do 8 de janeiro que foi instalada nesta quinta-feira (25), no Congresso Nacional.

Composta por 16 deputados e 16 senadores titulares, tendo também 16 suplentes. A própria composição dos integrantes da comissão já indica que os trabalhos devem contar com dias de turbulência. Isso porque, o escolhido para presidente foi o deputado Arthur Maia (União-BA), o o primeiro vice-presidente é Cid Gomes (PDT-CE) e o o segundo vice-presidente é senador bolsonarista Magno Malta (PL-ES). A relatora é a senadora Eliziane Gama (PSD-MA). 

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Após a votação, Arthur Maia fez questão de demostrar serenidade na condução dos trabalhos. "Quero agradecer a confiança de todos os meus pares, deputados e senadores, que através desse acordo promovido pela inteligência política da oposição, do governo e dos partidos independentes conseguiu construir uma chapa que venha a dar credibilidade aos trabalhos que nós temos pela frente", asseverou o presidente. A relatora também discursou no sentido de tranquilizar os parlamentares em relação a seriedade na atuação, lembrando que integrou sua experiência por ter atuado em outras comissões.

"Já participei de várias CPIs ao longo da minha caminhada pública, fui relatora de CPI, fui presidente de CPI e integrei as principais CPIs do Congresso Nacional dos últimos oito anos", rememorou a parlamentar. 

No entanto, não só foi de discursos leves e serenos que a sessão se deu. Parlamentares da esquerda e da direita protagonizaram embates. A própria escolha de Eliziane como relatora foi criticada pelo senador Marcos Do Val (Podemos-ES), que levantou questão de ordem contra a ela por ter segundo o parlamentar, a senadora uma relação de "intimidade com o ministro da Justiça, Flávio Dino", o que ele indica que comprometeria a parcialidade das investigações. 

E a escolha de Eliziane para a relatoria não parou de ser questionada pelos parlamentares da direita. O depuatado André Fernandes (PL-CE), usou todo o seu tempo para atacar a relatora. "Essa CPMI terá parlamentares lutando pela verdade, por transparência e para relaxar o coração do povo brasileiro, quando a relatora que diz que houve uma tentativa de golpe, parece que já se concluiu a CPMI. Já tem relatório, nem precisa mais da presença. Porque a gente está para investigar, ela parece que já investigou. Mas relaxar o coração do povo brasileiro, relator é um voto, existem outros votos. Existe relatoria paralela e nós não desistiremos do nosso povo brasileiro e dos patriotas presos, inocentes", disse André. 

Saindo em defesa da relatora, o deputado Rogério Corrêa (PT-MG) disse que ela não se deixasse constranger pelas intimidações que deve sofrer na CPMI por parte dos bolsonaristas. "Senadora, não se deixe constranger por falas ameaçadoras e machistas. Não se deixe constranger, porque as falas são exatamente para ver se vossa excelência não coloca suas convicções, mas vossa excelência é uma mulher de convicção, como as mulheres brasileiras são", disse o deputado a Eliziane, que emendou: "Fique tranquilo, fique tranquilo".

Mas o clima voltou a esquentar quando o deputado Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) apresentou uma cronologia de atos realizados pelos e teve sua fala interrompida no início pelo Abílio Brununi (PL-MT), que tentou a todo momento tumultuar a sessão. "Para nós essa é a CPMI dos atos golpistas que se expressou no dia 8 de janeiro. Mas no dia 31 de outubro de 2022, o presidente Bolsonaro não reconheceu o resultado das urnas e se iniciou um bloqueio de estradas no país inteiro. No dia 1 de novembro há um vídeo de um deputado da extrema-direita, inflamando o povo para ir à rua e chamando o presidente eleito, Lula, de narcoditador. No dia 12 de dezembro, na diplomação de Lula houve pânico nas ruas. No dia 24 de dezembro teve uma tentativa de atentado à bomba contra o Aeroporto de Brasília. Um empresário bolsonarista acampado no QG do Exército é indicado como um dos autores. No dia 8 de janeiro, ônibus pagos por bolsonaristas chegam a Brasília para provocar a depredação dos três poderes. E no dia 10 de janeiro uma minuta de golpe é encontrada na casa de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro. Dia 8 de janeiro, no nosso entendimento, é sintoma final da lógica extrema-direita. Um atentado contra a democracia. E na verdade, esse grupo político fala disso há muito tempo. Inclusive, exaltando ditadores, torturadores e o golpe civil-militar de 64", disse o deputado.

Após o pastor discursar, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-RJ) emendou com seus ataques a esquerda. "A gente fala que tem uma contagem regressiva para esse canhão de voltar contra a esquerda", disparou sobre os atos do 8 de janeiro. "Mas como diz Lennin: 'se for necessário mudar tudo aquilo que a gente diz para alcançar o nosso objetivo, assim nós faremos. Até se dizer antifascista, anticomunistas ou seja lá o que for conveniente para a narrativa deles", esbravejou o filho do ex-presidente. No entanto, ao final de seu discurso, ele se dirigiu a relatora dizendo esperar continuar a ter um bom diálogo com ela, como sempre teve.

"A gente tem uma boa relação desde que a senhora era deputada, a gente consegue manter um diálogo aberto. Faço muito gosto que vossa excelência tenha sido escolhida a relatora dessa comissão para que a gente possa seguir tendo essa boa conversa e não mergulhar no espectro ideológico e que vai impedir a gente de fazer um bom trabalho na comissão. Qual o bom trabalho dessa comissão? É separar o joio do trigo". Ao final, o deputado relativizou a participação de pessoas que foram presas por participação nos atos, dizendo que houveram pessoas presas inocentemente e que muitas pessoas que participaram dos atos não podem ser tratadas como golpistas.

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A mais de um ano das eleições municipais, os políticos bolsonaristas de Pernambuco já estão trabalhando estratégias para o pleito do próximo ano. Mesmo com os partidos que compõem a direita pernambucana afirmando que ''ainda é cedo'' para a definição dos nomes que concorrerão às prefeituras, alguns parlamentares se mostram interessados pela disputa, que acontecerá em um ano no qual o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), poderá ser um forte cabo eleitoral.

No Recife, são muitos os cotados para a disputa, porém a expectativa é de que as siglas da direita se unam para definir apenas um nome, e assim, possam ter fôlego em competir contra o atual prefeito da cidade, o jovem João Campos (PSB-PE). Os atores políticos que forem entrar na disputa precisam estar preparados de fato para o embate com João e sua legenda. Isto porque, o Partido Socialista Brasileiro em 2024, completará 12 anos governando a capital pernambucana, e as últimas pesquisas que avaliaram o desempenho da gestão, apontam que o filho do ex-governador Eduardo Campos, tem o trabalho aprovado pela maioria dos recifenses.

Um levantamento feito pelo Paraná Pesquisas, entre os dias 30 de março e 2 de abril de 2023, o psbista detém a aceitação de 66,3% dos eleitores entrevistados, e apenas 28,4% desaprovam a gestão. Uma curiosidade, é que o nível de aprovação é maior do que o do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no município. O líder petista possui 62,6% de aceitação entre os moradores.

Mesmo cientes do atual cenário eleitoral, alguns bolsonaristas do estado, ainda optam pela aproximação com Bolsonaro, e adotam os mesmos posicionamentos políticos do ex-presidente, em busca do capital eleitoral do ex-chefe do Executivo. Sendo assim, assuntos como criminalização ou legalização do aborto, direitos da comunidade LGBTQIAP+, religiosidade e porte de armas, poderão ser comentados com maior frequência pelos parlamentares. Alguém irá querer se destacar e mostrar que é o verdadeiro defensor do ''bolsonarismo raíz''.

Em entrevista ao LeiaJá, o cientista político Arthur Leandro, avalia que a contribuição de Bolsonaro na disputa dependerá do seu futuro na política brasileira, algo que ainda é imprevisível diante das polêmicas envolvendo o seu nome. "Bolsonaro é uma figura que deve enfrentar uma série de percalços e contratempos na política, correndo o risco inclusive de ficar inelegível. Então a gente não sabe exatamente o quanto será interessante estar próximo a Bolsonaro em 2024", afirma.

Pelo nome do ex-mandatário não ser bem avaliado nos municípios pernambucanos, algo que refletiu na sua derrota no estado na última eleição, o estudioso acredita que no Recife, o bolsonarismo não deve ser considerado um ativo decisivo para um candidato da direita conquistar a prefeitura.

O especialista ainda lembrou da participação da Delegada Patrícia (PSDB-PE) na eleição municipal do Recife de 2020 para explicar esse efeito. Na época, a delegada que era filiada ao Podemos, iniciou a disputa como uma forte candidata, porém, sua aproximação com Bolsonaro nos últimos dias que antecederam o primeiro turno, fez alguns de seus eleitores migrarem seus votos para outros candidatos. Bastou Jair Bolsonaro sinalizar apoio à candidatura, que o Cidadania, legenda do vice na chapa da delegada, Léo Salazar (Cidadania-PE), e do ex-deputado federal Daniel Coelho, que foi coordenador da campanha, declarasse afastamento da disputa. Ela terminou a eleição na quarta colocação, com 14,06% dos votos.

Porém, o cientista político considera que a direita recorrerá a outras estratégias para ganhar fôlego na corrida eleitoral, como por exemplo, se apresentar como "anti-João", trazendo duras críticas ao PSB. Dessa forma, o bolsonarismo não seria o protagonista ou assumiria sua identidade na disputa, apenas faria parte de um movimento contrário aos psbistas.

A queda de braço entre Gilson Machado e os irmãos Ferreira

O ex-ministro do turismo da gestão Bolsonaro, Gilson Machado (PL-PE), é um dos cotados pelo Partido Liberal na competição pela prefeitura. Porém, terá dificuldades de emplacar sua candidatura a prefeito do município. Com o comando estadual da sigla nas mãos do ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PL-PE), Gilson acabou ficando isolado e precisará disputar a vaga com o irmão de Anderson, o deputado federal André Ferreira (PL-PE), que em 2022, foi o mais votado no estado, obtendo 273.267 votos.

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Créditos: Reprodução/Redes Sociais

Para Arthur Leandro, o deputado estadual Alberto Feitosa (PL-PE) e o ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (União Brasil-PE), também são nomes cotados na corrida eleitoral. Feitosa vem sendo umas das vozes mais ativas do bolsonarismo na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), e em 2020 concorreu à Prefeitura do Recife pelo Partido Social Cristão, porém ficou em quinto lugar, obtendo 1,18% dos votos. Já o Miguel, que é filho do ex-líder da gestão Bolsonaro no Senado, Fernando Bezerra Coelho, foi candidato a governador do estado em 2022, porém não conseguiu ir para o segundo turno. Obteve apenas 18,04% dos votos.

Casal Tércio

Outro nome ventilado na disputa, é o da deputada federal Clarissa Tércio (PP-PE), que é investigada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por possível apoio aos atos golpistas do 8 de janeiro. No início deste ano, o Partido Progressista se mostrou interessado em indicar a parlamentar como candidata. A Filha do pastor da Assembleia de Deus Ministério Novas de Paz, Francisco Tércio, tem uma boa popularidade entre os evangélicos do estado, e isso vem trazendo bons resultados para ela nas urnas. Na eleição de outubro do ano passado, recebeu 240.511 votos, se tornando a primeira mulher mais votada entre os pernambucanos para o cargo.

Clarissa também é cotada para a Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes, por se mostrar interessada em assuntos ligados à cidade. Em março, a parlamentar acionou a Polícia Militar, solicitando reforço dos agentes na 1ª Marcha da Maconha do município, que está marcada para o próximo dia 28 de maio. Ela acredita que a ação policial servirá “para que se apure eventuais condutas criminosas e uso ou tráfico de entorpecentes”.

Créditos: Reprodução/Redes Sociais

A força política da parlamentar também consegue favorecer o seu esposo, Júnior Tércio (PP-PE), que conseguiu ser o deputado estadual mais votado do estado, com mais de 183 mil votos. Nos bastidores políticos do Pernambuco, ele é cotado para a eleição do município de Paulista. O motivo é que a maioria dos requerimentos apresentados pelo parlamentar são para a cidade.

O forte apoio dos evangélicos no estado

O casal Tércio que conseguiu ganhar uma maior visibilidade durante os quatro anos que Bolsonaro esteve no poder, já se envolveu em algumas polêmicas, antes mesmo de entrarem na lista dos parlamentares mais bem votados da história de Pernambuco.

A família evangélica que se assume uma das maiores apoiadoras de Bolsonaro no estado, comanda há mais de 20 anos a emissora de rádio líder de audiência na Região Metropolitana do Recife, Novas de Paz. O conteúdo da rádio que também é transmitido pelo Facebook e Youtube, tem uma programação de 24 horas, e funciona como um canal midiático da igreja cristã.

Em 2020, com o apoio de fundamentalistas evangélicos e alguns parlamentares da extrema direita, Clarissa comandou um grupo de pessoas para impedir o procedimento de aborto legal em uma criança de 10 anos, que foi estuprada por seu tio. O grupo gritava “assassina” ao se referir à menina que veio do estado do Espírito Santo, para realizar a interrupção da gravidez em Pernambuco, no Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam), unidade hospitalar de referência nesse tipo de atendimento.

O casal que está de olho em prefeituras da RMR, já posou para fotos ao lado de conhecidos líderes evangélicos do estado, como por exemplo, o pastor Aílton José Alves, presidente da Assembleia de Deus Pernambuco.

Durante uma visita de Bolsonaro ao Recife na campanha eleitoral do ano passado, Pastor Aílton, ao lado da sua esposa, Judite Alves, declarou apoio à reeleição do ex-presidente, mesmo ciente das polêmicas envolvendo o nome do então gestor no segundo turno. “No dia 30, vote 22. Eu estarei votando também. Vote por Deus, pátria, família, liberdade e pela Igreja do Senhor Jesus”, disse o pastor.

Créditos: Reprodução/Redes Sociais

Bolsonaristas de olho em Olinda e Ipojuca

Em Olinda, a líder do PL Mulher Pernambuco, Izabel Urquiza (PL-PE), poderá disputar a prefeitura. Izabel foi candidata a vice-governadora na chapa encabeçada por Anderson Ferreira nas eleições de 2022. Os dois terminaram em terceiro lugar, atrás da adversária Marília Arraes (Solidariedade), e da atual governadora, Raquel Lyra (PSDB). No município, a chapa bolsonarista obteve 26,61% dos votos, sendo a mais votada no primeiro turno. Devido ao ótimo resultado, Urquiza passou a ter seu nome credenciado para as eleições em Olinda no próximo ano. Porém, é necessário lembrar, que ela já disputou duas vezes a prefeitura, e nas duas ocasiões, perdeu no primeiro turno.

Créditos: Reprodução/Redes Sociais

Outro município que o bolsonarismo quer protagonismo, é Ipojuca. O deputado estadual, Pastor Cleiton Collins (PP-PE), anunciou aos seus aliados que será candidato a prefeito da cidade em 2024. O evangélico ainda afirmou que irá se reunir com o presidente estadual da legenda, o deputado federal Eduardo da Fonte (PP).

Sob a justificativa de que não há sentença transitada em julgado contra o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid, o Exército brasileiro decidiu manter o salário e a casa em vila militar do tenente-coronel. Cid está preso desde o dia 3 de maio, suspeito de fraude no cartão de vacinação do ex-presidente e sua família. 

Como tenente-coronel da ativa, Cid recebe do Exército salário bruto mensal de R$ 26,2 mil, que, após descontos, fica em R$ 17,1 mil líquidos para o militar. A informação é da coluna de Igor Gadelha, do Metrópoles.

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Na última quinta-feira (18), ele ficou em silêncio no seu quinto depoimento à Polícia Federal. A esposa de Mauro Cid, Gabriela Cid, prestou depoimento à PF nesta sexta-feira (19). Ela revelou que usou cartão de vacinação falso e responsabilizou seu marido pela inserção dos dados falsos.

A ex-primeira-dama e líder nacional do PL Mulher, Michelle Bolsonaro, negou ter qualquer relação com o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o coronel Mauro Cid. O militar está sendo investigado por suspeita de fraude nos cartões de vacinação do ex-mandatário, Jair Bolsonaro (PL), e de sua família. As declarações de Michelle foram feitas para a Veja, na edição desta sexta-feira (19). 

Conversas descobertas pela Polícia Federal (PF) revelaram trocas de mensagens entre duas assessoras da ex-primeira-dama e Cid. Os diálogos apontam para uma orientação de pagamento em dinheiro das despesas de Michelle. Cid trabalhava como ajudante de ordens na Presidência da República, durante a gestão Bolsonaro.  Michelle declarou que o contato com tenente-coronel era feito por intermédio de suas assessoras e que ele ficava com o cartão do seu marido.

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“Nenhuma [relação com Mauro Cid]. O meu contato com ele se dava por meio das minhas assessoras. Ele pagava minhas contas pessoais porque era ele que ficava com o cartão da conta-corrente do meu marido. Todo o dinheiro usado pelo coronel para pagar minhas despesas foi sacado da conta pessoal do Jair, dos rendimentos dele como presidente da República. Não tem um tostão de recursos públicos. Temos os extratos para provar isso”, afirmou.

Em entrevista recente à revista Veja, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que “não há motivos” para temer uma eventual prisão. O conservador, que está na mira da Polícia Federal por supostos crimes de responsabilidade, acredita que opositores estão tentando “carimbá-lo com a pecha de ex-presidiário”. Segundo o ex-capitão, pessoas “importantes” já discutiam prendê-lo antes do fim do governo, numa espécie de “prisão light”, com o intuito único de manchar sua imagem.  

Bolsonaro já prestou três depoimentos à PF desde que voltou ao Brasil. Ele é investigado por possível fraude ao sistema de saúde, mas também pelo caso das joias sauditas milionárias e por participação nos atos golpistas de 8 de janeiro.  O ex-militar citou ainda o caso da ex-presidente boliviana Jeanine Áñez, presa e condenada sob acusação de atos antidemocráticos, mas negou temer que o mesmo ocorra com ele no Brasil. 

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“Não há motivos para isso. Mas é bom não esquecer o que aconteceu na Bolívia. A ex-presidente Jeanine Áñez assumiu quando o Evo Morales fugiu para a Argentina. Depois, o outro lado voltou ao poder, ela foi presa e condenada a dez anos de cadeia. Acusação: atos antidemocráticos. Não preciso explicar mais”, disse Bolsonaro. 

Bolsonaro também disse que esperava ser perseguido após deixar o poder, mas não “dessa forma”. “O pessoal está vindo para cima de mim com lupa. Eu esperava perseguição, mas não dessa maneira. Na terça-feira, nem tinha deixado o prédio da PF ainda e a cópia do meu depoimento já estava na televisão. É um esculacho”, afirmou. No total, até o momento, são 24 ações e inquéritos contra o ex-mandatário. 

Questionado sobre a relação com o ex-ajudante de ordens da Presidência Mauro Cid, que foi preso em operação que investiga fraude no sistema que registra a vacinação da Covid-19, o ex-presidente voltou a defender o militar e disse que não irá acusá-lo. No entanto, admitiu: “Ao que tudo indica, alguém fez besteira. Não estou batendo o martelo. Da minha parte não tem problema nenhum”.  

 

Max Guilherme Machado de Moura, assessor direto do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), foi preso pela Polícia Federal (PF) por envolvimento no esquema de emissão de certificados de vacinação falsos e inserção de informações incorretas no sistema de vacinação do Ministério da Saúde.

O assessor chegou a acompanhar o ex-presidente em suas viagens aos Estados Unidos, onde o certificado de vacina era obrigatório para entrar no país, mas alega não ter sido vacinado.

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Segundo o jornal O Globo, a viagem de Moura custou R$ 150 mil aos cofres públicos em três viagens para os Estados Unidos. A viagem no mês de janeiro custou R$ 68.621,81, a de fevereiro R$ 40.752,19 e a de março R$ 41.198,21.

A gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu em agosto de 2022, um relatório da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI) que alertava sobre a gravidade da situação causada pelo garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami, no estado de Roraima, e optou por não agir, revelam documentos obtidos pelo jornalismo da UOL.

Na época, o orgão encaminhou ao Ministério da Justiça um relatório detalhado sobre o garimpo que ocupava a região, incluindo fotografias, que foi elaborado para embasar uma operação de combate aos crimes. Marcelo Xavier, o então presidente da Funai, cobrou a gestão, ações ''urgentes, efetivas e assertivas'' diante a situação preocupante.

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O relatório que comprova que o governo do líder do Partido Liberal tinha conhecimento do cenário que resultou em mortes e desnutrição do povo Yanomami, foi analisado no mesmo período em que o ex-mandatário iniciou sua campanha de reeleição. As informações divulgadas pela Uol, dizem que em menos de 48 horas os documentos foram arquivados pela equipe do ex-ministro Anderson Torres.

Em maio do mesmo ano, um servidor da Funai sobrevoou parte do território indígena com o objetivo de obter informações para a operação em parceria com o Ministério da Justiça, prevista para o segundo semestre. Durante o sobrevoo, foram identificados e fotografados mais de 80 pontos relacionados a atividade ilegal.

As informações revelaram a presença de 32 garimpos que atuavam em uma extensão de aproximadamente 800 quilômetros, nos rios Uraricoera, Couto Magalhães, Auaris, Parima e Mucajaí. Além disso, foram identificadas pistas de pouso, 13 pontos de apoio e três áreas descritas como portos, utilizados pelos garimpeiros na região inspecionada. Destruições ambientais também foram registradas.



 

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), em entrevista concedida ao colunista Guilherme Amado, do Metrópoles, nesta segunda-feira (8), comentou o inquérito de adulteração do cartão de vacinas vinculado a milícias digitais e disse que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, não tem competência "para estar com um tipo de inquérito deste nas mãos".

O parlamentar disse que não tem sentido vincular um inquérito que busca descobrir uma quadrilha que frauda cartões de vacina com um inquérito de milícias digitais. O senador ainda afirmou que essa decisão quer desgastar a imagem política do seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

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A entrevista que foi divulgada nas redes sociais, foi bastante comentada pelos usuários das plataformas. ‘’Xandão, corre aqui e vê o capitão das rachadinhas!’’, escreveu uma seguidora da página. ‘’Sinalização ruim da máquina pública, foi quando teu pai aparelhou a “polícia” para não comprometer seus familiares e amigos, né Prato feito?’’, ironicamente, escreveu outro usuário.

Confira trecho da entrevista:

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Ailton Barros, considerado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como seu ''segundo irmão'', preso pela Polícia Federal (PF) por ser suspeito de fraudar comprovantes de vacina, se envolveu em mais uma polêmica nesta sexta-feira (5). Autodenominado de ''01 de Bolsonaro'' é considerado morto no cadastro do Exército Brasileiro.

O ex-major foi expulso da corporação após se envolver em uma série de ilegalidades entre os anos de 1997 e 2006. Durante esse período, ele foi preso em diversas ocasiões, tornando-se “indigno” para seguir como oficial.

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No Portal da Transparência é possível constatar que sua esposa, Marinalva Leite da Silva Barros, identificada como "viúva" do aliado de Bolsonaro, recebe R$ 22 mil bruto por mês, cerca de R$ 14 mil líquido, pela pensão por morte. O valor começou a ser pago em outubro de 2008, pelo motivo de dispensa permanente. A pensão é irregular.

Ailton foi preso na última quarta-feira (3) com outras cinco pessoas na Operação Venire, da Polícia Federal. Na ação, os policiais fizeram busca e apreensão na residência de Bolsonaro, ocasião em que apreenderam documentos e equipamentos, como o celular do ex-mandatário.

 

Na última quarta-feira (3), o deputado Eduardo Bolsonaro (PL) alegou, durante sessão na Câmara dos Deputados, em Brasília, que o pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), é alvo de "perseguição da esquerda". Durante a fala, o parlamentar também classificou a operação da Polícia Federal (PF), que realizou busca e apreensão na casa do ex-chefe do Executivo, de "esculacho".

“Por que Bolsonaro teria motivos para falsificar o cartão de vacina? Por que a Polícia Federal não podia pedir informações ao presidente [Bolsonaro] para o presidente dar as explicações por escrito ou ir à Polícia Federal dar o testemunho. Para que a necessidade de fazer esse esculacho?”, disse no plenário da Câmara.

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De forma irônica, o deputado afirmou que a ação da PF é igual a uma "medalha" e seria consequência da "perseguição da esquerda" ao pai. “Isso daí pode ter certeza é uma medalha. Nada, nada, nada dá mais honra em ser filho de Jair Bolsonaro do que a perseguição covarde, vil, baixa e bizarra que a esquerda tenta imprimir contra o presidente."

Aida em tom de defesa, Eduardo Bolsonaro disse que o pai não tem "nada a esconder". “Se ele [Jair Bolsonaro] tivesse roubado R$ 0,01 dos cofres públicos, já estaria preso. Mas não. A Polícia Federal vai à casa dele para ver se foi vacinado”, disse.

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