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O ex-ajudante de ordem do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid, decidiu ficar em silêncio diante dos questionamentos dos deputados e senadores na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas. O tenente-coronel participa, nesta terça-feira (11), da sessão da CPMI. Já durante sua fala inicial, Mauro Cid deixou claro que não responderia as perguntas. 

"Por todo o exposto, e sem qualquer intenção de desrespeitar vossas excelências e os trabalhos conduzidos por esta CPMI, considerando minha inequívoca condição de investigado, por orientação da minha defesa e com base no habeas corpus 229323, concedido em meu favor pelo STF, farei uso ao meu direito constitucional ao silêncio", disse.

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O silêncio de Mauro Cid é respaldado por um habeas corpus concedido pela ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão obriga Cid a comparecer à comissão e o concede o direito de ficar em silêncio diante de perguntas que possam incriminá-lo. Cid está acompanhado dos seus advogados. 

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O ex-ajudante de ordem é apontado como um dos articuladores de uma conspiração para reverter o resultado eleitoral do ano passado, inclusive com planos de uma intervenção no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 

*Com a Agência Brasil

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os ataques golpistas do dia 8 de janeiro vai ouvir, nesta terça-feira (11), o tenente-coronel do Exército Mauro César Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro durante seu mandato (2019 a 2022). O depoimento está marcado para começar às 9h.

Por decisão da ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), em pedido de habeas corpus da defesa do investigado, Cid é obrigado a comparecer à comissão, mas terá o direito de ficar em silêncio diante de perguntas que possam incriminá-lo. Além disso, poderá ser acompanhado por advogado.

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Cid é apontado como um dos articuladores de uma conspiração para reverter o resultado eleitoral do ano passado, inclusive com planos de uma intervenção no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). De acordo com investigações da Polícia Federal, mensagens capturadas com autorização judicial após apreensão do celular de Cid evidenciam que ele reuniu documentos para dar suporte jurídico à execução de um golpe de Estado.

O ex-ajudante de ordens está detido desde 3 de maio, acusado de ter fraudado cartões de vacinação contra a covid-19, incluindo o de Bolsonaro e parentes do ex-presidente. Em seu telefone celular, peritos da Polícia Federal (PF) encontraram mensagens que ele trocou com outros militares e que, segundo deputados federais e senadores que integram a chamada CPMI do 8 de janeiro, reforçam a tese de que o grupo tramava um golpe.

Relatório de investigação produzido pela Polícia Federal informa que as mensagens mostram Cid reunindo documentos para dar suporte jurídico à execução de um golpe de Estado. Nelas, o militar teria compartilhado um documento com instruções para declaração de Estado de Sítio diante de "decisões inconstitucionais do STF".

“O investigado compilou estudos que tratam da atuação das Forças Armadas para Garantia dos Poderes Constitucionais e GLO. Os documentos tratam da possibilidade do emprego das Forças Armadas, em caráter excepcional, destinado a assegurar o funcionamento independente e harmônico dos Poderes da União, por meio de determinação do Presidente da República”, diz o relatório.

As mensagens de teor considerado golpista foram tornadas públicas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Elas indicam que os proponentes da intervenção defendiam a suspensão temporária de direitos constitucionais; o possível afastamento de ministros do TSE e a convocação de um novo pleito para escolha do futuro presidente.

Entre os interlocutores de Cid estava o coronel Jean Lawand Junior, que já depôs à CPMI e que nega as acusações. Cid também já deveria ter se apresentado perante a comissão, mas como a reunião do colegiado do último dia 4 teve que ser adiada devido a votações na Câmara dos Deputados, a data do depoimento acabou sendo transferida esta terça-feira.

O 8 de janeiro

Instalada no fim de maio, a CPMI foi criada para investigar os atos antidemocráticos de 8 de janeiro deste ano, quando golpistas e vândalos invadiram e depredaram as dependências do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e a sede do Supremo Tribunal Federal, destruindo o patrimônio público e agredindo policiais e jornalistas. Composta por 32 parlamentares, sendo 16 senadores e 16 deputados federais titulares e seus respectivos suplentes, a comissão terá 180 dias para investigar os atos de ação e omissão ocorridos nas sedes dos três Poderes e que culminaram na prisão de mais de 300 pessoas, entre eles o ex-secretário de segurança pública do Distrito Federal e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Bolsonaro, Anderson Torres.

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu, nesta segunda-feira (10), anular uma decisão da Justiça Federal em Brasília que arquivou um dos processos que apura a omissão do ex-presidente Jair Bolsonaro na gestão da pandemia da covid-19. 

Com a decisão, caberá a Procuradoria-Geral da República (PGR) reavaliar o processo e decidir se o caso terá novo andamento. 

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Além de Bolsonaro, o processo envolve o ex-ministro da Saúde e atual deputado federal Eduardo Pazuello, a ex-secretária do Ministério da Saúde Mayra Pinheiro, o ex-secretário de Comunicação de Bolsonaro Fabio Wajngarten entre outros ex-integrantes do governo.

Parte do processo está relacionado com as investigações da CPI da Pandemia. O colegiado encerrou os trabalhos em outubro do 2021 e indiciou 80 pessoas por crimes durante a pandemia.  Após tramitar na primeira instância da Justiça, parte da investigação foi arquivada a pedido do Ministério Público Federal (MPF). Contudo, a decisão não poderia ter sido tomada porque Pazuello, que tem foro privilegiado, só pode ser julgado pelo Supremo. 

Reavaliação

A reavaliação do caso será conduzida pelo procurador-geral Augusto Aras e pela vice-procuradora-geral, Lindôra Araújo. Eles seguem no cargo até setembro deste ano, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva poderá mantê-los ou fazer nova indicação para a PGR.

Durante o mandato de Bolsonaro, Lindôra pediu ao Supremo o arquivamento de apurações de supostos crimes atribuídos ao ex-presidente durante a pandemia. 

A Agência Brasil tenta contato com a defesa de Bolsonaro.

Após aprovar a reforma tributária, nesta semana, a Câmara de Deputados se concentrará nas atividades dos colegiados do Congresso Nacional, com destaque para a Comissão Mista Parlamentar de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas de 8 de Janeiro. Na manhã de terça-feira (11), a CPMI ouvirá o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid. Preso desde o dia 3 de maio, Cid será questionado sobre mensagens e documentos com teor considerado golpista encontrados em seu celular.

As mensagens encontradas pela Polícia Federal (PF) no celular de Mauro Cid foram tornadas públicas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). As mensagens apontam para a elaboração de um plano de golpe com decretação de estado de sítio, suspensão da atual ordem constitucional, possível afastamento de ministros do TSE e a convocação de novas eleições.

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Havia também diálogos de Cid com outros militares da ativa, nos quais eram apresentadas supostas justificativas para um possível golpe.

Outras comissões

Além da CPMI, os deputados e senadores foram convocados para uma sessão do Congresso Nacional, que vai analisar diversos vetos presidenciais, também na terça-feira (12).

Como, até o momento, não há previsão de sessão deliberativa do plenário da Câmara, os deputados devem participar apenas das reuniões das comissões parlamentares.

Ainda na terça-feira, os trabalhos se concentrarão nas comissões de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, que debaterá a Política Nacional de enfrentamento aos crimes transfronteiriços; do Esporte, que vai abordar a readequação de velocidades para a segurança de pedestres e ciclistas; de Saúde, que avaliará o tratamento para Distonia no Sistema Único de Saúde (SUS); de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; Indústria, Comércio e Serviços, com debate sobre os impactos do regulamento da União Europeia contra o desmatamento.

Já as comissões de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência; de Indústria, Comércio e Serviços; de Administração e Serviço Público se reunirão para discutir e votar propostas legislativas.

Na quarta-feira (12), a comissão de Viação e Transportes vai tratar da atuação do Exército como executor de obras de infraestrutura; a Comissão de Ciência, Tecnologia e Inovação, dos impactos e perspectivas de revisão do novo Marco Legal da Inovação; a de Desenvolvimento Econômico, sobre sanções administrativas previstas para casos de vazamento de dados pessoais e a de Defesa do Consumidor, da manipulação de informações das Big Techs contra o Projeto de Lei das Fake News (PL 2.630/20).

As comissões de Relações Exteriores e de Defesa Nacional; de Defesa do Consumidor; de Viação e Transportes; de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa; do Esporte de Fiscalização Financeira e Controle; de Ciência, Tecnologia e Inovação; de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família e de Cultura terão discussão e votação de propostas legislativas.Na quinta-feira (13), não haverá atividade dos colegiados.

Senado

Já no Senado, a semana começa com sessão deliberativa do plenário, que será realizada de forma semipresencial na terça-feira. Na pauta, projetos que tratam da instituição do Programa Escola em Tempo Integral; de Conselhos Escolares e de Fóruns dos Conselhos Escolares; da implantação do serviço de monitoramento de ocorrências de violência escolar; da formação técnica profissional e tecnológica e de articular a formação profissional técnica de nível médio com a aprendizagem profissional; e do acesso a bolsas de pesquisa, desenvolvimento, inovação e intercâmbio para alunos, docentes, ocupantes de cargo público efetivo, detentores de função ou emprego público.

Na quarta-feira, também haverá sessão deliberativa do plenário semipresencial para tratar da autorização da ozonioterapia no território nacional; para estabelecer a inexistência de vínculo empregatício entre confissão religiosa, incluídos igreja, instituição, ordem ou congregação, e seus ministros, pastores, presbíteros, bispos, freiras, padres, evangelistas, diáconos, anciãos ou sacerdotes.
Os senadores também se revezarão nos trabalhos das diversas comissões que terão atividades até quinta-feira.

O Partido Liberal (PL) se reuniu nesta quinta-feira (6) em Brasília para decidir como seriam votadas as próximas propostas no Congresso Nacional. Na convocação, o presidente do partido, Valdemar Costa Neto, chamou os membros “a fim de tratar de interesses com governadores, bancadas do Congresso, presidentes regionais e deputados estaduais”.

Um dos temas mais debatidos durante o encontro foi sobre a votação da reforma tributária. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), se posicionou favorável à proposta, causando um desentendimento com o ex-presidente Jair Bolsonaro, que também estava presente na reunião.

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O chamado para o encontro do PL se deu sob a justificativa de apoiar Bolsonaro, após a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de torná-lo inelegível por oito anos. Apesar dos pontos defendidos pelo ex-chefe do executivo nacional, de que todos os membros se posicionem contrários às propostas do governo atual, o encontro terminou sem um consenso definido.

O PL possui a maior bancada do Congresso Nacional, com 99 parlamentares dos 513. Pela lógica de Bolsonaro, se todos votarem contra, a reforma tributária não será aprovada. A votação acontece nesta quinta-feira à noite.

Em um texto compartilhado nas redes sociais, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pede para que parlamentares votem contra a reforma tributária do Governo Lula, que deverá ser votada nesta quinta-feira (6), na Câmara dos Deputados. Na manifestação de repúdio ao adversário político e ao Partido dos Trabalhadores, o ex-mandatário, declarado inelegível até 2030 pelo TSE, cita comunismo, Foro de São Paulo, Bolsa Família e taxação do Pix.  

Bolsonaro divulgou a mensagem no grupo do PL no Telegram e depois no Twitter. Anteriormente, o texto foi divulgado através do seu advogado, Fábio Wajngarten, na noite da quarta-feira (5). 

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“A todos aqueles que se elegeram com nossas bandeiras de 'Deus, Pátria, Família e Liberdade', peço que votem contra a PEC da Reforma Tributária”, pede o ex-presidente. Ele não cita critérios técnicos para a rejeição à proposta, mas compara seu mandato aos mandatos anteriores de Lula. 

A Câmara deve votar a reforma tributária até às 18h. O presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), levou o tema ao plenário, a fim de iniciar as discussões, na quarta-feira (5). O relator da matéria, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) apresentou seu parecer na ocasião. A principal mudança do texto apresentado pelo relator foi a criação da “Cesta Básica Nacional de Alimentos”, que terá alíquota zero (ou seja, não terá impostos). Ainda há detalhes a serem alinhados no texto.  

Leia o pedido de Bolsonaro na íntegra 

“Não à Reforma Tributária do PT 

Lula se reúne com o Foro de SP (criado em 1990 por Fidel, FARC, ...), diz ter orgulho de ser comunista, que na Venezuela impera a democracia, é amigo de Ortega que prende padres e expulsa freiras e seu partido comemorou a minha inelegibilidade. 

O PT não defende os mais os mais pobres (na Câmara votaram contra o parcelamento dos precatórios, quase inviabilizando o Bolsa-Família passar para R$ 600,00). Quando zeramos os impostos da gasolina, diesel, álcool e gás, o PT votou contra no Senado. 

Não respeitam a propriedade privada, pois estimulam o MST a levar o terror ao campo. Desarmam o cidadão de bem, mas não os criminosos.  Desrespeitam as famílias, pois apoiam a ideologia de gênero. 

Eles apenas desejam o poder absoluto a qualquer preço, para atender à sua ideologia e dos amigos ditadores. Lembro ainda que o PT deseja taxar o PIX, retornar com a cobrança do DPVAT e criar imposto sobre herança. 

O texto final da PEC somente ficará pronto hoje, por volta das 18h. A pressa em votá-lo só nos traz mais preocupações com os já sofridos pagadores de impostos. Afinal quem acredita num governo que escolheu seu ministério com perfil completamente diferente do nosso, gastador e sem compromisso com o futuro do seu povo? 

Do exposto, a todos aqueles que se elegeram com nossa bandeira de "Deus, Pátria, Família e Liberdade", peço que votem contra a PEC da Reforma Tributária do Lula.” 

Um clima de animosidade tomou conta da reunião do PL nesta quinta-feira (6). O desconforto ficou claro entre o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e os parlamentares presentes. Tarcísio gerou um desgaste no PL ao aceitar conversar com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e se posicionar a favor da aprovação da reforma tributária. Bolsonaro já se colocou contrário e orientou os deputados do partido a seguirem a mesma linha.

Ao discursar no encontro do PL, Tarcísio foi vaiado quando falou sobre a proposta em tramitação no Congresso e precisou da ajuda do presidente nacional da sigla, Valdemar Costa Neto, para conseguir terminar de se explicar. Na ótica de Tarcísio, é “arriscado a direita abrir mão da reforma tributária”.

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“A direita não pode perder a narrativa de ser favorável a reforma tributária, por que senão a reforma tributária é aprovada e quem aprovou? Posso explicar... O que estou tentando explicar é que acho arriscado a direita abrir mão da reforma tributária... Se vocês não acham que a reforma tributária não é importante, então não vota”, disse o governador.

Na mesma mesa, enquanto Tarcísio tentava falar e era interrompido constantemente, Jair Bolsonaro também pegou o microfone e questionou o prazo para o debate e consenso sobre o texto em tramitação, pedindo mais dias para a análise da proposta. Ao falar diretamente para Tarcísio, Bolsonaro foi direto: “Se o PL não estiver unido não aprova nada”.

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No dia em que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ficou inelegível, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) participou de um culto evangélico no Distrito Federal. Ao lado da cantora gospel Eyshila Santos, Michelle falou sobre a importância de "adorar o Senhor independentemente da circunstância e dos resultados". 

"Nós adoramos o senhor pelo que ele é e não pelo que ele faz (...) E nós queremos orar pela nossa nação porque nós declaramos os quatro anos de governo que essa nação é do Senhor Jesus", disse. 

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A pregação ocorreu na última sexta-feira (30), horas após o final do julgamento do ex-mandatário no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A celebração teve início às 21h30 e ocorreu na igreja evangélica Assembleia de Deus de Taguatinga. 

A cantora bolsonarista Eyshila Santos cantou logo após a fala da ex-primeira-dama, que afirmou que foi a artista gospel que lhe convidou para participar do culto religioso. 

Horas antes, Eyshila prestou solidariedade ao ex-casal presidencial ao responder sua publicação nas redes sociais, que conta com mais de quatro milhões de seguidores: "Eles deram um tiro no pé! Bora pra frente!", escreveu a cantora que não concordou com a decisão do TSE. 

Por maioria de votos, 5 a 2, o Plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) declarou a inelegibilidade do ex-presidente da República por oito anos, contados a partir das Eleições 2022. A decisão reconhece a prática de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante reunião realizada no Palácio da Alvorada com embaixadores estrangeiros no dia 18 de julho do ano passado, onde Bolsonaro fez declarações antidemocráticas.

50 deputados federais se uniram para assinar autoria do projeto de lei (PL) 3317/2023, que concede anistia aos condenados por ilícitos cíveis eleitorais ou declarados inelegíveis a partir de 2 de outubro de 2016. O PL tem o intuito de dar o perdão político a Jair Bolsonaro, condenado inelegível na última sexta-feira (30) pelo Tribunal Superior Eleitoral.

O PL foi apresentado no mesmo dia da Câmara. Entre as 50 assinaturas de endosso, quatro são de parlamentares pernambucanos. Clarissa Tercio (PP-PE) e Pastor Eurico (PL-PE) constam na lista publicada no portal da Câmara, enquanto que Coronel Meira (PL-PE) e Fernando Rodolfo (PL-PE) listam como coautores. O texto foi montado pelo deputado Sanderson (PL-RS).

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Na matéria, no entanto, contém exceções. O PL não se aplica aos atos de improbidade administrativa e aos que forem condenados pelos seguintes crimes: contra a administração pública e o patrimônio público; eleitorais, para os quais lei comine pena privativa de liberdade por mais de 8 anos; de abuso de autoridade; de lavagem ou ocultação de bens; de tráfico de entorpecentes e drogas afins, racismo, tortura, terrorismo e hediondos; contra a vida e dignidade sexual; e praticados por organização criminosa, quadrilha ou bando.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pode ficar inelegível até depois de 2030, a depender das decisões do Tribunal de Contas da União (TCU) e do Supremo Tribunal Federal (STF). A informação é dos jornalistas Matheus Teixeira e José Marques.

Segundo a reportagem, a condenação decidida na última sexta-feira (30), pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pode começar a valer só depois da finalização do processo, que ainda deve passar pelo TCU para apurar possíveis danos aos cofres públicos, como determina a Lei da Ficha Limpa. A inelegibilidade de Bolsonaro deve começar a valer apenas após o trânsito em julgado. O entendimento que circula pelos bastidores é o de que é muito provável que o TCU condene o ex-presidente, tornando difícil ele ter uma pena menor.

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Ministro Benedito Gonçalves, relator do processo contra Bolsonaro no TSE. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O TCU ainda deve aguardar o desfecho dos processos contra Jair no STF, encaminhados pelo ministro Alexandre de Moraes, que já alcançam a esfera criminal. Moraes chegou a mencionar, durante sua votação no TSE, uma possível relação de Bolsonaro com milícias digitais, podendo ainda colocar o ex-presidente sob responsabilidade intelectual dos atos golpistas no dia 8 de janeiro em Brasília.

Bolsonaro também deve responder por outros processos no Supremo referentes aos atos antidemocráticos realizados no dia 7 de setembro de 2021, além de acusações de difamação e injúria.

Foto: Tânia Rego/Agência Brasil

Inelegibilidade

Jair Bolsonaro se tornou inelegível por oito anos após decisão do TSE. O julgamento, finalizado na última sexta-feira (30), aconteceu devido à denúncia realizada pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT) em razão de uma reunião convocada por Bolsonaro, no dia 18 de julho de 2022, com dezenas de embaixadores, onde ele preferiu ataques às instituições brasileiras e atacou o sistema eleitoral brasileiro, colocando em dúvida os resultados que seriam apurados após o pleito presidencial daquele ano.

A ex-candidata Vanessa Aparecida Cortes Carazzo de Sousa (União-SC), que também já compôs a ala conservadora da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) como deputada suplente, atualmente vende conteúdo pornográfico em uma plataforma adulta paga. Além de criadora de conteúdo adulto, ela também é servidora penitenciária. Nas eleições de 2018, quando mirou a Alesc, se colocou como temente a Deus, defensora da família e das tradições. Carazzo foi apoiada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), à época deputado federal.

Após um encontro entre Bolsonaro e a ex-candidata, ela passou a adicionar com mais veemência o antipetismo e o bolsonarismo ao seu discurso. Apesar de servidora municipal em Balneário Camboriú, onde reside, Vanessa Carazzo se inscreveu no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) como sacerdotisa. Sacerdote ou membro de ordem religiosa”, descreve o registro.

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As redes da conservadora foram recém descobertas, assim como seu pseudônimo na plataforma Privacy. Lá, ela usa o nome “Loirinha safada BC”, sigla para Balneário Camboriú, e cobra R$ 79,90 para o acesso às suas publicações em um plano mensal. O perfil já tem 15 fotos e três vídeos publicados. “Loirinha safada, gostosa, olhos azuis, bunda grande e que gosta muito de uma safadeza. Irei levar sua imaginação às alturas. Fotos bem picantes e vídeos com muito sexo”, escreve a criadora no perfil do Privacy.

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Após a repercussão nas redes e na imprensa, Vanessa Carazzo se pronunciou sobre a chegada de novos usuários em suas redes sociais e disse que tem recebido muitos comentários, bons e ruins. Ela assume abertamente que cria conteúdo adulto e se diz “aberta a críticas”. Também confirma que foi candidata em Santa Catarina e que as informações circulando são verdadeiras.

"Eu não esperava por essas matérias aí que saíram nos sites petistas. Achei que era um amigo meu divulgando as minhas fotos, porque começou a vir seguidores. Eu 'tô' muito surpresa. Quero agradecer aos novos seguidores em minha página, sejam bem-vindo todos vocês. Agora vocês vão saber quem é a Vanessa Carazzo. Na matéria saiu um monte de coisa, mas o que saiu não é mentira. Eu fui candidata a deputada estadual pelo Bolsonaro. Sim, estou com um site no Privacy; não nego”, respondeu a ex-candidata pelos stories, no Instagram.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está inelegível até 2030, publicou em uma rede social o trecho de uma matéria da Folha de São Paulo que fala sobre uma reunião da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em 2016, no Palácio do Planalto, junto a embaixadores estrangeiros que teriam vindo ao Brasil para abordar o impeachment. Apesar de não ter feito outros comentários, se entende que a publicação do conservador volta a argumentar injustiça na decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pela sua inelegibilidade.

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Bolsonaro foi condenado pelo TSE por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação no último dia 30 de junho. A decisão da Corte, apesar de poder ser alvo de recursos, já está válida pelos próximos oito anos. Na ação vencedora contra o ex-presidente, um dos principais questionamentos se fez a partir de uma reunião de Jair com embaixadores, no Palácio da Alvorada, em julho de 2022. Na ocasião, ele utilizou suspeitas falsas e já verificadas por órgãos oficiais, de que o TSE possui um sistema facilmente corruptível e que as urnas eletrônicas não são seguras.

A reunião de Dilma, em 2016, convidou cerca de 150 embaixadores para o "Encontro com Juristas  pela Legalidade da Democracia"; aproximadamente 70 convidados compareceram. Entre eles, embaixadores ou encarregados de negócios da Itália, Reino Unido, Bolívia, Equador, Cuba e Rússia. Israel, que à época vivia um impasse diplomático com o Brasil, compareceu através de um encarregado.

Na legislação eleitoral brasileira, não há contrariedade à reunião ou ao tema abordado nela - o impeachment de Dilma. O intuito era emular algo como a Campanha da Legalidade, no pré-ditadura militar, e alcançar apoios diplomáticos para Dilma, que estava prestes a ser exonerada do cargo presidencial.

O discurso de Bolsonaro aos embaixadores

A fala do ex-presidente que motivou a ação foi feita em 18 de julho de 2022, em reunião com embaixadores de países estrangeiros residentes no Brasil. No encontro, o chefe do Executivo disse que o TSE atenta contra as eleições e a democracia. “Atentar contra as eleições e a democracia, quem faz isso é o próprio TSE ao tentar esconder o inquérito de 2018”, disse o presidente, em referência suposto inquérito da Polícia Federal sobre uma invasão hacker à rede do TSE em 2018. Bolsonaro não apresentou provas.

Em seu discurso, Bolsonaro também relacionou os ministros Edson Fachin, Alexandre de Moraes e Roberto Barroso ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e insinuou que houve favoritismo e parcialidade diante dos processos do petista.

 

O sextou em alguns bares e baladas da cidade de Curitiba, no Paraná, terá um ingrediente diferente nesta sexta-feira (30). É que os estabelecimentos estão com ofertas de drinks para comemorar a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que tornou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível até 2030. 

Após o julgamento, representantes de bares da capital paranaense começaram a divulgar as promoções nos perfis oficiais dos estabelecimentos nas redes sociais. 

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Curiosamente, o bar Rua Pagu, localizado no Alto da XV, está oferecendo a garrafa de 1 litro de cerveja por R$ 13, número do Partido dos Trabalhadores. O local ficará aberto para os clientes até às 23h. 

Já o Bek's Bar, no Água Verde, que ficou nacionalmente reconhecido por se assumir de esquerda, promete dar um shot grátis aos visitantes.

"A gente esperou tanto pra isso que não podia deixar esse dia passar em vão. Pra comemorar o fato de Jair Bolsonaro ter sido considerado inelegível pelo TSE estamos oferecendo um shot por conta da casa", escreveu a assessoria do bar através das redes sociais. 

O James, balada no Centro, colocou uma promoção de double do drink chamado "Mega Loko Inelegível". O estabelecimento ficará aberto até às 23h.

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Durante um evento que reuniu bolsonaristas em um auditório da Câmara, o senador Magno Malta (PL-ES) fez declarações xenofóbicas contra moradores do Nordeste, alegando que os eleitores da região desconhecem o que é comunismo e socialismo e foram "laçados" pelo programa de assistência social Bolsa Família. 

O parlamentar aliado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), atribuiu o apoio ao programa Bolsa Família como um fator determinante para a predileção política dos nordestinos. 

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“O Nordeste não é comunista, o Nordeste não é socialista, esse povo não sabe nem o que é isso. O Nordeste é Padre Cícero Romão, é Frei Damião, o Nordeste é Assembleia de Deus, o Nordeste é Igreja Batista, o Nordeste é o padroeiro da vaquejada. O problema é que eles precisam entender que eles foram laçados pelo Bolsa Família”, disse o bolsonarista. 

Malta diz que conversou sobre o assunto com Bolsonaro durante a campanha de 2018. Naquele ano, o então candidato Fernando Haddad (PT) venceu Bolsonaro no Nordeste com 69,7% dos votos válidos. Os bons resultados do Partido dos Trabalhadores na região vem se repetindo há décadas nas eleições presidenciais.   

Em 2022, no segundo turno das eleições, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu Jair Bolsonaro (PL) nos nove estados nordestinos por uma diferença de 12,5 milhões de votos válidos. A região foi a única onde o líder petista saiu vitorioso e foi decisiva para a sua vitória.

Após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidir no início da tarde desta sexta-feira (30), tornar inelegível por oito anos o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), parlamentares bolsonaristas se manifestaram contra o julgamento.

O ex-chefe do Executivo foi condenado por ter sido o responsável pelo uso indevido dos meios de comunicação e abuso do poder político por reunião com embaixadores em julho de 2022. No encontro, Bolsonaro fez declarações atacando o sistema eleitoral do país.

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Mesmo com a condenação e a comprovação de que Bolsonaro agiu contra a democracia, figuras políticas da extrema direita usaram suas redes sociais para defenderem o ex-mandatário, como fez o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), ao supor que o TSE cometeu uma injustiça.

"Vence o sistema", escreveu o parlamentar mineiro através de uma publicação no Instagram. Com isso, logo apareceram comentários de centenas de seguidores, atacando o TSE.

"O Tribunal Superior Esquerdista mostrou pra que serve", escreveu um internauta, associando os ministros que votaram pela inelegibilidade à política de esquerda. "Brasil: o circo do jurídico", afirmou outra seguidora.

Os ataques aos ministros se repetiram no perfil da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). 

A bolsonarista fez uma montagem na qual unificou a bandeira do Brasil com a bandeira da Venezuela, além disso, escreveu que "a semeadura do Presidente Bolsonaro não desaparecerá" e definiu o governo do ex-mandatário como "o melhor que o Brasil já teve".

Já o senador e presidente do Partido Progressista, Ciro Nogueira (PP-PI), usou o Twitter para mostrar sua indignação com a decisão do TSE.

"Podem ferir o presente. Podem nublar o hoje, mas ninguém pode impedir o futuro. Ninguém pode proibir o amanhã. A esperança está mais viva do que nunca. A esperança de um Brasil mais soberano, de um sonho que hoje sabemos que pode ser realidade. Alguns irão dizer: só nos resta a esperança. Outros dirão: a esperança é tudo. Não precisamos de mais nada", escreveu.

O senador e ex-ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes (PL-SP), através de seu perfil oficial do Instagram, usou um versículo bíblico para defender Bolsonaro. O parlamentar acredita que o país está "em luto pela democracia".

"No livro de João 8:32, somos ensinados que conhecereis a verdade e a verdade vos libertará. Portanto, persistiremos em busca da verdade, mesmo diante das circunstâncias mais adversas, pois é por meio dela que encontraremos a nossa libertação. Sigamos firmes, apoiando nosso país e confiando na liderança do presidente Bolsonaro. Mesmo nos desafios mais obscuros, a verdade, prevalecerá eternamente", escreveu.

No Twitter, a deputada federal pelo estado de Pernambuco, Clarissa Tércio (PP-PE), relembrou da quantidade de eleitores que votaram em Bolsonaro no segundo turno das eleições de 2022, e definiu o atual contexto político como "assustador".

"O TSE acabou de formar maioria para impedir o ex-Presidente Jair Bolsonaro de disputar eleições por 8 anos. É o primeiro ex-Presidente a ficar inelegível sem nenhuma acusação de corrupção. São 57 milhões de vozes caladas", afirmou a bolsonarista, mesmo ciente que o ex-presidente enfrenta 16 processos no TSE, 5 processos no Supremo e uma investigação da Polícia Federal (PF) que apura a tentativa de entrada ilegal no país de um pacote de joias presenteado pela Arábia Saudita.

Vale ressaltar que Clarissa Tércio é investigada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por possível apoio aos atos golpistas que invadiram a Praça dos Três Poderes em 8 de janeiro deste ano.

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O advogado Tarcísio Vieira de Carvalho, representante do ex-presidente Jair Bolsonaro, disse nesta sexta-feira (30) que avalia recorrer da decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que condenou o ex-presidente à inelegibilidade por oito anos.   

Após a proclamação do resultado do julgamento, Carvalho disse que vai aguardar a publicação do acórdão, documento que reúne os votos proferidos por todos os ministros, para entrar com recurso no Supremo Tribunal Federal (STF). 

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 “A defesa recebe com profundo respeito a decisão do tribunal e aguarda a publicação oficial dos votos para verificar qual a estratégia, inclusive recorrer ao STF”, afirmou. 

 Mais cedo, o TSE, por 5 votos a 2, condenou o ex-presidente. Conforme a maioria dos ministros, Bolsonaro cometeu abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação ao promover reunião realizada com embaixadores, em julho do ano passado, no Palácio da Alvorada, para atacar o sistema eletrônico de votação. 

 Três dos sete ministros do TSE também fazem parte do STF e podem participar do julgamento do eventual recurso. 

 Pelas regras internas da Corte, os ministros que atuam no tribunal eleitoral não ficam impedidos automaticamente de julgar questões constitucionais em processos oriundos do TSE.

A decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pela inelegilibidade do ex-presidente Jair Bolsonaro vem repercutindo no meio político em todo e em entre os parlamentares pernambucanos o assunto tem sido amplamente comentado nesta sexta-feira (30), após o julgamento ser concluído com 5 votos a favor e 2 contra.

Na avaliação dos políticos da situação, o julgamento é uma "vitória da democracia". No entanto, para os aliados do ex-presidente, "querem calar" os eleitores do líder do PL. O deputado federal Túlio Gadêlha, fala em "vitória da democracia".

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"Grande dia! Hoje #sextou com uma VITÓRIA para a democracia! Bolsonaro atacou a credibilidade das urnas com mentiras e teorias conspiratórias. Atacou as instituições democráticas e entou manipular o nosso povo. Mas a justiça mostrou, de forma técnica e bem fundamentada, que crimes têm consequências, nesse caso, a inelegibilidade! Comemoremos! Vitória da democracia!", escreveu Túlio em suas redes sociais.

A deputada estadual Dani Portela (PSOL) também o usou o termo "sextou" para celebrar a decisão do TSE. "Sextou com Bolsonaro Inelegível até 2030! #sextou #bolsonaroinelegivel".

A senadora Teresa Leitão pontuou que com o julgamento " a democracia venceu". Na opinião da petista, a decisão do TSE assegura "a defesa do processo eleitoral e do regime democrático". "O Tribunal Superior Eleitoral formou maioria para tornar o ex-presidente inelegível. A democracia vence. 30 de junho de 2023 torna-se data histórica para o Brasil, que reafirma, por meio das suas instituições, a defesa do processo eleitoral e do regime democrático. Foi reconhecido abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. O julgamento nos assegura que este é um país que não permite que discursos mentirosos e distorções graves sobre o sistema eleitoral sejam usados em benefício eleitoral próprio com objetivo de nos levar ao caos e à instabilidade."

O senador Humberto Costa (PT) fez algumas publicações para falar de Jair Bolsonaro. Na primeira postagem, o petista destacou o que chamou de "atentados à democracia e à Constituição" comentidos pelo ex-presidente e disse esperar que Bolsonaro pague "por todos os crimes que cometeu".

"Depois de incontáveis atentados à democracia e à Constituição, a justiça começa a ser feita. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com o voto da ministra Carmén Lúcia, forma maioria (4 X 1) para condenar Jair Bolsonaro à inelegibilidade. Ainda é muito pouco para que ele pague por todos os crimes que cometeu, inclusive contra a humanidade. Mas é um começo promissor, um sinal de que não deixaremos impunes aqueles que quiseram destruir o Estado democrático de Direito e foram responsáveis pelas mortes de tantos seres humanos, como na pandemia".

Em outra publicação, o senador petista ironizou a situação com um vídeo fazendo um homem bem semlehante fisicamente ao ex-presidente e imagens que remetem ao Plantão da Globo, que só vai ao ar para noticiar situações bem extremas. "OLHA O PLANTÃO! Bolsonaro já está inelegível pelos crimes que cometeu até 2030. Grande dia Boa sexta-feira", legenda o senador. 

A deputada federal Maria Arraes (Solidariedade) também publicou um vídeo em que um homem semelhante a Bolsonaro surge pulando e aparece a deputada agarrando um papel e colocando na lata do lixo. "Bolsonaro está inelegível e na lata de lixo da história!", disse a parlamentar pernambucana.

Calar vozes

Já os apoiadores de Bolsonaro em Pernambuco saíram em defesa dele. A deputada federal Clarissa Tércio disse que a decisão deixa "57 milhões de vozes caladas", em referência ao número de votos que o ex-presidente recebeu nas últimas eleições. 

"O TSE acabou de formar maioria para impedir o ex-presidente Jair bolsonaro de disputar eleições por oito anos é o primeiro ex-presidente a ficar inelegível sem nenhum acusação de corrupção são 57 milhões de vozes caladas assustador", lamentou. 

Quem seguiu o discurso de Clarissa foi o deputado federal André Ferreira: "Tornar Bolsonaro inelegível foi uma tentativa de calar a voz de metade de população brasileira. O sentimento de indignação chega a travar a garganta. Mas o que nos cala hoje, nos fortalece para seguir na luta por um Brasil livre de corrupção.  Vamos mostrar nossa lealdade e nossa força, mantendo vivo o projeto da Direita que começou a ser construído no governo do presidente Bolsonaro.

A mesma posição foi adotada pelo deputado estadual Joel da Harpa, que também classificou este como um "triste dia". "O TSE brasileiro tornou Bolsonaro inelegível. Ao cassar os direitos políticos do nosso capitão de maneira injusta, 57 milhões de vozes foram silenciadas. Ele é o primeiro ex-presidente a ficar inelegível sem nenhuma acusação de corrupção. Triste dia!", disse.

Já o deputado federal Coronel Meira (PL) apesar de classificar este como um dia de "luto", o parlamentar ressalta que a direita não será enfraquecida. "LUTO! está inelegível o maior LÍDER popular da história. Por 5x2, o TSE declarou Bolsonaro INELEGÍVEL. Se pensam que vão enfraquecer a DIREITA, enganam-se. Estamos mais fortes e mais motivados do que nunca. A semente plantada por Bolsonaro germinou em solo fértil. O Brasil é verde e amarelo". O ex-ministro do Turismo, Gilson Machado citou a cassação do mantado do ex-deputado Deltan Dallagnol e disse estar "muito preocupado com os rumos que a democracia está tomando em nosso país".

"Eu estou muito preocupado com os rumos que a democracia está tomando em nosso país. Em apenas seis meses do atual governo já foram presas mais de 1000 pessoas incluindo idosos e crianças num campo de concentração em Brasília. Já cassaram o mandato do deputado mais votado do Paraná Deltan Dallagnol. Agora tornaram inelegível um ex-presidente da República alegando crime de opinião, algo que já foi banido a muitas décadas em todas as nações democráticas do mundo livre. Aonde vai parar isso? São fatos que me preocupar enquanto cidadão e que certamente estão preocupando toda a sociedade brasileira". 

Machado ainda citou, sem contextualizar, uma fala do presidente Lula (PT) sobre a democracia. "Ontem o presidente Lula Afirmou que a democracia é relativa. Ou seja ele não dá a menor importância aos valores da liberdade democrática e da livre manifestação do pensamento que foram duramente conquistados pela sociedade brasileira depois de mais de duas décadas de um regime onde o estado de direito havia sido suprimido. São fatos que indicam um rumo muito incerto para o nosso país. Lamento tudo isso. A Democracia relativa está em festa", disse o aliado de primeira hora do ex-presidente.

Após a decisão por 5 votos a 2 pela inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) fez uma publicação em suas redes sociais para falar em "injustiça" nesta sexta-feira (30). Ao citar um texto bíblico, Michelle pontua "que somente Deus conhece o coração dos homens".

"Pois quem agir de forma injusta receberá o devido pagamento da injustiça cometida; e nisto não há exceção para pessoa alguma. Colossenses 3:5  Somente Deus conhece os corações dos homens. Deus não perdeu e nunca perderá o controle de nada. A minha fé continua inabalável em Ti, Pai! "

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Ela aproveitou a mensagem também para frisar sua lealdade e amor ao marido. Além disso, a presidente de PL Mulher, que vem rodando o Brasil e sendo apontada como possível candidata do partido à Presidência da República em 2026, encerra o texto se colocando às ordens do seu "capitão".

"Eu continuo confiando, acreditando e ao seu lado, meu amor Brasil acima de tudo e Deus acima de todos!  Nosso sonho segue mais vivo do que nunca.” JB  Estou às suas ordens, meu CAPITÃO"

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou que Brasil caminha rumo a uma "ditadura" após ser declarado inelegível por oito anos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

"Estamos a caminho de uma ditadura, isso não é democracia" afirmou Bolsonaro, assegurando que sempre trabalhou "dentro das quatro linhas" da democracia.

Ele afirmou ter recebido uma "facada pelas costas" e comparou o Brasil com os regimes de Cuba, Venezuela e Nicarágua.

"Vão brindar com o Ortega, da Nicarágua, que prendeu todos os opositores, que prendeu padres, expulsou freiras e persegue de forma brutal seu povo. Essas pessoas vão brindar com Díaz-Canel, afinal Cuba é uma democracia segundo eles, e também com Maduro", afirmou.

*Da Ansa

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O ex-ajudante de ordens do então presidente Jair Bolsonaro tenente-coronel Mauro Cid prestará, a partir das 15h desta sexta-feira (30), depoimento à Polícia Federal. Preso desde o dia 3 de maio, o militar será questionado sobre as mensagens e documentos com teor golpista encontrados em seu celular.

A prisão de Mauro Cid, no entanto, se deve a outra investigação: a falsificação da carteira de vacinação dele e do ex-presidente da República, além de familiares seus e de Bolsonaro.

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Já o depoimento de hoje está no âmbito do inquérito aberto para investigar a tentativa de golpe ocorrida em 8 de janeiro, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas e depredadas por apoiadores do ex-presidente, inconformados com sua derrota nas eleições presidenciais de outubro.

As mensagens encontradas pela PF no celular de Mauro Cid foram tornadas públicas pelo ministro Alexandre de Moraes. Elas apontam para a elaboração de um plano de golpe com decretação de estado de sítio, suspensão da atual ordem constitucional, possível afastamento de ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a convocação de novas eleições.

Havia também diálogos com outros militares da ativa, nos quais eram apresentadas supostas justificativas para um possível golpe.

Relatório da PF

Relatório de investigação produzido pela Polícia Federal informa que as mensagens mostram Cid reunindo documentos para dar suporte jurídico à execução de um golpe de Estado. Nelas, o militar teria compartilhado um documento com instruções para declaração de Estado de Sítio diante de "decisões inconstitucionais do STF".

“O investigado compilou estudos que tratam da atuação das Forças Armadas para Garantia dos Poderes Constitucionais e GLO. Os documentos tratam da possibilidade do emprego das Forças Armadas, em caráter excepcional, destinado a assegurar o funcionamento independente e harmônico dos Poderes da União, por meio de determinação do Presidente da República”, diz o relatório.

Os documentos mostram também um diálogo entre Mauro Cid e o coronel do Exército Jean Lawand, no dia 1° de dezembro do ano passado.

"Cidão, pelo amor de Deus, faz alguma coisa. Convence ele a fazer. Ele não pode recuar agora. Ele não tem nada a perder. Ele vai ser preso. O presidente [Bolsonaro] vai ser preso. E, pior: na Papuda", escreveu Lawand.

Em seguida, Cid respondeu: "Mas, o PR não pode dar uma ordem se ele não confia no ACE [Alto Comando do Exército]".

Outro lado

Em diversas oportunidades, a defesa de Mauro Cid tem dito que "as manifestações defensivas" serão feitas somente no processo em andamento no STF.

A Agência Brasil tentou contato com os advogados, para falarem especificamente sobre o depoimento de hoje, mas até o fechamento da matéria não obteve retorno.

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