Tópicos | Jair Bolsonaro

Jair Bolsonaro (PL) é o terceiro ex-presidente do Brasil a se tornar inelegível desde a redemocratização iniciada em 1985, mas o primeiro condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que hoje formou maioria com o voto da ministra Carmen Lúcia.

Os outros dois ex-mandatários declarados inelegíveis foram Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que governou entre 2003 e 2010 e retornou ao poder em janeiro deste ano, e Fernando Collor de Mello (PTB), cujo mandato se estendeu entre 1990 e 1992.

##RECOMENDA##

O petista ficou inelegível entre 2018 e 2021 devido a uma condenação por corrupção e lavagem de dinheiro na Lava Jato, que depois seria anulada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Já Collor foi alvo de um processo de impeachment e renunciou pouco antes da condenação para tentar manter seus direitos políticos, mas o Senado o declarou inelegível por oito anos.

*Da Ansa

O ministro Nunes Marques, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), votou, nesta sexta-feira (30), contra a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro à inelegibilidade pelo período de oito anos.

Apesar do voto favorável a Bolsonaro, o TSE já formou maioria de 4 votos a 2 pela condenação do ex-presidente. O plenário é composto por sete ministros. 

##RECOMENDA##

O TSE julga a conduta de Bolsonaro durante reunião realizada com embaixadores, em julho do ano passado, no Palácio da Alvorada, para atacar o sistema eletrônico de votação. A legalidade do encontro foi questionada pelo PDT. 

Ao divergir da maioria, Marques disse que confia na integridade do sistema de votação, mas ponderou que Bolsonaro não obteve vantagens eleitorais. Para o ministro, houve “confrontação pública” contra o TSE, que também fez uma reunião com embaixadores. 

“Considero que a atuação de Jair Bolsonaro no evento sob investigação não se voltou a obter vantagem sobre os demais contendores do pleito presidencial de 2022, tampouco faz parte de tentativa de desacreditar o resultado das eleições”, afirmou. 

O TSE também realizou uma reunião com embaixadores no ano das eleições, mas para reforçar a segurança do pleito diante das falas sistemáticas de Bolsonaro contra o sistema de votação. 

O julgamento prossegue para a tomada do último voto, que será proferido pelo presidente da Corte, Alexandre de Moraes. 

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tornou Jair Bolsonaro (PL) inelegível e, agora, o ex-presidente vai precisar decidir se mantém a extrema-direita sob seus domínios ou se vai confiar seu antigo espaço para um nome decidido nos bastidores. Entre as duas faces dos efeitos da sentença, a emersão do substituto nos próximos oito anos pode perpetuar Bolsonaro como uma peça fundamental ou abreviar sua posição junto aos eleitores. 

Com o placar de 5x2 pela condenação, a inelegibilidade do ex-presidente foi confirmada pela maioria dos sete ministros do TSE. O julgamento foi retomado ao meio-dia desta sexta (30), com o voto de Carmen Lúcia, que sentenciou Bolsonaro. Em seguida, se pronunciaram Kássio Nunes, que votou contra a condenação, e Alexandre de Moraes, que concluiu a votação acompanhando o relator e condenando o ex-presidente por abuso de poder. 

##RECOMENDA##

Em entrevista ao LeiaJá, o mestre em Ciências Jurídico Políticas Caio Sousa entende que a perda dos direitos políticos de Bolsonaro deixa "um vazio difícil de ser ocupado em curto espaço de tempo na extrema-direita".  

As últimas eleições mostraram que os brasileiros se acostumaram a personalizar o voto, sobretudo em políticos apoiados em discursos polarizados. "Bolsonaro teve como grande façanha reunir uma fatia considerável do eleitorado, seja pelo discurso que carrega ou por ser até então o único nome anti-petista", considerou. 

Com um público fidelizado para as próximas disputas, mas desqualificado para se eleger, o ex-presidente pode não ceder espaço para o surgimento de uma nova liderança de direita ou de centro-direita. Dessa forma, seria o início do seu projeto pessoal para garantir a manutenção política com um substituto dentro do seu clã. 

Na lista de sangue composta pelo senador Flávio Bolsonaro, pelo deputado Eduardo Bolsonaro, pelo vereador Carlos Bolsonaro e por Renan Bolsonaro, a esposa Michelle toma a dianteira da fila e pode surgir como a herdeira do capitão nas urnas. 

"No núcleo familiar do presidente, apenas a ex-primeira-dama representaria personagem mais fácil de ser trabalhado quanto ao marketing e à imagem, no entanto, a transferência de todo o capital político e a superação da rejeição do ex-presidente, são desafios que precisarão ser vencidos, em paralelo com a análise do êxito ou não do governo Lula", avaliou o cientista político. 

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o marido.  Isac Nóbrega/PR

O "fenômeno Bolsonaro" conseguiu dar visibilidade a uma série de atores de fora da política e mostrou robustez para arrastá-los ao Congresso nas últimas eleições. Inclusive, um dos pontos mais debatidos na comparação com o presidente Lula é a eficiência do antecessor em fortalecer e renovar seu campo político com quadros jovens e estreantes no cenário. 

Embora Bolsonaro tenha praticamente unificado o voto da direita e conquistado boa fatia do centro, seu impedimento como candidato é percebido por Sousa como o enfraquecimento unicamente da política construída com base no bolsonarismo. Assim, a ampla direta não sofreria grandes riscos.  

"A direita possui outras vozes, inclusive de viés mais liberal, ao contrário do perfil mais interventivo e protecionista que tinha o ex-presidente", previu. 

Nesse entendimento, o afastamento do ex-presidente dá margem para mais “um exercício de articulação e contemplação de interesses por parte de quem queira emergir como novo, manter capital político antigo ou continuar no poder”, destacou Sousa.   

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que ainda tem esperança de ser absolvido no julgamento desta sexta-feira (30) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que caminha para torná-lo inelegível por oito anos.

"Lembram do jogo Palmeiras 3 Vasco 0, acabou 4-3 para o Vasco. O jogo ainda não acabou, é um julgamento injusto", declarou o ex-presidente ontem no Rio de Janeiro.

##RECOMENDA##

"Quem sabe Alexandre de Moraes [presidente do TSE] tenha um momento de Deus tocando o coração dele, até agora não tocou nunca. Eu tenho três assessores meus presos", acrescentou.

O placar do julgamento está em 3 a 1 a favor da inelegibilidade, e o TSE retoma o processo ao meio-dia, com o voto de Cármen Lúcia, que tem dado sinais de apoiar a maioria. Também votarão os ministros Kassio Nunes Marques e Alexandre de Moraes.

Em seus contatos com jornalistas ontem, Bolsonaro reiterou ser inocente e lamentou estar à beira de perder seu direito de disputar a presidência em 2026 e 2030. Ainda assim, ele assegurou que tentará permanecer ativo na política.

*Da Ansa

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, suspendeu o julgamento contra Jair Bolsonaro, que tem placar de 3 a 1 a favor da condenação e inelegibilidade por oito anos do ex-presidente.

    O processo será retomado ao meio-dia desta sexta-feira (30), com o voto da ministra Cármen Lúcia.

Bolsonaro é julgado por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação estatais por causa de uma reunião com dezenas de embaixadores no Palácio da Alvorada, em julho de 2022, evento transmitido por emissoras públicas.

##RECOMENDA##

Na ocasião, o então presidente fez críticas ao sistema eleitoral brasileiro e denunciou alegadas fraudes nas urnas eletrônicas para prejudicá-lo.

A sessão desta quinta (29) começou pouco depois das 9h, com o voto do ministro Raul Araújo, que abriu divergência com o relator Benedito Gonçalves e se posicionou contra a condenação de Bolsonaro.

Em seu voto, Araújo defendeu o "princípio da intervenção mínima do poder Judiciário", que deve agir apenas quando for "estritamente necessário para garantir a soberania" do voto popular.

Segundo o magistrado, Bolsonaro apresentou na reunião com embaixadores fatos "sabidamente inverídicos" sobre o sistema eleitoral, como as alegadas fraudes nas urnas eletrônicas, mas destacou que "não há limites ao direito à dúvida em uma democracia".

Além disso, o ministro votou contra a inclusão no processo da "minuta do golpe", documento encontrado em janeiro passado na casa de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, e que previa um decreto para o governo intervir no TSE e impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva como presidente.

De acordo com Araújo, o processo não deve levar em conta fatos posteriores às eleições. "O fato de o ministro da Justiça ser subordinado ao presidente da República não torna o presidente imediatamente responsável por atos ilícitos praticados por aquele", disse.

Votos pela condenação - Apesar da divergência de Araújo, os dois votos seguintes, de Floriano de Azevedo Marques e André Ramos Tavares, foram pela condenação de Bolsonaro e pela inclusão da minuta do golpe no processo.

"As convicções íntimas de quem quer que seja são respeitáveis, agora exercer a competência pública para propalar, com a legitimidade de chefe de Estado, uma inverdade já sabida e reiterada é desvio de competência e finalidade", disse Azevedo Marques.

Segundo o magistrado, Bolsonaro "conspirou contra a imagem da República e contra a imagem internacional da pátria". "O que pode ser mais grave que um chefe de Estado passar internacionalmente a ideia de que as eleições não são limpas?", questionou.

O ministro ainda disse que o ex-presidente "assumiu conscientemente as consequências de sua conduta e desejou desafiar frontal e cabalmente o judiciário e as instituições".

Ainda restam os votos de três ministros do TSE: Cármen Lúcia, Kassio Nunes Marques e Alexandre de Moraes. Se não terminar nesta sexta, o julgamento será retomado apenas em agosto devido ao recesso do poder Judiciário em julho. 

*Da Ansa

O ministro Floriano de Azevedo Marques votou pela condenação de Jair Bolsonaro e levou o placar do julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para 2 a 1 a favor da inelegibilidade do ex-presidente por oito anos.

Em seu voto, Azevedo Marques afirmou que o "abuso e desvio de autoridade" cometidos por Bolsonaro em uma reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada em julho de 2022 estão "claros".

##RECOMENDA##

Na ocasião, o então presidente fez críticas ao sistema eleitoral brasileiro e denunciou alegadas fraudes nas urnas eletrônicas para prejudicá-lo.

"As convicções íntimas de quem quer que seja são respeitáveis, agora exercer a competência pública para propalar, com a legitimidade de chefe de Estado, uma inverdade já sabida e reiterada é desvio de competência e finalidade", disse Azevedo Marques.

Segundo o magistrado, Bolsonaro "conspirou contra a imagem da República e contra a imagem internacional da pátria". "O que pode ser mais grave que um chefe de Estado passar internacionalmente a ideia de que as eleições não são limpas?", questionou.

O ministro ainda disse que o ex-presidente "assumiu conscientemente as consequências de sua conduta e desejou desafiar frontal e cabalmente o judiciário e as instituições".

Ainda restam os votos de quatro ministros: André Ramos Tavares, Cármen Lúcia, Kassio Nunes Marques e Alexandre de Moraes, presidente do TSE.

*Da Ansa

O ministro Raul Araújo, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), abriu divergência e votou contra a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro por abuso de poder político e dos meios de comunicação.

    Com isso, o julgamento que pode tornar o ex-mandatário inelegível por oito anos está agora empatado em 1 a 1, faltando os votos de outros cinco ministros.

Araújo é considerado próximo a Bolsonaro, assim como Kassio Nunes Marques, que será o penúltimo a votar. Já o relator Benedito Gonçalves se posicionou a favor da condenação.

##RECOMENDA##

    O ex-presidente é acusado por ter feito ataques ao sistema eleitoral brasileiro em uma reunião com embaixadores estrangeiros no Palácio da Alvorada, em julho de 2022, com transmissão pela imprensa estatal.

    Em seu pronunciamento, Araújo defendeu o "princípio da intervenção mínima do poder Judiciário", que deve agir apenas quando for "estritamente necessário para garantir a soberania" do voto popular.

    Segundo o magistrado, Bolsonaro apresentou na reunião com embaixadores fatos "sabidamente inverídicos" sobre o sistema eleitoral, como as alegadas fraudes nas urnas eletrônicas, mas destacou que "não há limites ao direito à dúvida em uma democracia".

    Além disso, o ministro votou contra a inclusão no processo da "minuta do golpe", documento encontrado em janeiro passado na casa de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, e que previa um decreto para o governo intervir no TSE e impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva como presidente.

    Segundo Araújo, o processo não deve levar em conta fatos posteriores às eleições. "O fato de o ministro da Justiça ser subordinado ao presidente da República não torna o presidente imediatamente responsável por atos ilícitos praticados por aquele", disse.

*Da Ansa

Os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que julgam o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no processo que pode torná-lo inelegível, pretendem definir o resultado do caso já nesta quinta-feira (29). Porém, existe a possibilidade de que os votos sejam prolongados, tornando a sessão de amanhã insuficiente para finalizar a análise. 

Alexandre de Moraes, presidente do TSE, vem consultando seus colegas para saber a duração dos seus votos. Mesmo assim, acredita que, por se tratar de um julgamento de grande importância, os ministros devem dedicar o tempo necessário para apresentar todo o trabalho de análise do processo, sem “encurtar” suas observações.

##RECOMENDA##

A estratégia de analisar todos os detalhes do processo foi adotada pelo relator do caso, o ministro Benedito Gonçalves, que levou toda a sessão da última terça-feira (27) para ler as 400 páginas compostas pelo argumento de sua decisão. 

A sessão de amanhã terá pouco mais de cinco horas, sendo assim, alguns integrantes do TSE preveem leituras mais aceleradas dos seus votos. Existe também a possibilidade de não haver nenhum pedido de vista.

O ministro Raul Araújo e Nunes Marques indicaram que votarão nesta quinta-feira (29). Os dois seriam os integrantes mais propensos a pedir mais tempo para análise, mas não devem atrapalhar a provável condenação de Bolsonaro, que possivelmente o tornará inelegível por 8 anos. 

Vale ressaltar que, pausas para alimentação serão possíveis e os votos serão lidos na seguinte ordem: Raul Araújo, Floriano de Azevedo Marques, André Ramos Tavares, Cármen Lúcia, Nunes Marques e Alexandre de Moraes. 

Caso a estratégia de acelerar a sessão de amanhã não funcione, Moraes pode convocar sessão extraordinária do TSE para a próxima semana.

A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB-PE), disse na última segunda-feira (26) que “é lamentável” que um ex-presidente da República se torne inelegível. A declaração feita no programa Roda Viva, da TV Cultura, em referência ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi criticada pela ex-deputada federal Marília Arraes (SD-PE)  Lyra disse lamentar o fato de que "um ex-presidente da República esteja sendo julgado e possa se tornar inelegível".

Ela ainda afirmou que não é contra o julgamento, porém é "muito ruim que alguém que ocupou a Presidência da República esteja respondendo por isso no Brasil, uma democracia tão incipiente”. 

##RECOMENDA##

A líder tucana, eleita no ano passado e que evitou se posicionar no segundo turno, justificou que entende que o ex-mandatário precisa ser responsabilizado por seus atos, caso o Judiciário considere que ele cometeu ilegalidades, mas defendeu que a democracia do país precisa ter estabilidade.

  “Quero um Brasil em que a gente consiga ter estabilidade na democracia e que haja cumprimento às normas e valores de um Estado Democrático de Direito, respeitando a sua Constituição. De toda forma, acho lamentável e se ele [Bolsonaro] tiver que responder com a inelegibilidade, é resultado de seus atos”, pontuou.

A gestora pernambucana negou, no entanto, que ela e sua sigla vejam com bons olhos uma eventual inelegibilidade de Jair Bolsonaro para obter benefícios eleitorais na disputa presidencial de 2026.

Segundo Raquel Lyra, discutir a inelegibilidade não é parte do “exercício de fortalecimento" do PSDB e não integra um esforço para viabilizar uma nova figura política nas próximas eleições gerais.

Diante das declarações da gestora, a ex-deputada federal Marília Arraes, através de suas redes sociais disse que Lyra costuma se definir como "neutra" porém tem peculiaridades com o bolsonarismo.

  "Se diz neutra. Não dialoga, massacra trabalhadores, desvaloriza servidores, caos na saúde e educação, cheio de bolsonaristas no governo e agora vem com essa pérola", escreveu Marília. 

O ex-presidente Jair Bolsonaro responde a um processo na Justiça Eleitoral por ter reunido no Palácio do Planalto no ano passado, um grupo de embaixadores em um evento oficial de governo transmitido pela TV Brasil para criticar o sistema eleitoral e as urnas eletrônicas. O julgamento pode deixá-lo inelegível por 8 anos.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) iniciou a segunda sessão do julgamento que pode levar à inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro por oito anos. 

A sessão começou com a leitura do voto do relator, ministro Benedito Gonçalves (foto de destaque), que deve durar cerca de três horas. O documento tem aproximadamente 400 páginas.   

##RECOMENDA##

Após o posicionamento do relator, os demais ministros passam a votar na seguinte sequência: Raul Araújo, Floriano de Azevedo Marques, André Ramos Tavares, Cármen Lúcia, Nunes Marques e o presidente do Tribunal, Alexandre de Moraes.  Se for necessária mais uma sessão para julgar o caso, o TSE já reservou a terceira sessão para quinta-feira (29). 

Caso algum ministro faça um pedido de vista para suspender o julgamento, o prazo para devolução do processo é de 30 dias, renovável por mais 30. Com o recesso de julho nos tribunais superiores, o prazo subirá para 90 dias. 

O tribunal julga a conduta de Bolsonaro durante reunião realizada em julho do ano passado, no Palácio da Alvorada, para atacar o sistema eletrônico de votação diante de embaixadores. A legalidade do encontro foi questionada pelo PDT. 

Na quinta-feira (22), no primeiro dia do julgamento, o TSE ouviu os argumentos apresentados pelos advogados do partido que protocolou a ação, a defesa de Bolsonaro e a acusação do Ministério Público Eleitoral (MPE).

 O Partido Liberal, sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), contratou o Instituto Voto Legal durante as eleições de 2022, para produzir relatórios sobre a segurança das urnas eletrônicas. A empresa recebeu do partido cinco parcelas de R$ 225 mil, somando R$ 1.125 milhão. As informações foram divulgadas através de uma publicação do jornalista Lauro Jardim. 

Na época, o parecer do Instituto Voto Legal solicitou a anulação dos votos registrados em 279 mil urnas durante o segundo turno da disputa presidencial. No entanto, esse pedido foi prontamente rejeitado pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, que além de descrevê-lo como falso, aplicou uma multa de R$ 22,9 milhões ao PL por litigância de má-fé. 

##RECOMENDA##

Vale ressaltar que, o julgamento de Bolsonaro em curso no TSE não está relacionado à contratação do Instituto Voto Legal ou aos relatórios produzidos por ele. O processo em questão diz respeito às declarações antidemocráticas feitas pelo ex-mandatário em um discurso no Palácio da Alvorada, na presença de embaixadores de diferentes países. 

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) retoma nesta terça-feira (27) o julgamento que pode levar à inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro. A sessão está prevista para começar às 19h.

Na última quinta-feira (22), primeiro dia do julgamento, o TSE ouviu os argumentos apresentados pelos advogados do PDT, partido que protocolou a ação, a defesa de Bolsonaro e a acusação do Ministério Público Eleitoral (MPE).

##RECOMENDA##

O tribunal julga a conduta do ex-presidente durante reunião com embaixadores, em julho do ano passado, no Palácio da Alvorada, para atacar o sistema eletrônico de votação. A legalidade do encontro foi questionada pela legenda.

O julgamento será retomado com o voto do relator, ministro Benedito Gonçalves. Após o posicionamento do relator, os demais ministros passam a votar na seguinte sequência: Raul Araújo, Floriano de Azevedo Marques, André Ramos Tavares, Cármen Lúcia, Nunes Marques e o presidente do Tribunal, Alexandre de Moraes.

Caso algum ministro faça pedido de vista para suspender o julgamento, o prazo para devolução do processo é de 30 dias, renovável por mais 30. Com o recesso de julho nos tribunais superiores, o prazo subirá para 90 dias.

Se for necessária mais uma sessão para julgar o caso, o TSE já reservou a terceira sessão para quinta-feira (29). 

Através de uma live, a vereadora do Recife e professora da UFPE, Liana Cirne (PT-PE), comentou ao lado de vários juristas, de forma simultânea, o julgamento de inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no Tribunal Superior Eleitoral. A parlamentar apontou fatos que podem contribuir com a inelegibilidade de Bolsonaro.  Liana iniciou a live sintetizando o pedido feito pelo PDT para que o ex-presidente perca o direito de concorrer às eleições por um prazo de 8 anos. 

“Ele vai ficar inelegível, inclusive porque o Ministério Público está endossando a teoria do PDT. Foi um caminho de muita segurança jurídica para todas as decisões, que são unipessoais do relator e foram submetidas ao plenário. Nenhuma das decisões do ministro Benedito Gonçalves, em relação aos pedidos iniciais da defesa de Bolsonaro, foram tomadas sozinhas. Ele (o relator) de ofício determinou a remessa dos autos ao plenário e pediu para que os ministros do TSE corroborassem suas decisões unipessoais”, explicou Liana Cirne. 

##RECOMENDA##

 Além disso, a vereadora recifense parabenizou a sustentação oral feita pelo advogado do PDT, o pernambucano Walber Agra, autor da ação contra o ex-mandatário. “Quero fazer um elogio ao nosso colega professor da UFPE, Walber Agra, um amigo querido, que fez uma belíssima sustentação oral, citou José Saramago -Ensaio Sobre a Cegueira - indagando se vamos permanecer cegos a essa tentativa de institucionalização do caos”, disse. 

Sobre a tese apresentada pela defesa de Bolsonaro, através do advogado Tarcísio Vieira, Liana apontou que estaria descontextualizada. “Além da teoria do diálogo institucional, que não tem pertinência, o advogado de Bolsonaro defende a ideia da liberdade de expressão, afirmando que Bolsonaro, assim como outros parlamentares de direita e muitas pessoas da sociedade, seriam favoráveis ao voto impresso e que isso não configuraria nenhum tipo de ilícito. Porém não é essa a tese, ninguém está querendo cassar o direito de opinião de Bolsonaro ou dos parlamentares citados pela defesa. A discussão é se ele abusou do poder de presidente da República e se ele desviou a finalidade da TV Brasil e outros meios próprios de um presidente da República, para convocar uma reunião com embaixadores estrangeiros e disseminar ataques antidemocráticos, incitando seus eleitores a um ato golpista”, defende Liana. 

 “Isso é abuso de poder e desvio de finalidade associada a uma estratégia eleitoral. A questão não é a liberdade de expressão, mas se ele convoca uma reunião com embaixadores de países estrangeiros, utiliza a TV Brasil para propagar essa reunião, acusa o sistema eleitoral brasileiro de ser fraudulento, ele não está se expressando, ele está desviando finalidade institucional, está abusando do seu poder”, pontuou Liana Cirne.

O vice-procurador Eleitoral, Paulo Gonet, defendeu nesta quinta-feira (22) a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro no processo que trata da divulgação de ataques ao sistema eletrônico de votação durante reunião realizada em julho do ano passado, no Palácio da Alvorada.

Nesta manhã, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) iniciou o julgamento da ação na qual o PDT questiona a legalidade da reunião e acusa Bolsonaro de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.

##RECOMENDA##

Se o parecer do Ministério Público Eleitoral (MPE) for acolhido pela corte, Bolsonaro ficará inelegível pelo prazo de oito anos e não poderá participar das próximas eleições.

No entendimento de Gonet, Bolsonaro cometeu abuso de poder público por transformar o evento com embaixadores em “ato eleitoreiro” para proferir discurso de “desconfiança e descrédito” sobre as eleições de 2022.

“O evento foi deformado em instrumento de manobra eleitoreira, traduzindo o desvio de finalidade”, afirmou.

O procurador disse que foram divulgadas informações falsas sobre as eleições por meio de transmissão do evento nas redes sociais e pela TV Brasil, emissora da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

“A reunião foi arregimentada para que a comunidade internacional e os cidadãos brasileiros, por meio da divulgação pela televisão e internet, fossem expostos a alegações inverídicas para afetar a confiança no sistema de votação”, concluiu.

Após a manifestação de Gonet, o julgamento foi suspenso e será retomado na terça-feira (27).

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro tem sido marcada por discussões e embates entre os membros. E, nesta quinta-feira (22), o presidente da CPMI, deputado Arthur Maia (União-BA), ameaçou ir ao Conselho de Ética contra o deputado Abílio Brunini (PL-MT), após diversas intervenções dele durante as falas dos depoentes, deputados e senadores.

Com o dedo em riste, Maia foi claro: "Deputado, eu vou encaminhar o nome de Vossa Excelência ao Conselho de Ética. Não vou permitir que Vossa Excelência fique tumultuando esse trabalho aqui na CPI. Vossa Excelência não vai conseguir isso".

##RECOMENDA##

Antes da ameaça de Maia, Brunini foi repreendido pelo próprio presidente da CPMI. Durante a fala do deputado Rogério Corrêa (PT-MG),  por exemplo, o apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tentou interromper o argumento e contestar a tese de que havia uma trama de “golpismo” por trás da ação dos envolvidos no episódio da bomba encontrada nos arredores do Aeroporto de Brasília, às vésperas da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-ministro da Defesa, Walter Braga Netto serão julgados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a partir desta quinta-feira (22). A Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) pede a inelegibilidade dos então candidatos à Presidência e Vice-Presidência da República, respectivamente, nas eleições de 2022. Para entender como o acontecimento pode influenciar no cenário político brasileiro, o LeiaJá conversou com cientistas políticos, que explicaram alguns detalhes acerca das possíveis consequências do resultado das sessões.

Cenário pouco otimista

##RECOMENDA##

O cientista político Vanuccio Pimentel explica, a princípio, que as sessões do julgamento são para analisar e decidir o que será feito com os réus. “Ou seja, os argumentos da defesa e do Ministério Público Eleitoral já foram apresentados. O que vai ocorrer agora é exatamente a análise do mérito de tudo isso. Então, provavelmente, a defesa dele já entregou toda a tese de defesa para o julgamento. O próprio Bolsonaro falou que tinha expectativas negativas em relação ao processo”, elucida Pimentel.

De acordo com o professor e cientista político, Augusto Teixeira, a perspectiva da situação não se apresenta favorável ao ex-presidente, tendo em vista o relatório apresentado pelo ministro Benedito Gonçalves sobre o caso, porém ele pondera sobre o destino de Braga Neto.

“Desde junho o relatório feito pelo ministro Benedito Gonçalves sobre o caso já aponta pela inelegibilidade do ex-presidente Bolsonaro mas com a não culpabilidade do vice-presidente Braga Neto. Isso de certa forma permite fazer com que a corte, de um lado, tenha uma sentença completamente desfavorável para o ex-presidente Bolsonaro, deixando-o inelegível por cerca de oito anos, mas preservando, por outro lado, um potencial sucessor do bolsonarismo na figura de Braga Neto”, analisa Teixeira.

Ministro Benedito Gonçalves, relator do julgamento. Foto: Antonio Augusto/TSE

Perspectiva do futuro da direita

Ao analisar o possível desdobramento da não culpabilidade de Braga Neto, surgem questões acerca do quadro que pode ser desenhado para as eleições de 2026. “Supondo que ele possa ser considerado inelegível, isso muda muito o cenário porque quem seria agora a pessoa que conseguiria, eleitoralmente, substituir Bolsonaro? Ele até pode continuar como liderança, como cabo eleitoral. Mas ele não poderia se candidatar. E aí quem seria esse substituto ou substituta?”, aponta Vanuccio Pimentel. 

Ainda sobre a presença e força política, Pimentel afirma que o poder de fala do ex-presidente pode se tornar cada vez menor, já que ele não usufrui mais do foro privilegiado do qual aproveitou nos últimos 30 anos.

“Ele tem tido uma postura muito cautelosa em falar em público. Então como é que ele mobilizaria esse eleitorado mais radical dele se ele não pode, ou pelo menos, ele não se sente seguro de falar tudo que ele falava antes, por exemplo? Então aquela base mais radical que era mobilizada pela fala radical do presidente não vai encontrar mais esse Bolsonaro disponível. Porque a partir de agora qualquer coisa que ele fale ele vai responder na justiça comum”, complementa.

Walter Braga Neto também será julgado. Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Tentativa de defesa

O julgamento dos ex-candidatos se sustenta a partir da denúncia montada pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT), por prática de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, durante reunião do presidente Jair Bolsonaro com embaixadores estrangeiros, no Palácio da Alvorada, em 18 de julho de 2022. “Na ocasião, Bolsonaro teve um discurso contrário à questão do sistema eleitoral no Brasil, em particular sobre a urna eletrônica, atacando também a Justiça Eleitoral e certos ministros do Supremo, em particular. Somado a essa situação pesa contra o ex-presidente Bolsonaro o fato de que ele teria utilizado o seu cargo como presidente e suas prerrogativas para realizar essa conduta indevida”, explica Augusto Teixeira.

A defesa de Bolsonaro alega que ele estaria fazendo usufruto de suas liberdades, além da reunião com os embaixadores constar na agenda oficial do então presidente. Segundo os autos do TSE, a defesa afirma que a acusação usou da má-fé de determinados setores da imprensa, levando a cobertura da reunião a tratar “uma proposta de aprimoramento do processo democrático como se se tratasse de ataque direto à democracia”.

Augusto Teixeira rebate a argumentação, apontando três fatores.

“Primeiro porque ele já havia sido potencialmente informado sobre os riscos e potencial ilegalidade dessa ação;

Segundo porque o próprio presidente utilizava de forma muito clara uma estratégia de esticar a corda e em particular no seu tensionamento para com a justiça inclusive a Justiça Eleitoral;

Terceiro porque a ação do presidente de forma muito clara colocava não apenas um questionamento sobre a credibilidade e a legitimidade do nosso sistema eleitoral, como amplificava esse potencial descrédito internacionalmente com a visita oficial e a participação oficial de diversos embaixadores. Ou seja, era um comunicado para a comunidade internacional de que as eleições do Brasil não eram críveis ou limpas, o que de certa forma é algo que um presidente do exercício de seu cargo não poderia fazer.”

Ministros do TSE. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Símbolo de perseguição política

Na análise política do que pode acontecer após o resultado do julgamento, Teixeira ainda analisa que a declaração de Bolsonaro de sentir que está “em maus lençóis”, e sua potencial inelegibilidade decretada podem ser ferramentas utilizadas a seu favor para aumentar e fortalecer seu número de apoiadores.

“Sem a chance de concorrer a cargo eletivo, o ex-presidente Bolsonaro tem apenas a sua capacidade simbólica como elemento de aglutinação de um movimento político ao seu redor, mas sem necessariamente recursos de poder materiais como cargos, dinheiro entre outras coisas. Por outro lado, a sua potencial condenação reforça a narrativa bolsonarista de perseguição da justiça e de anti-sistema ao mostrar que a justiça estaria em conluio com a sua oposição à época, agora o governo PT e outros partidos, para retirá-lo do páreo”, finaliza.

Ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE. Foto: TSE

Confira o passo a passo do julgamento de Bolsonaro e Braga Neto no TSE:

1) O corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Benedito Gonçalves, deverá iniciar o julgamento com a leitura do relatório da Aije. O relatório contém o resumo da tramitação da ação na Corte, informando as diligências solicitadas, os depoimentos tomados, bem como as perícias e as providências requeridas pelo relator na etapa de instrução processual.

2) O presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, concederá a palavra, da tribuna, aos advogados de acusação e aos de defesa das partes envolvidas na ação, nessa ordem. A sustentação oral de cada uma das partes é de 15 minutos.

3) Em seguida, será dada pelo presidente a palavra ao representante do Ministério Público Eleitoral (MP Eleitoral) para que emita o parecer do órgão sobre a ação.

4) Finalizadas essas etapas, o ministro Benedito Gonçalves apresentará o seu voto na ação.

5) Na sequência, votam os ministros Raul Araújo, Floriano de Azevedo Marques, André Ramos Tavares, a vice-presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia, o ministro Nunes Marques e, por último, o presidente do Tribunal, ministro Alexandre de Moraes.

Ao final do depoimento de Silvinei Vasques à CPMI que investiga os atos de 8 de janeiro, diversos parlamentares opinaram sobre a oitiva. A reunião durou mais de dez horas. A CPMI volta a se reunir na quinta-feira (22).

Na avaliação de vários senadores da oposição, as respostas do ex-chefe da Polícia Rodoviária Federal (PRF) mostraram que não houve uso da entidade para medidas antidemocráticas ou para dificultar que eleitores votassem.

##RECOMENDA##

Elogiaram e defenderam o depoente os senadores Magno Malta (PL-ES), Damares Alves (Republicanos-DF), Eduardo Girão (Novo-CE) e Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e os deputados André Fernandes (PL-CE), Marcos Feliciano (PL-SP), Nícolas Ferreira (PL-MG), Julia Zanata (PL-SC), entre outros.

Flávio Bolsonaro disse que Silvinei Vasques provou, com dados e documentos, que a PRF não foi usada para crimes eleitorais. Na opinião do senador, no dia 8 de janeiro não houve tentativa de golpe no Brasil, mas negligência das autoridades na proteção da Praça dos Três Poderes e das sedes do Executivo, Legislativo e Judiciário.

"Não houve nenhuma tentativa de dificultar a votação de ninguém, em especial no Nordeste. Não tem um registro de ocorrência, no Brasil inteiro, de alguém que não tenha conseguido votar por causa da atuação da PRF", afirmou Flávio Bolsonaro.

Aparelhamento

Outros parlamentares insistiram na tese de que a PRF foi usada pelo governo Bolsonaro para atrapalhar as eleições de 2022, entre eles os deputados federais Gervásio Maia (PSB-PB), Henrique Vieira (PSol-RJ), Duda Salabert (PDT-MG), Carlos Veras (PT-PE), entre outros.

"Nos últimos anos, essa instituição acabou sendo aparelhada, do ponto de vista político-ideológico, pela gestão Bolsonaro. E a PRF, que deveria ser uma polícia de Estado, foi quase rebaixada a uma milícia de governo, que tentou influenciar no resultado das eleições", afirmou a deputada Duda Salabert.

Pelo Twitter, a relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), afirmou: “Resumo da oitiva de hoje: Quem deveria falar a verdade, mentiu. Quem deveria se calar, enquanto o colega falava, se alterou e tumultuou. Nada disso nos demove no caminho a ser perseguido. Fatos, atos e provas prevalecem em detrimento de narrativas e tentativas de tumulto”.

*Da Agência Senado

Parlamentares e entidades da sociedade civil anunciaram nesta terça-feira (20) que entregaram ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) uma petição com mais de 150 mil assinaturas virtuais para defender a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro. 

A mobilização foi promovida por 21 entidades, entre elas, o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais (Abong), Observatório Político e Eleitoral (Opel), além das deputadas Sâmia Bomfim (PSOL-SP) e Talíria Petrone (PSOL-RJ).

##RECOMENDA##

Segundo as entidades, o ex-presidente divulgou informações falsas sobre o processo eleitoral a atacou as urnas eletrônicas. Na quinta-feira (22), o TSE vai julgar o processo aberto contra Bolsonaro após a reunião com embaixadores, realizada em julho do ano passado, no Palácio da Alvorada, para descredibilizar o sistema eletrônico de votação. Se for condenado, Bolsonaro ficará inelegível por oito anos e não poderá disputar as próximas eleições.

Durante a tramitação do processo, a defesa de Bolsonaro argumentou que o caso não poderia ser julgado pela Justiça Eleitoral. No entendimento dos advogados, o evento com os embaixadores foi realizado em 18 de julho, quando Bolsonaro não era candidato oficial às eleições de 2022 e ainda não tinha sido aprovado em convenção partidária. 

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu, nesta terça-feira (20), o novo livro escrito pelo ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump. A peça conta com uma dedicatória, em que o republicano se dirige ao brasileiro pelo primeiro nome. “Jair, você é ótimo”, escreveu Trump.

O livro, Letters to Trump (em tradução livre, Cartas ao Presidente), lançado em abril, é um compilado de cartas recebidas por Donald Trump de pessoas do mundo todo, entre celebridades, líderes políticos e demais personalidades. Entre alguns nomes conhecidos estão Bill e Hillary Clinton, o ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un e a princesa Diana.

##RECOMENDA##

Bolsonaro figura na publicação em quatro páginas, com imagens de encontros entre os dois ex-presidentes, além de uma carta sua enviada a Trump. No texto, Bolsonaro comenta sobre a época em que os dois eram presidentes de seus respectivos países, quando conseguiram “grandes conquistas para nossas nações”. Ele também fala sobre a relação entre os Estados Unidos e o Brasil, e finaliza afirmando que Trump “sempre será um parceiro e amigo” no país.

Foto: Arquivo Pessoal

O ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, disse à CPMI do 8 de Janeiro, nesta terça-feira (20), que não tem nenhuma relação de intimidade com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Silvinei disse que seu contato com Bolsonaro era profissional.

"O presidente Bolsonaro, eu nunca fui, em nenhuma festa, por exemplo, da filha dele mais nova, não sou padrinho, não sou parente. Nunca votei nele, porque meu título de eleitor está em Florianópolis, sempre esteve lá. O que a gente tinha era uma relação muito profissional", declarou, ao ser questionado pela relatora da CPMI, Eliziane Gama (PSD-MA).

##RECOMENDA##

Vasques depõe na CPMI como testemunha, ele chamado para explicar as operações realizadas nas estradas do país no dia do segundo turno das eleições presidenciais de 2022, principalmente no Nordeste. Na quinta-feira (22), será ouvido George Washington de Oliveira, condenado pela tentativa de atentado a bomba no Aeroporto de Brasília.

Assista ao vivo

[@#video#@]

Ligações

Mesmo dizendo não ter intimidade com Bolsonaro, Vasques contou ter recebido ligações dele, mas alegou ter sido para acompanhar o trabalho da PRF, na pandemia.

"A relação com ele era muito profissional, em algumas vezes ele me ligou. Ele saía para ver como é que estava o serviço público, parava, falava com caminhoneiro. Caminhoneiro reclamava: 'Olha, em tal ponto da rodovia tem acidente', 'em tal ponto da rodovia os caminhões estão sendo assaltados'. Ele dizia: 'Vasques procura resolver isso aí, dar uma atenção, pessoal está sofrendo muito na estrada", esclareceu.

Fotos com o Bolsonaro

O ex-PRF justificou o motivo de ter feito fotos ao lado de Bolsonaro e afirmou que o ex-chefe nacional demonstrava "carinho" com os policiais. "Foi um dos questionamentos: 'Ah, por que o senhor tem foto com o presidente da República, lá na ação do Rio de Janeiro? Porque foi o único que deixou bater a foto, nenhum outro presidente autorizou a gente bater foto. Como é que eu ia ter foto com outro presidente?"

"Qual é o orgulho para um servidor público? Qual é o orgulho para um policial? Quem é o presidente? É o maior comandante das polícias, qualquer presidente. O atual também é, todos foram, então é um orgulho pra gente levar uma foto com o presidente, a gente se emociona. Só que, infelizmente, ele foi o único que dava essa autorização, por isso que eu tinha foto com ele", emendou Vasques.

 

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando