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Atual ministro extraordinário do governo de transição e futuro chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), recebeu uma segunda doação da JBS que não teria sido declarada à Justiça Eleitoral. A informação é do Jornal Folha de São Paulo. De acordo com a reportagem, a Procuradoria Geral da República (PGR) recebeu uma planilha que sugere a doação via caixa dois, não admitida por Lorenzoni até o momento.

No ano passado, o democrata admitiu ter recebido da JBS R$ 100 mil para a campanha de 2014 e não prestar contas do montante. No documento recebido pela PGR, segundo a matéria, a descrição aponta que o pagamento em 2012 foi feito em espécie a "Onyx-DEM" em 30 de agosto, em meio as eleições municipais. Na ocasião, o deputado não disputou cargos eletivos, mas era presidente do DEM no Rio Grande do Sul e apoiava diversos candidatos.

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Os executivos da JBS, no acordo de delação premiada, revelaram pagamentos de propinas de 2006 a 2014.

À reportagem, Lorenzoni não respondeu especificamente sobre o suposto caixa 2 de 2012. Em nota, ele tratou dos recursos recebidos em 2014.

"Os recursos foram usados na campanha de 2014 e o ministro só soube da origem quando os diretores da JBS falaram a respeito, pois ele havia recebido do presidente da Abiec [Associação das Indústrias Exportadoras de Carne], amigo de 30 anos", afirmou, através da assessoria de imprensa. "Onyx Lorenzoni está fazendo uma devolução do dinheiro [2014] por meio de doações para entidades filantrópicas de assistência, educação e saúde, entre elas a Santa Casa de Porto Alegre. No total, já foram doados aproximadamente R$ 50 mil. Ao final, o ministro fará uma prestação de contas", completou.

Outro caso - Em depoimento um dos delatores da Odebrecht, o executivo Alexandrino de Salles Ramos de Alencar, apontou o ministro como o beneficiário de R$ 175 mil em propina para a campanha de 2006. Alexandrino era responsável pela Braskem, braço petroquímico da empreiteira no Rio Grande do Sul. O inquérito foi arquivado em junho deste ano pelo ministro Luiz Fux à pedido de Raquel Dodge.

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Florisvaldo Caetano de Oliveira, um dos alvos da Operação Capitu deflagrada nessa sexta-feira (9) se apresentou neste sábado (10) na sede da Polícia Federal (PF), em São Paulo. Funcionário da JBS, ele é investigado por participação em suposto esquema de corrupção no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Havia um mandado de prisão em aberto contra ele. Foram presos no curso da operação Joesley Batista, dono da JBS, e o ex-ministro da Agricultura e atual vice-governador de Minas Gerais, Antônio Andrade (MDB).

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O caso envolve um esquema de arrecadação de propina dentro do Ministério da Agricultura para beneficiar políticos do MDB, que teriam recebido dinheiro da JBS, dos irmãos Joesley e Wesley Batista, em troca de medidas para beneficiar as empresas do grupo.

Segundo o coordenador da investigação, delegado Mário Veloso, da Polícia Federal, R$ 30 milhões foram usados por uma empresa de proteína animal para financiar ilegalmente a campanha “de um candidato à presidência da Câmara dos Deputados em 2014”.

Esse dinheiro teria sido redistribuído dentro da bancada do PMDB mineiro. Dos R$ 30 milhões, R$ 15 milhões teriam sido destinados a um deputado e, depois, repassados aos seis escritórios de advocacia usados como intermediários para que o dinheiro chegasse aos destinatários finais.

Em meio a várias frentes de investigação, a Polícia Federal começou a suspeitar que alguns colaboradores estariam omitindo informações relevantes, o que poderia caracterizar crime de obstrução de justiça.

Em nota divulgada ontem, a defesa de Florisvaldo Caetano de Oliveira disse ter ficado surpresa com as alegações de omissões feita pela polícia.

“Todas as informações das quais tinha conhecimento foram levadas por ele ao conhecimento da Justiça. Sem as quais não existiria a presente operação”, esclarece a nota.

O empresário Joesley Batista foi novamente preso por suspeita de ter praticado obstrução de justiça. A informação é da Polícia Federal de Belo Horizonte, responsável pelas investigações de um esquema de corrupção que envolveria a Câmara dos Deputados, o Ministério da Agricultura e a JBS, grupo do qual Joesley é um dos donos. O Tribunal Regional Federal (TRF1) da 1º Região, que expediu os mandados, classificou como provisória a prisão de Joesley.

A mesma acusação atinge os ex-executivos do grupo Ricardo Saud, que já esteve detido, e Demilton Antonio de Castro, ambos delatores na Lava Jato. Joesley está detido na Superintendência da Polícia Federal (PF) em São Paulo e já prestou depoimento no dia de hoje.

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Segundo a PF, o grupo teria prejudicado a instrução criminal, ao tentar "desviar a linha de apuração adequada ao correto esclarecimentos dos fatos." “Eles omitiram informações de que as empresas teriam ocultado e destruído parte do material probatório. Há inclusive indícios de que foram destruídas provas no gabinete de um lobista. Outras provas foram escondidas. Ao omitir essas informações, eles prejudicaram a qualidade da colaboração”, afirmou em entrevista coletiva o delegado Mário Veloso.

A defesa do empresário contesta a prisão, promete recorrer e afirma que ele cumpre rigorosamente o acordo de colaboração - sob exame do Supremo Tribunal Federal (STF) desde setembro de 2017, quando a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a anulação, por fraude, da delação premiada dos irmãos Batista. De acordo com a PF, o grupo empresarial teria manipulado atos, normatizações e licenciamentos do Ministério da Agricultura, à custa de pagamentos de propinas a funcionários do alto escalão do ministério. Foi preso ainda, em regime temporário, o ex-ministro da Agricultura (2013-2014) e o atual vice-governador de Minas Gerais, Antônio Eustáquio Andrade Ferreira (MDB). O sucessor dele no ministério até o início de 2015, Neri Geller (PP), hoje deputado federal eleito pelo Mato Grosso, também foi detido.

Conforme a PF, o esquema ilícito garantiu "a eliminação da concorrência e de entraves à atividade econômica, possibilitando a constituição de um monopólio de mercado". Os atos de ofício praticados pelos servidores federais referem-se à regulamentação da exportação de despojos, proibição do uso da ivermectina de longa duração (vermífugo); e federalização das inspeções de frigoríficos.

Teria havido também, por parte do grupo de Joesley, o financiamento ilegal de campanha de Eduardo Cunha (MDB-RJ), alvo de mais um mandado de prisão, para a Presidência da Câmara dos Deputados, em 2014. Ele teria sido beneficiário de R$ 30 milhões, em troca do atendimento dos interesses corporativos. Desse total, R$ 15 milhões teriam como suposto destino a bancada mineira do MDB, após a lavagem do dinheiro por escritórios de advocacia.

A Operação Capitu foi montada com base na delação premiada do doleiro Lúcio Funaro, identificado como parceiro de Cunha e operador do MDB. Segundo a PF, os alvos de investigação deverão ser indiciados pelos crimes de constituição e participação em organização criminosa, obstrução de justiça, corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro, dentre outros.

Outros mandados de prisão temporária expedidos foram contra o deputado estadual João Lúcio Magalhães Bifano (MDB), Marcelo Pires Pinheiro e Fernando Manuel Pires Pinheiro, Ildeu da Cunha Pereira; Mateus de Moura Lima Gomes; Mauro Luiz Rodrigues de Souza Araújo; José Francisco Franco da Silva Oliveira; Cláudio Soares Donato; Odo Adão Filho; Waldir Rocha Pena; Walter Santana Arantes; Joesley Mendonça Batista; Rodrigo José Pereira Leite Figueiredo; Ricardo Saud; Demilton Antonio de Castro e Florisvaldo Caetano de Oliveira.

Além de 19 mandados de prisão, o TRF1 ainda autorizou 63 mandados de busca e apreensão. Cerca de 310 policiais federais participaram da operação nos estados de Minas Gerais, São Paulo, do Rio de Janeiro, de Mato Grosso, da Paraíba e no Distrito Federal.

A Seção Judiciária de Brasília do Tribunal Regional Federal da 1a Região (TRF1) revogou o uso de tornozeleira e outras medidas cautelares aplicadas ao ex-deputado e ex-assessor da Presidência da República, Rodrigo da Rocha Loures, acusado em processo por corrupção passiva.

O ex-parlamentar teria recebido propina da empresa JBS para operar vantagens ao grupo.

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A partir de denúncia do Ministério Público Federal, investigação da Polícia Federal no ano passado apontou que Rocha Loures teria recebido uma mala com R$ 500 mil do grupo JBS.

Um vídeo registrou o momento da entrega da valise em um restaurante em São Paulo. Além dos valores, o esquema envolveria outros pagamentos de valor semelhante ou superior.

O dinheiro seria destinado ao presidente Michel Temer, que nega envolvimento no caso.

O repasse teria como finalidade garantir ao conglomerado benefícios em uma questão com a Petrobrás envolvendo preços de gás.

Prisão

Rocha Loures chegou a ser preso. Em junho do ano passado, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, determinou a prisão domiciliar com obrigações como o recolhimento em casa de 20h às 6h e nos fins de semana, a proibição de contato com os demais investigados, o impedimento de sair do país, a apresentação à Justiça sempre que solicitado e o monitoramento eletrônico por meio de tornozeleira.

Na decisão, o juiz Jaime Travassos Sarinho considerou que, frente ao comportamento de Rocha Loures no inquérito, tais medidas não seriam mais necessárias.

O magistrado citou que o acusado compareceu aos atos do processo, prestou depoimento e não colocou obstáculos ou “praticou ato que indicasse predisposição a não se submeter a uma eventual pena”.

“Por outro lado, observo que o direito de locomoção do acusado está limitado por período significativo de tempo, sem que tenha havido notícia de descumprimento por parte de Rodrigo Rocha Loures de quaisquer medidas cautelares fixadas”, acrescentou o juiz. Ainda de acordo com o magistrado, o acusado teria apontado “constrangimento” no uso da tornozeleira.

Por isso, o juiz retirou a obrigação da tornozeleira, mas manteve as demais medidas cautelares.

Assim, Rocha Loures continuará tendo que se recolher, ficará impedido de contato com outros investigados e terá de se apresentar à Justiça sempre que for solicitado.

O juiz Jaime Travassos Sarinho, da 15ª Vara Federal de Brasília, determinou a remoção da tornozeleira eletrônica do ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (MDB-PR), conhecido como "homem da mala" do presidente Michel Temer.

Rocha Loures está, há um ano e quatro meses, em regime domiciliar noturno, impedido de deixar o País e proibido de manter contato com qualquer investigado, réu ou testemunha relacionados às investigações da delação da J&F.

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Em sua decisão, o juiz federal destacou que Rocha Loures já foi interrogado e está colaborando com as investigações. "A conclusão da produção da prova oral, o comportamento do acusado durante a instrução probatória (fase de coleta de provas), a ausência de reporte quanto à eventual descumprimento, o tempo de restrição de direitos, sinalizam a necessidade de readequar as medidas cautelares fixadas", avaliou o juiz.

Além de remover a tornozeleira eletrônica, o juiz também autorizou Rocha Loures a se deslocar entre o Distrito Federal, o Paraná e o Estado de São Paulo, independentemente de autorização judicial.

Mesmo que saia de Brasília, o ex-deputado terá de ficar em recolhimento domiciliar (das 20h às 6h) em endereços no Paraná e em São Paulo previamente informados à Justiça.

"Nossos ministérios não serão compostos por condenados por corrupção, como foram nos últimos governos”. A frase é emblemática e vem sendo repetida constantemente pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). O capitão da reserva está montando a equipe ministerial que guiará os rumos do país a partir de 2019, na lista realmente não tem condenados, mas dos cinco nomes já confirmados por ele nem todos têm a reputação tão ilibada assim.

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No quesito corrupção, por exemplo, o atual ministro extraordinário do governo de transição e futuro chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), recebeu R$ 100 mil do Grupo JBS para a campanha de 2014 e não declarou o montante. Ou seja, o deputado federal fez uso de caixa 2 e já admitiu o crime.

“Usei o dinheiro sem a declaração. Foi apenas este. Quero pedir desculpas aos eleitores do Rio Grande do Sul, mas vou assumir. Vou reafirmar que ao longo de 24 anos de vida pública eu não minto e trabalho com a verdade. Vou diante das autoridades para pagar pelo meu erro… Recebi o dinheiro que veio da JBS, mas eu não recebi o da Odebrecht”, disse, em entrevista concedida em maio de 2017, quando a denúncia veio à tona com as delações dos executivos da JBS à Lava Jato.

O pagamento para Lorenzoni teria sido feito pelo empresário Antonio Jorge Camardelli. E desde a admissão da culpa até o momento, segundo reportagem recente da Folha de São Paulo, nenhum inquérito foi aberto ou o aliado de Bolsonaro foi responsabilizado.

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Em maio deste ano, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu que o Supremo Tribunal Federal (STF) desmembrasse a parte da delação da JBS que trata de pagamentos "via caixa dois, por meio de entrega direta de dinheiro ou mediante notas fiscais frias a diversos políticos nos anos de 2006 a 2014", onde o caso de Lorenzoni se enquadra, mas ainda não há uma sinalização da Corte sobre os rumos da investigação.

Já o caso da Odebrecht, citado por Lorenzoni, foi arquivado pelo STF por falta de provas. Em depoimento um dos delatores da Odebrecht, o executivo Alexandrino de Salles Ramos de Alencar, apontou o ministro como o beneficiário de R$ 175 mil em propina para a campanha de 2006. Alexandrino era responsável pela Braskem, braço petroquímico da empreiteira no Rio Grande do Sul. O inquérito foi arquivado em junho deste ano pelo ministro Luiz Fux à pedido de Raquel Dodge.

Outro com acusações pendentes é o futuro superministro da Economia, Paulo Guedes. O chamado “guru” econômico de Bolsonaro é investigado pelo Ministério Público Federal (MPF) por supostamente ter conquistado “benefícios econômicos” a partir de possíveis "crimes de gestão temerária ou fraudulenta" de investimentos advindos de fundos de pensão.

O órgão apura se Guedes deixou prejuízos milionários em estatais ao aplicar o dinheiro captado dos fundos de pensão de forma irregular. Os investigadores apuram operações relacionadas a cinco fundos de pensão. Os principais são a Funcef, dos servidores da Caixa Econômica Federal; a Petros, de servidores da Petrobras; e a Previ, dos servidores do Banco do Brasil.

O economista negou ter cometido qualquer irregularidade e, por meio dos advogados de defesa, disse que os investimentos geridos por ele proporcionaram lucros aos fundos de pensão “de mais de 50% do valor investido” e não prejuízos. Paulo Guedes tem depoimento marcado no MPF para o dia 5 de dezembro.

Em uma esfera diferente dos dois futuros ministros já citados, o juiz Sérgio Moro - que vai assumir o Ministério da Justiça - também responde a representações no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra sua atuação como magistrado responsável pela Operação Lava Jato, inclusive indagando a indicação ministerial. Os questionamentos disciplinares tendem a ser arquivados, já que Moro deve, em janeiro, pedir exoneração do cargo de juiz para ocupar o primeiro escalão do governo Bolsonaro.

Nos quatro anos em que esteve à frente da operação, ele foi alvo de diversas representações - a maioria oriunda do Partido dos Trabalhadores, como a recente divulgação da delação do ex-ministro Antonio Palocci e a revelação da quebra do sigilo telefônico de uma conversa entre os ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff - que contestam sua imparcialidade e a legalidade de suas decisões no julgamento dos processos.

Além de Lorenzoni, Paulo Guedes e Moro, a lista dos ministros confirmados por Jair Bolsonaro se completa com General Augusto Heleno, que será responsável pelo Gabinete de Segurança Institucional e não mais do Ministério da Defesa como havia sido anunciado, e o tenente-coronel Marcos Pontes que responderá pelo Ministério da Ciência e Tecnologia. Contra os dois não há registros de acusações nas esferas judiciais.

 

A gigante de carnes JBS, dos irmãos Batista, informou na terça-feira (6) que assinou um memorando de entendimentos com a gigante chinesa de e-commerce Alibaba para vender carnes na China, em um acordo que pode movimentar até US$ 1,5 bilhão em três anos.

O documento foi assinado por Renato Costa, presidente da JBS Carnes Brasil, e Richard Wang, executivo da Win Chain, subsidiária da gigante Alibaba que é dedicada à indústria de alimentos frescos e que coordena a cadeia de suprimentos da companhia, afirmou a empresa brasileira em comunicado ao mercado.

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Segundo a JBS, o acordo comercial permitirá expandir negócios da dona da marca Friboi nos mercados para clientes corporativos e consumidor final da China, principalmente para carne bovina. O país é um dos principais destinos dos produtos da gigante brasileira.

A companhia já vinha fazendo testes com o Alibaba para atender à demanda de cortes e embalagens da varejista eletrônica. Os primeiros embarques para atender a pedidos devem acontecer em 30 dias.

Mercado doméstico

No Brasil, a JBS, líder do segmento, adotou uma estratégia agressiva de varejo próprio, com a abertura de lojas da Swift para vender diretamente ao consumidor. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Por 3 votos a 2, os desembargadores da Terceira Turma do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) condenaram o empresário Joesley Batista, do Grupo J&F, a pagar R$ 300 mil ao presidente Michel Temer (MDB) por danos morais. A decisão foi tomada ontem durante sessão de julgamento. Após a publicação do acórdão pelo Tribunal, caberá recurso ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ao Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com a defesa de Temer, em entrevista à revista Época em junho de 2017, o empresário "desfiou mentiras e inverdades, maculando a honra" do presidente, "com afirmações absolutamente difamatórias, caluniosas e injuriantes". Na entrevista, Joesley atribuiu ao presidente a "chefia de uma organização criminosa que praticava atos de corrupção e de obstrução à Justiça".

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Em janeiro deste ano, o juiz Jayder Ramos de Araujo julgou improcedente o pedido de indenização de R$ 600 mil proposto pela defesa de Temer. Em sua decisão, destacou que a entrevista "apresenta narrativa clara e objetiva, sem a utilização de adjetivações pejorativas ou discriminatórias de natureza pessoal que revelem o desejo de ofender a honra do autor".

"Em suma, a entrevista tem como cerne a narrativa de fatos de interesse nacional que poderão ser objeto de análise judicial pelo órgão competente, os quais se inserem dentro do âmbito da liberdade da informação em um Estado democrático de Direito, não relacionada à crítica pessoal e sem o propósito de atingir, especificamente, a honra do autor", escreveu no despacho.

A defesa de Temer recorreu. Na segunda instância, prevaleceu o entendimento de que houve ofensa ao presidente. "O fundamento central foi o de que não se pode propagar acusação adjetivando os fatos", explicou o advogado Renato Oliveira Ramos, que integra a defesa de Temer no caso.

Procuradas, a defesa de Joesley Batista e a Secretaria de Comunicação do Palácio do Planalto informaram que não iriam se manifestar sobre a decisão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Assim como o irmão Joesley, o empresário Wesley Batista, do Grupo J&F, também pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o ex-procurador-Geral da República Rodrigo Janot, integrantes e ex-integrantes do escritório de advocacia Trench Rossi Watanabe (TRW) sejam ouvidos no processo que discute a rescisão dos acordos de delação da J&F.

Além disso, Wesley pede para apresentar pareceres técnicos que foram anexados no processo que tramita na Justiça Federal em São Paulo, que investiga os irmãos Batista pelo crime de insider trading.

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Na ação da Suprema Corte, a Procuradoria-Geral da República (PGR) pede que o STF homologue a rescisão dos acordos assinados por Joesley, Wesley, Ricardo Saud e Francisco de Assis e Silva. A manifestação dos irmãos responde a pedido feito pelo ministro Edson Fachin, relator do caso. Em junho, o ministro determinou que a defesa dos colaboradores especificassem as provas que pretendem produzir no caso. Na ocasião, Fachin também decidiu que assim que for concluída a fase de coleta de provas, caberá ao plenário da Corte decidir se homologa ou não a rescisão pedida pela PGR.

Entre os pedidos de depoimento, Wesley também lista o ex-procurador Marcello Miller, que é apontado pela PGR por supostamente ter atuado pelos interesses do grupo J&F durante o processo de colaboração dos executivos enquanto ainda era integrante do MPF, através do Trench Rossi Watanabe. A suposta atuação de Miller foi um dos motivos para a procuradoria rescindir os acordos de delação.

Rescisão

Os acordos de executivos da J&F foram homologados pelo STF em 11 de maio do ano passado. À época, Joesley envolveu o presidente Michel Temer, ao gravar conversa entre os dois em encontro no Palácio do Jaburu.

Em 14 de setembro de 2017, o então procurador-geral da República, Janot, informou que decidiu rescindir os acordos de colaboração premiada firmados por Joesley e Saud. Em fevereiro deste ano, foi a vez da sucessora de Janot, a procuradora-geral da República Raquel Dodge, rescindir os acordos de Wesley e Francisco de Assis e Silva.

O ex-procurador da República Marcello Miller pediu ao ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), para participar do processo em que a Procuradoria-Geral da República (PGR) pede a rescisão dos acordos de colaboração de executivos da J&F, como os irmãos Joesley e Wesley Batista. O requerimento foi apresentado nesta quarta-feira, 1, ao STF, que irá decidir se homologa ou não a rescisão.

No ano passado, ao pedir que a Corte dê fim aos acordos, PGR afirmou que os colaboradores da J&F omitiram informações ilícitas no processo de delação, citando a suposta atuação de Miller para dar orientações na colaboração premiada dos executivos enquanto ainda era integrante do MPF.

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No pedido formulado ao STF, Miller destaca que é réu na Justiça Federal por esse suposto auxílio ilícito ao grupo J&F. Em junho, a 15ª Vara do Distrito Federal aceitou denúncia contra ele e Joesley no caso. Segundo a denúncia, haveria uma promessa de pagamento indevido de R$ 700 mil dos executivos a Miller. Para o ex-procurador, é essencial que ele possa se manifestar na ação que corre no STF, uma vez que o processo em que é réu na primeira instância trata do mesmo assunto.

Segundo Miller, o que for decidido pelo STF no julgamento da delação da J&F deve influenciar diretamente seu processo na justiça. "Em outras palavras, se restar reconhecida, nestes autos, pela Corte Suprema, prática de delito pelo requerente, é pouco provável que o juízo de primeiro grau afaste essa conclusão na já mencionada ação penal", afirma Miller.

O ex-procurador sustenta ainda que há "vasta maioria dos elementos de prova" que mostram que ele não usou sua função pública para nenhuma finalidade. Na petição, ele declara sua disposição de prestar declarações na ação de rescisão do acordo, inclusive no plenário, e também pede para ter a opção de apresentar provas, requerer diligências e perícias.

Em junho, Fachin decidiu abrir diligências para apurar eventuais irregularidades nos acordos de colaboração premiada e determinou que, assim que for concluída a fase de coleta de provas (instrução), caberá ao plenário do STF decidir se homologa ou não a rescisão.

Rescisão

Os acordos de executivos da J&F foram homologados pelo STF em 11 de maio do ano passado. À época, Joesley envolveu o presidente Michel Temer, ao gravar conversa entre os dois em encontro no Palácio do Jaburu.

Em 14 de setembro de 2017, o então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, informou que decidiu rescindir os acordos de colaboração premiada firmados pelo empresário Joesley Batista e o executivo Ricardo Saud com o Ministério Público Federal.

Em fevereiro deste ano, foi a vez da sucessora de Janot, a procuradora-geral da República Raquel Dodge rescindir os acordos de Wesley Batista e do executivo Francisco de Assis e Silva. Todos os casos pendem da palavra final do Supremo.

Na ocasião em que Janot ainda chefiava a PGR, o ex-procurador apontou que Joesley e Saud agiram de má fé ao omitirem suposto fato criminoso envolvendo o senador Ciro Nogueira (PP-PI), além do suposto envolvimento de Miller.

O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu enviar para a primeira instância da Justiça Federal de Minas Gerais o inquérito que investiga o governador de MG, Fernando Pimentel (PT), pelo suposto crime de corrupção passiva. A investigação, que também apura suposta lavagem de dinheiro pelo deputado federal Gabriel Guimarães (PT-MG), foi aberta a partir da delação da J&F.

A decisão, publicada no Diário da Justiça Eletrônico desta quarta-feira, 1, foi tomada a partir do novo entendimento da Corte que restringiu o foro privilegiado, e atendendo à pedido da PGR. Em maio, o STF firmou a regra de que o Supremo só julga supostos crimes de deputados federais e senadores cometidos durante o mandato e em função do cargo.

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Em junho, foi a vez do Superior Tribunal de Justiça (STJ) restringir o foro para governadores, autoridade julgada pelo STJ. O caso de Pimentel só tramitava no STF em função do foro do deputado federal.

Na decisão, Fux explica que em depoimento prestado pelo executivo Ricardo Saud, como colaborador, foram apontados indícios de que, ao longo do ano de 2014, Pimentel, então ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, recebeu indevidamente uma espécie de "mensalinho" de dirigentes da J&F, de aproximadamente R$ 3,6 milhões. O suposto valor foi entregue para que o atual governador atuasse em favor dos interesses do grupo.

Ainda de acordo com PGR, assinala Fux, há indícios de que os pagamentos indevidos foram efetuados por meio da contratação simulada de escritório de advocacia ligado a Guimarães. A PGR explica que, apesar de ter supostamente cometido o crime durante o mandato como deputado, a atuação de Guimarães não tem relação com a atividade parlamentar.

Procurada, a defesa do governador afirmou que a decisão "chega com atraso". "A defesa já havia pedido isso muito antes da PGR", afirmou o advogado Eugenio Pacelli. Fux assinou a decisão em 29 de junho. Procurado através do gabinete, o deputado não havia se manifestado até a publicação deste texto.

O Tribunal de Contas da União (TCU) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF), em duas petições, acesso aos anexos complementares das delações do Grupo J&F e defendeu a possibilidade de uso de provas fornecidas em acordos de colaboração contra os próprios delatores. O TCU solicitou ainda que o ministro-relator no Supremo, Edson Fachin, defina "limites e condições dentro dos quais os referidos registros poderão ser utilizados como provas nos processos do Tribunal".

As manifestações vêm após uma decisão do juiz Sérgio Moro, da 13.ª Vara Federal de Curitiba, em abril, de proibir o uso de provas já compartilhadas por ele próprio contra delatores da Lava Jato e empresas que firmaram acordos de leniência - o que causou mal-estar na Corte de Contas.

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Auditores do tribunal ouvidos reservadamente negaram que os pedidos tenham relação com a decisão de Moro, mas reconhecem que se trata de uma oportunidade de o Supremo tratar do tema. Se o ministro Fachin entender que o compartilhamento é possível, poderá estar se sobrepondo à decisão de Moro. Se negar, reforçará a posição de Curitiba.

O que está em jogo neste debate é se órgãos de controle, como Receita e TCU, podem aplicar outras penalidades e multas a delatores e empresas, além das já previstas nos acordos de colaboração premiada fechados com a Justiça. A preocupação é uma possível anulação de decisões tomadas por aqueles órgãos com base nas provas obtidas pelas investigações da Lava Jato.

Recentemente, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, braço jurídico do Ministério da Fazenda, alertou para o risco de não conseguir reaver R$ 2,3 bilhões em dívidas tributárias de investigados, após o despacho de Moro. Para o TCU, o ressarcimento por prejuízos causados aos cofres públicos tem de ser cobrado também de delatores e empresas colaboradoras.

BNDES

O primeiro pedido do TCU entregue a Fachin em abril tem relação com um processo que trata de irregularidades em operações de aportes de capitais celebradas entre a JBS e o BNDES e o BNDESPar. Em outubro passado, o tribunal apontou prejuízos superiores a R$ 300 milhões causados aos cofres públicos na compra de ações da JBS pelo BNDES, em operações que ajudaram o grupo na aquisição do frigorífico National Beef Packing e da divisão de carnes bovinas da Smithfield Foods, ambos nos Estados Unidos, em 2008.

O ministro substituto Augusto Sherman Cavalcanti, relator no TCU, deseja os anexos complementares de Joesley Batista, sócio do grupo, e de Francisco de Assis e Silva, ex-diretor jurídico, sobre as irregularidades no âmbito do BNDES. Joesley listou operações aprovadas com a intervenção e pagamento de autoridades políticas como a compra e conversão posterior de debêntures da JBS pelo BNDES no valor de US$ 2 bilhões. O ministro entende que tanto o delator como a empresa podem ser responsabilizados no processo.

Ainda não houve um julgamento colegiado no Supremo para decidir sobre uso de provas contra colaboradores. A decisão mais próxima sobre o tema foi liminar do ministro Gilmar Mendes, em mandado de segurança da empreiteira Andrade Gutierrez, ao impedir que o TCU declarasse a empresa inidônea por fatos que constavam em acordo de leniência. O ministro, porém, não impediu o bloqueio de bens, e o TCU decidiu, em seguida, bloquear R$ 500 milhões da empreiteira por irregularidades em Angra 3.

'Carteirada'

O ministro do TCU Bruno Dantas chegou a chamar a decisão de Moro de "carteirada". A única manifestação institucional veio do presidente do tribunal, ministro Raimundo Carreiro. Em sessão semana passada, ele disse que a "decisão tem o potencial de atingir processos" no TCU. E marcou sessão para discutir o tema em 1.º de agosto.

Em nota, o Grupo J&F afirmou que "respeita todos os órgãos de controle e fiscalização, tanto é que firmou acordo de leniência com o Ministério Público Federal, e todos os esforços da holding têm sido no sentido de estender o acordo aos demais órgãos". A Justiça Federal do Paraná disse que Moro já se manifestou nos autos. O TCU não se manifestou oficialmente.

Também em nota, o BNDES afirmou que "nenhuma delação até o momento mencionou a participação de empregados do banco em atos ilícitos". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A defesa de Joesley Batista, sócio do grupo J&F, afirmou, em nota distribuída nesta segunda-feira, 25, que o empresário "jamais contratou, pagou, ofereceu ou autorizou que fosse oferecida qualquer vantagem indevida ao senhor Marcello Miller, outrora sócio do escritório TRW". Batista e Miller, que também é ex-procurador da República, foram denunciados nesta segunda-feira pelo Ministério Público Federal (MPF) sob a acusação de corrupção no inquérito que investiga o envolvimento de Miller na elaboração de acordos de colaboração premiada, enquanto ainda fazia parte do MPF.

O advogado André Luís Callegari, que defende Joesley, diz em nota que a denúncia ignora o fato de que o colaborador ou a empresa não solicitaram a emissão de uma fatura do TRW, tampouco tinham qualquer ingerência sobre os procedimentos internos do escritório de advocacia. Ainda de acordo com Callegari, a denúncia também não menciona que a J&F sequer pagou os valores ao escritório TRW, que está sendo processado por sua conduta profissional nesse episódio.

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"Além disso, a denúncia despreza todos os depoimentos e documentos aportados ao inquérito pela própria defesa, utilizando-se de majoritariamente de um procedimento administrativo conduzido de forma açodada pela PGR em setembro do ano passado", acrescenta na nota. A defesa ainda classifica a acusação como "descabida" e "descolada" de elementos probatórios.

Assis

Já a defesa do advogado Francisco de Assis e Silva, também denunciado nesta segunda-feira pelo MPF, reafirma, em nota, que a "J&F contratou o escritório Trench, Rossi e Watanabe - banca até então referência em integridade - para assessorá-la no acordo de leniência".

De acordo com a nota, "Francisco de Assis não tinha motivos, portanto, para suspeitar de qualquer irregularidade na atuação de Marcelo Miller, sócio do escritório na área de ética e compliance".

A defesa de Francisco de Assis reitera ainda "que ele colaborou efetivamente com a investigação, deixando claro que jamais discutiu honorários ou pagamentos com ou para Marcello Miller, tampouco procurou obter qualquer vantagem ou benefício indevido no Ministério Público Federal por meio de Marcello Miller ou por qualquer outra pessoa, exatamente como consta do relatório da Polícia Federal".

O Ministério Público Federal denunciou nesta segunda-feira, 25, o ex-procurador da República Marcello Miller, o empresário Joesley Batista, sócio do Grupo J&F, o ex-diretor jurídico do grupo Francisco de Assis e Silva e a advogada Esther Flesch por corrupção no inquérito que investiga o envolvimento de Miller na elaboração dos acordos de colaboração premiada de executivos e ex-executivos da empresa enquanto ainda era membro do MPF.

A denúncia foi apresentada à 15ª Vara da Justiça Federal do Distrito Federal em segredo de justiça. A reportagem não teve acesso à íntegra da acusação apresentada pelo procurador Frederico Paiva.

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As investigações sobre a atuação de Miller envolvendo a JBS começaram em setembro de 2017, após a descoberta de um áudio de uma conversa de Joesley Batista dando indicativo de que o ex-procurador teria atuado para os executivos do grupo empresarial antes mesmo de pedir exoneração do cargo. O áudio foi entregue às autoridades pelos próprios delatores, quando fizeram uma complementação dos termos de colaboração.

Na semana passada, a Polícia Federal indiciou os quatro e, também, a advogada Fernanda Tórtima. A omissão de envolvimento de Miller durante a negociação da delação premiada para ajudar os executivos foi um dos principais pontos apontados pelo delegado da PF Cleyber Malta Lopes. O delegado é o mesmo que conduz a investigação sobre a edição do Decreto dos Portos, assinado pelo presidente da República Michel Temer, em tramitação no Supremo Tribunal Federal.

Desde que veio a público o áudio de Joesley, em setembro passado, a Procuradoria-Geral da República (PGR) já apontou indícios de crimes envolvendo Miller e as delações da J&F, em diversas manifestações sobre a rescisão de acordos firmados por integrantes do MPF. Na última, em maio, a procuradora-geral, Raquel Dodge, destacou omissão e má-fé ao afirmar que os delatores não comunicaram participação de Marcello Miller na negociação dos acordos enquanto ainda era procurador da República.

A decisão final sobre a rescisão dos acordos dos delatores da J&F cabe ao ministro Edson Fachin, relator que homologou os acordos em maio de 2017.

A rescisão quanto a Joesley e Saud foi informada pela PGR ao Supremo ainda no ano passado. Em relação a Wesley Batista e Francisco de Assis e Silva, Dodge informou a Fachin a rescisão em fevereiro. Segundo a Procuradoria-Geral da República, mesmo com o rompimento do acordo, as provas obtidas a partir da delação continuarão válidas. Mas somente o relator Edson Fachin poderá validar judicialmente o fim do acordo.

As defesas de Marcello Miller, Joesley Batista e Francisco de Assis e Silva informaram que só irão se manifestar após ter acesso à denúncia. A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Esther Flesch.

O ex-procurador da República Marcelo Miller, o empresário Joesley Batista, sócio do Grupo J&F, e mais três foram indiciados pela Polícia Federal no inquérito que investigou o envolvimento de Miller na elaboração dos acordos de colaboração premiada de executivos e ex-executivos do Grupo J&F enquanto ainda era membro do Ministério Público Federal.

O delegado da Polícia Federal Cleyber Malta Lopes atribuiu a Marcelo Miller o crime de corrupção passiva e apontou a prática de corrupção ativa por parte de Joesley Batista, do ex-diretor jurídico do grupo J&F Francisco de Assis e Silva e das advogadas Esther Flesch e Fernanda Tórtima, que trabalharam para a empresa. A omissão de envolvimento de Miller durante a negociação da delação premiada para ajudar os executivos foi um dos principais pontos apontados pela PF.

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A informação foi publicada pela GloboNews e confirmada pelo Estadão/Broadcast. Os também delatores do grupo J&F Wesley Batista e Ricardo Saud, embora tenham sido investigados, não foram indiciados.

A manifestação da PF ainda está sob sigilo e será analisada pelo Ministério Público Federal, que decidirá se apresenta denúncia ou não. Apesar de se tratar de um outro processo, o posicionamento da PF é um golpe na pretensão da defesa dos ex-executivos que buscam manter no Supremo Tribunal Federal a validade dos acordos de colaboração firmados com o MPF, cuja rescisão depende do ministro-relator, Edson Fachin.

A investigação foi aberta em setembro de 2017 por determinação do então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, após a descoberta de um áudio de uma conversa de Joesley Batista dando indicativo de que Miller teria atuado para os executivos do grupo empresarial antes mesmo de se exonerar do MPF. O áudio foi entregue às autoridades pelos próprios delatores, quando fizeram uma complementação dos termos de colaboração.

Um dos pontos que foram analisados pela PF dizia respeito às menções a ministros da Corte no áudio de Joesley. Quanto a esse ponto, o relatório da PF aponta que nada foi encontrado que pudesse apontar algum envolvimento de ministros. A conclusão foi encaminhada à presidente do Supremo, ministra Cármen Lúcia, que havia pedido a apuração do caso após o então procurador-geral, Rodrigo Janot, revelar as citações ainda em setembro de 2017.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) já apontou indícios de crimes envolvendo Miller e as delações da J&F, em diversas manifestações sobre a rescisão de acordos firmados por integrantes do MPF. Na última, em maio, a procuradora-geral, Raquel Dodge, destacou omissão e má-fé ao afirmar que os delatores não comunicaram participação de Marcelo Miller na negociação dos acordos enquanto ainda era procurador da República.

A decisão final sobre a rescisão dos acordos dos delatores da J&F cabe ao ministro Edson Fachin, relator que homologou os acordos em maio de 2017. A rescisão quanto a Joesley e Saud foi informada pela PGR ao Supremo ainda no ano passado. Em relação a Wesley Batista e Francisco de Assis e Silva, Dodge informou a Fachin a rescisão em fevereiro. Segundo a Procuradoria-Geral da República, mesmo com o rompimento do acordo, as provas obtidas a partir da delação continuarão válidas.

Outro Lado

A defesa de Marcelo Miller disse que ainda não teve acesso à manifestação da Polícia Federal e não se manifestou. A advogada Fernanda Tórtima não atendeu as chamadas nem respondeu às mensagens enviadas pela reportagem. Esther Flesch não foi localizada.

Por meio de nota encaminhada pela assessoria de imprensa do Grupo J&F, Joesley Batista e Francisco de Assis afirmaram que "jamais contrataram, ofereceram ou autorizaram que fosse oferecida qualquer vantagem indevida ao senhor Marcelo Miller".

"A J&F contratou dois escritórios de advocacia reconhecidos por sua reputação em suas respectivas áreas de atuação: TRW (Trench Rossi Watanabe), na área de compliance e investigação interna, e Tortima Tavares Borges, na área Criminal. Marcelo Miller era sócio do TRW, o escritório de advocacia mais renomado no mundo em compliance, não havendo motivos para desconfiar de qualquer irregularidade. Cabe ainda ressaltar que esse escritório está sendo processado pela J&F pela má-prática profissional nesse episódio", diz a nota.

"Apesar do minucioso trabalho feito pela Polícia Federal, causa indignação a suspeita por atos que sequer eram de conhecimento ou controle dos colaboradores e cuja responsabilidade deve ser assumida pelos escritórios respectivos", afirma a nota.

A JBS anunciou que a subsidiária americana (JBS USA) realizou a emissão de US$ 500 milhões em títulos de dívida com vencimento para outubro de 2022. De acordo com a instituição, o montante inicial de US$ 450 milhões foi expandido e todos os recursos levantados serão destinados às necessidades usuais de fluxo de caixa e ao pagamento do débito nos Estados Unidos. 

O presidente-executivo global da empresa, José Batista Sobrinho, afirmou em nota que a emissão bem-sucedida reforça a confiança do mercado financeiro na capacidade de gestão da companhia e na perspectiva para as operações internacionais da JBS.

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A empresa alimentícia JBS está com inscrições abertas em seu programa de trainee, que busca contratar jovens recém formados por um período de dois anos. As vagas se destinam às unidades localizadas nos municípios de Lins e Andradina, ambos em São Paulo. A remuneração não foi informada.

Entre os pré-requisitos, é necessário se formar até julho de 2018 ou ser formado a no máximo dois anos em economia, ciências contábeis, administração, engenharia mecânica e automação, engenharia química e produção, engenharia de produção, química, alimentos ou medicina veterinária, engenharia mecânica, elétrica e automação e mecatrônica. Ter domínio avançado de inglês, de acordo com a empresa, será um diferencial. 

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As inscrições devem ser feitas através do site do programa de trainee da empresa até o dia 16 de junho. Os candidatos serão selecionados através da realização de um game online, de dinâmicas de grupo e da avaliação de um comitê de seleção e os aprovados começarão a trabalhar a partir de 13 de agosto. 

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Seis meses após recurso da Procuradoria-Geral da República (PGR), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou e, em seguida, interrompeu o julgamento de um pedido de bloqueio de bens (arresto) do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e Andrea Neves, irmã do tucano, no valor de R$ 5,686 milhões. Um pedido de vista do ministro Luís Roberto Barroso suspendeu a análise após o ministro relator, Marco Aurélio Mello, que já havia rejeitado o primeiro pedido, votar novamente em sentido contrário.

Apresentado em dezembro de 2017 em segredo de justiça, o recurso da PGR é relacionado ao processo no qual ambos são réus e tem o objetivo de garantir os recursos para a reparação de "dano moral coletivo" pela prática de corrupção passiva e o pagamento de multa. Essas sanções são pedidas pela PGR para aplicação aos dois no fim da ação penal em que respondem por supostamente terem solicitado e recebido R$ 2 milhões em propina pagos por Joesley Batista, do Grupo J&F. O senador também é acusado de tentar obstruir investigações da Operação Lava Jato.

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Embora a PGR não tenha falado no julgamento na Primeira Turma, os valores que ela informou em dezembro, quando apresentou o recurso, são de R$ 4 milhões a serem divididos por Andreia Neves e Aécio Neves, mais uma multa de R$ 1,686 milhão para cada um - o que totalizaria cerca de R$ 7,4 milhões. No julgamento, no entanto, o ministro Marco Aurélio e os advogados falaram que o valor total seria de 5,686 milhões. A PGR não confirmou os valores.

"O órgão acusador recuou aquele montante dos R$ 7 milhões para R$ 5 milhões e qualquer coisa. O quadro não se altera. Inexistem indicativo de que Aécio Neves e Andreia Neves estejam praticando atos destinados a obstar o ressarcimento", disse o relator Marco Aurélio.

Em seguida ao voto do relator, Barroso pediu vista, sem tecer maiores comentários.

Defensor de Andréa Neves, o advogado Marcelo Leonardo questionou por que os outros réus do processo não foram alvo do pedido, e afirmou que, como não há suspeita de envolvimento de recursos públicos no caso, não haveria razão para aplicação de multa.

Defesa

O advogado Alberto Zacharias Toron, defensor do senador Aécio Neves, afirmou que não há uma consequência automática para arresto de bens de acusados quando eles se tornam réus e disse que não cabia ao MPF fazer esse pedido, e sim à Advocacia-Geral da União (AGU). Disse também que o valor pedido foi fixado "aleatoriamente" e de maneira "arbitrária".

"Daí se esperar com absoluta tranquilidade a confirmação da decisão agravada, que nada mais faz do que entender que não há necessidade porque não há evidência de que o acusado esteja dissipando bens", disse o advogado de Aécio.

Sem mencionar explicitamente o fato, o governo culpa o vazamento das conversas do empresário Joesley Batista com o presidente Michel Temer, em maio de 2017, pelo fracasso na aprovação da reforma da Previdência. O documento "Encontro com o Futuro", que será lançado na próxima terça-feira em evento que deverá confirmar a pré-candidatura de Henrique Meirelles à presidência da República, diz que o governo tinha a aprovação da proposta "quase assegurada" a determinada altura do ano passado. "A oportunidade se perdeu pelo oportunismo de iniciativas no campo judicial, que desviaram, talvez propositadamente, a atenção do sistema político."

O documento não diz que iniciativas são essas. Mas pessoas mais próximas de Temer repetem que o vazamento das conversas gravadas no Palácio do Jaburu colocaram a perder o trabalho político que criara condições para a votação da reforma, com boas chances de aprovação.

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"A ideia da injustiça e da insustentabilidade dos nossos sistemas de previdência, no entanto, incorporou-se definitivamente à agenda política do país e sua reforma será a principal pauta de qualquer ajuste fiscal definitivo", diz o documento, o terceiro de uma série iniciada com o "Ponte para o Futuro" e que teve em seguida o "Travessia Social."

O próprio documento aponta para a falta da reforma da Previdência, um ponto de fragilidade da economia brasileira apontado também por especialistas e analistas de mercado, como o principal desafio a ser superado. "O ajuste fiscal e as reformas de Estado não são um fim em si mesmo", diz o documento. "Seu propósito é tornar o crescimento possível."

Em entrevista exclusiva publicada pelo jornal O Estado de São Paulo, no último dia 12, Temer disse que, após o resultado das eleições, pretende convidar seu sucessor para retomar a negociação da reforma da Previdência e tentar aprová-la ainda este ano.

Defesa de reforma do serviço público

Além da reforma da Previdência, o documento "Encontro com o Futuro", elaborado pela Fundação Ulysses Guimarães, defende uma reforma do serviço público, sem detalhar medidas. O texto, no entanto, aponta para o crescimento dos chamados gastos obrigatórios do governo, dos quais previdência e folha salarial são os principais, como um obstáculo ao reequilíbrio das contas públicas e à implantação de políticas que combatam a desigualdade no País.

"As despesas da União com pessoal e gastos previdenciários no Orçamento de 2018, por exemplo, absorverão 73% da receita federal líquida", diz o documento. "E não beneficiarão a imensa maioria da população necessitada." Ele acrescenta que, "acima de qualquer outra medida", é necessário alterar as regras que determinam o aumento das despesa previdenciárias e as que "regulam os custos do serviço público em geral."

Tais mudanças abririam espaço, inclusive, para aumentar a parcela do orçamento federal sobre a qual os parlamentares podem opinar e decidir, diz o texto. Hoje, os gastos se concentram em despesas sobre as quais não há margem de manobra, como salários e benefícios previdenciários.

O governo Temer tenta, no Congresso, autorização para adiar reajustes salariais já concedidos ao funcionalismo. Boa parte desses reajustes foram negociados no governo de Dilma Rousseff e mantidos pela atual gestão.

Documento quer superávit de 2,5% do PIB nas contas públicas

Meirelles diz que será necessário alcançar um saldo positivo (superávit primário) nas contas públicas equivalente a 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para que a dívida brasileira comece a cair.

Atualmente, o saldo é negativo em 2,5% do PIB. Isso significa que para alcançar o cenário ideal será necessário buscar um ganho em termos de aumento de receita e corte de gastos equivalente a 5% do PIB. Isso deverá ocorrer "em algum momento da próxima década", informa.

Além das reformas da Previdência e do Serviço Público, o documento cita a revisão de incentivos ao setor produtivo, como subsídios e desonerações fiscais, como uma medida necessária para o ajuste das contas públicas. "Estas despesas não produziram resultados em termos de aumento da competitividade e chegaram a consumir mais de 6% do PIB nos últimos anos", informa.

Com esse objetivo alcançado, haverá espaço e recursos "para o investimento público e os gastos verdadeiramente sociais, como em educação, saúde e segurança pública." O documento cita um relatório elaborado pelo Banco Mundial, chamado "Um Ajuste Justo", que aponta para a má qualidade e o mau direcionamento dos gastos públicos no Brasil, e sugere uma série de mudanças para garantir que os beneficiados sejam realmente os mais pobres.

O relatório do Banco Mundial avalia os resultados das políticas de apoio às empresas adotadas principalmente pelos governos de Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) e Dilma Rousseff (2011-2016) e conclui que, com poucas exceções, elas não atingiram os objetivos propostos. E, nas áreas sociais, toca em "vacas sagradas" da sociedade brasileira. Por exemplo, para a concentração de gastos federais no ensino superior gratuito, ao qual os realmente pobres têm pouco acesso. Ou para o grande volume de receitas que o governo deixa de arrecadar por causa dos abatimentos com despesas e planos de saúde no Imposto de Renda, que tampouco beneficiam as famílias de menor renda.

"As políticas sociais de educação, saúde e combate à pobreza, bem como os serviços de segurança pública, precisam continuar a ser reformadas", diz o documento do MDB. "Mas é inegável que será necessário, em alguns casos, também um aumento dos gastos."

O documento fala, por exemplo, em investir mais na informatização do sistema de saúde. Diz que o atual governo empregou perto de R$ 1,5 bilhão para instalar equipamentos e treinar pessoal em 17.000 unidades básicas de saúde, e a intenção é chegar a 43.000 até o fim do ano. Com isso, o potencial de economia foi calculado em R$ 22 bilhões ao ano. "Nos próximos anos será necessária uma maior integração do Sistema, de modo a reduzir custos e ineficiências, já fartamente detectadas, e aperfeiçoar as portas de entrada, através do programa de Saúde da Família."

Já na área de Educação o problema não é tanto a falta de recursos, mas seu uso. O "Encontro" diz que o Brasil gasta perto de 6% do PIB na área, o que é superior à média dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). "Isto significa que a falta de resultados efetivos não está na falta de recursos, como muitas vezes se alega."

Para melhorar a qualidade, a aposta "para os próximos anos" é a qualificação de professores e "incentivos remuneratórios, baseados em resultados efetivamente avaliados, para que as mudanças sejam de fato implementadas."

Será dada ênfase também aos primeiros anos de escola, com universalização da educação infantil e o ensino em tempo integral, "especialmente para as crianças de famílias mais pobres."

O documento cita também a necessidade de alinhar as escolas à evolução tecnológica. "Nosso ambiente educacional público é muito tradicional, ainda preso aos processos analógicos, mais caros, menos eficientes e atrativos para a juventude de hoje", atesta. "Nos países desenvolvidos a educação está sendo totalmente transformada, e, tal como a comunicação, a música e o entretenimento, pode estar disponível a custos extremamente baixos."

Luta contra a criminalidade

"É justo dizer que o Estado brasileiro até agora vem perdendo a luta contra a criminalidade", diz o documento "Encontro com o Futuro", ao tocar num dos temas que deverão pautar a campanha eleitoral deste ano.

O texto admite que os níveis de criminalidade alcançados no Brasil são "absolutamente excepcionais, muito acima de outros países equivalentes ao nosso" e registra o "cúmulo" de, em algumas localidades, haver áreas urbanas onde o Estado não pode agir.

O documento diz que a responsabilidade de mudar esse quadro recai sobre União, Estados e Municípios, cada um na sua área de atuação. Isso porque o agravamento da situação se deu pela "desarmonia" entre as esferas de poder, a falta de sintonia entre as instituições públicas e uma "série histórica de medidas paliativas e descontínuas", segundo avaliou.

A grande aposta do governo para é a criação do Sistema Único de Segurança Pública e Defesa Social (Susp), que vai integrar as instituições que atuam na segurança. Assim, vai permitir o compartilhamento de informações e ações conjuntas, "dando unidade à ação pública". A proposta já foi encaminhada ao Congresso Nacional e está em vias de ser aprovado, informa o "Encontro".

Em 2016, diz o documento, o setor público empregou o equivalente a 1,3% do Produto Interno Bruto (PIB) em ações de segurança pública, sendo que a parcela destinada a custeio e investimento foi inferior a 10% do total. "Todo o valor gasto com segurança foi inferior ao crescimento anual das despesas com previdência do Governo Federal nos últimos dois anos", informa.

A intervenção militar no Rio de Janeiro é classificada como uma "medida de emergência", num quadro de "problemas institucionais" e a escalada do crime organizado colocavam em risco a sociedade. "Foi uma mostra de como, doravante, o desafio da segurança pública será enfrentado: com prioridade, recursos financeiros e institucionais e, principalmente, com coragem e responsabilidade."

As denúncias feitas pelo executivo Joesley Batista, em maio de 2017, que envolveram o presidente Michel Temer, trouxeram prejuízo político para o governo e também para a aprovação da reforma da Previdência. A afirmação foi feita nesta quinta-feira, 17, pelo ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, em entrevista a jornalistas de agências internacionais, quando questionado sobre a influência dessas denúncias na política e economia do País.

"Não posso ignorar que isso trouxe prejuízo político para o governo porque, durante algum tempo, tivemos de gastar energia para fazer com que o Congresso Nacional se ocupasse da análise e da negativa de autorização para que o presidente não fosse processado. O fato não existia, isso foi esclarecido e o Congresso não recebeu a denúncia", afirmou.

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Padilha reconheceu que, mesmo com a recusa da denúncia por parte da Câmara, o episódio trouxe prejuízos porque se perdeu tempo analisando o tópico. "A reforma da Previdência estava praticamente aprovada quando esse tópico veio à luz. Se tivéssemos aprovado a reforma da Previdência, seguramente a situação fiscal brasileira e inclusive a projeção de crescimento do PIB teria sido muito diferente. Então, houve prejuízo na aprovação da reforma da Previdência", enfatizou o ministro.

Padilha aproveitou para defender a necessidade da reforma da Previdência e disse que "não se pode pensar em estabilidade fiscal no Brasil sem ter coragem de se enfrentar a questão previdenciária". Ele lembrou que mais de 50% do orçamento da União hoje está comprometido com a seguridade social, especificamente com a Previdência Social. "Não podemos continuar com isso. Temos de seguir no rumo da reforma", afirmou, lembrando que talvez não seja possível mais fazer no governo Temer, em razão da intervenção na área de segurança do Rio de Janeiro, o que impede a votação de emendas constitucionais. Mas, destacou, o próximo governo terá de debater e ter propostas para a questão. "Como ocorreu em outras nações do mundo, que tiveram que enfrentar esse tópico, nós teremos de enfrentar", afirmou.

Popularidade

Padilha foi questionado sobre as razões da popularidade do presidente Michel Temer continuar tão baixa, apesar dos avanços observados na economia do País. Segundo ele, uma das razões para isso é a denúncia de maio de 2017, feita por Joesley, e toda a sua repercussão na sociedade. "Tivemos e temos aquela tradução do episódio de maio de 2017, que acaba reverberando até hoje, o presidente é atacado moralmente. E, em que pese que tenha se defendido, que a Câmara tenha rechaçado a denúncia, o episódio acabou nos trazendo prejuízos políticos", disse. Segundo ele, os avanços são percebidos pela população, mas não creditados ao presidente Temer.

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