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O Senado Federal e a Câmara dos Deputados se reúnem conjuntamente nesta quarta-feira (3) em sessão solene para inaugurar a 3ª Sessão Legislativa da 56ª Legislatura. A solenidade, prevista para começar às 16h, no Plenário do Congresso Nacional, marca a retomada dos trabalhos do Poder Legislativo após o recesso parlamentar e o anúncio das metas do Executivo e do Judiciário para 2021.

A solenidade no Plenário é precedida de uma cerimônia na área externa do Palácio do Congresso, que começa com a chegada de militares das três Forças Armadas. São 40 militares da Marinha, 40 do Exército, e 40 da Aeronáutica.

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Depois disso, carros conduzindo os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, e da Câmara, Arthur Lira, chegam ao gramado ao lado da calçada de acesso à rampa do Palácio do Congresso Nacional, onde são recebidos pelos chefes do cerimonial das duas Casas.

Em seguida, o Hino Nacional é executado pela Banda do Batalhão da Guarda Presidencial, formada por 60 militares, ao mesmo tempo em que ocorre o hasteamento das bandeiras e é realizada a Salva de Gala, com 21 tiros de canhão, pelo 32º Grupo de Artilharia de Campanha, a histórica Bateria Caiena.

Ao final da execução do Hino Nacional, o Comandante da Guarda de Honra se apresenta ao presidente do Congresso Nacional, que faz a revista à tropa. Ao passar em frente à Bandeira Nacional da Guarda Bandeira da tropa, o presidente faz uma reverência ao Pavilhão Nacional.

Terminadas as honras militares, ao chegar à rampa de acesso ao Palácio do Congresso Nacional, os presidentes do Senado e da Câmara serão recepcionados pelos secretários-gerais e diretores-gerais das duas Casas.

Logo após, todos subirão a rampa, que é ladeada por 48 Dragões da Independência, em direção ao Salão Negro, onde serão aguardados pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luiz Fux; pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, e por integrantes da Mesa do Congresso Nacional, líderes partidários das duas Casas e demais parlamentares.

Enquanto isso, as tropas externas se deslocarão para o Salão Branco ou para a Chapelaria, cedendo espaço para passagem do carro do presidente da República, Jair Bolsonaro, cuja presença é prevista nesta quarta-feira na sessão solene do Plenário.

Em caso de chuva, a cerimônia será transferida para a Chapelaria do Congresso Nacional, sendo canceladas a execução do Hino Nacional, a revista à tropa e a salva de gala de 21 tiros.

Sessão solene

A presença do presidente da República na entrega da mensagem do Executivo é opcional, e o Palácio do Planalto envia o documento por meio do chefe da Casa Civil, cargo ocupado atualmente pelo ministro Walter Braga Netto. A mensagem é lida pelo 1º Secretário da Mesa do Congresso.

Depois de lida a mensagem presidencial, será a vez do representante do STF fazer sua apresentação. Em seguida, deve falar o presidente da Câmara, Arthur Lira. A sessão solene é encerrada com o discurso do presidente Rodrigo Pacheco. Os demais parlamentares não fazem uso da palavra.

Devido à cerimônia de inauguração dos trabalhos, o programa de visitação ao Congresso Nacional fica suspenso nos dias 2 e 3 de fevereiro.

Cobertura

A Agência Senado é responsável pelas reportagens e publicação das notícias, fotos, áudios e vídeos sobre as atividades de abertura do ano legislativo no Portal de Notícias do Senado.

TV Senado e Rádio Senado transmitirão a retomada dos trabalhos desde o início da tarde com informações sobre a cerimônia externa e a sessão solene. A programação das duas emissoras já começa a tratar do assunto desde as primeiras horas do dia. A transmissão também poderá ser acompanhada também na internet pelo YouTube, Twitter e Instagram.

Rito

O rito de abertura dos trabalhos do ano legislativo acontece em diversas democracias. No Brasil, remonta ao período imperial, quando era conhecido como Fala do Trono, e foi inaugurado por Dom Pedro I, em 1823. Naquele tempo, o monarca comparecia ao Palácio Conde dos Arcos, a sede do Senado, no Rio de Janeiro (RJ), deixando claro o que esperava dos senadores e deputados naquele ano, durante uma concorrida cerimônia.

No período republicano, a tradição anual de remeter a mensagem presidencial ao Congresso foi iniciada em 1890, pelo marechal Deodoro da Fonseca, o primeiro presidente.

Se no passado, os parlamentares se reuniam no Senado para ouvir a leitura da mensagem, hoje a leitura acontece no Plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília.

A Constituição Federal de 1988 estabelece, em seu artigo 57, que o Congresso se reunirá anualmente na capital federal, a partir do dia 2 de fevereiro (ou no dia útil seguinte) para inaugurar a sessão legislativa.

Tiros de canhão

A salva de gala, somando 21 tiros de canhão, é uma honra oferecida ao presidente da República, chefe de Estado estrangeiro, na sua chegada à capital federal, e os presidentes do Congresso e do Supremo Tribunal Federal, por ocasião das sessões de abertura e de encerramento de seus trabalhos;

De acordo com o Centro de Comunicação Social do Exército, esse é um rito que remonta ao final da Idade Média quando, ao se aproximarem de fortificações, as tropas militares descarregavam todos os seus canhões e mosquetes para assegurar que estavam em missão de paz.

O número ímpar de tiros — informa ainda o Exército — surgiu da necessidade de não se deixar dúvidas na contagem dos disparos. Na Inglaterra, a salva real era de 100 tiros, ou de cem mais um, como margem de segurança. Com o passar do tempo, o número de tiros disparados pelos canhões e mosquetes passou a caracterizar a consideração que merecia o visitante estrangeiro que chegasse a uma instalação militar.

No Brasil, durante o Império, assim como na Inglaterra, o imperador fazia jus à salva de 101 tiros. A salva de 21 tiros, a maior depois da oferecida ao imperador, era destinada à imperatriz, à família real e aos arcebispos e bispos em suas dioceses.

Com o advento da República, a salva de 21 tiros passou a ser privativa dos chefes dos três Poderes. Foi em 1983, no governo do presidente João Baptista Figueiredo, que a execução das salvas de gala tomou a forma atual.

*Da Agência Senado

 

Com a infidelidade de deputados que integravam o bloco comandado por Baleia Rossi (MDB), indicado por Rodrigo Maia (DEM) para a sua sucessão na Câmara dos Deputados, tudo indica que Arthur Lira (PP), candidato apadrinhado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), saia vitorioso na eleição da Câmara que começou na noite desta segunda-feira (1º).

Partidos como PSDB e o próprio DEM, do Maia, saíram do barco nas últimas horas que antecederam a eleição. Eles declararam neutralidade, podendo os deputados votarem no Baleia ou no Lira. Essa ‘rasteira’ dada pelo seu partido pode resultar na saída de Maia do DEM ao fim da escolha do próximo presidente da Câmara. 

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PSL, PDT, PSB também são exemplos de partidos que estão no bloco de Baleia Rossi, mas que já tem deputados declarando o seu voto no candidato adversário. Bolsonaro mesmo já cuidou em destinar emendas parlamentares aos que sigam na infidelidade e ajude na eleição do seu apadrinhado. O presidente da República sabe da possibilidade de sofrer um impeachment e para isso não acontecer está influenciando para que Lira saia vitorioso já neste primeiro turno.

“Arthur Lira tem um grande favoritismo e a interferência do Planalto no processo eleitoral na Câmara dos Deputados sem dúvida pode fazer que o presidente Bolsonaro tenha um aliado no poder Legislativo. Inclusive, no quesito de evitar a abertura do processo de impeachment”, explica o professor da Universidade da Amazônia (UNAMA) e cientista político, Rodolfo Marques.

O especialista aponta que as movimentações ocorridas na semana anterior à eleição da mesa diretora da Câmara nesse biênio (2021-2022) mostram que a tendência é que Rodrigo Maia saia enfraquecido do processo. “No fim das contas, há um embate entre Rodrigo Maia e Bolsonaro. Como o presidente da República tem um poder maior e tem mais disponibilidade de recursos e cargos, essa queda de braços está sendo vencida pelo chefe do Executivo”, analisa Rodrigo.

A cientista política Priscila Lapa fala que o Palácio do Planalto colocou para fora o seu arsenal de barganhas políticas e tem tentado de toda forma vencer essa eleição porque entende que ter a Câmara como aliada é fundamental neste momento de segundo biênio de mandato. 

“O Palácio do Planalto investiu todas as suas fichas e contra isso é muito difícil de lutar, por mais que exista um discurso antibolsonarista no Congresso, que Rodrigo Maia seja um ator político gabaritado em articulações políticas, a força que o poder Executivo exerce é muito forte. Ser um deputado de oposição é difícil, então a tendência de adesão é muito grande e um candidato que não é aliado do Executivo tem muita dificuldade em vencer, o que não significa que é impossível a eleição do Baleia Rossi”, avalia.

Lapa reforça que já era esperado que ao longo do seu mandato, Bolsonaro se aproximasse do centrão, mesmo julgando a “velha política”. “No nosso modelo de presidencialismo de coalizão o governo precisa construir apoio a partir de uma agenda. Esse apoio não deve existir apenas na distribuição de cargos, mas também pela proposição de uma agenda, como foi o caso da Reforma da Previdência (em 2019)”, salienta.

A composição das bancadas partidárias no Senado em 2021 é diferente daquela do início da legislatura em 2019, quando foi eleito presidente o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), mas a multiplicidade de siglas persiste no dia da escolha do comando da Casa para o próximo biênio: ao todo, 16 legendas contam com representação no Senado nesta segunda-feira (1º), abertura do ano legislativo.

Dos 81 senadores, 15 são filiados ao MDB, que segue com a maior bancada. Na eleição da Mesa em 2019, o partido contava com 13 parlamentares. Quem também registrou crescimento em sua composição foi o PSD, que é agora o segundo maior partido no Senado, com 11 parlamentares. A legenda tinha 10 senadores no início da 56ª Legislatura.

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O partido que teve o maior crescimento na comparação com dois anos atrás foi o Podemos, que quase dobrou de tamanho. A sigla somava cinco senadores e agora tem nove, superando o PSDB, que perdeu um senador e é atualmente a quarta maior bancada, ao lado do PP, com sete parlamentares cada.

Assim como há dois anos, o Senado segue em uma tendência de uma aglutinação nas bancadas intermediárias. Todos os demais partidos contam com seis senadores ou menos. Rede (dois senadores), PSL (dois), Pros (três), PDT (três) e PSB (um) estão entre as bancadas que perderam senadores, enquanto Republicanos (dois senadores) e PL (três) registraram ligeiro crescimento.

Já PT (seis senadores), Cidadania (três), e PSC (um) mantiveram estabilidade e seguem com o mesmo número de parlamentares da eleição da Mesa anterior.

A configuração inicial de bancadas ainda pode sofrer alterações ao longo da legislatura, mas o retrato atual da composição e o tamanho das bancadas no momento da eleição do presidente é um dos elementos que impacta na distribuição de cargos da Mesa do Senado e dos comandos das comissões. O Senado tradicionalmente considera o critério de proporcionalidade na divisão de secretarias e colegiados.  

Cargo vago

Um caso particular é o do DEM, partido que está com cinco senadores desde que o senador Chico Rodrigues (DEM-RR) se afastou do Senado. O parlamentar foi flagrado com grande volume de dinheiro em espécie durante operação da Polícia Federal. O primeiro suplente de Chico Rodrigues é seu filho, Pedro Arthur Ferreira Rodrigues, também do DEM, mas que não tomou posse. Sem essa definição, o Senado começa as atividades em 2021 com 80 em vez de 81 senadores.

*Da Agência Senado

O presidente da Câmara dos deputados, Rodrigo Maia (DEM), afirmou por meio de sua conta no Twitter que a invasão ao Congresso norte-americano foi feita por "extremistas".

Além disso, Maia classificou o ato como "desespero de uma corrente antidemocrática que perdeu as eleições. Fica cada vez mais claro que o único caminho é a democracia, com diálogo e respeitando a Constituição", pontuou.

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Invasão Capitólio

Na tarde desta quarta-feira (6), apoiadores do presidente Donald Trump invadiram o Capitólio dos Estados Unidos para protestar contra sua derrota para Joe Biden nas presidenciais do ano passado. 

Além disso, uma parte do Capitólio precisou ser evacuada por conta de uma suspeita de bomba, mas nada foi encontrado - não passando apenas de uma suspeita.

A prefeita de Washington, Muriel Bowser, ordenou toque de recolher a partir das 18h em toda a cidade nesta quarta (6), por conta de toda a confusão envolvendo a polícia e os apoiadores do Trump.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que as dificuldades do ano de 2020 não impediram que a Câmara liderasse as principais pautas. “Encerramos um ano que foi muito difícil para os brasileiros e, especialmente devido à pandemia, muito desafiador para o Parlamento. Isso não impediu, no entanto, que a Câmara dos Deputados exercesse um protagonismo e liderasse as principais pautas em um momento crucial no país”, afirmou ele em suas redes sociais.

“Ao lado dos 512 deputados, aprovamos a PEC da Guerra, que deu todas as condições orçamentárias para que o poder público enfrentasse a Covid-19. Além da aprovação do auxílio emergencial e de outros projetos na área da Saúde, capitaneados pela Câmara e pelo Senado Federal”, prosseguiu.

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Maia lembrou que, no meio da pandemia, os deputados aprovaram o novo Fundeb, que considera um marco na qualidade da educação pública brasileira.

“Foi um período difícil, mas de reafirmação da importância das instituições democráticas. Não podemos retroceder. O Brasil em 2021 precisará de uma Câmara forte, independente e que continue a ser uma fortaleza na defesa da democracia em nosso país”, disse.

Orçamento de 2021

Maia disse que analisou com a equipe da Câmara o Orçamento de 2021 enviado pelo governo ao Congresso. “Sem a aprovação da PEC emergencial, só existe uma forma de cumprir o teto de gastos: acreditar que o governo federal enviou a o projeto de lei orçamentária com superestimativa nos valores encaminhados para a Previdência.”

*Da Agência Câmara de Notícias

 

Na última sessão de 2020, o Plenário da Câmara aprovou sete projetos ligados ao enfrentamento à pandemia de Covid-19, apoio a setores econômicos, desburocratização e cidadania.

Um deles já seguiu para sanção presidencial. Trata-se do PL 5029/20, que aumenta os recursos da União no Fundo Garantidor de Operações. Na prática, a medida amplia o volume de recursos disponíveis para empréstimos no Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). O dinheiro virá do Programa Emergencial de Suporte a Empregos.

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Outras propostas aprovadas pela Câmara ainda serão analisadas no Senado. Os deputados aprovaram o chamado Fiagro (PL 5191/20), um conjunto de Fundos de Investimento de Cadeias Produtivas Agroindustriais. A intenção é ampliar os instrumentos de financiamento privado da produção agrícola e reduzir a dependência do setor em relação aos recursos públicos.

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Desburocratização

Dois projetos aprovados tratam de desburocratização. O primeiro (PL 1422/19) torna o CPF o único registro geral em todo o País. Assim, o número do cadastro de pessoa física passará a ser usado em documentos como as carteiras de trabalho, de habilitação e nas certidões, como as de nascimento, casamento e óbito.

O outro projeto (PL 7843/17) trata da ampliação dos serviços públicos informatizados. Os órgãos que emitem atestado, certidões, diplomas e outros documentos legais deverão usar o meio digital, com validação feita por meio de assinatura eletrônica.

Consumidor e filantrópicas

Os deputados ainda aprovaram uma proposta (PL 5675/13) para deixar claro, no Código de Defesa do Consumidor, que a prova de que produtos e serviços são próprios para consumo e uso cabe exclusivamente aos fornecedores.

Também foi aprovada a prorrogação, até 31 de dezembro, da suspensão da obrigatoriedade de metas de qualidade e de quantidade que os prestadores de serviço têm com o Sistema Único de Saúde (PL 2809/20). Além de beneficiar os parceiros do SUS durante a pandemia de Covid-19, o texto trata de requisitos para a renovação do certificado de entidade filantrópica.

Parcerias

O Plenário aprovou ainda novas regras para parcerias, durante a pandemia, entre o setor público e as entidades do chamado terceiro setor, como as ONGs (PL 4113/20). De acordo com o texto, poderão ser legalizados casos de suspensão parcial ou integral de atividades decorrentes da pandemia.

Também foi aprovado o texto-base do novo marco legal do câmbio, que ainda poderá ser alterado por meio de destaques; e a lista de integrantes da Câmara na comissão representativa do Congresso Nacional, que atuará durante o recesso parlamentar.

*Da Agência Câmara de Notícias

 

 

 

 

A mais grave crise de saúde pública dos últimos 100 anos exigiu mudança de comportamento da população, das empresas e das instituições. O Senado foi obrigado a se adaptar — e rapidamente — para continuar em operação. Aprovações de projetos, sessões remotas, medidas sanitárias e até restrição de acesso às dependências da Casa foram necessárias para o funcionamento ininterrupto das atividades parlamentares. 

A primeira intervenção importante dos senadores foi logo em fevereiro, quando a pandemia já havia atingido a região de Wuhan, região central da China. Eles demonstraram apoio ao governo na missão de resgate dos brasileiros retidos em solo chinês. No dia 5 daquele mês, dois aviões VC-2, com capacidade para 30 passageiros, cada, decolaram de Brasília para buscá-los. No retorno ao Brasil, eles tiveram que cumprir uma quarentena no hotel de trânsito da Base Aérea de Anápolis (GO). 

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No mesmo dia 5, os senadores aprovaram a primeira proposta legislativa sobre o tema: um projeto para regulamentar as medidas que seriam adotadas pelas autoridades sanitárias em caso de emergência de saúde pública (PL 23/2020). Enviada pelo Executivo em regime de urgência, a proposição fora aprovada pela Câmara dos Deputados no dia anterior e foi imediatamente à sanção presidencial. Havia previsão de isolamento, quarentena e fechamento de portos e aeroportos pelo país. 

Restrição de acesso

Em 11 de março, no dia em que a Organização Mundial de Saúde (OMS) reconheceu oficialmente a pandemia, a Comissão  de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor (CTFC) foi a primeira do Senado a realizar uma audiência pública sobre o problema. O então secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis, previu o aumento abrupto dos casos e lembrou que o país entraria na transmissão comunitária, em que as pessoas contrairiam o vírus sem saber onde e quando. 

Com o avanço de casos no mundo e também no Brasil, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), decidiu tomar uma medida drástica: restringir o acesso às dependências da Casa. Apenas passaram a ter permissão para entrar no Senado parlamentares, servidores, funcionários terceirizados, jornalistas, assessores de órgãos públicos, fornecedores e alguns visitantes autorizados.

O Senado também não mais autorizou viagens oficiais de senadores e funcionários para o exterior. Além disso, foi determinada a criação de um comitê de acompanhamento da doença. 

Na sequência, em 13 de março, o presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH), Paulo Paim (PT-RS) anunciou a suspensão das atividades do colegiado e o cancelamento das audiências. Enquanto isso, os primeiros senadores decidiam também fechar seus gabinetes. 

Em 17 de março, foi realizada a última atividade totalmente presencial dentro do Senado: uma reunião da comissão mista que analisava a MP 905/2019, que estabelecia uma nova modalidade de contrato de trabalho, chamado Contrato Verde e Amarelo. 

Primeiro positivo

Aquela semana terminaria com mais uma notícia ruim. O presidente da Comissão de Relações Exteriores (CRE), Nelsinho Trad (PSD-MS), informou ter testado positivo. Foi o primeiro senador a se contaminar. Ele tinha representado o Senado em uma viagem aos Estados Unidos com o presidente Jair Bolsonaro no início do mês. 

Desde então, outros 16 senadores já testaram positivo e houve um óbito. Arolde de Oliveira (PSD-RJ) faleceu em 21 de outubro aos 83 anos. O representante do Rio de Janeiro não resistiu a complicações da doença. Atualmente, há um senador internado, José Maranhão (MDB-PB), de 87 anos, que vem lutando contra uma grave insuficiência respiratória provocada pelo coronavírus. 

Votação histórica

A crise exigia providências rápidas. E o dia 20 de março entrou para a história. Pela primeira vez nos 196 anos do Senado, os parlamentares votaram sem estarem presentes fisicamente no Plenário, graças ao recém-criado Sistema de Deliberação Remota (SDR). O primeiro texto votado foi o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 88/20, reconhecendo o estado de calamidade pública para permitir que o governo federal gaste mais do que o previsto e desobedeça às metas fiscais para custear ações de combate à pandemia. 

Os senadores destacaram o feito e lembraram que o Senado foi o primeiro Parlamento do mundo a realizar votações remotas. 

“Nesta sessão, que reputo histórica, estamos iniciando algo que é inédito. O Senado não se furtará, neste momento, em deliberar”, apontou o senador Antonio Anastasia (PSD-MG),  que presidiu a sessão, visto que Dalvi Alcolumbre, presidente do Senado, havia testado positivo à época. 

As deliberações remotas foram usadas também posteriormente pelo Congresso Nacional. No dia 2 de abril foi realizada a primeira sessão com os parlamentares participando à distância. Para organizar os trabalhos de forma remota, deputados votaram pela manhã; e senadores, à tarde. 

Comissão mista 

As crises econômicas e sanitárias exigiram do governo federal uma série de providências orçamentárias. Para cumprir uma das missões do Legislativo — que é fiscalizar —, Câmara e Senado instalaram no dia 20 de abril uma comissão mista para acompanhar as ações do governo contra o coronavírus, que ainda está em atividade. O senador Confúcio Moura (MDB-RO) foi eleito presidente; e a relatoria ficou a cargo do deputado Francisco Jr (PSD-GO).

Desde então, o colegiado já realizou mais de 40 reuniões, incluindo audiências públicas com representantes dos mais diversos segmentos. O ministro da Economia, Paulo Guedes, por exemplo, já esteve na comissão em cinco oportunidades: a primeira em 30 de abril, e a última em 11 de dezembro, quando garantiu que não faltarão recursos para as vacinas. 

Propostas legislativas 

Ao longo da pandemia, o Senado continuou realizando sessões semipresenciais e totalmente remotas, de modo que as deliberações não foram paralisadas. Entre os projetos aprovados, destaca-se, por exemplo, o PL 1.066/2020, que criou o auxílio emergencial de R$ 600 a ser pago a trabalhadores informais de baixa renda, benefício que ficou popularmente conhecido como coronavoucher. O texto passou no Senado em 30 de março, cinco dias após ter sido aprovado pelos deputados. 

Se era necessário ajudar as pessoas físicas, as empresas igualmente foram alvo de preocupação constante dos parlamentares. Para socorrê-las, um dos projetos mais importantes aprovados foi o PL 1.282/2020, que instituiu o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), para ajudar os pequenos negócios e preservar empregos. O texto foi aprovado em decisão final pelo Senado em 24 de abril. 

Para que o governo pudesse realizar todas as ações necessárias no combate à pandemia, foi necessário mexer na Constituição. Por isso, o Legislativo votou a PEC do Orçamento de Guerra (10/2020), separando os gastos com a pandemia do Orçamento da União. O texto foi promulgado em 8 de maio, em sessão remota, com deputados e senadores acompanhando o evento a distância, por meio de tablets, celulares ou notebooks.

Votação por drive-thru

As sabatinas e escolhas de autoridades indicadas para tribunais, conselhos, embaixadas e agências reguladoras foram se acumulando desde o início da pandemia, obrigando o Senado a criar um sistema de deliberação que garantisse a segurança do voto secreto dos parlamentares.  

Após seis meses sem deliberações presenciais, os senadores voltaram em 21 de setembro para um esforço concentrado em sessões semipresenciais. As sabatinas com os indicados foram realizadas por videoconferência, mas as respectivas votações foram presenciais. Para viabilizar isso, foi organizado um esquema de votação em totens eletrônicos espalhados pelo Senado, inclusive em formato drive-thru

O objetivo foi seguir as recomendações de distanciamento, como forma de evitar o contágio e a propagação do coronavírus, e viabilizar a forma secreta de votação de autoridades, conforme previsão constitucional. O sistema deu certo, e continuou sendo usado até o fim da legislatura em outras semanas em que também houve esforço concentrado. 

Sucesso remoto

As sistemáticas de votação remota e semipresencial adotadas pelo Senado foram consideradas bem-sucedidas pelo secretário-geral da Mesa, Luiz Fernando Bandeira de Melo. Todavia, ele lembra, que tais modalidades são temporárias e que não são substituto para deliberações presenciais no Plenário e nas comissões. 

"Trata-se de uma ferramenta criada para não deixar que as atividades legislativas parassem. E, para essa finalidade, foi um sucesso. Senado e Câmara conseguiram continuar deliberando, porém acredito que há uma limitação da atividade parlamentar. Sem dúvida, o Parlamento é o Plenário cheio e as comissões funcionando permanentemente", avaliou à Agência Senado. 

Ele acredita que, futuramente, o sistema pode até ser usado, por exemplo, em audiências públicas ou sabatinas de diplomatas de forma eventual, evitando o deslocamento do sabatinado, que pode estar do outro lado do mundo. 

"Mas as deliberações e votações voltarão à normalidade assim que a pandemia estiver sob controle", destacou. 

*Da Agência Senado

 

Sorridentes em eleições passadas, alguns dos atores políticos mais conhecidos do Recife habitualmente estariam em festa, no entanto, não conquistaram votos suficiente para garantir uma cadeira na Câmara Municipal. A eleição desse domingo (15), frustrou os candidatos a vereador que apostaram as fichas na própria popularidade - construída em mandatos e participações passadas -, mas acabaram derrotados nas urnas.

Como consolo, restou a vaga de suplente para algumas dessas figuras carimbadas do cenário político de Pernambuco. Antes vereadores, deputados ou até envolvidos em gestões, só resta aos perdedores aguardar mais quatro anos e trabalhar para reconquistar a simpatia e o voto dos eleitores.

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O LeiaJá listou alguns dos tradicionais políticos que não alcançaram o apoio necessário e amargaram a rejeição nas urnas. Confira:

Rinaldo Júnior (PSB)- 7.342 votos

Antônio Luiz Neto (PSB)- 6.580 votos

Aline Mariano (PP)- 6.530 votos

João da Costa (PT)- 5.802 votos

Goretti Queiroz (PSB)- 5.577 votos

Maguari (PP)- 5.420 votos

Jayme Asfora (Cidadania)- 4.926 votos

Augusto Carreras (PSB)- 4.411 votos

Fernando Ferro (PT)- 4.226 votos

Irmã Aimée (PSB)- 3.763 votos

Terezinha Nunes (MDB)- 1.918 votos

Edilson Silva (PCdoB)- 1.610 votos

Edna Costa (PCdoB)- 767 votos

Está em análise na Câmara dos Deputados um projeto de lei que prevê que os partidos políticos reservem cotas mínimas para candidaturas de afro-brasileiros nas eleições para o Poder Legislativo, incluindo os pleitos para a Câmara dos Deputados, a Câmara Legislativa, as Assembleias Legislativas e as Câmaras Municipais.

Pelo texto, o número de candidaturas de autodeclarados negros será igual ou equivalente à proporção de pretos e pardos na população da unidade da Federação, segundo o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Além disso, o texto assegura recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (conhecido como Fundo Eleitoral), do Fundo Partidário e do tempo de propaganda eleitoral gratuita na rádio e na TV para as candidaturas de mulheres negras - conceito que inclui pretas e pardas.

“Existe ainda no Brasil uma sub-representatividade de pessoas negras em poderes eleitos, o que não condiz com a realidade brasileira, em que mais de 50% da população se autodeclara negra”, destaca a deputada Benedita da Silva (PT-RJ), autora da proposta, assinada também por outros 33 deputados do PT.

Dos 513 deputados federais eleitos em 2018, 104 se reconhecem como pardos (20,27%) e 21 se declaram pretos (4,09%), totalizando 24,36% de deputados negros.

Candidaturas femininas

O projeto insere na Lei Eleitoral a garantia de reserva para as candidaturas femininas de pelo menos 30% do Fundo Especial de Financiamento de Campanha alocado a cada partido e de pelo menos 30% do tempo de propagada eleitoral gratuita no rádio e na TV. Hoje essa reserva é garantida por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de 2018, mas não consta na legislação.

O texto prevê, adicionalmente, que esses recursos e o tempo de propaganda eleitoral serão distribuídos na proporção de 50% para candidaturas de mulheres brancas e 50% para mulheres pretas e pardas.

Além disso, altera a Lei dos Partidos para também estabelecer a reserva para as candidaturas femininas de 30% de recursos da parcela do Fundo Partidário destinada às campanhas políticas, sendo 50% também garantido para mulheres pretas e pardas.

TSE

Está em análise atualmente no TSE consulta apresentada pela deputada Benedita da Silva sobre a possibilidade de instituição de cota para candidatos negros nas eleições; e de reserva de recursos do Fundo Eleitoral e do tempo de propaganda eleitoral para candidaturas negras.

O relator do caso e presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, rejeitou a cota de candidaturas negras, argumentando que a iniciativa depende de lei a ser aprovada pelo Congresso, mas se mostrou favorável à divisão da "fatia feminina" do Fundo Eleitoral e do tempo de rádio e TV entre candidatas negras e brancas na exata proporção das candidaturas apresentadas por cada partido. O mesmo critério deverá ser adotado para homens negros e brancos, caso o voto seja acatado pelo TSE.

O ministro Alexandre Moraes pediu vista da matéria, e por isso a votação da consulta ainda não foi finalizada pelo tribunal.

*Da Agência Câmara de Notícias

Em entrevista ao programa de Pedro Bial, exibido na noite desta segunda-feira (1°), o Procurador Geral da República, Augusto Aras, afirmou que se um Poder invadir a competência do outro poder, as Forças Armadas poderão intervir, dando a sua interpretação do artigo 142 da Constituição Federal, que define o papel das Forças Armadas.

Segundo Aras, as Forças Armadas têm o papel de garantidora dos Três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário). 

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"Quando o artigo 142 estabelece que a s Forças Armadas devem garantir o funcionamento dos Poderes constituídos, essa garantia é no limite da garantia de cada Poder. Um poder que invade a competência de outro Poder, em tese, não há de merecer a proteção desse garante da Constituição. Se os Poderes constituídos se manifestarem dentro das suas competências, sem invadir as competências dos demais Poderes, nós não precisamos enfrentar uma crise que exija dos garantes uma ação efetiva de qualquer natureza", declarou o PGR ao jornalista Pedro Bial.

Ao site Época, um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), que preferiu não se identificar, declarou: "Quem vai impedir que as Forças Armadas são garantias da Constituição? Quem vai definir se houve invasão? Isso não faz o menor sentido", criticou.

O Congresso Nacional não terá recesso parlamentar em julho. A decisão foi tomada nesta segunda-feira (18), após reunião de líderes das bancadas no Parlamento. O entendimento é que o Legislativo não deve suspender suas atividades enquanto durar a pandemia provocada pelo novo coronavírus.

“A decisão foi tomada por nós parlamentares, por entendermos que o Legislativo precisa continuar trabalhando para amenizar os efeitos negativos da pandemia do covid-19”, ressaltou o presidente do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre (DEM).

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A medida contempla proposta apresentada pelo deputado federal Danilo Cabral (PSB) que, na semana passada, apresentou uma proposta de emenda constitucional suspendendo o recesso.

“Pela gravidade da situação, defendemos a necessidade de continuar desempenhando plenamente suas funções durante todo o mês de julho do corrente ano”, afirma Danilo Cabral. Ele destaca que o Congresso Nacional, desde a decretação do estado de calamidade, intensificou seus trabalhos e assumiu protagonismo na fiscalização, elaboração de propostas e aprovação de leis voltadas ao enfrentamento da pandemia.

O parlamentar cita como exemplos a análise de temas como a flexibilização de regras para execução orçamentária, transparência dos gastos públicos, concessão de benefícios sociais. “Não há sinalização de que a pandemia possa se arrefecer nas próximas semanas. Há expectativa de o período mais crítico da Covid-19 deve acontecer até julho. Então, temos que cumprir nosso dever e estar a postos para envidar esforços no sentido de minimizar os efeitos desta pandemia”, acrescentou.

De acordo com a Constituição Federal, o recesso parlamentar de julho deveria ocorrer entre os dias 17 e 31 de julho. Desde o dia 25 de março, as reuniões deliberativas são realizadas em Plenário Virtual, com sistema de votação remota.

*Da assessoria com Agência Senado 

Enquanto a população sofre em quarentena para reduzir os efeitos da pandemia, a Assembleia de Pernambuco (Alepe) parece não se preocupar com os impactos financeiros do novo coronavírus e divide as atenções com a nova decoração dos setores administrativos. Conforme publicado no Diário Oficial, nesta terça-feira (31), foi estimado o valor de até R$ 1,4 milhão para a contratação de uma empresa especializada em ornamentação.

A licitação para fechar a "ornamentação e ambientação de interiores nos setores administrativos" está marcada para o dia 7 de abril e será conduzida pela pregoeira oficial da Casa, Marcela Freitas. O mesmo valor também é associado à licitação para o fornecimento de equipamentos para a TV Alepe, que tem o início das transmissões virtuais agendado para esta terça (31).

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Enquanto o Legislativo gastar esforços e recursos com supérfluos, o Executivo adotou outra postura. O secretário da Fazenda do Estado, Décio Padilha, suspendeu todos os certames sem relação com o novo coronavírus ou os que sejam de caráter urgente. Já no Executivo, as licitações sem relação com a covid-19 só terão continuidade com autorização de um grupo de secretários, na Câmara de Coordenação Financeira.

 

O ex-ministro da Educação Mendonça Filho (DEM) defendeu a polêmica manifestação marcada para o próximo dia 15 de março. Ele reforçou a liberdade de manifestação e descreveu o ato como uma "prática democrática".

"Cobrar do executivo, do judiciário e do próprio poder legislativo é próprio da democracia", pontuou ao Portal da Prefeitura. Ao enfatizar o Congresso, Mendonça também criticou a falta da votação da ID Estudantil digital - documento que assumiria a Carteira de Estudante.

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"Eu acho que foi um erro do Congresso Nacional não votá-la. É um direito do estudante", afirmou, antes de criticar o atual método de registro de estudantes: "não pode virar um cartório da União Nacional de Estudantes (UNE) e do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) como é atualmente", avaliou.

Mesmo favorável às manifestações que pressionam a Câmara dos Deputados e dos Senadores, Mendonça alertou sobre o impasse na gestão dos poderes. "Se porventura, se tem uma briga institucional pela ocupação do espaço de poderes da república, quem sai perdendo é a própria população", concluiu.

Por conta dos possíveis disparos de mensagens feitos pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) através de suas redes sociais, o líder do PSB na Câmara dos Deputados, Tadeu Alencar, afirma que a atitude do presidente é uma "afronta à Constituição". Os disparos apontados chama a população para se manifestar em favor do governo e contra o Congresso e o Supremo Tribunal Federal.

"Ao se permitir tamanho ataque à Democracia, que não prescinde do funcionamento independente e harmônico dos Poderes, o presidente Bolsonaro demonstra um desprezo pelas instituições que não pode passar em vão. É necessária enérgica resposta do parlamento, da Suprema Corte, mas, em especial, da sociedade, que há muito tem minimizado os arroubos autoritários de quem jurou, mas esqueceu rápido, defender a ordem democrática", diz Tadeu Alencar.

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No início da tarde desta terça-feira (26), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, se posicionou e, em resposta a Bolsonaro, cobrou paz e responsabilidade. "Criar tensão institucional não ajuda o País a evoluir. Somos nós, autoridades, que temos de dar o exemplo de respeito às instituições e à ordem constitucional. O Brasil precisa de paz e responsabilidade para progredir", postou Maia em seu Twitter.

O ex-presidente boliviano Evo Morales afirmou nesta quinta-feira (30) que estuda voltar à Bolívia e não descartou a possibilidade de se candidatar a deputado ou senador nas eleições de 3 de maio. "Estamos avaliando juridicamente como fazer", disse em entrevista à rádio El Destape.

Evo afirmou ainda que líderes de seu partido, o Movimento ao Socialismo, lhe pediram que concorresse ao Congresso pelo Departamento de Cochabamba. Os advogados do ex-presidente dizem que nada impede que Evo seja candidato. (Com agências internacionais).

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu nesta quinta-feira (24) a possibilidade de se realizar uma reforma administrativa abrangente como a reforma da Previdência, aprovada pelo Senado na quarta-feira. "Eu sou muito confiante. Acho que a possibilidade de se fazer uma boa reforma é tão grande quanto foi com a da Previdência", afirmou durante palestra no Brazil Institute, do King’s College, em Londres. Rodrigo Maia está em missão oficial e também cumprirá agenda na sexta-feira em Dublin (Irlanda).

Segundo Maia, as reformas do Estado e a melhora da segurança jurídica são atualmente os dois eixos mais importantes para o Brasil recuperar as condições de fazer seus próprios investimentos. "Buscar a resolução desses dois pontos é o que estou fazendo desde o governo de Michel Temer", disse.

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Rodrigo Maia relatou que ele e a ministra Carmen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, formarão na próxima semana um grupo de trabalho para avaliar e buscar diminuir ao máximo os possíveis pontos da reforma administrativa que possam vir a ser questionados nos tribunais.

Para o presidente da Câmara,  a reforma administrativa deve permitir que o Estado foque naquilo que é relevante; seja mais flexível, com servidores menos vinculados a uma carreira ou órgão específico; e promover alterações no atual modelo de estabilidade para futuros servidores.

Nesse sentido, ele lembrou que há casos até de empregados celetistas de empresas privatizadas que foram reincorporados ao quadro com base em decisões judiciais, o que teria ocorrido no caso da empresa de eletricidade de Manaus (AM). "Quem é que vai querer comprar uma empresa dessas no Brasil? Ninguém", argumentou.

Maia chamou a atenção também para a importância de se procurar criar carreiras mais bem estruturadas e sem progressões automáticas para os servidores públicos, como ocorre no Itamaraty e nas Forças Armadas. "Desse modo, os servidores estariam mais estimulados a estarem sempre aprendendo e se aperfeiçoando para chegar ao topo da carreira", disse.

Custeio x Investimento

Na palestra, Rodrigo Maia explicou que ao longo dos últimos anos houve uma disparada dos gastos governamentais com custeio, em detrimento dos gastos em investimentos. Exemplo disso, segundo o presidente, seria a dificuldade de o País cumprir com a chamada regra de ouro. Maia lembrou que problema semelhante tem sido enfrentado pela maioria dos outros países da América Latina, conforme apontou o Banco Mundial.

“A educação, a saúde e a segurança estão piorando e isso com o Estado tomando 40% do PIB. Eu até acho que um país tão desigual como o Brasil poderia ter uma carga tributária alta, mas se ela fosse para transferir dinheiro de quem tem mais para quem tem menos, mas infelizmente não é isso que ocorre”, acrescentou.

*Da Agência Notícias Câmara

 

O subprocurador-geral da República Antônio Fonseca - membro da Câmara de Combate à Corrupção do Ministério Público Federal (5CCR) -, declarou, no 1.º Fórum Nacional de Compliance do Legislativo, que "é preciso evoluir da ética da intenção para a ética de resultados".

Representante do MPF no evento, Fonseca sustentou que a ética da intenção "relaciona-se com princípios que, no cotidiano, pouco se traduzem em ações", enquanto a ética de resultados "estabelece critérios para se alcançar resultados efetivos no combate à corrupção estatal e para fomentar boas práticas no setor público".

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O subprocurador-geral participou do 1.º Fórum de Compliance do Legislativo na quinta-feira, 17, promovido pela Secretaria de Transparência da Câmara dos Deputados.

Segundo informações divulgadas pela Secretaria de Comunicação Social da Procuradoria-Geral, o evento teve como propósito discutir "boas práticas de ética e integridade nos órgãos de Justiça e da Administração Pública".

Para o Ministério Público Federal, "é preciso fomentar, de forma contínua, medidas de prevenção e combate à corrupção a fim de possibilitar que o Estado cumpra seu papel de forma eficiente".

Compliance, segundo explicou Fonseca, "é um conjunto de normas organizacionais, que incluem ferramentas e condutas voltadas a fazer o que é certo".

Porém, fazer o que é certo nem sempre é uma coisa óbvia, pontuou o subprocurador.

"Muitas vezes surgem dúvidas, em especial na realização de políticas públicas. Por isso, é preciso considerar também os atributos da pessoa humana, como a honestidade e o papel que cada um exerce, para que seja possível entender a riqueza da integridade", anotou.

Para Vânia Lúcia Vieira, procuradora-chefe da Escola Nacional de Administração Pública (ENAP), a solução para o problema da corrupção "passa por impor deveres de compliance na administração pública".

Ela avalia que tal medida "deve seguir os moldes do que é aplicado a empresas privadas, que são obrigadas a não somente implementar determinadas medidas de integridade, mas também periodicamente prestar contas a órgãos reguladores".

"Precisamos refletir sobre a adequação e o êxito das regras que adotamos e a nossa capacidade de seguirmos avançando no sentido da probidade no setor público", apontou.

Ainda segundo as informações divulgadas pela Secretaria de Comunicação Social da PGR, Mariana Cruz Montenegro, subcorregedora de Planejamento Correicional substituta da Advocacia Geral da União, enalteceu o exemplo como principal meio para uma mudança na cultura organizacional, com foco na atuação correta do agente público.

Montenegro complementou com outras medidas e boas práticas no combate ao que classificou como "ambiente de corrupção sistêmica" - entre elas, investimento em educação, ativação de canais para participação comunitária na tomada de decisões e o controle social.

"Somente mediante a implementação dessas medidas, a mudança efetiva poderá ocorrer", considera a subcorregedora de Planejamento Correicional substituta da AGU.

Exemplos de Compliance

O subprocurador Antônio Fonseca citou ainda três exemplos de compliance que poderiam ser aplicados no setor público brasileiro.

O primeiro, segundo ele, diz respeito ao grupo de estados contra a corrupção, no âmbito da União Europeia (UE), que imprime esforços supraestatais no combate a ilícitos deste tipo nos países membros.

Fonseca destacou também o conjunto de princípios seguidos por países parlamentaristas desde 1997 que resultou, por exemplo, na renúncia do ministro do Meio Ambiente francês em 2018, após descoberta de jantares sofisticados pagos com dinheiro público.

Ele assinalou, ainda, a recomendação do Conselho da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) sobre integridade pública, que prevê "o alinhamento consistente e adesão de valores, princípios e normas éticas comuns para sustentar e priorizar o interesse público sobre os interesses privados no âmbito da administração pública".

 Em um ano em que o movimento #Metoo continuou vigorando com força, o estado de Nevada se tornou o primeiro nos Estados Unidos a ter maioria feminina no Poder Legislativo. A eleição das democratas Rochelle Thuy Nguyen e Beatrice Angela Duran pelo distrito de Las Vegas - em duas cadeiras que estavam vagas - deu às mulheres 51% das 63 poltronas disponíveis no Legislativo de Nevada.

O sistema é bicameral, formado pelo Senado, com 21 cadeiras (sendo 9 ocupadas por mulheres agora), e pela Câmara de Representantes, com 42 (com 24 mulheres). Nenhum estado norte-americano tinha tido, até o momento, uma maioria feminina na legislatura, de acordo com o "Center for American Women and Politics", da Rutgers University.

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Da Ansa

Os líderes do PDT, PSB e PCdoB na Câmara dos Deputados anunciaram hoje (31) que os três partidos terão uma atuação conjunta na oposição ao futuro governo do presidente Jair Bolsonaro. O bloco terá um total de 69 parlamentares em 2019.

O líder do PDT, André Figueiredo (CE), disse as três legendas farão uma oposição “construtiva e afirmativa” e não serão automaticamente contra todos os projetos encaminhados pelo Executivo. “Reconhecemos a legitimidade do Bolsonaro que foi eleito com 57 milhões de votos. Não vamos ser contra tudo”, disse o deputado. “Vamos trabalhar para que o Brasil possa sair da situação de crise, mas sem retirar direitos que já foram retirados nos últimos dois anos”. Sobre a participação do PT na oposição, Figueiredo afirmou que o partido terá uma atuação independente. “Ele já demonstrou, até pelo tamanho de sua bancada [56 deputados], que quer compor uma parte da oposição. O PDT, PSB e PCdoB formam um grande bloco partidário e a estes partidos estamos buscando outras forças.

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O PT pode eventualmente estar compondo conosco uma atuação parlamentar mesmo não fazendo parte do bloco, assim como o próprio PSDB”. Segundo o líder do PCdoB, Orlando Silva (SP), os três partidos vão dialogar e construir propostas que sejam alternativas para enfrentar a crise. “A lógica ultraliberal do governo Bolsonaro terá nos nossos partidos um combate decidido, firme.

O Brasil precisa ter alternativas para sair dessa crise grave”, acrescentou. Silva também afirmou que PDT, PSB e PCdoB não vão vetar a atuação conjunta com qualquer partido que queira fazer oposição ao governo de Bolsonaro, a exemplo do PT. “Teremos muitas pontes com o PT na resistência e na luta política”. “Entendemos que neste momento é preciso fazer mais que uma atitude de contestação.

O Legislativo deve se reunir em torno de uma agenda propositiva, agregando todos aqueles que estão na oposição”, disse o líder do PSB, Tadeu Alencar (PE).

No primeiro turno da eleição presidencial, o PDT teve Ciro Gomes como candidato. No segundo turno, o partido anunciou “apoio crítico” à candidatura de Fernando Haddad (PT) na corrida presidencial.

O PCdoB teve Manuela D’Ávila como vice na chapa de Haddad. O PSB apoiou o PT no segundo turno das eleições.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu nessa terça-feira (24) o diálogo entre os poderes Legislativo e Judiciário para resolver impasse entre um grupo de deputados que não tiveram permissão para visitar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso desde o dia 7 deste mês na sede da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. A juíza federal Carolina Moura Lebbos negou autorização para a entrada dos parlamentares, que pretendiam avaliar as condições da prisão de Lula.

"Acredito que, da mesma forma que a juíza tomou uma decisão que nós entendemos que poderia ter sido outra, alguns parlamentares se manifestaram de uma forma que não seria a melhor relação de diálogo com outro poder”, disse Rodrigo Maia. “Vamos construir uma solução para esse problema, para manter a independência e a harmonia, para respeitar as prerrogativas parlamentares e as prerrogativas da juíza”, completou.

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Na segunda-feira (23), a juíza responsável pela execução penal em Curitiba negou autorização para diligência da comissão externa criada para verificar in loco a cela em que está detido o ex-presidente. Os deputados federais Paulo Pimenta (RS), Paulo Teixeira (SP) e Wadih Damous (RJ), todos do PT, criticaram a decisão e mantiveram a intenção de fazer a visita, mas foram impedidos de inspecionar o local.

Em ofício enviado ao presidente da Casa, o coordenador da comissão externa, Paulo Pimenta, líder do partido na Câmara, criticou a decisão da juíza, considerando-a uma “grave afronta à independência do Poder Legislativo”. O deputado ressaltou que, embora uma comissão do Senado já tenha feito uma verificação das condições da prisão de Lula, o sistema legislativo brasileiro é bicameral, “sendo o desempenho das funções constitucionais de cada Casa autônomo e independente”.

Para o deputado, eventuais diligências já realizadas pelo Senado "não podem servir de justificativa para embaraçar o pleno desempenho das funções das comissões da Câmara dos Deputados". 

Decisão

Na decisão de segunda-feira (23), a juíza Carolina Lebbos negou também pedidos de visita feitos pela ex-presidente Dilma Rousseff, pelo pré-candidato pelo PDT à Presidência da República Ciro Gomes, pela presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR) e pelo vereador de São Paulo Eduardo Suplicy (PT-SP), entre outros.

A juíza destacou que apenas parentes e advogados estão autorizados a visitar presos custodiados na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, medida adotada diante da “limitação de cunho geral relativa a visitas na carceragem”, uma vez que os presos se encontram no mesmo edifício onde se realizam outras atividades corriqueiras da PF, inclusive as de atendimento ao público.

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