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 Com a liberação do banho de mar no Recife, nesta quinta (16), justo no dia de Nossa Senhora do Carmo, feriado municipal, a praia de Boa Viagem recebeu grande fluxo de pessoas, entre banhistas e transeuntes. Também autorizados a retornar ao trabalho, quiosqueiros da orla aproveitaram a manhã para reabastecer o estoque e finalizar os preparativos da reabertura, já que o funcionamento dos quiosques passa a ficar liberado entre as 15h e 20h, para comercialização de sucos de fruta e água de coco. Tanto o acesso ao mar quanto os quiosques estavam proibidos desde março, em prevenção à disseminação da Covid-19.

Quiosqueiro da Praia de Boa Viagem há 10 anos, Alecsandro Bezerra recebeu com alívio a notícia de que poderia retornar as atividades. “Graças a Deus sempre gosto de fazer uma reserva pensando no futuro, felizmente deu para me segurar, mas o dinheiro estava acabando”, comenta. Ele foi um dos muitos quiosqueiros que teve sua estrutura de trabalho depredada por vândalos e equipamentos de trabalho roubados nos últimos quatro meses. “O estrago foi grande, até domingo vou conferir a parte elétrica e fazer os paliativos na estrutura. Quebraram um vidro e precisei colocar um tapume improvisado, retiraram todas as mercadorias. Infelizmente a segurança aqui deixa a desejar. Fica a esperança da requalificação dos quiosques”, cobra Alecsandro.

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Alecsandro repõe o estoque do quiosque 45 para a reabertura. (Rafael Bandeira/LeiaJáImagens)

Dentre os pedestres e banhistas, era recorrente a dispensa da máscara. Em apenas um dos casos observados pela reportagem, pelo motivo correto. Sancionada em 2 de julho de 2020, a Lei n 14.019 permite que “pessoas com transtorno do espectro autista, com deficiência intelectual, com deficiências sensoriais ou com quaisquer outras deficiências que as impeçam de fazer o uso adequado de máscara de proteção facial, conforme declaração médica” dispensem o uso da proteção. Diagnosticado com autismo ainda aos 2 anos de idade, o pequeno Júlio Costa, de 5 anos, pôde voltar a sentir o mar. “Ele tem essa necessidade de regulação sensorial diversa da nossa. Uma coisa como uma máscara pode ser uma sobrecarga sensorial para ele. Ele precisa caminhar, sentir a areia no pé, a água e o vento no rosto”, explica a advogada Luciana Costa, mãe de Júlio.

Júlio, de cinco anos, é autista e pôde se reencontrar com o mar. (Rafael Bandeira/LeiaJáImagens)

Durante o exercício de estimulação do garoto, contudo, ela relata ter sofrido hostilidade de banhistas e transeuntes. “Já passaram quatro ou cinco pessoas apontando para a gente, inclusive um senhor gritou comigo, dizendo que era um absurdo eu estar com máscara e meu filho não. O autismo não tem cara, não se expressa fisicamente. Estou aqui, na areia, na água, como cidadã pagadora dos meus impostos, sendo constrangida no meu direito e no direito do meu filho. É revoltante”, lamenta.

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Com guarda-sol proibido, banhistas disputaram sombras das árvores. (Rafael Bandeira/LeiaJáImagens)

Em um pronunciamento feito nas redes sociais na última quarta (15), a secretária de Turismo do Recife, Ana Paula Vilaça, ressaltou que a proibição do guarda-sol, caixas térmicas e cadeiras segue mantida. “Queremos evitar aglomerações”, explicou. O jeito para a desempregada Fabiana Dias foi se acomodar à sombra de uma árvore. “A gente veio aqui apreciar um pouco o mar que Deus nos deu, um pouco de ar puro. A praia é um dos meus divertimentos preferidos, então fiquei feliz com a liberação do mar. Vamos esperar por dias melhores”, frisa.

Antes da liberação definitiva, muitos banhistas circularam na praia de Brasília Teimosa, na Zona Sul do Recife, na manhã desta quarta-feira (15). Mesmo sem a movimentação do comércio local, populares descumpriram o decreto municipal e entram no mar.

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Sem fiscalização da Prefeitura do Recife, os banhistas não se mostraram preocupados em evitar aglomerações e foram à praia sem máscaras de proteção. Embora a prática de esportes esteja permitida, o banho de mar ainda não foi autorizado no local.

A Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer do Recife anunciou que vai permitir o acesso ao mar e a reabertura dos quiosques da orla de Boa Viagem nesta quinta (16). No primeiro dia de retomada, os comerciantes poderão reabrir os estabelecimentos, mas só a partir das 15h.

 

Com a manutenção do impedimento de banhistas nas praias de Olinda, na Região Metropolitana do Recife, o trabalho de fiscalização continua e, nesta quinta-feira (2), surfistas e banhistas que descumpriram o Decreto Municipal foram retirados do mar na praia de Zé Pequeno.

Um outro grupo que estava na praia do Bairro Novo, em frente ao Quartel do Exército, também recebeu a mesma orientação para sair do mar. 

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A prefeitura da cidade orienta que a ação tem como objetivo manter o controle e o cuidado para que não haja expansão de novos casos da Covid-19 na cidade. 

Além disso, o poder público de Olinda reforça que o funcionamento do comércio da cidade, que faz parte do plano de reabertura gradual, também é fiscalizado diariamente. Os proprietários precisam obedecer os protocolos de higienização, distanciamento e uso obrigatório dos acessórios de proteção individual.

A partir desta quarta-feira (1º) o Cabo de Santo Agostinho libera o banho de mar nas praias do município, bem como a prática esportiva individual e de atividades como surf, canoagem, stand up e vela. Entre as praias que fazem parte da cidade estão Calhetas, Gaibú e Paraíso.

A decisão consta do Decreto Municipal nº 1.922, publicado no Diário Oficial dos Municípios. "Os números da pandemia aqui no Cabo de Santo Agostinho estão ficando cada dia melhores. Aos poucos vamos flexibilizando os setores, e assim podendo mitigar os impactos do coronavírus. O setor do turismo foi muito prejudicado e temos bastante trabalho pela frente para reduzir os problemas", disse o secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Moshe Caminha.

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No entanto, a volta do banho de mar não exclui os cuidados recomendados pelas autoridades sanitárias municipais: distanciamento entre pessoas e o uso de máscaras fora da água. Como vem ocorrendo, a operação de fiscalização nas praias será intensificada para orientar à população, nessa nova etapa.

Praças e parques também estão liberados para circulação e atividades esportivas individuais. Quanto ao comércio na faixa de areia, permanece proibido. Da mesma maneira não está permitido o uso individual ou por grupos, de guarda-sol, cadeiras e isopor. A medida é para evitar que as pessoas se fixem em áreas da faixa de areia, gerando aglomerações.

Com informações da assessoria

Depois que o Governo de Pernambuco passou a responsabilidade sobre a abertura de praias, praças e parques para os municípios, a Prefeitura de Ipojuca, no Litoral Sul do estado, decidiu liberar os balneários em fases.

A primeira abertura acontece neste sábado (20), com a liberação das práticas esportivas individuais, incluindo o banho de mar, com restrição de horário das 4h da manhã às 12h. A prefeitura acentua que, com exceção das práticas esportivas dentro do mar, o uso da máscara continua sendo obrigatório.

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Ainda não será desta vez que os comerciantes poderão trabalhar em suas barracas ou de forma ambulante nas praias da cidade, isso ainda deve ficar para as próximas fases.

As praças da cidade também continuam proibidas para o uso da população. "As demais fases serão anunciadas ao final de cada etapa, a medida em que a Prefeitura do Ipojuca verificar o comportamento da curva de contaminação no município, considerando os dados dos boletins epidemiológicos da Secretaria Municipal de Saúde", explica a assessoria.

A soma dos efeitos da maré alta com a ressaca que atingiu as praias da Baixada Santista, no Litoral de São Paulo, desde a última quarta-feira (8), resultou em ondas de aproximadamente quatro metros, que invadiram a orla e deixaram um rastro de destruição no local. No município de Monganguá, as ondas gigantes derrubaram postes, portões e danificaram quiosques.

Nas imagens feitas na tarde da sexta-feira (9), uma das ondas alcança a Avenida Mário Covas Júnior, conhecida como Avenida do Mar, e atinge populares que transitavam tanto na orla, quanto na calçada. O registro das câmeras de monitoramento de um edifício mostra pessoas se segurando no portão da garagem para não cair ou serem arrastadas. No entanto, a força da água acaba derrubando a estrutura.

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A Defesa Civil do município já estava em alerta por conta com avanço de uma frente fria e de um ciclone extratropical. O órgão informou que não houve registro de feridos, mas confirmou danos à infraestrutura da região.

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Após o tradicional arrastão do frevo, que encerra o Carnaval do Recife, o corpo de um jovem de 24 anos foi encontrado às margens do mar do Marco Zero, no Centro da capital pernambucana. Na manhã desta Quarta-feira de Cinzas (26), o Instituto de Medicina Legal (IML) foi acionado para retirá-lo do local.

Segundo às autoridades, ele se afogou após entrar nas águas próximo aos restaurantes. O local é considerado como o principal polo da folia do Recife. Testemunhas apontam que o rapaz era praticante de surf e estava embriagado quando decidiu entrar no mar.

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A Polícia Civil não apontou se a vítima tinha sinais de agressão. O caso será investigado pela Delegacia da Rio Branco.

Habituado a pegar ondas na região nordeste da Flórida, nos Estados Unidos, o surfista Jeremy Johnston, de 33 anos, decidiu fazer uma visão área da praia. Pilotando um drone, ele sobrevoou New Smyrna e tomou um susto ao perceber a quantidade de tubarões que estavam no local.

Pouco antes de iniciar a filmagem, Jeremy ainda aproveitou para surfar por pouco tempo nas ondas de New Smyrna e ficou na água por cerca de 30 minutos. Ao sair, lançou o drone e ficou espantado com o cardume de predadores que, pouco antes, estavam ao seu redor.

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Apesar da surpresa, a região é conhecida pela incidência de tubarões da espécie galha-preta. Inclusive, o local é tido como a capital mundial de ataques de tubarão. 

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A tradicional Festa de Iemanjá, celebrada anualmente no dia 2 de fevereiro em Salvador, agora é oficialmente Patrimônio Cultural da cidade. O título foi concedido neste sábado (1º), pela prefeitura da capital baiana, por meio da Fundação Gregório de Mattos (FGM). 

"A Festa de Iemanjá leva a imagem de Salvador para o Brasil e o mundo. Esse é um título extremamente justo, e o bacana é que esse evento acontece às vésperas da celebração, realizado amanhã (02), embelezando e enriquecendo ainda mais o Rio Vermelho e a primeira capital do Brasil", afirma o prefeito de Salvador ACM Neto.

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O processo para tornar a Festa de Iemanjá Patrimônio Cultural de Salvador foi registrado em novembro de 2019, sob o nº 1002/2019, visando a inscrição da festa no Livro do Registro Especial dos Eventos e Celebrações da FGM. A notificação de abertura do processo, assinada por Fernando Guerreiro, presidente da FGM, foi publicada no Diário Oficial do Município no dia 19 de novembro. 

O pedido partiu da OAB-BA e teve a declaração de anuência da Colônia de Pescadores Z1, responsável pela realização da festa. Para abertura do processo, a equipe técnica da Diretoria de Patrimônio e Humanidades consultou os pescadores do Rio Vermelho.

O registro é assegurado por meio da lei 8550/14 e constitui ações de valorização e reconhecimento da festa. O cortejo é realizado no meio do mar, com várias embarcações que levam presentes à Iemanjá e vem sendo promovido por pescadores desde a década de 1920.

*Com informações da assessoria 

De acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês), um terremoto de magnitude 7,7 na Escala Richter atinge o mar do Caribe e a costa noroeste da Jamaica nesta terça-feira (28). Por ter seu centro relativamente raso, a seis milhas abaixo da superfície, o sismo despertou alerta de tsunami para, além da própria Jamaica, Cuba, México, Belize, Honduras e Ilhas Cayman.

Segundo o Centro de Alerta de Tsunami do Pacífico, é possível que se formem ondas de até um metro de altura. Os terremotos “rasos” tendem a ser mais destrutivos. Mais informações em breve.

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Muita gente provavelmente ficaria aterrorizada se estivesse na água rodeada por tubarões-tigres. No entanto, isto não é nada especial para o mergulhador Dante Weston, que foi filmado alimentando um predador perto da ilha Grand Bahama.

O fotógrafo Szilard Janko conseguiu filmar o mergulhador Dante Weston em um momento assustador nas águas da ilha Grand Bahama.

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Dá para ver no vídeo o mergulhador Weston se preparando para pegar um peixe, que se encontra dentro de uma caixa. Enquanto isso, um tubarão enorme se aproxima com toda a vontade de comer.

"Cada tubarão tem uma personalidade. Esse, por exemplo, abocanhou o peixe da mão muito gentilmente, e saiu nadando muito tranquilamente", afirmou Janko ao portal Yahoo.

Tubarões-tigres são considerados agressivos, porém há tubarão que seja mais curioso do que voraz, como foi o caso deste tubarão "gentil".

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Um homem, de 35 anos, foi preso em flagrante sob suspeita de estuprar uma menina, de 12, na praia de Itanhaém, no Litoral de São Paulo. Após os gritos de socorro da jovem, ele tentou fugir, mas foi detido no sábado (4).

Conforme informações da Polícia Civil, a garota brincava no mar quando o suspeito se aproximou. O relato da vítima aponta que ele teria a agarrado e passado a mão em suas partes íntimas.

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Após a jovem gritar, o suspeito mergulhou na tentativa de fugir. Entretanto, um guarda-vidas o deteve, conduzindo-o ao posto de salvamento. No local, a Polícia Militar foi acionada.
Uma multidão se formou no local e os populares tentaram linchar o suspeito. Parte da viatura chegou a ser depredara e um vidro do veículo foi quebrado após o arremesso de objetos.

O suspeito contou às autoridades que uma onda bateu na menina e acabou empurrando-a para cima dele. Na sua versão, ele apenas a segurou e não tentou agarrá-la.

Após a autuação, ele responderá por estupro de vulnerável. Dois homens também foram detidos por quebrar o vidro da viatura.

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Para conter óleo e resíduos despejados no mar, a rede australiana de barbearias Grand Royal resolveu usar o cabelo de seus clientes para confeccionar barreiras ecológicas de contenção artesanais. A iniciativa se deu após uma parceria feita com a Universidade de Tecnologia de Sydney e a entidade Sustainable Salons - 'Salões sustentáveis'.

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A grande quantidade de cabelo que iria parar no lixo dos salões é recolhida e envolvida em um tecido. A estrutura do instrumento cria uma barreira física e absorve o óleo derramado.

A Sustainable Salons coleta até 95% das lixeiras de salões e redireciona o material para reciclagem. Todo valor ganho com a reciclagem é doada a organizações sociais dedicadas a alimentar pessoas em condição vulnerável.

Desde o fim de agosto, um derramamento criminoso de óleo cru atingiu mais de 770 localidades do Litoral brasileiro, sobretudo na região Nordeste. O impacto sem precedentes contaminou o ambiente marinho ainda não foi solucionado pelas autoridades competentes.

Um instituto de pesquisa do Japão anunciou que os resultados de seu estudo sobre a poluição nos mares podem mostrar que lixo plástico acumulado no fundo dos oceanos não se decompõe facilmente.

A Agência Japonesa de Ciência e Tecnologia Marinha e Terrestre realizou pesquisas no fundo do mar em agosto e setembro, nas águas ao largo da Baía de Sagami, ao sul de Tóquio, e da Península de Boso, a leste da capital japonesa.

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Segundo o instituto, um estudo usando um submersível não tripulado descobriu uma embalagem plástica de alimento praticamente na sua forma original no leito do oceano, a cerca de 6 mil metros de profundidade. Na embalagem, consta que o produto foi fabricado em 1984.

*Emissora pública de televisão do Japão

O Museu de Arte do Rio vem passando por um momento delicado nos últimos dias. As portas do MAR correm o risco de fechar, por falta de pagamentos da Prefeitura do Rio de Janeiro.

De acordo com informações da Folha de São Paulo, as pessoas que trabalham no museu estão com os salários atrasados desde setembro. Ainda segundo o jornal, os funcionários foram informados nessa segunda-feira (11) que iriam cumprir aviso prévio. Em meio à polêmica, existe chance da situação ser revertida caso haja os pagamentos.

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Apesar das exposições e programas educativos nutridos por fundos de captação e leis de incentivos fiscais, os salários dos funcionários são efetuados pela Prefeitura. O Instituto Odeon é a organização social que administra o museu. A Secretaria Municipal de Cultura do Rio, junto à Secretaria de Fazenda, está buscando meios para que os pagamentos sejam realizados.

A possibilidade de o óleo ter chegado na praia de Boa Viagem, Zona Sul do Recife, foi descartada. Depois que vídeos e fotos foram compartilhadas com o poder público da capital pernambucana, os órgãos confirmaram se tratar de um alarme falso.

A Defesa Civil, Guarda Municipal, Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb), Brigada Ambiental e Vital Engenharia, responsável pela limpeza das praias, foram mobilizadas para a possível chegada da mancha. Horas depois, um drone e uma embarcação chegaram mais perto e confirmaram que a suposta mancha de óleo era apenas sargaço (alga marinha). 

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De acordo com Cássio Sinomar, Chefe da Defesa Civil do Recife, a prefeitura já tem o seu próprio plano de ação caso o óleo, que vem devastando o Nordeste, inclusive cidades vizinhas como Jaboatão dos Guararapes e Cabo de Santo Agostinho, chegue na capital pernambucana.

“Nesse momento a gente recebeu uma informação de que existiria a possibilidade de chegada da mancha de óleo aqui na praia. De pronto foi articulado todo um plano de ação para que as equipes da prefeitura se deslocassem - seguindo o plano de ação. Mas já constatamos que se trata de sargaço”, afirmou Sinomar. 

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Pescadores da lagoa do Jequiá da Praia, em Alagoas, encontraram 18 cágados mortos boiando. Os animais foram recolhidos pelo Instituto Biota e pela Polícia Federal. Entre as incertezas do que o óleo que atinge o Nordeste pode causar, ainda não se pode afirmar se essas manchas foram as responsáveis pelas mortes dos cágados. 

A Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Jequiá da Praia (Semmarh) informou que essa mortandade dos animais é incomum. De acordo com o UOL, a Universidade Federal de Alagoas (Ufal) está fazendo análise da água do local. 

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 Um grupo de mergulhadores registrou mais substância tóxica depositada nos corais submersos e no fundo do mar da praia do Cupe, nessa quarta-feira (23). A área fica próxima ao destino turístico de Porto de Galinhas, no município de Ipojuca, localizado no Grande Recife.

A publicação foi feita nas redes sociais da ONG Salve Maracaípe. Através dos comentários, o sentimento de tristeza e crítica foi exposto pelos os seguidores. "Dói no coração ver isso", "é muito revoltante", lamentam.

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Segundo o Governo do Estado, até o dia do registro, 958 toneladas de óleo foram retiradas das praias pernambucanas. 

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 Quando moradores da região iniciaram o trabalho espontâneo de limpeza, pela manhã, não havia EPI's disponíveis. (Chico Peixoto/LeiaJá Imagens)

No fim da manhã desta quarta-feira (23), o óleo que já se alastra há pelo menos 55 dias no litoral nordestino chegou à praia do Janga, em Paulista, na Região Metropolitana do Recife (RMR). Na tentativa de recolher o material do mar, jovens do bairro estão entrando no mar, sem nenhum tipo de proteção. Voluntários presentes na área tentam convencê-los a utilizar os Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s), como botas, luvas e máscaras. Morador do bairro, Williams Silva, se expõe ao óleo desde o fim da manhã, quando ficou sabendo da chegada da substância. Vestido apenas uma bermuda para banho, o jovem tem as costas e os braços cobertos de óleo.

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“Graças a Deus, o óleo está duro, dá para a gente pegar e jogar dentro do saco. A gente está sabendo dos riscos, mas agora não tem como fazer nada, já melou”, comenta. Outro voluntário, André Reias afirma que também chegou cedo ao local, quando não havia nenhum tipo de EPI disponível. “A situação estava difícil até duas horas da tarde. Depois disso, os voluntários vieram e trouxeram os equipamentos, mas a gente já estava sujo”, lamenta.

Williams retirou óleo de dentro do mar vestindo apenas uma bermuda. (Chico Peixoto/LeiaJá Imagens)

De acordo com o coordenador da Defesa Civil do Paulista, Laurindo Neto, o Conselho Tutelar foi acionado para conter a presença de crianças e adolescentes no local. “Estamos buscando isolar a área, mas a população está agindo no calor da emoção, retirando o óleo com as próprias mão. Queremos identificar os voluntários com pulseiras e cadastrar no plano de contingência aqueles que querem trabalhar com consciência, utilizando os equipamentos de proteção”, destaca.

Riscos

Segundo a presidente do Conselho Federal de Química (CFQ), Sheylane Luz, hidrocarbonetos poliaromáticos (HPA) presentes no petróleo bruto e seus derivados pertencem a um grupo de compostos orgânicos semi-voláteis que estão entre os compostos mais tóxicos do óleo nesse estado e podem causar sérios problemas de saúde, como câncer. Sheylane ressalta ainda que, a intoxicação por HPAs pode ocorrer por diferentes vias, como a pele ou a ingestão das substâncias. Assim, a entrada no mar para limpeza é desconselhada mesmo com uso de luvas e botas. “Por possuírem baixo peso molecular, alguns HPAs podem ser solubilizados em água, aumentando os riscos de contaminação, ou seja, apenas indivíduos devidamente treinados e com equipamentos e vestimentas seguras podem manusear esses compostos”, informa.

Entrada no mar, mesmo com a utilização de luvas e botas, é desaconselhada pelo Conselho Federal de Química. (Chico Peixoto/LeiaJá Imagens)

Associação dos Pescadores de Barra de Jangada é composta por mais de duzentos trabalhadores que atuam na área. (Rafael Bandeira/LeiaJá Imagens)

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De acordo com a Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes, o nome da segunda cidade mais populosa de Pernambuco é uma corruptela do termo indígena “Yapoatan”, referente a uma árvore comum na região, utilizada para confeccionar embarcações. Tendo a pesca como um dos componentes mais fortes de sua identidade, Jaboatão assiste à aproximação da mancha de óleo que já percorreu 2.1000 quilômetros nos litorais dos nove estados nordestinos, segundo o Ministério Público Federal (MPF). O LeiaJá visitou a Associação dos Pescadores de Barra de Jangada, bairro litorâneo da cidade, onde a apreensão já mudou a rotina dos trabalhadores que tiram o sustento do Rio Pirapama, que deságua no mar, com o qual compartilha algumas espécies de peixes.

“Eu estou até o momento acordado para que essa mancha não entre na margem do rio de Jaboatão, onde pescamos. Se o óleo chegar a gente vai lamentar e sentir o impacto, porque aqui é um berçário de camarão, tainha, marisco, dentre outros. É esperar a boa vontade dos governos de nos dar um apoio”, comenta Paulo José da Silva, tesoureiro da Associação e pescador desde criança, quando aprendeu o ofício com o pai. Paulo é um dos trabalhadores que mantém contato constante com a superintendência de Meio Ambiente de Jaboatão dos Guararapes, que montou um ponto de apoio a cerca de um quilômetro da Associação, onde agentes da Fiscalização Ambiental, do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil realizam monitoramento visual da praia. “Eu estou ali com um ‘mói’ de rede que eles (prefeitura) deixaram aqui para a gente ficar alerta. Desde ontem que estamos com jangada para lá e pra cá, já entramos no mar ‘pra mais’ de dez quilômetros. Precisam de apoio nosso, mas não tem promessa pra gente ainda”, acrescenta.

Paulo José mostra rede e oito pares de luvas disponibilizados pela prefeitura para eventual chegada do óleo. (Rafael Bandeira/LeiaJá Imagens)

Ednaldo garante que coleta de Tainha já está mais difícil. (Rafael Bandeira/LeiaJá Imagens)

De acordo com a superintendente de Meio Ambiente de Jaboatão dos Guararapes, Edilene Rodrigues, o município já recebeu pelo menos duas notificações de que seria atingido pelo óleo. “Primeiro, fomos alertados de que seríamos atingidos no domingo e, posteriormente, de que as manchas estariam aqui na segunda-feira, mas até agora não apareceu nada. O Ibama está fazendo vôos e de helicóptero e passando as informações e estamos com biólogos, químicos acompanhando a situação, além de 300 homens da prefeitura prontos para limpar a orla. A ideia é fazer a contenção antes que o óleo bata nos arrecifes ou entre em contato com o mangue”, explica.

Queda da pescaria

Área próxima ao Rio Pirapama, à praia da Ilha do Amor e à praia de Barra de Jangada está sendo monitorada pela Prefeitura. (Google Earth/reprodução)

O pescador Ednaldo Januário garante que, há cerca de quinze dias, a coleta da Tainha, espécie mais comum na região, vem caindo vertiginosamente. “Tinha dias em que a gente pegava entre 25 kg e 30 kg de Tainha, cada um. Agora, para a gente trazer seis, sete quilos é um trabalho danado”, lamenta. Ednaldo teme que, caso as manchas de óleo realmente atinjam Barra de Jangada, os pescadores precisem de auxílio financeiro do estado. “A sensação é terrível, a gente tira nossa alimentação daqui. Eu só espero que as autoridades competentes descubram o responsável (pelo vazamento) e apoiem o pescador”, desabafa.

Atentos às novidades na televisão e com os olhos no mar, os trabalhadores alternam a pesca com a vigília incansável da costa. “Fui ao mar em busca do óleo e ainda não achei nada. Eu tenho 51 anos, sou nascido e criado aqui e nunca vi nada parecido com isso. A Associação tem mais de duzentos pescadores que sobrevivem exclusivamente dessa região e dependem dela para sustentar suas famílias”, lembra. Confira mais relatos no vídeo a seguir:

 

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