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Chegaram ao fim as competições pelas modalidades individuais dos Jogos Escolares da Juventude Infantil (para atletas de 15 a 17 anos). E Pernambuco garantiu um bom número de medalhas, sendo uma delas inédita. Angeson Silva, da Escola Inocêncio Correia Lima - Ibimirim, conquistou a prata no ciclismo, a primeira do Estado na modalidade em edições dos Jogos. Além dele, os pernambucanos ainda subiram ao pódio no atletismo (ouro e bronze), ginástica rítmica (bronze), natação (bronze) e judô (bronze).

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A disputa pela medalha do ciclismo foi marcada pela emoção. A corrida foi decidida na linha de chegada, com o pernambucano, o paraense Pedro Rossi e o catarinense Danilo Carvalho chegando juntos, 'roda com roda'. Pedro ficou com o ouro, Angeson levou a prata e Danilo, o bronze. Mesmo em segundo lugar, Angeson celebrou a conquista. "Foi super emocionante essa prova. Treinei bastante para isso, me dediquei muito para conquistar essa medalha inédita para o Estado. Passou um filme na minha cabeça de todos os treinos que fiz, acordando às 4h30 para pedalar. Valeu a pena tudo", disse.

Atletismo

Outras duas medalhas pernambucanas nos Jogos da Juventude vieram do atletismo. Maria Lucineida da Silva, do EREM Margarida Falcão – Pesqueira, conquistou o ouro na prova dos 3.000 metros. Já Ingrid Gomes, da Escola Manoel Borba – Recife, atleta da turma 2017 do Programa Ganhe o Mundo Esportivo, ficou com o bronze do heptatlo.

Ginástica Rítimica

Depois de conquistarem o bronze por equipes da segunda divisão, a ginasta Maria Eduarda Martins, do Colégio Imaculada Conceição - Recife, terminou a competição por aparelhos com bronze na bola. 

Natação 

Lisa Ananda, do Colégio GGE - Recife, garantiu mais uma medalha para Pernambuco na prova do estilo cfostas. Depois de ficar com a prata nos 50 metros, ela voltou às piscinas e conquistou o bronze dos 100 metros com o tempo de 1min08s74. 

Judô

Os garotos do judô do Estado ficaram com a terceira colocação na disputa por equipes da segunda divisão após derrotarem o Ceará na decisão do bronze por 3 x 0 (todas vitórias por ippon). O time foi composto por Anderson Gomes, do EREM Carlos Rios – Arcoverde, Devid Rodrigues, da Escola Padre Antônio Henrique – Recife, Gabriel Nagai, do Colégio Elo – Recife, Carlos Vilela Neto, do EREM Cardeal Dom Jaime Camera – Moreno, Ryan Amorim, da Escola João Matos Guimarães – Olinda, Kayo Fabrício Santos, do Colégio Cardeal – Arcoverde, Rafael Gondim, da Escola Instituto Presbiteriano de Heliópolis – Garanhuns e Leonardo D’Agostin, da Escola de Aplicação – Recife). 

Ao todo, Pernambuco conquistou 13 medalhas nas 10 modalidades individuais dos Jogos Escolares da Juventude Infatil 2017. 4 medalhas no judô, 2 pratas e 2 bronzes; 3 medalhas no atletismo, 2 ouros e 1 bronze; 2 medalhas na natação, 1 prata e 1 bronze; 2 medalhas na ginástica rítmica, 2 bronzes; 1 medalha no ciclismo, 1 prata e 1 medalha na luta olímpica, 1 bronze.

Nesta segunda-feira (20), os atletas das modalidades individuais voltam para Pernambuco, enquanto as equipes pernambucanas das modalidades coletivas chegam à Brasilía. Nesta fase serão 80 alunos-atletas representand o Estado no basquete, futsal, handebol e voleibol. 

Basquete

Feminino - BJ Colégio e Curso (Recife)

Masculino - Colégio Salesiano (Recife)

Futsal

Feminino - Escola Marechal Antônio Alves Filho/ EMAAF (Petrolina)

Masculino - Centro Educacional Hermom (Olinda)

Handebol

Feminino - Escola Quitéria Wanderley Simões (Venturosa)

Masculino - Colégio Imaculado Coração de Maria (Olinda)

Voleibol

Feminino - Colégio Dom (Olinda)

Masculino - Colégio Boa Viagem/CBV (Recife)

No segundo dia de competições no Grand Slam de judô, disputado em Abu Dhabi, a brasileira Maria Portela (70 kg) conquistou a medalha de bronze na última sexta-feira (27). No dia anterior, a seleção brasileira já havia garantido três pratas.

Essa foi a sexta medalha da judoca em etapas de Grand Slam. Oito atletas ainda seguem na competição durante o fim de semana e podem trazer mais medalhas ao País. Este é o penúltimo Grand Slam do ano, em que mil pontos serão distribuídos entre os atletas. Para o campeonato foram convocados 17 judocas.

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A equipe brasileira de ginástica rítmica estreou o Campeonato Sul-Americano, em Cochabamba, na Bolívia, com quatro medalhas.

A seleção foi premiada nas provas de arco, com a prata e bronze. O ouro veio com a bola, aparelho em que a equipe também conquistou o bronze.

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"Estamos na frente por equipes na somatória de todas as ginastas e, nas provas finais, tivemos as medalhas no arco e na bola. Isso significa que a equipe está coesa e que temos todas as chances de finalizar esse Sul-Americano de uma forma muito competente", avaliou a treinadora Monika Queiroz.

O campeonato teve provas com as maças e da fita no individual, além da apresentação do conjunto com a série de três bolas e duas cordas. A competição termina nesta sexta-feira (30).

A judoca brasiliense Érika Miranda (52 kg) faturou o bronze no Mundial de Judô, em Budapeste, na terça-feira (29). Foi a primeira medalha brasileira na competição. Ela venceu a kosovar, atual campeã olímpica e bicampeã mundial (2013 e 2014), Majlinda Kelmendi.

Assim, a atleta chega a sua terceira medalha de bronze consecutiva em Mundiais, após os pódios de 2014 e 2015. Érika também foi prata em 2013, perdendo justamente para Kelmendi na final.

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"Eu estou muito feliz, apesar de ter sido um bronze. Eu tive um desgosto exatamente um ano atrás nos Jogos Olímpicos do Rio e me desacreditei bastante. Esse bronze é especial", comemorou a meio-leve na saída do tatame, relembrando o amargo quinto lugar no Rio.

A brasileira estreou no Mundial com vitória por ippon sobre a australiana Tinka Easton e, na sequência, conseguiu outro ippon para passar pela polonesa Agata Perenc. Nas quartas de final, fez uma disputa equilibrada com a japonesa Natsumi Tsunoda, mas sofreu o ippon no golden score e seguiu para a repescagem, onde venceu a kosovar Distria Krasniqi por um waza-ari.

Na disputa pelo bronze, Érika foi mais agressiva desde os minutos iniciais, forçando uma punição a Kelmendi, antes de encaixar o golpe que lhe daria o waza-ari vencedor. Érika já havia vencido o último combate contra a kosovar, em 2015, na semifinal do Grand Slam de Abu Dhabi e, mais uma vez, foi superior à campeã olímpica.

Sarah Menezes e Charles Chibana também lutaram nesta manhã, mas não avançaram nas disputas por medalha. Sarah estreou com vitória por ippon sobre a alemã Nieke Nordmeyer, mas caiu nas oitavas, também por ippon, para a japonesa campeã mundial Ai Shishime, que terminou com o ouro da categoria. A prata ficou com Natsumi Tsunoda, também do Japão e algoz de Érika Miranda nas quartas de final.

Charles estreou com vitória por um waza-ari contra Azamat Mukanov, vice-campeão mundial no Rio, em 2013, mas parou na segunda rodada diante do francês Kilian Leblouche. No tempo normal, a luta terminou empatada com duas punições para cada e, no golden score, Chibana acabou punido pela terceira vez e se despediu mais cedo do Mundial.

Nesta quarta-feira (30), o Brasil terá Marcelo Contini (73 kg) e a campeã olímpica Rafaela Silva (57 kg) em ação em Budapeste.

A primeira medalha do País em um Mundial de Atletismo na modalidade de marcha atlética veio com a conquista do bronze por Caio Bonfim na competição deste ano, disputada em Londres, na Inglaterra.

Bonfim foi o terceiro a concluir o percurso de 20 quilômetros, com o tempo de 1h19m04, o melhor da sua carreira e novo recorde brasileiro. “É difícil explicar esse sentimento de conquistar essa medalha. Mas estou muito feliz de realizar um sonho que é estar entre os melhores do mundo e subir no pódio, graças a Deus eu consegui”, comemorou o atleta de Sobradinho (DF).

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Na Olimpíada do ano passado, no Rio de Janeiro, o atleta concluiu a competição na quarta colocação, quando completou a prova em 1h19m42, o recorde brasileiro anterior. “Quando você consegue ser medalhista em um campeonato mundial, o patamar é muito alto. Significa que agora eu tenho mais responsabilidade ainda de levar a marcha atlética e de representar o esporte brasileiro, então isso pra mim é gratificante”, afirmou.

Cerca de 2000 atletas de mais de 200 países competiram no Estádio Olímpico de Londres, de 4 a 13 de agosto. 

O Brasil concluiu sua participação no Mundial de Desportos Aquáticos, realizado no período de 14 a 30 de julho, em Budapeste, na Hungria, com saldo de três medalhas.

Dois ouros foram conquistados pelos sargentos da Marinha Etiene Medeiros, na prova de 50 m costas; e Ana Marcela Cunha, nos 25 km de Maratona Aquática. Quem levou a terceira medalha, de prata, foi o também sargento da Marinha João Gomes, nos 50 m peito.

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A sargento Etiene avançou na fase inicial com o segundo melhor tempo e fez ainda melhor nas semifinais, quando foi a mais rápida, com a marca de 27s18, quebrando o recorde sul-americano. Na final, ela melhorou a sua própria marca em 0s04, o que determinou a conquista da medalha de ouro e fez que ela se tornasse a primeira brasileira a ser campeã mundial de Natação em piscina longa (50 m).

Com a vitória na Hungria, a sargento Ana Marcela sagrou-se tricampeã mundial da prova (2011, 2015 e 2017). Já o sargento João Gomes conquistou sua primeira medalha individual em grandes eventos internacionais. As despesas com a competição foram custeadas pela Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos.

A delegação que representou o Brasil na 7ª Olímpiada de Matemática da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, realizada na cidade do Porto, em Portugal, terminou a competição em primeiro lugar. Entre os estudantes que venceram a disputa está Pedro Gomes Cabral, um recifense de 14 anos que competiu ao lado de jovens de mais sete países que falam português.

Desde os 11 anos de idade Pedro participa de olimpíadas nacionais em áreas como informática, física e química. No entanto, segundo ele, a matemática é o seu maior foco. “Foi muito bom. Na hora da premiação eu ainda não sabia do resultado. Quando fui chamado foi uma emoção muito grande”, contou Pedro. 

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O jovem Pedro, que está no Ensino Médio e pretende fazer curso superior de  engenharia da computação, também deu dicas para quem pretende competir em olimpíadas como as que ele participou. “É importante ter o máximo de dedicação possível. Quanto maior o esforço, mais chance de ter um resultado bom”. 

Além dele, a delegação brasileira também era composta por Gabriel Ribeiro Paiva, de Fortaleza, que também recebeu medalha de ouro, e os estudantes André Hiroshi Koga, de Guarulhos (SP), e Eduardo Quirino de Oliveira, de Brasília, que receberam medalha de prata. 

*Com informações do MEC

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Na Copa do Mundo de ginástica artística em Osijek, na Croácia, o Brasil conquistou mais uma medalha de ouro. O campeão olímpico Arthur Zanetti obteve a maior pontuação na prova das argolas, modalidade que lhe rendeu o segundo lugar no pódio dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

O atleta, que é sargento da Aeronáutica, alcançou a pontuação de 14.900. Recentemente, o Zanetti ficou com o lugar mais alto do pódio na etapa de Koper, na Eslovênia.

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O campeão olímpico de Londres-2012 disse estar satisfeito com a turnê europeia. "Estou em grande forma, ainda melhor do que nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Estou cheio de motivação para ganhar a medalha de ouro em Tóquio", disse.

Principal jogador brasileiro da atualidade, o atacante Neymar recordou a conquista da medalha de ouro olímpica no ano passado e classificou o título como "algo único" em sua carreira. O atacante do Barcelona disse ainda que a medalha conquistada na decisão disputada no Maracanã contra a Alemanha serviu para recuperar a autoestima da seleção.

"O Brasil precisava ganhar essa competição (Olimpíada) pela autoestima, e a medalha de ouro chegou no melhor momento. Vamos nos preparar para dar o nosso melhor e tentar ganhar a Copa do Mundo. Seria um sonho se tornando realidade", afirmou Neymar.

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O atacante disse ainda que, pessoalmente, fazer parte da seleção olímpica foi especial. "Significou muito para mim. Foi um momento incrível que eu vivi com meus companheiros de equipe. Ter a oportunidade de ganhar este novo título foi algo único para a minha carreira e para toda a equipe", pontuou.

As declarações de Neymar foram dadas em entrevista aos organizadores do Prêmio Laureus, um dos mais importantes do mundo e que é celebrado anualmente, sendo conhecido como o Oscar do esporte. A seleção olímpica concorre na categoria de melhor equipe de 2016 com a seleção portuguesa e o Real Madrid (futebol), o Cleveland Cavaliers (basquete), o Chicago Cubs (beisebol) e a Mercedes (Fórmula 1).

"Quando descobri que fomos nomeados, fiquei muito feliz. Eu me lembro quando fui nomeado em 2012 (ele disputou o prêmio de atleta revelação, que acabou vencido pelo golfista irlandês Rory Mclleroy) e foi muito bom. Agora, com toda a equipe juntos, é ainda melhor", disse Neymar.

O Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) realizou solenidade para entrega de 98 medalhas da Ordem do Mérito Judiciário, na noite da última sexta-feira (16), no Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia. A cerimônia foi conduzida pelo presidente do TJPA, desembargador Constantino Guerreiro, Grão-Mestre da Ordem do Mérito Judiciário. Dentre os homenageados estava o professor doutor José Janguiê Diniz, reitor da Universidade da Amazônia (Unama), que recebeu a medalha de Grande Oficial. Além dele, o professor da Unama Rodolfo Marques recebeu a medalha de Cavaleiro.

Betânia Fidalgo, vice-reitora da Unama, representou o reitor durante a cerimônia de entrega da medalha. Segundo ela, é uma honra representar o reitor na solenidade que valoriza os serviços prestados à sociedade. “É um prazer muito grande estar aqui, representando o doutor Janguiê Diniz, que hoje recebe a medalha de Grande Oficial. Ele recebe em nome da Universidade da Amazônia pelo serviço dele como reitor da instituição, então é um momento muito especial, me sinto honrada de representá-lo”, contou.

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Instituída pela resolução n° 008/2005, de 1 de junho de 2005, a insígnia é outorgada por decisão unânime dos membros do Conselho da Ordem do Mérito Judiciário Paraense. Durante a escolha dos homenageados, foram considerados os inestimáveis serviços prestados ao povo do Pará, a busca do desenvolvimento do Estado sem qualquer interesse pessoal e, além disso, a postura ética e competência técnica que servem de exemplo a todos.

O conselheiro Federal da OAB, Jarbas Vasconcelos, disse que a medalha reconhece todo o esforço do reitor e do grupo Ser Educacional para que a Unama esteja cada vez mais eficiente em sua qualidade de ensino. “O Tribunal, ao reconhecer o professor Janguiê, reconhece a qualidade de ensino da Unama, especialmente com a expansão quantitativa e qualitativa que temos visto depois que a Unama foi igualada a uma qualidade nacional. Tenho certeza de que esse foi o motivo pelo qual o Tribunal o distinguiu com a maior das condecorações”, explicou.

“É um reconhecimento dos serviços prestados à reitoria da instituição pelo Janguiê, o reconhemto ao trabalho prestado á sociedade paraense, amazônida e um engrandecimento da educação do nosso trabalho e o fortalecimento de uma sociedade mais justa. Esse é o papel da Unama, o desenvolvimento da sociedade como um todo”, destacou a vice-reitora Betânia Fidalgo ao receber a medalha. Durante a cerimônia foram homenageadas personalidades em cinco graus que compõem a ordem: Grã-Cruz, Grande Oficial, Comendador, Oficial e Cavaleiro.

Por Gabriel Marques.

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"Um ginásio lotado, gritando o meu nome. Eu sou Shirlene Coelho, conhecida pelo público." Com esta frase, a atleta do lançamento de dardo classe T37, para desportistas com paralisia cerebral, demonstrava toda a empolgação ao conquistar o ouro neste sábado (10), nos Jogos Paralímpicos do Rio. Ela cravou a marca de 37,57m e virou bicampeã paralímpica. Os cinco lançamentos válidos feitos pela sul-matogrossense alcançaram marcas que a permitiriam ganhar a prova.

A trajetória da campeã brasileira passa muito pelo acaso ou pelo destino."Eu não cheguei ao esporte paralímpico, o esporte paralímpico chegou a mim, me abraçou e não me largou", diz Shirlene.

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Em 2005, quando procurou uma organização que ajudasse pessoas com deficiência a entrarem no mercado de trabalho, foi convidada a participar também do esporte e, graças a sua estrutura física, a convidaram para participar do basquete em cadeira de rodas. Ela conseguiu o emprego de assistente geral e a vaga no time, mas desistiu do basquete um mês depois.

"Eu não me adaptei, aí, em 2006, eu fiz um teste no atletismo paralímpico, no lançamento de disco. Com três meses treinando lançamento de disco, eu fui para a minha primeira competição regional em Uberlândia, onde o meu primeiro técnico falou para mim 'olha disco é a sua prova, o dardo e o peso você vai brincar'. E nesta brincadeira eu conheci o dardo um dia antes de viajar e com esta brincadeira bati o recorde brasileiro na competição, sem ao menos treinar o dardo. Eu peguei o gosto pela coisa e estou aqui hoje", conta sem esconder o sorriso estampado no rosto.

Continuou mais dois anos no emprego, conciliando os horários de treino com o de trabalho, até conseguir se dedicar apenas à vida de atleta e foi recompensada pela escolha e dedicação. Esta é a terceira medalha de Shirlene em Paralímpiadas. A atleta obteve um ouro em Londres 2012 e uma prata em Pequim 2008.

Ela compete ainda em outras duas provas na Rio 2016, no arremesso de peso e no lançamento de disco. Apesar de não serem a especialidade da atleta, ela diz que está com esperanças. "As duas provas eu vou competir, competindo vamos ver também o que vai acontecer, mas eu treinei também."

Ao mesmo tempo em que o Senado abria a sessão que julgará o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, o juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato desde 2014, estava sendo homenageado pelo Comando do Exército, ao ser condecorado com a Medalha do Pacificador. Sérgio Moro, que foi o centro das atenções da cerimônia, alvo de tietagem de civis e militares, evitou polemizar com o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, que criticou seu trabalho, o pacote de dez medidas contra corrupção e atacou o vazamento de informações da Lava Jato.

"Não tenho comentários a este respeito", disse Moro à reportagem, ao ser questionado se responderia às críticas de Gilmar Mendes, depois de pacientemente atender aos inúmeros pedidos para tirar inúmeras fotos e selfies com "fãs" com e sem farda, de todas as patentes, que o homenageavam no Quartel-General do Exército, em Brasília. Moro declarou ainda que não se considerava alvo de ataques. "Não creio que tenha sido alvo de ataques dessa forma. Mas não tenho comentários sobe isso", observou, tentando não alimentar a polêmica.

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Além do juiz, outras 355 pessoas foram condecoradas com a Medalha do Pacificar, em Brasília, e receberam suas comendas ao lado de Moro. "Hoje é um dia que eu vim aqui receber esta homenagem do Exército. Meus comentários são apenas em relação a isso. Não tenho comentários sobre outros assuntos", completou sem querer falar de nenhum outro tema político. O juiz titular da 13ª Vara Criminal de Curitiba afirmou ainda que o trabalho de combate à corrupção "é um trabalho institucional, não é um mérito individual e existem várias instituições envolvidas". Disse também que "ficou honrado" com a homenagem porque o Exército "tem toda uma história de serviços prestados ao País e é uma instituição absolutamente honrada". E emendou: "ter apoio de outras instituições, especialmente como esta, para mim e para a Justiça Federal, é muito importante".

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, e o Comandante do Exército, Eduardo Villas Bôas, destacaram que a medalha do Pacificador, que também foi entregue a Moro, é uma homenagem a "pessoas e instituições que prestaram relevantes serviços ao País". Segundo Jungmann, "o juiz Sérgio Moro tem relevantes serviços prestados ao Brasil, à democracia e, obviamente, em decorrência disso, às Forças Armadas, e ao Exército". E acrescentou: "é um justo reconhecimento pelo trabalho feito pelo juiz Moro e à instituição que ele pertence, que é a Justiça Federal".

O comandante do Exército, por sua vez, explicou que o juiz Sérgio Moro estava sendo condecorado "pelas mesmas razões que outras 1.023 pessoas foram condecoradas hoje, em cerimônias semelhantes a estas, em todo o território nacional". Questionado se a condecoração a ele era pelo fato de o juiz ter se tornado um ícone ao combate à corrupção, o general Villas Bôas respondeu: "no universo das pessoas condecoradas há símbolos em vários setores e atividades da sociedade. São pessoas que se destacaram em trabalhos em prol do País e do Exército".

O canoísta Isaquias Queiroz, de 22 anos, entrou para a história do esporte brasileiro neste sábado ao se tornar o primeiro atleta do país a conquistar três medalhas em uma única edição dos Jogos Olímpicos.

Isaquias conquistou a medalha de prata na prova C2 1000 metros nos Jogos Rio-2016, ao lado de Erlon de Souza. Antes já havia levado a prata no C1 1000 m e o bronze no C1 200 m, nas finais disputadas na lagoa Rodrigo de Freitas.

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Com as medalhas, o baiano superou as façanhas dos atletas brasileiros que subiram ao pódio duas vezes em uma única Olimpíada: os nadadores César Cielo (ouro e bronze em Pequim-2008) e Gustavo Borges (prata e bronze em Atlanta-1996) e os atiradores Guilherme Paraense (ouro e bronze na Antuérpia-1920) e Afrânio da Costa (prata e bronze na Antuérpia-1920).

E, para completar a honraria, Isaquias foi escolhido para ser o porta-bandeira da delegação brasileira na cerimônia de encerramento dos Jogos Rio-2016, no domingo no Maracanã.

Nascido em 3 de janeiro de 1994 no pequeno município de Ubaituba (que significa Terra das Canoas na língua Tupi), a 170 km de Salvador, o atleta perdeu um rim quando tinha 10 anos.

Apelidado de "sem rim" após uma ablação parcial, ele logo passou a ser conhecido como "três pulmões" na canoagem de velocidade.

"A brincadeira veio quando eu perdi um rim aos 10 anos depois de cair de uma árvore", contou à AFP antes da Olimpíada.

"Um ano depois comecei a canoagem. As pessoas achavam que não daria certo, porque achavam que seria uma deficiência. Mas acabei mostrando para o Brasil, para o mundo, que não tem nada de deficiência, não tem nada de problema".

"Então eu acho que implantaram um pulmão a mais em mim durante a operação", diz, aos risos, antes de completar: "Nunca deixei essa dificuldade me atrapalhar no meu rendimento na canoagem".

"Nunca deixei ninguém ganhar de mim para depois eu falar: 'Eu perdi porque só tenho um rim'. Não, eu gosto de competir de igual pra igual. O ruim é quando uma pessoa perde para mim e diz: 'Nossa, perdi para um cara que só tem um rim!"

Aos 17 anos, o jovem canoísta conquistou seu primeiro campeonato mundial júnior na prova dos 200 metros canoa individual, e depois a prata nos 500 m.

Desde então, sua ascensão foi vertiginosa.

Isaquias, que tem cinco irmãos biológicos e quatro adotados, deve muito a seu talento e ao esforço de sua mãe, dona Dilma, que depois de perder o marido se esforçou ao máximo para criar os filhos com seu trabalho de servente na rodoviária de Ubaituba.

O carinho do canoísta ficou claro após as provas nos Jogos Rio-2016 e emocionou o público presente nas arquibancadas da lagoa Rodrigo Freitas.

Carreira

Isaquias Queiroz iniciou sua trajetória na canoagem velocidade no Programa Segundo Tempo, do ministério do Esporte, em 2005. Atualmente conta com benefícios como o Bolsa Pódio.

Ele começou a chamar a atenção no Mundial Juvenil de 2011, quando conquistou uma medalha de ouro e uma de prata.

Nos últimos três anos, nos Mundiais de Duisburg, Moscou e Milão, ele colecionou seis medalhas: três de ouro e três de bronze.

O espanhol Jesús Morlán, que aceitou o convite para treinar a equipe do Brasil em 2013, admitiu que Isaquias, que considerava um "diamante bruto", foi um dos principais motivos que o levaram a preferir a proposta do país.

Atualmente, Isaquias treina com a equipe brasileira na pacata cidade de Lagoa Santa, Minas Gerais, com dedicação exclusiva à canoagem.

"Fico muito feliz por meu nome entrar no livro dos recordes do esporte brasileiro, mas a verdade é que não depende só de mim. A minha equipe toda está de parabéns, se eles não estivessem comigo a vitória não valeria a pena e eu não conseguiria alcançar esses objetivos. Eu dedico essa vitória à equipe da canoagem, que é maravilhosa e não deixou a gente na mão", afirmou neste sábado.

Com apenas 22 anos e uma carreira já repleta de conquistas, o futuro do "sem rim" que virou "três pulmões" tem tudo para ser ainda mais brilhante.

Estas são as frases mais destacadas de Usain Bolt durante os Jogos Olímpicos do Rio-2016, onde conquistou o terceiro tricampeonato consecutivo nas provas de velocidade (100, 200 e revezamento 4x100 metros), depois de ter conquistado em Pequim-2008 e Londres-2012:

13 de agosto, um dia antes de disputar sua primeira final, de 100 metros, em referência a uma possível aposentadoria após o Mundial de Londres-2017:

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"Se o esporte precisa de mim e eu puder me motivar por mais um ano, por que não continuar um pouco mais?"

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14 de agosto, após ganhar o ouro nos 100 metros, o primeiro de seu tricampeonato no Rio-2016:

"Alguém disse no ano passado que, se eu conseguisse um novo tricampeonato no Rio-2016, me tornaria imortal. Mais duas medalhas e aí está, serei imortal".

"É o público que me dá energia. Os espectadores devem entender que fazem parte da competição. Temos que fazer com que participem".

18 de agosto, após ganhar a final dos 200 metros, seu segundo ouro no Rio:

"Não estou feliz com a marca realizada. Meu corpo não respondeu na última reta. Estou ficando velho e meu corpo também. Acredito que é minha última corrida de 200 metros, mas meu técnico talvez pense diferente".

"Já não preciso provar mais nada. O que mais posso provar? Sou o maior da história do atletismo. Estou tentando ser um dos maiores (da história do esporte). Quero estar entre Muhammad Ali e Pelé. Espero que após estes jogos esteja nesse grupo".

19 de agosto após conquistar o tricampeonato de velocidade, depois de ganhar a final do revezamento 4x100 metros:

"Provei que sou o maior deste esporte e cumpri a missão a qual me propus. Espero ter colocado a marca alto o suficiente para que ninguém possa voltar a fazer novamente"

"As pessoas sempre me perguntam se sou imbatível. Quando chega um grande campeonato, creio que sou".

A dupla chinesa do badminton masculino, formada por Fu Haifeng e Zhang Nan, conquistou a medalha de ouro nesta sexta-feira nos Jogos Olímpicos do Rio-2016. Os chineses venceram na final a dupla da Malásia, Goh V Shem e Tan Wee Kiong, que ficou com a prata.

Os malaios venceram o primeiro set por 21-16, mas os chineses reagiram, vencendo os dois seguintes por 21-11 e 23-21 em uma dramática final. A medalha de bronze ficou com a dupla britânica, formada por Marcus Ellis e Chris Langridge.

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É impossível pensar em outra atleta com o tamanho que Yane Marques atingiu no Pentatlo Moderno. Pernambucana de Afogados da Ingazeira, Yane chega ao Rio de Janeiro com a experiência de quem foi mais longe na história do Brasil no esporte. Em Londres-2012, a pentatleta conquistou o bronze, primeira medalha do país na modalidade olímpica, e criou no público a esperança de uma atuação ainda mais grandiosa em 2016, no Rio.

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Aos 32 anos, Yane Marques é sinônimo de vitórias. Difícil imaginar algo diferente assistindo a pernambucana sobrar em competições de alto nível. Curioso que a pentatleta poderia ter se tornado nadadora se não fosse o convite da Federação Pernambucana de Pentatlo Moderno. Assim que foi fundada, em 2003, a entidade viu em Yane potencial para compor a equipe estadual. 

Logo tal expectativa se concretizou. No ano seguinte ao início dos treinos de hipismo, esgrima, tiro esportivo e corrida, a jovem venceu o Campeonato Nacional em Porto Alegre. O Pentatlo caiu no gosto de Yane. Em 2007, o ouro no Pan do Rio confirmou o que os treinadores já sabiam: Yane era uma excelente pentatleta. A partir daquele momento, as vitórias se tornaram rotina e as conquistas nos Jogos Militares em 2011 aumentaram a confiança dela.

Caminho até o Rio

A Prata no Pan de Guadalajara (2011) foi o último feito antes de Yane Marques cravar de vez seu nome na história do esporte. A conquista do bronze nas olimpíadas de Londres-2012 tornou Yane a única pentatleta brasileira medalhista em Jogos Olímpicos. O momento, inesquecível para a pernambucana, foi também o maior do Brasil no pentatlo moderno. 

Yane Marques chega ao Rio de Janeiro, ainda mais consagrada pelas conquistas do Sul-americano de 2014 e o Pan de Toronto, em 2015. Se preparando na cidade onde conquistou o ouro nos jogos pan-americanos há 13 anos, Yane tem status de favorita ao ouro. Nada mais justo para quem faz história desde o momento em que trocou uma vida junto da família, na modesta cidade do interior pernambucano, pelo sonho olímpico.

A brasileira Andreia Bandeira poderia ter garantido medalha se tivesse vencido a chinesa Qian Li, mas foi derrotada por decisão unânime dos juízes nas quartas de final da categoria peso médio feminino(até 75 kg), nesta quarta-feira (17), no Pavilhão 6 do Riocentro.

Andreia, de 29 anos, estava em clara desvantagem em termos de alcance, por ser mais de dez centímetros mais baixa que a adversária (1,69 m contra 1,80 m). Valente, a brasileira foi para cima, conseguiu conectar alguns golpes, mas o primeiro round foi controlado pela chinesa, que levou a melhor na decisão dos juízes.

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Andreia adotou postura ainda mais agressiva no segundo assalto, mas novamente Qi foi mais efetiva. No terceiro, a chinesa dominou totalmente e atingiu a brasileira em cheio várias vezes.

Empurrada pela torcida, Andreia foi para o tudo ou nada no quarto e último assalto, mas não foi suficiente para impedir a vitória e o fim do sonho da medalha olímpica. Na semifinal, Qi enfrentará a vencedora do combate entre a britânica Savannah Marshall e a holandesa Nouchka Fontijn.

O início de semana começou dourado para o Brasil, com duas medalhas de ouro surpreendentes, conquistadas por Thiago Braz, no salto com vara, e Robson Conceição, no boxe. Nesta quarta-feira, a 'surpresa' positiva pode acontecer no hipismo.

Após os bons resultados em Atlanta-1996 e Sydney-2000, com as duas medalhas de bronze no salto por equipes, culminadas com o inédito ouro de Rodrigo Pessoa em Atenas-2004 no individual, o Brasil passou as duas Olimpíadas seguintes na irrelevância no hipismo.

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Agora, saltando em casa, a equipe brasileira, composta por Doda Miranda, Pedro Veniss, Stephan Barcha e Eduardo Menezes, teve grande apresentação no primeiro dia de disputa da competição e chega à final desta quarta-feira empatada na liderança com Alemanha, Holanda e Estados Unidos.

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No futebol, será a vez de Neymar e companhia tentarem a classificação à final do torneio de futebol em busca do inédito ouro olímpico, algo que a seleção feminina de Marta falhou em fazer na véspera, também no Maracanã, onde foram eliminadas pela Suécia.

No vôlei de praia, o sonho da final 100% brasileira no torneio feminino foi por água abaixo com a derrota de Larissa e Talita nas semifinais. A quarta-feira, porém, será emocionante para o público carioca nas areias da Arena de Copacabana e pode ser dourada.

As próprias Larissa e Talita abrem a noite de disputa com a decisão da medalha de bronze contra as americanas Walsh e Ross. Logo em seguida, Ágatha e Bárbara buscarão o ouro contra as alemãs Ludwig e Walkenhorst.

- Programação do Brasil nesta quarta-feira:

- Atletismo:

Fase Classificatória

Decatlo - 100 m rasos

(09h38) Luiz Araújo

Lançamento do martelo

(09h40) Wagner Domingos

Decatlo - Salto em distância

(10h35) Luiz Araújo

800 m rasos

(11h37) Flávia Lima

Decatlo - Arremesso de Peso

(12h15) Luiz Araújo

Decatlo - Salto em altura

(17h45) Luiz Araújo

Decatlo - 400 m rasos

(21h28) Luis Araújo

Lançamento de dardo

(21h55) Júlio César Oliveira

Fase Final:

3.000 m com obstáculos

(11h55) Altobeli da Silva

- Boxe:

Até 75 kg - Quartas de final

(15h00) Andreia Bandeira x Qian Li (CHN)

- Canoagem velocidade:

C1 200 - Fase classificatória

(9h23) Isaquias Queiroz

K2 200 - Fase classificatória

(09h51) Edson Silva e Gilvan Ribeiro

K1 500 - Fase classificatória

(10h05) Ana Paula Vergutz

- Futebol masculino

Semifinal

(13h00) Brasil x Honduras

- Handebol feminino

Quartas de final

(10h00) Brasil x França

- Hipismo

Saltos

(10h00) Competição por equipes

(10h00) Competição Individual

- Luta estilo livre

Até 69 kg - Oitavas de final

(10h40) Gilda Oliveira x Ilana Kratysh (ISR)

(11h12) Joice da Silva x Aisuluu Tynybekova (KGZ)

- Saltos ornamentais

Plataforma 10 m feminino

(15h00) Ingrid Oliveira

- Taekwondo

Até 49 kg - Oitavas de final

(09h00) Iris Tang Sing x Andrea Kilday (NZL)

Até 58 kg - Oitavas de final

(09h15) Venílton Teixeira x Ron Atias (ISR)

- Vela

470 barco de dupla feminino: Ana Barbachan e Fernanda Oliveira

(13h15) Medal Race

-Vôlei de Praia

Disputa do Bronze feminino

(22h00) Larissa/Talita x Walsh/Ross

Final

(23h59) Ágata/Bárbara x Ludwig/Walkenhorst

-Vôlei masculino

Quartas de final

(22h15) Brasil x Argentina

O brasileiro Isaquias Queiroz, grande esperança de medalha para o país, conquistou a prata no C1 1000, nesta terça-feira, na Lagoa Rodrigo de Freitas, chegando atrás do alemão Sebastian Brendel e se tornando o primeiro medalhista olímpico da história da canoagem do Brasil.

Em corrida emocionante, Isaquias ficou lado a lado com Brendel durante praticamente toda a prova, mas acabou não aguentando o ritmo do alemão nos último 200 m, completando a distância em 3 minutos 58 segundos e 529 milésimos, 1.6 segundos atrás do agora bicampeão mundial (3:56.926). O bronze ficou com o moldavo Serghei Tarnovschi (4:00.852).

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Ao fim da prova, Isaquias, visivelmente cansado, comemorou muito o segundo lugar. O baiano de 22 anos se prepara agora para competir nos C1 200 e C2 1000, este último ao lado de Erlon Souza.

Thiago Braz escreveu, aos 22 anos, uma das páginas mais gloriosas da história do esporte brasileiro, ao conquistar a medalha de ouro no salto com vara dos Jogos do Rio, nesta segunda-feira, com a marca de 6,03 metros, novo recorde olímpico.

O Brasil não conquistava uma medalha olímpica no atletismo desde o ouro de Maurren Maggi no salto em distancia, em Pequim-2008.

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Este foi o segundo título olímpico para o Brasil nestes Jogos, depois de Rafaela Silva se consagrar na categoria até 57 kg do judô.

A conquista vem coroar um dia histórico em que o Time Brasil faturou uma medalha de cada cor, depois do bronze de Poliana Okimoto da maratona aquática e da prata do ginasta Arthur Zanetti nas argolas.

O ouro veio depois de uma disputa antológica com o grande favorito da prova, o francês Renaud Lavillenie, campeão olímpico de Londres-2012 e recordista mundial indoor (6.16 m), que ficou com a prata, por ter saltado 'apenas' 5,98.

Antes de saltar para a glória, com voo de 6,03 m, Thiago jamais havia passado dos 5,93 m.

"Essa marca de 6,03 m, eu já esperava há muito tempo. Há três competições atrás, já tentava bater os 6 metros. Mas hoje, numa olimpíada, acho que é muito mais forte e muito mais surpreendente em relação ao que eu esperava", relatou Thiago depois da façanha.

- Ousadia e talento -

A disputa começou às 20h35 (horário de Brasília), mas se estendeu quase até meia noite, por conta de uma suspensão por causa das fortes chuvas que castigaram o Engenhão.

Certamente por conta do mau tempo, o estádio estava com pouco menos da metade dos assentos ocupados para presenciar uma das maiores façanhas da história do esporte brasileiro.

Lavillenie fez um início de prova perfeito, passando de primeira 5,75 m, 5,85 m, 5,93 m, e 5,98, enquanto Thiago conheceu alguns percalços, com erros a 5,75 m e 5,93 m.

A marca de 5,98 m dava o ouro ao francês e o brasileiro já tinha a prata garantida com 5,93 m, quando igualou sua melhor marca pessoal indoor.

Mas Thiago não quis se contentar com o vice-campeonato. Teve a ousadia de tentar passar a mítica barreira dos 6 metros, nunca alcançada na história das Olimpíadas, e conseguiu na segunda tentativa, levando o público ao delírio aos gritos de "é campeão".

"Quando passei 5,93 m, já estava um pouco satisfeito com a prata, porém sabia que ainda não havia acabado. Quando Lavillenie passou 5,98 m, escutei de Deus que tinha que passar para 6,03 m. Fui conversar com meu treinador, que falou: 'passa para 6,03 m'. Pensei que Deus estava realmente confirmando muita coisa hoje". Uma inspiração, para um rapaz que coloca a fé sempre em primeiro lugar.

"Eu estava muito confiante em Deus. Isso é algo muito forte para mim. É assim que me sinto bem, me ajuda muito", completou.

O francês tentou o tudo ou nada, com sarrafo a 6,08 m. A torcida entrou junto, com vaia estrondosa, antes de explodir de alegria.

"Eu tentei fazer a melhor prova possível, não deixei nada a desejar. Thiago fez uma prova incrível, mas infelizmentem havia um clima péssimo no estádio. Eu tinha que me concentrar três vezes mais quando era minha vez. Foi a primeira vez que fui vaiado numa pista de atletismo", lamentou o campeão de Londres, que prometeu "dar o troco em Paris", em 2024, se a capital francesa for escolhida para sediar os Jogos.

Não era o dia de Lavillenie, que fez sinal de negativo para reclamar da atitude do público, e viu o sonho do bicampeonato frustrado por um rapaz tímido de 22 anos.

O dia era de Thiago, uma data que vai ficar para sempre na memória do torcedor brasileiro.

O salto com vara ainda pode dar mais alegrias, com Fabiana Murer, campeã mundial em 2011 e vice no ano passado, em Pequim, que estreia nesta terça-feira.

- 'Peixinho' dourado -

A disputa do salto com vara se estendeu até tarde na noite carioca, mas não faltaram emoções na pista antes do duelo Braz-Lavillenie.

O queniano David Rudisha confirmou seu domínio absoluto da prova dos 800 m ao conquistar a segunda medalha de ouro olímpica seguida na distância, com boa vantagem sobre os rivais.

O atleta de 27 anos venceu a corrida em 1:42.15, superando o argelino Taoufik Makhoufi, prata com 1:42.61, e o americano Clayton Murphy, bronze com 1:42.93.

Nos 400 m, todo mundo esperava o título de Allyson Felix, que almejava se tornar a primeira mulher da história a ganhar cinco medalhas de ouro no atletismo.

Mas a americana viu o penta escapar quando a velocista de Bahamas Shaunae Miller, que liderou toda a prova, se jogou em cima da linha quando Felix ia ultrapassá-la na chegada.

Miller venceu com o tempo de 49.44, o melhor da sua carreira e apenas sete centésimos à frente de Felix, que ficou com a prata. A jamaicana Shericka Jackson completou o pódio (49.85).

Maior medalhista da história do atletismo feminino, Felix somou seu sétimo pódio olímpico, com quatro ouros e três pratas.

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