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O laboratório farmacêutico britânico AstraZeneca, que está desenvolvendo em parceria com a Universidade de Oxford uma vacina contra o novo coronavírus, anunciou nesta terça-feira (25) que iniciou os testes clínicos de um fármaco para prevenir e tratar a Covid-19.

Os primeiros participantes no teste já receberam uma dose do medicamento, que combina dois tipos de anticorpos, explicou a AstraZeneca em um comunicado.

A fase 1 dos testes, com 48 voluntários saudáveis do Reino Unido, com idades entre 18 e 55 anos, busca determinar se o fármaco é seguro e como responde ao corpo humano.

O teste é financiado pelo governo americano, por meio dos Departamentos de Defesa e de Saúde.

O grupo afirmou que os testes constituem uma "etapa importante" para o medicamento, que poderia ser utilizado pelas pessoas expostas ao coronavírus e pelas já infectadas.

Os resultados da fase I são aguardados para antes do fim do ano e, se apresentarem dados conclusivos, a AstraZeneca iniciará os testes de fase 2 e 3, em maior escala, para avaliar a eficácia do fármaco.

Em colaboração com cientistas da universidade britânica de Oxford, a AstraZeneca também está desenvolvendo um projeto de vacina contra a COVID-19 e o resultado da fase 3 dos testes deve ser publicado em setembro.

Este projeto desperta grandes expectativas. De acordo com a imprensa, o presidente Donald Trump está considerando acelerar o processo de aprovação nos Estados Unidos.

O governo britânico anunciou na segunda-feira que o Reino Unido seria o primeiro beneficiado pela vacina em caso de aprovação.

O preço dos medicamentos vendidos aos hospitais do país subiu 16,4% durante os cinco primeiros meses da pandemia da Covid-19 no Brasil, de março e julho. Os dados, divulgados nesta quinta-feira (20), são do Índice de Preços de Medicamentos para Hospitais (IPM-H), da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e da Bionexo.

Segundo o levantamento, a alta foi impulsionada por três grupos de medicamentos utilizados no tratamento de pacientes com a Covid-19: suporte ao aparelho cardiovascular, com elevação de 92,6%; sistema nervoso, de 66%; e aparelho digestivo e metabolismo, de 50,4%. Os aumentos principais foram de remédios relacionados a analgesia, anestesia, suporte ventilatório e suporte vital. 

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Também apresentaram aumento expressivo os preparados hormonais sistêmicos, de 21,8%, e do sistema musculoesquelético, de 18,2%, utilizados nas unidades de terapia intensiva (UTI). 

“Entre os fatores que contribuíram para o aumento dos preços observado pode-se destacar dois. O primeiro deles, que tem impacto abrangente, foi a desvalorização cambial, que afeta o preço de medicamentos e insumos cujos mercados estão atrelados à moeda estrangeira. O segundo aspecto, mais específico, foi o aumento brusco da demanda das unidades de saúde por medicamentos associados aos cuidados dispensados aos pacientes da Covid-19, principalmente aqueles em estado mais grave”, disse o coordenador de pesquisas da Fipe, Bruno Oliva.

Julho

Em julho, o preço dos remédios hospitalares registrou um avanço de 1,74%, resultado que representa uma aceleração menor em relação à variação observada no mês anterior, de 4,58%. No acumulado do ano, de janeiro a julho, o índice registra alta de 18,72%.

De acordo com a Fipe, entre os motivos que podem ter contribuído para a aceleração menor no último mês estão a estabilização da taxa de câmbio, a reestruturação gradual das condições de mercado, a queda dos casos de Covid-19 nos grandes centros urbanos do país, e a readequação, ainda que parcial, das condições de oferta após o choque inicial.

A empresa farmacêutica suíça Roche firmou nesta quarta-feira (19) um acordo com a companhia americana Regeneron para fabricar e distribuir um candidato a medicamento contra o novo coronavírus (Sars-CoV-2).

Batizado de REGN-COV2, a solução da Regeneron combina dois anticorpos e já se encontra na fase 2 de um total de três dos testes clínicos para o tratamento contra a Covid-19.

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"Roche e Regeneron anunciam uma união de forças na luta contra a Covid-19 para desenvolver, fabricar e distribuir o REGN-COV2, combinação de anticorpos antivirais experimentais da Regeneron, às pessoas de todo o mundo", diz a nota do grupo suíço.

A Roche tem uma das maiores operações de produção do mundo e aumentará sua capacidade geral em mais de três vezes para produzir o remédio.

"Esta grande colaboração com a Roche oferece escala importante e expertise global para levar REGN-COV2 a muito mais pacientes nos Estados Unidos e em todo o mundo", afirmou o presidente-executivo da Regeneron, Leonard Schleifer.

O acordo prevê que, caso o REGN-COV2 "se mostre seguro e eficaz nos testes clínicos e receba as autorizações regulatórias", o laboratório suíço será responsável pela distribuição fora dos EUA, enquanto a Regeneron cobrirá todo o território norte-americano.

A decisão da Roche de se unir a Regeneron ocorre depois que seu próprio medicamento, o Actemra, falhou no combate ao novo coronavírus.

O REGN-COV2 combina um anticorpo fabricado pela Regeneron e um segundo anticorpo isolado de humanos que se recuperaram da infecção. A união é projetada para se ligar à proteína spike usada pelo novo coronavírus para obter acesso às células humanas, limitando sua capacidade de escapar.

"O REGN-COV2 pode fornecer uma opção de tratamento muito necessária para pessoas que já apresentam sintomas de Covid-19 e também tem o potencial de prevenir a infecção em pessoas expostas ao vírus, retardando assim a propagação da pandemia global", explicou a Roche, em comunicado.

Da Ansa

Uma nova pandemia e, mais uma vez, o Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) reafirma seu potencial técnico. Em 2009, quando o mundo era assombrado pelo avanço de influenza A (H1N1), popularmente conhecida como gripe suína, a unidade produziu Oseltamivir em caráter emergencial para suprir o Sistema Único de Saúde (SUS). Neste ano, diante de impactos mais devastadores, a instituição atende uma grande demanda pelo antiviral para ajudar no tratamento de pacientes com quadros respiratórios que apresentem risco de complicação. Além disso, desenvolve uma nova concentração do medicamento, a fim de garantir o abastecimento da rede pública de saúde e maior abrangência do tratamento.

Ao longo desses anos, Farmanguinhos/Fiocruz tem fabricado o medicamento nas dosagens 75mg e 45mg para serem disponibilizadas nas campanhas de influenza A do Ministério da Saúde. Para se ter uma ideia do volume de produção anual e do papel essencial da unidade nesse canário, até junho desse ano foram fabricadas mais de 6 milhões de unidades farmacêuticas. A previsão é que até dezembro sejam entregues mais de 16,6 milhões de cápsulas do produto.

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Nova concentração

Com o objetivo de estender o alcance da terapia, isto é, cobrir uma faixa mais ampla de pesos corporais e, com isso assistir, especialmente, a posologia destinada ao público pediátrico, o Instituto desenvolveu a concentração de 30 mg do Oseltamivir. Essa dosagem permite que o medicamento seja administrado em pacientes com peso abaixo de 15 kg e também naqueles que pesam entre 13 e 40 kg, sendo para esse público necessário ingerir duas cápsulas do fármaco.

Essa conquista é fruto de um projeto de desenvolvimento tecnológico da própria Unidade. “Após um longo período de avaliação pela Anvisa, obtivemos a aprovação do registro em junho deste ano. No decorrer deste tempo de tramitação regulatória foram respondidas todas as exigências solicitadas pelo órgão regulamentador com agilidade e competência técnica, reforçando a qualidade e robustez de todo o desenvolvimento realizado”, enfatiza a chefe da Divisão de Gestão de Desenvolvimento Tecnológico, Juliana Johansson.

Tal êxito permite não somente que Farmanguinhos/Fiocruz esteja apto a produzir todas as concentrações disponíveis dessa categoria de antiviral, mas, principalmente, atender as demandas emergenciais do SUS. Neste sentido, já está sendo produzida a primeira solicitação do Ministério da Saúde para a dosagem de 30mg. Até o final do ano, serão entregues 2,5 milhões de unidades à Pasta.

Aumento da produção

Além de prescrito para prevenção e tratamento de gripe em adultos e crianças, o uso do Oseltamivir passou a ser adotado em pessoas suspeitas ou diagnosticadas com o novo coronavírus, conforme protocolo do Ministério da Saúde, publicado em abril deste ano. A prescrição, que justifica o aumento substancial da demanda, é indicada para pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) ou com Síndrome Gripal em condições de risco para complicações.

Novo Insumo Farmacêutico Ativo (IFA)

Outro feito importante oriundo do Oseltamivir está relacionado à aprovação da inclusão de um segundo fabricante de IFA para as concentrações de 45 mg e de 75 mg. Tal resultado advém de um intenso trabalho multidisciplinar que permite que Farmanguinhos/Fiocruz quebre a dependência de um único fabricante do princípio ativo. Desta forma, a unidade consegue não apenas reduzir significativamente o custo do produto, como também assegurar o adequado atendimento às demandas do Ministério da Saúde, mitigando os riscos que acarretem atraso na produção e eventual desabastecimento do Sistema Único de Saúde. Esta mesma ação está sendo planejada para a concentração de 30 mg.

Com toda essa atuação, Farmanguinhos/Fiocruz reafirma o seu compromisso com a saúde pública e com a população brasileira. Além de atender prontamente a uma solicitação urgente do Ministério da Saúde, segue usando todo o seu potencial técnico e científico para desenvolver e fornecer medicamentos ao SUS.

Da assessoria da Fiocruz

Regras que proíbem a venda sem receita em farmácias de medicamentos como cloroquina, hidroxicloroquina, nitazoxanida e ivermectina foram publicadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). As orientações estão na Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 405/2020, publicada ontem no Diário Oficial da União . De acordo com a agência, a lista poderá ser revista a qualquer momento para a inclusão de novos medicamentos, caso seja necessário.

Ainda segundo a Anvisa, o objetivo da norma é impedir a compra indiscriminada de medicamentos que têm sido amplamente divulgados como potencialmente benéficos no combate à infecção pelo novo coronavírus, embora ainda não existam estudos conclusivos sobre o uso desses fármacos para o tratamento da doença.  A medida visa também manter os estoques destinados aos pacientes que já têm indicação médica para uso desses produtos, uma vez que os medicamentos que constam na resolução também são usados no tratamento de outras doenças, como a malária (cloroquina e hidroxicloroquina); artrite reumatoide, lúpus e outras (hidroxicloroquina); doenças parasitárias (nitazoxanida) e tratamento de infecções parasitárias (ivermectina). 

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Compra

A compra desses produtos em farmácias e drogarias será permitida apenas mediante apresentação da receita médica em duas vias. Cada receita terá validade de 30 dias, a partir da data de emissão, e poderá ser utilizada somente uma vez. A resolução será revogada automaticamente a partir do reconhecimento, pelo Ministério da Saúde, de que não mais se configura a situação de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional.

Farmácias e drogarias

Conforme previsto na resolução, todos os medicamentos que contenham as substâncias listadas na norma estão sujeitos aos procedimentos de escrituração no Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC). A escrituração dos medicamentos à base de hidroxicloroquina, cloroquina e nitazoxanida já era obrigatória desde a inclusão dessas substâncias nas listas de controle da Portaria 344/1998. Para os medicamentos à base de ivermectina, a entrada de medicamentos já existentes em estoque nas farmácias e drogarias antes da resolução não necessita ser transmitida ao SNGPC.

A Unimed de Brusque-SC está distribuindo um "kit Covid-19" com hidroxicloroquina e ivermectina aos médicos cooperados. Fotos que mostram uma pequena caixa com laço verde e uma carta informando como administrar os medicamentos foram publicadas no Twitter e causaram bastante repercussão.

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A carta traz no título: "hidroxicloroquina 400mg + vitamida D 50.000UI + ivermectina 06mg + zinco quelado 30 mg". Em seguida, há informações sobre a forma de administrar, a quantidade e como fazer o armazenamento. "Hidroxicloroquina deve ser tomada durante uma refeição ou com um copo de leite", diz o texto.

Em nota, a Unimed do Brasil se manifestou sobre o caso. A operadora de planos de saúde disse que "orienta suas cooperativas a seguirem as diretrizes previstas pelas associações e sociedades de especialidades médicas brasileiras, além dos protocolos aprovados pela OMS."

A Unimed destacou ainda que cooperativas têm autonomia para desenvolver e executar as ações que julgarem pertinentes às suas necessidades. "Médicos que as compõem têm autonomia para indicar tratamentos e procedimentos de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo Conselho Federal de Medicina", acrescentou.

A Unimed de Brusque também comentou o Kit Covid-19. Ressaltou que "oportunizou a profilaxia aos profissionais que atuam na linha de frente e também aos médicos cooperados" por estar preocupada com a crescente perda de trabalho profissional no combate à Covid-19. A unidade disse que se baseou no protocolo utilizado há algumas semanas e amplamente divulgado da Prefeitura de Porto Feliz-SP. 

"A Unimed Brusque informa que a utilização não era compulsória e após compra conjunta dos insumos tão escassos no mercado na atualidade, foi optado pela distribuição aos que desejaram realizar a profilaxia sugerida", afirma. Segundo a unidade em Brusque, foi assinado um termo de consentimento e realizados exames para excluir doenças que possam ser agravadas pelo uso da profilaxia.

Em texto publicado no site oficial, a Unimed destaca que a adoção do chamado tratamento precoce, feito pela Unimed Brusque, tem gerado resultados satisfatórios. "Já na primeira semana de Ambulatório, tivemos dois pacientes positivos, que começaram a ficar graves e em decisão conjunta com eles, optamos em utilizar a medicação, já que não havia nada disponível e era a única alternativa que estava sendo falada, lá no mês de março. Os dois iniciaram o tratamento e em 48 horas de medicação começaram a responder, ficaram bem, estão bem até hoje. Dali para frente intensificamos os estudos, e desde então, o protocolo do Ambulatório Especial da Unimed Brusque foi usar a hidroxicloroquina e a azitromicina por cinco dias em todos os pacientes que apresentaram quadro de pneumonia viral", diz a Dra. Daniela Salvador Alves, pneumologista e coordenadora médica de Serviços em Saúde da Unimed Brusque. 

 Salvador Alves afirma haver um movimento médico no Brasil em prol do tratamento precoce com uso de hidroxicloroquina, azitromicina, ivermectina e zinco quelado. "Os pioneiros nesse tratamento são dos estados do Norte e Nordeste do país, em especial devido ao colapso que esses locais enfrentaram no Sistema de Saúde. Desta forma, eles passaram a tratar os pacientes precocemente e urgente. E em 40 dias, o colapso foi revertido, sendo um dos exemplos a Unimed de Belém do Pará, que controlou a situação. Baseado nesse e em demais exemplos, infectologistas começaram a avaliar a eficácia do tratamento precoce."

No Twitter, grande parte dos internautas criticou o Kit Covid-19 da Unimed. "Se alguém tiver problemas sérios de saúde por conta desse kit a culpa é de vocês", escreveu @JaumGodoy. "A OMS não recomenda uso, suspendeu pesquisas porque não foi comprovada eficácia e a Unimed está enviando cloroquina de souvenir? (...) não é possível tamanha irresponsabilidade", assinalou a usuária @mariaapasseio. "O princípio cooperativista de 'independência e autonomia' não tem nada a ver com essa irresponsabilidade de ignorar protocolos internacionais comprovados cientificamente", criticou também o internauta @julianorabujah.

Desenvolvido para estimular o sistema imunológico a combater o câncer, um medicamento elaborado por cientistas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) pode ser importante no tratamento da Covid-19.

O imunoterápico OncoTherad, administrado em pacientes com tumores na bexiga que se contaminaram com o novo coronavírus, amenizou a inflamação desregulada nos pulmões e diminuiu o tempo médio de internação de 18 para 10 dias sem intubação.

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O estudo foi descrito em artigo publicado na revista e repositório científico internacional Social Science Research Network, mas ainda carece de revisão por outros especialistas.

Patenteado pela Unicamp, o medicamento imunoterápico é desenvolvido pela instituição desde 2007 para tratar câncer de bexiga em estado avançado. No organismo, o composto estimula o sistema imune a combater doenças infecciosas e tumores. 

A associação do OncoTherad, aplicada em conjunto com antibióticos e corticoides, tornou o tratamento eficaz contra a Covid-19. De acordo com o coordenador do estudo e professor do Instituto de Biologia da Unicamp, Wagner José Fávaro, o exemplo de um homem de 78 anos com câncer e Covid-19 foi o mais emblemático da pesquisa.

"Esse paciente chegou ao hospital com 50% do pulmão comprometido, febre de 38,3º C, dor de cabeça, falta de apetite, dificuldade para respirar e nível de oxigenação no sangue abaixo do normal", contou Fávaro em entrevista à agência de notícias da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

Fumante, o doente ficou com receio de ser entubado e os médicos optaram pelo uso de oxigênio por cateter intranasal e administração dos fármacos. "Após 72h de internação, os marcadores inflamatórios no sangue tinham diminuído, a saturação de oxigênio estava em 95%, a coriza e a febre, sumido. No sétimo dia, já sem o cateter intranasal, o nível de oxigênio no sangue atingiu 98%. No décimo dia, ele teve alta”, relata o pesquisador.

"O que chama a atenção é que indivíduos nessas condições tendem a piorar nos primeiros dias de internação por Covid-19. Mas todos que tratamos com esse protocolo – que consiste em administrar antibióticos e corticoides durante seis dias e o imunoterápico por duas semanas – apresentaram sinais de melhora desde o início", completa Fávaro.

Eficácia contra o tumor na bexiga

De acordo com os pesquisadores, o medicamento se mostra seguro desde a etapa inicial de testes. O atual programa está empenhado em atestar a eficácia do remédio contra o câncer de bexiga avançado.

"O estudo começou com 30 pacientes que já tinham sido submetidos sem sucesso aos tratamentos disponíveis no mercado. Mas temos recebido muitos pedidos de inclusão de novos participantes. Há poucas opções terapêuticas para esse tipo de tumor”, considera o especialista.

Dos envolvidos no estudo, todos foram indicados para a retirar a bexiga por meio de intervenção cirúrgica. Depois da aplicação do OncoTherad, em um tratamento iniciado há cerca de 24 meses, quase 80% dos pacientes foram curados do câncer. Ainda de acordo com Fávero, os outros 20% tiveram retorno de tumores menos agressivos e a lesão pôde ser retirada.

O medicamento dexametasona tem salvado pacientes da Covid-19, dizem especialistas da Universidade de Oxford. O tratamento com a droga reduziu o risco de morte em um terço em pacientes em ventiladores mecânicos e em um quinto para aqueles que precisam de oxigênio apenas. Os resultados foram anunciados nesta terça-feira (16) e o estudo deve ser publicado em breve.

Os pesquisadores calculam que caso a dexametasona tivesse sido usada no início da pandemia mais de cinco mil vidas teriam sido salvas. O esteróide também é barato e amplamente disponível. 

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 A dexametasona é utilizada para reduzir inflamações em uma série de outras doenças. Ela parece interromper uma parte do dano no sistema imunológico que tenta combater o novo coronavírus.

No estudo, 2.104 pacientes administrados com o medicamento foram comparados com 4.321 que não receberam. Para pacientes em ventiladores, o risco de morte tem redução entre 40% e 28%. Para os pacientes que precisam de oxigênio suplementar, a redução vai de 20% a 25%.

Para o investigador chefe Peter Horby, é um resultado extremamente bem-vindo.  "Esta é a única droga até agora que tem mostrado reduzir mortalidade. E reduz significantemente. É um grande avanço", disse.

Segundo o pesquisador líder Martin Landray, os pacientes nos hospitais deveriam ser medicados com dexametasona sem demora. Entretanto, ele alerta que a população não deve comprar para sua casa. A droga não parece ter efeito em sintomas leves da Covid-19. 

Os testes de medicamentos são realizados desde março. A hidroxicloroquina estava entre as drogas analisadas, mas foi abandonada por preocupações de que aumentava mortes e problemas cardíacos. A pesquisa é financiada por agências de saúde governamentais do Reino Unido e doadores privados, como a Fundação Bill e Melinda Gates.

O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM) fez uma grave denúncia contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nessa quarta-feira (20). O médico afirmou que Bolsonaro tentou obrigá-lo a modificar a bula da cloroquina para que o medicamento fosse usado no tratamento de pacientes com o novo coronavírus. É importante reforçar que a eficácia da substância não tem comprovação científica.

"Me pediram para entrar numa sala e estavam lá um médico anestesista e uma médica imunologista [...] e a ideia que eles tinham era de alterar a bula do medicamento na Anvisa, colocando na bula indicação para Covid", revelou Mandetta em entrevista à Globo News. O ex-ministro da saúde disse que um "decreto" já estava pronto e foi proposto diante de ministros, representantes da Advocacia Geral da União (AGU) e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)

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Isolado politicamente e preocupado com o apoio dos empresários, desde o início da pandemia no Brasil, Bolsonaro minimiza as consequências da Covid-19. O proprietário da farmacêutica responsável pela produção da hidroxicloroquina - Apsen - Renato Spallicci é um de seus aliados.

Focado na retomada da economia, o presidente força a reabertura do comércio com a indicação do medicamento, estimula o descumprimento das recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) ao atacar o isolamento social e convocar manifestações. Ele ainda fez piada no dia que o país atingiu 1.179 óbitos em 24 horas - o recorde de mortes pela doença no Brasil em um dia.

A recusa pela distribuição do remédio culminou nas saídas de Mandetta e do sucessor, Nelson Teich. Com a entrada do atual ministro, general Pazuello, foi aprovado o novo protocolo, que recomenda a hidroxicloroquina em casos leves, mediante assinatura do paciente sobre os riscos do uso, pois a substância pode levar à morte.

O deputado estadual Gil Vianna (PSL-RJ), de 54 anos, morreu na noite desta última terça-feira (19), em um hospital particular do Rio de Janeiro vítima da covid-19. O político estava sendo tratado com cloroquina, mas não foi o suficiente para mantê-lo vivo.

Segundo publicado pelo O Globo, a administração do medicamento, que não tem evidências científicas sólidas de que ele funciona no combate ao novo coronavírus, é protocolo de tratamento para pacientes de covid-19 em estado grave no Hospital Unimed, onde Vianna estava internado.

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Nesta quarta-feira (20), o diretor de emergência da Organização Mundial da Saúde (OMS) Michael Ryan, disse que a cloroquina e a hidroxicloroquina podem causar efeitos colaterais nos pacientes, além de não ter eficácia comprovada. Além disso, o diretor da OMS apontou que as substâncias só devem ser usadas contra o Covid-19 em ensaios clínicos.

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Um antigo medicamento antipsicótico prescrito para tratar a esquizofrenia, a clorpromazina, será objeto do primeiro ensaio clínico na França em pacientes com deficiência de oxigênio causada por Covid-19, de acordo com um médico responsável pela pesquisa.

"O estudo piloto, chamado reCoVey, começará esta semana com 40 pacientes da COVID-19 não psiquiátricos que estão hospitalizados, dos quais metade receberá clorpromazina e tratamento padrão (oxigênio, hidratação, anticoagulantes, se necessário) e a outra metade receberá o tratamento padrão", explicou à AFP Marion Plaze, do hospital Sainte-Anne, em Paris.

O objetivo é verificar se esse medicamento acelera a cura e diminui a gravidade da doença. O coração dos pacientes será monitorado para evitar qualquer risco de problemas cardíacos.

A especialista espera obter os primeiros resultados em um mês, o que pode ocorrer mais rapidamente se outros estabelecimentos participarem do estudo. Caso os resultados sejam animadores, outro estudo poderá ser realizado com um número maior de pacientes.

"Ficamos surpresos de que nossos pacientes psiquiátricos tenham sido muito pouco afetados pela epidemia", disse ela.

Um pequeno número de casos de COVID-19 foi reportado em clínicas psiquiátricas em China, Itália, Espanha e hospitais na França, segundo a GHU Paris Psychiatrie & Neurosciences, que inclui três hospitais, incluindo o Saint-Anne Hospital.

A doutora Anne-Cécile Petit também realizará um estudo epidemiológico, chamado CLEVER, nos três hospitais da GHU, com um teste sorológico do Instituto Pasteur em 250 pacientes psiquiátricos e 250 profissionais de saúde como apoio para realizar as observações clínicas.

"Conhecíamos as propriedades antivirais in vitro da clorpromazina (Largactil) nos coronavírus anteriores, SARS-Cov-1 e MERS-CoV. Pedimos ao Instituto Pasteur para testar em laboratório a atividade antiviral (do remédio) sobre o coronavírus atual em células humanas", acrescentou.

Esse neuroléptico impediria o vírus de entrar na célula. Outros remédios similares poderão ser pesquisados, de acordo com a médica responsável pelo estudo.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta quarta-feira, 22, registro do primeiro produto à base de maconha no País. Trata-se de um fitofármaco que possui canabidiol e concentração inferior a 0,2% de THC, substância com efeitos psicotrópicos.

O produto pode ser vendido nas farmácias, desde que haja prescrição médica. A Anvisa afirma que o fármaco será usado para casos em que não há alternativa terapêutica, mas não especificou quais doenças seriam beneficiadas. A Anvisa não informou o nome do medicamento. O produto é fabricado pela empresa Prati-Donnaduzzi.

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A agência aprovou em dezembro de 2019 resolução para permitir registro de produtos à base de cannabis. Por pressão do governo Jair Bolsonaro, a agência reprovou à época autorização de plantio da maconha com fins medicinais e de pesquisa.

A nova resolução criou uma categoria específica para produtos à base da planta. Antes, apenas medicamentos com substâncias extraídas da cannabis poderiam ser registrados, desde que apresentassem robusto estudo clínico. Este tipo de pesquisa é caro e, segundo pessoas do setor, de difícil execução para produtos mais simples, como fitoterápicos.

O Brasil já permite a venda do medicamento Mevaty, de preço superior a R$ 2 mil no Brasil, indicado para espasticidade moderada a grave relacionada à esclerose múltipla. A expectativa com a nova regra da Anvisa é que outros produtos fiquem disponíveis na farmácia, de menor complexidade, como fitoterápicos.

Um medicamento para combater piolhos é a nova esperança no combate ao novo coronavírus. Resultados de um estudo liderado pelo  Monash Biomedicine Discovery Institute (BDI), na Austrália, mostraram que o Ivermectin, remédio antiparasitário vendido no mundo todo, foi capaz de interromper o RNA do vírus da SARS-CoV-2 em 48h.

Essa não é a primeira vez que o medicamento antiparasitário aprovado pela FDA se mostra eficaz contra doenças. Anteriormente, ele também demonstrou ser combativo contra uma ampla gama de vírus, incluindo HIV, Dengue, Influenza e Zika. Apesar dos resultados encontrados em laboratório, ainda faltam testes em humanos para comprovar a eficácia do medicamento nas pessoas, além da dose necessária para combater a Covid-19.

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“Nos momentos em que estamos tendo uma pandemia global e não há um tratamento aprovado, se tivéssemos um composto que já estava disponível em todo o mundo, isso poderia ajudar as pessoas mais cedo. Realisticamente, levará um tempo até que uma vacina esteja amplamente disponível", explica a Dra. Kylie Wagstaff, nome à frente do estudo, em uma publicação no site da universidade australiana.

"Embora o mecanismo pelo qual a Ivermectina trabalhe não seja conhecido, é provável que, com base em sua ação em outros vírus, ele trabalhe para impedir que o coronavírus 'diminua' a capacidade das células hospedeiras de eliminá-lo", disse Wagstaff. Embora demonstre sua eficácia em laboratório, o remédio ainda não pode ser usado em humanos para combater a pandemia até que outros testes e ensaios clínicos tenham sido concluídos. Os resultados serão importantes para que ele seja manipulado de forma segura nas pessoas. 

Após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, garantir que a substância cloroquina seria eficaz no combate ao novo coronavírus, um americano morreu ao se automedicar. Mesmo sem dados comprovatórios, o presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) replicou o entendimento do líder norte-americano e fez o medicamento ficar escasso nas farmácias brasileiras.

Com o registro de duas mortes na Nigéria devido ao uso indiscriminado do remédio, a nova vítima foi um idoso, de 68 anos, morador do Arizona, nos EUA.  Ele ingeriu a droga junto com a esposa, de 61, que está em condições críticas em uma unidade de saúde, de acordo com a NBC News.

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O casal estava saudável, mas por medo de uma infecção se prendeu à indicação de Trump. “Tínhamos medo de ficar doentes”, contou a mulher à emissora. Cada um misturou uma colher de chá de fosfato de cloroquina com refrigerante. Em vinte minutos, ela começou a vomitar e sentiu dificuldades para respirar.

“Oh, meu Deus. Não tome nada. Não acredite em nada. Não acredite em nada que o Presidente diga e seu pessoal porque eles não sabem do que estão falando. Chame seu médico. É uma dor de cabeça que nunca vou superar”, indicou a idosa. Segundo a reportagem, o medicamento por acarretar problemas de visão e trazer riscos de arritmia cardíaca.

No Brasil - Os pacientes que deviam tomar a medicação, diagnosticados com lúpus e artrite, estão com dificuldades para encontrar a substância nas farmácias. Isso por que, mesmo sem estudos, Jair Bolsonaro fez um vídeo garantindo a eficácia do remédio, além de declarar que o laboratório químico e farmacêutico do Exército iria ampliar a produção da substância.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou, na noite da quinta-feira (19), uma nota técnica em que não recomenda, no momento, o uso do hidroxicloroquina para tratamento do novo coronavírus. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que a hidroxicloroquina e a cloroquina foram aprovadas para serem usadas no tratamento da Covid-19 no país.

De acordo com a Anvisa, é preciso conduzir estudos clínicos em uma amostra representativa de seres humanos para a inclusão de indicações terapêuticas novas em medicamentos. A nota técnica, entretanto, reconhece os bons resultados obtidos pelas substâncias.

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Um estudo de pesquisadores chineses avaliou que a Hidroxicloroquina e a cloroquina inibiram efetivamente a etapa de entrada do vírus na célula e os estágios celulares posteriores relacionados à infecção do coronavírus. As drogas também bloquearam o transporte do vírus entre organelas das células.

Uma pesquisa francesa, com uma pequena amostra (20 pacientes), apontou que o tratamento com Hidroxicloroquina é significativamente associado à redução ou desaparecimento da carga viral em pacientes com Covid-19 e seu efeito é reforçado pela Azitromicina. 

No Brasil, existem medicados à base das duas substâncias, usados no tratamento de artrite, lúpus eritematoso, doenças fotossensíveis e malária. Após o anúncio de Trump, medicações com essas substâncias começaram a faltar nas farmácias do país. 

Circula nas redes sociais um vídeo do médico pernambucano Aléssio Alves destacando a eficácia da Hidroxicloroquina e sugerindo que "vale a pena ter em casa". Ele apagou o vídeo e disse, por telefone, que a compra sem receita médica não é recomendada. "É inadmissível a população comprar por conta própria, porque pode haver efeitos colaterais. Eu quis compartilhar a notícia para o povo ficar esclarecido e diminuir o temor", disse o médico.

O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, destacou que o governo chinês está usando medicamento cubano para combater o novo coronavírus. Segundo o gestor, mais de 1,5 mil pacientes teriam sido curados após serem administrados com Interferon alfa 2B (IFNrec).

"Interferon alfa 2B: o medicamento cubano usado na China contra o coronavírus. Nosso apoio ao governo e povo chinês em seus esforços para combater o coronavírus", escreveu o presidente.

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O medicamento é produzido desde 25 de janeiro na fábrica chinesa ChangHeber, localizada na cidade de Changchun. O Interferon alfa 2B é um dos 30 medicamentos escolhidos pela Comissão Nacional de Saúde da China para curar a condição respiratória, segundo o portal Terra.

O IFNrec também é usado contra infecções virais causadas pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), papilomatose respiratória causada por papiloma humano, condiloma acumulado e hepatite tipos B e C e em terapias contra vários tipos de câncer. Cuba ainda não possui casos confirmados do novo coronavírus.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta sobre o uso de medicamentos para náuseas para gestantes contendo a substância ondansetrona - por risco de má-formação orofacial, como lábio leporino. A agência está recomendando cautela na prescrição dos medicamentos, após a divulgação de estudos que apontaram aumento de casos.

Essas pesquisas fizeram a Agência Espanhola de Medicamentos e Produtos Sanitários (Aemps) proibir o uso da substância durante a gravidez. Entidades médicas da área de ginecologia e obstetrícia dizem que o risco é considerado baixo e afirmam que a indicação deve ser feita quando outras medidas não tiverem sucesso.

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O informe da Anvisa foi dado no dia 2 e diz que os cuidados com a indicação devem ser feitos principalmente no primeiro trimestre da gravidez. A agência faz investigações sobre a situação. "Após a conclusão, há a possibilidade de contraindicar o uso desse medicamento por mulheres grávidas", informa. O órgão recomenda ainda que mulheres em idade fértil que fazem uso da medicação sejam orientadas a utilizar métodos contraceptivos eficazes.

A Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) se manifestou sobre o tema e disse que medicamentos com a substância se mostraram mais eficazes e com menos efeitos colaterais.

Presidente da Comissão Nacional Especializada em Assistência Pré-Natal da entidade, Olímpio Barbosa de Moraes Filho classificou o risco como "irrisório" e disse que a pesquisa é controversa. "A diferença é de três casos e é um estudo retrospectivo, então, é questionável." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Administração de Alimentos e Remédios dos Estados Unidos aprovou um novo tratamento para mulheres que sofrem com a perda do desejo sexual. O medicamento chamado de Vyleesi foi apelidado de "viagra para mulheres" e é indicado para aquelas que estiverem na pré-menopausa. A injeção deve ser aplicada pelo menos 45 minutos antes da relação sexual.

De acordo com a agência americana, o medicamento ativa os receptores de melanocortina, apesar de o mecanismo que melhora o desejo sexual e a angústia relacionada ao Transtorno do Desejo Sexual Hipoativo (TDSH) ser desconhecido.

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O remédio será comercializado pela AMAG Pharmaceuticals e os principais efeitos colaterais são náuseas, vômitos e dor de cabeça. O tratamento com Vyleesi não é recomendado para mulheres com pressão alta ou com doenças cardiovasculares, pois pode provocar aumento da pressão arterial. Além disso, pode reduzir significativamente os níveis de naltrexona, medicamento usado por pacientes com dependência de álcool ou de opioides.

A aprovação do novo tratamento, contudo, foi criticada por membros da comunidade científica dos EUA e entre o próprio público alvo, já que vários médicos questionam os efeitos do medicamento e a natureza da suposta desordem sexual em mulheres.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou o recolhimento de cerca de 200 lotes de medicamentos para o tratamento de hipertensão. Os remédios recolhidos possuem princípios ativos do tipo "sartanas", como a losartana, valsartana e irbesartana

A medida foi adotada após a Anvisa detectar impurezas, chamadas de nitrosaminas, no princípio ativo. Além do recolhimento, também haverá suspensão de fabricação, importação, distribuição, comercialização e uso dos insumos sob suspeita de contaminação. No total, foram feitas 14 suspensões de dez fabricantes internacionais.

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Também foi determinada a fiscalização de todas as fabricantes de medicamentos contendo "sartanas" disponíveis no mercado brasileiro.

Tratamento

A agência orienta que o tratamento de hipertensão não seja interrompido até que se faça a troca por outro medicamento. Isso porque a interrupção pode causar prejuízos imediatos, como risco de morte por derrame, ataques cardíacos e insuficiência renal. A troca da medicação deve ser feita após orientação de um médico ou de um farmacêutico.

Entidades europeias calcularam que o risco de câncer associado ao consumo contínuo de nitrosaminas é de um caso para cada grupo de 6 mil pessoas. Portanto, é baixo e está associado ao consumo diário e contínuo, em altas doses e durante cinco anos seguidos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Universidade Federal de Goiás (UFG) anunciou o desenvolvimento de uma nanopartícula capaz de capturar a cocaína em circulação na corrente sanguínea e, assim, evitar os efeitos da droga, até mesmo quando consumida em quantidades que causam “overdose” e podem levar à morte.

A nanopartícula é administrada por meio de medicamento intravenoso. Testes feitos com ratos nos laboratórios do Centro de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação em Fármacos, Medicamentos e Cosméticos da UFG, o FarmaTec, indicam a capacidade de captura de até 70% da cocaína no organismo e o retorno quase imediato da pressão arterial e dos batimentos cardíacos ao estado normal.

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“A pressão arterial e os batimentos cardíacos começam a voltar ao normal cerca de dois minutos após a administração da nanopartícula que desenvolvemos”, diz a farmacêutica Sarah Rodrigues Fernandes, em material de divulgação da UFG. Ela é autora da pesquisa, que resultou em sua dissertação de mestrado defendida há três semanas no Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas da universidade.

“Ao capturar a cocaína, a nanopartícula mantém a droga aprisionada em seu interior. Não permite que a droga se difunda pelo cérebro ou outras regiões do organismo. Possibilita, então, que haja tempo para uma terapia de resgate”, explica à Agência Brasil a farmacêutica Eliana Martins Lima, orientadora do trabalho e professora de nanotecnologia aplicada à área farmacêutica.

A cocaína aprisionada na partícula é retida pelo fígado na passagem da corrente sanguínea e é destruída no metabolismo feito pelo órgão.

“O que nós buscamos com isso foi viabilizar uma forma de que, no momento em que o paciente começa a perder sinais vitais, seja possível ao médico ou ao Samu [Serviço de Atendimento Móvel de Urgência] salvá-lo, reduzindo aquela dose tóxica que está na corrente sanguínea”, acrescenta a orientadora, que trabalhou como professora visitante no Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos.

Inovações

O experimento bem-sucedido traz duas inovações. Além de obter resultados quase imediatos para diminuir os efeitos da cocaína, a pesquisa muda e acrescenta o modo de usar nanotecnologia em terapias com medicamentos.

Desde os anos 1990, a nanotecnologia é utilizada para levar de forma mais eficaz partículas aos alvos no organismo que precisam de recuperação e proteção. O experimento mostra que a nanotecnologia também pode ser proveitosa para buscar e aprisionar substâncias e reverter um quadro crítico.

As chamadas partículas nanométricas, obtidas a partir de componentes químicos orgânicos naturais (lipídeos) e de moléculas de baixa massa (polímeros), são extremamente pequenas (1 nanômetro é 1 milhão de vezes menor que o milímetro) e, por isso, eficientes na circulação sanguínea.

Comercialização

A eventual disponibilização do medicamento para uso no socorro de pessoas em processo de overdose depende de parceria entre a universidade e laboratórios farmacêuticos. Até poder ser utilizado em seres humanos, o medicamento deve ser submetido a testes clínicos exigidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A produção de medicamento é investimento de médio a longo prazo. Além dos testes, a indústria farmacêutica precisa custear os laboratórios de fabricação em massa e fazer a comercialização. O laboratório que venha a se associar para a produção deverá fazer o registro para a venda.

“Nosso papel como universidade pública é formar pessoas altamente qualificadas, jovens cientistas, pesquisadores e, no meio desse caminho, produzir conhecimento novo. É muito importante, agora, que as indústrias farmacêuticas, percebam a capacidade de contribuir com esse processo de inovação e, dessa forma, identifiquem que vão conseguir manter um espaço importante no mercado”, diz Eliana.

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