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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou nesta sexta-feira (3) a inclusão de eventos adversos graves na bula do medicamento Olumiant (baricitinibe), da empresa Eli Lily do Brasil. 

Segundo a Anvisa, a alteração na bula inclui a adição da advertência de precaução para ocorrência de eventos cardiovasculares adversos maiores e a atualização sobre a ocorrência de tromboembolismo venoso e malignidade, incluindo linfoma. 

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De acordo com a agência, os eventos adversos foram identificados com base em estudo clínico e em estudo de coorte retrospectivo que avaliou pacientes em tratamento para artrite reumatoide. 

“Os prescritores devem considerar esses dados ao avaliar os benefícios e os riscos do tratamento com baricitinibe para cada paciente”, destacou.

Dois estudos clínicos iniciados no Rio de Janeiro buscam voluntários que tenham testado positivo para a Covid-19 e estejam na fase inicial da doença, com sintomas leves, para testar um medicamento novo contra o agravamento da infecção. Também podem participar pessoas que tenham algum familiar doente, para testar se o medicamento evita a contaminação. Os voluntários devem ter a partir de 18 anos de idade e serão acompanhados por 42 dias. 

São 29 centros autorizados a fazer os testes no Brasil, com os tratamentos desenvolvidos pelas empresas biofarmacêuticas americanas Pfizer e Clene Nanomedicine.  Na região metropolitana do Rio de Janeiro, os estudos serão conduzidos pelo Instituto Brasil de Pesquisa Clínica (IBPClin). De acordo com o diretor médico do IBPClin, Luís Russo, os voluntários com sintomas leves participarão do teste da Clene Nanomedicine. 

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“A pessoa tem que estar com a covid-19 nos primeiros cinco dias. É um estudo com um novo medicamento à base de nanotecnologia. É um composto líquido de nanopartículas de zinco e prata, para prevenir que a pessoa que pegue a doença seja hospitalizada. Ou seja, quando a pessoa pega a covid, tem o teste positivo, ela entra em contato com o nosso centro de pesquisa para utilizar essa medicação, para prevenir que ela evolua para um caso mais grave e precise de hospitalização”.  O outro tratamento utiliza a molécula PF-07321332, desenvolvido pela Pfizer, um antiviral da classe dos inibidores de protease, associado ao ritonavir. Russo explica que este estudo clínico é destinado a quem está com um familiar com covid-19, mas que tenha testado negativo para a doença. 

“A molécula PF-07321332 é utilizada junto com um outro antiviral, recém-aprovado pelas autoridades internacionais, que é o ritonavir, um comprimido. Estamos conduzindo um teste clínico para aquelas pessoas que não adquiriram a doença, mas que tem um familiar em casa, o marido, a esposa, uma tia, uma avó, que estão com covid-19”. 

Para ele, o tratamento em teste é um avanço importante para o combate à pandemia. Mais informações pelos telefones (21) 2527-7979 e (21) 98556-4888.

A Fundação Bill e Melinda Gates anunciou nesta quarta-feira (20) um investimento de até US$ 120 milhões para facilitar o acesso dos países pobres a um promissor medicamento contra a Covid-19 em forma de pílula.

O laboratório americano Merck Sharp & Dohme (MSD) desenvolveu um medicamento, o molnupiravir, que reduz muito o risco de hospitalização e morte quando tomado nos primeiros dias de infecção.

Este tratamento consiste em tomar comprimidos e, portanto, é fácil de administrar.

Além disso, representa uma alternativa às vacinas, principalmente para países que têm dificuldade de acessá-las.

Sua autorização está atualmente sob revisão pelo regulador de medicamentos dos Estados Unidos, a FDA.

O dinheiro investido pela Fundação Gates será usado para promover a produção de genéricos do medicamento por empresas, principalmente indianas, para as quais a MSD já concedeu licença.

O laboratório planeja fabricar as doses necessárias para 10 milhões de tratamentos antes do final do ano.

Mas grande parte pode beneficiar os países ricos, como tem sido o caso das vacinas.

"O fornecimento global (de vacinas) foi comprado pelos países ricos", comentou à AFP Trevor Mundel, presidente da divisão de saúde global da fundação.

"Temos que evitar que isso aconteça novamente", acrescentou.

Alguns fabricantes de medicamentos genéricos "disseram que podem produzir facilmente 10 milhões de tratamentos por mês, mas o problema é que provavelmente não o farão até verem qual é a demanda e quem pagará" por seu trabalho, explicou.

"É isso que queremos acelerar, não queremos que esperem", explicou.

A Fundação Gates também possibilitou o desenvolvimento de uma técnica "mais simples e econômica" para fabricar o fármaco, que foi compartilhada com os fabricantes de genéricos.

Também pretende investir parte do dinheiro em programas de comunicação sobre o uso desse produto, para que seja conhecido nos países e seja usado de maneira adequada.

A MSD em parceria com a Ridgeback Biotherapeutics conduziram um ensaio clínico entre cerca de 770 pacientes. Deste universo, em torno de metade recebeu um tratamento de cinco dias da pílula, e o restante, um placebo.

Todos os pacientes tinham covid-19, com sintomas que se desenvolveram nos cinco dias seguintes à designação para os respectivos grupos.

Dos pacientes que receberam molnupiravir, 7,3% foram hospitalizados, em comparação com 14,1% daqueles que receberam placebo, representando uma redução do risco relativo de cerca de 50%.

Não houve mortes entre aqueles tratados com molnupiravir, em comparação com oito, no segundo grupo.

As empresas afirmaram que a eficácia é a mesma contra todas as variantes, inclusive a delta, mais contagiosa, e que o medicamento é seguro.

Um projeto de medicamento contra a doença de Alzheimer, a partir de uma pista ainda pouco explorada, gera tímidas esperanças de tratamento, após vinte anos de poucos avanços neste campo tão difícil.

"Esses resultados (...) são particularmente promissores e representam uma novidade a partir de vários pontos de vista", explicou à AFP Andrea Pfeifer, chefe da empresa emergente AC Immune, que está desenvolvendo, junto a uma filial da gigante farmacêutica suíça Roche, um tratamento contra a demência senil.

Os dois grupos anunciaram no final de agosto resultados preliminares favoráveis, mas continuam com os testes para determinar a eficácia do medicamento. Os resultados ainda precisam ser publicados e analisados de forma independente.

O que torna este anúncio interessante é o fato de que a molécula que está sendo usada, a semorinemab, foi pouco explorada para buscar um tratamento para o Alzheimer, um campo em que os fracassos se multiplicam há duas décadas.

Este anticorpo monoclonal parece se concentrar na destruição de placas formadas por algumas proteínas, conhecidas como beta-amiloides, no cerébro dos pacientes. Ao comprimir os neurônios, essas placas são um dos grandes fatores da doença de Alzheimer.

Até agora, essa pista forneceu poucos resultados, com exceção de um tratamento de Biogen autorizado neste ano pelas autoridades de saúde dos Estados Unidos, embora seu interesse terapêutico não gere unanimidade.

Nos últimos anos, os laboratórios têm explorado outras direções: o comportamento anormal de outra categoria de proteínas, as denominadas 'tau', também presentes nos neurônios.

Nos pacientes de Alzheimer, essas proteínas se agrupam e acabam provocando a morte da célula.

Esse é o aspecto que interessa a AC Immune e a Roche. Estão tentando criar um anticorpo sintético que reconheça essas proteínas para destruí-las.

Esse tratamento foi administrado por quase um ano em pacientes em estado relativamente avançado da doença.

Segundo os dois laboratórios, o declínio de suas capacidades cognitivas, avaliado com o mesmo tipo de teste, foi reduzido quase pela metade, em comparação com os que não receberam o tratamento.

É a primeira vez que se anuncia um resultado positivo para um projeto de tratamento contra a proteína tau, após uma série de fracassos, entre os eles outro projeto da Biogen neste mesmo ano.

"Eu seria muito prudente: existe claramente um lado do marketing, embora seja certo que pode haver algo aí", explica à AFP o neurobiologista Luc Buée, especialista das doenças relacionadas à proteína tau.

É apenas um ensaio clínico precoce, de fase 2, com um número limitado de pacientes. Para confirmar o impacto do tratamento, terá que passar para a próxima fase, potencialmente com milhares de pacientes.

Este especialista lembra que vários projetos que exploraram a pista dos beta-amiloides deram bons resultados na fase 2, mas depois fracassaram na etapa seguinte.

Os resultados do semorinebab são mistos. Os testes cognitivos foram substancialmente melhores nos pacientes que receberam a molécula, mas em seu comportamento do dia a dia, no que é conhecido como declínio funcional, os pacientes não apresentaram melhora.

"É promissor e francamente positivo, mas ainda não cura", explica à AFP a neurobiologista Florence Clavaguera.

Por que essas diferenças nos resultados?

Clavaguera, assim como a AC Immune, tem uma hipótese: o declínio funcional é mais difícil de tratar e poderia apresentar melhorias dentro de vários meses, à medida que o ensaio clínico prossegue.

No entanto, o semorinemab é apenas uma pista para enfrentar o Alzheimer, alertam os especialistas.

"A longo prazo, será preciso combinar os dois tratamentos, um tratamento anti-tau e um tratamento anti-beta (amiloides)", afirma Clavaguera. "Em todos os casos de Alzheimer, ambas as proteínas são patológicas."

Na última quarta-feira (8), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que vai liberar o uso emergencial do Sotrovimabe, medicamento baseado em um anticorpo monoclonal, fabricado pela farmacêutica britânica GlaxoSmithKline para o tratamento de pacientes com Covid-19. Vale lembrar que seu uso é recomendado exclusivamente para pessoas que estejam infectadas de forma leve a moderada.

A substância vai funcionar como uma espécie de guardião dentro do sistema imunológico, já que o consumo do remédio vai atuar diretamente contra a proteína “spike”, pertencente ao novo coronavírus, e assim, vai bloquear qualquer tipo de contato entre a Covid-19 e as células humanas. De acordo a Anvisa, a tecnologia do medicamento também passa a ser funcional e eficaz contra novas cepas mutantes do vírus.

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A expectativa do uso do Sotrovimabe é que o número de hospitalizações seja reduzido e, portanto, será usado uma única dose do medicamento, somente nos hospitais. Entretanto, é importante destacar que o uso do remédio é contra indicado em pacientes com casos graves de Covid-19, que dependam de suplementação de oxigênio. Além disso, ainda não há certeza se o medicamento pode provocar efeitos colaterais ou reações em mulheres gestantes.

O Sotrovimabe é o quinto medicamento aprovado pela Anvisa, para combater as infecções por Covid-19. Em março houve a liberação do antiviral Remdesivir, e em abril um coquetel chamado Regn-CoV2. Já em maio a agência aprovou o conjunto dos anticorpos Banlanivimabe e Etesevimabe, e em agosto foi a vez do Regkirona.

 

 

A farmacêutica Biomm informou, em fato relevante na segunda-feira, 2, que recebeu autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para iniciar o estudo clínico de fase 3 do anticorpo monoclonal leronlimab no Brasil contra a covid-19.

De acordo com o CEO da companhia, Heraldo Marchezini, os testes ajudam a esclarecer as informações necessárias para encontrar uma nova alternativa no tratamento da covid-19 em pacientes internados.

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A investigação será realizada em 35 centros de pesquisa com 612 pacientes que se encontram hospitalizados e com necessidade de suporte para oxigenação. O objetivo do medicamento, segundo a farmacêutica, é impedir que a doença evolua para um caso mais grave, com necessidade de ventilação mecânica invasiva.

O leronlimab age para prevenir uma resposta excessiva do sistema imunológico de pacientes infectados com o novo coronavírus, reduzindo a superprodução de citocinas inflamatórias, também conhecidas como "tempestade de citocinas". "Esta tempestade inflamatória, que agrava a condição clínica significativamente, pode, muitas vezes, levar o paciente a óbito", declara a Biomm.

O ensaio clínico será conduzido pela Academic Research Organization (ARO) do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), em colaboração com a CytoDyn, empresa americana responsável pelo desenvolvimento do medicamento, e a Biomm, parceira exclusiva para a comercialização do leronlimab no Brasil.

Na última semana de julho, a deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) relatou publicamente ter sofrido um “apagão” de memória e acordado com fraturas e hematomas pelo corpo, sem saber se as lesões teriam origem acidental ou seriam fruto de agressão física. Após as declarações, diversos relatos de pessoas que utilizam o medicamento Stilnox, substância hipnótica usada para induzir o sono e à base de zolpidem, ganharam espaço na mídia por darem luz a experiências similares à da parlamentar, que também faz uso do fármaco há cerca de 20 anos. As histórias foram publicadas pelo jornal Folha de S. Paulo.

Cerca de 5% dos pacientes que fazem uso do hipnótico estão sujeitos a diminuição ou perda total da memória (amnésia), especialmente nas quatro primeiras horas após a ingestão, quando a medicação ainda está na corrente sanguínea. Desenvolvida há 30 anos, de início para regular o jet lag de pessoas que fazem viagens internacionais, a substância é considerada segura pelos médicos desde que usada de acordo com as indicações da bula, na dose certa e por tempo adequado.

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"A pessoa pode fazer e vivenciar coisas, que não ficam retidas na memória", afirma o psiquiatra Mauro Aranha. Nessa situação, mesmo parecendo estar acordado, o indivíduo não tem os mesmos reflexos nem o mesmo raciocínio.

Segundo o psiquiatra, se a pessoa acordar durante as quatro horas em que o fármaco circula na corrente sanguínea, ela pode não se lembrar do que fez. "Mas, se despertar quando a substância não está mais circulando no corpo, provavelmente já estará consciente dos próprios atos", explica.

A bula do medicamento alerta sobre "as propriedades farmacológicas do zolpidem, que podem causar sonolência, diminuição dos níveis de consciência —levando a quedas e, consequentemente, a lesões severas—, sonambulismo ou outros comportamentos incomuns (como dormir na direção e durante a refeição), acompanhado de amnésia".

Um advogado que também toma Stilnox, remédio usado pela deputada, e que pediu à reportagem para não ter o nome revelado disse que relacionou o cenário narrado por Joice a possíveis reações colaterais da substância antes mesmo de ela citar que faz uso do medicamento para dormir.

Nas palavras do advogado, "esse é um remédio que precisa ser tomado na cama e com a luz apagada", já que há riscos de a pessoa "se levantar no meio da noite e fazer coisas das quais não vai se lembrar no dia seguinte".

O advogado relata episódios malucos e até perigosos que vivenciou sob efeito do medicamento, como fazer macarrão em uma frigideira, deixar o gás aberto por sete horas e cair no banheiro. Ele diz que só descobriu os fatos no dia seguinte, ao ver indícios como a cozinha revirada e escoriações pelo corpo.

Apesar das experiências serem prescritas em bula, Joice Hasselmann não descarta a possibilidade de atentado. Segundo sua assessoria de imprensa, "os médicos descartaram a possibilidade de uma queda acidental" ter provocado as escoriações.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) até tenta passar a imagem de que defende a vacina, mas vez ou outra acaba expondo seu verdadeiro entendimento contra o único método de proteção contra a Covid-19. Em mais uma de suas tradicionais transmissões ao vivo, nessa quinta (22), ele voltou a defender vermífugos como parte do "tratamento" ao vírus.

Ao lado do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, o ex-astronauta Marcos Pontes, Bolsonaro questionou o interesse da população pelos imunizantes. No Brasil, dados do Ministério da Saúde apontam que mais de 383 mil pessoas morreram por conta do vírus. Só nessa quinta (22), mais de 45 mil casos foram confirmados e o país atingiu a marca de 14.167.973 infecções notificadas.

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"É impressionante como só se fala em vacina, né? Mas também, uma compra bilionária, no mundo todo, então é só vacina. Ninguém é contra a vacina. O Brasil, tirando os países que produzem vacinas, é o primeiro no mundo em valores absolutos em doses aplicadas", afirmou.

Enquanto Bolsonaro defendeu a nitazoxanida, popularizada no Brasil como Annita, o ministro da Ciência fez referência à Versamune, um imunizante desenvolvido em Ribeirão preto, no Interior de São Paulo, que ainda está em fase de testagem.

Durante a transmissão, Bolsonaro se manteve atento ao que falava para não citar seu 'kit covid', composto por hidroxicloroquina, ivermectina e azitromicina. De acordo com a nova política do Facebook e do Youtube, os vídeos com conteúdo sobre medicamentos ineficazes são retirados do ar. "Cuidado com certa palavra para não cair a live", comentou o presidente.

A empresa de produtos químicos e Farmacêuticas Roche entrou com um pedido para o uso emergencial de um medicamento conta a Covid-19, informou ontem, 2, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que avaliará a solicitação em até 30 dias, caso não seja necessário pedir documentação adicional para concluir a análise técnica.

Segundo boletim à imprensa, o medicamento é resultado da combinação de dois fármacos biológicos (casirivimabe + imdevimabe). A Anvisa informa que as primeiras 72 horas serão utilizadas para fazer uma triagem do processo e verificar se os documentos necessários estão disponíveis.

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Foram entregues pela Roche 3.626 páginas de dados e informações sobre o medicamento. Se houver informação importante faltando, a Anvisa pode solicitar ao laboratório. Para fazer a avaliação, a Anvisa utilizará o relatório técnico emitido pela autoridade americana (Food and Drug Administration - FDA).

De acordo com informações disponíveis no site do grupo Roch, o coquetel de medicamentos conta Covid foi testados em aproximadamente 23 mil pessoas em ensaios clínicos realizados em fevereiro de 2021. Os ensaios foram realizados em pacientes não hospitalizados e certos pacientes hospitalizados, incluindo o ensaio aberto em pacientes hospitalizados no Reino Unido e um ensaio para a prevenção de covid-19.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu, nessa quinta-feira (1º) à noite, o pedido de uso emergencial de um medicamento contra a Covid-19.

Segundo a agência, trata-se de uma combinação dos medicamentos biológicos (casirivimabe e imdevimabe) da empresa Produtos Roche Químicos e Farmacêuticas.

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A Anvisa informou que iniciará a triagem dos documentos presentes no pedido.

As primeiras 72 horas serão utilizadas para fazer uma triagem do processo e verificar se os documentos necessários estão disponíveis. Foram entregues pela empresa 3.626 páginas de dados e informações sobre o medicamento. “Se houver informação importante faltando, a Anvisa pode solicitar ao laboratório”, acrescentou a agência.

O prazo de análise é de até 30 dias, sendo que não é considerado o tempo do processo em status de exigência técnica, que é quando o laboratório precisa responder questões técnicas feitas pela agência.

Análise

Para fazer a avaliação, a Anvisa utilizará o relatório técnico emitido pela autoridade americana Food and Drug Administration (FDA), os dados do processo e as informações apresentadas na reunião de pré submissão à Anvisa.

De acordo com a agência, a análise do pedido de uso emergencial é feita por uma equipe multidisciplinar que envolve especialistas das áreas de registro, monitoramento e inspeção.

“A Anvisa atua conforme os procedimentos científicos e regulatórios, que devem ser seguidos por aqueles que buscam a autorização de medicamentos para serem utilizadas na população brasileira”, concluiu a agência.

Na manhã desta sexta-feira (12), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o primeiro medicamento com indicação contra a Covid-19 no Brasil, o antiviral Remdesivir. Entretanto, a entidade ressalta que há restrições para o tratamento e os pacientes devem ficar atentos às especificações do uso.

Para a terapia da Covid-19, o Remdesivir deve ser ministrado apenas em pacientes acima dos 12 anos, com mais de 40 quilos, que estejam obrigatoriamente com pneumonia e necessidade de oxigênio, desde que não estejam com ventilação mecânica ou em Oxigenação por Membrana Extracorpórea (ECMO).

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A Anvisa concluiu que os pacientes que tomaram Remdesivir tiveram um tempo menor de recuperação, com o tratamento específico de cinco a dez dias. Os estudos ainda sugerem que a maioria dos efeitos adversos estão relacionados às manifestações da própria infecção do que a terapia medicamentosa.

Sua produção passa por cinco fábricas nos Estados Unidos e uma na Irlanda, e o alto valor deve dificultar a aquisição no Brasil. "O medicamento é caro, para uso injetável.  [O infectologista Roberto] Medronho comenta que precisamos analisar se o custo de aquisição dele será menor que os beneficios que o medicamento traz, se o SUS terá capacidade de absorvê-lo", analisou a biomédica e cientista Mellanie Fontes-Dutra.

 Também nesta sexta (12), a vacina de Oxford/AstraZeneca foi registrada para fabricação local.

Um medicamento de anticorpo monoclonal reduziu a incidência de hospitalizações e mortes por Covid-19 em 85% na comparação com um placebo em um ensaio clínico, segundo a Vir Biotechnology e a GlaxoSmithKline, que desenvolvem a droga.

Com base nos resultados positivos, as empresas disseram nesta quarta-feira (10) que vão pedir imediatamente que as autoridades dos Estados Unidos e de outros países autorizem o uso do medicamento.

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As empresas disseram que um comitê de monitoramento independente recomendou que o estudo fosse interrompido mais cedo porque uma análise provisória de dados de 583 participantes mostrou que a droga, chamada VIR-7831, era altamente eficaz.

"Esperamos a oportunidade de tornar a VIR-7831 disponível para pacientes o mais rápido possível e de explorar ainda mais o seu potencial em outros cenários", disse o diretor científico e presidente de pesquisa e desenvolvimento da Glaxo, Hal Barron.

As empresas não divulgaram resultados detalhados do estudo, como a porcentagem de pacientes que foram hospitalizados ou morreram.

Os voluntários do estudo ainda serão monitorados por 24 semanas e mais dados vão ser publicados após a conclusão da pesquisa, segundo as empresas. O estudo está avaliando pacientes com sintomas leves ou moderados de Covid-19 que apresentam alto risco de progredir para um quadro grave.

Segundo as empresas, um outro estudo mostrou que o medicamento é eficaz contra as variantes do coronavírus identificadas no Reino Unido, África do Sul e Brasil, que os cientistas temem que possam ser resistentes a drogas de anticorpos monoclonais.

Na última segunda-feira (1°), a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou uma pesquisa que afirma que o medicamento hidroxicloroquina não deve ser usado no tratamento do combate ao coronavírus. O estudo foi publicado em uma das mais influentes e conceituadas revistas científicas do Reino Unido, a The BMJ (British Medical Association).

Já haviam indícios que a droga não apresentava eficácia no tratamento da Covid-19, porém, a mais recente pesquisa mostra de forma conclusiva que o uso do medicamento não apresenta evidências de melhora, e ainda pode trazer malefícios aos usuários. A orientação se aplica a todas as pessoas, independente da exposição ao vírus.

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A mensagem final da comprovação científica recomenda que os esforços para encontrar outros medicamentos mais promissores para prevenir a Covid-19 devem ser redirecionados. A pesquisa foi desenvolvida por especialistas, pesquisadores e médicos, envolvendo mais de seis mil participantes.

Desde o ano passado, o Presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), recomenda com frequência o uso da hidroxicloroquina no tratamento de pessoas com Covid-19, mesmo sem a comprovação científica. Uma das maiores polêmicas foi em julho de 2020, quando o presidente, em uma live, afirmou que contraiu o vírus, e após o uso do medicamento, obteve melhora nos sintomas.

A deputada federal Marília Arraes (PT) questiona a Prefeitura do Recife sobre a suposta falta de medicamentos essenciais para a manutenção do tratamento de pacientes internados com Covid-19 no Hospital Provisório Recife I, localizado na área central da capital pernambucana.

Segundo Marília, diversas denúncias de pessoas reclamando da falta de medicamentos bloqueadores neuromusculares foram enviadas para ela. A unidade de saúde que trata as pessoas que estão com o novo coronavírus estaria há dias sem esse medicamento, que é essencial para a utilização durante procedimentos de intubação de pacientes graves.

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Por conta disso, ela afirma que desde o dia 12 de janeiro questionou diretamente a Secretaria de Saúde do município, mas até o momento não foi respondida.

"É fundamental que a Secretaria de Saúde explique o que realmente está acontecendo. As pessoas que nos procuraram estão desesperadas e vieram pedir ajuda porque não conseguiram informações ou soluções do poder público municipal", diz a parlamentar.

Marília Arraes aproveitou para falar que a Prefeitura do Recife não detalhou como vai ser o plano de vacinação na capital. Segundo aponta, não se sabe quais as categorias dos profissionais de saúde serão imunizados nas fases iniciais da campanha. 

Cientistas do Reino Unido estão testando um novo medicamento, desenvolvido pela University College London Hospitals (UCLH) e AstraZeneca, que pode impedir que alguém exposto ao coronavírus desenvolva a doença Covid-19, e, assim, salvar muitas vidas, segundo publicação do The Guardian.

A terapia com anticorpos conferiria imunidade instantânea contra a doença e poderia ser administrada como um tratamento de emergência para pacientes internados em hospitais e residenciais para idosos para ajudar a conter os surtos.

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Pessoas que vivem em famílias onde alguém pegou Covid-19 também podem receber o medicamento para garantir que também não sejam infectadas. Também pode ser dado a estudantes universitários, entre os quais o vírus se espalhou rapidamente.

A médica Catherine Houlihan, virologista da University College London Hospitals que está liderando o estudo sobre o medicamento, disse que "se pudermos provar que este tratamento funciona e evitar que as pessoas sejam expostas ao vírus para desenvolver o Covid-19, seria uma adição importante ao arsenal de armas que está sendo desenvolvido para combater esse vírus terrível".

A equipe espera que o teste mostre que o coquetel de anticorpos protege contra Covid-19 por entre seis e 12 meses. Os participantes dos testes estão recebendo o medicamento em duas doses. Se for aprovado, será oferecido a alguém que foi exposto à Covid nos oito dias anteriores.

Segundo Houlihan, o remédio poderá estar disponível em março ou abril se for aprovado pelo regulador de medicamentos após análise das evidências do estudo. "A vantagem deste medicamento é que ele fornece anticorpos imediatos", disse Houlihan.

Um decreto assinado pelo Governo de São Paulo autoriza a isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no processo de importação dos medicamentos mais caros do mundo para o estado. A ordem que reduz o custo das substâncias aplicadas no tratamento da doença rara Atrofia Muscular Espinhal (AME), passou a valer na última quarta-feira (21).

Junto à determinação do poder público estadual, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) exigiu que um Projeto de Lei (PL) seja elaborado pelo governo e encaminhado à Assembleia Legislativa paulista. Caso aprovado pelos deputados estaduais, a isenção de ICMS para fármacos como Zolgensma e Nusirnesena/Spinraza pode passar a vigorar, de maneira permanente.

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Os medicamentos são prescritos para pacientes com AME e, para serem trazidos de fora do Brasil, têm o custo de cerca de USD 2 milhões (cerca de R$ 11,2 milhões). A doença degenerativa é rara e acomete uma a cada dez mil crianças nascidas no mundo.

O diagnóstico recomenda que os remédios estimulantes à produção da proteína SMN1, considerada fundamental para que o sistema motor dos pequenos se estabeleça, sejam administrados até os dois anos de idade. Além de não desenvolver os movimentos, a síndrome também atrapalha a consolidação do aparelho respiratório e leva as crianças à morte.

A pequena Aysha Goerigk, de apenas seis meses de vida, morreu no último sábado (26), antes de receber a medicação que esperava para curar a rara Atrofia Muscular Espinhal (AME). Os pais da criança, que moram na cidade de Americana (a 127 km da capital paulista) tentavam arrecadar quase R$ 12 milhões para importar o remédio Zolgensm, considerado o mais caro do mundo e usado nos casos mais graves da doença. O composto químico é o único capaz de auxiliar crianças que desenvolvem a síndrome no sistema motor.

O caso da menina do interior paulista ganhou repercussão nas redes sociais. A mãe e o pai de Aysha criaram uma conta no Instagram para angariar doações que ajudariam na aquisição do medicamento para salvar a criança. Além da tentativa de juntar o valor com os doadores da internet, um evento com alguns artistas que teria a arrecadação voltada ao tratamento foi mantido, embora a pequena tendo morrido horas antes. Os shows no esquema drive-in homenagearam Aysha e o valor da renda foi deixado à disposição dos pais e de outras entidades que prestam assistência às famílias vítimas da AME.

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Considerada uma doença incomum, a AME afeta um a cada dez mil nascidos. A síndrome não era passível de cura até a descoberta do Zolgensm e de medicamentos como Nusirnesena/Spinraza. O problema não permite que o corpo produza a proteína SMN, tida como fundamental para a vida dos neurônios motores. Sem a fabricação do composto orgânico, as vítimas ficam sem os comandos físicos e a força muscular para executar movimentos, além de terem a capacidade de respirar reduzida.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) prendeu, na noite do sábado (12), dois homens desviando medicamentos que abasteceriam um hospital público. O flagrante ocorreu em Nova Iguaçu-RJ.

Os policiais faziam ronda na BR-116 quando observaram dois homens realizando o transbordo de mercadorias em dois carros dentro de um posto de combustíveis. Durante abordagem, a dupla se identificou como servidores públicos municipais e apresentaram uma guia de remessa para hospital.

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Os suspeitos não souberam explicar o motivo de estarem colocando o material em outro veículo. Eles foram encaminhados para a Delegacia de Nova Iguaçu. Ao todo, foram apreendidos 435 antibióticos em 33 caixas.

O laboratório francês Sanofi anunciou nesta terça-feira que os testes clínicos internacionais de fase 3 sobre a eventual eficácia de seu medicamento Kevzara para o tratamento das formas severas de Covid-19 não apresentaram resultados conclusivos.

O ensaio de fase 3, ou seja, a etapa de testes em larga escala, "não alcançou o critério de avaliação principal nem secundário, comparativamente ao placebo e, nos dois casos, além dos cuidados hospitalares habituais", afirma o grupo francês em um comunicado.

No momento, a Sanofi e o laboratório americano Regeneron - parceiro no desenvolvimento do remédio, lançado em 2017, para tratar a artrite reumatoide - não pretendem organizar outros estudos clínicos com o Kevzara para o tratamento de Covid-19.

O teste avaliava a eficácia do Kevzara (sarilumab) no tratamento de formas severas de Covid-19 com 420 pacientes e foi organizado na Alemanha, Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Espanha, França, Israel, Japão e Rússia.

"Apesar de não ter apresentado os resultados que esperávamos, estamos orgulhosos do trabalho realizado pela equipe que ficou responsável por aprofundar nossos conhecimentos sobre a potencial utilização do Kevzara no tratamento da covid-19", afirmou o doutor John Reed, diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Sanofi, citado no comunicado.

O Ministério Público Federal (MPF) quer manter a decisão da Justiça Federal em 1ª instância que estipulou multa diária de R$ 1 mil à União pelo não fornecimento de medicamentos de alto custo ao estado de Pernambuco.

A Justiça Federal em 1ª instância já havia determinado, por meio de liminar, que a União enviasse ao estado de Pernambuco, com urgência, medicamentos do Grupo 1A do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (Ceaf), o que não foi cumprido.

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Entre os remédios desse grupo, estão os de uso contínuo, para pessoas com doenças crônicas, e os imunossupressores, para pacientes transplantados. São eles: Abatacepte, Alfaepoetina, Bimatoprosta, Cinacalcete, Donepezila, Entecavir, Etanercepte, Everolimo, Imunoglobulina humana, Latanoprosta, Metotrexato, Pramipexol, Quetiapina, Rivastigmina, Sevelâmer, Tacrolimo, Tafamidis e a Trastuzumabe.

No parecer, o procurador regional da República Domingos Sávio Tenório ressalta que a aquisição desses fármacos é de responsabilidade da União, conforme previsto em lei. “A desídia (negligência, indolência, desleixo) da União frente ao comando judicial emitido pode resultar em grave lesão à saúde ou mesmo pôr em risco a vida das pessoas interessadas. Não há dúvida, portanto, que a aplicação de multa diária como meio coercitivo para impor o cumprimento de tutela de urgência deferida pela Justiça Federal em 1ª instância mostra-se válida e legítima”, assinala.

A União recorreu da decisão alegando ser incoerente a incidência da referida multa e solicitando, se for mantida a punição, que o valor seja reduzido. “É totalmente descabida a pretensão recursal. Não há razão para a retirada e nem para a redução do valor estipulado”, ressalta Domingos Sávio Tenório.

Da assessoria do MPF

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