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Uma pesquisa do Procon Recife registrou uma variação de até 345,4% no preço de remédios. O mesmo levantamento constatou que, em média, o preço dos genéricos é 50% mais barato em relação aos “de marca” na capital pernambucana.

O medicamento de referência Propranolol, na versão de 40 mg com 30 comprimidos, foi encontrado com o menor preço em R$ 2,50 e maior em R$ 10,62. Já o medicamento genérico na fórmula Furosemida, na apresentação de 40 mg com 20 comprimidos, foi encontrado no menor preço por R$ 3,30 e maior preço R$ 14,70.

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Segundo o secretário executivo do Procon Recife, José Neves, as diferenças de preços não se justificam. “Uma variação de preços tão alta como esta demonstra um grande desrespeito do fornecedor para com o consumidor”, disse. 

A recomendação do Procon é que os consumidores verifiquem a lista de Preços Máximos dos medicamentos, disponível no site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Também devem ser consultadas as listas de preços disponíveis ao consumidor nas farmácias e drogarias, conforme determinação contida na Resolução da Câmara de Resolução do Mercado de Medicamentos (CME), órgão que estabelece o preço máximo dos medicamentos vendidos no Brasil. 

A pesquisa completa do Procon pode ser acessada aqui. O órgão possui uma ouvidoria no telefone 0800 28 11 311 e atende ao público de segunda à sexta, das 8h às 13h, na Rua Carlos Porto Carreiro, 156, bairro do Derby. 

O sofrimento com uma doença, o enfrentamento das filas de transplante e, enfim, a conquista do novo órgão para que a vida possa ser seguida normalmente. Esta é a realidade que muitos pacientes esperam, mas encontram um grande entrave. A falta de medicamento para evitar a rejeição do órgão transplantado pode causar colapso no atendimento a esses doentes.

“Há duas semanas estamos recebendo pacientes que foram receber o medicamento na farmácia do governo e eles têm voltado sem o Tacrolimo, um imunossupressor que não pode ser substituído e faz com que o paciente não rejeite o órgão. Estamos com medo de um colapso progressivo”, conta um profissional da área da saúde que não quis se identificar.

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O que é alegado para esses profissionais é de que haverá o lançamento de edital de licitação para a aquisição do medicamento. No entanto, o processo deve demorar, no mínimo, três meses. “A falta acontece com frequência e, dessa vez, para os pacientes eles avisam que pode chegar no final da próxima semana”, conta Antônio da Silva, esposo de paciente transplantada.

De acordo com os profissionais de saúde, existem pacientes que precisam de dois comprimidos por dia, mas também há casos em que é necessário ministrar dez cápsulas ao dia. “O medicamento também pode ser encontrado nas farmácias comuns, mas seu custo gira em torno de R$ 700 por caixa, o que deixa muito custoso, visto que seu uso é por tempo indeterminado e pode durar a vida inteira”.

O sentimento dos familiares ao ver seus entes passando por essa situação é de dor. “É muito ruim pra nós porque acompanhamos tudo sobre o processo, sabemos que o custo dessas cirurgias para o governo é muito alto e que por tão pouco pode comprometer todo o esforço. É uma situação bem complicada”, lamenta Antônio.

A preocupação é a mesma para os profissionais de saúde. “A situação é bem complicada, porque o paciente sabe das consequências da falta de remédio para ele e isso mexe com o seu psicológico. Nós também não sabemos o que fazer sem esse medicamento que nem pode ser substituído”.

O Portal LeiaJá entrou em contato com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), que informou ter adquirido um lote de 7.900 unidades do medicamento - quantidade que cobriria o período de quatro meses -, no entanto, nesta semana o insumo já havia acabado. "O medicamento Tacrolimo é fornecido pelo Ministério da Saúde (MS) e também adquirido pela própria SES. O quantitativo adquirido pela SES chegou nesta semana e já foi repassado aos usuários". No entanto, o MS atrasou a entrega da parte que lhe cabe no fornecimento do medicamento, favorecendo o fim da quantidade comprada pelo Estado antes do prazo estimado. "A expectativa é que o quantitativo referente ao MS, que é um quantitativo maior, chegue já na próxima semana para regularizar o fornecimento do remédio".  

Amplamente prescrito às pessoas que sofrem de artrose, o paracetamol não permite aliviar de maneira eficaz as dores ou melhorar as capacidades físicas - é o que diz um estudo publicado nesta sexta-feia (18) pela revista médica The Lancet.

O estudo conduzido sobre 22 tratamentos ao todo - diferentes doses de paracetamol e sete medicamentos anti-inflamatórios - mostrou que o paracetamol não apresentava "eficácia clinicamente significativa" mesmo que seja "um pouco melhor" do que um placebo.

A artrose é uma doença inflamatória que gera dores, inchaços, atrofias e uma perda do funcionamento das articulações. Ela atinge quase 10% dos homens e 18% das mulheres com mais de 60 anos.

O medicamento que se mostrou mais eficaz contra as dores ligadas à artrose foi o anti-inflamatório diclofenaco a uma dose de 150mg/dia, à frente de outros anti-inflamatórios como o ibuprofeno, o naproxeno e o celecoxibe.

Estes anti-inflamatórios não-esteróides (AINEs) não podem ser prescritos por longos períodos de tempo, já que possuem efeitos colaterais importantes - problemas digestivos, cutâneos ou cardíacos.

"É por isso que o paracetamol normalmente é prescrito mais do que os anti-inflamatórios não-esteróides para gerar as dores a longo prazo, mesmo que nossos resultados sugiram que ele não é eficaz, não importando a dosagem, para aliviar a dor provocada pela artrose", aponta Sven Trelle, médico da universidade de Berna que dirigiu o estudo.

O estudo consistiu em recuperar dados obtidos com 60.000 pacientes que participaram de testes clínicos cujos resultados foram publicados entre 1980 e 2015.

Hoje, na maior parte dos países, as recomendações são prescrever inicialmente paracetamol aos pacientes que sofrem de artrose e, caso seja necessário, um anti-inflamatório não-esteróide.

Num comentário anexado ao estudo, Nicholas Moore, do departamento de farmacologia da Universidade de Bordeaux, aponta que o "resultado não é completamente inesperado (...) a eficácia do paracetamol jamais foi estabelecida ou quantificada para as doenças crônicas e é provavelmente inferior ao que muitos imaginavam".

"A única preocupação é uma sobredose", ressaltou.

O paracetamol é muito tóxico para o fígado em caso de sobredose, mas pode também excepcionalmente ter efeitos cutâneos ou hematológicos em doses mais fracas.

O paciente que estava em estado de morte cerebral após participar de um teste clínico para um novo medicamento na cidade francesa de Rennes (noroeste) morreu neste domingo - informou o hospital onde estava internado.

"O paciente em estado de morte cerebral morreu ao meio dia", disse o centro médico em comunicado, precisando que "o estado de saúde dos outros cinco pacientes hospitalizados continua sendo estável".

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Desses cinco pacientes, quatro apresentavam problemas neurológicos, cuja gravidade não foi especificada. O quinto ainda não apresentou sintomas. "Os outros 84 voluntários expostos ao medicamento" já foram contatados, de acordo com o hospital. Destes, dez foram atendidos e examinados no sábado à tarde, no mesmo centro médico, que explicou que "as anormalidades clínicas e radiológicas presentes em pacientes hospitalizados não foram encontradas nestes dez voluntários".

O teste, que pesquisava os efeitos de um novo analgésico, estava sendo conduzido pela Biotrial, um laboratório privado implantado em Rennes reconhecido pelas autoridades. O medicamento foi desenvolvido pelo grupo farmacêutico português Bial.

Um medicamento usado para tratar o alcoolismo em combinação com outras substâncias poderão contribuir para a erradicação do vírus da aids nas pessoas soropositivas em tratamento - é o que aponta um estudo divulgado nesta terça-feira (17).

O medicamento, chamado disulfiram, acorda o vírus adormecido no organismo infectado, permitindo assim destruir tanto o vírus quanto as células que o abrigam - e isso sem efeitos colaterais, notam os autores da pesquisa, publicada na revista especializada The Lancet HIV.

Atualmente um tratamento antirretroviral (ART), um coquetel de medicamentos padrão chamado terapia tripla, permite manter o vírus (hiv) em controle nos pacientes soropositivos, mas sem deixá-los completamente livres.

O vírus permanece à espreita no organismo das pessoas tratadas, de forma latente (inativo). Este reservatório, difícil de alcançar, é um dos maiores obstáculos para o desenvolvimento de um tratamento para proporcionar alguma cura. "Acordar" o vírus latente é uma estratégia promissora para livrar o paciente do hiv.

Mas "despertar o vírus é apenas o primeiro passo para eliminá-lo", disse Julian Elliot, diretor de pesquisa clínica no departamento de doenças infecciosas no Hospital Alfred de Melbourne (Austrália), primeiro autor do estudo. "Agora, temos que trabalhar a maneira como nos livrarmos das células infectadas", acrescentou.

Outras drogas foram também testadas para atacar o reservatório de hiv, mas sem muito sucesso, ou que se mostraram tóxicas. No ensaio clínico liderado por Sharon Lewin, diretora do Instituto Doherty em Melbourne, 30 pessoas em tratamento antirretroviral receberam doses crescentes de disulfiram durante um período de três dias.

Na dose mais elevada, a estimulação do hiv adormecido sem reações adversas nos pacientes, foi obtida, de acordo com os autores. "Este teste mostra claramente que o dissulfiram não é tóxico e é seguro de usar, e que poderia muito provavelmente ser o único a mudar a história", disse Lewin em comunicado divulgado por seu instituto.

O próximo passo, segundo os pesquisadores, é testar esta droga em combinação com outras, tendo como alvo o próprio vírus. "O resultado obtido continua insuficiente", disse à AFP Brigitte Autran, especialista em imunologia e em aids da Universidade Pierre et Marie Curie/Inserm, em Paris, e co-autora de um comentário acompanhando o artigo.

"Ainda estamos muito longe de encontrarmos a solução para obtermos uma verdadeira cura dos pacientes soropositivos e até mesmo uma remissão que permitiria suspender o tratamento", afirmou a especialista.

Com mais de 34 milhões de mortes até hoje, o hiv continua sendo um grande problema de saúde pública, segundo a OMS. No final de 2014, registrava-se cerca de 36,9 milhões de pessoas vivendo com o hiv.

Apesar de pregar um discurso de previsibilidade, o governo trava uma batalha com a indústria farmacêutica, que vive indefinição sobre os preços de medicamentos que serão praticados no ano que vem. Mais uma vez, a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed) não divulgou o fator de produtividade ou fator X da indústria, variável essencial para o cálculo dos reajustes que serão feitos em março de 2015 e necessários para a realização do orçamento de 2016. A indústria ameaça ir à Justiça.

Saúde pode ter que gastar R$ 1,5 bilhão com remédios

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O fator, que é calculado pela Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, teria de ser divulgado em setembro para que as empresas conseguissem fazer cálculos básicos de planejamento para o ano seguinte. Mas o governo não tem respeitado a regra. Em resposta, o presidente da Sindusfarma, Nelson Mussolini, afirmou ao Broadcast Político, serviço de informação online do Grupo Estado, que o sindicato entrará com uma notificação judicial para que o fator seja divulgado rapidamente e, caso contrário, quer considerar fator de produtividade zero - de forma que os medicamentos serão reajustados pela inflação. "O governo está descumprindo norma que ele mesmo fez."

O discurso da transparência e previsibilidade foi empregado pelo presidente da Cmed, Leandro Safatle, quando apresentou aos industriais a proposta de divulgação em setembro. O fator X é calculado com base em números específicos do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do setor. Esses dados não são públicos e a série não fica disponível para que a indústria possa realizar cálculos. Segundo apurou o Broadcast, algumas empresas multinacionais do setor estão com dificuldade de apresentar à matriz as explicações para a demora, já que o governo não apresenta uma justificativa oficial para o atraso. Nem o Ministério da Fazenda nem a Anvisa se manifestaram até as 20 horas de ontem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Além do impacto para o consumidor, o próprio governo sofreria com um reajuste de remédios com base no índice de inflação. No início da semana, ao falar sobre racionalização de gastos, o ministro Joaquim Levy destacou a importância de desenvolver diretrizes para a escolha de medicamentos, já que esse é um dos elementos mais caros no orçamento da Saúde.

Neste ano, o governo espera gastar R$ 14,3 bilhões com a compra de remédios. Aplicando o possível reajuste que leva em consideração a inflação de 2015 - já próxima dos 10% -, o custo desses medicamentos teria um acréscimo de quase R$ 1,5 bilhão no ano que vem, considerando a mesma quantidade comprada. Hoje, o reajuste de medicamentos é calculado por meio de uma fórmula definida pela Cmed, em que o reajuste é igual ao IPCA menos três fatores - fator de produtividade, parâmetros calculados de acordo com a variação de tarifa de energia elétrica e de taxa de câmbio (fator Y), por exemplo, e incorporação de índices internacionais (fator Z).

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As datas para divulgação dos outros dois índices é: fator Y até 30 dias antes do reajuste anual e o Z 60 dias após o término do prazo para entrega do relatório de comercialização das empresas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) passará a produzir medicamento para esclerose múltipla, doença crônica do sistema nervoso central que atinge cerca de 35 mil pessoas no País. O acordo de transferência de tecnologia foi assinado nesta quarta-feira (9) entre o Merck, laboratório que detém a patente do biofármaco Rebif, o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio- Manguinhos/Fiocruz) e o laboratório privado BioNovis. Pelo contrato, em sete anos o Bio-Manguinhos terá capacidade de produzir o remédio. A partir de novembro, a distribuição para o SUS já será feita pelo convênio - a previsão é de economia de US$ 8 milhões no primeiro ano e entre US$ 27 milhões e US$ 30 milhões ao longo da transferência.

A esclerose múltipla é doença incurável que afeta cérebro, cerebelo e medula espinhal. O paciente tem surtos desencadeados pelo processo inflamatório no sistema nervoso central - quando o organismo "trabalha" contra a inflamação, formam-se placas (espécie de cicatrizes, também chamadas de escleroses). Com o tempo e os sucessivos surtos, as funções cognitivas sofrem alterações e aparecem sintomas como rigidez nas pernas, fadiga, dificuldades na fala e para engolir. A esclerose múltipla atinge principalmente mulheres entre 20 e 40 anos.

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O medicamento que será produzido por Bio-Manguinhos, o betainterferona 1a subcutânea (Rebif é o nome comercial), reduz os surtos. "Ele atua contra a inflamação e as lesões no cérebro. A doença é incurável, mas se o remédio é tomado regularmente, consegue-se diminuir os chamados surtos", explica o diretor de Bio-Manguinhos, Artur Couto. São necessárias três doses injetáveis semanalmente do remédio. De acordo com a Merck, cerca de 27% dos pacientes no Brasil são tratados com o medicamento, distribuído pelo SUS desde 2001.

Esse é o quinto biofármaco - medicamento feito a partir de células vivas - que Bio-Manguinhos produz por meio de transferência de tecnologia. "Há economia na aquisição dos medicamentos, já que o laboratório reduz o preço por garantir o mercado. Mas o principal ponto é o impacto que traz para a cadeia produtiva: tem o fornecimento de matéria prima, a embalagem passa a ser nacional, contratação de mão de obra", afirmou Couto.

Bio-Manguinhos já tem instalações para a produção da betainterferona. Serão feitas adaptações no laboratório. "O processo de produção de um biofármaco é pouco mais caro do que os remédios tradicionais. A instalação é mais complexa, precisa operar 24 horas. Desde o início a proposta era ter diferentes medicamentos sendo produzidos para evitar que a fábrica ficasse ociosa", disse o diretor.

O instituto também produz alfaepoetina, indicada para o tratamento de anemia por insuficiência renal crônica, em pacientes oncológicos, entre outros casos; alfainterferona 2b, para hepatites crônicas pelos vírus B e C; alfataliglicerase, para doença de Gauche; e infliximabe, para a doença de Crohn e artrite reumatoide, entre outras.

Médicos residentes do Hospital Getúlio Vargas (HGV) prometem iniciar uma paralisação e realizarem um ato público nesta quinta-feira (27), às 8h. Segundo o Sindicato dos Médicos de Pernambuco, o protesto é em virtude do descaso na unidade de saúde. Eles denunciam a falta de segurança, de medicamentos e superlotação. A paralisação atingirá os serviços de ambulatório, enfermaria, cirurgias eletivas e emergência, e se estenderá até o próximo domingo (30), com exceção apenas da emergência.

De acordo com um dos residentes do HGV, Mauriston Martins, a situação, chegou ao limite. Segundo relatos dele, nas últimas semanas o hospital sofreu com ações de vândalos, furtos e violência.

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Para o vice-presidente do Simepe, Tadeu Calheiros, o movimento é legitimo e visa defender condições de trabalho adequadas e segurança para prezar a integridade física, tanto dos profissionais quanto dos pacientes. O Simepe garante que a situação do hospital já foi exposta a direção do HGV e até o momento não houve respostas concretas. No entanto, os residentes aguardam um posicionamento e soluções efetivas da gestão.

Basta sentir algum tipo de dor que muitas pessoas recorrem aos remédios, ou melhor, aos paliativos que camuflam os sintomas das enfermidades. No entanto, esse gesto tão corriqueiro pode trazer mais malefícios que benefícios. Desde combinação inadequada - com um medicamento anulando o efeito de outro – até reações alérgicas e consequências mais graves como dependência e morte.

De acordo com a coordenadora da Assistência Farmacêutica do Hospital Esperança do Recife, Ana Alice Monteiro, cada paciente exige um atendimento específico e uma necessidade muito particular, por isso, o indicado é não se automedicar. “Cada paciente tem suas particularidades e um mesmo medicamento pode ser adequado para tratar um caso, mas não outro, a depender do histórico familiar e quadro clínico apresentado. Além disso, ainda há dosagens e períodos específicos para cada pessoa, que devem ser seguidos conforme prescrição médica” orienta.

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Além disso, a ingestão inapropriada de medicamentos pode ainda agravar uma doença. Como por exemplo, o uso abusivo de antibióticos, que pode facilitar o aumento da resistência de micro-organismos. Atualmente, essa classe de medicamentos tem venda controlada mediante retenção de via da receita médica. “Bactérias multirresistentes são agravantes de diversas doenças, como a tuberculose, por exemplo”, salienta a profissional.

A profissional também alertou que a prática citada pode gerar graves consequências, como contração dos vasos sanguíneos, retenção de sódio, aumento da pressão arterial e lesões hepáticas e renais.

OMS - Conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS), aproximadamente, 50% dos pacientes tomam medicamentos de forma incorreta. Com isso, também aumentam os casos de reações alérgicas com sintomas dos mais variados, desde prurido (coceira) e retenção de liquido até falta de ar e edema da glote. Já o Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox), da Fundação Oswaldo Cruz, alerta para outro perigo: medicamentos são a principal causa de intoxicação no Brasil, ficando à frente de produtos de limpeza, agrotóxicos e alimentos estragados. A causa lidera o ranking desde 1994.

Com informações da assessoria de imprensa

Após o Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) ter entrado com uma ação devido a de falta de medicamento antineoplásicos no Hospital Universitário Oswaldo Cruz, a Justiça Federal determinou ao Estado de Pernambuco, nesta segunda-feira (13), o repasse dos recursos necessários ao hospital, bem como a aquisição e o fornecimento dos antineoplásicos e coadjuvantes. O remédio em questão é usado no tratamento de pacientes de oncologia e hematologia.

A decisão foi tomada pelo juiz titular da 21ª Vara Federal, Francisco Barros, e tem como finalidade restabelecer a admissão de pacientes externos em UTI, cirurgias e procedimentos com médio e alto risco de complicações pós-operatórias (serviços que haviam sido suspensos pela Ordem de Serviço n°31/2015 da GEHUOC).  

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O Estado tem 10 dias a contar da data da intimação e juntada do documento aos autos do processo para restabelecer os serviços e abastecer o Oswaldo Cruz com os medicamentos necessários.

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>> Oswaldo Cruz tem 48 horas para repor estoque de remédios

A Netfarma, farmácia digital voltada exclusivamente ao consumidor final, divulgou comunicado nesta quinta-feira, 02, informando que "nunca participou de licitações públicas" e não fornece medicamentos para o mercado hospitalar. A empresa diz ainda que foi constituída no final de 2012, portanto, após o período investigado no processo administrativo instaurado pela Superintendência Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para apurar suposta prática de cartel em licitações públicas destinadas à aquisição de medicamentos.

Segundo nota divulgada pela assessoria do Cade, onde constam os nomes de 15 empresas, evidências apontam ter havido frequente comunicação entre elas com o objetivo de se coordenarem para fixar preços e combinar condições e vantagens em licitações, restringindo a concorrência e o caráter competitivo das licitações.

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A prática, segundo o órgão antitruste, teria ocorrido pelo menos de 2007 a 2011, em alguns Estados do País, como Minas Gerais, São Paulo, Bahia e Pernambuco. Entre os remédios estão antidepressivos, ansiolíticos, analgésicos, sedativos, anticoagulantes, além de medicamentos para hipertensão, refluxo e tosse.

A Superintendência Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) instaurou nesta quinta-feira (2) processo administrativo para apurar suposta prática de cartel em licitações públicas destinadas à aquisição de medicamentos. Segundo nota divulgada pela assessoria do Cade, evidências apontam que 15 empresas teriam mantido frequente comunicação com o objetivo de se coordenarem para fixar preços e combinar condições e vantagens em licitações, restringindo a concorrência e o caráter competitivo das licitações.

A prática, segundo o órgão antitruste, teria ocorrido pelo menos de 2007 a 2011, em alguns Estados do País, como Minas Gerais, São Paulo, Bahia e Pernambuco. Entre os remédios estão antidepressivos, ansiolíticos, analgésicos, sedativos, anticoagulantes, além de medicamentos para hipertensão, refluxo e tosse.

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Estão na lista de investigadas as empresas: Comercial Cirúrgica Rioclarense Ltda., Cristália Produtos Químicos Farmacêuticos Ltda., Dimaci Material Cirúrgico Ltda., Drogafonte Medicamentos e Material Hospitalar, Hipolabor Farmacêutica Ltda., Laboratório Teuto Brasileiro S/A, Macromed Comércio de Material Médico e Hospitalar Ltda., Mafra Hospitalar Ltda., Merriam Farma Comércio de Produtos Farmacêuticos Ltda., Netfarma Comércio Online S/A, NovaFarma Indústria Farmacêutica, Prodiet Farmacêutica Ltda. (atual Profarma Specialty S/A), Rhamis Distribuidora Farmacêutica Ltda., Sanval Comércio e Indústria Ltda., e Torrent do Brasil Ltda.

Segundo o Cade, dirigentes e representantes dessas empresas monitoravam as licitações para acertar quais seriam as vencedoras e os valores a serem ofertados por cada uma. Havia ainda uma combinação sobre como os lotes das licitações seriam divididos, quais empresas apresentariam propostas ou lances de cobertura, e quais retirariam suas propostas ou não apresentariam lances.

Os acusados serão agora notificados para apresentar defesa e, ao final da instrução processual, a superintendência do Cade irá sugerir a condenação ou arquivamento do processo e remeterá o caso para julgamento pelo tribunal do órgão antitruste, a quem cabe a decisão final.

O Instituto de Tecnologia em Fármacos, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), obteve nesta segunda-feira (24) o registro de novo medicamento contra a tuberculose, o 4 em 1, que reúne quatro princípios ativos em um só comprimido. O deferimento foi dado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). De acordo com a Fiocruz, somente no ano passado, o Brasil registrou 71.123 novos casos da doença.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), essa formulação em dose fixa combinada é a mais eficaz no combate à tuberculose. O medicamento permite melhor adesão e redução das taxas de abandono do tratamento, que é demorado. Os princípios são: rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol.

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A fabricação do 4 em 1 por Farmanguinhos é fruto de parceria feita em 2010 com o laboratório indiano Lupin. De acordo com a gerente do projeto na Coordenação de Desenvolvimento Tecnológico da Farmanguinhos, Gisele Moreira, ao longo de três anos, o instituto receberá gradualmente a tecnologia para a produção no Complexo Tecnológico de Medicamentos (CTM), no Rio de Janeiro.

“De acordo com o cronograma, a produção em Farmanguinhos deve começar em 2017”, informou Gisele. Nesse período inicial, o laboratório indiano se compromete a abastecer o Sistema Único de Saúde (SUS) com o medicamento.

Segundo o Ministério da Saúde (MS), anualmente, o Brasil gasta cerca de R$ 11 milhões em ações contra a tuberculose. Com o 4 em 1, a Farmanguinhos ampliará para quatro a linha de medicamentos para tratamento da doença, já que produz também a etionamida, a isoniazida e a isoniazida + rifampicina.

A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível, que afeta principalmente os pulmões. São notificados anualmente cerca de 6 milhões de novos casos em todo o mundo. Embora curável em praticamente 100% das novas ocorrências, a doença mata mais de 1 milhão de pessoas por ano, informa a Organização Mundial da Saúde. A tuberculose matou mais de 4,4 mil brasileiros em 2012.

Entre os mais vulneráveis à doença estão os moradores de rua, cujo risco de infecção é 44 vezes maior do que o da população geral. Em seguida, vêm as pessoas com HIV/aids, cujo risco é 35 vezes maior, a população carcerária, com 28 vezes mais risco, e os indígenas, com risco três vezes maior.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta quinta-feira (13) o registro de uma nova associação de fármacos para o tratamento da tuberculose no país. O novo medicamento traz a combinação de rifampicina com a isoniazida, a apirazinamida e o etambutol e é indicado para tuberculose pulmonar e extrapulmonar, na fase inicial intensiva do tratamento.

De acordo com a Anvisa, o esquema básico, com quatro substâncias, favorece a maior adesão ao tratamento. A combinação, segundo a agência, também evita o aumento da multirresistência da doença e possibilita maior conforto ao paciente devido à redução do número de comprimidos a serem ingeridos por dia. O registro do novo medicamento é resultante de uma parceria público-privada entre os laboratórios Farmanguinhos e Lupin Limited.

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A agência destacou que a tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível que afeta prioritariamente os pulmões, mas que tem cura. Anualmente, são notificados ao menos 6 milhões de novos casos no mundo e mais de 1 milhão de mortes. “O surgimento da aids e o aparecimento de focos de tuberculose resistente a medicamentos agravam ainda mais esse cenário”, esclareceu a agência.

No Brasil, a cada ano, são notificados aproximadamente 70 mil novos casos de tuberculose, além de 4,6 mil mortes em decorrência da doença. O país ocupa o 17º lugar entre as 22 nações responsáveis por 80% do total de casos de tuberculose no mundo.

Em resposta à epidemia de Ebola, a maior registrada na história, agências reguladoras de medicamentos devem concentrar esforços e ampliar a cooperação para acelerar a avaliação de tratamentos potencialmente capazes de combater a doença. O apelo foi feito por representantes das agências, em um documento divulgado no encerramento da 16.ª Conferência Internacional de Autoridades Reguladoras de Medicamentos, realizada no Rio.

Pela manhã, participantes do encontro observaram que um número restrito de medicamentos foi desenvolvido para o tratamento da doença, como o ZMAPP americano, mas até agora nenhum teve segurança e a eficácia comprovadas. Diante da situação de emergência, uma colaboração entre agências e a Organização Mundial de Saúde (OMS) se faz necessária, para acelerar a avaliação dos tratamentos. O documento chama a atenção também para a necessidade de inovar no formato dos testes clínicos para situações em que não é possível colocar em prática regras tradicionais.

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O diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Dirceu Barbano, afirmou que o País se juntará ao esforço internacional. "Embora o desenvolvimento de novos medicamentos contra o vírus Ebola esteja em curso, é importante que as medidas alternativas de saúde sejam mantidas, tais como a detecção precoce, o rastreamento e o monitoramento de pessoas que tiveram contato com doentes e a adesão a procedimentos rigorosos de controle de infecção, bem como medidas educativas".

Ainda ontem, o Ministério da Saúde coordenou exercício no Rio para simular as medidas de resposta a um possível caso de Ebola. A simulação começou no Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, por volta das 9 horas, e terminou às 11h25 na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, o hospital referência no Rio para uma eventualidade da doença. Os próximos exercícios simulados para receber infectados, ainda sem data definida, serão realizados nos aeroportos de Brasília e Guarulhos.

África. Ontem, o Senegal foi o sexto país a relatar um caso de Ebola - trata-se de um estudante da Guiné que escapou do controle sanitário. Há casos confirmados em Libéria, Serra Leoa, Nigéria, Congo e Guiné.

A chegada da doença no Senegal, que é um destino turístico e cuja capital é um importante centro de operação de voos comerciais na região, mostra que o surto não está sob controle, apesar dos esforços da OMS, do Médicos sem Fronteiras (MsF) e de outras organizações. Nesta sexta-feira, a Organização Mundial de Saúde disse que a última semana foi o período em que se registrou o maior número de casos - mais de 500 - desde o início do surto. A maioria dos casos aconteceu na Libéria, mas a agência diz que aumentou o número de infectados na Guiné e em Serra Leoa.

"Há sérios problemas com a gestão de casos e prevenção e controle de infecção", diz o documento. "A situação está piorando na Libéria e em Serra Leoa", países que não têm espaço suficiente para pacientes nos centros de tratamento.

A Libéria ainda informou que vai reabrir hoje um bairro pobre onde 75 mil pessoas foram isoladas para conter o avanço da epidemia. O ministro das Informações, Lewis Brown, afirmou que a suspensão da quarentena não significa que não exista risco de contaminação, só que há dúvidas sobre o método - houve até confronto com o Exército, com um morto. Brown disse que agora espera apoio da população para conter o surto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A fabricante da droga experimental contra ebola Zmapp, que foi aplicada nos dois norte-americanos infectados com a doença, disse nesta segunda-feira (11) que os estoques do medicamento se esgotaram após a companhia enviar doses para um país do Oeste da África.

A Mapp Biopharmaceutical Inc. informou em nota que respondeu a todas as solicitações pela Zmapp que possuíam autorização legal e regulatória. A companhia afirmou que, em todos os casos, entregou a droga sem custos.

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A empresa de San Diego não nomeou nenhum país que pediu o medicamento e não publicou detalhes adicionais. A droga ainda não havia sido testada em humanos, mas mostrou bons resultados nos estudos com macacos.

Na semana passada, a Mapp confirmou ter providenciado o medicamento para uso em dois norte-americanos infectados com o vírus do ebola na Libéria que foram enviados para tratamento em Atlanta. A empresa afirma que tem trabalhado com agências do governo dos EUA para aumentar a produção da Zmapp, que tinha estoques limitados já que ainda estava na fase de testes com animais.

Autoridades de Saúde na Libéria expressaram sua preocupação na semana passada porque o tratamento havia sido usado em dois norte-americanos, mas não nos doentes africanos. Oficiais do país disseram que tentariam conseguir doses do medicamento para seus pacientes.

Enquanto isso, a Nigéria e a Costa do Marfim suspenderam voos a países onde a epidemia de ebola se alastrou, temendo que o vírus se espalhe do Oeste da África para o mundo por meio de viagens aéreas. A Autoridade de Aviação Civil nigeriana proibiu o pouso de aviões da Gâmbia Bird Airlines, que realiza voos para Guiné, Serra Leoa e Libéria. A Costa do Marfim foi ainda além e baniu todos as viagens aéreas vindas destes três países. Fonte: Dow Jones Newswires.

A Espanha importou dos EUA um medicamento experimental contra o ebola para tratar o missionário espanhol Miguel Pajares, que estava na Libéria em uma missão para cuidar de pacientes com a doença e foi retirado do país após ser diagnosticado. O Ministério da Saúde espanhol informou nesta segunda-feira que a droga ZMapp, produzida pela Mapp Biopharmaceutical Inc., de San Diego, foi trazida de Genebra para Madri.

Pajares está internado em uma ala isolada do Hospital Carlos III, na cidade espanhola. Segundo autoridades do país, a Espanha conseguiu permissão do laboratório responsável para usar o medicamento e, com ajuda da Organização Mundial da Saúde (OMS) e dos Médicos sem Fronteiras, importou o Zmapp. O ministério afirmou que o uso da droga respeita a legislação, que permite a dosagem de medicamentos ainda não testados em pacientes com doenças mortais que não possam ser tratadas com outros métodos.

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Apesar da declaração do ministério espanhol, o porta-voz da OMS, Gregory Hartl, disse que a organização não ajudou a Espanha a importar a droga. Ainda não existem tratamentos licenciados contra o ebola, que matou mais de mil pessoas desde o início da propagação da epidemia no Oeste da África. A OMS chamou este surto - que começou em Guiné, em março, e já se espalhou por Libéria, Serra Leoa e, possivelmente, a Nigéria - de uma emergência de saúde internacional.

Nesta segunda-feira (11), durante teleconferência organizada pela Organização das Nações Unidas (ONU), especialistas em ética médica e outros peritos discutiam as questões morais envolvendo as drogas e vacinas experimentais contra o ebola. Dois norte-americanos diagnosticados com a doença na Libéria e retirados para os EUA receberam doses da droga ZMapp. Um deles, o doutor Kent Brantly, disse na semana passada que suas condições de saúde estavam melhorando gradativamente.

O uso do medicamento para tratar pacientes norte-americanos suscitou críticas reclamando que a droga não estava disponível para os doentes africanos. Na semana passada, o ministro da Saúde da Nigéria, Onyenbuchi Chukwu, disse ter questionado a oficiais dos EUA sobre como ter acesso à Zmapp, mas foi informado que a fabricante teria que concordar em enviar doses ao país. O diretor do Centro norte-americano para Controle e Prevenção de Doenças, Tom Frieden, afirmou que "não há virtualmente nenhuma dose disponível". Isso foi na semana passada, antes da Espanha informar que teria importado a droga.

Enquanto isso, autoridades de Saúde nigerianas confirmaram mais um caso de ebola, na manhã desta segunda-feira. Com essa paciente, já chegam a 10 o número de casos da doença no país. A Organização Mundial da Saúde, no entanto, ainda não confirmou os casos na Nigéria. Fonte: Associated Press.

Um remédio experimental, dado aos dois pacientes americanos contaminados com Ebola - um médico e uma missionária -, é produzido a partir de folhas de tabaco e é difícil de produzir em escala, alertou um especialista americano nesta terça-feira (5).

Conhecido como ZMapp, o soro consiste de três anticorpos manufaturados com folhas modificadas de tabaco, que levam semanas para crescer. Ele teria sido administrado às pressas ao médico Kent Brantly e à missionária Nancy Writebol, que se contaminaram com o Ebola enquanto tratavam de doentes na Libéria.

Os dois apresentaram melhora em seu estado de saúde e agora estão sendo acompanhados em uma unidade de isolamento de um hospital de Atlanta, Geórgia (sudeste dos EUA). "Não podemos dizer neste momento que esta droga seja particularmente promissora", afirmou Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas.

"Os dados com animais são muito pobres e o uso dele em pacientes é sugestivo de que possa ter um efeito favorável, mas, já que há apenas dois pacientes, eu acredito que é preciso cautela ao tomar uma decisão definitiva", explicou à AFP.

Não existem remédios ou vacinas no mercado contra o vírus Ebola, que causa febre, vômitos, diarreia, dores musculares e, às vezes, falência dos órgãos e hemorragias. A atual epidemia no oeste da África é a maior da história, com 887 mortos e mais de 1.600 infectados.

Ainda não foram feitos testes de segurança em humanos com o ZMapp, que foi identificado inicialmente como um candidato a remédio em janeiro. "Sendo assim, atualmente há pouca disponibilidade deste medicamento", alertou a companhia em um comunicado, no qual acrescentou que está trabalhando para aumentar a escala de produção o quanto antes.

O ZMapp é um projeto da Mapp Biopharmaceutical e da LeafBio, em San Diego, Califória, em conjunto com a Defyrus em Toronto, Canadá, o governo americano e a agência de saúde pública do Canadá.

Segundo Fauci, o processo de produção em escala levará tempo. "Levará alguns meses para termos até mesmo uma quantidade modesta", disse. "Então, sim, queremos fazer testes clínicos, mas o fator limitante é o número de doses disponíveis", prosseguiu.

As ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) passarão a contar com medicamentos trombolíticos, que podem diminuir em até 17% o número de mortes por infarto agudo do miocárdio. A portaria que incorpora o tenecteplase deverá ser publicada nos próximos dias.

O ministro da saúde, Arthur Chioro, que assinou na segunda (28) a nova norma, ressaltou que as doenças do sistema circulatório são as que mais matam no Brasil. Segundo o coordenador-geral de Média e Alta Complexidade do Ministério da Saúde, José Eduardo Fogolin Passos, o tenecteplase é um medicamento aplicado de forma muito simples. Mesmo assim, as equipes serão treinadas.

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“O infarto é a obstrução, o entupimento da artéria coronária, a artéria do coração. A partir do momento em que a artéria entope, o músculo do coração para de funcionar, o coração para de funcionar e a pessoa pode ter uma parada cardíaca. Com esse medicamento, o trombo se dissolve na hora, e o coração volta a ter circulação e não há parada cardíaca”, explicou Fogolin.

Segundo Fogolin coordenador, se o sistema de atendimento levar menos de uma hora para desobstruir a artéria do paciente, há 15% de risco de morte. Caso a desobstrução ocorra em até duas horas, o risco de morte pode dobrar. Fogolin citou estudos segundo os quais cidades que usam esse medicamento no sistema móvel de atendimento podem reduzir em até 17% o número de mortes por infarto.

Quando o paciente escapa da morte depois de um infarto, ele ainda pode ficar com sequelas, como insuficiência cardíaca, devido à perda de um músculo cardíaco, situação que o trombolítico também pode evitar. "Ter esse medicamento faz a diferença entre a vida e a morte e o prognóstico do paciente que tem o infarto, porque aquele que não não vai a óbito tem depois uma melhoria de qualidade de vida muito grande. Fica com menos sequelas, menos complicações", frisou o ministro.

Todas as ambulâncias do Samu que tenham médicos, e até mesmo embarcações e o atendimento aéreo da rede pública de municípios que aderirem ao sistema receberão verba para comprar o medicamento. Algumas prefeituras já usam o tenecteplase, mas, com a publicação da norma no Diário Oficial, o Ministério da Saúde é que vai financiar o uso para as secretarias de Saúde que aderirem.

De acordo com Fogolin, as equipes do Samu passarão por treinamento para uso do medicamento. A partir da publicação da portaria, que pode acontecer ainda esta semana, as prefeituras já poderão aderir e receber a verba para a compra do trombolítico.

Em 2012, foram registradas 84.157 mortes por infarto agudo do miocárdio. O Ministério da Saúde espera que, com o medicamento, o Samu possa salvar até 8.368 pessoas por ano. O custo do medicamento para todo o Brasil está estimado em R$ 8,5 milhões.

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