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Uma paciente que sofre de hipertensão estava enfrentando dificuldades para tomar as medicações de forma correta. O motivo? Analfabetismo. A senhora, de quase 60 anos, precisava conter a pressão para fazer a extração de um dente. Observando a dificuldade da paciente, o cirurgião dentista Ricardo Cayres fez uma ilustração para auxiliar a mulher. Essa atitude postada pelo profissional bombou nas redes sociais.

Da primeira vez que a paciente procurou o dentista, ele recomendou que ela procurasse um médico para avaliar o seu quadro de saúde - já que ela era hipertensa e precisava estar com sua condição normalizada.

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"Ao retornar ao consultório ela trouxe algumas embalagens de dois tipos diferentes de remédios para pressão, prescrita pelo médico do posto de saúde", revela Ricardo Cayres. Ele complementa dizendo que ao examinar a paciente, ela ainda estava com a pressão alta.

Ao lembrar que a idosa não havia assinado um prontuário, revelando ser analfabeta, Ricardo criou a ilustração para auxiliar a paciente. "Um pouco de boa vontade, criatividade e humanização foram suficientes para eu criar esse esqueminha. Montei na mesma hora, imprimi, e a fiz entender, repetir, garantir que de fato ela entendeu, e só então ela foi liberada. Em breve, ela retornará para continuarmos os nossos procedimento (sic)", pontua.

A Prefeitura do Rio de Janeiro divulgou, nesta quarta-feira (16) o edital do concurso público que visa a contratação de 34 profissionais de medicina na área da perícia. O certame foi publicado no Diário Oficial da União do Município.

As vagas são distribuídas em: psiquiatria (6), ortopedia (4), cardiologia (3), oftalmologia (2) e otorrinolaringologia (2). Das vagas, são reservados 5% para pessoas com deficiência.

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Para participar, o candidato precisa ter graduação em medicina, registro no órgão fiscalizador da profissão e especialização no cargo no cargo pretendido.

A remuneração é de R$1.286,11, mais R$ 1.298,04 de parcela fixa do GCAP, R$ 429,60 de insalubridade e R$ 178,20 de auxílio transporte. Os valores são para todos os cargos.

As inscrições estão abertas entre 20 e 31 de maio, no portal de concursos da Prefeitura do Rio de Janeiro. O valor da taxa de inscrição é de R$ 100.

Outras informações podem ser conferidas no edital.

 

O médico ginecologista e obstetra Orcione Júnior, que atua no interior da Bahia, está sendo investigado pela polícia por suposto assédio sexual a 24 pacientes, nove das quais já prestaram queixa contra ele na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) em Vitória da Conquista, sudoeste do Estado, entre a terça e quarta-feira (15).

Os supostos crimes vieram à tona por meio de um perfil criado no Instagram na sexta-feira (10) passada. Ao relato inicial seguiram outros também de suposto assédio pelo profissional, que, por meio do advogado Paulo de Tarso, alega inocência.

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Para o advogado, "o médico é vítima de calúnia e difamação". Por conta da situação, ele deixou de fazer atendimentos em sua clínica particular, no bairro Brasil (zona oeste da cidade), e nos hospitais onde trabalha.

As denúncias na Deam estão sendo feitas sob acompanhamento da Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), onde as vítimas estiveram na segunda-feira e fizeram relatos diante da delegada titular da delegacia, Dercimária Cardoso Gonçalves.

A reportagem conversou com três dessas mulheres que estiveram na delegacia. Duas delas foram atendidas em 2015 e a outra, no início deste mês. Elas relatam desde comportamento inadequado do médico, como elogios ao "corpo lindo", até a toque íntimos que em nada se relacionavam com o atendimento médico.

Uma das pacientes sofreu um aborto espontâneo e procurou atendimento emergencial com Orcione Júnior. "Ele tirou as luvas e começou a massagear meus seios, o que não era mais natural numa situação de aborto, já não fazia mais parte do protocolo, começou a massagear, não era uma massagem de um médico, era um toque de homem. E aí desceu por minha barriga, enquanto ele alisava todo o meu corpo, inclusive minha vagina, sem luva. Ele me elogiava e dizia que eu não ficasse preocupada", relatou uma das vítimas.

"Quando vi o relato no Instagram voltei a viver tudo que tinha vivido em 2015. Era como se estivesse vivendo aquele momento. Desde então, não consigo me alimentar direito, estou dormindo à base de remédio", acrescentou.

'Linchamento virtual'

O advogado Paulo de Tarso, que defende o médico Orcione Júnior, disse que "o que está ocorrendo é um linchamento virtual contra o médico, vítima de calúnia e difamação".

Paulo de Tarso disse que já havia identificado a autoria da mulher que criou o perfil e fez o primeiro relato contra o médico, contudo, a pessoa indicada, segundo ele, afirmou que nunca foi atendida pelo médico e que apenas compartilhou a informação recebida sobre a denúncia

Sobre as queixas na delegacia, o advogado disse: "Isso começou com uma notícia falsa, mas as pessoas foram lá. Vai ver se realmente fez, se não fez, o que estou combatendo e estou indignado é que independente do resultado de um processo desse, o fato é que ele já foi condenado, já estão chamando ele até de estuprador".

"Se as pessoas tivessem ido à delegacia, houvesse um processo, depois da condenação fizessem a divulgação, aí poderia até ser. Mas não pode condenar um cara antes para depois apurar. A Justiça vai apurar, e o médico nega que tenha assediado as mulheres", declarou o advogado.

Um médico anestesista bêbado causou a maior confusão ao tentar abrir a porta de emergência de um avião que saiu de Bangkok, na Tailândia, com destino a Moscou, capital da Rússia. A 33 mil pés de altura, os passageiros tiveram que amarrá-lo durante as quatro horas finais do voo.

Durante a viagem de aproximadamente dez horas, o russo Vadim Bondar, de 43 anos, bebeu rum e tornou-se "extremamente agressivo", destratando comissários de bordo e trazendo desconforto aos demais. Ele tentou abrir a saída de emergência, quando os passageiros o amarraram. "Ele tinha duas garrafas de álcool e em algum momento tentou abrir uma saída de emergência. A tripulação e os passageiros tentaram acalmá-lo, mas ele continuou gritando e gritando", relatou uma testemunha.

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Preso em um assento, com os braços e mãos amarrados, ele começou a chorar. De acordo com um passageiro, "ele continuou soluçando e dizendo: 'minhas mãos estão amarradas, eu não posso respirar'". Duas garrafas contendo bebida alcoólica foram encontradas e confiscadas pela tripulação.

Liberto em solo russo, Bondar admitiu que ingeriu bebida alcoólica durante o voo, mas apenas como um "passatempo". Sobre sua 'prisão', ele declarou ao StandardMedia que "o cinto estava empurrando minha veia jugular e a laringe, o que tornava a respiração muito difícil". O anestesista também alegou que uma 'medicação desconhecida' foi injetada nele e que aproximadamente mil libras sumiram de sua bagagem. O chefe do Comitê de Investigação russa Alexander Bastrykin interveio pessoalmente para exigir a investigação do caso.

Confira

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A Secretária de Saúde de Guarulhos abre nesta quarta-feira (17), sete vagas para médico na função de socorrista clínico geral. Na última sexta-feira (12), foram abertas 5 vagas para médicos em clínica geral. Somadas, agora serão 12 vagas disponíveis e que a adminitração espera preencher em caráter de emergência.

É que número atual de profissionais ocupantes das funções de médico clínico geral é insuficiente para suprir as necessidades prioritárias da Rede Municipal de Saúde, o que prejudica o bom atendimento à população, segundo o Diário Oficial. As admissões realizadas no último concurso público não foram suficientes para atender a demanda necessária.  

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Para clínico geral, as inscrições se encerram no domingo (21), e para socorrista, os interessados devem se inscrever até o dia 28 de abril. Os candidatos podem enviar e-mail para eduardofrancelino@guarulhos.sp.gov.brjanainagiampauli@guarulhos.sp.gov.br ou comparecer na Secretaria da Saúde, na rua Íris, 320, sala 09, no Gopoúva, de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h. Mais informações pelo telefones (11) 2472-5049 ou 2472-5103.

São necessários currículo resumido (uma página), cédula de identidade, comprovante de residência, cadastro no CRM-SP, diploma de Medicina e comprovação da especialidade. A seleção é realizada por meio da avaliação currícular e comprovantes, de modo que os candidatos podem apresentar certificados (reconhecidos pelo MEC) de estágio na área, título de especialização expedido pela Sociedade Brasileira correspondente à função a que disputa; de cursos de especialização em Saúde Pública, Administração Hospitalar ou Saúde Coletiva com duração mínima de 360 horas; e curso de aperfeiçoamento na área, após a graduação completa, com duração mínima de 360 horas.

O salário base da função de clínico geral, sem gratificações, é de R$ 6.070,13 com carga horária de 20 horas semanais, Já o de socorrista clínico geral é de R$ 7.284,16 para jornada de trabalho de 24 horas semanais.

As contratações serão realizadas pelo regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), por tempo determinado de 12 meses, com possibilidade de prorrogação do contrato por até igual período.

por Valéria Campello

A polícia Civil de Casa Branca, em São Paulo, prendeu nesta quinta-feira (28) um médico pediatra de 74 anos, que não teve o nome divulgado, durante a 4ª fase da operação nacional "Luz na infância". O homem foi flagrado em casa com materiais e vídeos de pornografia infantil.

Segundo o delegado Seccional Benedito Antônio Noronha Junior, o médico foi flagrado compartilhando os vídeos. "Causou até uma surpresa porque é um médico bem conceituado aqui no município. O computador estava ligado e ele estava compartilhando o material, realmente não houve dúvida de que ele estaria nessa situação", disse o delegado ao G1.

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Foram apreendidos um computador, um notebook e vários aparelhos celulares. O pediatra foi encaminhado a delegacia para prestar depoimento.

A operação deflagrada em todo o país nesta manhã combate a exploração sexual de crianças e adolescentes na internet. São cumpridos 87 mandados de busca e apreensão no estado de São Paulo.

Coordenada pelo Ministério Extraordinário da Segurança Pública, a ação nacional foi executada pelas polícias civis de cada Estado. Na operação foram identificados crimes de armazenamento, compartilhamento e produção de pornografia infantil. As penas variam de 1 a 8 anos de prisão.

A operação é realizada nos 26 estados e no Distrito Federal e envolve 133 cidades. Ao todo, estão sendo cumpridos 266 mandados de busca e apreensão. Até às 8h45 já haviam sido presas 62 pessoas em flagrante em todo o país.

Por Waleska Andrade

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) anunciou nesta quinta (21) que prendeu o médico Fábio Lima Duarte, de 36 anos, investigado pelos crimes de estupro de vulnerável e violação sexual mediante fraude. A prisão ocorreu na quarta-feira (20) em sua residência, na região da Pampulha, em Belo Horizonte. De acordo com as apurações, o suspeito teria vitimado 105 pacientes, sendo 74 adultas e 31 crianças e adolescentes.

Duarte já havia sido detido em flagrante, no dia 31 de outubro do ano passado, durante a Operação Infância Reavida, pelo delito de produção, compartilhamento e armazenamento de imagens pornográficas envolvendo crianças e adolescentes. Em desfavor dele havia um mandado de busca e apreensão, sendo arrecadadas pela PCMG mais de 30 mil arquivos contendo pornografia e imagens de exames de ultrassonografia.

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Segundo a Delegada Renata Ribeiro Fagundes, o material foi periciado pelo Instituto de Criminalística da Polícia Civil. Ao analisar a grande quantidade de material pornográfico infantil e adulto encontrada nos dispositivos informáticos arrecadados na casa de Fábio, verificou-se ainda que, no exercício do ofício da medicina, durante exames de ultrassonografia, ele gravava as partes íntimas das pacientes e mantinha os arquivos em seu computador, observa.

Renata Fagundes informa que o laudo pericial ainda registrou imagens do investigado em atos sexuais com adolescente, além de um tutorial que visava orientar a prática de sexo com crianças. Em outro vídeo, há uma jovem amarrada e amordaçada, aparentemente desacordada.

Crime em consultórios - As investigações apontam que, antes do atendimento, Fábio Lima Duarte direcionava uma câmera para a maca, filmava exames, inclusive ginecológicos e guardava imagens da região genital e seios das vítimas. Nos dispositivos informáticos arrecadados, foram encontradas pastas que continham imagens das pacientes, mantidas em arquivos onde ele intitulava com o primeiro nome acompanhado de termos aviltantes. No caso de pacientes menores, ele ainda colocava as idades (entre 9 e 17 anos), explica a Delegada.

De acordo com Renata Fagundes, até o momento, foi possível identificar uma dessas pacientes. Ela foi filmada sem seu consentimento e relatou que se sentiu constrangida e notou algo errado durante o exame, que demorou mais de 40 minutos, conta. Conforme os levantamentos da equipe da PCMG, o médico atendia em clínicas nas cidades de Betim, Vespasiano e Belo Horizonte. As investigações continuam para tentar identificar outras vítimas.

O crime de estupro de vulnerável (art. 217-A do Código Penal) prevê pena de reclusão de 8 a 15 anos. Já a violação sexual mediante fraude (art. 215 do Código Penal) reclusão de 2 a 6 anos.

Da Polícia Civil de Minas Gerais

Desde a última quarta-feira (13) que a Delegacia de Repressão ao Estelionato vem recebendo denúncias de vítimas que confiaram o seu dinheiro em uma empresa de investimento voltada para a moeda eletrônica Bitcoin. Elas estão denunciado um suposto golpe dado pelo empresário, dono da investidora.

O suspeito seria filho de um famoso médico ortopedista do Recife, por isso, a maioria das vítimas são médicos. Segundo fontes, o pai e a mãe do empresário ajudaram o filho a conseguir os clientes.

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Conforme reportagem da TV Clube, o jovem pegava o dinheiro do cliente e sempre prestava contas. No entanto, nesta última semana, o rapaz não teria dado mais retorno para os investidores e teria desaparecido. A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar a responsabilidade criminal do suspeito.

A polícia adianta que o empresário seria corretor de ações e que fazia propostas de investimentos e gerenciamentos de valores na moeda Bitcoins. "Algumas pessoas que realizaram o investimento estão se sentindo lesadas por não conseguir contato com o agente financeiro", confirmou a Polícia Civil.

O delegado Romulo Aires é quem está a frente do caso. À TV Clube, ele diz que é muito prematuro falar que se trata de um golpe, Já que esses investimentos realizados pelo jovem já é feito há anos e existia uma planilha onde os que confiavam o dinheiro ao empresário conferiam os rendimentos.

O suspeito, até o momento identificado apenas como Thiago, teria sido diagnosticado com vício em apostas e estaria internado em uma clínica psiquiátrica. O delegado Romulo Aires esclarece que tudo é muito recente e que as possíveis vítimas vão ser ouvidas, inclusive o suspeito, para que as investigações prossigam. É indicado que as pessoas lesadas procurem a Delegacia de Repressão ao Estelionato e prestem queixa.

 

Os médicos que se submeteram ao Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituições de Educação Superior Estrangeira (Revalida) já podem conferir os resultados preliminares da prova de habilidades clínicas, realizadas no dia 17 e 18 de novembro de 2018.  Os resultados devem ser acessados mediante login feito com CPF e senha, no Sistema Revalida.

De acordo com Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), serão considerados aprovados os candidatos que alcançarem pelo menos 62 pontos, dos 100 pontos distribuídos. Ao todo, 950 médicos formados fora do Brasil participaram do exame para revalidação do diploma, que permite o exercício da medicina no país. Esta foi a segunda etapa da edição 2017, que precisou ser prolongada por conta de processos judiciais, abertos por médicos estrangeiros que queriam trabalhar sem passar pelo exame

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Na prova, os participantes precisaram percorrer dez estações para resolução de tarefas de investigação de histórico clínico, interpretação de exames complementares, formulação de hipóteses diagnósticas, demonstração de procedimentos médicos e aconselhamento a pacientes ou familiares. Os médicos que quiserem entrar com recurso em relação aos resultados podem fazer pelo sistema do Revalida, nos dias 13 e 14 de fevereiro, das 10h às 23:59h, no horário de Brasília.

Reaplicação

O Inep informou por meio de nota, nessa segunda-feira (11), que 45 profissionais vão precisar refazer as avaliações de habilidades clínicas. Um erro nas estações dentro do Hospital Universitário de Brasília, onde esses médicos estavam realizando os testes, impediu que o desenvolvimento dos profissionais nas atividades propostas fosse filmado, prejudicando o andamento do exame. De acordo com os Instituto, as medidas cabíveis já estão sendo tomadas e todos vão ter os custos com deslocamento e hospedagem cobertos pelo Cebraspe, empresa contratada para aplicação da prova.

A farmacêutica Jussara Rodrigues da Silva Paes e o engenheiro Danilo Paes Rodrigues vão ser levados a júri popular, decidiu a juíza Marília Falcone Gomes Lócio, da Comarca de Camaragibe, em decisão proferida na segunda-feira (11). Mãe e filhos são acusados de matar o médico Denirson Paes da Silva na madrugada de 31 de maio de 2018 em condomínio de luxo em Aldeia, em Camaragibe, no Grande Recife.

Segundo a juíza, a materialidade do crime de homicídio restou comprovada através do laudo de perícia tanatoscópica, o qual indica que a morte da vítima se deu por esgnanadura. Já o crime de ocultação de cadáver foi comprovado por mandado de busca e apreensão e por perícia no local do crime, que identificaram os restos mortais do médico escondido dentro da cacimba da casa.

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O advogado de defesa dos réus, Rafael Nunes, disse ter sido recebido com surpresa a notícia de que Danilo também irá a júri popular. Ele defende que seu cliente não teve participação do crime, assim como Jussara, que confessou ser a autoria, mas afirmou ter agido só.

"Na própria decisão, diga-se de passagem, incoerente, divergente, ilógica, a magistrada narra que todos os índicios foram esclarecidos pela defesa com relação a Danilo, tanto é que após as audiências, Danilo Paes foi colocado em liberdade provisória", diz o advogado, se referindo ao trecho da decisão em que a juíza diz "É certo que a Defesa tem argumentos para contradizer cada um desses indícios". Os indícios para pronunciar Danilo citados na decisão são: a conclusão da reprodução simulada de que a acusada não poderia ter feito tudo sozinha; havia sangue em quarto usado pelo réu e banheiro; e Danilo apresentou dores à coluna na época do fato. Não é citado na sentença, mas em próprio vídeo gravado por Danilo, ele lembra que um dos argumentos para inseri-lo na cena do crime é o fato de não ter chorado no momento em que a polícia descobriu os restos mortais do médico.

Em suas alegações finais na fase de audiência de instrução, Jussara pediu sua impronúncia quanto ao crime de homicídio por insuficiência de indícios de autoria, sob a justificativa de ter agido em legítima defesa. Sobre o crime de ocultação de cadáver, pediu o reconhecimento de atenuante relativa à confissão espontânea. Por fim, pediu a expedição de alvará de soltura. Os pedidos não foram deferidos - a atenuante só poderá ser avaliada em caso de condenação.

O advogado de defesa diz que irá recorrer da decisão. "A defesa está tranquila, está serena. Iremos recorrer sem sombra de dúvida a essa sentença de pronúncia. Temos convicção total de que o Tribunal irá reformar essa sentença", afirmou Nunes. Ainda não há data para o júri.

A Justiça de Pernambuco condenou a 12 anos e dez meses de reclusão em regime fechado o médico Kid Nélio Souza de Melo, acusado de estuprar as pacientes em seu consultório. A sentença recebida é referente à denúncia de uma mulher que disse ter sido abusada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Imbiribeira, na Zona Sul do Recife, em fevereiro de 2017, e de outra vítima que fez a denúncia após a divulgação do primeiro caso. O ortopedista e traumatologista ainda é réu em outros processos.

A decisão foi da Décima Sétima Vara Criminal da Capital. O caso corre em segredo de Justiça e maiores detalhes do processo não foram divulgados pelo Judiciário. Como a condenação foi em primeira instância, a defesa do médico ainda pode recorrer.

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Kid Nélio aparece em pelo menos outros quatro processos referentes as denúncias da época, sendo três tratando de violência sexual mediante fraude, com pena de dois a seis anos de reclusão, e um por estupro de vulnerável, com pena de oito a 15 anos de reclusão. Ele também é réu em casos de erro médico.

O ortopedista teve a prisão preventiva decretada em março de 2018. Na época, nove vítimas haviam procurado a Polícia Civil para denunciar os abusos. Ele confirmou ter havido ato sexual com duas pacientes, mas alegava ter sido consensual.

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A Justiça determinou nesta quinta-feira (17) a prisão do médico Augusto César Barreto Filho, de 74 anos, acusado de abusar sexualmente de pacientes em seu consultório. O pedido partiu do Ministério Público Estadual (MPE) e a decisão foi do juiz João Pedro Bressane Barbosa, da 2ª Vara Criminal de Presidente Prudente (SP), onde o acusado atuava na área de cardiologia.

O MPE alegou que havia risco de o médico voltar a agir, uma vez que continua com registro profissional ativo. Nesta quinta, mais sete mulheres foram à Delegacia de Defesa da Mulher e chegou a 33 o número de denúncias contra o cardiologista. Outras 20 ligaram dizendo que também foram vítimas, mas que ainda estudam se irão à polícia.

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"É normal que algumas mulheres se sintam um pouco constrangidas EM ir diretamente fazer a denúncia", diz a delegada Adriana Pavarina, responsável pelo caso. A polícia acreditava que os abusos tinham começado em 2008, mas há relato de uma vítima do cardiologista há mais de 20 anos. Conforme as denúncias, ELE agia durante as consultas. "Na hora de medir a pressão arterial ou batidas do coração, ele acariciava as partes íntimas das pacientes e até encostava seus órgãos genitais nelas", afirma Adriana.

Defesa

O médico é acusado pelo crime de violação sexual mediante fraude, que pode render até 6 anos de reclusão. Ele foi chamado à Polícia Civil no mês passado, negou as acusações e disse que só falaria sobre o caso em juízo.

Já o advogado de defesa, Emerson Longhi, diz que não se manifestará em respeito às partes e porque o caso tramita em segredo de Justiça. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos prorrogou o prazo de validade do concurso público realizado em 2017. O limite para as contratações seria fevereiro deste ano, mas no último dia 31 de dezembro de 2018, um documento no Diário Oficial da União oficializou a decisão de adiar por mais um ano a convocação dos aprovados em Medicina e Segurança do Trabalho. 

Até o prazo final, os candidatos podem ser chamados por ordem de classificação, de acordo com as demandas da empresa, causadas principalmente por aposentadorias, mortes e desligamentos. O edital do concurso foi publicado em outubro de 2017 e oferecia 88 vagas para Médicos e Seguranças do Trabalho.

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Mais de 22 mil pessoas se inscreveram no certame, que apresentava vencimentos de até R$4.903,05 para nível superior e R$2.534,14 para nível médio.

Veja o edital de prorrogação publicado no DOU

Danilo Paes, suspeito de ter participado na morte do próprio pai, o médico Denirson Paes, conseguiu na justiça a substituição da prisão preventiva pela liberdade provisória e poderá sair da prisão já nesta sexta-feira (21). A decisão foi tomada por Danilo não ter antecedentes criminais, “personalidade de homem comum, e um jovem que não apresenta qualquer ameaça social”, decretou a juíza do caso, Marília Falcone Gomes Lócio.

No entanto, a farmacêutica Jussara Paes, viúva e também acusada da morte do, então, marido, permanecerá presa. Jussara confessou à justiça ter praticado o crime sozinha - inocentando o filho das acusações.

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Para a liberdade provisória do engenheiro, medidas cautelares foram impostas: comparecimento mensal em juízo entre os dias 01 e 05 de cada mês para justificar suas atividades; proibição de manter contato com as testemunhas dos presentes autos; recolhimento domiciliar no período noturno entre 22h e 6h; entrega de passaporte e o pagamento de fiança no valor de R$ 5 mil.

A decisão acontece pouco depois da juíza Marília Falcone determinar que o jovem fosse mantido em cela isolada no Complexo do Curado, Zona Oeste do Recife, no último dia 5 de dezembro. Na época, a juíza tinha afirmado que a ação era para evitar que Danilo passasse por situações vexatórias.

Sobre o caso

A Polícia Civil concluiu que a motivação do crime foi um relacionamento extraconjugal mantido pelo médico. Relacionado a isso, estariam as consequentes mudança de padrão de vida e separação iminente as quais a farmacêutica seria submetida.A investigação apontou que Denirson foi asfixiado em seu quarto entre os dias 30 e 31 de maio. O corpo foi arrastado por cerca de seis metros até um corredor na área externa, onde houve uma tentativa de carbonização e o corte do corpo em duas partes.

A solidariedade de um médico de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, tem comovido as redes sociais. É que José Carlos Barbosa Zaccaro, de 50 anos, decidiu doar o próprio carro, uma Touareg, para que os funcionários da Santa Casa da cidade realizem uma rifa. A crise que atinge o governo do Rio Grande do Sul afetou diretamente o repasse de verbas e o pagamento dos salários dos servidores públicos - os profissionais estão há três meses sem receber salários.

O carro é o único da família, mas isso não desanimou o médico a realizar a boa ação. Segundo ele, muita gente tem se oferecido para dar caronas. "Um taxista esteve lá em casa ontem à noite e me falou, emocionado, que enquanto eu não adquirir um carro novo, ele vai me levar e buscar sem custo", conta José Carlos em entrevista ao portal G1.

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Os bilhetes da rifa serão vendidos a partir da próxima segunda (17) ao valor de R$ 100. Serão disponibilizados mil. Interessados podem enviar um e-mail para mdzaccaro@gmail.com, ou entrar em contato com a secretaria do Corpo Clínico da Santa Casa pelo número 55 3411 2161. O sorteio será realizado no dia 29 de dezembro, pela Loteria Federal. "Eu sei que não vai resolver, mas vai amenizar a situação deles", afirmou o médico.

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A Justiça decretou a internação provisória do paciente Geovane Fernandes Silva de Oliveira, de 21 anos, acusado de atirar no médico psiquiatra Feliciano Abdon de Araújo Lima, de 72 anos, durante consulta em Olinda, Região Metropolitana do Recife (RMR), na última terça-feira (11). O juiz Rafael Carlos de Morais também determinou que o investigado passe por um teste de insanidade mental.

Geovane teria sofrido um surto durante consulta na Comunidade Terapêutica de Olinda, entrando em luta corporal e pegando a arma de fogo do médico. Ele fez vários disparos a esmo, que não atingiram o psiquiatra. Segundo informações iniciais colhidas pela polícia, o paciente apresenta deficiência intelectual.

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A internação foi decretada durante audiência de custódia ocorrida na quarta-feira (12). O juiz solicitou que os médicos que examinarão Geovane respondam as seguintes perguntas: 1- o autuado é portador de doença mental?; 2- o autuado sofre de desenvolvimento mental incompleto ou retardado?; 3- em razão da doença, qual o grau de periculosidade do autuado?; 4- é o autuado inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com este entendimento? 5- o autuado, em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não é inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento?

O ofício foi encaminhado ao Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico (HCTP), onde o jovem ficará e só poderá ser liberado por ordem judicial. O exame deverá ser realizado no prazo de 15 dias. A Polícia Civil informou que o médico é policial aposentado e tem porte legal de arma.

Os réus Cláudio Amaro Gomes e Jailson Duarte César foram condenados pela morte do médico Artur Eugênio de Azevedo. O julgamento foi encerrado na madrugada desta quinta-feira (13) no Fórum de Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife (RMR).

Cláudio Amaro Gomes, apontado como mandante, foi condenado a 27 anos de reclusão por homicídio qualificado, por motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Jailson Duarte César, que seria o agenciador dos executores, recebeu uma pena de 22 anos de reclusão e dois anos de detenção mais 280 dias-multa por homicídio qualificado, por motivo torpe recurso que impossibilitou a defesa da vítima, praticado em concurso de pessoas e por dano qualificado.

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O terceiro dia do júri popular começou com os debates orais do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e defesas dos réus. O MPPE exibiu mídias com depoimentos de testemunhas colhidos durante as audiências de instrução. Também foram mostrados trechos do depoimento de Carla Rameri, viúva de Artur Eugênio, do réu Cláudio Amaro Gomes, e do seu filho, Cláudio Amaro Gomes Júnior, que já foi condenado também por participação no crime. A defesa de Jailson Duarte César exibiu mídia com depoimento de Lyferson Barbosa, também já condenado, e da esposa dele.

Antes do resultado, família e amigos do médico Artur realizaram uma oração do lado de fora do plenário. Após a divulgação da sentença, tanto a defesa de Jailson Duarte quanto a de Cláudio Amaro Gomes recorreram da sentença.

O caso

Artur foi assassinado com quatro tiros, sendo um na cabeça e três nas costas, no dia 12 de maio de 2014. Conforme as investigações, o cirurgião foi sequestrado na entrada da própria residência em Boa Viagem, Zona Sul da capital. Câmeras de segurança flagraram Cláudio Júnior monitorando o médico com outras duas pessoas.

A acusação afirma que o crime foi orquestrado por Cláudio Amaro devido a desentendimentos com Artur, inveja profissional e perdas financeiras por causa de ações tomadas pela vítima, como o fim da sociedade e a composição da própria equipe cirúrgica.

"Após Artur terminar uma sociedade com Cláudio, a renda de Cláudio diminuiu em torno de 75%. Além disso, foi criada uma câmara técnica de cirurgia torácica. Ideia de Artur. Cláudio era cirurgião cardíaco. Essa câmara iria acompanhar as cirurgias e poderia encontrar possíveis irregularidades nos procedimentos de Cláudio”, contou Daniel Lima à época do primeiro julgamento. As impressões digitais do filho do suposto mandante também foram encontradas em um recipiente com combustível encontrado no carro de Artur e utilizado para incendiar o veículo.

Foi entre 2008 e 2009 que Cláudio conheceu a vítima, após indicação de colega de turma de Artur, que trabalhava com Cláudio. O acusado chegou a viajar a São Paulo, onde Artur morava, para convencê-lo a trabalharem juntos no Hospital Português, localizado na área central do Recife. Inicialmente, Artur recusou, mas depois concordou em passar 15 dias no Recife e 15 dias em São Paulo porque a esposa, Carla Azevedo, não estava em condições de viajar.

Duas pessoas já foram julgadas pelo crime em setembro de 2016. Cláudio Júnior recebeu uma pena de 34 anos e quatro meses, já Lyferson Barbosa da Silva, apontado como executor, foi condenado a 26 anos e quatro meses de reclusão em regime fechado. Um quinto réu, Flávio Braz, morreu em uma troca de tiros com a Polícia Militar no dia 8 de fevereiro de 2015. Cláudio Amaro Gomes, que está sendo julgado agora, já teve o registro no Conselho Regional de Medicina (CRM) cassado e não pode mais exercer a profissão.

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O julgamento dos acusados da morte do cirurgião Artur Eugênio de Azevedo chega ao terceiro dia nesta quarta-feira (12) no Fórum de Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife (RMR). No segundo dia de júri popular, houve o interrogatório dos réus Claudio Amaro Gomes e Jailson Duarte César.

No início da sessão do segundo dia, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) exibiu reportagens que duraram pouco mais de uma hora. Na sequência foi iniciado o interrogatório de Cláudio Amaro Gomes, apontado como mandante do crime.

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Cláudio respondeu as perguntas da juíza, da promotoria, da assistência da promotoria, da defesa e dos jurados até as 21h30. Em seguida, houve o interrogatório do réu Jailson Duarte César, que seria o contratante dos executores. Ele optou por não responder as perguntas.

Na manhã desta quarta-feira, o julgamento continuará com os debates orais, em que acusação e defesa apresentam os seus argumentos. Cada lado terá até duas horas e meia para tentar convencer os jurados de sua tese. Em seguida, começam a réplica e a tréplica, que garantem mais duas horas para cada. Os jurados, então, serão isolados numa sala. A decisão pela absolvição ou condenação dos réus é tomada por maioria simples e a votação tem caráter sigiloso.

O acusado Cláudio Amaro Gomes está sendo julgado por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Já o acusado Jailson Duarte César responde por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da vítima, em concurso material com o crime de dano qualificado. Os outros dois acusados do crime, Claudio Amaro Gomes Júnior e Lyferson Barbosa da Silva, foram a júri popular em setembro de 2016. Já Flávio Braz, o quinto réu, morreu em uma troca de tiros com a Polícia Militar, no dia 8 de fevereiro de 2015.

O caso

Artur foi assassinado com quatro tiros, sendo um na cabeça e três nas costas, no dia 12 de maio de 2014. Conforme as investigações, o cirurgião foi sequestrado na entrada da própria residência em Boa Viagem, Zona Sul da capital. Câmeras de segurança flagraram Cláudio Júnior monitorando o médico com outras duas pessoas.

A acusação afirma que o crime foi orquestrado por Cláudio Amaro devido a desentendimentos com Artur, inveja profissional e perdas financeiras por causa de ações tomadas pela vítima, como o fim da sociedade e a composição da própria equipe cirúrgica.

"Após Artur terminar uma sociedade com Cláudio, a renda de Cláudio diminuiu em torno de 75%. Além disso, foi criada uma câmara técnica de cirurgia torácica. Ideia de Artur. Cláudio era cirurgião cardíaco. Essa câmara iria acompanhar as cirurgias e poderia encontrar possíveis irregularidades nos procedimentos de Cláudio”, contou Daniel Lima à época do primeiro julgamento. As impressões digitais do filho do suposto mandante também foram encontradas em um recipiente com combustível encontrado no carro de Artur e utilizado para incendiar o veículo.

Foi entre 2008 e 2009 que Cláudio conheceu a vítima, após indicação de colega de turma de Artur, que trabalhava com Cláudio. O acusado chegou a viajar a São Paulo, onde Artur morava, para convencê-lo a trabalharem juntos no Hospital Português, localizado na área central do Recife. Inicialmente, Artur recusou, mas depois concordou em passar 15 dias no Recife e 15 dias em São Paulo porque a esposa, Carla Azevedo, não estava em condições de viajar.

Duas pessoas já foram julgadas pelo crime em setembro de 2016. Cláudio Júnior recebeu uma pena de 34 anos e quatro meses, já Lyferson Barbosa da Silva, apontado como executor, foi condenado a 26 anos e quatro meses de reclusão em regime fechado. Um quinto réu, Flávio Braz, morreu em uma troca de tiros com a Polícia Militar no dia 8 de fevereiro de 2015. Cláudio Amaro Gomes, que está sendo julgado agora, já teve o registro no Conselho Regional de Medicina (CRM) cassado e não pode mais exercer a profissão.

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Um jovem de 21 anos foi preso após pegar a arma de um médico durante uma consulta. De acordo com a Polícia Civil, o paciente tem deficiência intelectual e teve um surto durante uma consulta psiquiátrica no bairro do Guadalupe, em Olinda, nesta terça-feira (11).

A corporação informou que por volta das 8h30 o homem entrou em luta corporal com o médico, que tem 72 anos, é policial aposentado e tem porte legal de arma. O rapaz pegou a pistola do profissional e efetuou disparos, mas ninguém foi atingido.

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Policiais do 1º Batalhão da PM detiveram o homem, que foi encaminhado à Central de Plantões da Capital (Ceplanc), no bairro de Campo Grande, na Zona Norte do Recife. O jovem deve passar por audiência de custódia na quarta-feira (12).

Itapetim é uma pequena cidade de 13 mil habitantes do Sertão de Pernambuco. Em 2016, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o salário médio mensal dos moradores era de menos de dois salários mínimos. Dados de 2010 indicam que apenas 51,5% do território tem esgotamento sanitário adequado e 1% das ruas é pavimentada.

Em dezembro de 2013, nessa cidade de proporções modestas, chegava o ortopedista Miguel Lopez Valdes, através da segunda etapa do Programa Mais Médicos (PMM). Mal imaginava o cubano que, quando finalmente tivesse que deixar o país, sairia acompanhado de esposa e filha.

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Até a próxima quinta-feira (6), Miguel continuará atendendo no posto médico do município. Sua saída iminente tem deixado triste uma população não acostumada a ver um médico se manter tanto tempo no mesmo cargo. Miguel, com média de atender 30 pessoas por dia, tem recebido cerca de 60 pacientes nos últimos dias. São pessoas querendo saber se o cubano está mesmo deixando a cidade, pedindo para que ele fique, trazendo presentes ou querendo um último atendimento com o doutor que eles aprovaram.

“Eu me sinto grato. É uma situação difícil, muita preocupação dos pacientes. Mas de forma geral, me sinto feliz”, diz Miguel ao LeiaJá. Ainda em dezembro, o médico deve viajar de volta para Cuba, mas não decidiu se continuará vivendo na terra natal. “É complicado ficar sem emprego. Acho que não dá para ficar aqui, infelizmente”, acrescenta.

Apesar da esposa de Lopez ser da área de saúde, eles não se conheceram por isso. A auxiliar de saúde bucal Jessika Elaine Amorim Vieira, 29, é filha da dona da pousada na qual o estrangeiro ficou alojado. “Quando Miguel veio para Itapetim, foi algo que se criou muita expectativa. Muita gente esperando. Da minha parte não houve expectativa, agi normalmente. Médicos por aqui, os que conheci, querem ser um rei. O paciente vai para a consulta com medo, não sabe o que falar. Mas minha mãe ficou muito surpresa com a simplicidade dele”, recorda Jessika.

Um almoço não programado em um bar da cidade foi a ocasião em que os dois se conheceram. “Acho que foi amor à primeira vista”, sorri um Miguel nervoso, envergonhado com o clichê da frase. “A gente se identificou na hora. A gente fica falando sobre isso, ‘nossa, como foi naquela vez que a gente se conheceu?’, e a gente concorda que houve uma identificação”, completa o cubano.

Eles continuaram mantendo contato. Um namoro teve início. E depois veio Emily Vanessa, agora com dois anos e seis meses. Jessika, no início do relacionamento, já era mãe de um garoto de dois anos. “Meu filho hoje chama ele de pai”, diz ela, orgulhosa. “Eu nunca imaginei continua Miguel, Eu estive em vários países e isso nunca passou pela minha cabeça, de casar fora de Cuba”.

Uma estimativa da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) aponta que 1,4 mil cubanos do Mais Médicos se casaram no Brasil. Miguel tem garantia de permanência no Brasil, não havendo risco de ficar em situação irregular no país. Temendo o desemprego, entretanto, Lopez deve voltar para Cuba. Uma viagem com a família já está sendo programada para dezembro e janeiro. Após isso, o destino deles deve ser selado. “Minha mãe está doidinha para conhecer minha família”, ele brinca.

Miguel tem recebido grande apoio da esposa, que está disposta a abandonar a carreira na sua cidade e seguir com o companheiro para Cuba. “Não me assusto em deixar minha cidade. A base é a família. Minha família é minha filha e meu marido. Onde a base da minha família for eu vou e o que der pra eu fazer por ele eu faço. Eu não opino em nada. A decisão que ele tomar está tomada”, diz a auxiliar com firmeza.

Enquanto eles não deixam o Sertão, não param de receber visitas. Jessika diz não ter conseguido fazer a faxina porque a todo momento chegam pessoas, até aos prantos, querendo saber de Miguel e trazer presentes. Ela cita alguns dos presentes oferecidos ao companheiro: galinha, peru, passarinho, cachorro, feijão, banana, maçã, queijo, uva e morango.

O prefeito de Itapetim, Adelmo Moura (PSB), esteve no posto médico para cumprimentar o cubano e constatou o aumento de pacientes querendo ser atendidos por ele. “Eu recebi a notícia da saída dos cubanos com muita tristeza, eles são muito bons. Atendem a população muito bem. São treinados para fazer atenção básica. Tem gente que vem de outra cidade para ser atendido pelo Miguel”, afirma o prefeito. Para Adelmo, o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) deveria ter recuado e negociado com mais calma a saída dos cubanos.

Apesar de uma médica já ter sido selecionada para assumir a vaga de Miguel a partir do dia 7 de dezembro, o prefeito já vê a saúde do município piorar. Um médico do programa Estratégia Saúde da Família (ESF) saiu de Itapetim para trabalhar no Mais Médicos de uma cidade vizinha. Segundo o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems), um terço dos brasileiros inscritos para substituir os cubanos deixou vagas em seus postos de saúde. Foi criado um déficit de 2.844 profissionais. Os dados do conselho apontam que das 8,3 mil vagas preenchidas pelo edital do Ministério da Saúde, 34% foram ocupadas por médicos que já atuavam no ESF. O Mais Médicos oferece bolsas de R$ 11,8 mil, valor superior à média do Norte e Nordeste ofertada aos profissionais do ESF, além de uma ajuda de custo paga pelo município variando entre mil e três mil por profissional.  O médico vinculado ao Programa tem carga horária semanal de 32 horas de trabalho e oito horas dedicadas às atividades de ensino, pesquisa e extensão.

Lopez diz não gostar de falar sobre política, mas avalia que a saída dos cubanos é fruto de discriminação. Ele também afasta a versão de Bolsonaro de que os médicos seriam escravos no Brasil. “Existe um contrato que foi firmado e todo cubano sabia. Ninguém foi obrigado a vir para o Brasil nem foi enganado. Todo mundo sabia o salário e o que aconteceria no programa desde o princípio”, explica. “Houve um momento em que Cuba quebrou o contrato porque se falou para os cubanos fazerem um teste de conhecimento. Veja, os médicos cubanos trabalham em 62 países, por que o Brasil tem que fazer esse teste? Passei por exames em Cuba e no acolhimento quando cheguei no Brasil”.

Questionado sobre o governo de Cuba, o ortopedista nega que seu país viva em uma ditadura. “Quem tiver interesse em saber se Cuba é uma ditadura, que viaje e fale com a população cubana. Eu não considero que a gente viva em uma ditadura. É um socialismo que quer igualdade, mas ditadura é uma palavra muito forte. Ditadura é a Coreia do Norte. Lá em Cuba está minha mãe e meu pai, ninguém é obrigado a nada. Se existe tanta carência, tantos problemas e dificuldades no Brasil, não seria bom criticar outros países”, opina. A esposa do médico diz ideia semelhante. “As pessoas mais carentes serão as mais prejudicadas. O presidente [eleito] se incomoda tanto com o que Cuba faz e aqui no Nordeste ainda morre criança com diarreia. É uma ingratidão. Como nós brasileiros vamos falar de Cuba se a nossa saúde e educação são precárias? Não nos dá o direito”, avalia Jessika.

Perto de se despedir da cidade onde conheceu a esposa e teve sua primeira filha, o cubano diz que sentirá saudades. Ele percebeu uma mudança no comportamento da população nos últimos anos. “Quando comecei aqui, a saúde era diferente. Hoje em dia tem melhorado muito, mas não só pelo meu atendimento”, afirma, compartilhando os louros. “Itapetim agora tem uma infraestrutura melhor. A população também mudou muito, a forma de pensar tem mudado. Hoje em dia a maioria sabe se expressar, está atenta e participa de palestras”.

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