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Estudantes de medicina se reúnem neste sábado (25) em um protesto pacífico, na Avenida Boa Viagem, Zona Sul do Recife. O ato faz parte do movimento nacional “Revalida, Sim!”. O Revalida é uma prova aplicada pelo governo federal para autorizar médicos formados no exterior a atuarem no Brasil.

Os estudantes de medicina, assim como o Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), são contrários a flexibilização de exigências do exame que tem intenção de facilitar a entrada desses profissionais para aumentar o número de médicos no país. “A gente não é contra a vinda do médico, estamos brigando por uma assistência mais qualificada. Quem garante que um médico que vem de fora para praticar a medicina vai dar ao paciente o atendimento necessário sem conhecer a cultura do país e o sistema de saúde adotado aqui?” indagou o estudante Renan Lucena, da Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS). 

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Os alunos se organizaram através de um evento criado em uma rede social. Eles devem seguir em caminhada pela Avenida Beira Mar. O movimento é de apoio ao processo de validação de diploma de profissionais médicos que venham do exterior para exercer sua profissão no Brasil. 

Já na terça-feira (28), as entidades médicas de Pernambuco - Sindicato dos Médicos, Conselho Regional de Medicina Associação Médica - realizarão um ato público na a partir das 8h, na Praça do Derby, em defesa do Revalida e contra a importação de médicos estrangeiros sem que haja a revalidação de seus diplomas pelo Ministério da Educação. Na ocasião, os médicos entregarão uma carta aberta à população, além de oferecer serviços básicos de saúde como prevenção a Hipertensão e Diabetes. 

 

O ex-presidente da Fundação Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e atual presidente da Fundação Perseu Abramo, Márcio Pochmann, criticou nesta sexta-feira a decisão do governo de trazer médicos de outros países para trabalhar no Brasil. "Essa é a solução mais simples, mas não pode ser uma saída para enfrentar a dramática situação da baixa qualidade da mão de obra no País", disse, em evento em São Paulo. De acordo com Pochmann, a medida, no entanto, deve ser considerada, caso o País não tenha condições de resolver a questão e isso "trave o crescimento".

Apesar de reconhecer que há carência de médicos no Brasil, ele afirmou que é preciso se certificar de que os profissionais estrangeiros, realmente, vão querer se deslocar para os lugares mais carentes. "Há um risco de centralizar (em grandes cidades)", afirmou. Pochmann disse ainda que a dificuldade é de ordem estrutural, mas que a administração federal tem trabalhado nos últimos anos para diminuir esse déficit. "Já há um movimento de descentralização das universidades. O Brasil passou de cem para 300 cidades com universidades", afirmou.

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O Conselho Federal de Medicina (CFM) lança uma última cartada para tentar convencer o governo a desistir do plano de recrutar médicos estrangeiros para trabalhar em áreas consideradas prioritárias. O documento propõe uma estratégia alternativa, com alterações no Programa de Valorização de Atenção Básica, o Provab, o que traria mais atrativos para médicos formados no Brasil a trabalhar nesses locais.

A proposta condiciona a abertura de vagas à instalação de infraestrutura adequada, oferta de insumos, equipamentos de diagnóstico e terapias. A proposta sugere que profissionais recrutados tenham vínculo contratual com o Ministério da Saúde, uma jornada de 40 horas semanais; direito a licença-maternidade e auxílio-doença, férias e aviso prévio de desligamento de 30 dias.

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O Provab foi criado em 2011 para tentar atrair médicos para áreas consideradas de difícil provimento: periferias de grandes cidades e postos em municípios afastados. Na edição deste ano, dos 13 mil profissionais solicitados pelas prefeituras, 3.800 assinaram contrato, o equivalente a 29% das vagas abertas. No documento o CFM diz ser essencial que médicos recrutados no exterior sejam submetidos ao Revalida, um exame para validação do diploma, e um teste de fluência em português.

O recrutamento de médicos estrangeiros para trabalhar no País poderá ser feito dentro de intercâmbio, afirmou nesta quarta-feira, 22, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Pela proposta, médicos formados no Exterior viriam ao Brasil trabalhar em regiões com pouca mão de obra. Profissionais formados em instituições brasileiras, por sua vez, iriam para o Exterior fazer residência.

As especialidades ofertadas seriam aquelas também consideradas prioritárias, como oncologia e anestesia. A proposta inicialmente tem como foco Portugal, mas o ministro afirmou que há possibilidade de que a negociação seja estendida para outros países.

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Os médicos brasileiros teriam seus cursos custeados pelo Programa Ciência sem Fronteiras, disse Padilha. As negociações com Espanha já tiveram início. Agora, afirmou o ministro, é a vez de Portugal.

O governo estuda desde o ano passado a criação de uma política para atrair médicos estrangeiros para trabalhar no Brasil. A proposta, que agora ganha seus contornos finais, prevê que profissionais recrutados em outros países ficariam dispensados de fazer o Revalida, um exame para revalidação de diplomas obtidos no Exterior.

Uma medida provisória seria editada, criando o registro temporário. Com ele, profissionais poderiam trabalhar por três anos, numa área considerada prioritária pelo governo. Participariam do programa municípios dispostos a integrar uma ação para reformar, ampliar ou criar novos postos de saúde. A estratégia é vista pelo governo como uma alternativa para solucionar, a curto prazo, a falta de médicos no País.

Entidades médicas criticam a medida. Afirmam que não há falta de profissionais, mas má distribuição. Alertam ainda que a medida pode colocar em risco a saúde da população mais pobres, que seriam assistidas por profissionais que não tiveram seus conhecimentos profissionais avaliados.

Dispensados de prova técnica de conhecimentos, médicos estrangeiros recrutados pelo governo federal para trabalhar em áreas carentes do País terão de fazer um teste de proficiência em português. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que profissionais dispostos a participar do programa, agora em fase de detalhamento, terão de comprovar conhecimento da língua para receber o registro provisório.

Essa permissão de trabalho temporária, com regras específicas, deverá ser criada por meio de uma medida provisória. O modelo estudado pelo governo prevê a concessão de um registro temporário, que habilitará o profissional a atuar nas periferias das cidades ou em locais afastados, durante um período determinado. O prazo proposto é de três anos. Atualmente, para trabalharem no País, médicos precisam fazer um teste teórico e prático para revalidação do diploma, batizado de Revalida, que afere conhecimentos médicos. Quem faz esse exame recebe registro permanente e pode atuar em todo o País.

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Recorte

Na terça-feira, 21, Padilha afirmou que somente municípios que participem do Programa de Requalificação de Unidades Básicas de Saúde (UBS) receberão médicos recrutados no exterior. A requalificação, coordenada pelo governo federal, prevê investimento de R$ 1,6 bilhão na reforma, ampliação ou construção de postos de atendimento. De acordo com o ministério, 2.810 municípios apresentaram neste ano propostas para construção de centros.

A estratégia de recrutar médicos formados no exterior para trabalhar no País vem sendo estudada pelo Ministério da Saúde desde o ano passado. A proposta, de acordo com Padilha, seria uma alternativa para resolver, a curto prazo, o problema de falta de médicos no País. Outras medidas incluem a criação de vagas para cursos de Medicina e de especialização, mas com resultados esperados para médio prazo.

Entidades médicas, no entanto, são contra a proposta: afirmam que no Brasil não há falta de profissionais, apenas uma distribuição inadequada. Argumentam ainda que o recrutamento de profissionais, que ficariam dispensados de fazer a prova de revalidação, traria uma medicina de qualidade questionável às classes mais pobres da população.

Padilha afirma que o assunto não pode ser tratado de forma preconceituosa. E, a conta-gotas, anuncia detalhes do programa - que em parte neutralizam as críticas das entidades de classe. Médicos da Bolívia e do Paraguai, países sempre citados pelo Conselho Federal de Medicina por apresentar faculdades de qualidade duvidosa, por exemplo, ficariam de fora do programa. Profissionais formados na Escola Latino-Americana de Cuba (Elam) também não poderiam participar dessa iniciativa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Enquanto o governo planeja importar médicos para reduzir o déficit de atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS), um grupo de pelo menos 2.399 estrangeiros já atua no País. Dados da edição atual da Demografia Médica no Brasil mostram que os profissionais são oriundos de 53 países - a América Latina representa 94% do total. No topo da lista estão os bolivianos, que somam 880, seguidos por 401 peruanos e 264 colombianos. Cuba está em quarto lugar, com 216 médicos trabalhando em território nacional.

A pesquisa elaborada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) também revela que os estrangeiros não escolhem localidades remotas do Brasil para trabalhar. A maioria vem para cá para atender pacientes nos grandes centros urbanos, especialmente os da Região Sudeste, como a capital paulista. E, assim como os profissionais brasileiros, a maior parte dos médicos importados também não tem títulos de especialistas - são apenas clínicos. Para atrair médicos às áreas mais remotas do País, não é preciso implementar uma política de importação de profissionais, na análise do CFM.

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Melhores condições

A entidade, que na semana passada ingressou com uma representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) para impedir a ação do governo, reivindica melhores condições de trabalho aos brasileiros. O presidente do conselho, Roberto d’Avila, argumenta que os problemas da assistência em saúde não se limitam à falta de médicos.

"A má gestão do SUS e o baixo investimento público na saúde são fatores fundamentais para o quadro atual. Por exemplo, na Inglaterra, o governo responde por 84% dos investimentos em saúde. Na Argentina, esse porcentual fica em 68%. Enquanto isso, no Brasil, ele bate na casa dos 44%."

Para Dante Dianezi Gambardella, doutorando do Departamento de Prática de Saúde Pública da Faculdade de Saúde Pública da USP, o Ministério da Saúde tem de esclarecer à sociedade médica quais critérios vai utilizar no processo de seleção e contratação dos médicos estrangeiros. "Será preciso saber, por exemplo, como o governo vai conseguir manter esses profissionais em locais distantes dos grandes centros. Se vai se criar condições para isso, elas servirão também para os médicos brasileiros." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Nem a milagrosa cruz da matriz do morro mais alto de Santa Cruz dos Milagres, no interior do Piauí, ajuda quando a energia some e o posto de saúde fica às escuras. Distante 168 quilômetros de Teresina, a cidade tem aproximadamente 4 mil habitantes e integra uma lista de 397 municípios do País que sofrem de outro apagão: o de médicos. Sem hospital e só com um posto de atendimento básico, a cidade não tem profissionais residentes, recebe demanda de 40 casos diários e "importa" profissionais da capital.

"Rapaz, mande um médico da (sic) Cuba pra mim", disse, na sexta-feira (17), o prefeito João Paulo de Assis Neto (PDT), ao lembrar que o governo federal pretende trazer médicos estrangeiros ao País. A proposta do Ministério da Saúde virou polêmica na semana passada. Assis, porém, apoia: "Fui o primeiro prefeito a pedir médico cubano".

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Para garantir atendimento em Santa Cruz, ele tem de recorrer a dois plantonistas de Teresina, que, no curto trajeto, gastam até 3 horas na estrada para trabalhar na cidade, um centro religioso nordestino.

A prefeitura gasta R$ 9 mil mensais para um médico visitar a cidade por dois dias da semana. "Imagine a economia se o médico viesse morar aqui", questionou o prefeito. O custo é coberto pelo programa Estratégia de Saúde da Família (ESF), que repassa aos municípios pouco mais de R$ 10 mil por mês para pagar uma equipe médica itinerante.

Como um polo regional de medicina do Nordeste, que atende a demandas de saúde também de municípios do Maranhão, Teresina exporta plantonistas. Eles viajam para atender em municípios como Santa Cruz e Juazeiro do Piauí, presentes na lista de cidades sem médicos organizada pela Confederação Nacional dos Municípios com dados do DataSUS.

Precariedade

Na quinta-feira passada, em Santa Cruz, quando a luz piscou e foi sumindo até apagar, às 18h45, o cirurgião Márcio Ramísio, de 35 anos, sete deles com o estetoscópio no pescoço, apontou para o teto da sala e disse: "Como é que um médico vai querer vir para o interior desse jeito?".

Ramísio não é de Santa Cruz. Ele até gosta da cidade e tem veneração pela religiosidade local, que atrai milhares de fiéis. "Eu mesmo, quando fiz vestibular, fiz promessa aqui para passar", contou. Mas agora, para clinicar, ele tem de encarar a estrada e passar pelo menos uma noite da semana longe da capital onde mora com a mulher, grávida do primeiro filho.

Nessa realidade, Ramísio admite que fica difícil cooptar profissionais de saúde para a cidade. "Como eu sou da região, gosto de trabalhar no interior", afirmou o cirurgião. Na manhã de sexta-feira, 17, levou uma hora para chegar ao ponto de atendimento numa fazenda. Na véspera, quando estava perto de encerrar seu primeiro dia do plantão, Ramísio e a assistente Poliana Costa ficaram, literalmente, sem energia. A luz apagou. Era o fim do expediente. Iluminado por uma lâmpada de bateria, o médico não teve outra alternativa senão deixar o trabalho para o dia seguinte.

Estado crítico

Assis não é o único prefeito a ter de buscar médicos na capital. Em Juazeiro do Piauí, a 260 km da capital, plantonistas cobrem a ausência. "Não temos nenhum médico morador", disse a secretária de Saúde, Sulema Brito. Formada em Enfermagem, ela assumiu o cargo em janeiro e a médica que atendia no posto saiu em março. Somente há um mês outro profissional foi contratado, também de Teresina, para dois dias de dedicação aos cerca de 50 casos que vão ao posto atrás de ajuda.

José Antônio Cantuária, de 54 anos, clínico geral, atende em Juazeiro do Piauí duas vezes por semana. "O problema é estrutural. Tem de investir em saúde e nos médicos brasileiros", disse. "Agora está aí essa discussão sobre os estrangeiros, cubanos."

Cantuária diz que no Piauí há o agravante da demanda oriunda do Maranhão - o Estado tem a menor taxa de médicos para cada mil habitantes. Com 4,7 mil habitantes, Juazeiro tem outro plantonista, Martinho Delmiro, de Campo Maior, a 80 quilômetros. A falta de estrutura é uma das principais reclamações da categoria. Um jovem médico, que pediu para não ser identificado, disse que, quando há qualquer problema de procedimento por causa da precariedade dos postos, um processo pode recair sobre o médico. "Quando um paciente morre, ninguém quer saber se não tinha equipamento." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), Renato Azevedo Júnior, na manhã desta quinta-feira (16), se mostrou a favor da participação obrigatória de alunos de medicina em exames que avaliem seus conhecimentos, habilidades e atitudes médicas. De acordo com a Agência Câmara de Notícias, o presidente usou como argumento que a prova impediria o ingresso de profissionais despreparados no mercado de trabalho, uma vez que eles podem proporcionar risco à saúde da sociedade. Azevedo participa de uma audiência pública, em Brasília.

No ano passado, o Cremesp tornou obrigatória a participação dos formandos em medicina no exame, que já era ofertado desde o ano de 2005 em caráter voluntário. Segundo a Agência, 54% dos candidatos foram reprovados. “Na área de clínica médica, metade das questões não foram respondidas corretamente ao longo dos anos. Temos convicção de que quem não acerta 60% da prova tem graves problemas na sua formação”, destacou Azevedo, conforme informações da Agência. A audiência pública é realizada na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público. O encontro debate o projeto de lei que estabelece a realização de exame de admissão para o exercício profissional da medicina.

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Com informações da Agência Câmara de Notícias



ARACAJU (SE) - Os médicos de Aracaju, que estavam em greve há 21 dias, retornarão suas atividades na próxima quinta-feira (16). O fim da greve foi decidito nesta quarta-feira (15), em assembleia realizada pela categoria, após a prefeitura negociar as reivindicações. 

Os profissionais da saúde entraram em greve após não ter aceitado a contraproposta enviada pela Prefeitura de Aracaju que inclui a mudança da data-base e o não pagamento do retroativo referente aos meses de janeiro, fevereiro e março. “Ontem a prefeitura resolver ceder as nossa reinvindicação principal a incorporação da qualificação de desempenho para aposentadoria em 20%”, explica o presidente do Sindicado dos Médicos (Sidmed), João Augusto Alves. 

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Cerca de 400 médicos aderiram à paralisação que comprometeu os serviços ambulatoriais, o centro de especialidade e as unidades de saúde da família oferecidos à população. Os acordos ainda continuarão e uma nova assembleia já foi marcada para o dia 4 de junho. “Mesmo em negociações optamos em acabar a greve em respeito à sociedade, porém esperamos que a prefeitura cumpra sua palavra para que não haja novas manifestações”, explica o presidente da Sindimed. 

SALVADOR - Os Médicos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) da cidade de Salvador (BA) anunciaram greve. A partir das 7h desta terça feira (14) somente o contingente de 30% dos médicos reguladores permanecerão em atividade.

A decisão foi tomada em assembléia realizada nesta segunda-feira (13) onde os médicos reguladores e intervencionistas do Samu recusaram, por unanimidade, a proposta da Secretaria Municipal de Saúde de Salvador (SMS\ Salvador) de passar somente para os  médicos  estatutários, de Regime Especial de Direito Administrativo (REDA) e de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) o aumento de 50% para 100% a gratificação sobre o salário base de R$1800, deixando de lado os médicos contratados por Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)  e Pessoa Jurídica (PJ).

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A Secretária de Saúde Municipal também ofereceu a proposta de passar a gratificação de 50% para 200% sobre o salário de R$1.800, porém passando a carga horária de 24h para 40h, o que também foi recusado pelos categoria. Segundo o Sindicato dos Médicos daBahia (Sindmed) os médicos querem a implantação da isonomia salarial entre todos os vínculos médicos (estatutários, CLT, Pessoa Jurídica, Reda e TAC), com os estatutários tendo sua atual gratificação de 50% reajustada para 200% sobre o vencimento básico. A categoria também reivindica melhorias nas condições de trabalho e ao aumento do contigente de profissionais no atendimento à população.

SALVADOR - O Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia (Sindmed) e o secretário de Saúde do Estado (Sesab), Jorge Solla, se reúnem nesta sexta (3), na sede Sesab, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), para discutir as reivindicações dos profissionais que trabalham na Central de Regulamentação de Salvador.

Os médicos reguladores estão em greve desta quarta (1°) por melhores condições de trabalho e remuneração digna. Na assembléia realizada no mesmo dia que iniciou a paralização, os profissionais decidiram manter a greve por tempo indeterminado.

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A pauta completa dos médicos inclui o pagamento do abono de plantão, retroativo a julho de 2012; melhores condições físicas e estruturais de trabalho; contratação de mais médicos reguladores; procedimentos operacionais com determinação clara dos perfis; investimento em ambulâncias (UTI e básicas); investimento na rede de saúde. 

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) anunciou, nessa segunda-feira (29), o resultado final do segundo processo seletivo para os Programas de Residência Médica do HC/UFPE e para os vinculados à Secretaria Estadual de Saúde. Veja AQUI o resultado.

De acordo com a instituição de ensino pernambucana, 112 candidatos foram aprovados na seleção, distribuídos nos Programas de RM em Radiologia e Diagnóstico por Imagem (103); Medicina de Família e Comunidade (uma); Cirurgia Pediátrica (uma); Gastroenterologia Pediátrica (uma) e Obstetrícia e Ginecologia (SUS/ seis inscritos). Segundo a UFPE, os programas já iniciam nesta terça-feira (30).

  



Um tribunal europeu condenou nesta segunda-feira (29) cinco médicos kosovares a penas de até oito anos de prisão por tráfico de órgãos em Kosovo, no veredito de um caso que remonta a 2008 e cujas ramificações se estendem a Europa, América do Norte e Oriente Médio.

A pena mais importante, de oito anos de prisão, foi pronunciada contra o urologista Lutfi Dervishi, enquanto seu filho, o médico Arban Dervishi, foi condenado a sete anos e três meses de prisão.

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Três acusados, todos médicos, foram condenados a penas de até três anos. Outros dois acusados, entre eles o ex-funcionário do alto escalão do Ministério da Saúde Ilir Rrecaj, foram absolvidos no julgamento, iniciado em 2011.

Durante o processo, Rrecaj reconheceu que transplantes ilegais aconteciam na clínica, mas negou envolvimento. Os réus foram acusados de crime organizado e exercício ilegal da atividade médica, segundo a ata de acusação redigida pelo procurador europeu Jonathan Ratel.

Segundo a mesma fonte, mais de 30 extrações de rins e transplantes foram realizados ilegalmente na clínica Medicus, fechada em 2008, quando estourou o escândalo.

Os doadores, recrutados na Europa ou Ásia Central, tinham a promessa de que receberiam, cada um, cerca de 15 mil euros, enquanto os que recebiam os órgãos estavam dispostos a pagar, cada um, até 100 mil euros pela intervenção cirúrgica.

A ata de acusação designa o cidadão israelense Moshe Harel como cérebro de uma rede de recrutamento de doadores e receptores de órgãos. O médico turco Yusuf Ercin Sonmez é suspeito de ter realizado os enxertos de órgãos na clínica Medicus.

Nenhum dos dois consta entre os acusados no processo, uma vez que não foram colocados à disposição do tribunal europeu.

O Ministério da Educação (MEC) divulgou, nesta segunda-feira (29), que professores e médicos que atuarem em áreas com carência de atendimento podem abater a dívida com o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). O abatimento poderá ser de 1% do saldo devedor por mês trabalhado.

De acordo com informações do MEC, podem solicitar o abatimento estudantes de medicina que tenham trabalhado pelo menos um ano ininterruptamente nas áreas definidas como prioritárias pelo Ministério da Saúde; médicos em efetivo exercício em áreas e regiões com carência de profissionais de saúde e dificuldade de retenção desses profissionais; médicos que integrem equipe de saúde da família oficialmente inscrita no Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde (CNES); médicos que integrem equipe que promova serviços de atenção básica em populações quilombolas, indígenas e de assentamentos, com jornada de 40 horas semanais e, com jornada de 32 horas semanais, os que integrem equipe de atenção básica em populações ribeirinhas.

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Também pode ser beneficiado o docente em efetivo exercício na rede pública de educação básica, com jornada de trabalho de, no mínimo, 20 horas por semana. Ele deve estar na condição de graduado ou ser estudante regularmente matriculado em curso de licenciatura. Segundo o MEC, a contagem de um ano de trabalho ininterrupto em efetivo exercício para professor e para médico deve ter início em 15 de janeiro de 2010, para os contratos feitos antes dessa data, e a partir da contratação do financiamento para os acordos formalizados após 14 de janeiro de 2010.

Benefícios do Fies

De acordo com dados do Ministério da Educação, em 2012, mais de 7 mil estudantes deram início ao curso de medicina com o benefício do Fies. Em todo o Brasil, o fundo financia a mensalidade 22 mil alunos de medicina.

Neste ano, nos quatro primeiros meses, 266 mil alunos assinaram o contrato do Fies. A previsão é que, até o final deste ano, 400 mil contratos sejam formalizados.

Ainda segundo o MEC, a solicitação do financiamento pode ser feita em qualquer época e os juros são de 3,4% anualmente, o prazo de carência, de 18 meses, e o de amortização, de três vezes o período financiado, acrescido de 12 meses. Veja AQUI a portaria publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira.

Um grupo pernambucano está lançado no Estado um serviço que pretende facilitar a vida de pacientes e profissionais que precisam recorrer aos planos de saúde. O Dr.naRede é um novo projeto de marcação de consultas e acompanhamento médico através da internet. No site o usuário efetua um cadastro gratuito e realiza buscas escolhendo especialidade, endereço, nome do médico ou convênio.

Já os profissionais precisam contratar o serviço e pagar uma taxa por ele. “Atualmente temos dois planos. O Platinum custa R$ 250 e atende até 200 pacientes. O pacote do Diamond custa R$ 320 e atende 400 pessoas”, explicou um dos idealizadores do projeto, Marcelo Kater. Segundo ele, o investimento máximo por paciente é de R$ 1.

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Adquirindo o serviço, os profissionais poderão criar agendas online, checar prontuários, receituários e até acompanhar exames médicos. “Para evitar que um paciente tenha que retornar a clinica apenas para mostrar o resultado de um exame desenvolvemos uma plataforma onde ele poderá digitalizar esse documento e através da internet enviar para o perfil do médico”.

Outra novidade é que o usuário irá receber uma mensagem de texto no celular confirmando o agendamento e lembrando a consulta. O sms poderá ser respondido de forma gratuita. O site também vai disponibilizar um guia médico completo, com nomes de profissionais de diversas especialidades e convênios, espalhados em várias localidades. Inicialmente o serviço vai atender apenas clínicas e consultórios. 

“Nosso principal objetivo era criar algo completo, mas simplificado e que pudesse ser utilizado facilmente por qualquer pessoa. Esse sistema é capaz de se moldar a vários aparelhos e pode ser acessado de qualquer lugar. É algo diferente e que ainda não existia, dessa forma, no país”, concluiu. 

 

Nesta quinta-feira (25), os médicos de todo o País se reúnem para protestar no Dia Nacional de Alerta aos Planos de Saúde pelo terceiro ano consecutivo. A mobilização é para reivindicar contra abusos praticados pelos responsáveis pelos planos de saúde na relação médico/paciente.

Em alguns locais, alguns médicos resolveram suspender consultas e outros procedimentos eletivos por até 24h. Em Pernambuco, a mobilização não teve parada nos atendimentos. A categoria se reuniu às 9h na Ilha do Leite, área central do Recife, local onde existem vários polos médicos privados.

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Na pauta de reivindicação, estão a assistência dada pelos planos aos os quase 50 milhões de usuários dos planos de saúde.  A proposta será Com o atendimento das propostas já encaminhadas às empresas e órgãos responsáveis pelo setor, os profissionais da Medicina acreditam ser possível melhorar as condições de trabalho e de atendimento aos pacientes.

Vários representantes das Comissões Estaduais de Honorários Médicos (CEHM) reivindicam urgência no pagamento honorários médicos dignos e com reajustes determinados em contratos, além de acabar com sua interferência no trabalho médico. A Associação Médica Brasileira (AMB), Conselho Federal de Medicina (CFM) e Federação Nacional dos Médicos (Fenam) participam da mobilização.

Com informações da assessoria

Médicos, dentistas e fisioterapeutas de todo o País prometem suspender o atendimento eletivo a pacientes de planos de saúde nesta quinta-feira, 25, para protestar contra as operadoras de saúde. As consultas previstas serão remarcadas, mas os casos de urgência e emergência não serão afetados.

Em São Paulo, um protesto na Avenida Paulista prevê o lançamento de 10 mil bexigas pretas simbolizando o descontentamento dos profissionais com os planos de saúde.

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Pesquisa realizada pela Associação Paulista de Medicina com quase 5 mil profissionais da área aponta que 89% deles se queixam das interferências dos planos nos procedimentos, o que prejudica o atendimento. Uma das principais reivindicações é por honorários mais justos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Federação Nacional de Saúde Suplementar afirmou que suas filiadas têm se esforçado em recompor os honorários e diz que, no último ano, o valor da consulta teve reajuste de 14%. Já a Associação Brasileira de Medicina de Grupo informou que não interfere na relação entre operadoras e prestadores. A Agência Nacional de Saúde Suplementar diz que adotou medidas para melhorar o atendimento e cita os prazos máximos para consultas, exames e cirurgias.

Insatisfeitos com a relação com operadoras de saúde, médicos, dentistas e fisioterapeutas vão suspender o atendimento eletivo de clientes de planos quinta-feira, 25, em pelo menos nove Estados, incluindo São Paulo. A paralisação é reflexo de uma pesquisa que mostra que 89% deles sofrem interferência dos planos em suas atividades, o que prejudica o atendimento. Os médicos já fizeram outras três paralisações nos últimos dois anos, mas é a primeira vez que dentistas e fisioterapeutas integram o movimento. Em São Paulo, o protesto será na Avenida Paulista - 10 mil bexigas pretas vão simbolizar o descontentamento.

Para a pesquisa, a Associação Paulista de Medicina (APM) consultou 4.887 profissionais, por meio de um questionário por e-mail. Os resultados atestam a insatisfação: 83% dizem já ter tido pacientes que precisaram recorrer ao SUS ou ao atendimento particular por causa de obstáculos impostos pelos planos, 85% afirmam que já se descredenciaram ou pretendem deixar a rede suplementar de saúde e 65% relataram ter reduzido o número de procedimentos ou cirurgias por causa dos baixos honorários. "Os médicos estão sob pressão, pois prescrevem os procedimentos, mas os planos impõem obstáculos", afirmou Florisval Meinão, presidente da APM, referindo-se especialmente aos procedimentos de alta complexidade.

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Segundo Silvio Cecchetto, presidente da Associação Brasileira de Cirurgiões Dentistas, os planos pagam cerca de R$ 15 por restauração e R$ 10 por extração dentária. "Por mais esforço e boa vontade do profissional, esse valor é incompatível com o mínimo de qualidade." No sistema privado, uma restauração não sai por menos de R$ 150, assim como uma extração.

Sobrevivência

A situação também é ruim entre fisioterapeutas, que recebem dos planos de R$ 5,60 a R$ 20 por 50 minutos de trabalho - honorários que não são reajustados há pelo menos 10 anos. "Com esse valor não dá para sobreviver e investir em qualidade", diz Marlene Vieira, presidente da Federação Nacional dos Prestadores de Serviços de Fisioterapia.

A Federação Nacional de Saúde Suplementar afirmou que suas filiadas têm se esforçado em recompor os honorários e diz que, no último ano, o valor da consulta teve reajuste de 14%. Já a Associação Brasileira de Medicina de Grupo informou que não interfere na relação entre operadoras e prestadores. A Agência Nacional de Saúde Suplementar diz que adotou medidas para melhorar o atendimento e cita os prazos máximos para consultas, exames e cirurgias. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os médicos do Estado de São Paulo programam para a próxima quinta-feira, 25, a suspensão do atendimento a pacientes de todos os planos de saúde. A decisão, anunciada pela Associação Paulista de Medicina (APM), é uma forma de protesto dos profissionais contra as empresas de saúde. Apenas os casos de emergências serão atendidos. Ainda segundo a APM, médicos de todo o País realizarão, na mesma data, o "Dia Nacional de Alerta aos Planos de Saúde".

"A ideia é tornar pública a insatisfação com as inaceitáveis e recorrentes interferências das empresas no exercício da medicina, reivindicar honorários justos e, especialmente, exigir condições adequadas para uma assistência de qualidade aos pacientes", diz a entidade. Os médicos pretendem ocupar a Avenida Paulista, em São Paulo, na manhã de quinta-feira.

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Insatisfação em números

Mais de 80% dos médicos, dentistas e fisioterapeutas conveniados a planos e seguros de saúde afirmaram que já se descredenciaram ou que pretendem se descredenciar das empresas. É o que revela pesquisa inédita da Associação divulgada nesta terça-feira, 23. O estudo ouviu mais de 5 mil profissionais das três áreas, entre os dias 3 e 14 de abril.

De acordo com a pesquisa, os profissionais das três áreas afirmam que "um grande número de pacientes de planos de saúde tem recorrido ao SUS e ao atendimento privado em função de obstáculos colocados pelas empresas". Entre os problemas destacados estão a restrição a execução de procedimentos de alta complexidade e a pressão para reduzir o número de solicitações de exames considerados essenciais.

Além disso, eles reclamam da dificuldade em receber pelos serviços prestados e informaram que 97% dos cirurgiões-dentistas e 98% dos médicos e fisioterapeutas estão insatisfeitos com a sua remuneração. Os reajustes das categorias também foram alvo de contestações.

Quando perguntados se consideravam os planos para os quais trabalhavam bons ou ótimos, apenas 6% dos médicos e 3% dos dentistas qualificaram as empresas positivamente. Entre todos os fisioterapeutas entrevistados, nenhum considerou o seguro de saúde como bom ou ótimo.

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