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Senadora e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PR) disse que o presidente Michel Temer (MDB) e o eleito Jair Bolsonaro (PSL) não se interessaram por programas sociais implementados pelos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, ambos do PT. Na ótica de Gleisi, eles querem “destruir o legado do PT”.

Listando iniciativas como o Mais Médicos, Minha Casa, Minha Vida e a Transposição do Rio São Francisco, a senadora fez críticas a atuação de Temer e questionou Bolsonaro sobre o que ele pretende fazer para a continuidade dessas medidas.

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“Nós tínhamos um projeto para a construção civil, que eram as obras públicas, as grandes obras, a construção de moradias, através do Minha Casa, Minha Vida. Pois bem. O que fez o Governo Temer? Estagnou. Desde o golpe, a partir de 2015, a construção civil vem retraindo… Vejam o quanto nós retrocedemos! Quantos empregos foram jogados fora por não haver um compromisso com os investimentos em obras importantes. As obras do Governo Federal estão paradas. Temos obras sendo depreciadas de novo, que, quando forem retomadas – e se forem retomadas –, já não têm mais as condições estruturais”, afirmou a petista.

“Pararam o Minha Casa, Minha Vida. Então, o Governo Temer paralisou, colocou no chão. Qual é a proposta de Bolsonaro para a construção civil? Nenhuma. ‘Niente’. Não vi até agora ninguém falar sobre isso, nem o Presidente, nem ninguém da equipe dele. O Minha Casa, Minha Vida anda pelas tabelas”, acrescentou a parlamentar.

Gleisi também falou que o número de passageiros atendidos pelas empresas brasileiras de aviação comercial despencou e chegou ao patamar do início da década. Segundo ela, o mercado doméstico cresceu até 2014, mas a recessão no país, iniciada no governo Dilma Rousseff, chegou a causar queda de 17% em um ano no número de passageiros que pagam por seus bilhetes, entre 2015 e 2016. A conclusão foi depurada no banco de dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

“O presidente Lula sempre que fazia um discurso sobre renda costumava dar um dos exemplos dos aeroportos lotados. Ainda que as passagens não estivessem tão baratas, e elas baratearam por conta da concorrência, havia renda para as pessoas comprarem passagem de avião. Hoje a gente tem uma redução no número de demandas por voo. O pobre não está mais andando de avião, porque o pobre não tem mais renda, está desempregado”, lamentou a senadora.

A senadora ainda lembrou da saída de Cuba do Mais Médicos após declarações de Jair Bolsonaro (PSL). “De tanto que ele fez, pintou e bordou, xingou, foi desrespeitoso com Cuba e com os médicos cubanos, que os médicos cubanos foram embora. Quero saber o que Jair Bolsonaro vai fazer?”, questionou.

O Palácio do Planalto recebeu nesta segunda-feira (17) mesmo o documento com detalhes do acordo entre Boeing e Embraer, após as empresas chegarem a um acordo sobre o contrato. Dono de uma ação especial na companhia brasileira, a chamada "golden share", o governo precisa dar aval para o negócio. O prazo para a avaliação é de 30 dias e termina em 16 de janeiro de 2019. O vice-presidente eleito, general Hamilton Mourão, disse ao jornal O Estado de S. Paulo que, se Michel Temer procurar Jair Bolsonaro para tratar do tema, o aval pode sair rapidamente.

O desenho do negócio, anunciado nesta segunda, avalia a área de jatos comerciais da Embraer em US$ 5,26 bilhões, com o pagamento de US$ 4,2 bilhões à brasileira pela Boeing por 80% do negócio. O ponto mais polêmico é uma opção de a Boeing comprar, em dez anos, 100% da divisão de jatos comerciais da Embraer (leia mais abaixo). A Embraer terá apenas uma cadeira no conselho de administração, mas sem poder de decisão. O contrato, porém, prevê que a futura joint venture precise do aval da brasileira para transferir sua produção a outro país.

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Após o governo receber detalhes do negócio, Mourão defendeu o esforço para acelerar a união das duas companhias. "O negócio pode ser decidido de comum acordo. Se os dois conversarem e concordarem. Aí, já podem fechar isso", disse. O vice-presidente eleito classificou o acordo como "fundamental", já que a maior concorrente da brasileira, a canadense Bombardier, está aliada à Airbus, maior rival da Boeing.

Temer e Bolsonaro apoiam a união das empresas. Nos últimos meses, Temer disse repetidas vezes que pretendia dar aval de imediato. No entanto, com o atraso nas negociações e o acordo fechado a duas semanas do fim do mandato, ele tem sido aconselhado a deixar a missão para o sucessor.

Autoridades do governo lembram que não cabem alterações no contrato e que a decisão do presidente da República, que representa a "golden share", é apenas se "aceita" ou "não aceita" o contrato nos termos atuais. O mais correto, diz uma dessas fontes, é que, como há prazo até 16 de janeiro, a nova equipe se debruce sobre o tema.

Desde a eleição de Bolsonaro, as duas fabricantes não conversaram com a equipe de transição nem com o presidente eleito. Fontes que acompanharam a negociação pelo lado das empresas argumentam, porém, que "há segurança" de que o novo governo apoia a operação.

Após a aprovação do governo brasileiro, o acordo terá de vencer o crivo dos órgãos antitruste no Brasil, nos Estados Unidos, na Europa e na China. As empresas esperam que o trâmite seja rápido nos três primeiros, mas possa enfrentar complicações em Pequim, apurou o jornal O Estado de S. Paulo. A estimativa é que a operação seja concluída no fim de 2019. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente Michel Temer assinou, nesta segunda-feira (17), medida provisória (MP) repassando mais de R$ 225 milhões para o estado de Roraima. A liberação dos recursos faz parte das providências tomadas no âmbito da intervenção federal no estado, anunciada em 7 de dezembro.

No total, o governo federal repassou R$ 225,710 milhões em parcela única. O dinheiro tem de ser aplicado em áreas críticas do estado. A intervenção federal foi a saída encontrada por Temer e pela governadora afastada Suely Campos para debelar a crise em Roraima.

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Agentes penitenciários do estado deixaram de trabalhar, e policiais civis chegaram a paralisar suas atividades por causa de atrasos no salário. A Polícia Militar também teve suas atividades afetadas. Mesmo sem poder fazer greve, eles tiveram o apoio das esposas, que bloquearam a entrada e a saída de batalhões como forma de protesto.

A medida provisória também determina que o interventor nomeado por Temer, o governador eleito de Roraima, Antonio Denarium, apresente ao Ministério da Transparência um plano programático de revisão de gastos.

Em seus últimos dias no cargo, o presidente Michel Temer afirmou, na manhã desta segunda-feira (17), que o Brasil chegou ao ápice do processo de modernização com a inauguração parcial de uma obra em Brasília. "O momento culminante é essa espécie de inauguração de placa que colocamos aqui do satélite geostacionário", disse.

Temer participou da entrega da primeira etapa do Centro de Operações Espaciais Principal (COPE-P), que permitirá a operacionalização e monitoramento do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), lançado em 2017. A segunda etapa será direcionada para áreas administrativas e deverá ser concluída na metade do próximo ano.

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"O momento culminante, o ápice dessa modernização, o momento em que eu posso dizer, em alto e bom som, o momento em que eu posso alardear por aí, e quero sugerir que todos nós possamos alardear o que está sendo feito pelo Ministério de Ciência e Tecnologia, pela Embratel (sic), pelo Ministério da Defesa e pelas Forças Armadas, é essa espécie de inauguração de placa que colocamos aqui do satélite geoestacionário, e, como foi dito aqui nessa tribuna, leva entre outras coisas banda larga para todo o país", discursou Temer. O presidente confundiu Embratel com a Telebras em diversos momentos de sua fala, mas ao final corrigiu a informação.

Ele contou que aceitou participar da cerimônia desta segunda-feira porque o ministro Gilberto Kassab insistiu que seria o "coroamento de um trabalho extraordinário" feito pela pasta. "Eu, que já tinha ideia de que estávamos modernizando o país, hoje digo em definitivo que estamos no século 21."

Durante o discurso, Temer relembrou propostas aprovadas na sua gestão como o estabelecimento de um teto para os gastos públicos, a reforma trabalhista e a reforma do ensino médio.

O presidente Michel Temer (MDB) defendeu, nesta segunda-feira (17), a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), de quem foi vice até agosto de 2016, quando a petista sofreu o impeachment. "Tenho a impressão de que é uma senhora correta e honesta", disse Temer.

A declaração foi dada durante o programa Poder em Foco, do SBT, exibido na madrugada desta segunda.  O presidente ponderou que tem observações críticas quanto à conduta política de Dilma, lembrando que enquanto ainda era vice chegou a reclamar de 'exclusão do governo', mas salientou que o foco pessoal da ex-presidente é a honestidade.

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"Eu não tenho essa impressão de alguém que chegou ao governo para se apropriar das coisas públicas. Nunca tive essa impressão e confesso que continuo não tendo", cravou o emedebista.

O presidente da República, Michel Temer, recebeu na noite de hoje (13) a Medalha de Honra ao Mérito – Gestão Pública do Fórum das Américas, em cerimônia realizada na capital paulista. Em seu discurso, ele disse que teve conversa recente com o presidente eleito Jair Bolsonaro e sua equipe econômica e que vê que o próximo governo seguirá a mesma trilha do que está sendo realizado no país nos últimos dois anos.

“Eu tenho orgulho de dizer que o que eu plantei, como a reforma da Previdência e a simplificação tributária, elas virão à luz pelo novo governo. Eu confio muito no governo que vem aí, alicerçado, ancorado, amparado pela vontade popular. Tenho absoluta convicção de que o presidente eleito Bolsonaro seguirá na mesma trilha”, disse.

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Temer disse que o que mais se fala é sobre o momento em que vai se realizar a reforma da Previdência. “E seguramente, segundo informações que eu tenho tido, eu acho que logo no primeiro semestre ela se realizará. E nós daremos um salto extraordinário”, ao citar que a Previdência Social hoje está em deficit.

O presidente falou ainda da importância de se manter a segurança jurídica no país, que segundo ele corresponde a “aplicar seguramente aquilo que está no sistema normativo” e comentou a postura que os eleitos nas últimas eleições deste ano devem ter. “O Brasil acabou de manifestar sua soberania popular na última eleição e constituiu novas autoridades. Vejam, eu uso a expressão constituiu porque, quem está no poder, não pode achar que é dono do poder. Somos autoridades constituídas, desde o presidente até o vereador. O poder é do povo e o povo se manifestou, constituiu autoridades agora”.

No evento, os representantes do Fórum das Américas caracterizaram o governo de Temer como reformista e avaliaram que ele fez com que o país saísse da crise econômica. O fato de este ser o governo com pior aprovação da história foi lembrado pelo empresário Romeu Chap Chap. No entanto, ele elogiou as reformas realizadas nos últimos dois anos e acrescentou que Temer será lembrado por ser o presidente mais reformista da História.

“Fui presidente reformista, fiz várias reformas. Faltou a reforma da Previdência e a simplificação tributária. A reforma da Previdência saiu da pauta legislativas, mas não saiu da pauta política. Quem a colocou na pauta política fomos nós, o nosso governo”, disse Temer.

O presidente acrescentou que seu governo foi baseado em três conceitos principais: diálogo, responsabilidade fiscal e responsabilidade social. Ele disse que o diálogo foi necessário com o Congresso Nacional e com a sociedade para a aprovação das reformas implementadas em seu governo. Para exemplificar a responsabilidade fiscal, Temer citou a aprovação da emenda constitucional que estabeleceu o teto de gastos para as despesas do governo federal.

Já a responsabilidade social, segundo Temer, se deu em seu governo pela continuidade das políticas sociais e assistenciais do governo anterior, do Partido dos Trabalhadores. “O Brasil é um país ainda com muitas carências, tem gente pobre, mas tem gente na pobreza absoluta, gente que ganha uma miséria por mês. E, por isso, eu prestigiei – diferentemente do que se costuma fazer – programas do governo anterior, como por exemplo o Bolsa Família”. Ele acrescentou que deu aumento acima da inflação no programa e que zerou a fila das famílias que estavam pleiteando o programa.

Ao participar da cerimônia de cumprimentos de fim de ano e de almoço oferecido pelo ministro da Defesa e os comandantes da Marinha, Exército e Aeronáutica, no Clube do Exército, o presidente Michel Temer disse hoje (23) que, em várias ocasiões, as Forças Armadas ajudaram o governo a evitar crises. “E foi a força significativa das Forças Armadas ao lado do meu governo que fez com que evitássemos uma série de crises, nos momentos mais delicados que enfrentamos ao longo desse período”, afirmou.

Em mensagem conjunta, os militares disseram que as Forças Armadas têm contribuído para a manutenção da estabilidade no país. Eles pediram continuidade do orçamento, equipamentos modernos e remuneração digna. “As Forças Armadas não almejam ser empregadas em tempos de crise, e sim impedir que as crises venham a se instalar no Brasil”, disse o orador.

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Temer defendeu tratamento especial para os militares na reforma da Previdência. “São tais as especificidades das Forças Militares, que há de haver um tratamento diferenciado, sem violar o princípio da igualdade estabelecido no texto constitucional”, defendeu.

Participaram do almoço o ministro da Defesa, Joaquim Silva e Luna; e os comandantes do Exército, general Eduardo Dias da Costa Villa Bôas; da Marinha, almirante de esquadra Eduardo Bacellar Leal Ferreira, e da Aeronáutica, tenente-brigadeiro do ar Nivaldo Luiz Rossato.

O presidente Michel Temer encerrará o mandato com rejeição de 85% dos brasileiros, segundo pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta quinta-feira (13), um dos mais baixos índices de popularidade desde o governo do ex-presidente José Sarney. Apesar do número ainda elevado, houve queda em relação a última pesquisa, em setembro, quando a rejeição era de 92%. Esse também é o menor porcentual de rejeição de Temer registrado pela pesquisa desde setembro de 2017.

A aprovação do atual presidente teve um crescimento de 6% para 9%. Outros 5% não souberam ou não quiseram responder. Esta é a última pesquisa realizada pela instituição este ano.

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Entre os que avaliam o governo Temer como ótimo ou bom, houve oscilação de 4% a 5% entre setembro e dezembro deste ano, dentro da margem porcentual de dois pontos para mais ou para menos.

O porcentual dos que avaliam o governo como ruim ou péssimo caiu de 82% para 74% de setembro para dezembro. Neste mês, 18% avaliaram o governo como regular, um aumento de 6% percentuais em relação a última pesquisa.

O índice de confiança de Temer permaneceu estável: 90% afirmaram não confiar no atual presidente. O porcentual é o mesmo desde o ano passado. No entanto, aqueles que confiam no presidente cresceram de 5% para 7%, dentro da margem de erro.

A pesquisa foi realizada pelo Ibope entre os dia 29 de novembro e 2 de dezembro. Foram consultados 2.000 eleitores em 127 municípios brasileiros. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou menos. O nível de confiança é de 95%.

O presidente Michel Temer (MDB) rebateu, nesta segunda-feira (10), o interventor de Roraima, o governador eleito Antônio Denarium (PSL), ao dizer que a entrada de venezuelanos no Brasil não será proibida. No domingo (9), Denarium havia afirmado, em entrevista à GloboNews, que faria um trabalho conjunto com o governo federal para limitar o ingresso dos vizinhos.

"A nossa política é uma política de apoio aos refugiados desde o primeiro momento. Mandamos transmitir ao interventor essa notícia, ele acordou imediatamente. [...] Ele disse que, enquanto for interventor, seguirá as diretrizes. Não haverá restrição", afirmou Temer.

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A intervenção foi decretada na última sexta-feira (7), após uma reunião de emergência ter sido convocada pelo presidente. O motivo foi a greve dos agentes penitenciários e da Polícia Militar. A medida foi determinada por Temer com o conhecimento do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL). Denarium substituiu a governadora Suely Campos (PP).

Denarium foi nomeado oficialmente nesta segunda-feira e terá o controle da administração estadual até 31 de dezembro. Neste período, ele estará subordinado à Presidência da República. Ele toma posse como governador no dia seguinte. Para Temer, a continuidade do trabalho deverá resolver a crise rapidamente.

De acordo com o presidente, a intervenção foi combinada com a governadora para resolver os problemas salariais dos grevistas. O governo deverá liberar entre R$ 150 milhões e R$ 200 milhões em créditos extraordinários para pagar as despesas em atraso do Estado.

Temer afirmou ainda acreditar que o Congresso aprovará a medida provisória para liberar os valores entre hoje e amanhã e destacou que a questão foi definida com a participação dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE).

Temer, Denarium e secretários de Roraima se reunirão em Brasília nesta terça-feira, 11, para discutir detalhes da ação. A intervenção em Roraima é mais ampla do que a realizada no Rio de Janeiro, Estado em que a União assumiu o comando da segurança pública e que também tem duração até 31 de dezembro. No Rio, a medida começou em 16 de fevereiro deste ano. Neste período, o Congresso fica impedido de votar Propostas de Emenda à Constituição (PEC).

A intervenção federal em Roraima começa oficialmente nesta segunda-feira (10), com a publicaçao do o Decreto 9.602 nesta segunda-feira no Diário Oficial da União. A norma traz detalhes da ação, que ocorre até 31 de dezembro. Por ordem do presidente Michel Temer, o governador eleito, Antonio Oliverio Garcia de Almeida, conhecido como Antonio Denarium (PSL), será o interventor no período.

Segundo o decreto, a intervenção federal em Roraima foi definida em decorrência do “grave comprometimento da ordem pública”, devido aos problemas relacionados à segurança e ao sistema penintenciário do estado.

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De acordo com a norma, Denarium ficará subordinado ao presidente da República e não está sujeito às normas estaduais que conflitarem com as medidas necessárias à intervenção. A medida abrange o Poder Executivo do estado.

O interventor poderá requisitar a quaisquer órgãos, civis e militares, da administração pública federal, os meios necessários para a intervenção, ressalvada a competência do presidente da República para o emprego das Forças Armadas.

Decisão

Temer decidiu na noite de sexta-feira (7) pela intervenção no estado de Roraima, após reunião com ministros no Palácio da Alvorada e conversar com a então governadora Suely Campos. Segundo ele, esta é a alternativa para “pacificar” a situação no estado.

Agentes penitenciários do estado deixaram de trabalhar e policiais civis deflagraram paralisação de 72 horas em razão de meses de salários atrasados. Os policiais militares, que não podem fazer greve, receberam o apoio de suas esposas, que bloquearam as entrada e saída de batalhões como forma de protesto.

A intervenção federal no estado já havia sido pedida pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em virtude do risco de rebeliões em unidades prisionais. Em seu pedido, a PGR descreveu situações, baseadas em relatórios do Ministério Público, como falta de separação entre detentos de regimes aberto, semiaberto e fechado, atraso no pagamento de salários de agentes penitenciários, fornecimento de comida azeda e insuficiente aos presos e falta de combustível para transportar os presos para audiências.

No sábado (8), os conselhos da República e de Defesa Nacional se reuniram para discutir a situação e ratificaram a decisão em favor da intervenção federal no estado de Roraima. Ontem (9) e sábado (8), em Boa Visita, Denarium fez reuniões extraordinárias com sua equipe de transição para definir as prioridades que serão apresentadas a Temer nesta terça-feira (11).

A intervenção federal no estado de Roraima passa a valer a partir de amanhã (10) até 31 de dezembro, quando for publicado no Diário Oficial da União o decreto com a medida. A informação é do ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Sergio Etchegoyen, que participou de reunião, em Brasília, com o presidente Michel Temer, os conselhos de Segurança Nacional e Defesa Nacional.

Neste período a governadora Suely Campos (PP) ficará afastada do cargo e assume como interventor, o governador eleito, Antonio Denarium (PSL). Denarium pediu prorrogação da intervenção por mais 60 dias (até fevereiro de 2019) no sistema prisional do estado.

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Após se reunir ontem (8) com sua equipe de transição, Denarium anunciou as ações que vai apresentar a Temer, em Brasília, na terça-feira (11). A prioridade, segundo ele, é pagar os salários atrasados dos servidores, alguns há três meses, e pedir antecipação de repasse financeiro da União para Roraima.

Segundo Denarium, Temer indicou dois nomes para este período como parte da equipe de intervenção: o general Eduardo Pazuello, como secretário da Fazenda, e Paulo Costa, secretário da Segurança Pública.

Redes sociais

Nas redes sociais, o governador eleito sintetizou as ações que pretende implementar, após apresentação para o presidente da República. Segundo Denarium, foi iniciado o processo de levantamento de informações que vão subsidiar a elaboração de um Plano de Recuperação Fiscal.

No Plano de Recuperação Fiscal, será informado o total de dívidas correntes do estado, entre elas, dívidas com fornecedores e com o pagamento de salários de servidores, que, para algumas categorias, vai completar quatro meses.

Também está no plano, no esforço de reduzir os custos do executivo, a reforma administrativa, incluindo a extinção de cargos e secretarias, além da fusão de pastas. “[Para que] beneficiem o princípio da otimização de serviços e economicidade, fiscalização todos contratos vigentes, além de economia com gastos com telefone, água e energia”, disse o governador eleito nas redes sociais.

Integrantes do Conselho da República e do Conselho de Defesa Nacional, vinculados à Presidência da República, se reuniram hoje (8), no Palácio da Alvorada, para discutir a intervenção federal em Roraima. Os conselhos aprovaram por unanimidade a medida em menos de uma hora.

Com o texto em fase de finalização, o decreto deve ser publicado na segunda-feira (10) no Diário Oficial da União, quando já passa a vigorar e conferir poderes administrativos imediatos ao governador eleito do estado, Antonio Denarium, nomeado interventor até 31 de dezembro.

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A informação foi confirmada pelo ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Sergio Etchegoyen, após a reunião.

.Serão nomeados ainda dois secretários para apoiar o interventor. O general Eduardo Pazuello, que já atua na operação de acolhida humanitária a imigrantes venezuelanos no estado, será deslocado para gerir a pasta da Fazenda. Toda a segurança pública ficará a cargo do servidor do Departamento Penitenciário Nacional Paulo Rodrigues da Costa, que já se encontra à frente do sistema carcerário.

“O relatório de inteligência que sustentou a decisão do presidente deixa muito clara a deterioração das contas públicas, a impossibilidade de pagamento de salários, o que levaria a uma inadimplência e a um colapso financeiro do estado”, disse Etchegoyen. “O interventor tem todos os poderes do governador do estado, exceto aquele em que haja disputa com a legislação federal”, acrescentou.

O ministro destacou que para a aprovação da medida pesou a situação precária da segurança pública e do sistema carcerário do estado, que corre o risco de rebeliões. “A má gestão que é o nome dessa crise. Ela poderia levar, por exemplo, a que se agravasse, mais uma vez, a falta de alimentos nos presídios, o que, além de uma desumanidade, é estopim para crises.”

Crise

Roraima enfrenta atualmente crise na segurança pública e no sistema prisional. Agentes penitenciários do estado deixaram de trabalhar e policiais civis deflagraram paralisação de 72 horas devido a meses de salários atrasados. Como os policiais militares são impedidos por lei de fazer greve, receberam o apoio de suas esposas, que bloquearam os acessos aos batalhões como forma de protesto.

Etchegoyen disse ainda que deve continuar a ser dado suporte à operação de acolhida humanitária a imigrantes venezuelanos que entram no Brasil por Roraima.

“Não houve acréscimo no volume de pessoas que entram, está estabilizado, mas continuam entrando. Infelizmente, a situação daquele país não apresenta nenhum sinal de melhora, o que faz com que cidadãos e cidadãs, famílias busquem a esperança, entre outros lugares, no nosso país, e é nosso dever”, afirmou o ministro do GSI.

Congresso

Após a publicação no Diário Oficial, o decreto de intervenção passa a vigorar de imediato, mas deve ser enviado em 24 horas pelo presidente Michel Temer ao Congresso, que pode aprovar ou revogar a medida.

“Eu acho que tanto o presidente do Senado [Eunício Oliveira (MDB-CE)], quanto o presidente da Câmara [Rodrigo Maia (DEM-RJ)] estão mobilizando para que seja votado na segunda-feira, mas se não for será terça-feira”, disse o líder do governo, senador Romero Jucá (MDB-RR), que chegou ao Palácio do Planalto após a reunião.

Após eventual aprovação no Congresso, deve ser publicada medida provisória destinando recursos para a intervenção no estado. Ainda não há um valor definido, e o governo trabalha com uma quantia entre R$ 150 milhões e R$ 200 milhões, informou Jucá.

Conselhos

O Conselho de Defesa Nacional e o Conselho da República são órgãos consultivos do presidente da República, a quem cabe opinar sobre assuntos relacionados à soberania nacional, como a decretação da intervenção federal. Os conselhos não têm poder de veto.

O Conselho de Defesa Nacional é composto pelo vice-presidente, pelos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado, pelos ministros da Justiça, da Defesa, das Relações Exteriores e do Planejamento, além dos comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.

O Conselho da República é formado pelo vice-presidente da República, os presidentes da Câmara e do Senado, os líderes da maioria e da minoria no Senado, o ministro da Justiça, além de seis cidadãos brasileiros maiores de 35 anos de idade.

O governador eleito de Roraima, Antonio Denarium, participou hoje (8) da primeira reunião com o secretariado que vai assessorá-lo durante a intervenção federal no estado, um dia depois de ser convidado pelo presidente Michel Temer para ocupar o cargo de interventor federal em Roraima.

Por meio da assessoria de imprensa, Denarium informou que a equipe técnica já deu início ao levantamento das informações que serão usadas para subsidiar a criação de um Plano de Recuperação Fiscal para o estado, atendendo ao pedido feito pelo presidente da República. A expectativa é que o plano seja apresentado a Temer durante reunião no Palácio do Planalto na próxima terça-feira (11).

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O Plano de Recuperação Fiscal deve informar o total de dívidas correntes do estado, entre elas, as dívidas com fornecedores e com o pagamento de salários de servidores. Algumas categorias estão sem receber há quatro meses, entre eles, agentes penitenciários e policiais civis, que deflagraram ontem uma paralisação de 72 horas.

O interventor também pediu a execução de medidas que ajudem a diminuir os custos do Poder Executivo do estado. “Entre elas, uma reforma administrativa, que contemple a extinção de cargos e secretarias, além da fusão de pastas que beneficiem o princípio da otimização de serviços e economicidade, fiscalização de todos contratos vigentes, além de economia com gastos com telefone, água e energia”, informou a assessoria.

No encontro, Antonio Denarium decidiu ainda que o atual interventor do sistema prisional de Roraima, Paulo Rodrigues da Costa, vai continuar auxiliando nos assuntos ligados à crise penitenciária.

A intervenção federal no estado foi anunciada por Temer na noite dessa sexta (7), em resposta à crise na segurança pública e penitenciária no estado, com previsão de durar até o dia 31 de dezembro.

Intervenção

O presidente Michel Temer se reúne hoje (8), no Palácio da Alvorada, em Brasília, com os integrantes dos conselhos da República e de Defesa Nacional da Defesa para tratar da intervenção. A consulta do presidente aos dois conselhos é uma exigência legal para formalizar o decreto da intervenção, que também precisa ser aprovado pelo Congresso Nacional.

A intervenção em Roraima será integral, não somente na área de segurança pública, como acontece no Rio de Janeiro. A governadora Suely Campos (PP) será afastada do cargo e Antonio Denarium (PSL) será nomeado interventor.

A intervenção federal em Roraima será discutida na tarde deste sábado (8) em reunião no Palácio da Alvorada, marcada para às 16h [horário de Brasília]. O presidente Michel Temer (MDB) chamou os conselhos da República e de Defesa Nacional para o encontro.

Conforme informa o jornal O Estado de S. Paulo em sua edição de hoje, Temer decretou intervenção federal no Estado após uma reunião de emergência convocada na noite de sexta-feira, na qual se discutiu a greve dos agentes penitenciários e da Polícia Militar. O interventor será o governador eleito, Antonio Denarium, do PSL, mesmo partido do presidente eleito, Jair Bolsonaro. A intervenção foi decretada com o conhecimento dele. Denarium substituirá a atual governadora, Suely Campos (PP).

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Uma das medidas discutida na sexta foi a liberação de um crédito extraordinário para pagar despesas em atraso do Estado, como salários de servidores e pagamentos a fornecedores. O valor será entre R$ 150 milhões e R$ 200 milhões. Temer deverá editar uma Medida Provisória para liberar o dinheiro. A primeira parcela será de R$ 23 milhões.

A intervenção em Roraima é mais ampla do que a realizada no Rio de Janeiro, Estado em que a União assumiu o comando da segurança pública e que também tem duração até 31 de dezembro. No Rio, a medida começou em 16 de fevereiro deste ano. Neste período, o Congresso fica impedido de votar Propostas de Emenda à Constituição (PEC).

O presidente Michel Temer inaugurou, nesta sexta-feira (7), a galeria de retratos dos secretários de Segurança Pública do Estado de São Paulo, no próprio edifício da secretaria. O evento contou com a participação do atual prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), mas teve acesso da imprensa restrito.

Em um discurso improvisado, Temer voltou a defender sua passagem pela Presidência da República, uma prática que se tornou recorrente em praticamente todas as agendas oficiais neste fim de mandato. "Atos populistas são aplaudidos hoje e vaiados amanhã. Já os atos populares não são compreendidos hoje, mas são aplaudidos amanhã. É isso que fizemos no nosso governo", comentou Temer, citando o teto de gastos públicos e a reforma trabalhista, medidas aprovadas durante sua gestão.

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O presidente declarou que estava entre iguais. "É momento para revelar agradecimento extraordinário", disse. "A ideia de criar o ministério da Segurança Pública foi turbinada pelo próprio Alexandre de Moraes", explicou. "Ao fazermos a integração entre os setores de Segurança Pública, temos centralizado a inteligência", afirmou Temer.

Sob o argumento de falta de espaço pela assessoria de comunicação da Presidência da República, a imprensa foi alocada em um auditório em andar diferente daquele onde se encontra a galeria de fotos - e teve de acompanhar a cerimônia por um telão.

Em duas ocasiões, Temer liderou a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, de 1984 a 1986 e após o massacre do Carandiru, em 1992.

"É uma grande alegria participar deste momento", disse Alexandre de Moraes. "É a única Secretaria no Estado que não tinha uma galeria de fotos. É um resgate histórico", declarou.

Em um balanço de erros e acertos do governo Michel Temer, o ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, disse que uma "campanha de natureza moral" contra o presidente foi o principal fator para que a reforma da Previdência não tenha sido aprovada.

Um dos nomes mais próximos de Temer, o ministro disse que "nunca viu" uma campanha contrária a um presidente da República "tão deliberada". Temer foi denunciado duas vezes pela Procuradoria-Geral da República, por obstrução de Justiça e organização criminosa, mas teve as denúncias rejeitadas pela Câmara dos Deputados.

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"O grande problema do presidente Temer é que ele teve uma campanha de natureza moral contra ele muito vigorosa, muito dura", disse Moreira Franco. "Nunca vi nenhuma campanha assim deliberada, quiseram derrubar o presidente da República. Foi essa campanha que impediu (a aprovação da Previdência)."

O ministro ressaltou que, quando a primeira denúncia contra Temer foi divulgada, a reforma da Previdência estava a duas semanas da votação. "Digo com tristeza, mas com muita naturalidade: a história do Brasil, do ponto de vista de emprego, do ponto de vista de ambiente de negócios, seria completamente outra."

Moreira Franco concedeu entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo nesta quarta-feira (5) acompanhado pelo secretário-geral da Presidência, Ronaldo Fonseca, para um balanço dos dois anos e meio do atual governo. A avaliação para a área econômica foi positiva. Ambos destacaram resultados no controle da inflação e na geração de empregos nos últimos sete meses.

Segundo o ministro de Minas e Energia, houve sucesso pois o plano de governo do MDB divulgado antes de Temer assumir foi seguido. "Nós conseguimos (resultados positivos) porque tínhamos um programa, a Ponte para o Futuro, que foi discutido com a sociedade com antecedência, e esse programa foi cumprido rigorosamente."

O secretário-geral da Presidência disse que os resultados econômicos ficaram acima da expectativa da equipe governamental. Ele comparou o governo com um paciente hospitalar. "O presidente pegou o governo como um paciente em coma, na UTI, e que ainda pegou pneumonia. O que eu vejo é que ele conseguiu colocar esse paciente na enfermaria e, se não deixarem pegar uma gripe, vai ter alta", disse Ronaldo Fonseca. "Não é questão de gostar ou não gostar do presidente Temer. São números, são dados", avaliou.

Sobre a transição com o governo Bolsonaro, os ministros disseram que a próxima equipe do Planalto terá de tirar o foco de temas morais, que nortearam o debate durante a campanha eleitoral, e se concentrar na condução da economia e em políticas públicas. "Outros temas terão que vir à baila", disse Fonseca.

O secretário-geral aposta que o próximo governo deve ter apoio do próximo Congresso, que também assume em 2019. "Agora chegou a hora de pisar no chão. Eu acredito que não vai faltar a ele apoio, porque essa nova bancada é uma bancada muito ética."

Energia

O ministro disse, ainda, que o País pode ter problemas de energia caso tenha crescimento de 2,5% por mais de três anos. Ele destacou que o sistema energético não está produzindo o suficiente para sustentar o crescimento, e que o País deixou de investir em novas hidrelétricas com reservatórios.

Após a posse do novo governo, em janeiro, Moreira Franco deve passar o cargo para o almirante Bento Costa Lima Leite de Albuquerque Junior. O militar é um entusiasta da energia nuclear e dirige um departamento na Marinha focado no tema.

O futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, afirmou que o novo governo jamais vai editar um indulto natalino que seja "excessivamente generoso" a condenados, mas não se comprometeu com a promessa do presidente eleito, Jair Bolsonaro, de encerrar no próximo governo o oferecimento do perdão da pena a condenados. Ele também sugeriu que o presidente Michel Temer (MDB) não edite regras tão flexíveis como as do ano passado - um novo decreto deve ser publicado até o fim do ano.

O comentário foi feito na semana em que o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) começou o julgamento sobre a constitucionalidade do decreto de indulto do ano passado, assinado pelo presidente Michel Temer, que está suspenso.

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"Respeito enormemente o Supremo Tribunal Federal e qualquer decisão a ser tomada no plenário será respeitada. Mas, na linha que afirmada pelo presidente eleito, esse será o último indulto com tão ampla generosidade", disse Sérgio Moro, feito nesta sexta-feira (30).

"Espero que o indulto a ser editado neste ano não tenha o mesmo perfil do ano passado", disse Moro.

Diante de questionamentos específicos sobre se não haverá um novo decreto de indulto no futuro governo, Moro disse que tudo ia passar por conversas.

"Não vai haver mais nenhum indulto com a generosidade desse indulto específico. As questões ainda têm que ser debatidas com o senhor presidente da República eleito", afirmou Moro. Desta forma, o futuro ministro desceu o tom em relação ao que foi afirmado por Bolsonaro nesta semana. O futuro presidente da República afirmou que, se houver novo indulto neste ano, será o último.

O indulto é um instrumento previsto na Constituição da República e é tradicionalmente concedido no país, com regras que podem ser mais ou menos rígidas. O alcance do benefício depende unicamente da disposição do presidente da República.

Cabe ao titular do ministério apresentar ao presidente da República uma proposta para o decreto do indulto. Portanto, Moro atuará diretamente na elaboração das regras a partir do próximo governo e poderá fazer um contraponto à ideia de Bolsonaro de deixar de oferecer o benefício.

As regras propostas por Temer foram amplamente criticadas pelo Ministério Público Federal e também pelo próprio Sérgio Moro, por permitir que crimes sem violência possam ser perdoados com apenas o cumprimento de um quinto da pena, incluindo os de corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

O indulto de Temer também permite que pessoas com penas elevadíssimas recebam o benefício. Uma decisão liminar de Luís Roberto Barroso, do Supremo, alterou essas regras específicas, impondo requisitos mais rigorosos.

Reconhecendo o quadro de superlotação no País, um dos motivos para o indulto, Moro disse não acreditar que "a solução seja abrir a porta da cadeia" porque isso deixaria a população desprotegida. "A política do governo vai ser mais restritiva", afirmou.

O presidente Michel Temer embarcou na tarde de hoje (29) para Buenos Aires, onde participará da reunião de cúpula do G20, que reúne as 19 maiores economias do mundo e mais a União Europeia. O evento promete reunir em encontro bilateral os líderes das duas maiores economias do mundo (Estados Unidos e China) e pode gerar consequências no campo diplomático, em meio às denúncias de que o príncipe herdeiro saudita, Mohammmed bin Salman, que estará no país, estaria envolvido na morte do jornalista Jamal Khashoggi.

Além do retiro e sessões plenárias com os demais chefes de Estado do grupo, o presidente Temer tem agendas reservadas com os primeiros-ministros da Austrália, Scott Morrison, e de Singapura, Lee Hsien Loong. Assim como o presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, Temer participa pela última vez da cúpula como chefe do Executivo de seu país. Hoje à noite, após desembarcar em Buenos Aires, ele participa de um jantar oferecido pelo embaixador brasileiro na Argentina, Sérgio França.

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A cúpula ocorre amanhã (30) e sábado (1º). O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), assumirá a Presidência  durante a viagem de Temer. 

O G-20 reúne, além dos sete países mais ricos e as 13 economias emergentes (como China, Rússia, Índia e Brasil), representantes de organizações multilaterais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial. Cerca de 85% do produto bruto global e dois terços da população do planeta estão representados pelo grupo.

Seguindo a linha de prioridades do governo federal para o encontro, que são o comércio internacional, as mudanças climáticas e o futuro do trabalho, Michel Temer concedeu nesta quinta-feira (29) uma entrevista ao jornal argentino Clarín defendendo a abertura comercial e a responsabilidade econômica. “Cremos que o comércio internacional permite criar novas oportunidades, ajuda a modernizar a economia de nossos países e gera empregos e renda”, disse.

Reunião inédita

Esta é a primeira vez que os líderes do G-20 se reúnem na América do Sul. A Argentina, que passa por uma grave crise econômica, deu o tom do tema desta edição: o futuro do emprego e o desenvolvimento econômico. Após fechar um acordo para ter acesso a uma linha de crédito com o FMI, o país vizinho viu a moeda nacional perder metade do valor e a inflação disparar. As expectativas são de que a economia argentina encolha 2,6% este ano.

O encontro entre os presidentes Donald Trump, dos Estados Unidos, e o chinês Xi-Junping, está entre as maiores expectativas. Os norte-americanos e chineses travam uma guerra desde julho, após a imposição mútua de sobretaxas bilionárias. Iniciada por Trump, a aplicação de tarifas a produtos chineses atingiu em cheio as exportações comandadas pelo líder asiático.

Outro fato geopolítico é o que envolve os desdobramentos do assassinato do jornalista saudita Jamal Khashoggi, que trabalhava no Washington Post e era crítico ao governo da família real da Arábia Saudita. Recentemente, a organização não governamental Human Rights Watch pediu à Justiça Argentina para investigar o príncipe herdeiro, Mohammed bin Salman, que estará em Buenos Aires, sobre a morte de Klashoggi e possíveis crimes contra a humanidade no Iêmen.

O Supremo Tribunal Federal (STF) retomou, na tarde desta quinta-feira (29), o julgamento sobre a validade do decreto de indulto natalino editado pelo presidente Michel Temer no ano passado. O indulto está previsto na Constituição e cabe ao presidente da República assiná-lo com as regras que devem beneficiar anualmente condenados pela Justiça. A medida também foi tomada nos governos anteriores.

A análise da questão começou nesta quarta (28), quando a votação ficou empatada em 1 a 1, com os votos do relator, Luís Roberto Barroso, contra parte das regras, e do ministro Alexandre de Moraes, pela manutenção do texto integral de Temer.  Na sessão de hoje, mais nove ministros devem votar.

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A Corte começou a julgar, de forma definitiva, a constitucionalidade do decreto de indulto a partir de uma ação da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Em dezembro do ano passado, durante o recesso de fim de ano, a então presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, atendeu a um pedido da PGR e suspendeu o decreto. Em seguida, Roberto Barroso restabeleceu parte do texto, mas retirando a possibilidade de benefícios para condenados por crimes de corrupção, como apenados na Operação Lava Jato.

O deputado federal Osmar Terra (MDB-RS) foi confirmado nesta quarta-feira (28) pela assessoria do governo de transição para ocupar a pasta da Cidadania. Osmar é o primeiro nome do MDB anunciado para integrar o 1º escalão do governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL).

O ministério será responsável por programas como o Bolsa Família e vai fundir as atribuições dos ministérios do Esporte, da Cultura, além da Secretaria Nacional de Política sobre Drogas (Senad), vinculada atualmente ao Ministério da Justiça.

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Terra foi ministro do Desenvolvimento Social de Michel Temer e deixou o cargo em abril para concorrer à reeleição na Câmara. O nome dele é uma indicação de diversas frentes parlamentares que atuam no Congresso Nacional, como a da assistência social, de deficientes físicos, idosos e doenças raras.

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