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A quarentena contra a Covid-19, instaurada em todo o estado de Pernambuco desde o último dia 18, tem sido um momento difícil para os pequenos comerciantes. Pensando em uma forma de ajudar o comércio local de sua cidade, o fotógrafo Pedro Batista, 20 anos, do Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife, divulgou em sua conta no Instagram uma oferta gratuita para registrar fotos dos produtos à venda nos empreendimentos.

Em vídeo publicado na semana passada, ele oferece suas habilidades fotográficas para atrair mais clientes que queiram comprar por meio do serviço de delivery. “Eu me coloco à disposição dessas pessoas para fotografar os seus produtos de forma gratuita. A você que vende pizza, roupa, sobremesa (...), é simples, rápido e prático, é só falar comigo via direct”, anunciou.

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Registros ajudam os comerciantes que atuam com delivery. Foto: Pedro Batista

O objetivo de Pedro é tentar manter a atração dos clientes e o fluxo de compras dos produtos, em um período em que os pequenos empreendedores têm de se desdobrar para continuar nos negócios. “A boa qualidade da imagem de produtos nas redes sociais incentiva as pessoas a consumir. E isso atrai o público a comprar e pedir um delivery, por exemplo, já que no lockdown muitos empreendedores não podem abrir suas portas para vender”, afirmou o fotógrafo.

Pedro não pede nada em troca aos comerciantes que agendarem a sessão de fotos. “Quero é que eles continuem vendendo e que possam manter as portas abertas e funcionários trabalhando. Penso em quem tem que manter o emprego, porque é o único ganha pão da família”, ressaltou.

No último sábado (20), ele publicou um vídeo mostrando a produção das fotografias em uma lanchonete de açaí. “Não existe sensação melhor que fazer o bem. Começamos hoje a cumprir o que prometemos”, escreveu na publicação.

Com informações da assessoria

De acordo com levantamento realizado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), com base em dados da Receita Federal, foram abertas em todo o País 98,1 mil micro e pequenas empresas no primeiro bimestre de 2021, número 1,7% abaixo do registrado no mesmo período de 2020. Do total, 57% (55,9 mil) foram abertas no mês de janeiro.

O baixo desempenho na abertura de empresas em fevereiro puxou o resultado do bimestre para baixo, apesar do mês de janeiro ter apresentado um crescimento de 12,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. No segundo mês deste ano, houve uma retração de 15,8% em relação ao mês de fevereiro de 2020 na abertura de novos negócios.

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Ao analisar o desempenho da abertura dos pequenos negócios por atividade, em fevereiro, dos 20 segmentos com maior registro de abertura, 18 registraram queda significativa em relação ao mesmo período de 2020. Entre eles estão atividades de lanchonetes e similares, com queda de 37%; restaurantes 34%; comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios, como por exemplo mercearias e minimercados, caiu 26%; e o de vestuário, 24%.

Apenas duas atividades apresentaram aumento de abertura de empresas em fevereiro. A de consultoria em gestão empresarial, que subiu 6%, e a atividade de corretagem, compra e venda e avaliação de imóveis, que apresentou aumento de 4% em fevereiro de 2021.

Segundo o presidente do Sebrae, Carlos Melles, esse declínio em fevereiro pode retratar as dificuldades que os empreendedores estão tendo devido ao avanço da pandemia no País, desde o final do ano passado. “Voltamos a conviver com medidas mais restritivas do comércio nos estados e isso impacta diretamente no desempenho dos pequenos negócios no País, principalmente os ligados aos ramos de alimentação e vestuário”, frisou Melles.

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A crise imposta pela covid-19 afetou significativamente a sociedade, e teve como uma das consequências a ascensão das mulheres no empreendedorismo. Muitas que já trabalhavam no ramo dos negócios tiveram que se reinventar para continuar no mercado, e outras decidiram apostar em um empreendimento.

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Tamille Santos sempre trabalhou como autônoma, mas decidiu abandonar o ramo dos calçados para se arriscar na área de confeitaria. “Chegou a pandemia e as coisas foram ficando difíceis, os calçados não tinham a mesma saída. Foi a partir daí que comecei a pensar em algo que eu gostasse e que me desse um bom retorno”, relatou.

A confeiteira, atualmente, se sente realizada com os bons resultados que obteve. “Essa área tem me ajudado bastante a manter as contas durante o mês, e sem dúvida me despertou desejos de progredir no ramo. A confeitaria foi a forma que encontrei para a driblar a crise da pandemia”, afirma Tamille.  

A publicitária Eduarda Freitas também precisou se reinventar para se manter no mercado. Ela tinha uma empresa de marketing digital, mas perdeu muitos clientes por causa da pandemia. “Nossos clientes fecharam as portas, por serem serviços não essenciais, e foi muito complicado”, afirma.

A empreendedora teve uma ideia para mudar a situação. Lançou um curso totalmente on-line sobre marketing e empreendedorismo digital, com o intuito de ajudar as pessoas, e obteve um ótimo retorno financeiro, tendo atualmente 600 alunos. “A pandemia foi um divisor de águas para a agência, porque ‘a gente’ era só uma agência pequena, e com os cursos ganhamos muita visibilidade”, diz Eduarda.

Os casos de Eduarda e Tamille não são exceções. Segundo dados da Rede Mulher Empreendedora (RME) e da pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV), juntamente com o Sebrae, o ano de 2020 teve um aumento de 40% no empreendedorismo feminino. Mais da metade das brasileiras abriram uma empresa, e as mulheres se mostraram mais ativas em inovar em seu negócio.

Por Vitória Reimão e Painah Silva.

 

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Com apenas alguns cliques, pelos computadores e celulares com acesso à internet, é possível ver acontecimentos em tempo real, comunicar-se com pessoas de diferentes partes do globo e realizar compras e vendas on-line. Segundo pesquisa feita pela PayPal, sobre o perfil do comércio virtual brasileiro, o número de lojas virtuais saltou de 930 mil em agosto de 2019 para 1,3 milhão em agosto de 2020, crescimento de 40,7% nesse período. Tal quadro pode ser atribuído, entre outros fatores, à necessidade de alcançar o consumidor durante a pandemia de covid-19.

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Ainda conforme esse levantamento, cerca de 70% das lojas virtuais utilizam redes sociais. O Instagram foi a rede social que mais se destacou, responsável por 75% das transações on-line, em 2019, segundo pesquisa da NuvemShop (serviço que cria loja virtual).

E é nas mídias sociais que os jovens veem a oportunidade de se colocarem no mercado e conseguir uma renda. A paraense Lanna Albuquerque, 23 anos, acadêmica de Publicidade e propaganda, usa as redes sociais para vender e divulgar uma loja de blusas personalizadas. “A primeira motivação foi profissionalizar. Ganhar dinheiro, com a venda das blusas personalizadas. Porém, com o passar do tempo, fui vendo que era algo que eu realmente gostava de fazer e acabou virando a minha realização pessoal”, conta.

Lanna relata que, no início, em 2016, vendia para amigos e conhecidos, não possuía um lugar específico para postar os trabalhos e a divulgação era boca a boca. “Eu divulgava boca a boca mesmo e, no máximo, postava no meu Instagram pessoal. Até que um dia uma amiga, a qual encomendou algumas blusas, ficou me cobrando que eu fizesse perfis nas redes sociais para poder divulgar a loja e mostrar todos os trabalhos que já fiz”, narra. A partir daí a universitária iniciou a loja on-line. Em 2018, criou perfis no Instagram e no Facebook e passou a fazer parcerias com DJs da cena eletrônica.

Na questão financeira, Lanna declara que é possível gerar renda com a loja on-line. “Gera renda, sim. É um trabalho um pouco árduo e lento, mas você consegue sobreviver se houver dedicação, investimento e uma boa divulgação”, declara. Lanna ressalta a necessidade de sempre estar atenta aos gostos do público-alvo. “Fazer postagens que chamem a atenção do cliente, manter certa interação nas redes sociais e trabalhar o pós-venda para que possamos fidelizar o consumidor”, exemplifica.

“Uma das dificuldades que eu vejo é transformar esse público que segue a loja nas redes sociais em clientes, porque nem todo mundo que te segue busca o teu trabalho ou o consome”, aponta Lanna, em relação à dificuldade de manter um negócio na internet. Outro problema é a atualização constante nas mídias sociais. “Como eu faço faculdade, tenho estágio e ainda pinto as blusas, gerenciar as redes sociais acaba sendo tão puxado quanto”, completa.

Influenciadora

O ambiente virtual é um lugar de muitas possibilidades. Enquanto possibilita, para uns, a chance de vender e divulgar produtos e serviços, também abre caminho para aqueles que, por meio da internet, tornam-se formadores de opinião.

A youtuber e digital influencer paraense Theulyn Reis, 22 anos, acumula mais de 700 mil seguidores no Instagram e mais de 100 mil inscritos em seu canal no YouTube, trabalhando na internet há um ano e quatro meses. Ela contou como surgiu a ideia de produzir conteúdos para a internet. “Conversando com meu namorado sobre o mercado de trabalho e o que eu poderia ser 'quando crescer'. Ele, por estudar a área, me contou das oportunidades do mundo digital, me incentivou bastante. Achei bem interessante por ser um trabalho bem criativo, eu poderia ser eu mesma, levando alegria e sensações boas para as pessoas. Embarquei nesse com tudo", afirmou Theulyn.

A influencer, que atua em diversas mídias sociais como YouTube, Tiktok, Facebook e Instagram, falou que para conquistar o público é preciso ter criatividade, autenticidade e muitas horas de trabalho. Além de tudo isso Theulyn disse que busca maneiras para se especializar na área. “Estudar bastante, ler, fazer cursos, ficar atenta às mais diversas fontes para a cada dia aprender algo novo, além de ficar de olho nas tendências. Nessa área tudo muda muito rápido”, explicou.

Segundo Theulyn, é possível ter renda trabalhando na internet, com anúncios pagos pelas marcas. Mas, assim como todo trabalho, ela relata as dificuldades de atuar na rede. “Nem todo conteúdo bom o algoritmo entrega como esperamos, isso pode gerar uma frustração imensa no criador de conteúdo. Outra dificuldade é conseguir se dedicar na criação para múltiplas plataformas, já que o público está cada vez mais pulverizado em diversas redes sociais”, conta.

Theulyn Reis – digital influencer

Canal no Youtube:

https://www.youtube.com/channel/UCbh9Lf3OZYAvsrZgEweUn_A

Instagram: @theulynreis

https://www.instagram.com/theulynreis/

Lanna Albuquerque – loja online Storm Blusas

Facebook: https://www.facebook.com/stormblusas

Instagram: @stormblusas

https://www.instagram.com/stormblusas/

Por Carolina Albuquerque e Karoline Lima.

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Segmentos como os de artesanato, plantas ornamentais e artigos naturais começam a ganhar espaço no comércio de Belém. Muitos negócios envolvem o conceito de economia solidária, por meio de voluntários e integrantes da Rede de Cooperação Mãos Solidárias (Recomsol).

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A loja Flores do Bosque, inaugurada em dezembro de 2020, aposta nessa iniciativa. Segundo Márcia Quadros, engenheira florestal e uma das representantes da rede Recomsol, o projeto teve origem em um festival de flores realizado em 2018 no Shopping Bosque Grão-Pará, em Belém. “Primeiramente, nós viemos apenas com os participantes do coletivo de produtores de plantas ornamentais e trouxemos as mulheres bombomzeiras, que são da rede. Foi uma experiência muito positiva e, desde então, ficamos dialogando com o shopping sobre a possibilidade de uma loja que pudesse trazer mais coisas desses segmentos da economia solidária”, explica.

Como um resultado da parceria entre os produtores de plantas e a Rede de Cooperação Mãos Solidárias, hoje a loja Flores do Bosque oferece cerâmicas, bombons com 70% de cacau, mel, óleos de ervas medicinais, materiais de limpeza, terrários e outros itens decorativos. Esses materiais são elaborados e criados por pessoas da agricultura familiar, quilombolas e mulheres em situação de vulnerabilidade social de municípios do Pará, o que possibilita a formação de uma comunidade afetiva, que produz para subsistência própria e mantém a filosofia justa dos negócios, segundo a filosofia da Recomsol. A Rede já tem mais de 17 empreendimentos econômicos solidários. 

“O nosso objetivo, de fato, é integrar e acolher essas pessoas e fazer com que elas percebam que são independentes e autossuficientes. Aprendendo a confeccionar uma decoração, fazendo um bombom ou plantando, a gente quer que eles possam encontrar meios para ter uma emancipação e qualidade de vida. Promover o bem-viver dessas pessoas é o nosso maior intuito”, destaca Márcia. 

Entre as mulheres da Recomsol está Lianete Carvalho, hoje coordenadora do Grupo Pôr do Sol, de Mosqueiro. “Nossas atividades começaram com a Associação das Mulheres da Pesca da Baía do Sol, com reuniões que buscavam o fortalecimento das mulheres pescadoras, marisqueiras e coletoras de sementes. Ao amanhecer, íamos até a praia colher sementes para produção de artesanatos”, conta Lianete. 

Em 2016, depois da entrada de novas integrantes, Lianete e suas colegas receberam o convite para ingressar na rede. “Algumas integrantes do grupo desistiram de continuar devido às muitas dificuldades que enfrentavam. Isso incluía problemas com seus companheiros por elas saírem de casa para participar das programações. Já outras não tinham nem recursos para transporte”, lamenta.

Das participantes originais, apenas quatro integrantes continuaram, e Lianete teve que assumir o papel de articuladora do Grupo, participando e compartilhando seus conhecimentos adquiridos. Para ela, o trabalho é de grande honra e responsabilidade. “O trabalho proporciona novos aprendizados, a troca de experiências e faz com que elas se empoderem e se valorizem como mulheres.” Na loja, as mulheres do Grupo Pôr do Sol são atuantes com a venda de bombons regionais, advindos do chocolate de origem local.

De acordo com João Vyctor Fonseca, gerente de marketing do shopping, a presença de pessoas e lojas que pensam a economia solidária se torna essencial nos dias atuais. “O projeto Flores do Bosque nasce do incentivo aos produtores locais, ajudando e apoiando as pessoas que precisam encontrar sua autonomia e desenvolver seus hobbies e habilidades. Os artefatos e artigos presentes na loja são de qualidade inquestionável e ficamos felizes ao proporcionar um espaço para que a sociedade conheça essa iniciativa social tão preciosa”, ressalta. 

Serviço

A loja Flores do Bosque funciona de segunda a sábado, das 10 às 22 horas, e aos domingos, das 14 às 22 horas, no shopping Bosque Grão Pará. Os protocolos de segurança também são seguidos devidamente. 

 

 

 

Da agência Eko.

O Banco do Nordeste do Brasil (BNB) anunciou, nesta terça-feira (12), que assinou o contrato com o Banco Europeu de Investimentos (BEI) para captação de recursos, no valor de 200 milhões de euros, destinados à linha de financiamento exclusiva para mulheres empreendedoras. A ação visa enfrentar, segundo o Banco, as consequências econômicas ocasionadas pela crise sanitária da Covid-19 e contribuir para o crescimento das mulheres nas operações de microcrédito.

Os recursos serão aplicados por meio do Crediamigo, programa de microfinança do BNB que tem, na carteira ativa, 66% do público feminino. O Banco explica que a linha de financiamento prevê empréstimos de até mil euros, aproximadamente R$ 6.550 considerando a cotação do dia 7 de janeiro,

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O prazo máximo de pagamento será de três anos, sem garantia da União, sendo o pagamento do principal no final, com juros, podendo ser mensal, semestral ou anual, ficando a critério do BNB.

Cortar gastos faz parte da rotina de quem, com muito esforço, tenta resistir à crise. Ausência de educação financeira, porém, dificulta o processo. Foto: Nathan Santos/LeiaJáImagens

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Por Nathan Santos e Camilla de Assis

Nem os mais experientes economistas fariam previsões tão negativas para o cenário financeiro do Brasil em 2020. Dificilmente projetariam que o ano seria afetado pela mais enlutada crise de saúde dos últimos tempos, que culminou em uma severa restrição econômica em brasileiros de diferentes classes sociais, principalmente os das camadas mais pobres. No entanto, contrariando os palpites não trágicos, a realidade mostrou-se bastante diferente das projeções anteriores ao novo coronavírus: desemprego, inflação, suspensão de atividades econômicas, fechamento de empresas e acirramento da crise política estão entre os resquícios oriundos da pandemia da Covid-19.

Mesmo ante um cenário envolto de problemas, alguns brasileiros bem estruturados, economicamente falando, resistiram com menos prejuízos à crise provocada pelo novo coronavírus. Segundo especialistas, entre os fatores para essa resistência está a prática da educação financeira em suas rotinas familiar e profissional. Por outro lado, a parcela mais robusta da população - sem base de educação financeira e marcada por desigualdades sociais - amarga baques em seus orçamentos.

Artes: João de Lima/LeiaJáImagens

Os números evidenciam a crise: levantamento da Serasa Experian, empresa referência em informações financeiras, aponta que o Brasil registrou 63 milhões de endividados neste ano, bem como mais de 5 milhões de negócios apresentaram algum tipo de inadimplência. Se considerarmos apenas a questão do desemprego, por exemplo, um dos problemas mais latentes da pandemia, uma vez que empresas paralisaram atividades presenciais, 2020 já registra o pior resultado desde 2012. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal (PNAD Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o País chegou a ter 14 milhões de desempregados.

Também alarmantes são os dados resultantes da mais recente pesquisa “Endividamento e Inadimplência do Consumidor”, promovida pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). De acordo com o estudo, em novembro deste ano 66% dos brasileiros estavam endividados, dos quais, 25,7% possuíam dívidas ou contas em atraso e 11,5% não tinham condições de pagar.

Cortes nos cabelos e nos gastos

A habilidade de Rodrigo Barbosa, 30 anos, ao desenvolver penteados da moda em seus clientes, não é a mesma quando o assunto é organização financeira. Se por um lado o barbeiro esbanja talento ao picotar os fios de cabelo da clientela, por outro, quebra a cabeça para manter em ordem as contas da família e de sua barbearia, situada no bairro da Iputinga, periferia do Recife.

“Não ganho mal, mas os gastos lá de casa são muito grandes e ainda tenho os custos fixos da barbearia, como o aluguel. Aí descontrola tudo, às vezes não consigo separar o que é de casa e o que é da barbearia”, revela o barbeiro.

Rodrigo empreendeu no ramo há cinco anos, pois não se fixou no mercado de trabalho convencional, segundo o empresário, devido à sua baixa escolaridade. Ele não concluiu o ensino fundamental. Levantamento promovido pelo C6 Bank, banco para pessoas físicas e jurídicas, mostra que entre os Microempreendedores Individuais brasileiros, 65% perderam renda durante a pandemia. Desse percentual, 16% informou que a renda foi zerada de uma hora para outra. A pesquisa também revelou que esses empresários têm baixa educação financeira e sentem dificuldades para acessar serviços financeiros.

Barbeiro sentiu queda em seu faturamento durante a pandemia. Foto: LeiaJáImagens

Diante da crise provocada pela pandemia de Covid-19, o barbeiro diz que o período de isolamento social, iniciado em março deste ano em Pernambuco, foi um dos momentos mais delicados para o seu negócio, culminando em um imbróglio econômico típico dos empresários que não conseguem dividir as contas dos negócios das contas pessoais.

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Mas, na prática, qual a relação concreta da educação financeira com a saúde econômica e o bem estar dos brasileiros, principalmente em momentos severos de crise, como a pandemia da Covid-19? E como desenvolver educação financeira entre cidadãos adultos que, na infância e na adolescência, não tiveram acesso a conteúdos sobre o tema? Em entrevista ao LeiaJá, especialistas revelam sugestões e reforçam a importância do assunto em prol do bem estar das famílias brasileiras e da sobrevivência dos empreendimentos. 

Na vida e nos negócios, a regra é planejar

Associar educação financeira apenas a dinheiro tende a ser a primeira percepção de quem pensa a respeito do assunto. Porém, de acordo com Liao Yu Chieh, professor e fundador da plataforma de educação corporativa ‘IDEA9’, empresa do grupo C6 Bank, essa simples associação é errônea. Para o especialista, é fundamental ter uma compreensão mais ampla.

“Muita gente associa educação financeira a ganhar dinheiro, guardar, ficar rico, que é uma noção errada. Dinheiro é um meio. A gente planeja a vida da pessoa, e não apenas o bolso. A vida da pessoa é mais que dinheiro. Então, você tem a qualidade de vida, da família, da segurança, a questão do conforto, e da tranquilidade. Há vários fatores que não são apenas o fato de ganhar, guardar ou economizar dinheiro. Fazer essas ações é parte de um plano maior, que basicamente é você ter tranquilidade e segurança para desfrutar da vida com a família”, esclarece Liao Yu Chieh.

O coordenador do MBA em gestão financeira da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Ricardo Teixeira, defende que, ao pensar em educação financeira, o indivíduo precisa colocar em prática um planejamento. Segundo Teixeira, não planejar é uma das principais causas de descontrole financeiro dos brasileiros. “Por impulso, por idade - a própria idade faz com que você seja um pouco mais impulsivo também -, a pessoa começa a gastar sem fazer um planejamento e acaba criando um problema na própria vida. Essa pessoa poderia ter conseguido as mesmas coisas dentro de um planejamento, mas acaba em um descontrole no orçamento”, explica o especialista.

Na análise do professor da FGV, a busca por educação financeira precisa levar em consideração diferentes realidades, além de ser introduzida à rotina das famílias. “Quando a gente fala de educação financeira, estamos buscando as melhores práticas aplicadas à realidade de cada um. É como se fosse uma educação doméstica sobre o que você pode e não pode fazer. A gente está querendo que as pessoas tenham em mente quais são as melhores práticas sem necessariamente terem que ficar pensando a respeito; tem que fazer parte da sua vida”, opina Teixeira.

“Para que você tenha uma boa educação financeira, tem que ensinar a sua família, como um todo, a todo mundo que convive com você, como fazer um planejamento financeiro. Entender que você só pode gastar o que já tem ou, se for em um prazo mais longo, o que vai receber, desde que o recebimento e o pagamento estejam casados. Você deve, sempre, fazer uma poupança para enfrentar as adversidades que sempre aparecem, que sempre acontecem; essas adversidades vão ocorrer, só não sabemos quais. A poupança é importante também para a gente construir riquezas, porque você só consegue construir riquezas poupando”, acrescenta o professor da FGV.

Ao tratar especificamente de negócios, o especialista da Fundação Getúlio Vargas destaca que assim como nas finanças pessoais, os empreendedores precisam criar estratégias de planejamento que garantam a sobrevivência das empresas mesmo diante de um cenário grave de crise. “Você vai planejar quanto pretende receber, pois não tem a garantia ainda porque as pessoas não compraram, mas projeta quanto imagina, quanto vai precisar gastar para conseguir o faturamento e quanto vai sobrar. Tem que restar um saldo positivo, salvo em algumas situações, como na pandemia. Mas mesmo em uma situação como essa da pandemia, logo no primeiro mês, você tem que fazer um novo planejamento: ‘Meu faturamento caiu drasticamente, como vou resolver essa situação?’. Não pode manter os compromissos de antes, sem pensar em como iria pagar, já que o faturamento poderia ir a zero. O que muda basicamente em relação às contas pessoais? O volume dos recursos que você vai tanto receber e precisar gastar, a ordem de grandeza muda completamente e também a perspectiva sobre quanto você pode receber a curto, médio e longo prazos. O princípio básico é faturar mais do que está gastando. E também é preciso construir uma poupança”, aconselha o coordenador do MBA de gestão financeira da Fundação Getúlio Vargas.

Segundo levantamento do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), divulgado em outubro deste ano, 74% das Micro e Pequenas Empresas (MPE) apresentaram queda no faturamento. Outra pesquisa desenvolvida pela mesma instituição e com publicação em agosto mostrou que 36% das empresas tinham dívidas em atraso.

Ainda de acordo com o Sebrae, micro e pequenas empresas representam 99% dos negócios no Brasil. Em dezembro de 2019, a estimativa – mais recente -  é que o País tinha 15,4 milhões de empreendimentos considerados MPE. O setor do comércio, com 41% das companhias, possui a maior concentração de empreendimentos.

Economista da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo em Pernambuco (Fecomércio-PE), Rafael Ramos alerta para os riscos que há em negócios fragilizados financeiramente. Em entrevista ao LeiaJá, o especialistas revela dicas importantes para os donos de negócios que, auxiliados pela educação financeira, almejam manter seus empreendimentos mesmo sob os efeitos da crise econômica.

De acordo com Liao Yu Chieh, fundador da ‘IDEA9’, enquanto na vida pessoal associamos educação financeira a bem estar, no mundo dos negócios, há ainda um elo com sustentabilidade. Também é necessário haver um casamento entre a paixão de um empreendedor e a gestão financeira, uma vez que na prática, é importante amar o que faz, mas sem deixar de lado a gestão financeira do negócio. “Você nunca pode menosprezar o lado financeiro, porque ele vai permitir que você continue fazendo bem e mais. Se não tiver esse controle, esse planejamento, é muito comum a empresa se dar mal. No fim, acaba afetando também a sua vida pessoal, porque ocasiona prejuízo. Normalmente, paixão é um alicerce. Mas um alicerce não é a sua casa, é apenas uma primeira parte. Uma vez que você tem um alicerce, você precisa de outras habilidade para que possa tocar o negócio para frente”, frisa o especialista.

Liao Yu Chieh identifica que, durante o processo de gestão e planejamento financeiro, existe um problema crônico nas empresas, que é a dificuldade de separar as finanças pessoais das finanças dos negócios. “Quando você fala de um empresário bem pequeno, é quase impossível fazer essa separação, mas ela é muito importante. Muitas vezes, o negócio está indo bem, mas a pessoa física está gastando o que a pessoa jurídica está ganhando e isso prejudica a saúde financeira dela. De repente, estão tirando mais do que a empresa tem capacidade, porque foram misturadas as contas com a pessoa física”, alerta Liao.

Em 2018, levantamento do Sebrae apontou que 34% dos donos de pequenos negócios não acostumavam acompanhar o saldo de caixa de suas empresas ou faziam esse procedimento, no máximo, uma vez por mês. Trinta e seis por cento dos microempreendedores individuais não estavam satisfeitos com os resultados financeiros de seus empreendimentos e mais de 77% dos entrevistados nunca fizeram cursos ou treinamentos em gestão financeira.

Cidadania financeira

“Exercício de direitos e deveres que permite ao cidadão gerenciar bem seus recursos financeiros”. Assim o Banco Central define o termo “Cidadania financeira”, englobando quatro pilares que, na visão do BC, são essenciais para o bem estar e sustentabilidade econômica dos brasileiros.

De acordo com o chefe do Departamento de Promoção da Cidadania Financeira do Banco Central, Luis Gustavo Mansur Siqueira, um dos pilares é batizado de inclusão financeira. É quando o cidadão tem acesso a serviços financeiros que se adequem às suas necessidades.

A educação financeira se apresenta como o segundo pilar. Na prática, conforme o Banco Central, ela ocorre quando o indivíduo tem oportunidade de desenvolver capacidades e autoconfiança para gerenciar bem seus recursos financeiros.

O terceiro pilar da Cidadania financeira é a proteção ao consumidor. Ela consiste no fato de que o cidadão conta com um ambiente de negócios que gera confiança, por meio de informações e mecanismos de soluções de conflitos.

Por fim, de acordo com o BC, o quarto pilar é a participação. Por meio dela, os brasileiros possuem canais para participar do debate sobre o funcionamento do sistema financeiro.

Segundo Luis Gustavo Mansur, o Brasil tem uma Estratégia Nacional de Educação Financeira (ENEF), cujo objetivo é fomentar educação financeira, securitária, previdenciária e fiscal entre a população. Sua governança é conduzida por meio do Fórum Brasileiro de Educação Financeira (FBEF), criado em junho de 2020, com a participação de diversos órgãos, tais como o próprio BC, a Comissão de Valores Mobiliários, a Secretaria de Previdência da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, do Ministério da Economia, Ministério da Educação (MEC), entre outras organizações.

“De maneira geral, a Estratégia Nacional de Educação Financeira tem o objetivo de fomentar ações de educação financeira, securitária, previdenciária e fiscal no Brasil, garantindo que essas linhas estejam em linha com as boas práticas internacionais, contribuam para fortalecer a estabilidade financeira e o bem estar dos cidadãos e suas famílias. O Fórum foi recém criado, constituído basicamente por meio de parcerias”, detalha Mansur.

No âmbito de sua agenda institucional, o Banco Central promove projetos e ações de difusão da educação financeira no País. Qualificar professores para que possam propagar educação financeira em escolas públicas é uma delas, assim como a sétima edição da Semana Nacional de Educação Financeira, iniciativa promotora de palestras e capacitações sobre a temática de maneira gratuita. Para mais informações, acesse o site do Banco Central.

Da carteira ao caixa

Virar empreendedor, seja por oportunidade ou necessidade, é realidade de uma boa parcela dos brasileiros, segundo dados disponibilizados pelo Sebrae. Em 2019, a pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM) apontou que a taxa de empreendedorismo no Brasil atingiu a marca de 23,3%, segundo melhor patamar desde 2002. Contudo, ainda segundo o Sebrae, estima-se que esse patamar aumente ainda mais neste ano, devido à pandemia que obrigou milhares de pessoas a recorrerem à abertura dos seus próprios negócios como fonte de renda familiar.

E para fazer do negócio um sucesso, é preciso que haja planejamento. Apesar disso, poucos são os empreendimentos feitos por necessidade que conseguem estudar o mercado para poder, só assim então, abrir as portas. Diante desse quadro, a educação financeira, entre uma série de fatores, é peça fundamental para o desfecho do empreendimento - o negócio será duradouro ou irá à falência -? 

A engenheira química e criadora de conteúdo Geórgia Barbosa, fundadora do projeto 'Afroricas', vivencia e compartilha dicas de educação financeira nas redes sociais. Ela identificou que o recorte de gênero e raça também é um fator corroborante para a sina do empreendedorismo. “A maioria das mulheres negras e chefes de família tem suas rendas por base nos serviços, que foram prejudicados pela pandemia. Elas não podem ficar em casa e acabam saindo para poder garantir a comida na mesa, alimentando um sistema cada vez mais opressor”, explica Geórgia. A última Síntese dos Indicadores Sociais do Brasil, pesquisa realizada em 2019 pelo IBGE, aponta que 63% dos lares chefiados por mulheres negras estão abaixo da linha de pobreza.

Avaliar o que consumimos é essencial para evitar desfalques financeiros, alerta a produtora de conteúdo Geórgia Barbosa. Foto: Cortesia

E quando essas mulheres - ou quaisquer outras pessoas - precisam recorrer ao empreendedorismo como forma de sobrevivência, existe uma lacuna entre a preparação profissional e pessoal, que se misturam e podem ser o combo perfeito para o insucesso nos negócios. O primeiro passo, diz Geórgia, para a aplicação de uma educação financeira na população pobre, é a avaliação do que se consome.

“Se faz educação financeira e pode ser ponderado o que se gasta nas coisas consumidas. É aquela assinatura que pode ser retirada sem muito prejuízo. Mas eu sei que a conta não fecha para a maioria desse recorte populacional, então minha dica é não se endividar. O ideal seria fazer uma reserva financeira de pelo menos R$ 100, ou qualquer coisa, mas quando isso não é possível, meu conselho é sempre evitar ficar no vermelho, é não consumir mais do que se ganha”, orienta Geórgia. 

E quando essa ponderação chega às empresas, o trabalho deve ser ainda mais intenso. Em 2020, por conta da pandemia, 522 mil negócios fecharam de forma temporária ou permanentemente, segundo o último levantamento publicado pelo IBGE sobre o assunto, em julho. Segundo Geórgia Barbosa, uma das formas de evitar que as contas se misturem e a empresa vá à falência, é separar qual dinheiro é pessoal e qual é do negócio. 

“É importante que um valor seja definido para o empreendedor, para o dono da empresa, o pró-labore. É o pagamento que é realizado a sócios e gerentes pelo trabalho; é um ponto chave, até mesmo para que as pessoas consigam equilibrar as duas finanças, que é onde o MEI [Microempreendedor Individual] se embaralha”, explana Geórgia. A seguir, a criadora de conteúdo lista um passo a passo sobre como ter um planejamento financeiro pessoal:

1) Avalie a sua renda mensal para entender o seu contexto financeiro.

Renda mensal líquida = todo o dinheiro que você ganha, descontando os impostos.

2) Identifique os seus gastos essenciais e extras.

Gastos essenciais = despesas que não podem ser evitadas. Exemplos: moradia, alimentação, transporte.

Gastos extras = gastos que te deixam feliz e melhoram o seu estilo de vida. Exemplos: assinaturas, viagens, restaurantes.

3) Verifique quanto da sua renda será aplicada para cada tipo de gasto.

Se o seu dinheiro é utilizado apenas para suas contas, a sugestão é que até 50% da sua renda seja utilizada em gastos essenciais e até 30% em gastos extras. Caso você seja responsável pelas contas de familiares, o ideal é que os gastos essenciais não ultrapassem 70% da sua renda.

Os gastos extras devem ser adequados ao seu contexto financeiro, sofrendo cortes sempre que necessário.

4) Estabeleça uma meta financeira. O que você quer alcançar em 2021? 

Defina um objetivo financeiro e estabeleça uma meta mensal para que você guarde dinheiro com propósito.

Uma boa indicação de meta é montar uma reserva financeira para futuras emergências.

Reserva financeira mínima = gastos essenciais x 6 meses. Exemplo: se você precisa de R$ 1 mil mensais para suas contas fundamentais, a sua meta mínima de reserva será R$ 1 mil x 6 meses = R$ 6.000 (R$ 500 mensais). 

5) Acompanhe os seus gastos por meio de anotações, planilhas ou aplicativos. 

Revisite as suas contas sempre que necessário e reconheça os momentos que você teve sucesso e falhas no seu planejamento.

Educação financeira deve ser disseminada na infância, mas também pode ser aprendida na vida adulta

Se educar financeiramente é um processo que deve vir desde o berço. Assim como outras vertentes de formação do ser humano, o núcleo familiar é o que sustenta e dá base para formação de caráter, integridade, como também é a principal variável que pode definir o destino de um indivíduo. E esse processo não é diferente quando se fala das finanças. Uma família bem estruturada financeiramente tende a ter gerações que continuam com prosperidade em relação ao dinheiro.

Segundo o levantamento "Educação Financeira e a Gestão do Orçamento Familiar” realizado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), somente quatro em cada dez brasileiros conversam sobre o orçamento familiar. A pesquisa explica, ainda, que as pessoas não estão dispostas a conversar com seus parceiros e/ou familiares sobre o quanto ganham por uma questão de autonomia e privacidade. 

Na parcela de entrevistados casados, 43% informa apenas partes das compras realizadas aos parceiros, enquanto 48% já brigaram por dinheiro. Esse levantamento também mostra uma realidade preocupante: cerca de 32% dos casados entrevistados costumam gastar mais do que têm para satisfazer as vontades do cônjuge.

De acordo com o coordenador do MBA em gestão financeira da FGV, Ricardo Teixeira, é importante que se aprenda sobre finanças dentro do próprio seio familiar e não apenas algo restrito às bases acadêmicas e educacionais. “Logicamente, que se você chegou na idade adulta, se chegou na pós-adolescência, já sendo adulto, mas ainda muito jovem, e você quer aprender um pouco mais, você pode procurar curso, mas a educação financeira deve fazer parte da nossa vida desde pequeno. Isso tem que estar dentro do ‘DNA’ de cada um, saber planejar para que você gaste sempre menos do que você tem e menos do que o que você terá e para que você poupe sempre também”, explica.

Em 2018, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) incluiu o assunto de Educação Financeira na disciplina de matemática. Em 2020, os estudantes dos ensino infantil e fundamental já teriam noções de como se relacionar com as finanças. Com isso, a Estratégia Nacional de Educação Financeira, desenvolvida com apoio do Governo Federal, lançou o Programa Educação Financeira nas Escolas, levando esse conhecimento para a educação básica.

Além do processo de educação nas escolas, no âmbito acadêmico também há formas de educar financeiramente. O Projeto Pé de Meia, realizado pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo (USP), ensina finanças para a população. O projeto conta com modalidades de “Poupança e Orçamento”, “Juros e Compra Parcelada”, “Investimentos” e “Dinâmica”. Neles, além do aprendizado do conceito de cada uma das etapas de consideração do gasto de dinheiro, há a oportunidade de simular uma prática de administração de salário durante um período de doze meses.

Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), a educação financeira ganhou mais relevância no cenário pós-pandemia. "Com a retração forte da economia, que vamos ter de 4% ou 5%, é inevitável que a inadimplência suba de patamar. Precisamos lidar com isso, bancos estão precavidos", disse o presidente do órgão, Isaac Sidney, durante evento de lançamento do Programa de Aceleração Meu Bolso em Dia Febraban.

O foco da ação, feita em conjunto com o Banco Central, é ir além daqueles que já são atendidos pelo setor bancário por meio do incentivo de ações junto a empresas, que podem ou não integrar o mundo financeiro. "Precisamos fazer da educação financeira um caminho sem volta. Por meio do programa, queremos escalar o compromisso de orientar consumidores", disse Sidney, durante evento virtual do lançamento da iniciativa.

Com promessa de incentivo de R$ 1 milhão em investimentos em mentoria, o programa conta com inscrições para o seu processo seletivo até o dia 9 de fevereiro de 2021, pela internet. Serão selecionados 20 projetos para participar da ação.

Além do alerta para a importância da educação financeira, o programa prevê o empréstimo de dinheiro. Em meio à crise, os bancos emprestaram R$ 3 trilhões, considerando contratações novas, renovações e suspensão de parcelas de dívidas feitas anteriormente.

Entre a teoria e a realidade

Segundo aponta Geórgia, a propagação da educação financeira ainda não alcançou integralmente as escolas no Brasil e várias questões podem ser levantadas sobre o problema. “Eu acho que incluir educação financeira nas escolas é essencial, foi até tarde, mas me levanta uma pergunta: será que as pessoas assinaladas para ensinar têm educação financeira para passar à frente?”, questiona a engenheira e criadora de conteúdo.

Apesar disso, existem formas de contornar a situação e a carência de educação financeira tanto no seio familiar quanto no núcleo educacional. Além das capacitações que estão disponíveis, de forma gratuita ou paga, há maneiras informais de se educar financeiramente para que exista a possibilidade de sucesso e organização dentro do empreendedorismo e nas finanças pessoais.

“O segredo é o planejamento. É preciso que as finanças pessoais e da empresa sejam separadas e que haja um controle de caixa de tudo o que se gasta e se recebe. Outro ponto a ser visto é se está recebendo ou pagando para trabalhar, para que assim faça sentido o negócio”, explica Geórgia Barbosa.

Outro ponto discutido pela criadora de conteúdo é saber precificar o serviço ou produto. De acordo com Geórgia, os empreendedores precisam colocar um valor de forma justa e levar em consideração diversos fatores. “A população negra tem muita dificuldade de precificação, assim como uma taxa elevadíssima de falta de pagamento. É muito importante ler sobre como colocar o preço nas coisas, levando em consideração a região, a matéria-prima, inflação, entre outras coisa”, completa. 

Não deixe de ver e ouvir - O professor Liao Yu Chieh, do C6 Bank, em entrevista ao LeiaJá, detalhou um passo a passo para um planejamento financeiro direcionado a empreendedores. Confira as informações na arte e no áudio a seguir (clique na barra cinza):

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Quem deseja acrescentar a educação financeira no estilo de vida pode contar com vários cursos voltados à área. Muitos deles, realizados on-line, contam com matrizes distintas que oferecem o desejado para cada necessidade - seja pessoal ou profissional -. Entre as instituições, está o Sebrae, com capacitações gratuitas e pagas em formas de educação financeira para o crescimento dos negócios.

A IDEA9 também qualifica corporações e interessados em cursos no segmento de finanças pessoais e voltadas aos negócios. Com metodologia on-line, a Endeavor também oferta capacitações em áreas como a de Finanças Básicas para Empreendedores.

No processo de idealização de um negócio, podem surgir dúvidas. Por onde começar? O que fazer para dar certo? Como atrair o público?. Esses são alguns questionamentos comuns entre as pessoas que resolvem se aventurar no mundo do empreendedorismo.

Com a proximidade de um novo ano, investir em negócios é a vontade de brasileiros que, devido à crise econômica e ao desemprego, optam por idealizar uma empresa. Para esclarecer dúvidas sobre empreendedorismo e potencializar as chances de abrir um negócio da maneira correta, o LeiaJá entrou em contato com o analista do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Vitor Abreu, para saber quais são os principais passos para fazer um negócio dar certo em 2021.

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Definição de uma ideia e análise de mercado estão entre os dez passos citados pelo profissional. Confira, a seguir, a lista de dicas:

1) Definição de uma ideia

Nesta etapa, o empreendedor vai definir uma ideia para empreender. Pode ter como base uma afinidade, experiência anterior, identificação de oportunidade ou mesmo análise sobre o território em que pretende atuar.

2) Analisar o contexto e a aderência da ideia

Nesse momento, o empreendedor vai analisar qual problema ele pretende resolver, que outras alternativas já existem e se está alinhado a alguma tendência ou moda.

3) Análise de mercado: quem já oferece essa ideia? De que forma oferece?

Aqui o empreendedor vai fazer uma análise do mercado concorrente, verificando quais as entregas ofertadas, preços praticados e como ele conseguirá se diferenciar.

4) Analisar o público consumidor e encaixe do produto

Este é o momento de validar com o potencial cliente se o produto/serviço está aderente ao perfil de consumo e aos hábitos deste consumidor. Deve existir uma interação com algumas pessoas, validando se tudo o que foi pensado faz sentido e acima de tudo, se as pessoas querem aquilo ou já consomem.

5) Ajustar a ideia se for o caso

Após a interação, é hora de ajustar a ideia inicial se for necessário, adequando a escuta que foi realizada.

6) Levantar custos do produto/serviço

É importante iniciar uma análise de viabilidade em relação ao produto, considerando o preço que se pretende trabalhar e a margem possível

7) Elaborar um protótipo da ideia

Nesta fase, o empreendedor vai pensar em uma forma de testar a ideia. É algo mais simples do que o que foi imaginado, mas suficiente para validar a entrega de valor, aceitação de mercado e efetividade da solução proposta pelo produto/serviço. Esta etapa permite ao empreendedor saber se o produto/serviço resolve a necessidade/desejo do cliente, bem como sinaliza possíveis estratégias de atuação e possibilidades (ou não) de escalar o negócio; aqui, é possível perceber também se os resultados financeiros compensam.

8) Testar e avaliar resultados

Após o teste com o protótipo, a ideia é reavaliada e os resultados alcançados são avaliados.

9) Ajustar o que for necessário e retomar

Após a análise dos resultados obtidos, é hora de calibrar novamente a ideia, ajustando e retomando em seguida, agora com mais aprendizado.

10) Potencializar a divulgação do negócio

Tendo em vista que os ajustes necessários foram realizados, o empreendedor pode “botar a boca no trombone”, divulgando o negócio visando atração da clientela.

De acordo com o Sebrae, no ano de 2019, em Pernambuco, foram abertos 64.711 mil negócios no segmento Microempreendedor Individual (MEI); já em 2020, foram 58.001 mil. 

Levantamento feito pela Junta Comercial do Estado de Pernambuco (Jucepe) aponta que em 2020, foram abertas 2.061 empresas de pequeno porte e 958 foram fechadas; já sobre o número de microemprensas, os dados revelam que houve 12.238 aberturas e 8.957 encerramentos.

A partir desta sexta-feira (18), o Grupo de Estudos de Pesquisa e Autobiografia, Racismo e Antirracismo (Gepar), da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), realizará a Feira Umba de Pretos e Negócios. O evento serguirá até o dia 20 deste mês, das 10h às 20h, durante os três dias de evento. 

Devido a restrição de circulação de pessoas na UFPE, em razão da pandemia da Covid-19, excepcionalmente, nesta edição, o evento será realizado no Palácio Yemanjá, localizado no Alto da Sé, Olinda, Região Metropolitana do Recife. Na feira, o público terá acesso a itens da moda afro, culinária e artesanato. 

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“A feira tem como objetivo apontar possibilidades para os alunos cotistas de superação das dificuldades financeiras a partir da produção e vendas de produtos que poderiam ser feitos por eles e seus familiares”, diz nota à imprensa. Em 2020, o evento conta com a parceria da Feira das Mulheres Pretas/Mulheres de Passarinho.

Administrar um negócio de sucesso exige que os proprietários se mantenham atualizados sobre os desenvolvimentos mais recentes do setor. Isso significa que um empresário precisa estar atento a todas as novidades do mercado. Isso vai fazer com que o sucesso do seu produto esteja garantido.

Em outras palavras, uma empresa de design gráfico, por exemplo, não pode apenas manter seus escritórios equipados com a mais recente tecnologia de design. Ela também ficará de olho nas tendências de design, de cores a espaçamentos e plataformas, ou novas máquinas para impressão 3D.

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Após um ano complicado em decorrência da pandemia do novo coronavírus, empreendedores do mundo todo apostam suas fichas em diversos segmentos. De novas máquinas aos já conhecidos app de apostas. Novidades vão dar a tônica de 2021.

Um exemplo disso são as apostas esportivas, que têm se expandido cada vez mais em diversos países. Nos Estados Unidos, por exemplo, uma revogação federal em 2018 fez com que muitos estados tenham criado legislações própria para permitir as apostas esportivas

Um caso famoso é o da empresa FOX Bet, que atualmente oferece  apostas esportivas no Colorado, Pensilvânia e Nova Jersey. Executivos da empresa já planejam expandir o negócio para outros estados do país.

Apesar de parecer apenas um hobby, as apostas esportivas têm um impacto importante na economia local, já que podem aumentar o consumo e a circulação de pessoas em bares e restaurantes.

Outra tendência que deve ganhar ainda mais força em 2021 são os aplicativos de entrega de alimentos. Esse setor cresceu muito neste ano, já que a pandemia impediu que as pessoas circulassem com maior facilidade.

De acordo com o portal Statista, famoso por reunir estatísticas do mundo empresarial, entre agosto de 2019 e junho de 2020, as empresas e aplicativos especializados na entrega de alimentos cresceram de US $ 1,2 bilhão para US $ 7,2 bilhões.

Com poucos sinais de desaceleração, o setor de entrega de alimentos oferece oportunidades para empreendedores que trabalham no desenvolvimento de aplicativos e design do usuário em sites, plataformas e aplicativos.

Ainda na área tecnológica, o mundo dos games também tende a ser algo importante. O setor eSports ganhou força nos últimos anos com o surgimento de jogos como Fortnite e Counter Strike.

Os jogos de eSports não apresentam queda, muito pelo contrário. A indústria está investindo cada vez mais em jogos e plataformas. Aqueles que trabalham no desenvolvimento de jogos, semelhantes às apostas esportivas, terão amplas oportunidades para crescer.

Aqueles que trabalham com direitos de mídia, organização de eventos, merchandising e publicidade terão um apogeu à medida que a indústria se expande em todo o mundo.

Por último, é importante falar também sobre como o mercado de impressão 3D tende a crescer em 2021. O setor tem buscado novas alternativas para que novas possibilidades com o aparelho possam ser introduzidas no mercado de trabalho, em áreas como design, arquitetura e engenharia.

Embora as impressoras 3D ofereçam soluções imediatas para pequenas empresas que fabricam com baixo volume, um estudo realizado pela empresa Sculpteo prevê que esforços de prova de conceito biomédicos guiarão o mercado de impressão 3D no futuro.

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) divulgou, nesta segunda-feira (14), o curso virtual “Bora Empreender”. Para participar, os interessados devem se inscrever através do site da instituição.

Gratuito, o curso visa estimular o aluno a criar empreendimentos pessoais e negócios alinhados ao seu projeto de vida, como também “estimula o desenvolvimento de características que colocam as pessoas como protagonistas da própria história”, explica, por meio de nota, o Sebrae.

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A capacitação tem 40 horas de duração e pode ser concluída em 60 dias. Ao final, os participantes ainda receberão um certificado de conclusão. Confira mais detalhes sobre a qualificação no site do Sebrae.

A Faculdade UNINASSAU Belém realiza, nos dias 10 e 11 de dezembro, a 3ª Feira de Trabalhabilidade. O evento tem como tema "Impulsione o Empreededorismo: oportunidades de negócios com foco na exportação para o mercado árabe". A programação é gratuita e presencial, na unidade Quintino Bocaiúva, a partir das 17 horas.

A feira é uma iniciativa dos cursos de Administração, Ciências Contábeis e de Gestão da Instituição, com parceria do Núcleo de Trabalhabilidade, Empregos e Carreiras (Ntec). No primeiro dia, vão ser realizadas palestras e oficinas com pequenos e médios empreendedores que fazem carreira em diferentes segmentos no estado do Pará. Entre os empreendedores confirmados estão: Kaboquinhas Ateliê; Sam Marques; Embalapara e a Boutique Dona Bella. Para os empresários, foram montados uma mesa específica para orientação de negócios, com apoio da Associação de Jovens Empreendedores (AJE).

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No segundo dia, o evento segue, a partir das  ,oras com a palestra "Liderança transformacional e os desafios no mercado detrabalho", com o educador físico e coaching da UNINASSAU Belém, Márcio Cerveira. Às 15 horas, a atividade continua com a conversa sobre "Planejamento de carreiras: mercado de trabalho, currículo e seleção", com a Izabela Nascimento. O público poderá, ainda, participar da roda de  conversa com alunos e egressos empreendedores, além de se divertir com as atrações culturais.

Para um dos gestores envolvidos na feira da UNINASSAU Belém, Sérgio Pery, a programação é voltada a diferentes públicos. "A proposta é reunir exatamente as pessoas que queiram entender melhor como funciona a administração de um negócio ou querem ampliar os próprios empreendimentos. É uma oportunidade de escutar os paraenses que já estão a bastante tempo no mercado e como conseguiram ampliar os horizontes", disse o também coordenador das graduações envolvidas na programação.  

Cada palestra terá a lotação máxima de 50 pessoas. Em todos os auditórios, equipes vão disponibilizar álcool em gel, fazer a aferição da temperatura e vão organizar as poltronas respeitando o distanciamento social. 

Serviço

III Feira de Trabalhabilidade UNINASSAU Belém

Data: 10 e 11 de dezembro de 2020

Horário: A partir das 17h

Informações sobre a instituição: uninassau.edu.br

Da Ascom UNINASSAU Belém.

 

A Secretaria do Trabalho, Emprego e Qualificação (Seteq) de Pernambuco e a Secretaria de Habitação do Recife fecharam uma parceria para incentivar o empreendedorismo entre os cerca de 10 mil moradores de unidades habitacionais da capital pernambucana. O objetivo é lançar a plataforma Compre PE, loja virtual que centraliza produtos e serviços desenvolvidos no Estado, para os moradores.

“A plataforma é de extrema importância e ficará mais forte ainda com divulgação nos habitacionais da cidade, onde há pessoas que trabalham na informalidade, pedreiros, marceneiros, manicures. Vamos ajudar a fortalecer esses empreendedores, levar cursos de qualificação e dar mais autonomia para os trabalhadores ganharem seu dinheiro, especialmente numa crise como essa que a gente está vivendo”, declarou a secretária de Habitação do Recife, Ana Paula Lins.

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Segundo o secretário do Trabalho, Emprego e Qualificação, Alberes Lopes, a ação nos habitacionais deve começar em janeiro com orientações sobre o Crédito Popular e apoio ao desenvolvimento das micro e pequenas empresas e Microempreendedores Individuais (MEI’s). “Junto com a Secretaria de Habitação, vamos fazer esse serviço, onde a população vai ter a oportunidade de fazer suas vendas sem precisar pagar nada por isso. Vai ser um sucesso. Os habitacionais têm mais de 10 mil pessoas e esse público vai ser fundamental para quem precisa do serviço, para quem quer apostar no empreendedorismo”, declarou o secretário.

Com informações da Seteq

A 99Food, plataforma de delivery de comida, em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), promoverá, na próxima segunda-feira (7), a partir das 16h, um debate virtual sobre o cenário que os pequenos empreendedores enfrentam neste ano pandêmico e o que esperar para 2021. De forma gratuita, o bate-papo será transmitido no canal da 99Food e direcionado aos proprietários de restaurantes de todo o País.

Na conversa, o diretor-executivo da 99Food no Brasil, Danilo Mansano, tratará da importância de manter parceria com restaurantes e os benefícios que a plataforma de delivery oferece, além de trazer dados sobre o crescimento e aprendizado do setor de delivery diante da pandemia. Ainda estarão presentes no bate-papo o consultor Sergio Molinari, sócio-fundador da Food Consulting, que abordará os desafios enfrentados pelo setor nesse momento de pandemia de Covid-19 e quais são as expectativas para 2021.

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Também participará do evento a chef goiana Érika Borba, do restaurante Armazém Frida, que contará sua experiência de liderar um negócio no ramo da gastronomia em 2020. O evento não requer inscrição; basta o público acompanhar a programação no canal da 99Food.

Dados obtidos através de pesquisas do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) junto à Fundação Getúlio Vargas (FGV), ao longo da pandemia de Covid-19, mostram que os empreendedores negros têm mais dificuldade que os brancos para conseguir crédito junto aos bancos. Da metade de maio ao final de agosto, segundo o estudo, a taxa de sucesso nas solicitações de empréstimos foi de 5% para 8%, no caso dos negros; no caso dos brancos, foi de 7% para 14%.

Os números também mostram um crescimento do número de empreendedores, tanto brancos quanto negros, que solicitaram crédito aos bancos conforme a pandemia avançava e persistia. Em maio, 39% dos empresários brancos pediram empréstimos, passando a 51% em agosto. No caso dos negros, foram 38% em maio e 50% em agosto. 

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Comparando o número de solicitações e aprovações, nota-se que os negros estão atrás: brancos tiveram 17% dos pedidos de crédito aprovados em maio e 27% em agosto, demonstrando um crescimento expressivo de 10%. Entre os empreendedores negros, o mês de maio mostrou aprovação de 14% das solicitações, enquanto no mês de agosto somente 16% dos que tentaram conseguiram crédito, um crescimento de 2%. Olhando isoladamente o mês de agosto, 65% dos empreendedores negros que solicitaram empréstimos tiveram o crédito negado. Brancos foram 58%.   

Contas vencidas

As pesquisas apontaram para uma redução das dívidas em atraso tanto para brancos (38% em maio, 30% em agosto) quanto para negros (46% em maio, 37% em agosto). A utilização de recursos do governo como suspensão de contrato de trabalho, redução de jornada/salários e férias coletivas, segundo o estudo, é mais alta entre empresários brancos. 

Desemprego como motor

Outra pesquisa, a Global Entrepreneurship Monitor (GEM) de 2019, mostrou que 88% dos "Empreendedores Iniciais" começaram um empreendimento devido à "escassez de empregos". Para o Sebrae, esse número deverá aumentar, em especial entre jovens, mulheres e negros. 

No caso do último grupo, os dados mostram que negros têm negócios menores, mais recentes, com menos infraestrutura e recursos. A escolaridade é outro ponto de desvantagem para negros: 47% dos negros têm superior incompleto/completo contra 66% dos brancos.

Taxa de desocupação no 2ª trimestre de 2020

Por raça ou cor

* Pretos e pardos - 15,8%

* Brancos - 10,4%

Por sexo

* Mulheres - 14.9%

* Homens - 12%

Redes sociais e permanência em casa

A pesquisa mostrou queda na diferença entre os dois perfis no uso das redes sociais como ferramenta de negócio. Já no que diz respeito a trabalhar de casa devido à Covid-19, a lógica se inverte. Os empreendedores negros trabalhando em casa são 34% contra 30% dos brancos. O otimismo sobre a duração da pandemia é também maior entre os negros, que estimam um retorno à normalidade em cerca de 10,9 meses, contra 11,7 para os empresários brancos.

Em função do contexto histórico da escravidão, a população negra teve menos acesso à educação e renda, ocasionando percentuais elevados de subemprego e de desemprego, fazendo também com que essas pessoas empreendessem principalmente motivadas pela necessidade, comenta Adriana Moreira, criadora da Feira Preta, evento que reúne empreendedores e consumidores majoritariamente negros.

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A 7ª edição da Semana Nacional de Educação Financeira (ENEF), evento com a participação do Sicredi Nacional, empresa de serviços financeiros, é realizada até 29 de novembro. A ação discute a temática “Resiliência Financeira: Como atravessar a crise?”.

O encontro, que é realizado anualmente, é organizado pelo Comitê Nacional de Educação Financeira (CONEF). Por meio de transmissões on-line, as ações serão realizadas em todo o País, alcançando os mais de 4,5 milhões de associados, em 23 estados e no Distrito Federal, onde a entidade atua. “O objetivo é estimular o cuidado e a mudança de comportamento em relação às finanças do brasileiro, contribuindo para uma vida mais próspera e sustentável. A ideia é alcançar vários públicos, como pessoas físicas e jurídicas, mas também jovens e até as crianças”, assegura a gerente de agência da Sicredi Recife, Magali Guimarães, de acordo com a assessoria da instituição.

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Na atual edição do evento, haverá o lançamento do “Programa Cooperação na Ponta do Lápis”, que, de acordo com Magali, é uma ação de “educação financeira, que será implantada em todo o país, com participação de todas as cooperativas e Fundação Sicredi”. Ainda segundo a gerente, o objetivo é “desenhar uma vida financeira mais sustentável, com ações relevantes e assim levar este tipo de educação a diversos públicos, e ajudá-los a transformar as suas finanças pessoais, através de informação, conhecimento e boas práticas em relação ao dinheiro”.

Na programação do evento, a Sicredi Recife realiza, no dia 26, às 20h, no canal do Youtube da instituição, uma live sobre ‘Finanças pessoais em tempos de crise’, com o consultor financeiro, sócio da ACBrasil e especialista em cooperativismo de crédito, Elias Bispo. Dentre os assuntos a serem abordados estão a importância de fazer escolhas financeiras conscientes, orçamento dentro da realidade familiar e sonhos e planejamento financeiro.

A Sicredi Recife realizará, ainda, a distribuição de um guia de bolso sobre educação financeira. “Quem for às nossas agências vai ter acesso a um material bem interessante, para levar para casa e tirar todas as suas dúvidas sobre o tema”, informa a gerente Magali Guimarães, segundo a assessoria.

Um dos destaques da ação é a parceria com a instituição Maurício de Souza Produções (MSP), trazendo personagens da Turma da Mônica. O público-alvo são as crianças, com gibis e animações dos personagens abordando temas acerca da educação financeira, de maneira lúdica. “O hábito de consumo consciente deve ser inserido na vida da criança e adolescente desde cedo, pois eles são consumidores em potencial do que é ofertado, na maioria das vezes, pelas redes sociais. O quanto antes essa educação for apresentada aos mais jovens, mais cedo será o impacto positivo”, ressalta Magali.

“Para a Sicredi Recife, educação financeira é um desafio real e urgente, no Brasil. O endividamento das famílias, a inadimplência e o baixo índice de pessoas com recursos em poupança são alguns dos fatores que reforçam a importância do tema. Por isso, queremos ser uma instituição transformadora, comprometida com o desenvolvimento econômico e social, a fim de construímos juntos uma sociedade mais prospera”, conclui a gerente.

Serviço

O que: 7ª Semana Nacional de Educação Financeira (ENEF)

Quando: 23 a 29 de novembro de 2020

Destaque na programação: - Live “Precisamos falar de dinheiro”

Participantes: Vera Rita de Mello Ferreira (Psicanalista e Dra. em Psicologia) e Marcos Piangers (Referência sobre paternidade e família, no Brasil).

Data: 23/11

Hora: 19h

Local: Youtube do Sicredi Recife - Live “Finanças pessoais em tempos de crise” Participante: Elias Bispo (consultor financeiro, sócio da ACBrasil e especialista em cooperativismo de crédito)

Data: 26/11

Hora: 20h

Local: Youtube da Sicredi Recife.

- Programa Cooperação Na Ponta do Lápis Informações: www.sicredi.com.br/site/napontadolapis/

- Turma da Mônica e Cooperação Na Ponta do Lápis Informações: www.sicredi.com.br/turmadamonica

Com informações da assessoria

No Brasil, o 20 de novembro, aniversário de Zumbi dos Palmares, marca o Dia da Consciência Negra, data em que se levantam discussões a respeito dos impactos do racismo na sociedade brasileira, altamente marcada pela escravidão negra. Nesse contexto, o afroempreendedorismo, nome dado ao empreendedorismo de pessoas negras, vem crescendo nos últimos anos junto a outras formas de ativismo antirracista. 

De acordo com a pesquisa do Instituto Brasileiro da qualidade e produtividade (IBQP), Sebrae e GEM 2019, a taxa total de empreendedores (TTE) no Brasil entre pretos ou pardos é maior do que a de brancos: há 39% de empreendedores totais, 23,1% de empreendedores iniciais, 15,7% de novos empreendedores, 8,1% de nascentes e 16,5% de empreendedores estabelecidos pardos ou pretos. Quando se trata de empreendedores brancos, os mesmos índices são de, respectivamente, 37,8%, 23,6%, 16,1%, 7,9% e 15,2%.

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Apesar disso, 27,1% dos empreendedores negros começam um negócio movidos pelo desemprego. Há ainda uma parcela de 1,3% que afirma empreender para “fazer a diferença no mundo”. No que diz respeito à renda, 20% dos pretos ou pardos ganham mais de 2 até 3 salários mínimos, 22% recebem mais de 3 até 6 salários mínimos e 8% ganham mais de 6 salários.

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Conectar pessoas negras de diversas profissões para fortalecer o empreendedorismo e a circulação de recursos financeiros entre a comunidade negra, assim pode ser parcialmente resumido o movimento Black Money, que coloca em rede não apenas produtos e serviços de pessoas negras, mas também estimula a valorização da negritude e o pertencimento social.

Segundo Nina Silva, uma das fundadoras do Black Money, entre os fundamentos do movimento estão o de favorecer os negócios de pessoas negras, segundo a premissa "se não me vejo, não compro” e também fazer com que o consumidor negro tenha as suas necessidades satisfeitas por empreendedores negros.

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“Há 3 anos fundei o Movimento Black Money junto com meu sócio Alan Soares e desde então utilizo do nosso background para apoiar empreendedores negros e negras em seus negócios com objetivo de buscar autonomia da população negra no Brasil com pontes e influências junto a outros países”, contou Nina.

Ou seja, o Black Money reforça a importância de utilizar o poder de compra dos afrodescendentes e investir na própria comunidade de afro empreendedores. Dessa forma, o dinheiro se mantém circulando entre as pessoas negras por mais tempo, gerando emprego, renda e também, promovendo assim, a integração dessa população ao sistema financeiro.

“Qual é a riqueza, o que você tem dentro de você e o que você pode fazer no seu dia a dia para enriquecer e investir na sua própria comunidade, é isso o que o movimento coloca”, diz Nina

Formada em administração e especializada em tecnologia, Nina é considerada uma das 100 pessoas afrodescendentes com menos de 40 anos mais influentes do mundo ao receber o prêmio Most Influential People of African Descent (MIPAD) da Organização das Nações Unidas e também já foi eleita uma das 20 mulheres mais poderosas do Brasil pela Forbes.

“Nasci no Jardim Catarina, em São Gonçalo, no Rio de Janeiro, na época, a maior favela plana da América Latina. Desde muito nova, sempre me espelhei na minha irmã, seis anos mais velha e a primeira da família a cursar faculdade”, relatou. “Comecei a trabalhar muito cedo, para ajudar em casa, em uma empresa onde tive meu primeiro contato real com o universo da tecnologia: fui convidada para fazer parte da implementação de um sistema integrado de gestão empresarial, o ERP [Enterprise Resource Planning] da SAP [empresa alemã da área de tecnologia]”, disse.

Em mais de 17 anos de experiência na área, ela trabalhou em multinacionais fora do país e liderou equipes de 60 pessoas. Nina disse que, mesmo tendo conseguido sucesso na sua carreira, chegou a passar por muitos episódio de racismo e misoginia. Ela também relata que vivenciou a falta de reconhecimento dos seus pares nas instituições por onde passou, onde geralmente, a maioria dos profissionais de ponta era branca.

“Se você é preto, você é o pior; se você é mulher, você sabe menos; se você é pobre, você não tinha que estar aqui. Como eu sempre fui essas três coisas juntas, ser perfeita era, no mínimo, minha obrigação, sabe?!”desabafou.

Segundo ela, a busca por perfeição levava a picos de stress, além da falta de retorno financeiro como dos demais homens brancos que ocupavam os mesmos cargos. Essa situação a levou a uma crise de síndrome de burnout, transtorno psíquico relacionado ao trabalho e que tem entre os sintomas depressão, esgotamento físico e mental, sentimento de incapacidade.

Nina disse que o movimento Black Money foi inspirado em experiências que vivenciou nos Estados Unidos, onde morou um tempo, e também no Panafricanismo, com a proposta de deixar o capital financeiro e social circulando o maior tempo possível na comunidade negra.

“Cheguei [na carreira] a ser responsável pela gestão de portfólios, mas por falta de propósito e reconhecimento cheguei ao burnout. Fui morar em Nova York e comecei uma busca por pertencimento. Fiz benchmark nas comunidades negras norte-americanas sobre a importância dos black businesses, o que ajudou anos depois, mais precisamente em 2017, a fundar o Movimento Black Money”, relatou.

Nina conta que apesar de os negros representarem 56% da população brasileira, 53% dos empreendedores e consumirem cerca de R$ 1,8 trilhão ao ano, eles ainda estão longe dos espaços de poder e recebem menores salários, com a diferença de renda entre brancos e ricos podendo chegar a 40%.

Ela lembra ainda que os negros também constituem a maior parcela entre o contingente dos 10% mais pobres, são 67% dos desempregados e possuem o crédito 3 vezes mais negado nas instituições bancárias tradicionais.

“Negros movimentam uma renda própria de R$ 1,9 trilhão por ano, mesmo assim, a média salarial de um empreendedor negro equivale à metade da média de remuneração de um empreendedor branco” disse Nina. “Cerca de 85% dos nano e microempreendedores negros da nossa rede em pesquisa declararam que não vendem pela internet e que tiveram o faturamento reduzido a menos de R$ 1 mil por mês durante a pandemia, sendo estes estabelecimentos a fonte principal de renda familiar”, acrescentou.

Para fazer diferente, o movimento, segundo Nina, trata a população afrodescendente como mercado de nicho e compreende que trata-se da maior parte do mercado. Daí a ideia de ter uma cadeia produtiva onde negros e negras sejam donos dos meios de produção.

Por isso o movimento esta baseado em três pilares: foco em comunicação, educação e geração de negócios pretos, tendo o uso da tecnologia como um dos métodos utilizados para gerar sinergias, para favorecer o empoderamento negro conectando empreendedores e consumidores.

“Eu vejo a tecnologia muito voltada para humanas, muito voltada ao entendimento do que são as pessoas, do que são as necessidades das pessoas e como a gente pode melhorar a vida delas a partir da tecnologia”, afirmou Nina.

Para tanto, o site é a plataforma responsável por unir os braços do movimento e fomentar o desenvolvimento do ecossistema do empreendedorismo negro em um marketplace pelas duas pontas: a do “afroempreendedorismo” e a do “afroconsumo”.

Além disso, no site há diversos profissionais cadastrados, esteticistas, donos de restaurante, personal trainer, endocrinologistas, dentistas, corretores de imóveis, advogados, fisioterapeutas, entre outros.

“Até aqui se criou um marketplace com 300 lojistas negros, vendendo online sem mensalidade, sistemas de pagamento e um portal e redes que já atingem mais de 80 mil pessoas por mês com conteúdos de diversas áreas como marketing digital, finanças, inovação e vendas, além de cursos em tecnologia para centenas de bolsistas oriundos de contextos periféricos”, disse.

Na página do movimento é possível ter acesso aos projetos desenvolvidos pelo Black Money. Entre eles, o Afreektech, braço educacional que busca desenvolver, por meio de cursos próprios e parcerias, novas habilidades e competências em empreendedoras e jovens negros.

Também há um um projeto voltado para encontros entre empreendedores e profissionais, chamado de StartBlackUp, que tem por finalidade formar conexões com investidores; e uma startup de serviços financeiros para consumidores e empreendedores negros, o D’BlackBank.

Por meio da startup, o movimento disponibiliza um maquininha de cartão preta, com taxas menores e voltada para os empreendedorismo negro e que já funcionam em afronegócios de dez cidades brasileiras. Para 2021, o plano é lançar o próprio cartão de crédito, funcionando com as bandeiras tradicionais, e as contas digitais do The Black Bank.

Todos os nossos projetos são focados no empoderamento da comunidade negra e no letramento racial onde pessoas brancas devem atuar de maneira ativa na luta antirracista. Nossa comunicação é pautada na elucidação das desigualdades raciais como agravante social da sociedade brasileira, mas com diretrizes propositivas tanto de projetos como eventos no entorno de educação, comunicação, empregabilidade e empreendedorismo da comunidade negra”, afirmou Nina.

Simaria deu um tempo nas férias em família para se dedicar aos negócios. A cantora comprou uma franquia do restaurante NacionSushi, em um shopping de luxo na Espanha. A marca já está presente, também, em diversos outros países, como Panamá, Equador, Colômbia e Estados Unidos. 

A unidade do restaurante adquirida pela sertaneja fica em Valência, cidade onde seu marido nasceu. A loja fica localizada em um centro de compras de alto luxo, o Aqua Shopping Center. “É a realização de um grande sonho. Fiz o investimento na cidade do meu marido. Estou muito feliz porque sempre quis investir e ter um estabelecimento. Posso dizer que o espaço é lindo, aconchegante, serve uma comida deliciosa e já está funcionando”, disse a cantora.

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Após as férias por terras espanholas, e a inserção em um novo ramo de negócios, Simaria já está de volta ao Brasil. No final do mês de novembro, ela vai lançar um novo single ao lado de sua irmã, Simone. 'Debaixo do meu telhado' estreia no dia 27, no YouTube e demais plataformas de streaming. 

*Com informações da assessoria. 

A Troposlab, empresa especializada em inovação, conduziu uma pesquisa que analisou os impactos na saúde mental dos empreendedores durante a pandemia de Covid-19. Realizado em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o estudou contou com 653 participações de empresários brasileiros.

De acordo com a pesquisa, 51,1% dos empreendedores disseram que tiveram a vida afetada pela pandemia, mas se sentiram bem a maior parte do tempo. Por outro lado, 24,9% dos entrevistados alegaram que foram muito afetados.

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Ainda segundo o estudo, 15,6% dos entrevistados revelaram que precisaram de acompanhamento e cuidados com a saúde mental. Eles usaram antidepressivos e ansiolíticos.

“Os sintomas de doenças psicológicas aumentam à medida que o rendimento familiar cai, ainda que com força pequena. Mas quanto mais o empreendedor percebe que possui estratégias pessoais para lidar com os desafios trazidos pela pandemia, menores são os seus níveis de adoecimento psicológico”, comentou a sócia e diretora de cultura da Troposlab, Marina Mendonça, conforme informações da Agência Sebrae de Notícias.

A análise mostrou também que as mulheres empreendedoras apresentaram maior intensidade de sintomas para ansiedade (28,5%) na comparação com os homens, cujo percentual foi 22,2%. Elas também sentiram mais estresse (5,36%), enquanto 5,22% dos empresários foram impactados.

No que diz respeito à depressão, a pesquisa revelou que a maior prevalência também foi em donas de negócios, atingindo 10,4% desse público. Entre os homens, a doença afetou 3,4%.

“O relatório afirma ainda, que 80% dos empreendedores apresentam níveis baixos de estresse, ansiedade e depressão, enquanto cerca de 4 a 6% apresentam níveis severos dos mesmos sintomas. Desses, 13,8% dos respondentes disseram que sim para depressão, enquanto 50,7% disseram que sim para ansiedade. Os estados de São Paulo, Goiás e Distrito Federal foram que mais apresentaram frequência em sintomatologia alta, o que poderia apontar para níveis de sofrimento psicológico mais altos”, informou o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

A pesquisa concluiu que, em meio ao crítico cenário de saúde e econômico da pandemia do novo coronavírus, os empresários que conseguiram desenvolver um plano de contingência tiveram melhor resultado e sofreram menos efeitos de transtornos de ordem mental. “Os empreendedores que têm maior propensão a planejar suas ações, além de garantir maior chance de vida ao seu empreendimento, também conseguem reduzir os efeitos negativos da pandemia sobre sua qualidade de vida”, acrescentou o presidente do Sebrae, Carlos Melles, conforme informações da agência de notícias do órgão.

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