Nesta terça-feira (9), em coletiva de imprensa, o presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Carlos Melles, junto à equipe técnica da entidade, anunciou uma série de protocolos para a retomada segura de atividades econômicas de micro e pequenas empresas. Até o momento, há 12 cartilhas disponíveis para consulta das orientações, que recebem apoio do Ministério da Economia e Saúde.
Passados três meses do decreto que fechou negócios não essenciais, devido à pandemia do novo coronavírus, o Sebrae reúne informações técnicas para estabelecer uma retomada segura para os 47 segmentos setoriais, que correspondem a 75% dos pequenos negócios do Brasil não essenciais.
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“Os documentos são muito relevantes para que o empresário, juntamente com seus colaboradores, fornecedores e clientes, consigam, de fato, superar esta fase. Mais importante do que abrir, é se manter aberto e ter um local mais seguro. O Sebrae acredita muito que essa ação será um diferencial para que possamos ter uma retomada consistente em nosso país”, declarou Melles.
Além do presidente do Sebrae, participaram da coletiva o diretor técnico Bruno Quick, que realizou a apresentação do plano de retorno às atividades, que é dividido em etapas. O diretor executivo do Sebrae Eduardo Diogo, e o secretário de produtividade do Ministério da Economia Carlos da Costa, também estiveram na apresentação.
Na primeira etapa da retomada, com início em 4 de junho, o Sebrae atendeu aos empresários dos segmentos que representam 57% dos pequenos negócios, formados pelos setores de moda, beleza, estética, bares, lanchonetes, restaurantes, lojas de rua e de shoppings, academias de ginástica e clínicas de saúde. Na segunda etapa, planejada para esta quarta-feira (10), será disponibilizado no site da instituição novos conteúdos para os outros segmentos da alimentação, em especial para o microempreendedor individual (MEI), confeitarias, panificadoras, feiras livres, minimercados e mercearias.
Além das publicações no site o Sebrae, há dicas práticas por meio da redes sociais da entidade. Os empresários são instruídos sobre os protocolos através de e-books, vídeos curtos com orientações objetivas e simples, informando como e quais os procedimentos eles deverão adotar na empresa, garantindo assim a seguridade diante a pandemia global.
Na última etapa, planejada para 15 de junho, os empresários terão acesso a ferramentas de apoio para facilitar a implementação das medidas recomendadas, como um check-list. Através desse recurso, os donos de pequenos negócios poderão realizar um monitoramento de quais práticas foram executadas e quais precisam de atenção. Isso inclui as recomendações como distanciamento social e higienização.
“As orientações são concretas e garantem a seguridade para mitigar os efeitos da pandemia na retomada de pequenos e micro empresas às atividades de forma adequada”, enfatizou Carlos da Costa, secretário de Produtividade do Ministério da Economia.
Desde o início da pandemia do novo coronavírus, atividades econômicas foram interrompidas a fim de desacelerar a proliferação de casos por contágio do vírus. Segundo o Sebrae, verifica-se que, entre os impactos ocasionados pela pandemia nos últimos 30 dias, cerca de 76% dos microempreendedores individuais fizeram demissões.
Nos pequenos pequenos negócios também houve um percentual expressivo, com 52% dos empresários que fizeram demissões. Os setores mais atingidos foram o da economia criativa; turismo; academias e atividades físicas; artesanato e moda.
Linhas de crédito
Durante coletiva, o secretário Carlos da Costa apontou que “a seguridade e a liberação de linha de crédito” são as preocupações fundamentais para empresas menores. Dentre as formas de concessão de crédito, estão o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) e o Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe). “No Pronampe, fizemos uma regulamentação em tempo recorde, em menos de duas semanas concluímos. Regulamentação debatida com as instituições financeiras para que o crédito chegue na ponta”, enfatizou Costa.
Além do Pronampe, o secretario mencionou o Programa Emergencial de Acesso a Crédito destinado para médias e pequenas empresas. O secretário não contou mais detalhes, mas afirma que ainda este mês haverá uma comunicação sobre outras regulamentações, que no momento, estão em curso.