Tópicos | notificação

O Procon Pernambuco (Procon-PE) notificou, na madrugada deste sábado (3), quatro bares em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, por descuprimento de protocolos de saúde para prevenir a disseminação do novo coronavírus. A ação contou com apoio da Polícia Militar.

Foram notificados o Manhattan, Seu Visconde, Galetus e Ilha dos Navegantes. No Manhattan, clientes circulavam e consumiam bebidas e alimentos em pé e sem uso de máscara na área interna. 

##RECOMENDA##

No bar Seu Visconde, além da circulação de pessoas sem máscara, havia apresentação de músicos ao vivo e a pista de dança estava lotada. O protocolo do setor diz que os locais podem ter música ambiente, mas as pessoas precisam estar sentadas. O estabelecimento ainda desrespeitava o distanciamento mínimo entre consumidores. O Manhattan e o Seu Visconde terão dez dias para apresentar defesa.

O Galetus e o Ilha do Navegantes estavam funcionando após meia-noite, horário limite para atendimento ao consumidor. As unidades foram notificadas e advertidas, podendo ser interditadas em caso de reincidência.  Denúncias podem ser feitas por meio do WhatsApp 81 3181.7000.

A pandemia do novo coronavírus tem imposto desafios inéditos aos sistemas de informação em saúde. Os dados sobre a Covid-19 no Brasil, em nível estadual e municipal, são fundamentais para a tomada de decisões sobre as políticas públicas e medidas de emergência para conter a epidemia. Esses dados, porém, dependem de sistemas e painéis que têm cobertura e qualidade extremamente variável no país. É o que indica estudo da Fiocruz, que aponta: a divulgação de casos da doença pode apresentar demora de até sete semanas entre seu registro no sistema de saúde e a efetiva divulgação nos boletins epidemiológicos. Uma discrepância que pode fazer muita diferença, por exemplo, nas fases de flexibilização do isolamento social.

Em cinco estados - Amapá, Maranhão, Paraíba, Rio de Janeiro e Rondônia - os dados oficiais registraram o número máximo de casos de Covid-19 mais de 50 dias depois de ele ter efetivamente acontecido. Isso significa que medidas importantes de saúde pública podem ter demorado a ser tomadas, prejudicando o combate à epidemia.

##RECOMENDA##

O caso desses cinco estados é o mais significativo descoberto em um estudo realizado por pesquisadores do projeto MonitoraCovid-19, do Instituto de Comunicação e Informação em Saúde (Icict/Fiocruz). O resultado da análise está na nota técnica O tempo dos dados: explorando a cobertura e oportunidade do Sivep-Gripe e o e-SUS VE. Outros estados com discrepância grande entre as datas real e oficial no número máximo de casos foram Paraná (30 dias), Rio Grande do Norte e Espírito Santo (27 dias), Goiás (25 dias), Distrito Federal (26 dias), Rio Grande do Sul (22 dias), Roraima (21 dias), Santa Catarina (20 dias) e Amazonas (19 dias). A diferença média entre os estados foi de 17 dias.

Dois sistemas nacionais

Essa diferença, porém, não pode ser encarada como resultado de falhas técnicas e operacionais, mas sim como inerente aos desafios impostos pela própria complexidade da epidemia e de seus desdobramentos num país tão grande e diverso quanto o Brasil. “Não é possível apontar uma única causa para explicar essas discrepâncias. Trata-se da soma de vários fatores, alguns deles complexos, que demandariam uma investigação mais detalhada”, explica Diego Xavier, epidemiologista do Icict/Fiocruz que participou do estudo.

O pesquisador acrescenta que cada estado segue procedimentos próprios para consolidar seus boletins epidemiológicos e lançar as informações nos dois sistemas nacionais de dados de saúde que abrangem a Covid-19: o Sistema de Informação de Vigilância da Gripe (Sivep-Gripe) e o e-SUS VE. Este último foi criado para atender à alta demanda de notificações devido à epidemia. “Como e-SUS VE foi desenvolvido durante a pandemia, alguns registros eventualmente podem ter sido inseridos em ambos os sistemas, e não existe um indexador que permita acompanhar o paciente na transição de um sistema para o outro”, descreve Xavier.

Na prática, a análise do MonitoraCovid-19 constatou que a discrepância de datas não é a única: também há diferenças consideráveis com relação aos registros dos doentes e óbitos. Por exemplo: os dados do e-SUS VE, quanto aos números de casos da doença, apresentam diferença de 10% em relação ao observado nos boletins das Secretarias Estaduais. Mas, se somados os casos registrados no Sivep-Gripe, essa variação passa a 4%.

Em prol da padronização

Espírito Santo e Paraná apresentam a maior variação percentual na comparação com os dados do Ministério da Saúde. Nestes estados, os números de casos divulgados nos boletins oficiais são muito maiores do que os casos registrados nos bancos de dados. Situação inversa é observada em Goiás, Piauí e Rio Grande do Norte, onde o volume de casos nos sistemas é superior ao observado nos boletins epidemiológicos.

Em suas conclusões, a nota técnica recomenda que não seja modificada a forma de divulgação dos registros, mas que as divergências apontadas sejam levadas em conta pelos gestores públicos: “Esta análise não busca sugerir ou recomendar que os dados sejam alterados para divulgação, pois a população já se habituou a essa lógica, e alterar as datas neste momento do processo epidêmico traria mais desinformação do que ganho na comunicação. Contudo, as defasagens apresentadas devem ser consideradas pelos gestores públicos, sobretudo para tomada de decisão e orientação das intervenções”.

O sanitarista Christovam Barcellos, vice-diretor do Icict/Fiocruz, diz que esse estudo é um chamamento às autoridades de Saúde para ações de melhoria na confiabilidade dos dados de saúde pública no Brasil: “Seria importante um esforço nacional, que poderia ser liderado pelo próprio Ministério da Saúde. Uma busca coletiva em prol da padronização na forma como são lançados os dados de saúde em todos os níveis, começando pela ponta, ou seja, nos postos de saúde e hospitais públicos dos municípios. Além de padronizar, seria preciso um esforço de treinamento de abrangência nacional, criando uma cultura mais sólida de registro das informações de saúde no Brasil”.

Da Fiocruz

Mais um caso de Covid-19 foi confirmado em Fernando de Noronha, na noite dessa segunda-feira (3). Em contrapartida, a região segue sem mortes pela doença e mais um paciente conseguiu se recuperar da infecção. Ao todo, já foram notificados 89 infectados e 82 recuperações.

O novo paciente chegou à ilha nessa quinta-feira (30) em um voo com cerca de 90 moradores. Todos foram testados, isolados e 15 passageiros estão sob investigação. Com a atualização, Noronha tem sete infectados em isolamento domiciliar, informa a Administração.

##RECOMENDA##

LeiaJá também:

--> Acesso às praias de Fernando de Noronha é ampliado

--> Fernando de Noronha investiga Covid-19 em 47 moradores

--> Noronha zera casos em investigação e libera transportes

Cinco anos depois do Ministério Público apresentar ação por improbidade administrativa, o ex-senador Zezé Perrella (MDB-MG) foi notificado pela Justiça e se tornou réu por receber R$ 1,2 milhão em reembolsos por serviços não comprovados quando ainda era deputado estadual em Minas Gerais (2007-2010). O ex-dirigente do Cruzeiro não havia sido localizado pelos oficiais de Justiça em endereços indicados durante os últimos cinco anos, e só se manifestou nos autos após ter os bens bloqueados em março deste ano.

A Promotoria acusa Perrella de ter entregue diversas notas fiscais fraudulentas com indicativos de serviços que não foram prestados com o objetivo de ser ressarcido pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Como deputado estadual ele tinha direito a verba indenizatória - destinada ao custeio de despesas como aluguel de imóvel ou veículos para a atividade parlamentar - de, no máximo, R$ 20 mil por mês.

##RECOMENDA##

Somente com gastos de 'assessoria contábil e tributária', Perrella gastou R$ 198,3 mil. Segundo o MP, os serviços não tinham 'qualquer caráter público', mas ele foi ressarcido em R$ 187,8 mil por despesas com divulgação de atividade parlamentar por meio de serviços gráficos. Ouvidos pela Promotoria, os proprietários de algumas empresas não confirmaram os serviços para o então deputado ou não conseguiram comprovar os trabalhos prestados. O representante de uma gráfica, inclusive, disse aos investigadores que a empresa estava desativada na época dos fatos.

Inicialmente, o pedido da Promotoria para bloquear os de bens de Perrella foi negado em 2016. No entanto, 'diante das frustradas tentativas de notificação', o Ministério Público recorreu da decisão e cobrou a liminar, autorizada pelo juiz Elton Pupo Nogueira, da 3ª Vara da Fazenda Pública e Autarquias em março deste ano.

Apesar de não ter sido localizado pela Justiça ao longo dos últimos cinco anos, Perrella atuou no comando do Cruzeiro até dezembro do ano passado, quando o time foi rebaixado para a série B do Campeonato Brasileiro.

"Não entendo o motivo da dificuldade do réu ser encontrado, pessoa pública conhecida em Minas Gerais, por tantos anos desde a decisão no ano de 2016, quando foi apreciado o pedido de indisponibilidade de bens pela magistrada oficiante no feito", apontou Nogueira, em março. "Contudo, desde a decisão com indisponibilidade de pouco mais de dez mil reais, em cerca de sessenta dias o réu foi encontrado, apresentou defesa nos autos e recurso no Tribunal de Justiça".

Ao aceitar a ação e colocar Perrella no banco dos réus neste mês, o juiz afirmou que as provas apresentadas até então apontam a existência de 'elementos que demonstram a possibilidade de ocorrência de improbidade administrativa' praticada pelo ex-senador e seu enriquecimento ilícito.

COM A PALAVRA, O EX-SENADOR ZEZÉ PERRELLA

Até a publicação desta matéria, a reportagem não havia obtido contato com o ex-senador Zezé Perrella. O espaço permanece aberto a manifestações.

Os eventuais problemas identificados durante o uso de testes para o novo coronavírus (Covid-19) devem ser notificados à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). De acordo com o órgão, embora já seja de conhecimento dos profissionais de saúde, a regra está sendo reforçada durante a pandemia provocada pela doença.  

“A prática é essencial, pois depois de recebidas e organizadas, as informações formam um banco de dados que serve de subsídio para o planejamento e a execução de ações de inspeção, fiscalização e coleta de amostras para análises”.  

##RECOMENDA##

Segundo a Anvisa, a medida tem o objetivo de manter o monitoramento contínuo dos produtos, visando a garantia da sua qualidade, segurança e eficácia. Nesse sentido, a Agência dispõe de ferramentas para que os relatos sejam feitos de forma correta, de acordo com o tipo de regularização do produto e também com o tipo de notificação.  

Orientações

A Agência conta com uma área exclusiva no portal com orientações e canais para o registro de notificações de queixas técnicas de produtos para a saúde. As informações devem ser inseridas no Sistema de Notificação em Vigilância Sanitária (Notivisa). Para preencher corretamente, basta seguir as instruções do Manual do Usuário para notificação de queixa técnica de kit para diagnóstico in vitro.  

Registro

Mais de 120 pedidos de registro de testagens relacionadas à Covid-19, incluindo testes rápidos, foram avaliados pela Anvisa desde o dia 18 de março. A relação de produtos regularizados para detecção da covid-19 é atualizada diariamente e pode ser consultada no portal da Anvisa.

*Com informações da Anvisa

Nesta segunda-feira (4), a Apple e o Google compartilharam mais informações sobre seu sistema de notificação de exposição automática para rastrear casos de Covid-19. Introduzido pela primeira vez em 10 de abril, o sistema usa sinais Bluetooth Low Energy, notificando o usuário em caso de exposição ao vírus.

De acordo com o site The Verge, entre as informações apresentadas pelas empresas estão exemplos de designs de interface para aplicativos em potencial e restrições sobre como o sistema será finalmente utilizado. Os exemplos de interface dão uma idéia de como essas notificações funcionarão na prática e como as empresas planejam garantir um consentimento proativo dos usuários. 

##RECOMENDA##

Tanto a Apple quanto o Google se comprometeram a interromper o sistema assim que a crise da saúde pública passar. Além disso, as duas companhias liberaram uma biblioteca de códigos de referência (um SDK para Android e um kit de ferramentas Xcode para iOS), que a equipe espera que sirva como "uma arma de partida" para o desenvolvimento de aplicativos por agências de saúde pública. 

Ambas as companhias estabeleceram seis princípios específicos que os parceiros do setor público deveriam defender. Um deles é que os aplicativos podem ser usados ​​apenas para os esforços de resposta do COVID-19, ficarão impedidos de usar os Serviços de Localização e exigirão o consentimento de aceitação antes de acessar a API ou compartilhar um diagnóstico positivo. 

Não será permitida nenhuma forma de publicidade direcionada nos aplicativos resultantes. Todos os apps existentes que usam serviços direcionados de publicidade ou localização precisarão desativar esses sistemas antes de acessar a API.

Pernambuco ainda não confirmou nenhum caso de coronavírus. Conforme dados divulgados nessa segunda-feira (9) pela Secretaria de Saúde (SES), 18 casos já foram descartados, enquanto 12 pacientes ainda aguardam o resultado de exames. Todos os casos notificados têm histórico de viagens ao exterior.

Nessa segunda-feira (9), o Laboratório Central de Saúde Pública de Pernambuco (Lacen-PE) recebeu kits de testes laboratoriais para o coronavírus do Ministério da Saúde. A expectativa é que em 10 dias, os exames já sejam realizados no Estado, diminuindo de 72 horas para 24 horas a liberação dos resultados. "A partir do momento que estivermos qualificados e treinados pelo Instituto Evandro Chagas, faremos o exame, agilizando nosso poder de resposta", esclareceu o secretário estadual de Saúde, André Longo.

##RECOMENDA##

Desde o dia 25 de fevereiro, Pernambuco já investigou 30 casos. A maioria dos pacientes tem entre 31 e 40 anos. Dos 12 que seguem em investigação, 10 moram no Recife e dois em Jaboatão dos Guararapes. Desses, quatro estão isolados em hospitais particulares, enquanto os demais foram orientados a permanecer em isolamento domiciliar. De acordo com a SES, eles apresentam uma boa evolução clínica e quadros estáveis.

Paraíba- Dois pernambucanos, residentes de Caruaru, no Agreste do Estado, foram notificados em Campina Grande, na Paraíba. Suas amostras já foram colhidas e enviadas para um laboratório de referência, que vai comprovar ou suspender a suspeita de Covid-19.

O Procon-PE abriu uma investigação preliminar e notificou o MSN por entender que o site estava induzindo o leitor a consumir alimentos vencidos, sem indicação de qualquer fonte ou referência com a matéria "20 coisas que podemos comer após o vencimento", que estava na página principal do site de notícias da Microsoft. 

Iogurte, manteiga, pão, chocolate, ketchup e enlatados seriam alguns dos alimentos indicados no texto do MSN. O Procon alerta que a determinação do prazo de validade deve ser realizada para todos os alimentos, com exceção daqueles que estão dispensados de declarar essa informação no rótulo, conforme determinação da Anvisa, e se fundamentam em estudos nacionais e internacionais mantidos ao longo dos anos. 

##RECOMENDA##

De acordo com Danyelle Sena, gerente de fiscalização do Procon-PE, a empresa deve retirar a matéria de exibição ou publicar errata contendo as fontes científicas que atestem as informações prestadas na matéria. O não atendimento da investigada ao teor desta notificação ensejará as devidas penalidades administrativas.

*Com informações da assessoria

Sete funerárias fiscalizadas pelo Procon-Recife foram notificadas pelo órgão de defesa do consumidor por apresentarem irregularidades. Vários pontos de descumprimento ao Código de Defesa do Consumidor, como falta de preços visíveis nos tipos de serviços oferecidos aos clientes, motivaram os autos de constatação nos estabelecimentos. 

Ana Paula Jardim, presidente do Procon-Recife, informa que as empresas notificadas receberam um prazo de 48h para fazer a adequação. “Caso não ocorra, a notificação se converterá para auto de infração e pagamento de multa”, explica Ana Paula.

##RECOMENDA##

A fiscalização aconteceu devido à proximidade do Dia de Finados, celebrado no próximo sábado (2). Com a chegada da data, o órgão diz que tem objetivo combater os preços “abusivos” e avaliar as condições dos produtos e serviços prestados pelos estabelecimentos. Para se ter noção, nos preços das coroas de flores constatou-se uma variação de 257%, dependendo do estabelecimento. 

O consumidor que quiser fazer denúncias e pedidos de informações pode ligar para o telefone 3355-3290 e pelas redes sociais. O Procon Recife fica na rua Carlos Porto Carreiro, 156, Derby, e funciona das 8h às 13h. 

O presidente da República, Jair Bolsonaro, vetou integralmente, “por contrariedade ao interesse público”, proposta que obriga serviços de saúde públicos e privados a notificar a autoridade policial sobre indícios de violência contra a mulher.

Em setembro, os deputados aprovaram o substitutivo do Senado ao Projeto de Lei 2538/19, aprovado pela Câmara em junho de 2017 e oriundo de texto apresentado pela deputada Renata Abreu (Pode-SP). Agora, deputados e senadores analisarão o veto quando for incluído na pauta do Congresso Nacional.

##RECOMENDA##

A legislação atual determina a notificação obrigatória de casos de violência contra a mulher atendida em serviços de saúde públicos e privados (Lei 10.778/03). Pelo texto vetado, deveriam ser informados também os indícios, e os serviços de saúde teriam de enviar os dados à autoridade policial em, no máximo, 24 horas.

“A proposta contraria o interesse público ao determinar a identificação da vítima, mesmo sem o seu consentimento e ainda que não haja risco de morte, mediante notificação compulsória para fora do sistema de saúde”, anotaram na mensagem de veto os ministérios da Saúde; e da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.

“Isso vulnerabiliza ainda mais a mulher, tendo em vista que, nesses casos, o sigilo é fundamental para garantir o atendimento à saúde sem preocupações com futuras retaliações do agressor, especialmente quando ambos ainda habitam o mesmo lar ou ainda não romperam a relação de afeto ou dependência”, completa a justificativa.

*Da Agência Câmara

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu notificar o presidente Jair Bolsonaro (PSL) para que ele explique as declarações em que atribui a ONGs a responsabilidade por queimadas na Amazônia. A determinação ocorreu na quarta-feira, 2, e atende a pedido da Associação Civil Alternativa Terrazul, de Fortaleza.

A notificação do ministro prevê que Bolsonaro responda a oito questionamentos relacionados a declarações que fez em agosto. Na decisão, Moraes aponta que o pedido tem "pertinência" "em primeira análise". Além disso, lembra que o pedido de explicações está previsto no Código Penal e tem o objetivo de esclarecer "situações ambíguas" e "viabilizar o exercício futuro de ação penal condenatória", "sendo cabível em qualquer das modalidades de crimes contra a honra".

##RECOMENDA##

Em agosto, Bolsonaro insinuou que as queimadas na floresta estariam relacionadas à suspensão de repasses do Fundo Amazônia a projetos. "Pode estar havendo, não estou afirmando, ação criminosa desses 'ongueiros' para exatamente chamar a atenção contra a minha pessoa, contra o governo do Brasil", disse na época.

A fala teve repercussão negativa entre ambientalistas e também na imprensa estrangeira. O presidente nunca apresentou provas do envolvimento de ONGs com as queimadas.

Dentre os questionamentos enviados ao presidente estão: "Quais ONGs são as supostas responsáveis pelas queimadas na Floresta Amazônica?"; "Se o interpelado tem conhecimento de quais são essas ONGs porque nenhuma medida foi tomada contra elas até o momento, levando em consideração que estas, de acordo com ele próprio, vem cometendo ato tipificado como crime?"

Procurado, o Planalto disse que não vai comentar a decisão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma nova atualização dos casos de sarampo foi divulgada pela Secretaria de Saúde de Pernambuco. De acordo com o levantamento, até o último a última segunda-feira (26), 337 novos casos de sarampo foram notificados no Estado. Desse total, 86 já foram descartados, 246 estão em investigação e 5 foram confirmados, sendo dois em Recife, um em Taquaritinga do Norte e dois em Caruaru. 

Sobre os casos confirmados, a secretaria ressaltou que as três cidades já realizaram 53 ações de bloqueio vacinal dos contatos, totalizando quase 2 mil doses aplicadas da trípice viral que, além do sarampo, ainda protege contra a caxumba e a rubéola. 

##RECOMENDA##

Há pouco tempo ficou instituído no país a vacinação de crianças entre 6 meses e 11 meses. Todos os meninos e meninas dessa faixa etária, que totalizam 68 mil em Pernambuco, de acordo com a Secretaria de Saúde, devem tomar uma dose da vacina. 

O órgão salienta que essa será considerada a “dose zero”, sendo necessário seguir com o esquema básico de vacinação normalmente a partir dos 12 meses, com mais uma dose e um reforço aos 15 meses.

Casos anteriores

De acordo com a secretaria, em 2018, das 213 notificações, 209 foram descartadas e 4 confirmadas, todas relacionadas a um paciente com histórico de viagem para Manaus, área com circulação do vírus na época. Em 2017 foram 45 notificações e em 2016, 39, todas descartadas.

Entenda

A vacina tríplice viral protege contra sarampo, rubéola e caxumba e está disponível de rotina nas salas de vacina dos municípios. A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) ressalta a importância de finalizar o esquema vacinal para evitar casos da doença. A imunização com a tríplice deve seguir o seguinte esquema:

-  Crianças entre 6 meses e menores de 1 ano devem tomar uma dose da tríplice viral. Importante ressaltar que essas crianças precisarão seguir o esquema normal de imunização a partir dos 12 meses.

- Indivíduos de 12 meses a 29 anos de idade: 2 doses de tríplice viral;

- Indivíduos de 30 a 49 anos de idade não vacinados: 1 dose de tríplice viral;

- Profissionais de saúde não vacinados: 2 doses com a vacina tríplice viral independente da idade, com intervalo mínimo de 30 dias entre elas.

LeiaJá também

-> Casos de sarampo quase triplicaram no mundo desde janeiro

O Terminal Integrado de Passageiros (TIP), localizado no bairro da Várzea, na Zona Oeste do Recife, foi fiscalizado pelo Procon-PE durante a manhã desta sexta-feira (21). Com a ação, foi constatado que três empresas de ônibus não estavam fornecendo corretamente os assentos e a meia passagem reservados para os idosos.

"Toda empresa tem o dever de disponibilizar dois assentos gratuitos para o idoso que ganha até dois salários mínimos e 50% dos assentos totais do veículo são para os idosos pagarem a metade do valor", explica a gerente de Fiscalização Danyelle Sena.

##RECOMENDA##

De acordo com o Procon, José Barbosa, de 69 anos, foi um dos que não tiveram o seu direito garantido. Ele havia comprado uma passagem para São Paulo por R$ 350, quando o valor da passagem (tabelado) é de R$ 405 - ou seja, José não teve o acesso correto à meia passagem.

"O Procon pegou todas as informações do consumidor e notificou a empresa para que a diferença seja devolvida", garante Danyelle. No guichê da Catedral, empresa que vendeu o bilhete, foi verificada que existe uma tabela enviada pela Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT) com valores maiores para quando é passagem de idoso, constatando assim que, nessa tabela, o trajeto de José Barbosa estava saindo por R$ 750.

“Vamos notificar todas as empresas de ônibus que operam no TIP e a Socicam, administradora do Terminal, para que se esclareça (em audiência) essa prática que não cumpri a lei da meia passagem”, aponta Danyelle Sena.

Antes dessa averiguação do não cumprimento correto da meia passagem para os idosos, o órgão de defesa do consumidor confirma que havia recebido denúncias de que existia uma placa da administradora do TIP, anunciando a cobrança pelo uso do banheiro: 1 real para uso comum e 3 reais para banho.

O Procon esclarece que, por se tratar de um ambiente público, é obrigatório que no local tenha um banheiro gratuito. A empresa explicou que existe o banheiro gratuito e, na presença do órgão de defesa do consumidor, acrescentou a informação na placa.

O Procon afirma que em casos de interrupções ou atrasos nas viagens os passageiros têm direito a assistências com: alimentação, local para guardar as bagagens e hospedagem.

 

*Com informações da assessoria

O Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) emitiu um mandado de notificação para que o bispo auxiliar Limacêdo Antônio da Silva, da Arquidiocese de Olinda e Recife, não se manifeste politicamente. O religioso aparece em um vídeo que circula nas redes sociais alertando para que os fiéis não votem em quem defende a tortura.

O documento de notificação foi assinado pelos juízes Heraldo José dos Santos, André Vicente Pires Rosa e Flávio Augusto Fontes de Lima. No texto, eles dizem que as denúncias chegaram através do Sistema Pardal e que o bispo estaria induzindo o voto dos fiéis.

##RECOMENDA##

No vídeo que corre nas redes, Limâcedo critica a ditadura, defende a democracia e diz que a sociedade vive em uma época da pós-verdade, em que o que valeria seria o que a pessoa faz ver como verdade, independente de ser. "A gente não pode votar em quem defende a tortura, minha gente. Se está defendendo a tortura, não está defendendo o respeito à vida. Pode até dizer que defende a vida, mas na prática não defende. Defender a vida é defender políticas públicas para que as pessoas possam estudar, o jovem tenha acesso a universidade, isso também é defender a vida nas suas diversas etapas. (...) Quem defender a tortura não vote, pelo amor de Deus. Infelizmente no Brasil o jovem não sabe o que foi a ditadura. Se soubesse, não votaria. E tem jovem querendo votar em quem defende a ditadura, é porque não conhece, não passou por ela", ele diz na gravação. O vídeo completo pode ser conferido abaixo.

A Arquidiocese de Olinda e Recife se solidarizou com o bispo através de nota. A instituição diz que "em nenhum momento de sua fala, conforme pode ser observado no vídeo que circula pelas redes sociais, sua Excelência Reverendíssima Dom Limacêdo cita o nome de qualquer dos candidatos à presidência da república". Ainda conforme a nota, o discurso de Limacêdo não seria propaganda eleitoral mas "anúncio do Evangelho de Jesus Cristo". O religioso não recebeu reprimenda da igreja.

O vídeo foi registrado durante missa na Igreja Sagrado Coração de Jesus, em Salgadinho, Olinda, Região Metropolitana do Recife (RMR). A paróquia também emitiu posicionamento  sobre o ocorrido. No texto, ela diz: "A simbologia da citada notificação, nos deixa perplexos e temerosos, maiormente, quando recordamos que no curso histórico de nossa Arquidiocese, Dom Helder Camara, foi perseguido e censurado fortemente, pôr se opor a um sistema excludente e opressor".

Sobre o fato, o TRE informou que os juízes aturaram dentro dos limites da lei e sem juízo de valor. O tribunal acrescenta que, no primeiro turno, também houve notificação para representante da Igreja Episcopal Carismática do Brasil e, na pré-campanha, para pastores de três igrejas evangélicas.  Segundo a nota, em todas as ocasiões as denúncias dão conta que pastores e padres defendiam candidatos de coligações e partidos antagônicos, o que demonstraria igualdade de tratamento. 

[@#video#@]

 

 

O candidato do PDT à Presidência nas eleições 2018, Ciro Gomes, deixou irritado o Projac, os estúdios da TV Globo onde foi realizado o último debate antes do primeiro turno. Na madrugada desta sexta-feira, 5, após a entrevista a jornalistas que sucedeu o confronto, ele disse: "Nunca mais quero pisar neste lugar."

O pedetista se irritou porque ao chegar ao camarim, findo o debate, encontrou um oficial de Justiça que estava ali para entregar a ele notificação de ação movida pelo ex-prefeito de São Paulo João Doria (PSDB), candidato ao governo do Estado.

##RECOMENDA##

Ciro o chamou de "farsante", o que motivou a ação do tucano. Ciro estranhou o fato de o caso estar na Justiça do Rio, sendo ele do Ceará e Doria, de São Paulo.

O pedetista chegou para a entrevista, realizada num outro espaço do Projac, bastante contrariado. Disse que chamou Doria de "farsante" quando de fato queria dizer "corrupto".

Sobre o debate, afirmou que "a Globo não manda" no voto dos brasileiros. "Estou preocupado com a sorte do Brasil. Meu País está caminhando para um precipício. Eu peço ao brasileiro que pense muito antes de votar num despreparado que representa os interesse mais subalternos do baronato brasileiros ou no petismo. Confio no povo brasileiro", disse, numa referência à polarização entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT).

Segundo o Secretário de Justiça e Direitos Humanos (SJDH) de Pernambuco, Pedro Eurico, a Petrobras é a principal responsável pela demora da normalidade em Pernambuco, mesmo já tendo passados cerca de 10 dias do fim da paralisação dos caminhoneiros. E, por conta disso, na tarde desta terça-feira (12), a estatal será notificada pela SJDH para esclarecer o porquê da não normalização da distribuição do combustível no Estado.  

Para que um maior número de pessoas consiga comprar o gás de cozinha, Pedro Eurico informa: "estamos distribuindo, juntamente com o PROCON de Pernambuco, algumas recomendações para que os depósitos tenham cuidado com a distribuição, evitando também que uma só pessoa compre mais de dois botijões de gás", pontua.  

##RECOMENDA##

Algumas das pessoas que estão conseguindo encontrar o gás de cozinha reclamam dos preços exorbitantes e abusivos que estão sendo cobrados pelo botijão - variando entre 80 e 150 reais. A Gerente Jurídica do órgão, Maria Danyelle, salienta que o preço máximo que deve ser cobrado é de R$ 65. "Se os consumidores encontrarem locais que estejam cobrando acima desse preço, podem entrar em contato com o PROCON que nós tomaremos as medidas cabíveis", corrobora. 

Dannyele continua dizendo que está havendo várias fiscalizações por todo o Estado, na tentativa de amenizar as dificuldades dos consumidores. "Se observarmos qualquer tipo de ilegalidade, instauramos um processo, lavramos um auto, abrimos um processo administrativo e a empresa será notificada", explica a Gerente Jurídica.  A distribuidora também fica passiva de multa. 

O secretário informou que durante o período da paralisação dos caminhoneiros, que durou 11 dias no país, a Petrobrás deixou de realizar cerca de 71 mil envasamentos (por dia) do combustível, o que ocasionou na falta de 700 mil botijões (que deixaram de ser produzidos) no Estado, do dia 21 de maio até o dia 1º de junho.  "A Petrobras não está dando atenção nem ao Governo, nem ao Ministério Público e nem às (demais) instituições", acredita Pedro Eurico.  A base principal do Nordeste, para a distribuição do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) fica em Suape, no Cabo de Santo Agostinho - Região Metropolitana do Recife. 

Ainda conforme explicitado pela Secretaria de Direitos Humanos, Existe gás excedendo nos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo e esse combustível pode ser enviado para os locais que estão enfrentando dificuldades de acesso. No entanto, Pedro Eurico diz que "há uma má vontade da Petrobras, que não quer aumentar suas despesas e só pensa nos lucros".  A Copa do Mundo e o Período junino está se aproximando, junto com esses festejos vem a incerteza da normalidade.  

Serviço 

PROCON -> Endereço: Rua Floriano Peixoto, nº 141 – bairro de São José, Recife/PE 

Telefone: 0800 282 1512 

 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) proibiu a empresa D+ Alimentos de comercializar um lote de carne de frango em todo território nacional. O veto foi publicado no Diário Oficial da União na última sexta-feira (20), devido à existência de Listeria monocytogenes, uma bactéria capaz de provocar meningite. 

O lote proibido é composto por peitos de frango cozido, desfiado e congelado. A empresa responsável pelos alimentos deve recolher todo o estoque existente no mercado.

##RECOMENDA##

O peito de frango recolhido é fabricado pela empresa G L Faleiros Indústria de Alimentos Eireli, da marca D+ Alimentos. A fabricante já emitiu um comunicado de recolhimento do produto. O lote infectado é identificado pelo número 0320.

Com informações da Assessoria

Por André Cabral

Israel notificou formalmente a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) de sua retirada da organização, anunciada em outubro.

"Em qualidade de diretora-geral da Unesco, hoje recebi a notificação oficial do governo israelense sobre a retirada de Israel da organização, em 31 de dezembro de 2018", indicou nesta sexta-feira em um comunicado a francesa Audrey Azoulay, no cargo desde novembro, acrescentando "lamentar profundamente" esta decisão.

Para Azoulay, "é dentro da Unesco, e não fora dela, que os Estados podem procurar da melhor forma superar as diferenças nos campos de competência da organização".

Israel, "membro da Unesco desde 1949", tem seu lugar "dentro de uma instituição comprometida com a defesa da liberdade de expressão, da prevenção do antissemitismo e do racismo sob todas as suas formas", afirma Azoulay, que destaca o papel da organização "no diálogo das culturas" e "na luta contra o extremismo violento".

Em 12 de outubro, logo depois dos Estados Unidos anunciarem sua retirada da Unesco, Israel comunicou a mesma decisão, e criticou um viés anti-israelense da organização, qualificando-a de "teatro do absurdo onde se deforma a história em vez de preservá-la".

A decisão chega após anos de posições polêmicas da Unesco em relação a Jerusalém e Hebrom, defendidas pelos países árabes.

Em 2011, a admissão da Palestina na Unesco intensificou a crise e provocou a suspensão das contribuições financeiras de Israel e Estados Unidos, equivalentes a quase um quarto do orçamento do organismo.

Após sua retirada, que se tornará efetiva no final de 2018, conforme os estatutos da Unesco, Washington deseja permanecer na organização com status de observador.

A carta de notificação de desligamento entregue em maio de 2016 a um homem que falou mal de sua chefe e da empresa onde trabalhava chamou a atenção de usuários de redes sociais por conter imagens das postagens em que Lucas Norberto falava mal de sua chefe e da empresa. A carta de notificação aponta que ele foi demitido por justa causa e já foi compartilhada por milhares de internautas.

O jovem disse, em sua conta no Twitter (@lucaslicioso), que desejava que sua chefe, identificada como Cristiane, voltasse de uma cirurgia “igual michael jackson”, além de outras mensagens onde ele aparece falando mal do posicionamento político de colegas. Lucas também se queixou publicamente de atrasos no pagamento do salário. "Vou calar minha boca. Tô no limite do meu estresse já. Hoje é dia 29, cara. Nove dias de atraso, eu tô sem cara de olhar quem eu devo", escreveu ele. 

##RECOMENDA##

O documento que anuncia a demissão e continha prints das mensagens do ex-funcionário é assinada pela chefe de quem ele falou mal e afirma que “a Rebrun Macaé Comércio de Roupas vem notificar-lhe de que o seu contrato de trabalho com a notificante está rescindido por justa causa". Em resposta ao LeiaJá, Lucas disse que desistiu de levar o caso à justiça. "Eu ia entrar na justiça, mas fiquei com preguiça do tempo que ia levar e estava tão saturado que quis me ver livre de tudo e só aceitei o erro", revelou. 


Justa causa ou não? 

Para a professora, Mestre e Doutora em Direito Trabalhista Isabele Moraes D’Angelo, a aplicabilidade ou não da punição máxima que é a demissão por justa causa depende da gravidade da conduta do funcionário e se ela é ou não uma atitude repetida após notificações de reclamação sobre a atitude. A reincidência da atitude é um fator agravante, mas segundo Isabele “o passo que o empregado deve tomar é ir ao juiz para que seja avaliado se foi ou não justo”, explicou a professora que também destaca que a demissão por justa causa deve ser realizada quando há uma quebra da relação de confiança do empregador diante do seu funcionário, tornando impossível manter o vínculo entre a empresa e o empregado. 

No entanto, Isabele também lembra que, de acordo com o artigo 482 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), ofensas, calúnia, injúria e ofensa à honra ou imagem de colegas e funcionários tanto por parte de um empregado quanto do empregador são passíveis de punição, processo e demissão por justa causa. A doutora em direito trabalhista também lembra que o fato de as mensagens estarem nas redes sociais e, portanto, serem ditas de forma pública, também podem agravar a situação.

Ela também lembra outros casos semelhantes em que imagens postadas na internet acarretaram em demissões por justa causa, como uma enfermeira que tirou uma foto dentro de uma UTI com pacientes aparecendo atrás, dando a entender que seu trabalho era fácil pois as pessoas estão em coma, e também de uma atendente de petshop que falou mal da chefe e afirmou puxar o pelo e bater nos animais enquantos lhes dava banho. 

[@#galeria#@]

LeiaJá também 

--> Privacidade: saiba os limites das entrevistas de emprego

De acordo com entrevista coletiva realizada na manhã desta quarta-feira (1º) pelo ministro da educação Mendonça Filho (Dem), pela presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Maria Inês Fini, e outros representantes do órgão responsável pela realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), os estudantes que apresentem argumentos que ferem os Direitos Humanos na redação do exame sofrerão perda de pontos, independentemente da manutenção ou derrubada da decisão judicial que proíbe o Inep de atribuir nota zero às redações que atentarem contra os princípios previstos na declaração universal. 

O consultor jurídico do ministério da educação, Emmanuel Felipe Borges Pereira Santos, o MEC até o momento não foi oficialmente notificado com a íntegra da decisão judicial iniciada pelo movimento Escola Sem Partido, e que dessa maneira não há nenhuma obrigação de atender à determinação até o momento. Além disso, o consultor também afirmou que mesmo que haja uma flutuação de posicionamentos judiciais ao longo do processo de aplicação, correção e divulgação das notas dos participantes, o posicionamento que valerá ao final de tudo é a decisão de quando o processo for encerrado com trânsito em julgado. 

##RECOMENDA##

Por sua vez, o ministro Mendonça Filho afirmou que a discussão levantada pelo processo é se o Inep poderá zerar ou não a redação dos estudantes que desrespeitarem os direitos humanos, mas que nada afirma a respeito da retirada dos 200 pontos referentes à competência de número cinco, que prevê que os alunos não podem apresentar teses que contenham desrespeito a direitos fundamentais. O ministro também orientou que, para não correr riscos, todos os participantes devem seguir o que determina o edital do exame para não perder pontos na nota. 

Além disso, Mendonça também explicou que a exigência de respeito aos direitos humanos na redação, apesar de levantar debates acalorados, não vai de encontro à liberdade de expressão pois esses direitos “podem ser harmonizados” e que em nenhuma hipótese a correção das redações agirá com “qualquer discriminação de linha político ideológica” pois o direito a emitir opinião “é um princípio elementar que tem que ser respeitado também”, sem que, no entanto, o ministério possa aceitar “teses que defendam holocausto, apartheid, discriminação de religião ou qualquer outro tipo em um exame que tem obrigação de formar pessoas que respeitem a liberdade”. 

Seguindo a mesma linha, a presidente do Inep. Maria Inês Fini, recomendou que “todos os participantes se tranquilizem porque estão em um jogo democrático com regras claras e resultados claros”, referindo-se à disponibilização dos espelhos com a correção das redações que são liberados pelo Inep, e que além de respeitar os direitos humanos no seu texto, os respeitem também em toda a sua vida. 

LeiaJá também 

--> A popularização do Enem e o caminho rumo à universidade

--> A origem do Enem e o trajeto evolutivo da prova

--> Enem mudou características dos cursos preparatórios

--> Enem 2017: entenda a dinâmica da prova

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando