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Nessa segunda-feira, dia 6, Lady Gaga anunciou, em parceria com a OMS, Organização Mundial da Saúde, e a Global Citizen, que produz um festival beneficente, uma transmissão, que acontecerá dia 18 de abril, chamada One World: Together at Home, Um Mundo: Juntos em casa, em tradução livre - em um esforço para ajudar as comunidades afetadas pela Covid-19 ao redor do mundo.

O evento contará com nome de peso: Paul McCartney, Chris Martin, J Balvin, Alanis Morissette, Andrea Bocelli, Billie Eilish, Billie Joe Armstrong, Burna Boy, David Beckham, Eddie Vedder, Elton John, FINNEAS, Idris and Sabrina Elba, John Legend, Kacey Musgraves, Keith Urban, Kerry Washington, Lang Lang, Lizzo, Maluma, Priyanka Chopra Jonas, Shah Rukh Khan e Stevie Wonder.

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Também farão participações os apresentadores Jimmy Fallon, Jimmy Kimmel e Stephen Colbert.

O evento vai ao ar em emissoras estadunidenses, mas também em redes sociais como Instagram, Facebook, Twitter e YouTube.

As doações que eles pretendem arrecadar com o show irão para ajudar profissionais da saúde na linha de frente contra o coronavírus, provendo materiais de proteção como máscaras, e centros de caridade em diversos países, com comida, abrigo e serviços de saúde.

Na manhã deste sábado (4), o secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, foi flagrado correndo com sua esposa em Brasília, mesmo em meio à pandemia de COVID-19, doença causada pelo novo coronavírus (SARS-COV-2), ainda sem tratamento e que, para contenção dos contágios, exige isolamento e distanciamento social. Gabbardo, que defende as medidas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo próprio Ministério da Saúde do Brasil no exercício de seu cargo, foi criticado após o flagra e se defendeu afirmando que precisa correr. 

“Eu corro todos os dias há 40 anos, nunca fiquei uma semana sem correr. Eu não faço terapia, minha terapia é ir para a rua correr”, afirmou o secretário durante entrevista coletiva concedida diariamente pelo ministério para atualização dos números de casos da doença no país. “Não acho que infringi nenhuma regra. Eu corri num lugar isolado. As pessoas têm que ter bom senso”, completou ele, queixando-se das críticas recebidas pela internet após a divulgação das fotos feitas pelo jornal Poder360. 

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Até este sábado, de acordo com dados oficiais do Ministério da Saúde, o Brasil tem cerca de 10.278 casos confirmados de COVID-19 e 432 pessoas morreram em decorrência da doença. Os números, no entanto, podem ser maiores devido à escassez de testes para identificar todos os doentes.

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Dados de sites de monitoramento do avanço dos casos da Covid-19 pelo mundo em tempo real apontam para os Estados Unidos da América (EUA) como novo epicentro da doença, com 82.179 casos de acordo com o Worldometer, que faz estimativas em tempo real, enquanto a China aparece com 81.285 e a Itália, em terceiro lugar, com 80.589.

Nesta quinta-feira, outros serviços também mostraram a explosão do número de casos e foram registradas mais de 100 mortes apenas na cidade de Nova York.

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No entanto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) ainda não atualizou os números oficiais da infecção pelo novo coronavírus (SARS-COV-2). De acordo com o quadro de casos, que foi alterado pela última vez às 18h da Europa Central, horário que equivale às 14h pelo fuso horário de Brasília, a China ainda lidera com 81.961 casos, seguida pela Itália com 74.386 casos e, em terceiro lugar, os Estados Unidos com 63.570.

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) elevou para “muito alto” o risco em nível global de disseminação do novo coronavírus. “O contínuo aumento dos casos de Covid-19 e do número de países afetados pelos últimos dias é claramente preocupante”, ressaltou o diretor geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, em coletiva à imprensa em Genebra nesta sexta-feira (28).

Covid-19 é a doença causada pelo novo coronavírus. Entre a manhã da quinta-feira (27) e a da sexta-feira, foram registrados 329 novos casos na China. Este o menor aumento do número de casos do último mês no país asiático.

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No total, a China registrou 78.959 casos do Covid-19, com 2.791 mortes pela doença. Fora da china são 4.351 casos em 49 países, com 67 mortes. Desde esta quinta-feira (27), Dinamarca, Estônia, Lituânia, Holanda e Nigéria reportaram seus primeiros casos, todos relacionados à disseminação do vírus na Itália.

“O que vemos agora são epidemias do Covid-19 interligadas em muitos países. mas a maioria dos casos são rastreáveis para contatos ou grupos de casos conhecidos. Não vemos evidências de disseminação do vírus livremente em comunidades”, destacou Ghebreyesus.

Segundo ele, desta forma há a chance de conter a disseminação do vírus, se ações drásticas forem tomadas para detectar cedo os casos, isolar e cuidar dos pacientes e de quem teve contato com eles.“São diferentes cenários em diferentes países, e diferentes cenários dentro do mesmo país. A solução para conter o coronavírus é quebrar as cadeias de transmissão”, reforçou o diretor da OMS, convocando governos e população a contribuírem..

Ele reforçou que as pesquisas em medicamentos e vacinas contra o novo coronavírus estão avançando, porém, o diretor reforça que não é necessário esperar por estes recursos, já que há ações que cada indivíduo pode tomar para prevenir a contaminação, como higienizar bem as mãos, as superfícies e espirrar em lenços descartáveis.

 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) saiu em defesa da China nesta sexta-feira (14), após críticas americanas pela suposta "falta de transparência" de Pequim envolvendo a epidemia do novo coronavírus, que deixou cerca de 1.400 mortos.

"Temos um governo que coopera conosco, que convida especialistas internacionais, que compartilhou sequências [genéticas do vírus], que continua a trabalhar com o mundo exterior, que publicou em revistas médicas internacionais confiáveis", destacou o chefe do departamento de emergências sanitárias da OMS, Michael Ryan.

"Acho que isso dificilmente se encaixa nos comentários de [Larry] Kudlow, mas cada um é livre para dar sua opinião", disse à imprensa, referindo-se às críticas do assessor econômico do presidente americano, Donald Trump.

Larry Kudlow lamentou, na quinta, a "falta de transparência" da China, ao considerar que isso torna difícil a avaliação dos riscos provocados pela epidemia que afeta principalmente o gigante asiático.

"Estamos um pouco decepcionados com a falta de transparência dos chineses", declarou Kudlow.

Desde que o coronavírus começou a se espalhar pelo mundo que as pessoas circulam informações erradas sobre a epidemia. Com o objetivo esclarecer sobre essas Fake News, o Ministério da Saúde desmentiu duas informações que estão circulando. Uma delas sugere que o diretor do Hospital das Clínicas de São Paulo sugeriu o uso de um chá para o tratamento contra a gripe e o coronavírus. 

"Nenhum tipo de chá pode ser utilizado para substituir um tratamento adequado contra a gripe, muito menos contra o novo coronavírus", esclarece o Ministério da Saúde. 

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A outra mensagem que circula nas redes, sugere que o coronavírus tenha sido disseminado na China devido à sopa de morcego. Mais uma vez, para desmentir, o órgão de saúde diz que, segundo a Organização Mundial da Saúde, "não há comprovação científica de que 'sopa de morcego' tenha sido responsável pela disseminação do novo coronavírus na China", explana. 

Essa enxurrada de informações falsas sobre a epidemia se propaga por todo o mundo. "Vi uma informação que aconselhava o uso de secador para desinfetar o rosto e as mãos. Ou beber água quente a 60 graus para não ficar doente", conta à AFP a profissional da área da saúde, que prefere não revelar o seu nome.

Fique atento

Para combater as Fake News, o Ministério da Saúde está disponibilizando um número de WhatsApp para que os cidadãos possam enviar suas mensagens. O número é (61) 99289-4640 e as mensagens podem ser enviadas gratuitamente. 

O órgão destaca que o canal não funciona como um SAC ou tira dúvidas dos usuários, mas um espaço exclusivo para receber informações virais, que serão apuradas pelas áreas técnicas e respondidas oficialmente se são verdade ou mentira.

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O Ministério da Saúde informou nesta sexta-feira (31) que o número de casos considerados suspeitos de coronavírus subiu para 12 no Brasil. Nas últimas 24 horas, houve um aumento de seis novos casos em investigação, enquanto outras três suspeitas foram completamente descartadas.

Os casos suspeitos estão em cinco estados: Ceará (1), Paraná (1), Rio Grande do Sul (2), Santa Catarina (1) e São Paulo (7). Os casos suspeitos no Rio de Janeiro e Minas Gerais, que constavam no último relatório, foram descartados pelas autoridades de saúde. O balanço apresentado em coletiva de imprensa foi fechado às 12h de hoje.

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Em todo o mundo, já são mais de 9,9 mil pessoas infectadas pelo coronavírus, sendo que 99% dos casos confirmados estão na China. Do total de casos da doença, 1,3 mil são considerados graves. O número de mortes já passa de 200, apenas na China. De acordo com o Centro de Controle de Doenças da China, o coronavírus já foi detectado em 26 países.

Nesta sexta-feira (31), a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou estado de emergência global em razão da disseminação do coronavírus.

Histórico

Os coronavírus são conhecidos desde meados dos anos 1960 e já estiveram associados a outros episódios de alerta internacional nos últimos anos. Em 2002, uma variante gerou um surto de síndrome respiratória aguda grave (Sars) que também teve início na China e atingiu mais de 8 mil pessoas. Em 2012, um novo coronavírus causou uma síndrome respiratória no Oriente Médio que foi chamada de Mers.

A atual transmissão foi identificada em 7 de janeiro. O escritório da OMS na China buscava respostas para casos de uma pneumonia de etiologia até então desconhecida que afetava moradores na cidade de Wuhan. No dia 11 de janeiro foi apontado um mercado de frutos do mar como o local de origem da transmissão. O espaço foi fechado pelo governo chinês.

 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) exortou nesta quarta-feira (29) o "mundo inteiro a agir" na luta contra o novo coronavírus, que já matou mais de 130 pessoas e infectou quase 6.000, superando o número de contágios da Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars), há quase 20 anos.

"O mundo inteiro tem que agir", disse Michael Ryan, chefe do programa de emergências da OMS, a jornalistas em Genebra.

O secretário-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesu, tuitou que "a maioria dos mais de 6.000 casos do novo #coronavírus estão na China - apenas 1%, isto é, 68 casos, foram registrados no dia de hoje em outros 15 países".

No entanto, devido ao "risco de propagação global", Ghebreyesu convocou o Comitê de Emergência para determinar se "a epidemia atual constitui uma urgência de saúde pública de alcance internacional", acrescentou.

- Evacuações -

Enquanto isso, vários países começaram a evacuar seus cidadãos - junto com 56 milhões de chineses - na cidade de Wuhan e na maior parte da província de Hubei, isolada por um cordão sanitário desde 23 de janeiro, em uma tentativa das autoridades de conter a epidemia.

Um avião com 206 japoneses a bordo pousou em Tóquio nesta quarta-feira. "Não podíamos mais circular livremente (...) O número de doentes começou a aumentar rapidamente e dava medo", disse ao desembarcar Takeo Aoyama, funcionário da siderúrgica Nippon Steel.

Na falta de um marco legal, as autoridades japonesas não poderão colocar em quarentena os repatriados e lhes pediram que fiquem em casa durante duas semanas.

Um avião enviado pelos Estados Unidos pousou em uma base militar da Califórnia nesta quarta-feira também com 200 pessoas a bordo, entre elas pessoal do consulado local. Os evacuados foram recebidos por funcionários com trajes de proteção para risco biológico.

Enquanto isso, quase 600 cidadãos europeus querem ser repatriados da China, anunciou a Comissão Europeia, que recomendou a seu pessoal evitar viagens ao país.

Dois aviões franceses fretados pela UE repatriarão 350 europeus.

A Austrália, que também estuda uma evacuação, poderia colocar os repatriados em quarentena na Ilha Christmas, no Oceano Índico, onde normalmente aguardam os solicitantes de asilo.

Um indício da gravidade da situação é que várias companhias aéreas suspenderam nesta quarta-feira seus voos para a China continental como medida preventiva.

Iberia, British Airways, Lufthansa e a indonésia Lion Air, entre outras, anunciaram a suspensão de todos os seus voos à China continental.

O Reino Unido, assim como os Estados Unidos e a Alemanha desaconselharam seus cidadãos a viajarem à China. Londres também anunciou que isolará por 14 dias quem chegar de Wuhan.

Wuhan, onde está proibida a circulação de veículos não indispensáveis, está há dias como uma cidade-fantasma. "É o primeiro dia que saio desde que começou o isolamento, mas não tinha opção, tinha que comprar comida", disse à AFP um dos poucos pedestres nas ruas.

No restante do país, onde as festividades do Ano Novo chinês se estenderão até 2 de fevereiro, a maioria dos moradores abandonaram shoppings, cinemas e restaurantes.

- Consequências esportivas e econômicas -

Nesta quarta, foi adiado para o ano que vem o Mundial de Atletismo indoor, previsto para março em Nanquin. Foram suspensas as provas chinesas do Mundial de esqui alpino, previstas para fevereiro. A a seleção feminina chinesa de futebol foi posta em quarentena em um hotel de Brisbane (Austrália), onde serão disputadas as eliminatórias dos Jogos Olímpicos.

Cientistas do instituto Doherty, na Austrália, conseguiram reproduzir em laboratório o novo coronavírus, uma etapa crucial para o desenvolvimento de uma vacina, o que levaria meses.

O novo coronavírus também tem consequências econômicas.

A gigante americana Apple admitiu problemas em sua cadeia produtiva chinesa e a fabricante de automóveis japonesa Toyota anunciou que vai prorrogar por uma semana a suspensão da produção em suas três fábricas na China até 9 de fevereiro.

A multinacional sueca Ikea, que vende móveis, anunciou em Estocolmo o fechamento de metade de suas lojas no país asiático.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) corrigiu nesta segunda-feira (27) sua avaliação do risco do coronavírus que surgiu na China, considerando elevado para o nível internacional, depois de tê-lo descrito como moderado por "erro de formulação".

Em seu relatório sobre a situação, publicado nas primeiras horas desta segunda-feira, a OMS indica que sua "avaliação de risco (...) não mudou desde a última atualização (22 de janeiro): muito alto na China, alto no nível regional e em todo o mundo".

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Em relatórios anteriores, a agência especializada das Nações Unidas apontou que o risco global era "moderado".

"Foi um erro de formulação nos relatórios de 23, 24 e 25 de janeiro, e nós o corrigimos", explicou à AFP uma porta-voz da instituição com sede em Genebra.

Na última quinta-feira, a OMS considerou "muito cedo para falar de uma emergência de saúde pública de alcance internacional".

"Ainda não é uma emergência de saúde global, mas pode vir a ser", declarou o diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, que viajou para a China.

A OMS só utiliza esse termo para epidemias que exigem certa reação global, como a gripe suína H1N1 em 2009, o vírus zika em 2016 e a febre ebola, que atingiu parte da África Ocidental entre 2014 e 2016 e República Democrática do Congo desde 2018.

Da família dos coronavírus, como o SARS, o vírus 2019-nCoV causa sintomas gripais em pessoas que o contraíram e pode levar à síndrome respiratória grave.

Até agora, pelo menos 81 pessoas morreram das mais de 2.700 que foram infectadas na China desde o seu surgimento no final de dezembro.

Desde então, se espalhou pela Ásia, Europa, Estados Unidos e Austrália.

Com o surto de SARS (2002-2003), a OMS criticou Pequim por ter demorado a alertar e tentar esconder a verdadeira extensão da epidemia.

A OMS também foi criticada nos últimos anos. Considerada alarmista por alguns durante a epidemia do vírus H1N1 em 2009, foi acusada, durante a epidemia de ebola na África Ocidental (2014), de não ter calibrado a verdadeira extensão da crise.

apo/dt/af/mb/mr

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou nesta sexta-feira (17) que a falta de novos antibióticos ameaça a luta contra a disseminação de bactérias resistentes a medicamentos, as quais matam dezenas de milhares de pessoas todos os anos.

A agência especializada da ONU publicou dois novos relatórios sobre a falta de novos antibióticos em desenvolvimento.

"A ameaça de resistência antimicrobiana nunca foi tão imediata, e a necessidade de soluções, mais urgente", disse o diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, citado em um comunicado.

"Existem muitas iniciativas em andamento para reduzir a resistência, mas também precisamos que os países e a indústria farmacêutica se envolvam e forneçam financiamento e novos medicamentos inovadores", acrescentou.

A resistência aos antibióticos (o fato de que certas bactérias acabam se tornando resistentes aos antibióticos) é considerada uma ameaça pela OMS, que teme que o mundo esteja caminhando para uma era, na qual infecções comuns podem começar a matar novamente.

Cerca de 33.000 pessoas morrem todos os anos na Europa, devido a uma infecção resistente a antibióticos, de acordo com dados europeus. Nos Estados Unidos, estas mortes são estimadas em quase 35.000.

"Vemos que está se espalhando e que estamos ficando sem antibióticos eficazes contra essas bactérias resistentes", disse Peter Beyer, do Departamento de Medicamentos Essenciais da OMS, durante uma coletiva de imprensa em Genebra.

"É uma das maiores ameaças à saúde que identificamos", insistiu.

Descobertos na década de 1920, os antibióticos salvaram dezenas de milhões de vidas, combatendo efetivamente doenças bacteriológicas como pneumonia, tuberculose e meningite.

Ao longo das décadas, porém, as bactérias mudaram para resistir a esses medicamentos.

As bactérias podem se tornar resistentes, quando os pacientes usam antibióticos dos quais não precisam, ou não concluem o tratamento. Com isso, dão às bactérias a chance de sobreviver e desenvolver imunidade.

Para combater essa resistência, a OMS pede o desenvolvimento de novos antibióticos, mas esse processo é complicado e caro.

Segundo a organização, os 60 novos medicamentos que estão sendo desenvolvidos, incluindo 50 antibióticos, para tratar patógenos "trazem poucas vantagens em relação aos tratamentos existentes, e apenas dois têm como alvo as bactérias mais resistentes".

Outros medicamentos mais inovadores estão em fase pré-clínica. Dos últimos 252 medicamentos, os mais avançados não estarão disponíveis antes de dez anos, completou a OMS.

Depois de décadas de grandes progressos, a luta contra o sarampo está estagnando, e o número de mortes voltou a aumentar em 2018 - advertiram nesta quinta-feira (5) a Organização Mundial da Saúde (OMS) e as autoridades de saúde americanas em meios a surtos, do Pacífico até a Europa.

No total, 142.000 pessoas morreram no mundo por esta doença em 2018. A cifra é quatro vezes menor do que em 2000, mas 15% maior do que em 2017. São crianças em sua maioria.

O sarampo é um vírus muito contagioso, que pode permanecer em um quarto até duas horas depois de que uma pessoa infectada tenha falecido. Ressurgiu com epidemias nos cinco continentes desde 2018, sobretudo, em cidades ou vizinhanças com baixos níveis de vacinação.

As pequenas ilhas da Samoa no Pacífico Sul atualmente lutam contra a epidemia. Registram 62 mortes desde outubro, e quase todas eram crianças menores de quatro anos. As autoridades cortaram o acesso ao arquipélago e lançaram uma campanha de vacinação nesta quinta-feira.

Cinco países concentraram quase metade dos casos em 2018: República Democrática do Congo (RDC), Libéria, Madagascar, Somália e Ucrânia, segundo um informe publicado pelos Centros para o Controle e a Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos.

Nos países ricos, o sarampo mata pouco, ou nada. Na RDC, porém, esse vírus mata o dobro do que o do Ebola, tendo causado 5.000 mortes esse ano.

O vírus se propaga com facilidade. Israel importou uma centena de casos de outros países, como Filipinas e Ucrânia. De lá, alguns viajantes infectados transmitiram a doença aos bairros judeus de Nova York e contribuíram para a maior epidemia dos Estados Unidos desde 1992.

"Todos sabem que existe uma vacina segura e eficaz contra o sarampo em todos os lugares há 50 anos", disse Kate O'Brien, diretora de imunização da OMS, em uma coletiva de imprensa. "Realmente é um fracasso coletivo ver esses surtos", completou.

Em um evento na sede da Organização Mundial da Saúde (OMS, em Genebra, Suíça, o  presidente da Comissão Global Independente para a Certificação da Erradicação da Poliomielite, professor David Salisbury, informou nesta quinta-feira (24) que a  poliomielite selvagem  tipo 3 foi erradicada do mundo. O anúncio foi considerado pela OMS um "marco para a saúde global".

No Dia Mundial de Combate à Pólio, que é celebrado hoje, a OMS convocou as autoridades de saúde de todo o mundo a direcionar, a partir de agora, os esforços para erradicar o últipo tipo de poliomielite ainda em circulação, que é a poliomielite tipo 1. Em 2015, a comissão independente emitiu certificado declarando erradicada a poliomielite tipo 2.

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"Essa notícia é um marco para a humanidade", afirmou o presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBim), Juarez Cunha, ao falar sobre a erradicação da poliomielite tipo 3.  Ele alertou, porém, que dois países –- Afeganistão e Paquistão – ainda registram casos de pólio do tipo 1. "Devido à persistência desses casos em tais países, nós, aqui no Brasil, e também em outros países, não devemos baixar a guarda. Devemos, isso, sim, insistir na cobertura global vacinal", afirmou Cunha.

Características

A poliomielite, ou paralisia infantil, é uma doença infectocontagiosa aguda, causada por um vírus, que pode se manifestar por febre, mal-estar, cefaleia, distúrbios gastrointestinais e rigidez de nuca.

Desde 1990 não há registro de casos de poliomielite no Brasil, fato que levou o país a obter da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) o certificado de erradicação do poliovírus selvagem autóctone do seu território em 1994, juntamente com os demais países das Américas.

A poliomielite selvagem tem esse nome por circular no meio ambiente. Embora raros, há casos de poliomielite não selvagens causados por vacina. Não existem, porém, casos de pólio causados por vacina no Brasil.

A Comissão Global Independente para Certificação da Erradicação da Poliomielite é formada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), Organização das Nações Unidas para a Educação, pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Centro para o  Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, Rotary Internacional e Fundação Bill & Melinda Gates.

 

Na Semana Mundial da Prevenção do Suicídio, a Câmara Municipal do Recife vai debater o assunto em uma audiência pública que acontece nesta quinta (12), a partir das 14h, no plenarinho da Casa. O debate é oriundo de um pedido do vereador Hélio Guabiraba (sem partido). 

Segundo o parlamentar, os dados de que a cada 40 segundos uma pessoa comete suicídio no mundo são preocupantes. “No novo relatório da Organização Mundial da Saúde mostra que 800 mil pessoas se suicidam por ano no mundo, mais do que vítimas de guerra. No entanto, os estudos apontam que 90% dos suicídios podem ser evitados e por isso é tão importante falar sobre o tema para nos unirmos”, ressaltou.

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Guabiraba ainda contou que na audiência também será tratado sobre o mal do século: a depressão. “Também precisamos falar sobre a depressão, que provoca uma tristeza profunda e um forte sentimento de desesperança. A depressão não é drama, não é para chamar a atenção e muito menos é frescura”, complementou.

Devem participar da audiência representantes da Sociedade Pernambucana de Psiquiatria, Conselho Regional de Psicologia, Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe), Secretaria de Saúde da Cidade do Recife e a Secretaria-executiva de Políticas sobre Drogas.

O Centro de Valorização à Vida (CVV), que realiza um trabalho de apoio emocional e prevenção ao suicídio atendendo voluntariamente e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por meio do número 188, e-mail e chat 24h também foi convidado para o debate.

*Com informações da Assessoria de Imprensa

Dos 183 países integrantes da Organização Mundial da Saúde (OMS), apenas 38 pesquisados pelo organismo, entre eles o Brasil, contam com uma estratégia nacional de prevenção ao suicídio. Embora represente um aumento de quase 35% em comparação aos 28 países que, já em 2014, tinham estabelecido políticas públicas para lidar com o tema, o resultado ainda é considerado insuficiente pela OMS.

Em um relatório divulgado, hoje (9), véspera do Dia Mundial para a Prevenção ao Suicídio, a organização alerta sobre a necessidade dos governantes mundiais estabelecerem estratégias nacionais, instituindo medidas preventivas e orientações claras para auxiliar a população a lidar com o tema, que costuma ser encoberto por uma nuvem de preconceitos e incompreensão.

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De acordo com a organização, uma pessoa se suicida a cada 40 segundos, no mundo. Número que, conforme destaca o relatório, não representa fielmente a realidade, já que, para cada morte devidamente registrada, há muitas outras tentativas e óbitos que não chegam a ser contabilizados como suicídios.

Segundo a OMS, apenas 80 dos 183 países-membros da organização dispõem de informações de “boa qualidade” sobre o tema, o que dificulta a elaboração de uma estratégia nacional eficaz. Ainda de acordo com a OMS, 79% de todos os casos mundiais se concentram em países de baixa renda – ainda que, por razões demográficas, as maiores taxas de casos por cada grupo de 100 mil habitantes tenham sido registradas nos países desenvolvidos e de maior poder aquisitivo, diz a organização.

Jovens

O autoextermínio já é a segunda causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos, atrás apenas dos acidentes de trânsito, segundo a OMS. Globalmente, se analisados os gêneros, o suicídio é a segunda causa de mortes entre meninas de 15 a 19 anos (depois de problemas decorrentes da maternidade) e a terceira entre garotos da mesma faixa etária (superada por acidentes de trânsito e por casos de agressão).

Após avaliarem experiências bem-sucedidas em diversas nações, os responsáveis pelo relatório apontam que as formas mais eficazes de reduzir o número de suicídios incluem medidas para dificultar o acesso a alguns meios de se matar; a sensibilização dos meios de comunicação sobre a importância de abordar o assunto da forma correta; a oferta de programas que ensinem os jovens a lidar com as frustrações e problemas cotidianos e a identificação de pessoas sob risco, oferecendo-lhe todo o apoio necessário.

Dentre as medidas, a OMS destaca as restrições ao livre acesso a pesticidas como a mais eficaz, já que a letalidade desses produtos é muito alta. Dados internacionais apontam que a proibição dos produtos mais perigosos à saúde humana contribuiu para a redução das taxas de suicídio em vários países, como o Sri Lanka, onde, segundo a OMS, uma série de medidas restritivas reduziram em cerca de 70% a taxa de suicídio, ajudando a salvar em torno de 93 mil vidas entre 1995 e 2015. Outra fonte de preocupação dos especialistas em todo o mundo é o acesso às armas de fogo.

Renda

A OMS ressalta que, embora a ligação entre suicídio e transtornos mentais, particularmente transtornos relacionados à depressão e ao uso de álcool, esteja bem documentada em países com renda elevada, muitos suicídios ocorrem impulsivamente durante tempos de crise que minam a capacidade de enfrentar as tensões da vida, como problemas financeiros, quebra de relacionamento ou dor e doença crônica.

Além disso, experiências relacionadas a conflitos, desastres, violência, abuso, perdas e sentimentos de isolamento estão intimamente ligadas ao comportamento suicida. As taxas de suicídio também são altas entre grupos vulneráveis sujeitos a discriminação, por exemplo, refugiados e migrantes; comunidades indígenas; pessoas lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros, intersexuais e presos.

Desde 2006, quando foi publicada a Portaria nº 1876, o Brasil conta com diretrizes para a prevenção ao suicídio. A norma estabelece que as medidas devem ser implantadas em todas as unidades da federação e incluir, entre outras ações, medidas de promoção de qualidade de vida, de educação, de proteção e de recuperação da saúde e de prevenção de danos, a fim de fazer frente aos casos de suicídios, classificados como "um grave problema de saúde pública, que afeta toda a sociedade e que pode ser prevenido".

No ano de publicação da portaria, o Ministério da Saúde apontava o "aumento observado na frequência do comportamento suicida entre jovens entre 15 e 25 anos, de ambos os sexos, escolaridades diversas e em todas as camadas sociais", como uma razão para a adoção de diretrizes nacionais.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) avaliou nesta sexta-feira (14) que a epidemia de ebola que castiga a República Democrática do Congo (RDC) não constitui uma ameaça internacional, apesar dos casos confirmados na vizinha Uganda.

"O comitê é da opinião de que o surto é uma emergência de saúde na República Democrática do Congo e na região, mas não cumpre os critérios para uma emergência de saúde pública de interesse internacional", disse o painel da OMS em uma declaração.

A agência da ONU declarou esse tipo de emergência apenas quatro vezes: em 2009, pela gripe H1N1; em 2014, pela poliomielite; em 2014, pela epidemia de ebola que causou mais de 11.300 mortes em três países do oeste africano (Libéria, Guiné, Serra Leoa); e em 2016, pelo vírus zika.

A reunião do comitê de urgência sobre a epidemia de ebola, que reapareceu em agosto na República Democrática do Congo, foi presidida pelo diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus. Ele participou da reunião remotamente, direto da RDC.

De acordo com os regulamentos sanitários da OMS, esse tipo de emergência é "um evento extraordinário de saúde pública que representa um risco para a saúde pública de outros Estados, devido à disseminação internacional de uma doença (...), e que pode exigir uma resposta internacional coordenada".

Em duas ocasiões, em outubro de 2018 e em abril passado, a OMS desistiu de declarar este alerta de saúde para o ebola na RDC, principalmente porque a epidemia se limitava a um único país.

A Uganda declarou o estado de alerta desde o início da epidemia, em agosto de 2018, no leste da RDC, onde foram registrados 2.100 doentes, dos quais 1.411 morreram.

O principal desafio para as autoridades ugandesas ante esta epidemia é a fronteira de 875 km com a vizinha RDC, cuja permeabilidade é difícil de controlar.

Esta semana, em Uganda, o vírus do Ebola fez suas duas primeiras vítimas - um menino de cinco anos e sua avó - que haviam viajado recentemente à RDC para o enterro de um familiar falecido pelo ebola.

O país já sofreu outras epidemias de Ebola. A mais recente foi em 2012, e em 2000 um total de 200 pessoas morreram no norte do país devido ao vírus.

Na RDC, a epidemia atual é a décima desde 1976 e a segunda mais grave na história da doença, depois da que atingiu a África Ocidental em 2014-2016.

Ao contrário do que aconteceu naquela época, as autoridades hoje dispõem de uma nova arma contra o vírus: uma vacina experimental, considerada eficaz pela OMS.

Um membro da Organização Mundial da Saúde (OMS) morreu nesta sexta-feira em um ataque armado contra um hospital em Butembo, atualmente epicentro da epidemia de ebola no leste da República Democrática do Congo, indicou a OMS.

"Meus colegas e eu estamos em luto pela perda de um valente colega que salvava vidas para terminar com o ebola", informou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, no Twitter.

"Estamos escandalizados pelo ataque. Os trabalhadores de saúde não são alvos", acrescentou.

Segundo autoridades, a vítima era de Camarões e estava em uma reunião de trabalho sobre o ebola.

Os casos de sarampo no mundo quadruplicaram durante os primeiros três meses deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado, alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta segunda-feira, acrescentando que na África o aumento foi de 700%.

"Até o momento, em 2019, 170 países relataram 112.163 casos de sarampo à OMS e, no ano passado, na mesma data, 28.124 casos de sarampo haviam sido registrados em 163 países, representando um aumento de quase 300% em escala global", disse a agência da ONU em um comunicado após afirmar que estes são números provisórios e ainda incompletos.

A OMS estima que menos de um em cada dez casos são relatados em todo o mundo, o que significa que o alcance da epidemia é muito maior do que indicam as estatísticas oficiais.

"Embora estes dados sejam provisórios (...), indicam uma tendência clara. Muitos países são vítimas de picos significativos de sarampo, e todas as regiões do mundo sofrem um aumento sustentado do número de casos", acrescentou a agência da ONU.

A África é a região mais afetada por este aumento, com uma elevação de 700% nos primeiros três meses do ano (em comparação anual), seguida pela Europa (+300%), o Mediterrâneo Oriental (+100%), as Américas (+60%) e a região do Sudeste Asiático/Pacífico Ocidental (+40%).

O sarampo é uma das doenças mais contagiosas do mundo e para a qual não há cura, mas pode ser prevenida com duas doses de uma vacina "segura e eficaz", segundo a OMS.

Os 'antivacina'

Até 2016, a doença estava em queda, mas está reaparecendo nos países ricos devido a uma desconfiança crescente em relação às vacinas, e nos países pobres devido à falta de acesso ao tratamento.

Segundo a OMS, os casos de sarampo dispararam na República Democrática do Congo, Etiópia, Geórgia, Cazaquistão, Quirguistão, Madagascar, Mianmar, Filipinas, Sudão, Tailândia e Ucrânia, "causando muitas mortes, principalmente entre as crianças muito novas".

"Nos últimos meses, o número de casos também atingiu picos em países com alta cobertura geral de imunização, particularmente nos Estados Unidos, Israel, Tailândia e Tunísia, à medida que a doença se espalhou entre grupos de pessoas não vacinadas", explicou a OMS.

Em 2017, 110.000 mortes atribuídas ao sarampo foram registradas, de acordo com a OMS.

Nos países ocidentais, os "antivacina" se baseiam em uma publicação de 1998 que relaciona esta vacina ao autismo. No entanto, foi estabelecido que seu autor, o britânico Andrew Wakefield, havia falsificado seus resultados, e vários estudos demonstraram desde então que a vacina não aumenta esse risco.

A doença se manifesta por febre alta e, em seguida, erupção de placas. É contagiosa quatro dias antes e depois desta erupção.

Muitas vezes benigna pode, no entanto, causar complicações graves, respiratórias (infecções pulmonares) e neurológicas (encefalite), especialmente em pessoas vulneráveis.

As autoridades de saúde globais enfatizam a importância da vacina, individualmente, mas também coletivamente: uma alta cobertura de imunização (95% da população) protege pessoas que não podem ser vacinadas, especialmente porque seu sistema imunológico está enfraquecido.

No entanto, esta taxa de cobertura global (para a primeira dose de vacina) estagnou por vários anos em 85% de acordo com a OMS.

Aumento nos EUA

Paralelamente ao comunicado da OMS, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos publicaram nesta segunda-feira cifras que apontam que a doença continua se propagando nesse país, com 555 casos declarados.

Os dois principais focos de sarampo, detectado em 20 estados americanos, estão localizados no estado de Nova York.

Na cidade de Nova York, de 8,5 milhões de habitantes, foram declarados 285 casos, e em uma localidade do condado de Rockland, de 300.000 habitantes, 184 casos foram registrados.

No último dia 8 de abril foram detectados 465 casos desde o início do ano em todo o país, em comparação com os 372 casos declarados durante todo o ano anterior. Em 2016 foram detectadas apenas 86 pessoas afetadas nos Estados Unidos.

Para conter a epidemia, tanto o condado de Rockland como a prefeitura de Nova York declararam o estado de emergência sanitária e adotaram medidas extremas, como a vacinação obrigatória nos bairros mais afetados, sob pena de ações penais e multas.

Os bairros mais afetados são os de maioria ultraortodoxa judia.

A cidade de Nova York já havia lançado nos últimos meses uma forte campanha para promover a vacinação, enquanto as autoridades de Rockland haviam proibido a presença de menores não vacinados em lugares públicos.

Os casos de sarampo, uma doença extremamente contagiosa, aumentaram mais de 30% no mundo em 2017 em relação a 2016 e deixaram 110.000 mortos, indicou nesta quinta-feira (29) a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Os maiores surtos da doença foram detectados no continente americano, no Mediterrâneo oriental e na Europa, "o que sugere que estamos retrocedendo", explicou aos meios de comunicação Martin Friede, que dirige o Departamento de Vacinas da OMS.

"O número de casos declarados de sarampo atingiu um auge em 2017, e vários países sofreram surtos severos e prolongados desta doença", destacou a organização em um comunicado.

Para o médico Seth Berkley, diretor executivo da Aliança para Vacinas (Gavi), este aumento do número de casos não é surpreendente.

Na Europa foram produzidas "falsas informações sobre a vacina", enquanto em países como Venezuela o aumento ocorreu devido ao "afundamento do sistema de saúde" e na África à "escassa cobertura" das campanhas de vacinação, explica Berkley.

Só no Pacífico ocidental foi registrada uma redução de casos.

O mais preocupante é "que constatamos uma transmissão sustentada do sarampo em países que não experimentavam transmissão de sarampo há vários anos", explicou o especialista.

Em muitos países desenvolvidos aumentou a desconfiança em relação às vacinas, devido a campanhas que relacionam esses tratamentos com fenômenos como o autismo.

"Ante a ausência de rápidos esforços para aumentar a cobertura de vacinas e detectar as populações que mostram níveis inaceitáveis de subvacinação ou de não vacinação entre as crianças, corremos o risco de apagar décadas de progresso na proteção da infância e das comunidades diante esta doença devastadora, mas perfeitamente evitável", afirmou a médica Soumya Swaminathan, diretora-geral adjunta encarregada dos programas da OMS.

O sarampo é uma doença grave e muito contagiosa, que pode ser prevenida mediante duas doses de uma vacina "segura e eficaz", segundo a OMS.

O sarampo pode causar complicações graves, inclusive fatais, como encefalite, pneumonia e perda permanente da visão.

O risco de mortalidade e as complicações são particularmente graves entre os recém-nascidos e as crianças que sofrem de desnutrição ou cujo sistema imunológico está debilitado.

No Dia Mundial da Obesidade, lembrado hoje (11), a Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que um em cada oito adultos em todo o planeta é obeso. A projeção é de que, em 2025, cerca de 2,3 bilhões de indivíduos estejam com excesso de peso, sendo mais de 700 milhões com obesidade. Já o número de crianças com sobrepeso e obesidade pode chegar a 75 milhões caso nada seja feito – incluindo 427 mil crianças com pré-diabetes, 1 milhão com hipertensão arterial e 1,4 milhão com aumento do acúmulo de gordura no fígado.

A campanha global em 2018 tem como proposta combater o estigma da obesidade e tratar o assunto com respeito, disseminando informações de maneira responsável, reconhecendo a obesidade como uma doença crônica multifatorial e investindo em políticas públicas de prevenção e tratamento.

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No Brasil, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia e a Associação Brasileira para Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica promovem atividades em alguns estados com o objetivo de estimular a prevenção do sobrepeso e da obesidade. A programação está disponível na página da entidade, na internet.

Dados da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) apontam que mais de 50% da população brasileira tem excesso de peso. As entidades alertam que a obesidade é uma doença crônica que tende a piorar com o passar dos anos, caso o paciente não seja submetido a um tratamento adequado e contínuo. “Além de reduzir a qualidade de vida, pode predispor a doenças como diabetes, doenças cardiovasculares, asma, gordura no fígado e até alguns tipos de câncer”, alertaram os especialistas.

O consumo de álcool foi o responsável pela morte de mais de 3 milhões de pessoas no mundo em 2016, representando uma em cada 20 mortes. O alerta foi divulgado nesta última sexta-feira (21), pela Organização Mundial da Saúde (OMS).  O relatório global sobre o consumo global de álcool e suas consequências adversas para a saúde aponta que os homens representam mais de três quartos das mortes. No geral, o uso nocivo do álcool causa mais de 5% das doenças no mundo. 

Segundo a OMS, 28% das mortes relacionadas ao álcool são resultado de lesões, como as causadas por acidentes de trânsito, autolesão e violência interpessoal; 21% se devem a distúrbios digestivos; 19% a doenças cardiovasculares e o restante por doenças infecciosas, câncer, transtornos mentais e outras condições de saúde.

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Mundialmente, o álcool foi responsável por 7,2% das mortes prematuras (de pessoas com menos de 69 anos) em 2016. Além disso, 13,5% mortes entre pessoas entre 20 e 29 anos de idade são atribuídas ao álcool.

A estimativa da organização é que 237 milhões de homens e 46 milhões de mulheres sofram com transtornos relacionados ao consumo de álcool, com maior prevalência entre homens e mulheres na região Europeia (14,8% e 3,5%, respectivamente) e na região das Américas (11,5% e 5,1%, respectivamente). O relatório indica que os transtornos por uso de álcool são mais comuns em países de alta renda.

“Danos provocados por uma determinada quantidade de bebida é maior para os consumidores mais pobres e suas famílias do que para consumidores mais ricos. Este padrão de maior “dano por litro” é encontrado para muitos prejuízos causados pelo álcool”, aponta o relatório.

Consumo

A estimativa da OMS é que 2,3 bilhões de pessoas consumam álcool atualmente. O consumo representa mais da metade da população das Américas, Europa e Pacífico Ocidental.

O consumo médio diário de pessoas que bebem álcool é de 33 gramas de álcool por dia, o equivalente a dois copos (cada um de 150 ml) de vinho, uma garrafa grande de cerveja (750 ml) ou duas doses (cada uma de 40 ml) de bebidas destiladas. A Europa registra o maior consumo per capita do mundo, embora esse tenha diminuído em mais de 10% desde 2010. 

O estudo aponta que, nas regiões da África, Américas, Mediterrâneo Oriental e Europa, a porcentagem de consumidores diminuiu desde 2000. No entanto, aumentou na região do Pacífico Ocidental de 51,5% em 2000 para 53,8% hoje e permaneceu estável no sudeste da Ásia.

Perfil

Em todo o mundo, 27% dos jovens com idade entre 15 e 19 anos consomem álcool atualmente. As taxas de consumo são mais altas entre os jovens de 15 a 19 anos na Europa (44%), seguidas das Américas (38%) e do Pacífico Ocidental (38%). Globalmente, 45% do total de álcool é consumido na forma de bebidas alcoólicas. A cerveja é a segunda bebida em termos de consumo puro de álcool (34%), seguida do vinho (12%).

Por outro lado, o estudo indica que mais da metade (57% ou 3,1 bilhões de pessoas) da população global com 15 anos ou mais se absteve de consumir álcool nos últimos 12 meses.

A perspectiva da OMS é que até 2025, o consumo total de álcool per capita em pessoas com 15 anos ou mais de idade aumente nas Américas, no Sudeste Asiático e no Pacífico Ocidental. 

“É improvável que isso seja compensado por quedas substanciais no consumo nas outras regiões. Como resultado, o consumo total de álcool per capita no mundo pode chegar a 6,6 litros em 2020 e 7,0 litros em 2025, a menos que as tendências crescentes de consumo de álcool na Região das Américas e no Sudeste Asiático e no Pacífico Ocidental sejam interrompidas e revertidas”, afirma o relatório.

O consumo de álcool entre as mulheres diminuiu na maioria das regiões do mundo, exceto nas regiões do sudeste asiático e do Pacífico Ocidental, mas o número absoluto de mulheres que bebem atualmente aumentou no mundo.

Ao todo, 95% dos países têm impostos sobre o consumo de álcool, mas menos da metade deles usa outras estratégias, como a proibição de vendas abaixo do custo ou descontos por volume. A maioria deles tem algum tipo de restrição à publicidade de cerveja, com proibições totais mais comuns para televisão e rádio, mas menos comuns para a internet e mídias sociais.

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