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Laudo pericial produzido pela Polícia Federal aponta que um curto-circuito causado pelo superaquecimento em um aparelho de ar-condicionado foi a causa do incêndio no Museu Nacional, no Rio, em setembro. O fogo destruiu a maior parte do acervo de 12 mil itens, danificando uma de suas principais peças, o crânio de Luzia. O fóssil, de 12 mil anos, é um dos mais antigos das Américas e mudou as teorias sobre o povoamento do continente. A investigação, até o momento, descarta incêndio criminoso.

O jornal O Estado de S. Paulo teve acesso a trechos do laudo que será um dos elementos que a PF vai levar em consideração para concluir o inquérito aberto sobre o caso. A expectativa é de que o relatório final seja entregue em até duas semanas. Além do laudo, o delegado responsável pela apuração levará em consideração outros tipos de provas colhidas, como depoimentos.

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Para investigar os motivos do incêndio, a PF designou peritos de diferentes especialidades, entre eles um especialista em incêndios originários de instalações elétricas, três especialistas em incêndios de grandes proporções, dois peritos treinados para reconstituição em 3D e outros dois profissionais especializados em perícia em "local de crime", treinados para encontrar vestígios.

Os investigadores reconstruíram o local do incêndio em laboratório para interpretar todos os acontecimentos anteriores ao início do fogo e, também, a dinâmica que levou as chamas a destruir todo o prédio.

No caso do museu, ao reconstruir a cena, segundo uma fonte relatou à reportagem, peritos perceberam que um primeiro sinal de fumaça foi visto em uma sala no segundo andar do prédio onde ficava a reprodução do esqueleto do dinossauro Maxakalisaurus topai. A sala onde o esqueleto do réptil era exposto ficava no segundo andar do prédio. Exatamente abaixo dela ficava o auditório onde estava o ar-condicionado apontado pelo laudo como foco do incêndio.

Conclusão

A atuação dos peritos em casos de incêndio em que é aberta uma investigação criminal se baseia no que é estipulado pelo Código de Processo Penal (CPP). De acordo com a legislação, "os peritos verificarão a causa e o lugar em que houver começado, o perigo que dele tiver resultado para a vida ou para o patrimônio alheio, a extensão do dano e o seu valor e as demais circunstâncias que interessarem à elucidação do fato".

Com base nas informações da perícia e nos outros dados coletados ao longo da investigação, o delegado do caso vai decidir se o incêndio poderia ter sido evitado e se há algum responsável pela condições que resultaram no incêndio. Um dos fatos que serão analisados pelo delegado é se houve negligência por parte da administração.

Embora o incêndio não tenha resultado em mortes, os investigadores apuram se o local tinha condições mínimas de segurança, sinalização de rotas de fuga e extintores de incêndio. Fontes informaram ao Estado que até o momento os investigadores não encontraram nenhum indício de que o fogo possa ter origem em um ato criminoso.

De acordo com um envolvido no caso, não foram encontrados no local qualquer produto químico que pudesse ter sido utilizado para dar início as chamas que destruíram o prédio.

Dois dias depois do crime que chocou o país, os investigadores buscam descobrir o que motivou e os detalhes do planejamento do tiroteio em Suzano, na Grande São Paulo, que matou dez pessoas, inclusive os dois atiradores, e deixou 11 feridos. Testemunhas devem prestar depoimentos, enquanto são feitas análises dos computadores, cadernos e objetos que pertenciam aos dois jovens que provocaram a tragédia.

O Instituto de Criminalística faz exame toxicológico do material orgânico dos dois atiradores. No Instituto Médico Legal (IML), os médicos legistas concluíram que Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, matou Luiz Henrique de Castro, de 25 anos, com um tiro na testa. Depois, ele se matou com um tiro na cabeça.

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Equipes policiais fizeram diligências nas casas dos atiradores e em uma lan house frequentada por eles. Foram apreendidos computadores, tablets e anotações. Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, 16 testemunhas foram ouvidas. De acordo com os investigadores, eles poderão prestar novo depoimento.

As armas utilizadas pelos atiradores – um revólver calibre 38, uma besta (arma medieval semelhante ao arco e flecha) e uma machadinha - foram apreendidas e encaminhadas para a perícia. O revólver estava com o número de série apagado.

Terceiro jovem

A Polícia Civil investiga a participação de um adolescente, de 17 anos, no planejamento do atentado na Escola Estadual Professor Raul Brasil. O suspeito foi colega de classe de Guilherme Monteiro e teria ajudado a dupla de atiradores.

Segundo a polícia, ele estava na cidade de Suzano no momento do ataque, mas não foi até a escola. O adolescente foi ouvido pela Polícia Civil, que pediu à Vara da Infância e da Juventude a sua apreensão e espera a autorização.

Há um vídeo em que uma terceira pessoa aparece junto com os dois assassinos dias após eles terem alugado o carro usado no atentado. O aluguel do carro foi pago com cartão de crédito.

Motivação

O delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Pontes, disse que os jovens queriam reconhecimento dentro da própria comunidade e publicidade na mídia. De acordo com Pontes, eles pretendiam mostrar que eram tão cruéis quanto os atiradores de Columbine.

O delegado minimizou a hipótese de que um suposto bullying sofrido pelos jovens tenha motivado o massacre. No entanto, depoimentos de pessoas próximas a Guilherme Monteiro afirmaram que ele era alvo de comentários jocosos por causa de acne no rosto. Segundo relatos, o jovem fez tratamento de pele.

Nesta sexta-feira (15) deve ser publicado decreto, no Diário Oficial, que determina que, no prazo máximo de 30 dias, as indenizações serão pagas aos parentes das vítimas. Na quinta-feira (14), o governador de São Paulo, João Doria, estimou que os valores podem chegar a R$ 100 mil por família.

Um passageiro alemão de 61 anos morreu, nessa terça-feira (5), durante viagem em um avião da LATAM. De acordo com informações da Polícia Federal, Horst Gerard Elsner partiu de Guarulhos-SP rumo ao Recife.

Segundo a PF, passageiros informaram que a vítima estava acompanhada de uma amiga polonesa e, de repente, passou mal dentro da aeronave. O alemão chegou a ser atendido por uma médica e enfermeiros que estavam no avião, mas acabou falecendo por volta das 18h20.

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Quando o avião pousou no Aeroporto Internacional dos Guararapes, a PF foi acionada para iniciar as investigações. A Polícia Civil de Pernambuco também foi chamada para que o corpo passe por uma perícia.

“Caso seja constatada que a morte foi provocada por infarto ou por outro tipo que tenha causas naturais, a investigação se dará por concluída, porém se as circunstâncias da morte tiverem uma conotação criminosa, a Polícia Federal ficará à frente das investigações em virtude de o episódio ter ocorrido à bordo de uma aeronave”, informou a PF.

Termina na próxima quinta-feira (31), o credenciamento de médicos interessados em trabalhar realizando perícias médicas para o Instituto Nacional do Seguro Social, INSS, em Caruaru. A prestação de serviço é temporária. O anuncio das vagas foi publicado no Diário Oficial em 20 de dezembro de 2018.

Os profissionais de saúde que tenham interesse em participar da seleção precisam ir até a sede da Gerência Executiva de Caruaru, localizada na Avenida Rui Barbosa, 250, no bairro Maurício de Nassau. O horário de atendimento é das 7h30 às 12h e das 13h30 às 17h.

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Informações sobre o processo de seleção e o edital completo da chamada estão disponíveis na Gerência Executiva. Os selecionados prestarão serviço excepcional de perícia médica a serem realizados em Agências da Previdência Social da capital do agreste. Para mais informações, os interessados podem entram em contato pelo telefone (81) 3727-9500.

Ocorreu no dia 23 de outubro na UNAMA - Universidade da Amazônia, campus Alcindo Cacela, em Belém, a palestra sobre "Capacitação de mercado e perícias", voltada para os alunos de Pós-Graduação em Segurança e idealizada por Mike Pereira, coordenador de Técnicas de Engenharias. O especialista Ricardo Salomão, perito judicial nas áreas da engenharia, foi o convidado.

"Além de representar também um segmento onde eles podem apresentar os estudos da própria pós-graduação, pode ser mais uma disciplina a investigação técnica, pra eles aprofundarem na pós. Então é carreira e também uma parte acadêmica", explicou o especialista.

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De acordo com Jamilly Amaral, coordenadora geral de Pós da UNAMA em Belém, o objetivo da palestra é mostrar para os alunos o que o mercado pode trazer para eles. ’’O doutor conseguiu mostrar que o nosso mercado ainda é muito escasso com relação a essa área. Abre uma boa vantagem pra se espertarem pra essa nova modalidade que não é tão nova, mas que pra nossa região está começando agora’’, disse a coordenadora.

O estudante Alberto Maia, do décimo semestre de Engenharia Civil, disse que a palestra com o especialista Ricardo Salomão trouxe muito conhecimento para ele, que pode ser aplicado desde a formação acadêmica e que pode influenciar bastante na atuação profissional. "É uma forma de nos especializar, de incrementar ainda mais o nosso currículo. Contribuir pra uma segurança a mais pra nossa comunidade, da área rural e urbana. Aqui eu pude adquirir uma visão mais específica sobre o assunto e pretendo aprofundar ainda mais’’, explicou Alberto Maia.

Nos dias 5 e 9 de novembro ocorre o período do Especialize, que oferece mais palestras sobre saúde, educação, parte jurídica, negócios e engenharia dirigidas para alunos da pós. "Estas palestras são demandas de mercado, é uma forma de aproximar, de estarmos sempre próximos do mercado atendendo as necessidades deles, e ao mesmo tempo já unindo os alunos que estão se formando desse ritmo de mercado, da forma de trabalhar, do aprendizado contínuo que vão ter durante a vida profissional", concluiu o coordenador Mike Pereira.

Por Amanda Lima.

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Nesta terça-feira (13), o assistente de acusação Carlos André Dantas deu detalhes durante coletiva sobre o laudo pericial da Polícia Civil concluído após reconstituição do crime que vitimou o médico Denirson Paes da Silva, em Aldeia, município de Camaragibe, Região Metropolitana do Recife (RMR). A perícia aponta discrepância nos relatos e gestos da indiciada Jussara Rodrigues Paes da Silva, que era esposa do médico cardiologista e advogado.

A Justiça determinou a quebra de sigilo do processo depois de pedido do advogado Carlos André Dantas. O resumo da perícia policial é que Jussara não agiu sozinha. Entre as discrepâncias, a polícia cita que Jussara não soube explicar como ocorreu a serragem do corpo da vítima. O ajudante da farmacêutica seria seu filho mais velho, Danilo Paes, que, assim como a mulher, está preso preventivamente.

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O assistente da promotoria também rebateu, durante coletiva, o argumento que está sendo utilizado pela defesa de Jussara, de que Denirson seria um homem violento a ponto dela conseguir uma medida protetiva contra ele em 2015. “A medida protetiva não tem nexo causal com a motivação do crime. Ela foi pedida como uma forma de constranger a vítima. Denirson viajou para os Estados Unidos e ela ficou com raiva de não ter ido junto. Na volta dele, houve uma discussão e ela procurou a delegacia. Não foi feito corpo de delito e ela procurou a delegacia espontaneamente para retirar a queixa”, afirma o advogado. A defesa de Jussara tem destacado que ela sofreu várias agressões do companheiro ao longo dos anos. No dia da morte do médico, segundo a defesa, ele teria agredido a mulher e ela revidado, fazendo com que Denirson batesse com a cabeça no chão e sofresse um traumatismo craniano. 

Carlos continua: “Denirson era um bom pai de família, preocupado sobretudo com a educação da família”. Além da motivação passional, Carlos André Dantas reforçou que a farmacêutica cometeu o crime por causa de dinheiro. “Havia uma preocupação financeira porque o marido queria se separar e ela tinha apego exacerbado ao padrão de vida que ela sabia que não teria condições de levar com a separação”, argumenta Carlos.

Advogado de Jussara rebate

Procurado pelo LeiaJá, o advogado Rafael Nunes, que faz a defesa de Jussara, criticou o laudo pericial da Polícia Civil, que aponta que a mulher não cometeu o crime sozinha. Para o jurista, a perícia foi mal realizada. “É uma perícia tendenciosa, mal feita, resultado sem pé nem cabeça. A perícia foi feita já para ter aquele resultado. Não existe prova nenhuma, não tinha elementos para isso. Se ela não agiu só, por que não apontam Daniel, o filho mais novo, como envolvido?”, questiona.

Sobre a medida protetiva, Rafael rebate os argumentos do assistente da promotoria. “Ela retirou a queixa porque era ameaçada. Foi ameaçada a vida toda. A violência doméstica é uma violência silenciosa. E nós temos testemunhas”, complementa.

Nos próximos dias 7 e 14 de dezembro, ocorrerão as audiências de instrução do caso. As ouvidas de réus e testemunhas serão realizadas no Fórum de Camaragibe.

O caso

A Polícia Civil concluiu que a motivação do crime foi um relacionamento extraconjugal mantido pelo médico. Relacionado a isso, estariam as consequentes mudança de padrão de vida e separação iminente as quais a farmacêutica seria submetida.

A investigação apontou que Denirson foi asfixiado em seu quarto entre os dias 30 e 31 de maio. O corpo foi arrastado por cerca de seis metros até um corredor na área externa, onde houve uma tentativa de carbonização e o corte do corpo em duas partes. Em seu novo depoimento, a acusada disse ter arrancado e queimado os genitais do companheiro

No dia 20 de junho, Jussara compareceu à Delegacia de Camaragibe para registrar o desaparecimento do marido. A denúncia só foi feita após pressão de Daniel, que afirmou que iria procurar a polícia se ela não o fizesse. Ela alegava que o marido teria viajado e não dado mais notícias, talvez tendo ido ver os jogos da Copa do Mundo na Rússia. Os policiais suspeitaram do depoimento por causa de fatores como a demora para registrar o caso e a ausência de movimentação na conta bancária de Denirson.

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A Polícia Federal (PF) continua nesta quinta-feira, 6, os trabalhos de perícia no Museu Nacional. A expectativa é de que a perícia seja concluída até domingo, dia 9. Na segunda-feira, 10, segundo a vice-diretora do museu, Cristiana Serejo, deve começar o trabalho de escavação e pesquisa dos escombros.

Nesta quinta-feira, o reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Roberto Leher, se reuniu com técnicos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para debater os trâmites da liberação de um financiamento de R$ 21,7 milhões contratado em 6 de junho para obras no Museu Nacional. Após o incêndio que destruiu o prédio no último domingo, 2, agora o dinheiro deve ser usado para a reconstrução também na recuperação de parte do acervo.

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Em discurso durante uma plenária realizada na frente do museu, para comemorar os 98 anos da UFRJ, Leher criticou o que classificou como "politização do debate sobre o incêndio": "O museu não é um lugar de objetos interessantes, é um lugar de pesquisa e produção de conhecimento. Não se pode ter racionalidade mercantil (para administrá-lo), porque o museu é acadêmico", afirmou. "Argumenta-se que temos aversão a buscar recursos no setor privado, pela Lei Rouanet. Nós apresentamos projetos: prevenção de incêndio e pânico, reforma do telhado e outros. Pedimos R$ 17 milhões, conseguimos R$ 1 milhão. Não é verdade que o setor privado não teve oportunidade de ajudar o museu", afirmou.

"Queremos que (a reconstrução) entre no Orçamento da União, não vamos aguardar doações, isso tem que ser assegurado pelo Poder Público. Vamos ter apoio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram)", afirmou.

O diretor do Museu Nacional, Alex Kellner, também criticou a politização do debate sobre o museu. "A gênese do nosso País está aqui, neste prédio. Não é hora de discutir modelo de gestão, é hora de reconstruir", afirmou. "(Este momento) Está doendo muito", resumiu.

Na manhã desta quinta-feira, pesquisadores do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da UFRJ (Coppe-UFRJ) usaram drones para sobrevoar o prédio e até mesmo ingressar em salas, na tentativa de identificar peças que tenham resistido ao incêndio.

Peritos da Polícia Federal estiveram nesta terça-feira, 4, pela primeira vez no interior do Museu Nacional, da UFRJ, que foi destruído por um incêndio na noite de domingo, 2. Segundo os peritos, enquanto as investigações não estiverem concluídas, ninguém pode entrar no prédio nem remexer os escombros para não apagar eventuais pistas que possam ajudar a esclarecer a tragédia.

Além disso, permanece o risco de desabamento de estruturas internas do Palácio São Cristóvão, segundo confirmou a Defesa Civil.

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A fachada, que é parcialmente feita de pedra e tem um metro de espessura, está segura. Mas gradis e estátuas, por exemplo, podem cair. O colapso do telhado poderia afetar a estabilidade das imagens.

A vice-diretora do museu Cristiana Serejeiro explicou também que, como se trata de um museu, não é recomendável que qualquer pessoa tente remexer os escombros e retirar eventuais peças do acervo que tenham sobrevivido ao fogo. Segundo ela, uma empresa especializada deverá ser contratada para a função. "É praticamente um trabalho de arqueologia", disse.

Mais cedo, no entanto, antes da interdição total feita pela Polícia Federal, algumas poucas peças tinham sido resgatadas por funcionários e bombeiros, como um quadro do Marechal Rondon, que estava no hall do museu, meteoritos, dois vasos de cerâmica e fragmentos de crânios humanos. "Não sabemos se trata-se do crânio de Luzia, mas temos esperança", explicou a vice-diretora.

Além disso, explicou Cristiana, alguns acervos do museu que ficavam em prédios anexos foram preservados, num total de um milhão e seiscentos mil itens. Entre eles, os 500 mil volumes da biblioteca (com 1.560 obras consideradas raras), a coleção de botânica (com 550 mil peças), o acervo de vertebrados (de 460 mil itens) e pelo menos 150 mil invertebrados.

Os peritos criminais da Polícia Federal em Curitiba identificaram dois mil codinomes em meio a 100 milhões de itens encontrados nos sistemas Drousys e Mywebday, utilizados pelo Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht - chamado por investigadores de "departamento da propina". As informações estão em HDs com a cópia dos 54 terabytes encontrados em endereços virtuais hospedados em data centers na Suíça e Suécia.

O material contém e-mails de executivos com solicitação de pagamento a políticos e a membros da administração pública identificados pelos codinomes, planilhas com detalhes dos repasses, recibos de depósitos e mensagens entre funcionários da empresa e os operadores de propina responsáveis pelas entregas de valores, entre outras milhares de informações. O material é relacionado a mais de 100 obras em 10 países.

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Os sistemas da empreiteira estão sendo analisados por 10 peritos de duas especialidades distintas, informática e contabilidade. O jornal O Estado de S. Paulo entrevistou dois desses peritos, o especialista em informática Rodrigo Lange e Ricardo Hurtado que atua na área contábil-financeira.

Eles trabalham na sala cofre com cerca de 25 metros quadrados, feita em concreto, com janelas bloqueadas por grades de ferro e porta blindada. O acesso é liberado mediante a confirmação de identidade por biometria e os registros de entrada são auditáveis. A área é monitorada por câmeras e não há qualquer tipo de conexão com redes externas.

Para Hurtado, se fosse criado no Brasil um museu da corrupção os sistemas do departamento de propina da Odebrecht seriam itens em exposição. Atuando em grandes investigações da PF há 11 anos, Lange afirma nunca ter se deparado com uma tecnologia como a utilizada pela empreiteira baiana. "E duvido que algum investigador no Brasil tenha tido contato com algo desse nível de sofisticação."

Os peritos especializados em informática encontram, desbloqueiam e organizam as informações. O trabalho com a enorme quantidade de dados só é possível com a utilização do Iped, ferramenta desenvolvida pelo perito Luis Nassif para uso na Lava Jato. O programa indexa dados e permite a busca com filtros aos milhões de arquivos.

Os financeiros-contábeis interpretam esses dados catalogados e produzem os laudos para responder às perguntas do juiz, dos investigadores e das defesas. "Nunca tinha visto um sistema de pagamentos indevidos assim, geralmente são caminhos mais simples. Talvez no caso Banestado, mas em sofisticação e profissionalização de um departamento eu nunca havia visto algo dessa forma", diz Hurtado.

Até o momento, os peritos produziram dois laudos a pedido do juiz Sérgio Moro e outros quatro solicitados por investigadores que conduzem inquéritos cujos alvos são políticos e, portanto, tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF).

Um dos laudos indicou o caminho do dinheiro utilizado na reforma do sítio de Atibaia, pivô de denúncia contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O laudo 808/18 mapeia por meio dos itens encontrados nos sistemas o dinheiro saindo de contratos da Odebrecht no exterior e no Brasil para abastecer um "caixa único". Foi desse caixa que o engenheiro da empresa responsável pela obra recebeu R$ 700 mil que, segundo o MPF, pagou parte das obras.

O Drousys é um aplicativo utilizado na comunicação entre os funcionários do departamento, executivos da empresa e operadores. O Mywebday era o sistema de contabilidade em si, onde ficavam armazenadas todas as informações sobre os pagamentos - desde o e-mail enviado pelo executivo para liberar o repasse, passando pelas planilhas produzidas com base nos pagamentos até os recibos das transações.

Os peritos ainda não conseguiram acessar os arquivos do Mwwebday. A PF ainda não conseguiu quebrar o sistema de segurança. Entretanto, os especialistas em informática encontraram dentro dos arquivos um backup que começou a ser analisado. Desde que assinou acordo de leniência, a Odebrecht afirma que colabora com a Justiça. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Polícia Federal apreendeu nessa terça-feira (17), no Aeroporto Internacional de São Paulo, cristais de drogas sintéticas ocultos em uma boneca. Os exames periciais preliminares identificaram 152 gramas de anfetamina.

Servidores da Receita Federal, que atuam no controle de encomendas aéreas por meio de courrier, identificaram, com o uso do aparelho de raio-x, três volumes suspeitos no interior de uma encomenda proveniente da Holanda.

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Os policiais federais foram acionados e, na delegacia, foi feita a perícia na encomenda aérea e na substância suspeita. Foi instaurada uma portaria e iniciada investigação com o objetivo de localizar os responsáveis pelo tráfico.

Com informações da Agência PF

A delegacia de Laranjeiras do Sul, no interior do Estado do Paraná, aguarda para o início da próxima semana a finalização da perícia nos dois ônibus atingidos por tiros enquanto integravam a caravana do ex-presidente Lula pelo Sul do País.

A Polícia Civil pediu urgência no laudo que está em fase de elaboração pelos peritos da Polícia Científica paranaense. A análise que leva ao menos 30 dias para ser feita poderá estar na mão dos investigadores na próxima segunda-feira.

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O laudo é um dos elementos que serão levados em conta pela investigação para entender melhor as circunstâncias dos disparos que atingiram os veículos na noite da terça-feira passada. Ele poderá fornecer informações como tipo do armamento e calibre, proximidade com a qual o disparo foi efetuado e confirmar a quantidade de perfurações, e outras informações técnicas para os policiais. O governo do Paraná reforçou a segurança no entorno da delegacia.

O juiz federal Sérgio Moro determinou nesta sexta-feira (23) que a Polícia Federal faça mais uma perícia sobre os sistemas de propina da Odebrecht. Desta vez, o magistrado ordenou que a PF faça uma varredura para "identificar e extrair eventuais lançamentos e documentos" que tenham relação com as reformas do sítio de Atibaia (SP). Neste processo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é acusado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

"Determino a realização de perícia nos sistemas de contabilidade informal do Grupo Odebrecht, já na posse da Polícia Federal, a fim de identificar e extrair eventuais lançamentos e documentos que digam respeito ao objeto da presente acusação (reforma do Sítio em Atibaia pelo Grupo Odebrecht)", decidiu o juiz.

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"A perícia deverá ser finalizada no prazo máximo de trinta dias, contados do encaminhamento dos quesitos e da decisão à Polícia Federal."

Lula já foi condenado na Operação Lava Jato. Em janeiro, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) aumentou a pena do petista para 12 anos e um mês de prisão, em regime fechado, por corrupção e lavagem de dinheiro, no caso do tríplex do Guarujá (SP).

O magistrado concedeu cinco dias para os réus apresentarem quesitos que deverão ser respondidos no laudo e para a indicação de assistente técnico. Na decisão, Moro formulou três questionamentos para a perícia.

"Solicita-se que seja verificado se o sistema de contabilidade informal do Grupo Odebrecht, na posse dos peritos da Polícia Federal, contém documentos ou lançamentos que possam estar relacionados com o objeto da presente ação penal, reforma do Sítio em Atibaia pelo Grupo Odebrecht em benefício do acusado Luiz Inácio Lula da Silva", anotou o juiz.

"Se positivo devem ser discriminados os encontrados e as características dos arquivos respectivos, bem como quanto a sua autenticidade e integridade."

"Solicita-se que seja verificado se os documentos já juntados aos autos, encontram-se no sistema e se positivo devem ser informadas as características dos arquivos respectivos, bem como quanto a sua autenticidade e integridade."

Esta é a segunda perícia ordenada pelo juiz da Lava Jato sobre os sistemas de propina da Odebrecht. Na sexta, a Polícia Federal entregou laudo em ação penal sobre supostas propinas da empreiteira para o ex-presidente.

Foram verificados 11 discos rígidos e dois pendrives. Ao juiz Moro, a PF afirmou que "foram identificados 842 arquivos, de um total de 1.912.667 arquivos, correspondendo a 0,043%, que apresentam não conformidades'. A perícia achou 607 divergências nos discos 1 e 4, um total de 230 nos discos 5 a 9 e outras cinco nos discos 10, 11 e no pendrive 1.

A perícia identificou os pagamentos da empreiteira, no Brasil e no exterior, para a compra do terreno do Instituto Lula. Os documentos comprovam as declarações do empresário Marcelo Odebrecht que, em delação premiada, afirmou ter combinado com o presidente do Instituto Paulo Okamotto e o pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Lula, a compra do terreno.

Sergio Moro deu prazo de 15 dias para a defesa de Lula e para o MPF analisarem os arquivos periciados.

Peritos do Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro concluíram que as imagens das câmeras que filmavam o ex-governador Anthony Garotinho na cadeia pública de Benfica apresentam interferência humana e interrupções. Garotinho foi punido por não provar que foi agredido no cárcere, como alegou aos investigadores, e chegou a ser transferido para Bangu 8. Em dezembro, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Gilmar Mendes, mandou soltar o ex-governador.

"O sistema de gravação é acionado por movimento e por conta da sua sensibilidade e da variação de luminosidade, as câmeras mantêm intensa atividade de gravação, entretanto, justamente no período que compreende os fatos narrados pelo ex-Governador Anthony Garotinho, todas as câmeras que registrariam o ambiente onde supostamente ocorreu a ação ficaram inativas, exceto a câmera 3, cuja imagem congelada não tem qualquer valia para o deslinde dos fatos", diz o laudo.

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O relatório, assinado pelos peritos João Souza, Marcos Cropalato, Eline Portela, e pela diretora da Divisão de Evidências Digitais e Tecnologia do Ministério Público do Rio, Maria do Carmo Gargaglione, ainda conclui: "Há fortes indícios de interferência humana na gravação do fluxo de imagens por ocasião da suposta agressão ao ex-Governador Anthony Garotinho".

Os peritos ainda destacaram a "presença de ponto cego entre os portões das galerias B e C, permitindo o trânsito de pessoas sem qualquer tipo de registro pelo sistema, uma vez que as demais câmeras estavam inativas".

Segundo o relatório, o "ponto chave da interferência humana como fator determinante na inatividade das câmeras é notado pelo corte em meio ao movimento de um agente que transita no pátio, ou seja, o sistema que durante todo o tempo grava até mesmo nuances de luminosidade e cortado bruscamente no meio do percurso do movimento que justamente é o gatilho da gravação".

Em novembro, Garotinho foi removido da Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, na zona norte do Rio. Na manhã da sexta, 24 daquele mês, ele denunciou ter sido atacado em sua cela de madrugada por um desconhecido com um taco de beisebol. O agressor teria ferido o ex-governador em um dos joelhos e em um dos pés e feito ameaças mostrando uma pistola. O político deu queixa na Polícia Civil.

Câmeras de vigilância, porém, não registraram nada de anormal. Por isso, a Secretaria de Administração Penitenciária anunciou que o político seria punido com a transferência para a cadeia em Bangu.

Garotinho, porém, gostou da mudança. No entanto, voltou a se queixar muito de dores nos locais onde teria recebido as pancadas.

Já em dezembro, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, suspendeu a prisão preventiva do ex-governador Anthony Garotinho (PR), apontado como líder de uma organização criminosa.

Caixa D’Água

Garotinho foi preso em novembro sob acusação de crimes como corrupção, participação em organização criminosa e falsidade na prestação de contas eleitorais entre os anos 2009 e 2016. A prisão foi pedida pelo Ministério Público Eleitoral do Rio de Janeiro (MPE-RJ), decretada pelo juiz da 100ª Zona Eleitoral de Campos dos Goytacazes, Glaucenir Silva de Oliveira, e mantida pelo Tribunal Regional Eleitoral do Estado (TRE-RJ).

A denúncia do MPE afirma que o grupo J&F fez doação ilegal de R$ 3 milhões por meio de contrato com uma empresa indicada por Garotinho para financiar sua campanha ao governo do Estado em 2014, derrotada pela de Luiz Fernando Pezão (MDB).

O juiz da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal Bruno Macacari pode decidir nesta terça-feira (26) se o deputado Paulo Maluf (PP-SP) vai permanecer no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, ou se ficará em prisão domiciliar. Na sexta-feira (22), o magistrado negou liminarmente pedido da defesa para que o ex-prefeito de São Paulo (1993-1996) fosse transferido para regime domiciliar, mas impôs para hoje o prazo de entrega de laudos sobre seu estado de saúde.

"Ressalto a possibilidade de revisão da decisão, mormente após a juntada do laudo de perícia médica a ser elaborado pelo Instituto Médico-Legal (IML), e, principalmente, das informações a serem prestadas pela equipe médica com atuação no CDP (Centro de Detenção Provisória da Papuda)", disse Macacari.

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A defesa de Maluf pediu à Justiça para que o deputado cumprisse pena em regime domiciliar sob alegação de idade avançada do ex-prefeito - 86 anos - e problemas de saúde. Maluf está condenado a cumprir pena de 7 anos, 9 meses e 10 dias por crime de lavagem de dinheiro.

O deputado foi preso na quarta-feira passada, em São Paulo, após determinação do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal. Na sexta-feira, foi transferido para a Papuda. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O violento crime da noite de ontem (17) na comunidade Entra Apulso mobiliza as forças de segurança pública. Nesta segunda-feira (18), o delegado Francisco Océlio, responsável pelo caso, revelou os primeiros passos da polícia na investigação do episódio. 

"A motivação (das mortes) tem relação ao tráfico de drogas, entre membros da comunidade Entra Apulso e outra da região. O delegado que foi ontem ao local já tem várias informações já repassadas à 3ª Delegacia de Homicídios. Ainda vamos robustecer essa investigação com equipes do Denarc (Departamento de Narcotráfico) e Delegacia de Boa Viagem", informou Océlio.

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Até o momento, há uma identificação preliminar das vítimas, mas os exames papiloscópicos são aguardados. Não houve contato de familiares dos mortos. Em relação aos suspeitos, a polícia também já tem indicativo de nomes.

Quatro acusados teriam ido até a comunidade Entra Apulso, em Boa Viagem, e assassinado duas pessoas. No vídeo filmado por moradores lociais, é possível ver que os criminosos atearam fogo com as vítimas ainda dentro do carro. A polícia investiga se estas já estavam mortas no momento que o carro é incendiado. 

Com informações de Naiane Nascimento

O Ministério do Esporte e a Autoridade de Governança do Legado Olímpico (Aglo) divulgaram nota sobre o incêndio que atingiu o teto do Velódromo, no Parque Olímpico da Barra. O incidente no Rio de Janeiro ocorreu na madrugada desse domingo (30). A Aglo informou que todas as medidas legais cabíveis foram tomadas, inclusive registro de ocorrência na Polícia Federal.

Perícia preliminar da Polícia Civil avaliou que a causa foi externa. Balões juninos caíram na região na noite do sábado e na manhã do domingo. Os peritos declararam que não houve danos hidráulicos ou elétricos. Com isso, o sistema de refrigeração que garante a qualidade da pista do velódromo segue funcionando normalmente.

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A nota divulgada destaca ainda que os danos internos são decorrentes da queima da cobertura do espaço e da água utilizada para apagar o incêndio. A Defesa Civil também fez vistoria no local.

O campeonato de karatê que ocorreria no domingo, de iniciativa da Federação de Karatê, foi transferido para o próximo domingo (6), na Arena Carioca 1 do Parque Olímpico.

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) convoca para perícia, pela segunda vez, milhares de segurados que recebem o benefício por incapacidade. De acordo com o Diário Oficial da União desta terça-feira (1°), a nova chamada ocorre após uma tentativa do órgão de notificar os beneficiados pelo correio. As correspondências não teriam chegado porque os dados dos endereços indicados no cadastro do Sistema Único de Benefícios estariam incompletos ou desatualizados.

Os segurados listados têm cinco dias corridos, a contar de hoje, para informar sobre a data marcada para a perícia. O contato deve ser feito pela central de teleatendimento do INSS, pelo número 135. O benefício pode ser suspenso até que o convocado passe pela reavaliação.

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Para evitar o cancelamento, os segurados poderão consultar a pagina do DOU, para conferir se seu nome consta na lista. No campo de busca do site, deverão digitar seu nome entre aspas, selecionando apenas a seção 3 e a data de hoje.

A Polícia Civil apresentou nesta segunda-feira (24) a conclusão do caso do assalto ao Centro Espírita Amor ao Próximo (GEAP), que resultou na morte de quatro pessoas. Com as perícias concluídas, a Polícia Civil voltou atrás e disse que o policial militar Alexandro Alves de Melo chegou a fazer disparos contra os criminosos antes de ser fatalmente alvejado.

Outra informação atualizada pela polícia é que não havia suspeitos no espaço ouvindo a palestra. Segundo o delegado Felipe Monteiro, os cinco envolvidos chegaram em uma moto e um carro que havia sido roubado pouco antes e anunciaram o assalto. “Eles pediram que todos levantassem a camisa, identificaram que o PM estava armado, foi quando se iniciou o confronto”, conta.

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A perícia constatou que os tiros que mataram o policial e a frequentadora Luisiana de Barros Correia Nunes Costa partiram do suspeito Cleiton Florentino de Morreira, que foi alvejado por Alexandro e também morreu. 

Um segundo policial militar estava no pavimento superior, participando de um projeto de evangelização de crianças. Ele ouviu a troca de tiros e entrou em confronto com os suspeitos na saída do prédio. O suspeito Felipe Lima Ferreira da Silva foi atingido e morreu. Um terceiro, Jefferson Gonçalo da Silva, foi baleado quando já estava no banco do carro para fugir. Ele foi levado a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e preso após sua liberação.

O quarto participante do crime, José Roberto Alcântara, se entregou à polícia no dia 10 de julho. O ultimo suspeito já foi identificado como Estênio, mas encontra-se foragido. 

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Na manhã da última quarta-feira (21), Edvan Luiz da Silva, de 32 anos, passou por audiência de instrução após acusação de ter matado a fisioterapeuta Mirella Sena, de 28 anos. Por volta das 8h ele chegou ao local e pouco tempo depois foi dado início ao procedimento. Ao final, às 16h, a defesa solicitou detalhamento dos laudos que fundamentaram o inquérito.

Segundo Joseane Bernardo, prima da vítima, “ao final, o promotor pronunciou algumas palavras e a defesa fez a solicitação desses laudos detalhados. Ele não foi interrogado e nem ficou na mesma sala das testemunhas. Minha tia não quis se deparar com ele”. Ao todo, segundo o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), foram ouvidas 13 testemunhas convocadas pelo Ministério Público de Pernambuco MPPE, dentre elas, dois familiares de Mirella; um amigo da jovem; dois policiais civis; o gerente do prédio; o porteiro do prédio; dois moradores do prédio; a namorada de um dos moradores; e três pessoas que conheciam ou tiveram proximidade com o acusado. A defesa de Edvan não convocou testemunhas.

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Durante uma entrevista exclusiva ao Jornal do Commercio, o preso questionou as investigações. "Perícias são falhas, perícias erram. (...) Eu não estou aqui para culpar ou direcionar culpa para ninguém sobre isso. Eu só vou dizer uma coisa: eu não fiz isso". 

Conforme o TJPE, o pedido da defesa foi acatado pelo juiz Pedro Odilon. A partir de então, a perícia tem 30 dias para fornecer esse material. Após a análise desses laudos feita pela defesa, ocorre o interrogatório do réu. “O magistrado também decidirá se há necessidade de ouvida de peritos. Após interrogatório, o MPPE tem cinco dias para alegações finais. Na sequência, a defesa tem cinco dias também. Quando os autos voltarem ao Juízo, o juiz Pedro Odilon decide pela pronúncia ou impronúncia do acusado. Ou seja, se vai a júri popular, ou não. Cabe recurso”.

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O senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) encaminhou à Polícia Federal os quesitos para serem analisados pelo Instituto Nacional de Criminalística na perícia que será realizada nos áudios gravados por Joesley Batista, do Grupo J&F, que fundamentam a delação premiada do empresário.

O tucano enviou, ao todo, 27 questionamentos, divididos em três blocos: aspectos gerais do áudio recebido pela Procuradoria-Geral da República, sobre o equipamento utilizado, e sobre a gravação em si.

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A defesa de Aécio pede para que o órgão responsável pela perícia verifique, por exemplo, "todos os trechos com ininteligibilidade em qualquer fala, descrevendo suas causas", assim como identifique "as ocorrências em que há ruídos de grande intensidade, descrevendo-os e apurando suas causas, inclusive se foram captados durante a gravação original ou se foram inseridos posteriormente".

Por fim, os advogados pedem: "Considerando os exames realizados, esclarecer se é possível atestar que a gravação apresentada representa com fidelidade e integridade todos as falas ocorridas no encontro gravado? Favor detalhar".

Em sua delação premiada, Joesley entregou uma gravação com Aécio, uma com o presidente Michel Temer e dois encontros com o deputado afastado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-RJ). Temer já enviou seus pedidos. Ainda falta Rocha Loures se manifestar.

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