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Paris, 01/08/2015 - O pedaço de uma asa de avião que pode pertencer ao Boeing 777 do voo 370 da Malaysia Airlines, desaparecido desde o ano passado, chegou à França neste sábado (1º) para passar por perícia. A peça foi transportada ao país de avião durante a noite e agora é levada para um laboratório perto de Toulouse, no sul da França. A instalação já foi utilizada em outras investigações do tipo, incluindo o acidente aéreo com o voo 447 da Air France, em 2009, que decolou do Rio de Janeiro com destino a Paris e caiu no Atlântico.

Se o destroço estiver relacionado ao desaparecimento do avião da Malaysia Airlines, esta será a primeira pista concreta encontrada na busca para solucionar um dos maiores mistérios da aviação moderna. Investigadores acreditam que o voo caiu no oceano Índico após desviar do caminho para Pequim, seu destino final. O provável acidente ocorreu no dia 8 de março do ano passado.

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Autoridades francesas também recuperaram um pedaço de uma bagagem na ilha Réunion que será enviado para um segundo laboratório em Pontoise, ao norte de Paris, para ter sua origem determinada. Uma garrafa d'água também será examinada como um possível item do avião, mas habitantes locais alertam que lixo de áreas remotas não raramente acabam chegando às praias da ilha.

O diretor do Departamento de Segurança dos Transportes da Austrália, Martin Dolan, afirmou que o pedaço da asa "muito provavelmente" seria de um Boeing 777. Ainda não há a confirmação, mas outras autoridades e especialistas acreditam que pode ser um objeto da aeronave. Fonte: Dow Jones Newswires.

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Marcos Antônio Freire de Lyra estava no primeiro dia de viagem a Buenos Aires quando tentou utilizar uma quantia dos dólares previamente retirados na agência do Banco do Brasil (BB) da Avenida Rio Branco, no centro do Recife. O que era para ser uma compra rápida se transformou em confusão com comerciantes portenhos, na rua Florida, uma das vias mais movimentadas no centro da capital argentina. O pernambucano portava, sem saber, notas falsas. Nesta quarta (1), o administrador de empresas prestou depoimento na sede da Polícia Federal. 

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O caso é o terceiro registrado pela PF, em menos de uma semana. A estudante Amanda Silva, de 24 anos, e seu pai, João Neto da Silva, seguem detidos nos Estados Unidos por tentarem depositar dólares falsos comprados na mesma agência do Banco do Brasil, no Recife. Outra vítima identificada foi o agropecuarista José Maria Rangel Júnior, que procurou a Polícia com $ 4.300 em notas falsificadas, retiradas também da mesma unidade do BB. No caso do administrador Marcos Lyra, a quantia sacada foi de $ 1.440.

Em entrevista cedida à imprensa, o administrador afirmou que pensou estar sendo vítima de um golpe dos comerciantes e policiais locais. “Eu só pensava que, de alguma forma, estava sendo lesado, roubado pelos comerciantes, com certo apoio da polícia. Eu havia sacado o dinheiro no Banco do Brasil, não tinha como ser dinheiro falso. Só quando retornei para o Brasil (no último domingo), meu pai me disse da situação no aeroporto”, explicou Marcos. Na capital do país vizinho, o pernambucano chegou a ser conduzido na parte de trás de uma viatura policial e foi comunicado que, se cometesse outro delito, poderia ser preso. 

Da quantia sacada, mais de $ 900 ficaram retidas na Argentina e Marcos trouxe $ 498 para a sede da Polícia Federal. O dinheiro passará por uma perícia para identificar se todas as notas são falsas. “É um caso atípico que a Polícia Federal nunca se deparou em Pernambuco. A perícia precisa confirmar a falsidade das cédulas para, assim, podermos entrar em contato com representantes do banco”, explicou o coordenador de comunicação da PF, Giovani Santoro. 

De acordo com Marcos Lyra, ainda quando estava na Argentina, um gerente do Banco do Brasil entrou em contato por telefone e procurou saber como estava a situação do cliente. “Hoje pela manhã ele entrou novamente em contato, mas vim logo na Polícia para saber como devo proceder. Passei um constrangimento muito grande. Vou conversar com meus familiares, avaliar com as outras vítimas e decidir se cabe uma ação judicial por danos morais”, assegurou. Marcos viajou com a esposa, duas filhas pequenas e mais outros cinco familiares, no dia 20 de junho, e retornou no último domingo (28).

Banco proibido de vender moeda estrangeira

Na tarde desta terça-feira (30), a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco notificou o Banco do Brasil, através do Procon-PE. As agências da instituição financeira estão proibidas de comercializar, durante 30 dias, qualquer moeda estrangeira. O prazo da sanção ainda pode ser prorrogado e, se descumprir a decisão, o BB está passível a multas diárias de R$ 500 mil. 

Uma perícia contratada pela defesa leva a novas suspeitas envolvendo a morte de Odilaine Uglione, a mãe do menino Bernardo Boldrini, assassinado em abril do ano passado no Rio Grande do Sul. De acordo com peritos que trabalham para a família da vítima, a suposta carta suicida da enfermeira teria sido forjada, escrita por outra pessoa, segundo revelou neste domingo (29), reportagem do Fantástico da TV Globo.

A família acredita que Odilaine foi assassinada pelo marido, Leandro Boldrini, acusado de ter matado o menino Bernardo no ano passado. Ele está preso há quase um ano, acusado pela morte do filho, achado morto em Frederico Westphalen, a cerca de 80 km de Três Passos, onde a família morava.

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Também são acusados pela morte do menino de 11 anos a madrasta do garoto, Graciele Ugulini, e os irmãos Edelvânia Wirganovicz e Evandro Wirganovicz.

A morte de Odilaine foi considerada suicídio pela polícia. Mas, com a morte do seu filho no ano passado e a prisão do pai como principal acusado, a família Uglione passou a desconfiar que ele também tinha matado a mulher e forjado um suicídio. O caso deverá agora ser reaberto pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul.

Após ser atingido por um incêndio, o Mercado de Afogados reabriu as portas nesta quarta-feira (11). O fogo começou na madrugada da terça (10) e danificou 21 dos quase 500 boxes do centro comercial. Os espaços serão reconstruídos e, segundo a da Companhia de Serviços Urbanos do Recife (CSURB), devem ser entregues em 30 dias.

De acordo com o secretário Executivo de Defesa Civil, Cássio Sinomar, o quadrante do mercado atingido pelas chamas está temporariamente isolado para a avaliação dos profissionais do Instituto de Criminalística (IC). Mas, conforme o gestor, não foram identificados riscos de desamamento na área atingida.

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Até à tarde de ontem, a causa do incêndio era desconhecia. Havia a suspeita de que um curto-circuito numa bomboniere tivesse provocado as chamas, mas a hipótese não foi confirmada. Em visita ao local, o presidente da CSURB, Luiz Alexandre Almeida, disse que em 2014 os boxes do mercado passaram por um processo de individualização do sistema elétrico.

Não foi um tiro que matou o sargento da Polícia Militar Carlos Silveira do Carmo, no dia 19 de janeiro, durante a rebelião no Complexo Prisional do Curado. A causa de que estava sendo especulada nos últimos dias foi descartada pelo resultado da perícia.

Conforme o laudo do Instituto de Criminalística (IC), concluído nessa quarta-feira (28), o militar morreu em decorrência de um traumatismo craniano, provocado por instrumento corto-contundente ainda não definido.

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Durante coletiva realizada nesta quinta-feira (29), o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, foi questionado sobre o resultado da perícia. O gestor garantiu que é preciso esperar a conclusão do inquérito policial.

“A morte aconteceu num campo de conflito bastante complexo. Estávamos aguardando o exame tanatoscópico para definir a causa da morte. O prazo ainda não foi concluído, e nesse período o inquérito será finalizado”, explicou.

Pedro Eurico ainda revelou que durante uma revista, realizada na Penitenciária Professor Barreto Campelo, foram apreendidos dois revólveres. Questionado sobre a presença de armas de fogo no Complexo do Curado, ele garantiu que até o momento nada foi encontrado.

“Mas as revistas continuam. Hoje uma equipe esteve na Barreto Campelo e amanhã estará em outra unidade. Nossa obrigação é manter a situação sob controle e nós vamos manter”. 

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Atividades minuciosas e precisas são realizadas incansavelmente por profissionais que estão sempre na trilha de criminosos, mas que, muitas vezes, passam despercebidos pela população. Apesar do ambiente escuro, dividido em salas antigas, os agentes da perícia criminal trabalham concentrados e cientes de que seu desempenho pode conduzir os rumos de uma investigação policial. A precisão das atividades desempenhadas nos 365 dias do ano pode ser resumida na frase de um dos funcionários: "perito não pode achar, tem que ter certeza". 

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Além da análise de substâncias, os peritos também examinam objetos, armas, documentos e até mesmo vozes de suspeitos dos crimes. No prédio do Instituto de Criminalística (IC), no bairro de Campo Grande, na Zona Norte do Recife, há salas específicas para o teste de projéteis de armas e até mesmo de identificação fonética – para auxiliar as investigações dos mais diversos tipos de delitos. 

Engenheiros civis, biólogos, biomédicos e farmacêuticos compõem o quadro de profissionais que atuam no segmento forense, atualizado através de concurso público. Apesar da abrangência de áreas que podem atuar na perícia, o gestor do IC, Luiz Carlos Soares, reclama do quadro escasso. "Em todos os setores, temos poucos profissionais. Diariamente, temos três duplas para ir aos locais de crime, fazer as coletas de materiais, preparar os croquis que indicam a localização dos crimes ou acidentes, tirar fotografias... Se tivéssemos pelo menos mais um perito nessas equipes, seria melhor", explica, indicando a possibilidade de entrada de novos profissionais com a abertura de um certame em 2015. 

Nos laboratórios, o trabalho dos profissionais consiste no recebimento de substâncias dos locais de crime, levá-las para análises detalhadas e produzir relatórios a respeito do conteúdo encontrado. O trabalho pode ser descrito de forma simples, mas exige resultados precisos e detalhados. “Nosso objetivo aqui é montar um quebra cabeça. Temos que materializar o crime para dar o norte à investigação da Polícia e da decisão da Justiça”, explica o perito Gilberto Pacheco. 

O chefe do setor laboratorial do IC ainda revela que são poucas as substâncias que não conseguem ser identificadas em um curto espaço de tempo. “Não chega a ser feito CSI [seriado americano de TV sobre investigações forenses], em que o resultado das análises surge depois de dez segundos, mas também não é tão devagar. Levamos mais ou menos dois minutos para identificar, com detalhes, uma substância nas máquinas mais refinadas”, conta.

Pacheco refere-se ao Cromatógrafo Gasoso com Detector de Massas, popularmente chamado de CGMS. O equipamento é o mais moderno na identificação de substâncias líquidas e é capaz de fazer um exame minucioso da massa química dos componentes do líquido analisado. “Com essa máquina, podemos trabalhar com microlitros. É tão preciso que se o suspeito deixar cair apenas uma gota do líquido, nós podemos dizer exatamente o que é que está sendo analisado”, explica o perito.

Antes de chegar ao CGMS, na sede do Instituto, o trabalho dos peritos tem início no próprio local do crime. Após a coleta de substâncias, testes colorimétricos – utilizando sprays e outras substâncias reconhecidas internacionalmente para procedimentos forenses – podem ajudar a detectar, de forma rápida, qual o tipo de substância ilegal em questão. Assista ao vídeo em que os profissionais demonstram a detecção de crack, na amostra azul, e maconha, na amostra vermelha:

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Em todas as outras áreas do IC, há equipamentos de comparação de trajetórias de projéteis e de caligrafia em documentos falsificados. O maquinário ajuda na hora de dar precisão aos laudos, mas o trabalho pode ser dificultado pela própria sociedade.

“Quando chegamos aos locais de crime, muitas vezes há um lençol sobre a vítima. Para identificar a pessoa que faleceu, as próprias pessoas costumam colocar a mão no bolso da vítima para encontrar documentos e isso não deve ser feito”, explica Soares, ressaltando a importância da preservação do local do crime. “Em alguns casos, nosso trabalho pode até ser comprometido e as investigações da Polícia podem tomar um rumo errado caso as pessoas mexam na cena. Essa cultura de deixar os locais intocados já foi adquirida nos Estados Unidos e estamos lutando para que as pessoas façam isso por aqui também”, conta o gestor do IC.

Apesar da imensa responsabilidade, a categoria tem orgulho do trabalho e luta para que o Instituto de Criminalística seja separado da Polícia Civil. “Teríamos mais autonomia e independência financeira”, explica um dos profissionais, esperançoso em relação à aprovação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que transforma a perícia criminal num órgão independente no que diz respeito à segurança pública. O texto já foi aprovado por uma comissão especial e aguarda leitura e aprovação da Câmara e do Senado. 

A Polícia Federal receberá, nesta terça-feira (21), o certificado de acreditação na norma internacional ISO/IEC 17025:2005 - um reconhecimento ao trabalho de excelência desenvolvido pelos laboratórios do Instituto Nacional de Criminalística (INC) da PF, localizados em Brasília.

O título é concedido pela ANSI-ASQ (National Accreditation Board/FQS Forensic Accreditation).  Os laboratórios de perícia em Genética Forense e o de serviço de perícias de laboratórios do Instituto são os primeiros da América Latina acreditados por um organismo internacional.

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A certificação assegura o reconhecimento dos exames produzidos pela Polícia Federal na identificação de perfis genéticos e caracterização de substâncias proscritas e controladas, bem como produtos químicos e itens empregados na sua produção e manipulação.

O Laboratório de Genética Forense da PF ganhou destaque ao atuar em alguns dos maiores desastres recentes como a queda do voo da AirFrance, com 228 pessoas a bordo, e um terremoto no Peru em 2007. Os peritos atuaram na análise de centenas de perfis genéticos das vítimas e de seus familiares para assegurar a identificação das vítimas.

Após a morte do pedreiro Amarildo de Souza, torturado por PMs na UPP da Rocinha, zona sul do Rio, em 2013, um policial militar ligou para um colega e, imaginando ter a conversa interceptada pela Polícia Civil, passou-se por um traficante. Na conversa, ele assumiu ter matado Amarildo. Mas, após análise, o Instituto de Criminalística Carlos Éboli concluiu que a voz é do soldado Marlon Campos Reis.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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No caso de acidentes como o da última quarta-feira (13), que vitimou sete pessoas, entre elas o ex-governador de Pernambuco e candidato à presidência pelo PSB, Eduardo Campos, laboratórios de genética atuam junto aos familiares dos envolvidos no acidente, com o objetivo de coletar material genético de parentes próximos das vítimas e de obter informações que possam ajudar na identificação dos corpos.

Dados sobre tratamentos médicos podem auxiliar o trabalho dos peritos, através do relato das particularidades físico-biológicas de cada pessoa envolvida no acidente. Informações relacionadas à saúde bucal das vítimas também contribuem para a identificação dos corpos.

O levantamento de dados sobre possíveis implantes, próteses ou dentes a menos na arcada dentária dos corpos está entre o trabalho dos peritos e pode ser fundamental no processo de identificação.

Segundo o dentista da família Campos (foto ao lado), Francisco Cavalcanti, a arcada dentária de Eduardo Campos não foi encontrada e a perícia terá que continuar a partir do DNA do ex-governador.

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No dia seguinte ao incêndio que atingiu um posto de gasolina na Estrada Velha de Água Fria, a população tenta entender a causa do incidente. Nesta quinta-feira (29), as câmeras fotográficas dos celulares não pararam: curiosos passam pelo local onde, na noite desta quarta (28), as chamas causaram pânico a quem estava pela região. Quatro motos e oito carros queimados foram resultado do incidente; não houve vítimas.

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Enquanto os técnicos do Instituto de Criminalística não chegam para fazer a perícia no local, surgem versões diferentes sobre o fato. Segundo o proprietário do posto, Ricardo Francisco Brás, uma moto teria entrado no posto e, próximo à bomba de abastecimento, soltado uma faísca. O frentista teria se assustado e soltado a mangueira do caminhão-tanque que abastece o posto. “Ainda não sabemos o prejuízo e a previsão é de 15 dias para voltar ao funcionamento normal”, disse o proprietário.

Já de acordo com o relato do auxiliar de serviços gerais, João Cristiano, que abastecia a moto no momento do início das chamas, a mangueira do caminhão estava mal posicionada e o combustível transbordava. Quando percebeu, o motorista do veículo fechou o compartimento e um dos frentistas veio com um rodo para limpar a área, mas quando um carro entrou no posto, as chamas começaram a se espalhar.

A noiva de João Cristiano teve queimadura de primeiro grau no braço, mas passa bem. “Ouvi um frentista dizendo: desliga, desliga. Tem muita gasolina. Nessa hora veio um carro por trás queimando tudo e o fogo veio pra cima de mim”, disse Cristiane Simplício da Silva, auxiliar de higiene bucal, que foi levada para a Policlínica Campina do Barreto e em seguida liberada.

A dona de casa Maria José, de 46 anos, também teve o carro danificado. “Eu estava com a minha filha no carro. Nós fomos ao posto calibrar o pneu quando de repente o fogo já estava na frente do veículo. Foi muito rápido. Até o momento a minha filha está muito nervosa”, afirmou. 

Segundo informação dos funcionários do local, o caminhão responsável pelo abastecimento do posto é da empresa NorteBrás e tem a capacidade de armazenar até 20 mil litros de combustível. Segundo o Corpo de Bombeiros (CBMPE), os trabalhos da corporação foram encerrados na noite de ontem e agora somente a perícia do IC pode apontar as causas do acidente.

Com informações de Jorge Cosme

Um perito do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) rejeitou um atestado emitido pelo médico cubano do Programa Mais Médicos Israel Revê Robles. A decisão causou surpresa ao operador de máquinas Marcos Pascoal de Oliveira, morador no Jardim Gilda, periferia de Piracicaba (SP), que teve indeferida a prorrogação de seu afastamento do trabalho por doença. A negativa, segundo entende Oliveira, teria sido motivada por preconceito contra o cubano já que, de acordo com o documento baseado na avaliação de exames clínicos apresentados pelo paciente, o cubano concluiu que ele realmente não estava apto a retornar ao trabalho. Já o perito do INSS entendeu o contrário.

Oliveira conta que o profissional da Previdência sequer leu o atestado e tampouco fez qualquer exame, antes de alegar que ele poderia retornar ao trabalho. "Ele mal me olhou, nem leu o atestado que o cubano forneceu. E quando eu ponderei, me disse que o registro profissional dos cubanos (CRM) não tem validade no Brasil. Ou seja, demonstrou preconceito", considera.

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Oliveira diz que, em situação anterior, um atestado semelhante fornecido por um médico brasileiro que atendia no mesmo posto de saúde, foi aceito pelo INSS. E afirma que, mesmo sem levar em conta o documento emitido pelo cubano, se o perito tivesse a preocupação em pelo menos ler os resultados dos exames clínicos veria que a taxa de glicose em seu sangue está na faixa de 500, ou seja, que ele está "descompensado" e que não pode retornar ao trabalho. O operador é diabético.

De acordo com Oliveira, a empresa onde trabalha não aceitaria seu retorno nas condições atuais já que necessita de insulina com frequência. Ele lamenta a postura do perito e diz que vai em busca de seus direitos, pois trabalha e contribui com a Previdência há mais de 10 anos. Sobre o profissional cubano, conta que, "a comunidade adora seu trabalho e a atenção que dispensa aos pacientes" no Programa de Saúde da Família do Jardim Gilda.

Outro lado - A assessoria de Imprensa do INSS afirma que o pedido de reconsideração feito por Oliveira foi aceito e que ele passará por nova avaliação do Instituto no próximo dia 5 de junho. Em nota, o órgão nega ter havido preconceito do perito em relação ao médico cubano. "Em atenção à situação apontada pelo senhor Marcos Pascoal de Oliveira, esclarecemos que ele recebeu auxílio-doença entre novembro do ano passado e maio deste ano. Ele teve o benefício negado neste mês porque a perícia médica do INSS avaliou que ele, embora possua a doença, pode desempenhar suas funções profissionais".

Um incidente incomum no necrotério do Hospital da Polícia Militar (PM), no bairro do Derby, está chamando atenção pela falta de explicações. Na noite desta quarta-feira (30), o corpo do cabo reformado da PM José Camilo Rodrigues, de 74 anos, misteriosamente pegou fogo na unidade de saúde da corporação.

Há dois meses internado no hospital, o homem morreu por complicações decorrentes de um câncer de pulmão, por volta das 15h da própria quarta-feira. Familiares receberam o atestado de óbito, no qual consta a doença como a causa da morte, e chegaram a reconhecer o corpo. No interlavo de tempo enquanto os parentes providenciavam os serviços funerários, uma das filhas de José Camilo foi ver o corpo do pai e encontrou o cadáver quase que totalmente carbonizado.

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De acordo com o perito Heldo Souza, coordenador do plantão do Instituto de Criminalística (IC) que foi até o local do incidente, na noite desta quarta, não havia vestígios de um possível incêndio no necrotério. “Não tinha velas, não houve curto circuito, examinei se havia pontas de cigarros; nada. Não podemos afirmar, mas há a possibilidade de alguém ter jogado uma substância inflamável no corpo, como álcool ou querosene, e tocado fogo propositalmente”, disse o especialista. Tais substâncias não costumam ser usadas nos procedimentos de um necrotério, garante Heldo.  

Fragmentos da pele da vítima foram encaminhados para o Instituto de Medicina Legal (IML) e para o IC, para uma perícia microscópica, bem como parte do tecido que envolvia o corpo e pedaços da maca hospitalar na qual a vítima estava. “Outro problema levantado é se alguém não jogou alguma coisa da rua, provocando as chamas”, afirmou Heldo Souza, ao lembrar que há uma janela na sala do necrotério direcionada à via pública. 

Porém, nenhuma parte da estrutura física do local foi atingida pelas chamas, apenas o corpo da vítima. “Absolutamente nada foi atingido pelo fogo, apenas o cadáver foi queimado. Este é o grande x da questão”, disse Souza. Os laudos periciais do IC e do IML devem estar pronto em, no máximo, 30 dias, e poderão esclarecer a incógnita do caso. 

Polícia não se manifesta – A reportagem do LeiaJá foi até o Hospital da Polícia Militar, mas o silêncio impera na unidade. O sargento Assis, responsável pelo plantão do feriado, afirmou que as informações só seriam passadas nesta sexta-feira (2), quando a supervisão do local estará disponível à imprensa. 

O Instituto Geral de Perícias do Rio Grande do Sul encontrou substâncias do sedativo Midazolam no corpo do menino Bernardo Uglione Boldrini, localizado no dia 14 de abril, depois de ficar dez dias desaparecido. O resultado foi divulgado pela delegada de Três Passos (RS), Caroline Virgínia Bamberg Machado, nesta terça-feira (29), mas ainda não esclarece o que causou a morte do garoto.

O Midazolam é usado como indutor de sono rápido e sedativo para procedimentos médicos. Ainda estão abertas hipóteses como as de aplicação de uma suposta injeção letal, com superdosagem do medicamento, ou posterior à sedação, com outra substância. A delegada também revelou que a perícia já sabe que Bernardo não foi enterrado vivo, acabando com uma suspeita que rondava o caso.

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As informações divulgadas pela polícia desde o início do caso que comoveu o Brasil indicam que Bernardo acompanhou a madrasta, a enfermeira Graciele Ugulini, em uma viagem de Três Passos, onde a família vivia, a Frederico Westphalen, no dia 4 de abril. Na cidade vizinha, câmeras de segurança captaram imagens de Graciele e uma amiga, a assistente social Edelvânia Wirganovicz, embarcando em um automóvel com o garoto e voltando sem ele. No dia 14, após ouvir Edelvânia, a polícia localizou o corpo enterrado em um matagal.

A madrasta, a assistente social e o pai do garoto, o médico Leandro Boldrini, estão presos. A delegada vem sustentando que os três estão envolvidos com o crime e revelou que o inquérito chegou à fase em que a conduta de cada um será individualizada. Ela reafirmou a intenção de concluir o trabalho em 30 dias, mas admitiu a possibilidade de pedir prorrogação de prazo se todos os laudos da perícia não estiverem prontos.

O advogado de Graciele, Vanderlei Pompeo de Mattos, vem dizendo que ela vai se manifestar pela primeira vez nos próximos dias. O advogado de Edelvânia, Demetryus Grapiglia, afirma que o depoimento que ela deu é inválido porque não havia a presença de um defensor e sustenta que a cliente não participou da morte do garoto, tendo somente ajudado a ocultar o cadáver por pressão da madrasta. O advogado de Leandro, Jáder Marques, afirma que o médico é inocente.

Vítimas de acidentes de trânsito não precisarão mais arcar com os custos da perícia médica exigida pelo Seguro Obrigatório a Danos Pessoais causados por Veículos Automotores Terrestres (DPVAT). O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) informou, nesta sexta-feira (28), que a as empresas seguradoras podem ser obrigadas a custear os exames; a decisão, unânime, foi tomada na 4ª Câmara Cível.

Atualmente, cabe às vítimas dos acidentes o custeio dos exames exigidos pelo DPVAT, para garantir a indenização a partir da comprovação dos ferimentos ou grau de invalidez. Por entender que o DPVAT é um seguro privado com finalidade social, o desembargador Jones Figueirêdo Alves argumentou que a obrigação de custear a própria perícia é inviável às vítimas. 

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Relator do caso, o desembargador Eurico de Barros Correia também destacou a necessidade de ser facilitada a perícia feita pelo Instituto de Medicina Legal (IML) para melhor atender os cidadãos de Pernambuco. É responsabilidade do IML fornecer, em até 90 dias, o laudo com a verificação e quantificação das lesões permanentes, totais ou parciais. "Trata-se de uma injustiça manifesta que cidadãos em lugares do Sertão do Estado não possam ter a disponibilidade dos laudos, por dificuldades operacionais", disse Barros Correia. 

Com informações do TJPE

A Polícia Federal divulgou o resultado da perícia feita na Igreja Matriz dos Santos Cosme e Damião, em Igarassu, na Região Metropolitana do Recife, arrombada na tarde da terça-feira (4). Na ação, que envolveu três suspeitos e durou cerca de duas horas, foram levados dois objetos de prata tombados Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), uma naveta e uma colher. 

Os suspeitos entraram pela igreja pulando um muro pela parte da frente da Igreja e em seguida cortaram a energia elétrica, arrombaram duas portas e reviraram a sala da sacristia e o baú onde os objetos estavam guardados, e fugiram. Uma hipótese considerada é a possibilidade de os suspeitos já terem conhecimento prévio da rotina da igreja e do local onde as peças eram guardadas.

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Através da perícia feite, conseguiu-se levantar fragmentos de impressões digitais colhidas num ventilador, que serão lançadas no banco de dados criminal da Polícia Federal, e os integrantes da igreja darão esclarecimentos sobre os fatos na investigação. Quem tiver qualquer informação que ajude a Polícia Federal a identificar a localização dos suspeitos pode fazer uma denúncia através do número 3421-9595.

Roubar e comercializar peças são crimes contra o patrimônio nacional previstos em lei. A pessoa pode ser multada e corre risco de detenção de até três anos. A Igreja Matriz de Igarassu é uma das mais antigas do Brasil, sendo construída em 1535.

O delegado José Pedro Costa da Silva, da 21ª Delegacia de Polícia (Bonsucesso), disse na manhã desta sexta-feira, 03, que está descartada a versão de quatro policiais militares de que teriam trocado tiros com quatro jovens que estavam num Kia Cerato que furou uma blitz na Linha Amarela, zona norte do Rio, na madrugada da última segunda, 30.

Depois que o Cerato desrespeitou a ordem de parar, os PMs iniciaram uma perseguição, que terminou na Avenida Dom Hélder Câmara, no bairro de Pilares, zona norte, a cerca de cinco quilômetros de distância. Durante a fuga, o estudante de Cinema da PUC-Rio João Pedro Cruz, de 23 anos, morreu ao ser atingido por um tiro de fuzil. Ele estava sentado no banco de trás do motorista do Cerato, Pedro Igor Silva das Neves, de 19 anos. O motorista, Luiz Gustavo Lopes de Almeida e João Pedro Eusébio de Queiroz, ambos de 22 anos, não se feriram. Nenhum dos rapazes tinha antecedentes criminais.

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Nesta sexta, foi realizada mais uma perícia (a terceira) no Cerato e na viatura utilizada pelos PMs, número 54-6077, do Batalhão de Policiamento em Vias Especiais (BPVE). Os peritos constataram que o Cerato foi atingido por cinco disparos (dois na tampa do porta-malas, um na porta traseira direita, um na porta traseira esquerda, e um no vidro para-brisas). Já o Renault Logan da PM tem duas marcas de tiros (no retrovisor do motorista e na porta traseira direita).

"Antes dessa perícia, tínhamos apenas uma dúvida: de onde partiram os tiros que atingiram a viatura. Agora, temos certeza que os disparos foram de dentro para fora da viatura, ou seja, foram efetuados pelos próprios PMs durante a perseguição. Podemos afirmar categoricamente que não houve troca de tiros com os jovens, até porque não foi encontrada nenhuma arma dentro do Cerato", explicou o delegado.

Dentro do veículo onde estavam os jovens, foi encontrada pequena quantidade de maconha e cocaína. Para o delegado, não há nada que indique que os rapazes sejam traficantes. "Tudo leva a crer que a droga era para consumo próprio. Talvez seja esse o motivo que fez com que eles não tivessem parado na blitz".A Polícia Civil ainda aguarda a chegada de imagens de câmeras de segurança da concessionária Lamsa, que administra a Linha Amarela.

Três fuzis e uma pistola que estavam com os PMs foram apreendidos para serem submetidos a exame de balística. Segundo o delegado, os quatro policiais teriam efetuado 14 disparos no total. Em depoimento na 21ª DP, eles alegaram que foram atacados a tiros primeiro, e apenas revidaram. Os PMs foram identificados como cabo André Luiz Fernandes da Silva (que estava com a pistola), cabo Rodrigo Vinícius Ferreira Duarte, sargento Charles Pinto Pereira da Silva e sargento Wagner Luiz da Silva Ramos (os três últimos estavam com fuzis calibre 5.56).

"Ora, se os PMs alegam que só atiraram depois dos rapazes e durante a perseguição, então como o Cerato está com uma marca de tiro no para-brisa que entrou por fora?", questionou o advogado Pedro d' Alcântara, que representa os jovens. Segundo ele, os rapazes haviam saído de uma festa na zona sul e retornavam para casa, na Barra da Tijuca, bairro nobre da zona oeste, pela Linha Amarela.

A Polícia Militar informou que os quatro praças foram remanejados para plantões em cabines localizadas em vias expressas da cidade. A corporação também abriu inquérito policial militar (IPM) para apurar o caso.

Os restos mortais do ex-presidente João Goulart chegaram nesta quinta-feira (14) a Brasília, onde foi realizada uma solenidade com honras de Chefe de Estado, cerimônia que não pôde ser realizada na época da morte de Jango. A exumação tem o objetivo de realizar exames periciais para constatar a causa da morte do ex-presidente.

A homenagem póstuma com honras militares compreendeu, entre outros aspectos, salva de 21 tiros, execução do hino nacional e condução do esquife com os restos mortais por militares até a Base Aérea de Brasília, local onde foi prestada a homenagem. Além da presidente Dilma Rousseff, estiveram presentes os familiares de Jango, como a ex-esposa Maria Tereza Goulart, e várias autoridades, como os ex-presidentes José Sarney, Fernando Collor e Lula.

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Mais cedo, antes da cerimônia, Dilma ressaltou a importância da cerimônia, em postagem no Twitter. "Hoje é um dia de encontro do Brasil com a sua história. Como chefe de Estado da República Federativa do Brasil participo da recepção aos restos mortais de João Goulart, único presidente a morrer no exílio, em circunstância ainda a serem esclarecidas por exames periciais. Este é um gesto do Estado brasileiro para homenagear o ex-presidente João Goulart e sua memória. Essa cerimônia que o Estado brasileiro promove hoje com a memória de João Goulart é uma afirmação da nossa democracia. Uma democracia que se consolida com este gesto histórico", considerou no microblog.

Biografia

João Belchior Marques Goulart nasceu em 1º de março de 1919, em São Borja (RS). Ele foi deputado estadual (RS), deputado federal, Secretário de Estado de Interior e Justiça (RS), Ministro do Trabalho e duas vezes vice-presidente. Em agosto de 1961, Jango tornou-se Presidente da República, cargo que ocupou até 31 de março de 1964, data do golpe de Estado.

Deposto, ele refugiou-se no RS e depois partiu para o exílio no Uruguai e na Argentina, onde faleceu em 6 de dezembro de 1976. A causa oficial da morte foi um ataque cardíaco, mas a família de Jango nunca se convenceu por acreditar que o governo de Ernesto Geisel tenha envenenado o ex-presidente. Essa suspeita foi reforçada por um militar uruguaio que afirmou que os remédios para problemas cardíacos, tomados regularmente pelo ex-presidente, foram trocados por veneno. A expectativa é de que os exames possam ser anexados a documentos e testemunhos na investigação sobre o óbito de Jango.

O processo de exumação foi iniciado em 2007, por  iniciativa de familiares. Com a instalação da Comissão Nacional da Verdade (CNV), em maio de 2012, foi criado um grupo de trabalho que vem coordenando as investigações em torno da morte de João Goulart. O trabalho é feito, de forma conjunta, pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR) e pela CNV.

A exumação durou 18 horas, no Cemitério Jardim da Paz, na cidade de São Borja (RS), e foi encerrado as 2h desta quinta-feira. O trabalho envolveu 12 profissionais do Brasil, Argentina, Cuba e Uruguai. O médico João Marcelo Goulart, neto do ex-presidente, teve participação efetiva em todo o procedimento.

Os restos mortais permanecem na capital federal até o dia 6 de dezembro, quando serão levados novamente para São Borja, onde serão enterrados também com honras militares. Algumas amostras serão coletadas no Instituto Nacional de Criminalística, em Brasília, para exames periciais. Também serão feitos exames toxicológicos em laboratórios de outros países. Não há previsão para a divulgação dos resultados.

A Polícia Científica realizou na madrugada desta segunda-feira, 19, um exame acústico na casa da família Pesseghini, na Brasilândia, zona norte de São Paulo. Peritos dispararam tiros dentro da residência para checar se o som poderia ser ouvido pela vizinhança. O teste foi feito com o mesmo tipo de arma usada no crime, uma pistola .40, e no dia e horário estimados da chacina.

Para a Polícia, Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, de 13 anos, é o principal suspeito de assassinar os pais, o casal de PMs Luiz Marcelo e Andreia Regina Pesseghini, a avó e a tia-avó. O garoto teria cometido os crimes com a arma da mãe na madrugada de segunda-feira, 5, e, na manhã do mesmo dia, se suicidado.

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O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), responsável pelas investigações, informou que receberá o resultado do teste sonoro juntamente com os demais laudos periciais do caso - ainda sem previsão para serem entregues. Esta já é a terceira semana de investigações sobre as mortes da família. Até essa sexta-feira, 16, 31 pessoas prestaram depoimento sobre o caso, entre elas, vizinhos da família, que disseram ter ouvido disparos no dia do crime.

Os empresários Ramon Hollerbach e Cristiano Paz, ex-sócios do publicitário Marcos Valério, condenados no caso do mensalão, apresentaram ontem, 13, à imprensa o resultado de uma perícia financeira que contrataram para apurar se a agência de publicidade DNA prestou os serviços pelos quais recebeu R$ 73,8 milhões do fundo Visanet entre 2003 e 2004, dinheiro que, segundo decidiu o STF, foi desviado para parlamentares.

Segundo o perito Silvio Simonaggio, autor do parecer, "os documentos permitem concluir que é impossível, não é materialmente razoável, entender que o total de R$ 73,8 milhões não foi utilizado para a finalidade de fomento e divulgação dos produtos com a bandeira Visa".

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Simonaggio levou em conta as autorizações emitidas pelo Banco do Brasil para a DNA efetuar os pagamentos dos serviços; os planos de mídia, as notas fiscais, faturas, recibos e guias de impostos emitidos pelos prestadores de serviços e fornecedores de materiais; e comprovantes de pagamentos.

Para o perito, ao menos R$ 63 milhões, ou 85% do total, foram repassados a fornecedores e prestadores de serviços - Hollerbach e Paz dizem que o restante dos comprovantes está em poder do Banco do Brasil, da Cielo e do Instituto de Criminalística da Polícia Federal. Eles solicitaram, por meio de seus advogados, que o material seja enviado pelos três órgãos para a complementação da perícia.

Eles sustentam que o dinheiro foi efetivamente empregado em ações conhecidas como as campanhas do Ourocard na TV, patrocínios de atletas famosos como Gustavo Kuerten, Adriana Behar e Shelda, e em ações em aeroportos e mobiliário urbano.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Medo. Essa é a palavra que mais define os moradores do Residencial Eldorado, localizado no bairro do Arruda após a condenação do imóvel, por risco de desabamento, que tirou 16 famílias às pressas do bloco A1 e interditou o A2 na manhã da última sexta-feira (24). Na manhã desta segunda (27), técnicos da Defesa Civil visitaram outros blocos para verificar o estado dos apartamentos.

No bloco C2, onde Simone Melo mora desde 1996, quando foi inaugurado o residencial, várias rachaduras são encontradas na parte externa do apartamento dela. “Tá vendo isso aqui? Como é que os técnicos dizem que não tem problema? Essas fissuras todas que qualquer um vê, mas não percebe além disso. São vidas colocadas em risco, gente. É uma aflição todo santo dia”, lamentou a funcionária pública.

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“Estamos preocupados demais. Até a saída do laudo, que será daqui a 15 dias, vamos dormir mal todas as noites. A vistoria que eles fazem é a olho nu, só isso. Eu nunca fiz reforma nenhuma na minha casa pra que não tivesse um problema como esse do A1, que também não tinha nada aparentemente e acontece esse desastre”, afirmou a aposentada Elisabeth Santana, moradora do bloco D1 há 17 anos. 

A também residente do local pelo mesmo período, Evânia Sobral vai vender o apartamento caso não tenha nenhum problema no laudo. “Caso não dê problema, eu vendo mesmo. Se chove, a gente fica com medo, se tem barulho, também... Isso é vida?”, indagou.

A espera agora é pelo laudo que os técnicos irão divulgar nos próximos 15 dias, como disse a aposentada Elisabeth. Até lá, a aflição dos moradores vai persistir e eles esperam que alguma medida seja tomada. "Houve uma condenação em 2007 e cadê que nos avisaram? O nosso nunca teve estralo, mas vai precisar que alguém se acidente para ter algo rápido? É muito triste", relatou a comerciante Maria Inês.

 

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