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Os peritos médicos concluíram a necropsia do corpo do menino Henry Borel, de apenas quatro anos, que morreu no último dia 8 em um apartamento na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Segundo as equipes, foram identificados “múltiplos hematomas no abdômen e nos membros superiores”, “infiltração hemorrágica” na parte frontal, lateral e posterior da cabeça, “grande quantidade de sangue no abdômen", “contusão no rim” e “trauma com contusão pulmonar”, de acordo com o laudo obtido pela TV Globo. O texto resume os ferimentos ao resultado de uma “ação contundente” e autoridades descartam a hipótese de um acidente doméstico.

Um inquérito foi instaurado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro para investigar o caso, já que as motivações seguem indefinidas. Nos relatos iniciais, foi dito que o menino já havia chegado a um hospital local em estado crítico, por volta das 4h30. Na madrugada da sua morte, a criança estava acompanhada da mãe, Monique Medeiros da Costa Almeida e do namorado, o vereador Jairo Souza Santos, conhecido como Dr. Jairinho (Solidariedade-RJ).

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Na noite em questão, Henry havia ido dormir com a mãe. O pai, Leniel Borel de Almeida Jr., foi notificado sobre o estado de saúde do filho através de uma ligação da ex-mulher, que o orientou a encontrá-la no hospital, avisando que o menino precisava de socorro. Segundo o responsável, ao chegar no hospital, os médicos tentavam reanimar a vítima fatal, já morta. Monique e o namorado relataram que ouviram um barulho no quarto de Henry, e ao chegar lá, “ele estava revirando os olhos e sem conseguir respirar”. A mãe acredita que o filho levou uma queda.

O laudo do IML veio após o pai ser orientado pelos médicos a procurar a polícia científica, para que as equipes pudessem oferecer mais informações sobre as causas da morte.

Pai pede respostas 

Longe das redes sociais há nove anos, o engenheiro criou um novo perfil para compartilhar a saudade do filho e a necessidade de respostas. No Facebook, disse que só conseguirá seguir em frente quando “souber a verdade”. Leniel não acredita que a fatalidade tenha sido causada por uma queda.

“Henry era perfeito. As palavras são poucas para definir meu filho. É muito para um pai receber um laudo do IML como esse. Só quero saber o que houve com ele", escreveu.

 

O deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) se recusou a fornecer a senha dos dois aparelhos celulares encontrados em sua cela na última quinta, 18. A apreensão dos aparelhos e a falta de cooperação do parlamentar constam em despacho do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que pede à Procuradoria-Geral da República nova manifestação sobre a prisão do aliado do presidente Jair Bolsonaro.

A PGR denunciou Silveira no inquérito dos atos antidemocráticos por ameaças contra ministros do STF divulgadas em vídeos nas redes sociais. Em outra investigação - sobre "fake news’ contra a Corte, a PGR sugeriu a aplicação de medidas restritivas alternativas à prisão, como a proibição de se aproximar das dependências do Supremo e uso de tornozeleira eletrônica.

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Na decisão desta terça, 23, Moraes lista episódios posteriores à prisão de Silveira, ocorrida na noite de terça, 16, e à denúncia da PGR protocolada no dia seguinte. Os casos envolvem a discussão com uma agente da Polícia Civil no Instituto Médico Legal (IML) do Rio, declarações do parlamentar a manifestantes na porta do Batalhão e a descoberta de dois aparelhos celulares na cela do deputado na Superintendência da Polícia Federal do Rio.

"A realização de imediata perícia dos aparelhos apreendidos foi determinada, com solicitação de identificação dos proprietários dos "chips’, transcrição de todos os seus dados e remessa dos laudos para o presente inquérito", apontou Moraes. "Segundo informações da Polícia Federal, o custodiado negou-se a fornecer as senhas de acesso aos aparelhos para a realização do trabalho da equipe de peritos".

Segundo o ministro, a ocorrência de diversos episódios envolvendo Silveira após a apresentação da denúncia por parte da PGR pode "gerar reflexos na instrução processual penal’. Por conta disso, o ministro solicitou nova manifestação da Procuradoria, inclusive em relação ao pedido de liberdade provisória do deputado.

Segundo o Estadão apurou, a apreensão dos aparelhos celulares repercutiu mal entre integrantes do STF e da PGR. A PF abriu um inquérito para investigar o caso. Pessoas que acompanham as investigações avaliam que a perícia nos aparelhos celulares pode revelar se Silveira, que foi policial militar do Rio, tem algum envolvimento com grupos de milicianos. A análise também poderá demonstrar a relação do deputado com o presidente Jair Bolsonaro e com dirigentes partidários.

Silveira foi preso em flagrante por crime inafiançável, no dia 16, ao divulgar vídeo com ataques e ofensas a integrantes do STF e, ainda, com apologia ao Ato Institucional nº 5, o mais duro da ditadura militar. A ordem de prisão, determinada por Alexandre de Moraes, foi confirmada por unanimidade pelo plenário da Corte um dia depois. Na sexta-feira passada, por 364 votos a 170, a Câmara manteve a decisão.

Procurado pela reportagem, o advogado de Silveira, Maurizio Spinelli, informou apenas que protocolou junto ao STF as "representações pertinentes até o momento’, mas que prefere não dar detalhes, por uma questão de estratégia.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que os dois celulares entrados com o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) na Superintendência da Polícia Federal no Rio, onde ele estava preso, sejam periciados.

"Determino a imediata perícia dos aparelhos apreendidos, com todos os seus dados e remessa dos laudos para o presente inquérito", diz o despacho assinado na quinta-feira (18).

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Os aparelhos foram apreendidos no início da tarde de quinta. Depois disso, o deputado passou por uma audiência de custódia, quando foi mantida a prisão em flagrante até um pronunciamento oficial da Câmara sobre o caso. Com a decisão, ele foi transferido ao Batalhão Especial Prisional da Polícia Militar, em Niterói, na região metropolitana do Rio.

O destino de Silveira está agora nas mãos da Câmara dos Deputados. O plenário vai decidir sobre a prisão nesta sexta-feira (19). A tendência é manter o parlamentar na cadeia.

Ex-policial militar e integrante da ala bolsonarista do PSL, Daniel Silveira foi preso após publicar um vídeo em suas redes sociais fazendo apologia à ditadura militar e discurso de ódio contra ministros do Supremo Tribunal Federal.

Ele ficou famoso ao quebrar uma placa que homenageava a vereadora Marielle Franco, assassinada em março de 2018, na campanha eleitoral daquele ano.

Além da prisão, o vídeo lhe rendeu uma denúncia, formalizada pela Procuradoria-Geral da República, por grave ameaça e incitação de animosidade entre o Supremo Tribunal Federal e as Forças Armadas.

A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira, 8, o laudo preliminar de uma nova perícia feita nas mensagens apreendidas na Operação Spoofing contra o grupo de hackers que invadiu celulares e copiou conversas de autoridades - atingindo o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro e procuradores da força-tarefa da Lava Jato. Parte do material foi compartilhado com os advogados do petista e as análises têm sido feitas em etapas por um perito independente contratado pela defesa.

O envio acontece na véspera do julgamento, na Segunda Turma do tribunal, para decidir sobre a manutenção ou derrubada do parecer do ministro Ricardo Lewandowski, que autorizou Lula a acessar o material.

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No documento que acompanha a perícia, a defesa do ex-presidente observa que as mensagens encaminhadas nesta segunda foram selecionadas em razão de sua 'relevância'. "Esse novo conjunto de mensagens encontradas reforça que o então juiz Sergio Moro orientava e era consultado rotineiramente para a prática dos atos de persecução, notadamente em relação ao Reclamante [Lula]", diz um trecho do ofício.

O objetivo da defesa de Lula é justamente usar as conversas para reforçar as acusações de que Moro agiu com parcialidade e encarou o ex-presidente como 'inimigo' ao condená-lo a nove anos e meio de prisão no caso do triplex do Guarujá.

Na outra ponta, ex-juiz e procuradores insistem que não o material não foi periciado oficialmente e que a prova não tem validade jurídica por ter sido 'obtida por via criminosa'.

VEJA TRECHOS DESTACADOS PELA DEFESA DE LULA AO STF:

'No CPP de russo, tudo pode'

Em mensagem trocada em 23 de novembro de 2017, a procuradora Jerusa Viecili, ex-integrante da Lava Jato em Curitiba, diz ao colega Januário Paulo que 'no CPP de russo, tudo pode', em uma alusão ao Código de Processo Penal 'criado' pelo então juiz Sérgio Moro, afirma a defesa de Lula.

Interferência em acordos de colaboração com Palocci e Léo Pinheiro

Há trechos em que o ex-coordenador da força-tarefa, Deltan Dallagnol, sugere que o então juiz se envolvia na celebração de acordos de colaboração premiada, incluindo aqueles firmados com o ex-ministro dos governos petistas, Antônio Palocci, e com ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro.

"Após analisarmos Palocci, temos que falar pro Moro, que não vai querer a pena aliviada num caso dele sem justificativa e tem ponte com TRF", escreve Deltan no dia 3 de maio de 2018. "Segundo a Laura, o Moro quer um acordo com o Palocci pela mesma razão do Leo Pinheiro", acrescenta.

Em outra mensagem, trocada em 30 de agosto de 3018, a procuradora Jerusa Viecili é questionada, a pedido de Moro, sobre o andamento do acordo com Léo Pinheiro. "Olá, evoluiu o acordo do Leo Pinheiro? PGR esta andando com isso? Russo perguntando".

Escolha de procuradores em audiência e pedido para apagar mensagens

Em 13 de maio de 2017, Deltan pergunta a um colega, não identificado no documento, se também havia recebido mensagem de Moro sobre uma audiência a ser realizada.

"Não comenta com ninguém e me assegura que teu telegram não tá aberto aí no computador e que outras pessoas não estão vendo por aí, que falo. Você vai entender por que estou pedindo isso", escreveu o procurador. "Depois, apagamos o conteúdo", acrescenta.

Ao receber a confirmação do colega, Deltan transfere mensagem atribuída a Moro: "Prezado, a colega Laura Tessler de vocês é excelente profissional, mas para inquirição em audiência, ela não vai muito bem. Desculpe dizer isso, mas com discrição, tente dar uns conselhos a ela, para o próprio bem dela. Um treinamento faria bem. Favor manter reservada essa mensagem."

Em seguida, o então coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba diz: "No do Lula não podemos deixar acontecer."

Consultas a Moro e sugestões do ex-juiz em processos em tribunais superiores

Em uma série de mensagens, os procuradores afirmam ter conversado com o então juiz da Lava Jato sobre questões estratégicas das investigações - o momento mais oportuno para propor uma denúncia e a viabilidade de pedidos de acesso a informações relacionadas a processos no exterior, por exemplo.

Em 4 de julho de 2018, uma mensagem indica que Moro também palpitava em ações em tramitações em tribunais superiores. "O Russo sugere a operação no início de agosto em virtude da assunção de um novo presidente do STF durante as férias", diz a mensagem.

"Beleza. Se ele quer assim, não me oponho", responde a procuradora Laura Tessler.

Trocas com o FBI

Na origem, a defesa do ex-presidente acionou o STF para obter acesso à documentação relacionada ao acordo de leniência da Odebrecht - usada no processo em que o petista é acusado pela Lava Jato de receber R$ 12 milhões em propinas da construtora na compra do terreno em São Paulo para sediar o Instituto Lula. Depois é que os advogados solicitaram o compartilhamento do acervo da Operação Spoofing.

Entre as mensagens periciadas nesta etapa e destacadas pelos advogados do ex-presidente, há conversas que sugerem a existência de documentos envolvendo trocas com a Embaixada dos Estados Unidos, FBI, autoridades da Suíça e outras agências estrangeiras que teriam sido omitidos pela força-tarefa, segundo a defesa de Lula.

O impasse envolvendo o acordo com a construtora se alonga desde 2017, quando os advogados do ex-presidente começaram a entrar com sucessivos pedidos para ler toda a documentação. Desde então, a defesa sustenta que a íntegra não foi disponibilizada e acusa o juiz Luiz Antonio Bonat e os procuradores da Lava Jato de esconderem documentos. As acusações levaram Lewandowski a pedir a abertura de uma apuração na Corregedoria do Ministério Público Federal para saber se os registros estão sendo de fato 'suprimidos'.

O INSS vai iniciar, na segunda-feira (16), os atendimentos da experiência-piloto de perícias médicas com uso da telemedicina. O projeto se estende até o dia 31 de janeiro de 2021.

De acordo com a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, o protocolo da experiência foi aperfeiçoado para dar segurança ao ato pericial dos peritos médicos federais, que ficam autorizados a realizar as perícias médicas por esse modelo, durante o período de enfrentamento da pandemia da Covid-19. A medida foi tomada em cumprimento de "decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), que exigiu que o INSS e a Subsecretaria da Perícia Médica Federal elaborassem um protocolo para a realização de perícias médicas com o uso de telemedicina".

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Só no Judiciário, cerca de 200 mil processos estão paralisados, segundo o Conselho Nacional de Justiça, à espera de uma perícia. No âmbito administrativo, o número é maior: cerca de um milhão de segurados do INSS aguardam a consulta presencial.

O Tribunal de Contas da União (TCU) deu cinco dias para que o INSS e a Subsecretaria da Perícia Médica Federal elaborem um protocolo para a realização "imediata" de perícias médicas com o uso de telemedicina. A medida cautelar foi concedida nessa sexta-feira (25), pelo ministro do TCU Bruno Dantas após representação de dois integrantes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Os conselheiros Maria Tereza Uille Gomes e Henrique de Almeida Ávila argumentaram que a Lei 13.989, de 15 de abril de 2020, autorizou o uso de telemedicina sem excluir qualquer ato médico de sua abrangência. O próprio CNJ editou resoluções permitindo o emprego desse instrumento.

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Só no Judiciário, cerca de 200 mil processos estão paralisados, segundo o CNJ, à espera de uma perícia. No âmbito administrativo, como mostrou o Estadão/Broadcast, esse número é até maior: cerca de um milhão de segurados do INSS aguardam a consulta presencial.

Mesmo com a lei, o Conselho Federal de Medicina (CFM) impediu a realização de teleperícias. O governo também não vê respaldo legal e considera a ferramenta inadequada para o caso das perícias, cujo objetivo é atestar a condição do segurado e detectar se ele faz jus ou não ao recebimento do benefício.

Retorno

O Ministério da Economia tem aos poucos determinado o retorno de peritos às atividades presenciais, mas a retomada desaguou numa guerra política com o sindicato da categoria e também numa batalha judicial. Dos cerca de 3,5 mil peritos federais, 776 foram efetivamente convocados a retomar seus postos de trabalho, e apenas 421 compareceram às agências.

Diante do impasse no retorno das atividades presenciais dos peritos, o TCU resolveu agir. Além de ordenar a elaboração do protocolo para as teleperícias, Dantas determinou que sejam ouvidos em 15 dias o INSS, a Subsecretaria da Perícia Médica Federal do Ministério da Economia, o CFM e o Conselho Federal do Serviço Social (CFSS).

"A paralisação e o represamento das perícias médicas são de uma gravidade ímpar neste momento, pois denotam, além de incapacidade gerencial, falta de sensibilidade humana com a dor e o sofrimento das pessoas menos favorecidas", diz o ministro em seu despacho.

"Milhares de cidadãos estão tolhidos de buscarem, via administrativa, e, por conseguinte, de receberem seus benefícios e direitos em momento dramático de suas vidas, em razões dos devastadores efeitos financeiros decorrentes da pandemia da Covid-19, mesmo reconhecendo os esforços do governo federal com a concessão do auxílio emergencial e do benefício emergencial a parcelas significativas da população mais vulnerável", acrescentou.

Para Dantas, a eventual judicialização dos requerimentos em fase administrativa ainda não atendidos poderia ter reflexos negativos no Judiciário, dado o custo dessa mobilização. O ministro ainda ponderou que há "ameaça de punições funcionais contra os peritos que, eventualmente, fizerem tais procedimentos" por meio virtual, ainda que autorizados pelo CNJ.

Em sua representação, os conselheiros do CNJ classificaram a situação de "verdadeira crise humanitária". "Centenas de milhares de trabalhadores e de chefes de família, já atingidos pela crise sanitária decorrente da pandemia da Covid-19, viram-se impossibilitados de manter a própria subsistência e a de seus familiares em virtude da inércia do Estado em cumprir um dos mais relevantes de seus deveres", diz o documento.

Procurada, a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, à qual são ligados o INSS e a Subsecretaria da Perícia Médica, não comentou

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) informou que as perícias médicas estão suspensas até que adequações sejam feitas das agências da Previdência, para garantir a segurança dos peritos e beneficiários contra riscos de infecção pelo novo coronavírus (Covid-19). Nessa segunda-feira (14), diversas unidades retomaram o atendimento presencial, suspenso em março em razão da pandemia.

Entretanto, os médicos peritos decidiram não retomar as atividades por falta de segurança e todas as perícias médicas agendadas foram suspensas. De acordo o INSS, novas inspeções serão feitas nesta terça (15) e quarta-feira (16) para viabilizar o rápido retorno dos peritos.

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De acordo com a Associação Nacional dos Peritos Médicos Federais, durante vistorias nas agências na semana passada, ficou constatado que das mais de 800 unidades que oferecem perícia pelo Brasil, apenas 12 tinham estrutura para retorno seguro neste período de pandemia. “Abrir apenas estas agências e manter fechadas as demais é inviável do ponto de vista gerencial e operacional, e causaria potencial caos nas cidades devido a riscos de sobrecarga de demanda”, explicou, em comunicado.

Os peritos continuam em trabalho remoto, atendendo os pedidos de antecipação e demais solicitações que já vêm sendo feitas ao longo da pandemia.

Mesmo sem o serviço de perícia, segundo o INSS, a retomada gradual inclui a avaliação social, cumprimento de exigências, reabilitação profissional e justificação administrativa. Todos esses serviços devem ser agendados com antecedência pelos canais remotos. “Segurados não agendados não serão atendidos a fim de evitar aglomerações, conforme determinações do Ministério da Saúde”, destacou o INSS.

O segurado deve acessar o portal covid.inss.gov.br para saber qual agência está aberta e se já oferece a perícia. Caso positivo, é necessário fazer a remarcação pelo Meu INSS ou pelo telefone 135.

Há cerca de dois meses o Pantanal mato-grossense vem sendo atingido por incêndios. Segundo perícia realizada pelo Centro Integrado Multiagências de Coordenação Operacional (Ciman-MT), as chamas foram causadas por ação humana. 

Os laudos foram encaminhados para a Delegacia de Meio Ambiente (Dema) para que um inquérito seja aberto, a fim de encontrar e punir os responsáveis pelos incêndios. A perícia é feita por dois profissionais com apoio de imagens de satélites para encontrar a origem dos focos de queimadas. Os peritos detectaram queima de pasto, fogo em raízes de árvore para retirar mel de abelha e incêndios em máquina agrícola e em veículo. 

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Na Reserva Particular do Patrimônio Natural Sesc Pantanal (RPPN), em Barão de Melgaço, a causa do fogo foi dada como queima intencional de vegetação desmatada para criação de área de pasto para gado. A Força Aérea Brasileira (FAB) também auxiliou neste trabalho ao sobrevoar a área e detectar o uso de madeiras, palanques de cerca e rodeios para o gado. Na Fazenda Espírito Santo, uma máquina agrícola que fazia limpeza de área com enleiramento (parte do processo da junção do material que formará o feno) pegou fogo. 

Também houve fogo em outras áreas, com chamas causadas por um acidente automobilístico na Rodovia Transpantaneira e retirada de mel de abelhas silvestres usando fumaça para retirar os favos na Fazenda São José, localizada na região conhecida como Moitão. 

Punição Legal

A pena para quem provocar incêndios em áreas protegidas é de multa, que varia de valor de acordo com o tamanho da área, danificação, tipo de vegetação, danos à fauna, flora e se é um caso de reincidência ou não, variando de R$ 1 mil a R$ 7,5 mil por hectare, conforme decreto federal 6514/2008. Em caso de flagrante, o infrator é encaminhado para a delegacia para registro do Boletim de Ocorrência e pode ser detido.

Considerando toda a área queimada, a punição para os crimes ambientais cometidos no Pantanal este ano pode chegar a R$ 50 milhões em multa ambiental, com detenção um a quatro anos, em caso de dolo, e de no mínimo seis meses em caso de incêndio  não intencional.

Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) do Mato Grosso, de janeiro a setembro de 2020, mais de 5 mil focos de calor foram localizados em propriedades privadas. Outros 3 mil incêndios foram detectados em terras indígenas e 890 em unidades de conservação. A próxima perícia deverá ser feita na Área de Proteção Ambiental (APA) do Parque Estadual de Chapada dos Guimarães, onde o fogo destruiu mais de 2 mil hectares. 

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Um exame de DNA confirmou que o estuprador da menina de 10 anos do Espírito Santo, que ficou grávida, foi mesmo o seu tio. A análise foi feita em material genético colhido no feto que foi abortado em procedimento autorizado pela Justiça. O homem encontra-se preso e pode ser condenado a até 15 anos de prisão. 

A análise foi feita pela Superintendência de Polícia Técnico-Científica do Espírito Santo. Segundo o jornal A Gazeta, o resultado da perícia ficou pronto na última terça (25) e concluiu que o DNA do tio da menina e do feto eram compatíveis indicando que ele teria sido, de fato, o autor do estupro. O exame foi concluído em apenas cinco dias úteis e encaminhado para o Ministério Público Estadual. 

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O homem havia sido preso no dia 18 de agosto, na cidade de Betim, em MInas Gerais,  após passar alguns dias foragido. No mesmo dia, ele foi levado à uma penitenciária do Complexo de Xurí, em Vila Velha (ES) e, em seguida, considerado formalmente réu pelo crime. A menina segue sob proteção da Justiça, após ter sido submetida a um procedimento de aborto autorizado judicialmente

Depois que o Centro de Saúde Amaury de Medeiros (CISAM) realizou o aborto na criança de 10 anos, estuprada pelo tio no Espírito Santo, a Polícia Científica de Pernambuco coletou as amostras biológicas do feto e da garota.

Segundo a Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS-PE), as perícias de Genética Forense já estão em andamento e o resultado delas constituirá prova material do crime, sendo de fundamental importância para a indicação de autoria do criminoso. Nesta terça-feira (18), o Cisam afirmou em comunicado que a menina responde bem ao tratamento e apresenta uma boa recuperação.

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Após 30 dias de uma processo de investigação com 452 fases e 21 pessoas ouvidas, foi concluído o inquérito de investigação do caso do garoto Miguel Otávio, de cinco anos, morto após cair do nono andar do edifício Píer Maurício de Nassau, no centro do Recife, e ser deixado sozinho no elevador por Sarí Côrte Real, patroa de sua mãe, a doméstica Mirtes Renata Santana de Souza, que passeava com o cachorro da empregadora. O delegado Ramon Teixeira, que acompanha o caso, anunciou que Sarí será indiciada por abandono de incapaz. A perícia divulgou um vídeo que refaz o percurso final de Miguel, confirmando a inexistência do envolvimento de terceiros em sua morte.

Nas imagens, tanto da animação quanto da simulação efetuada pelo perito, é mostrado que garoto desce do elevador no nono andar, abre a porta corta-fogo, caminha pelo corredor, até encontrar uma janela à sua esquerda, que pula. Com isso, se vê em uma pequena área restrita de condensadores de ar diante de um gradil com função estética, no qual sobe e pula. “Dois funcionários confirmaram que ouviram por duas vezes gritos de criança pela mãe, de chamamento. Difícil estabelecer com precisão o que aconteceu, mas é perfeitamente possível que a criança tivesse visto a mãe com o cachorro da moradora na pista do edifício e inferir que o motivo pelo qual a criança chamou a mãe é diretamente decorrente do fato de ter sido abandonada”, coloca o delegado.

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Embora a porta corta-fogo estivesse com as trancas quebradas e não houvesse tela de proteção no recinto adentrado por Miguel, o edifício e sua administração não serão responsabilizados. “Teriam levado ao mesmo resultado. O laudo deixou claro que não havia sido o sistema de travamento que teria impedido a criança de escalar [o gradil] e isso também reforça a previsibilidade”, completa Teixeira.

Segundo o perito do Instituto de Criminalística André Amaral, a morte de Miguel tratou-se de um evento de natureza acidental. “Era inviável a presença de outra pessoa no local. Houve desequilíbrio e precipitação da criança”, comentou.

O crime de abandono de incapaz está previsto no artigo 133 do código penal, “abandonar pessoa que está sob seu cuidado, guarda, vigilância ou autoridade, e, por qualquer motivo, incapaz de defender-se dos riscos resultantes do abandono”. Caso a conduta resulte em morte, a pena é de detenção, entre quatro e 12 anos.

Está marcado para essa terça-feira o início da perícia nos telefones celulares de Ronaldinho Gaúcho e seu irmão, Assis. Os dois estão presos em Assunção, no Paraguai, desde o último dia 6, após usarem passaportes falsos para entrar no país.

A partir do conteúdo dos aparelhos dos brasileiros os investigadores esperam saber se os dois têm ou não ligação com uma organização criminosa estruturada para falsificar documentos e especializada em lavagem de dinheiro.

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A suspeita do Ministério Público é de que Ronaldinho Gaúcho e Assis façam parte de um amplo esquema. A quadrilha contaria com a participação de empresários e funcionários públicos para facilitar a realização de negócios ilegais no país.

Na última sexta-feira, policiais e promotores do Ministério Público fizeram uma operação de busca e apreensão na casa da empresária Dalia López e em uma empresa da qual ela é acionista. A empresária é apontada como responsável por levar Ronaldinho ao Paraguai e comandar o esquema de falsificação de documentos. Foram recolhidos um cofre, documentos e outros itens que poderiam comprovar ligação do ex-jogador com a organização criminosa. O material apreendido será "cruzado" com as informações dos celulares de Ronaldinho e seu irmão.

Os dois estão no Agrupamento Especializado da Polícia Nacional do Paraguai, localizado em Assunção. Decisão do juiz Gustavo Amarilla da terça-feira passada referenda por um tribunal da apelação três dias depois sustenta que o ex-jogador e seu irmão têm de permanecer presos enquanto durar as investigações.

Os juízes apontam risco de fuga e de obstrução nas investigação se os brasileiros forem transferidos para prisão domiciliar. Pelas leis paraguaias, o inquérito pode durar até seis meses para ser concluído.

A defesa de Ronaldinho e de seu irmão alega que os dois foram enganados e não sabiam que os passaportes tinham sido adulterados. Por enquanto, os advogados não convenceram as autoridades paraguaias e têm acumulado sucessivas derrotas na tentativa de tirar os clientes da cadeia.

A subprocuradora-geral da República, Lindôra Araújo, pediu ao ministro do STF Edson Fachin que autorize uma perícia sobre pen drives entregues pelos delatores da J&F em investigação sobre a suposta compra do apoio do MDB à reeleição da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2014. O material foi entregue para corroborar a delação de Joesley Batista, Ricardo Saud e Demilton de Castro. 

Detalhes sobre as circunstâncias da morte do ex-policial militar Adriano Magalhães da Nóbrega, o "capitão Adriano", devem ser revelados na próxima semana, com conclusão de laudos periciais solicitados pela defesa dele e pelo Ministério Público da Bahia.

Uma nova necropsia foi realizada antes do Carnaval por peritos da Bahia enviados ao Instituto Médico Legal (IML) do Rio, onde o cadáver era conservado numa câmara refrigerada. Um dia depois, o corpo foi sepultado em cerimônia discreta num cemitério do Rio.

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O prazo de 15 dias para o laudo complementar ser oficialmente enviado à Justiça da Bahia vence na próxima semana. O exame ocorreu com ordem judicial, a pedido de promotores de Justiça que atuam em Esplanada (BA), zona rural em que "capitão Adriano" morreu fuzilado no dia 9 de fevereiro, após supostamente revidar com tiros uma operação para prendê-lo.

Além disso, peritos contratados pela família do ex-policial receberam 10 dias para apresentar um laudo de exame cadavérico particular. A defesa não quer usar todo o prazo, mas só pretende apresentar suas conclusões após analisar o novo laudo requisitado pelo MP baiano.

O advogado Paulo Emílio Catta Preta, defensor de "capitão Adriano" na ação penal da Operação Os Intocáveis, contra a milícia da favela de Rio das Pedras, na Zona Oeste do Rio, também aguarda que a Secretaria de Segurança Pública da Bahia anexe a um procedimento de apuração da Polícia Civil as gravações de diálogos feitos por rádios transmissores usados pelos policiais a cargo da operação policial e um exame papiloscópico (coleta de impressões digitais) nas munições não deflagradas encontradas na pistola 9 mm cuja posse é atribuída a Adriano.

Ex-PM do Batalhão de Operações Especiais (Bope) do Rio, ele é suspeito de chefiar a milícia Escritório do Crime, investigada pela execução da vereadora Marielle Franco (PSOL), em 2018. O ex-policial militar teve a mãe e uma ex-mulher empregadas no gabinete de deputado estadual do atual senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ), filho mais velho do presidente da República, Jair Bolsonaro. Elas aparecem na investigação sobre apropriação de salários de funcionários no antigo gabinete do senador.

O presidente já se referiu ao "capitão Adriano" como "herói". O clã Bolsonaro cobrou investigação independente do caso e lançou suspeitas de que ele tenha sido torturado e morto como "queima de arquivo".

Familiares do ex-PM e a então companheira, Julia Lotufo, ainda guardam discrição e memórias do ex-PM e não se pronunciaram sobre o caso. Dias antes da morte na Bahia, tanto capitão Adriano quanto Julia disseram que ele temia ser assassinado em vez de preso, de acordo com o advogado. "Com as repercussões sobre os arquivos que ele poderia revelar, a família fica um pouco receosa, mas não estão sob proteção", diz Catta Preta.

A Polícia Civil do Rio concluiu que a voz do porteiro que liberou a entrada do ex-PM Élcio de Queiroz no condomínio Vivendas da Barra, no Rio, no dia dos assassinatos da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes não é a do funcionário que mencionou o presidente Jair Bolsonaro aos investigadores da Delegacia de Homicídios (DH). A informação é do jornal "O Globo", que teve acesso ao laudo da perícia.

O documento é assinado por seis peritos, que também atestam que o áudio da conversa não sofreu edição. Segundo os investigadores, quem autorizou a entrada de Élcio no condomínio foi o policial reformado Ronnie Lessa. Élcio e Lessa estão presos e são acusados de cometer o crime.

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No ano passado, uma reportagem da TV Globo mostrou que um homem chamado Elcio (que seria Elcio Queiroz) deu entrada no condomínio Vivendas da Barra em 14 de março de 2018, data do crime, dirigindo um Renault Logan prata. Ele teria informado ao porteiro que iria visitar a casa 58, de Bolsonaro, mas se dirigiu à residência de Ronnie Lessa, que vive no mesmo conjunto.

Em um primeiro depoimento, o porteiro Alberto Mateus relatou ter confirmado a entrada de Elcio Queiroz com o "seu Jair". Quando o veículo seguiu para a casa de Lessa, ele disse ter ligado novamente para a casa de Bolsonaro para confirmar o destino de Queiroz.

Em novembro, o porteiro prestou novo depoimento e recuou das declarações. Ele afirmou ter lançado errado o registro de entrada de Elcio Queiroz na casa 58, do presidente Jair Bolsonaro, na planilha de controle do condomínio. O funcionário disse que havia se sentido "pressionado".

Segundo as investigações, no dia do crime quatro porteiros estavam de plantão no condomínio. Agora, a análise dos peritos apontou que o áudio da conversa por interfone "possui características convergentes com a fala padrão coletada pelo porteiro Z, mais do que qualquer dos outros porteiros analisados". O "porteiro Z" não é o que prestou depoimento citando o presidente.

Resultados divulgados nesta terça-feira (21) pela cervejaria Backer apontam que, ao contrário de parecer do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), não foi encontrado dietilenoglicol na água usada na produção de cervejas da marca. A análise, contratada pela empresa, foi feita pelo departamento de química da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

As amostras de água analisadas pela UFMG são as mesmas usadas pelo Mapa. Os testes foram realizados com a permissão do ministério. 

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A perícia contratada pela Backer também aponta que a presença de dietilenoglicol nas cervejas foi “eventual”. As amostras analisadas mostram um declínio na contaminação dos lotes, em vez de um quadro de contaminação constante, o que sugeriria uma falha no processo de produção da cerveja.

Segundo o parecer da universidade, o lote L2 1348 da cerveja Belorizontina, produzido em 11 de novembro, é o que apresenta a maior quantidade da substância tóxica, 0,83 gramas (g) por 100 mililitros (ml). Nos lotes subsequentes o índice de contaminação é menor. O lote de 24 de dezembro tem 0,41g por 100ml e o lote de 3 de janeiro, 0,21ml. Os resultados foram apresentados hoje em entrevista coletiva.

“São dados que apontam um pico de contaminação em novembro, mas que não persistiu ao longo das semanas. No caso de um problema no processo, o mais provável é que a concentração inicial fosse mais constante, e não decrescente”, afirmou o professor do departamento da UFMG, mestre em ciências dos alimentos e doutor em química, Bruno Botelho, contratado pela Backer para realizar uma análise independente da já realizada pela Polícia Civil e pelo Mapa.

Toxicidade

Botelho também trouxe dados sobre o poder de toxicidade do dietilenoglicol. Segundo ele, a literatura médica sobre o assunto traz um consenso de que a intoxicação pela substância ocorre quando a ingestão dela se dá em uma proporção de 1,1g para cada quilo corpóreo.

Os dados trazidos pelo professor trazem questionamentos sobre o poder de toxicidade das cervejas contaminadas. “Pela proporção, um adulto de 70 kg teria que consumir por volta de 80g dessa substância. Se eu falei que uma garrafa de 600 ml tem 4,8g, a pessoa precisaria beber 16 delas, cujo volume final seria em torno de 9,6 litros de cerveja”.

A Secretaria de Saúde de Minas Gerais confirmou nesta segunda-feira (20) que foram notificados 21 casos suspeitos de intoxicação por dietilenoglicol. Segundo a secrearia, quatro casos tiveram a intoxicação confirmada e 17 estão sob investigação. Até agora, quatro pessoas morreram. Três dessas mortes estão entre os 17 casos sob investigação.

A ingestão de dietilenoglicol pode provocar a síndrome nefroneural, que pode provocar insuficiência renal aguda e alterações neurológicas, como paralisia facial, embaçamento ou perda da visão, entre outros sintomas.

A perícia nos áudios dos interfones do Condomínio Vivendas da Barra no dia do assassinato da vereadora Marielle Franco só foi feita um dia após a divulgação do caso pelo Jornal Nacional, da TV Globo, e ficou pronta em cerca de 2h25, destaca o jornal O Estado de S. Paulo. A análise das conversas entre um funcionário da portaria e moradores da casa 65/66 foi solicitada oficialmente às 13h05m11s de quarta-feira, 30. Por volta das 15h30, após a perícia, o Ministério Público (MP) afirmou que o porteiro mentiu ao dizer, em depoimento, que um dos acusados do homicídio, Elcio Queiroz, havia pedido para ir na casa 58, que pertence ao presidente Jair Bolsonaro.

Além disso, todas as sete perguntas feitas pelo MP para os peritos fazem referência à casa 65/66, de Ronnie Lessa, acusado de participar do crime junto com Queiroz. Os dois estão presos desde março de 2019. No ofício do MP, encaminhado na quarta à coordenadora de Segurança e Inteligência do MP do Rio, Elisa Fraga de Rego Monteiro, não há nenhuma questão sobre a casa 58 - como é presidente, Bolsonaro só pode ser investigado com autorização do Supremo Tribunal Federal.

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Em entrevista ao Jornal Nacional na noite de quarta-feira, o procurador-geral da República, Augusto Aras, disse que, "provavelmente" no mesmo dia analisou e arquivou informações sobre a suspeita de que Bolsonaro autorizou a entrada de um suspeito de matar Marielle no condomínio onde tem uma casa.

O MP tem os áudios com as conversas entre a portaria e as casas pelo menos desde o dia 14 de outubro. Durante a entrevista coletiva de quarta, promotoras do Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) disseram que os áudios da portaria mostram que a autorização para Queiroz entrar no condomínio foi dada por Lessa e afirmaram que não havia qualquer gravação da suposta conversa entre o porteiro e algum morador da casa 58.

Sobre a possibilidade de algum áudio do computador da portaria ter sido excluído ou renomeado, o MP respondeu na noite de quinta-feira: "Na mídia enviada não há indícios de adulteração no dia 14/03 ou qualquer outro dia dos analisados entre os meses de janeiro e março. Todos os registros de entrada constantes nas planilhas foram confrontados com os registros de voz".

A integridade da gravação e a possibilidade de adulteração é a primeira das seis perguntas feitas pelas promotoras aos peritos. Elas também perguntam se a voz que autoriza a entrada de Queiroz é mesmo de Lessa e pedem todas as ligações atendidas pelo suspeito.

Na mesma nota, o MP confirmou que formalizou os quesitos da perícia no dia 30, mas que o material tinha sido enviado para análise em 15 de outubro.

Na terça-feira, reportagem do Jornal Nacional mostrou que Queiroz teria pedido para ir à casa 58 quando chegou ao condomínio, horas antes do assassinato de Marielle. Ainda segundo o JN, o porteiro teria anotado que "seu Jair" dera autorização para que o suspeito entrasse. Bolsonaro estava em Brasília no dia. O Estado não teve acesso ao livro de ocorrências do condomínio, onde estariam as anotações do porteiro.

Promotora

Uma das promotoras do Ministério Público do Rio que investigam o assassinato da vereadora Marielle Franco fez publicações de apoio ao presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais e já postou foto com o deputado estadual Rodrigo Amorim (PSL), conhecido por quebrar uma placa com o nome da vereadora. Carmen Eliza Bastos de Carvalho participou nesta quinta-feira, 31, da coletiva de imprensa na qual o MP afirmou que o porteiro do condomínio Vivendas da Barra mentiu ao relacionar Bolsonaro com Elcio Vieira de Queiroz, um dos réus presos por envolvimento no crime. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Polícia Civil realizou perícia, na manhã desta segunda-feira, 28, na Linha Amarela, para avaliar os danos provocados pela ação de agentes da prefeitura que, durante a madrugada, destruíram a praça de pedágio da via expressa. A perícia foi feita a pedido do Ministério Público do Estado.

"A medida é necessária para instruir procedimento investigatório instaurado para apurar eventual conduta delituosa por parte do poder executivo municipal", informou o MPRJ em nota. A Justiça concedeu na manhã desta segunda-feira, 28, uma liminar suspendendo a decisão da prefeitura do Rio de cancelar unilateralmente o contrato de concessão coma Linha Amarela S/A (Lamsa). Com a decisão, a concessionária volta a ter o direito de cobrar pedágio nos dois sentidos.

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De acordo com a decisão, caso a destruição já tenha sido integralmente consumada, será cobrada uma multa de R$ 100 mil por dia que a Lamsa ficar impedida de atuar. A Lamsa informou em nota que a cobrança do pedágio ficará suspensa "até o restabelecimento das condições mínimas de operação e de segurança da concessionária". A prefeitura informou que vai recorrer da decisão.

A Polícia Civil recolheu os aparelhos de imagem do circuito interno do Hospital Badim, onde 11 pessoas morreram, no incêndio de ontem (12), no Rio de Janeiro. O objetivo, segundo o delegado Roberto Ramos, da 18ª Delegacia de Polícia, é verificar se as imagens captadas registraram o início do fogo.

"Vamos verificar se há imagens da existência do fogo e da sua propagação", disse o delegado, que concentra as investigações sobre a tragédia.

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Segundo Ramos, também está sendo investigado se houve um pico de luz, que possa ter afetado um dos geradores de energia, que teria explodido, segundo testemunhas que estavam no local. "Com a prova técnica dos peritos e as imagens, teremos ideia do que realmente aconteceu."

O coordenador de Operações da Defesa Civil do Município, Sérgio Gomes, disse que o prédio que pegou fogo foi interditado. Outra ala do hospital, recém-inaugurada, que não foi afetada, está liberada. Uma casa particular, nos fundos do Badim, foi interditada parcialmente, pois sofreu danos leves. O edifício residencial ao lado, que chegou a ser totalmente interditado ontem, já foi liberado aos moradores, com exceção de uma parte da garagem.

"Interditamos uma parte da garagem, porque há probabilidade de queda de uma parte do revestimento", disse Gomes.

Flores

No início da tarde, uma cena que chamou a atenção foi a chegada de um grupo de estudantes de escolas municipais, internos de um abrigo em Vila Isabel, que levaram um buquê de flores e um cartaz com frases de apoio às vítimas e às famílias.

"As crianças viram que aconteceu esta tragédia, e resolveram fazer esta homenagem", disse o responsável pelo grupo, o diácono Roberto, da Arquidiocese do Rio. No cartaz estava reescrito: "Nosso carinho e solidariedade aos doentes, aos familiares e aos profissionais do Hospital Badim".

Os cinco celulares apreendidos com Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, a dupla presa desde março e acusada de assassinar a vereadora Marielle Franco (PSOL), serão periciados por uma empresa de dados em São Paulo.

O procedimento foi autorizado pela Justiça, a pedido do Ministério Público do Rio de Janeiro. Os aparelhos vão ser periciados nesta empresa específica porque o Instituto de Criminalística Carlos Éboli, responsável pelas perícias oficiais, não têm tecnologia adequada para a extração de informações contidas nos aparelhos de Ronnie  Élcio.

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Isso acontece porque os celulares apreendidos são modelo iPhone, da norte-americana Apple, e eles estão bloqueados e com senhas de acesso. Para que os aparelhos sejam investigados, é preciso de uma tecnologia e softwares de ponta, que essa empresa de São Paulo, chamada Cellebrite, dispõe.

A decisão de levar os celulares à Cellebrite foi tomada após a Polícia Civil enviar um ofício em que informava não ter conseguido extrair dados dos aparelhos. Quase cinco meses após a apreensão dos celulares, nenhum deles ainda foi investigado devido ao problema citado.

Porém, a partir de agora a empresa em questão conseguirá ter acesso a aplicativos de troca de mensagens criptografadas, fotos, áudios e vídeos. O conteúdo pode ajudar a elucidar o assassinato de Marielle e de seu motorista, Anderson Gomes.

 

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