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O Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA) tornou pública a abertura das inscrições de concurso público para o provimento de 62 vagas de professores da carreira de ensino básico, técnico e tecnológico, na classe inicial. As inscrições estão abertas até o dia 11 de abril, por meio da página de concurso do Instituto.

Com jornada de trabalho de 40 horas semanais, os professores terão remuneração base de R$ 4.463,93, com direito a uma retribuição por titulação, que pode ser em nível de graduação, aperfeiçoamento, especialização, mestrado ou doutorado, de tal forma que o salário final pode chegar até R$ 9.600,92.

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Além da remuneração, os profissionais terão direito a benefícios como auxílio alimentação, auxílio transporte, auxílio pré-escolar, saúde suplementar e outros, de acordo com a legislação em vigor.

O processo seletivo para os cargos será realizado por meio de uma primeira fase que será a aplicação de uma prova objetiva de conhecimentos específicos, a segunda que será uma prova de desempenho didático, que consiste em aula teórica expositiva e, por fim, uma avaliação de títulos. Todas serão realizadas no município de Belém/PA.

A taxa de inscrição é no valor R$ 150,00, com isenção para candidatos que declararem situação de vulnerabilidade econômica ou sejam doadores de medula óssea. Confira mais informações no edital de abertura.

Professores e servidores da Universidade Federal do Vale Vale do São Francisco (Univasf) realizam, nesta quarta-feira (23), uma paralisação pela campanha salarial. Os profissionais pedem reajuste de 19,99% nos vencimentos. De acordo com as categorias, as remunerações não são reajustadas há cinco anos.

Além do piso salarial, a Seção Sindical dos Docentes da Universidade Federal do Vale do São Francisco (SindUnivasf) reivindica a revogação da Emenda Constitucional 95 e o arquivamento da PEC-32. Também nesta quarta, o SindUnivasf realiza uma assembleia para decidir a deflagração ou não de greve.

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A Prefeitura de Petrolina realizou solenidade para convocação de 469 professores aprovados em concurso público para o trabalho em escolas e creches no município. O evento contou com a presença do Prefeito Miguel Coelho, de familiares dos concursados e da equipe da Secretaria de Educação, Cultura e Esportes.

De acordo com a Prefeitura, esse foi o maior concurso realizado no setor da educação em Petrolina. Os profissionais nomeados serão responsáveis por atender aos anos iniciais e finais do ensino fundamental, a educação infantil e a educação especial, em todas as regiões urbanas e rurais.

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“O maior legado que cada um desses professores pode deixar é o de transformar o destino das nossas crianças. Sei que essa nova equipe vai ajudar a tornar nossa cidade uma referência para todo o Brasil”, disse o prefeito.” diz o prefeito Miguel Coelho.

Professores da rede municipal do Recife decidiram suspender, nesta sexta-feira (18), a greve da campanha salarial de 2022, que teve início no dia 7 de março. A decisão foi tomada durante assembleia no Teatro Boa Vista, localizado no centro da capital pernambucana. A categoria aceitou a proposta da prefeitura do reajuste de 23% do piso salarial.

“A categoria resolveu suspender a greve e aceitar a proposta de 23% de rebatimento na carreira, para todos os servidores da educação. No caso os professores e professoras, mais de 12% como abono que será pago de uma única vez, a partir do mês de abril, em nove parcelas, que foi a proposta do governo, além da questão do acrescimento de carga horária e do reajuste do abono educador", explicou Telma Ratta, diretora do Sindicato dos Professores da Rede Municipal do Recife (Simpere).

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"É um elenco de propostas que foram colocadas pelo governo, não houve mudança, mas a categoria avaliou que seria melhor aceitar e continuar a luta para tentar incorporar esses 12% em nosso salário, para a campanha salarial de 2023”, concluiu.

O Senado aprovou, nesta quarta-feira (16), um projeto de lei (PL) que destina recursos não utilizados do Fundo de Manutenção da Educação Básica (Fundeb) para o pagamento de professores da educação básica da rede pública. O projeto segue para sanção presidencial.

Também foi definido que os recursos extraordinários recebidos por estados, Distrito Federal e municípios, em razão de decisões judiciais relativas ao cálculo do valor anual por aluno para a distribuição dos fundos e da complementação da União aos fundos relativos à educação, dentre eles o Fundeb, sejam investidos na educação.

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Dentro desse investimento, o projeto destaca os professores da educação básica que estavam em efetivo exercício na rede pública durante o período em que ocorreu o repasse a menor ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef), de 1997 a 2006, e ao Fundeb, de 2007 a 2020. Segundo o projeto, o valor pago aos professores saído dessa fonte não ser incorporado à sua remuneração, tendo, portanto, um “caráter indenizatório”.

Os percentuais desse pagamento e os critérios para a divisão do rateio entre os profissionais beneficiados ficarão a cargo de cada estado e município, que deverão aprovar leis específicas. O relator da matéria, senador Rodrigo Cunha (PSDB-AL), destacou a luta judicial que os profissionais do magistério enfrentam há vários anos para receberem recursos oriundos dos precatórios do Fundef, a chamada subvinculação. Segundo ele, o projeto busca mostrar o direito dos professores à subvinculação.

“A valorização do professor é o primeiro passo para garantir educação de qualidade. A atuação do docente tem impacto dentro e fora de sala de aula, seja no desempenho dos estudantes, na qualidade da escola e no progresso do país”.

Em nova assembleia, realizada na tarde desta quarta-feira (16), os professores da rede municipal do Recife decidiram, através de votação, manter a greve, iniciada no dia 7 de março. Na ocasião, a categoria, organizada pelo Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere), rejeitou mais uma vez o reajuste de 23% no piso salarial oferecido pela Prefeitura da capital pernambucana.

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Os profissionais do município reivindicam um aumento de 33,23% na folha de vencimento, que é previsto por lei federal. No entanto, alegando possível comprometimento de futuros orçamentos e segurança em relação à Lei de Responsabilidade Fiscal, a gestão municipal não acata a proposta da categoria.

Na tarde desta terça-feira (15), os professores da Rede Municipal de Paulista realizaram um ato público no Bairro Janga para cobrar do poder público melhorias para a categoria. Entre suas reivindicações: a ausência de negociação para o reajuste salarial, falta de apoio tecnológico para as aulas remotas, até a assistência aos estudantes, merenda escolar distribuída com pouca organização e só distribuída por pressão dos professores e da população, além da ausência de reforma nas escolas do município.

O presidente do Sindicato dos Professores do Paulista (SINPROP), Gilberto Sabino, explicou que o ato é só uma das etapas. “Não vamos esmorecer um só momento.  Esse ato é só mais uma das etapas da luta dos professores, a urgência no rateio do fundeb, o pagamento do piso salarial e o investimento nas estruturas das escolas municipais são as nossas maiores bandeiras”.

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De acordo com o SINPROP, a Prefeitura do Paulista ainda não divulgou a data de retorno das aulas presenciais do município. “Contamos com a força dos professores e o apoio da comunidade escolar e toda a população da cidade, vamos fazer barulho”, detalhou o presidente.

A Prefeitura de Paulista, na Região Metropolitana do Recife, empossou, nesta segunda-feira (14), 25 novos professores da rede municipal de ensino durante cerimônia presencial, realizada no auditório da Secretaria de Educação da cidade, e  que contou com a presença do prefeito Yves Ribeiro.

A convocação dos profissionais é referente ao último concurso público realizado em 2016. Os novos docentes serão de forma imediata à rede pública. Também nesta segunda, profissionais já lotados em instituições de Paulista realizaram um panelaço. A categoria reivindica a valorização dos profissionais, assim como, reajuste no piso salarial.

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Professores da rede municipal do Recife rejeitaram a proposta de 23% de reajuste no piso salarial, dada em nova mesa de negociação, nesta segunda-feira (14), pela prefeitura. A categoria reivindica a porcentagem de 33,23%, valor que é previsto em lei federal.

Em vídeo compartilhado na página do Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere), a coordenadora geral da organização, Jaqueline Dornelas, ressaltou que a categoria entendeu a proposta do governo municipal como "rebaixada".

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"A categoria em assembleia, ocupando as ruas, em frente à Prefeitura do Recife, acabou de votar e rejeitar a proposta do governo municipal, que, ao invés de, aplicar os 33,23% do piso, como rege a lei, ofereceu apenas 23%. A categoria entendeu como uma proposta rebaixada e votou pela continuidade da greve", disse.

Ao LeiaJá, a diretora do Simpere, Socorrinho Assunção, explicou que, além dos 23%, a prefeitura ofereceu mais 12% de abono. No entanto, esse valor, de acordo com a diretora, não faria parte do vencimento dos profissionais. "A categoria rejeitou e nós continuamos em greve. Estamos com o apoio dos vereadores da cidade do Recife, que se comprometeram, em amanhã, conversar diretamente com o prefeito João Campos para que esse abono seja de fato implementado nos nossos vencimentos", explica.

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Por meio de nota, enviada à reportagem, a Secretaria de Planejamento e Gestão da cidade esclarece que o governo municipal mantém diálogo com a categoria e que o valor proposto leva em consideração "futuros orçamentos e estão dentro da margem de segurança em relação à Lei de Responsabilidade Fiscal".

Além disso, o comunicado reforça que nenhum docente receberá abaixo do piso nacional, valor que é estipulado pelo Ministério da Educação em R$ 3.846. “Este aumento contemplará os professores que estão no primeiro nível de carreira. Cada hora/aula equivale a uma remuneração de R$ 19,23 para carga horária de 200 horas/aula mensais”, aponta a secretaria.

E finalizou: “A proposta contempla também os professores que progrediram na carreira e já recebem acima do piso nacional (...) Com a proposta, o servidor que recebe esta média terá R$ 989,00 de aumento no vencimento e abono de R$ 4.644,00, correspondente a 12% de aumento até o final do ano”.

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---> Greve dos professores: qual a reivindicação da categoria?

Desde a última segunda-feira (7), professores da rede municipal do Recife estão em greve. A principal reivindicação da categoria é que o prefeito da capital pernambucana, João Campos (PSB), conceda o reajuste de 33,24% no piso salarial, porcentagem que é prevista por lei federal. Na contramão do que é solicitado pelos docentes, a prefeitura oferece apenas acréscimo de 13%.

Enquanto o reajuste preterido pelos profissionais do município não é acatado, outras cidades da Região Metropolitana do Recife anunciam o benefício. Nos últimos dias, as prefeituras de Jaboatão dos Guararapes e Olinda anunciaram, respectivamente, acréscimo de 36% e 34% na remuneração dos docentes. Em Camaragibe, o benefício é de 33,24%. Além disso, professores que atuam na rede estadual de Pernambuco contam com acerto do piso em 35%, anunciado em fevereiro.

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Professores do Recife decretaram greve no dia 4 de março. Foto: cortesia/Simpere

Em entrevista ao LeiaJá, Socorrinho Assunção, diretora do Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere), afirma que a adesão à greve está em torno de 97%. Além disso, a liderança sindical ressalta que a categoria só retornará às atividades após o pagamento do percentual exigido. “Não há meio termo. A nossa principal reivindicação é que ele [João Campos] efetive e pague o reajuste que é lei”.

Atualmente, a remuneração dada a esses profissionais, que atuam na rede municipal do Recife, que de acordo com Telma Ratta, também diretora do sindicato e professora, conta com 6.000 trabalhadores efetivos e 1.500 temporários, é de R$ 2.886 para jornadas de 200 horas/aulas.

Esse valor coloca o município entre as capitais do Nordeste com o menor salário, ficando atrás, por exemplo, de cidades como São Luís, no Maranhão, que tem vencimento de R$ 4.653, Fortaleza, Ceará, cuja remuneração é de R$ 4.384,82, e Teresina, no Piauí, com salário de R$ 3.348,04.

"Corda no pescoço"

Na tentativa de ter a reivindicação atendida, assim como, um retorno da Prefeitura do Recife, os professores do município, liderados pelo Simpere, realizaram ações, que envolvem panfletagem, vigília, passeatas e assembleia. À reportagem,  Socorrinho Assunção, após ser questionada sobre qual a justificativa dada pela gestão municipal para a não efetivação do reajuste salarial em 33,24%, salientou que não há motivação concreta.

Entretanto, em uma rodada de negociação o secretário executivo de gestão de pessoas, Bruno Alves, apontou que a prefeitura não teria como disponibilizar a porcentagem, pois, o reajuste deixaria a gestão "com a corda no pescoço". O LeiaJá entrou em contato com a Secretaria de Educação da capital pernambucana que, em um primeiro momento, alegou que os questionamentos enviados seriam respondidos. No entanto, até o fechamento da matéria, não tivemos retorno. O espaço segue aberto.

Categoria pede reajuste de 33,24% no piso salarial. Foto: cortesia/Simpere

Nova mesa de negociação

Na tarde desta sexta-feira (11), o Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere) anunciou, por meio das redes sociais, que uma nova mesa de negociação com a gestão municipal será realizada na próxima segunda-feira (14), às 11, no Edifício Sede da Prefeitura do Recife, localizado na área central do município.

"A Gestão Municipal, em caráter excepcional, e no intuito de manter o diálogo como o meio mais adequado para solução do impasse com os professores da Rede Municipal de Educação, convidamos os representantes da categoria para uma nova rodada de negociação", diz trecho do comunicado. Confira o ofício na íntegra: 

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O programa Institucional de Fomento e Indução a Inovação da Formação Inicial Continuada de Professores e Diretores Escolares abre mais um edital. O objetivo é que as universidades ampliem as vagas para os cursos de pós-graduação lato sensu voltados aos professores da Educação Básica. As áreas deverão ser Psicologia da Educação, Educação Inclusiva, Metodologias e Inovações, Sociologia da Educação e Avaliação Educacional. 

As universidades interessadas em participar do programa, o qual envolve descentralização de recurso financeiros, precisam se unir em redes de três e ofertaram, cada uma, 350 vagas em cursos de pós-graduação lato sensu. O prazo para apresentarem as propostas ao Ministério da Educação (MEC) é até o dia 25 de março.

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O projeto irá atender até 18 instituições de ensino superior, ou seja, nove redes. As matrículas e inícios das atividades acadêmicas estão previstas para o segundo semestre de 2022. A iniciativa visa reforçar as metas 15 e 16 do Plano Nacional de Educação, referentes à formação continuada de professores.  

“Oferecer formação continuada aos docentes da Educação Básica é um dos caminhos para valorizar os profissionais. E queremos dar ênfase aos temas contemporâneos como uso pedagógico das tecnologias, metodologias ativas, ensino híbrido e empreendedorismo”, explica o diretor de Formação Docente e Valorização de Profissionais da Educação, Renato de Oliveira Brito, da Secretaria de Educação Básica do MEC. 

O programa também tem como objetivo promover cursos inovadores, com ênfase na vivência prática na escola, buscando reforçar a formação interdisciplinar dos professores da Educação Básica. Acesse o edital para mais informações.

A Câmara Municipal do Recife instalou uma Comissão Especial Suprapartidária para acompanhar as negociações salariais entre os professores e a Prefeitura do Recife, nesta terça-feira (8). 

De acordo com o vereador Osmar Ricardo (PT),  a categoria está com os salários congelados há três anos. "Essa Comissão Especial tem uma tarefa importante que é ajudar a destravar as negociações que não avançaram. Os professores e professoras cobram o piso salarial que é de direito, está na lei. A categoria está há três anos com salários congelados".

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Greve

  Na última quinta (3) professores e professoras deflagraram greve, após ter o reajuste do piso salarial negado. O índice de 33,23% foi anunciado pelo Ministério da Educação e deve ser aplicado a todas as carreiras do magistério.  

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Após meses de tensão e de negar que planejava invadir a Ucrânia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, autorizou o ataque militar ao território ucraniano na quinta-feira (24). Em novembro de 2021, Putin já havia ordenado mais de 100 mil soldados a se deslocarem para a fronteira entre os dois países.

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A história de conflitos entre a Rússia e a Ucrânia é antiga. O mais recente foi em 2014, com a anexação da Crimeia – que era território ucraniano – pela Rússia. A partir disso, de acordo com dados oficiais, foram mais de 14.000 mortos nos anos seguintes ao ocorrido, afirma o professor e cientista político Rodolfo Marques. Segundo ele, no ano passado, com o avanço das tropas russas na região, o governo ucraniano identificou o processo como uma ameaça à autonomia do país.

O professor explica que, em 2013, houve o movimento “Euromaidan”, em que protestantes ucranianos exigiam a maior integração do país com a Europa e com o Ocidente, e menor influência da Rússia na Ucrânia. “O parlamento ucraniano derrubou o presidente, que era alinhado à Rússia, e o fato aumentou a crise com Vladimir Putin. Em represália, o governo russo deu suporte para os separatistas na Crimeia”, relembra.

Rodolfo Marques destaca três pontos fundamentais que ocasionaram o início da guerra no leste europeu. Primeiramente, os problemas gerados a partir do desrespeito vindo de algumas nações ocidentais ao Acordo de Minsk, assinado em 2014 pela Ucrânia, pela Luhansk People’s Republic (LPR) e pela Donetsk People’s Republic (DPR), com o objetivo de encerrar os conflitos armados na fronteira leste ucraniana.

Além disso, o professor cita as questões econômicas, visto que o território ucraniano é usado para a comercialização e escoamento do gás natural produzido na Rússia, e militares, com a expansão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), a partir das demandas norte-americanas e de outros países do ocidente.

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Sobre as implicações do conflito para o resto do mundo, Rodolfo Marques afirma que a diplomacia mundial terá um grande desafio para tratar a questão por envolver interesses diretos dos Estados Unidos, da China e de outros países. “O conflito armado apresenta, desde já, grandes impactos econômicos, com variações cambiais, especulações na Bolsa de Valores e mudanças nos preços de produtos”, aponta.

O professor também ressalta que, ao mesmo tempo, as discussões de paz e negociações multilaterais mais amplas ficam enfraquecidas. “A invasão da Ucrânia pela Rússia gerará a necessidade de posicionamentos mais concretos dos países que estão ligados direta ou indiretamente ao conflito”, complementa.

Quando questionado se o Brasil pode ser afetado de alguma forma pela guerra, Rodolfo Marques diz que o país perdeu, principalmente a partir de 2019, qualquer tipo de protagonismo no campo da política internacional, sendo uma espécie de “anão diplomático”. “Assim, neste ponto, o Brasil deverá apenas observar de longe o conflito, até mesmo pela proximidade pessoal existente entre o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro (PL-RJ) e o líder russo, Vladimir Putin”, observa.

O impacto no Brasil seria principalmente na economia, com o potencial de uma pressão maior sobre os índices de inflação, uma provável crise no abastecimento do gás e um possível reajuste no preço dos combustíveis. O professor explica que o cenário de instabilidade também pode mexer com preços e oferta de produtos ligados ao agronegócio importados da Rússia.

“A questão cambial, com a flutuação dos valores do euro e do dólar, também deverá ser observada por quem atua no mercado financeiro e no ambiente de importações e de exportações”, destaca.

Apesar da perda progressiva do Brasil no meio internacional sob a presidência de Bolsonaro, Rodolfo Marques afirma que não há dúvidas de que a ida do presidente à Rússia para prestar solidariedade a Putin gerou repercussões negativas. “Com a deflagração do conflito, o Itamaraty tenta equilibrar a crítica à invasão russa à Ucrânia como uma amenização à postura de Putin”, diz.

Sobre o risco de ocorrer uma guerra mundial com a participação dos EUA e de potências militares da Europa, o professor diz que os combates devem se restringir à região da Ucrânia. “Por ora, embora exista o risco da expansão do conflito, acredito que a guerra será mais evidente no território ucraniano”, observa.

Zona de influência

O professor Mário Tito Almeida, do curso de Relações Internacionais da UNAMA - Universidade da Amazônia, também afirma que o conflito entre os dois países é de longa data. Porém, o que ficou claro nos últimos tempos, diz, é que a Ucrânia sempre foi da zona de influência da Rússia, que tem uma ideologia militar e cultural de ser a grande detentora de poder no leste europeu.

Com o fim da Guerra Fria, em 1991, as repúblicas que faziam parte da União Soviética começaram a se tornar independentes. No caso da Ucrânia, para ser independente, houve um acordo entre ela e a Rússia, em que todo o arsenal militar que estava na Ucrânia foi devolvido à Rússia. “Porém, a independência da Ucrânia sempre foi uma independência permanecendo nessa zona de influência russa, inclusive com governos pró-russos”, diz.

O professor relembra que, no fim desse período, a OTAN – formada pelos países da União Europeia, EUA, Canadá e Austrália – continuou existindo e passou a “namorar” a Ucrânia, o que preocupa a Rússia. “A Ucrânia serve, mais ou menos, como um Estado escudo entre a OTAN e a Rússia”, explica.

Mário Tito também cita outros motivos que levaram Putin a ocupar a Ucrânia, como dominar o país, não exatamente para anexá-lo à Rússia, mas sim para manter a Ucrânia como país independente e com um governo pró-russo. “Assim, ele manteria a Ucrânia fora da OTAN e esse escudo protetor para as suas fronteiras”, afirma.

O professor fala sobre as consequências econômicas para a Europa, caso esse conflito aumente, e destaca que Putin já declarou o corte do suprimento de gás – bastante necessário para os países europeus – se as nações que fazem parte da OTAN adentrarem a Ucrânia.

Além disso, o aumento do preço no combustível no mundo também pode ser uma das implicações da guerra. Entretanto, segundo Mário Tito, as sanções econômicas impostas por EUA e Europa à Rússia dificilmente terão consequências muito graves porque a Rússia se preparou para esse momento.

“Ele [Vladimir Putin] sabe, como estrategista que é, que de alguma forma isso iria acontecer, então os principais recursos da Rússia não estão nem na Europa, nem nos Estados Unidos, estão na China – que nesse momento é o parceiro comercial mais importante da Rússia”, afirma.

No caso do Brasil, o professor explica que o país se encontra em uma encruzilhada e está sem força do ponto de vista diplomático, não tendo condições de entrar em uma guerra, sem armamento suficiente e entra em uma situação em que não pode fazer nada. “Talvez a melhor condição do Brasil, hoje, é exatamente ficar calado”, diz.

Segundo Mário Tito, apesar das incertezas e sem a visualização de uma guerra mundial, daqui em diante a situação será de intranquilidade. “Na verdade, o que pode acontecer, e isso é um cenário possível, é que na Ucrânia aconteça uma guerra civil, como acontece na Síria”, exemplifica.

O professor também destaca a ausência de uma posição da Organização das Nações Unidas (ONU) no processo anterior ao aumento da escalada de conflito na região. Além disso, ele argumenta que, em uma reunião do Conselho de Segurança da ONU, as chances de não resolverem a situação são altas. “A ONU está totalmente paralisada. Ela deveria ter trabalhado antes, do ponto de vista da mediação de conflitos”, afirma.

Ocidente x oriente

A internacionalista Alana Andrade publicou um artigo no site Internacional da Amazônia, que faz parte de um minidossiê organizado por ela para ser publicado nesse projeto do curso de Relações Internacionais da Universidade da Amazônia – UNAMA, para mostrar a visão geral da situação entre a Rússia e a Ucrânia. Segundo ela, o conflito existente entre os países é um dos mais complexos deste século.

Alana Andrade diz que o ponto-chave é perceber que, sem a Ucrânia na sua zona de influência direta, a Russia amarga uma falha enorme na sua defesa e no plano de política externa. A internacionalista observa, por outro lado, que a Ucrânia deseja se “ocidentalizar”; porém, metade do território ucraniano se identifica com a cultura russa.

“Portanto, aí se vê a camada política, a camada de defesa, a camada cultural se misturando para criar um barril de pólvora que explodiu na semana passada”, acrescenta.

Alana Andrade também acredita nas implicações da guerra para o Brasil e afirma que a economia internacional é extremamente intrincada, o que é agravado quando uma empresa deixa seus preços serem definidos pelo mercado internacional, como é o caso da Petrobras. No caso da Rússia, que é uma das grandes produtoras de petróleo no mundo, o volume de oferta foi suspenso devido às sanções econômicas aplicadas à Moscou.

Alana explica que, com pouca oferta e muita demanda, os preços tendem a subir. “O barril de petróleo já ultrapassou os US$ 100 dólares, e a Petrobrás continua a política de atrelamento aos preços internacionais. Dessa forma, nas próximas semanas é apenas esperar o gás de cozinha e a gasolina aumentarem para o consumidor médio brasileiro”, diz.

A internacionalista afirma que o Brasil se desencontrou em todas as opções de posicionamento em relação ao conflito e o país, que já tem a imagem abalada desde o início do governo Bolsonaro, sofre mais um baque pela falta de objetividade. “Temos uma tradição única na diplomacia, devíamos ter o papel ativo nesse conflito para negociá-lo, mas ele só expôs mais uma vez gafes e desencontros”, enfatiza.

Alana Andrade desenvolveu o artigo com o auxílio do professor doutor Mário Tito e conta que percebeu que a história estava sendo passada de “boca em boca” e informada de maneira errada, então viu a necessidade de contar o histórico do conflito, para que o público entendesse que ele não aconteceu de forma aleatória, e que a identidade de um povo está em jogo.

Alana Andrade afirma que não é possível prever um cenário, mas acredita que, a partir da figura de Vladimir Putin, é possível dizer o que não irá acontecer nos próximos dias. “Os mais de 20 anos de Putin no poder mostram um perfil duro, que tem um plano traçado. Dito isto, creio que um dos cenários é a flexibilização ucraniana", conclui.

Por Isabella Cordeiro (sob orientação e acompanhamento de Antonio Carlos Pimentel).

Os professores da rede municipal do Recife decidiram, após assembleia realizada na tarde desta quinta-feira (3), decretar greve. A decisão, organizada pelo Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere), é uma resposta à ausência do pagamento do piso salarial, de 33,23%, e a oferta, por parte da Prefeitura do Recife, de apenas 11% de reajuste.

"A  luta pelo piso é justa, pois trata-se do cumprimento de uma lei que visa a valorização profissional de professoras e professores, uma categoria valorosa em nossa sociedade. Entramos em greve em defesa dos 33,23% com rebatimento na carreira e já demonstramos a nossa força nas paralisações e atos durante a campanha salarial", afirma a coordenadora geral do Simpere, Jaqueline Dornelas

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Neste momento, a categoria está deixando o Teatro da Boa Vista, local onde se realizou a reunião, em passeata em direção à Praça do Derby, área central da capital pernambucana

A Prefeitura de Camaragibe anunciou o reajuste do piso salarial dos professores do município em 33,24%. De acordo com a assessoria da gestão municipal, o aumento foi definido após diálogo com o Sindicato dos Servidores Municipais (Sisemc).

Além disso, o pagamento contará com retroativo, referente ao mês de janeiro, como também, será direcionado aos profissionais iniciantes e os que se encontram em processo de aposentadoria.

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"Estamos reforçando o compromisso com os professores da nossa cidade, garantindo o aumento no salário para todos os profissionais da rede municipal de ensino. Entendemos que valorizar o profissional é viabilizar mais qualidade no serviço entregue à população. O benefício já é concedido com o pagamento retroativo ao mês de janeiro do salário dos servidores. E, assim, continuamos com o objetivo de cada vez mais trabalhar pela população", destacou, através da comunicação, a prefeita Doutora Nadegi.

O governador da Bahia, Rui Costa, autorizou, nesta quarta-feira (2), um concurso público com 2.113 vagas para a Secretaria de Educação do Estado (SEC). A autorização está publicada no Diário Oficial do Estado, edição desta quarta-feira (2).

Do total de vagas oferecidas, 1.806 são para professores de ensino médio e 307 vagas para coordenadores pedagógicos, que deverão atuar em unidades escolares da Educação Básica e em Núcleos Territoriais da Educação (NTEs).

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O certame irá priorizar o provimento de professores para os componentes de português e matemática, mas também serão contratados docentes dos principais componentes curriculares do ensino médio. A carga horária de trabalho será de 40 horas semanais.

Informações como média salarial, datas de divulgação do edital e aplicação das provas não foram divulgadas. Mais informações podem ser obtidas na página do Diário Oficial da Bahia.

A Secretaria Estadual de Educação do Rio Grande do Norte abriu um processo seletivo para cadastro reserva de professores. As inscrições devem ser feitas pela internet entre os dias 3 e 9 de março. a taxa de participação do processo seletivo é de R$ 30.

Os profissionais irão compor o cadastro reserva, sem número de vagas delimitado. Os professores assumirão, conforme determinação da Secretaria, vagas temporárias de docência nos ensinos fundamental e médio.

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A remuneração é de R$ 3.031,18 para 30 horas semanais de trabalho, execeto os professores com exceção dos professores de Língua Materna, destinados às populações indígenas, e o componente curricular de Ciências Agrárias, para a Educação do Campo, que admite formação de Nível Médio. Esses receberão vencimento de R$ 2.165,13.

Mais informações sobre o processo seletivo podem ser obtidas por meio do edital de abertura, divulgado no Diário Oficial do Estado.

Na manhã desta sexta-feira (25), professores da Rede Municipal do Recife realizaram um movimento público e uma campanha solidária, na Avenida Agamenon Magalhães, área central da cidade. A campanha solidária tem como objetivo incentivar a doação de sangue, aumentando o estoque da Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco (Hemope) e protestar em defesa do aumento do piso salarial.

De acordo com os docentes, professores e professoras foram surpreendidos, nesta manhã, com descontos no contracheque. Todos os profissionais da educação que participaram da última paralisação, no último dia 18, sofreram descontos nos salários, segundo a Diretora do Sindicado dos Profissionais de Ensino da Rede Municipal do Recife (Simpere), Maria do Socorro. “Além do salário defasado, sem conseguirmos a lei do piso na nossa carreira, os 33%, ainda um desconto porque fizemos paralisação nos últimos dias. Hoje estamos nessa ação do Hemope, mais um dia de paralisação e o governo de João Campos não respeita o professor e a professora da rede” disse a diretora.

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Jaqueline Dornelas, coordenadora geral do Simpere, informou que a paralisação é um ato de protesto cultural e doação sangue para o Hemope e ao mesmo tempo uma combrança da Prefeitura do Recife para o reajuste anual. “Professor não doa sangue só hoje, ele passa o ano todo dando sangue e suor pela educação do Recife” frisou Jaqueline.

Professores e Professoras, liderados pelo Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife, (Simpere), realizaram ato em frente à Prefeitura, nesta quarta-feira (23), para exigir o piso salarial. O grupo está na sede municipal desde às 16h e, no início da noite, fecharam a via, sentido centro, em protesto.

"Hoje, conseguimos arrancar uma mesa de negociação e, nesse momento, estamos aqui reunidos em vigília, professores e professoras da nossa rede, para podermos pedir os nossos direitos que é de 33% do piso salarial na carreira. João Campos tem que pagar esse piso. Nós estamos aqui fazendo essa pressão", disse ao LeiaJá a diretora do Simpere, Socorro Assunção.

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A representante do sindicato aponta que a gestão municipal ofereceu 11% de aumento, porcentagem abaixo do que é esperado pela categoria. “O piso é de 33%. O piso salarial é direito do trabalhador, é uma lei que tem que ser cumprida. Ele [João Campos] tem que cumprir essa lei”, ressalta Socorro Assunção.

Neste momento, de acordo com a diretora do Simpere, representantes dos professores da rede municipal e os vereadores Dani Portela (PSOL), Ana Lúcia (PDT) e Rinaldo Júnior (PSB) participam de uma mesa de negociação. "Nós estamos desde às 16h aqui e só vamos sair daqui dessa vigília quando a comissão de negociação descer dessa mesa e nos colocar, colocar para a categoria qual foi a anegociação".

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