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O PT decidiu expulsar os filiados com função de direção e mandatos no partido que declararem apoio à candidatura de Marília Arraes (Solidariedade) ao governo de Pernambuco. A decisão foi tomada em reunião na quarta-feira (1º). As medidas devem passar por várias instâncias, que terá processo aberto.

O PT e PSB fecharam uma aliança nessas eleições, tendo o deputado federal Danilo Cabral (PSB) como candidato ao governo e a deputada estadual Teresa Leitão (PT) ao Senado. O Partido Socialista Brasileiro vem pressionando o PT para tomar uma posição, tendo em vista a estratégia de Marília, ex-petista, que confunde os eleitores e dificulta o crescimento de Danilo nas pesquisas. O PSB prepara uma grande estratégia para quando a campanha começar e colocar o socialista no topo das pesquisas. 

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De acordo com o Blog de Jamildo, o PSB se incomodou com a dubiedade do PT e exigiu exclusividade da imagem de Lula em Pernambuco depois do evento de apoio do Solidariedade a Lula. Na comemoração, Marília Arraes colocou um chapéu de palha em Lula. "Nós já havíamos organizado um palanque duplo no estado (Humberto Costa e Eduardo Campos, em 2006). A gente sabia como era e agora a gente ia ser vítima do palanque duplo? No way", disse uma fonte ao Blog. 

A força de apoio de Lula a um candidato a governador em Pernambuco é expressiva e foi um dos motivos de o PSB apostar no petista. Já no caso de Bolsonaro o movimento é inverso nas pesquisas. 

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou, nesta quinta-feira (2), que o partido Solidariedade destine mais R$ 36 mil em recursos do Fundo Partidário, recebidos em 2016, para programas que promovam e divulguem a participação feminina na política. A obrigação deverá ser cumprida pela legenda nas próximas eleições. 

O Plenário tomou a decisão, por unanimidade de votos, ao julgar recurso do Ministério Público Eleitoral (MPE) referente à prestação de contas do diretório do partido no Paraná referente ao exercício financeiro daquele ano. A Corte entendeu que o Solidariedade não aplicou o percentual mínimo de 5% de verbas do Fundo Partidário em ações afirmativas em favor das mulheres em 2016. 

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No recurso ao TSE, o Ministério Público Eleitoral afirmou que o descumprimento reiterado pela legenda do artigo 44, inciso V, da Lei nº 9.096/1995 (Lei dos Partidos Políticos), que trata da questão, deveria resultar na desaprovação das contas do diretório estadual.  Neste ponto, o Plenário do TSE, também por unanimidade, manteve a aprovação das contas com ressalvas do diretório regional da agremiação, confirmando o julgamento do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR). 

Voto do relator 

Na sessão de hoje, o relator do recurso, ministro Benedito Gonçalves, salientou que as informações do processo revelam que o partido efetivamente não aplicou o mínimo legal previsto em programas para promover a participação feminina na política em 2016.  Diante dessa constatação, o relator determinou a aplicação de R$ 36 mil pelo Solidariedade na valorização de candidaturas femininas nas próximas eleições.

*Do TSE

O Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria de Turismo e Lazer e da Empetur, monta, a partir desta terça-feira, no Centro Cultural Cais do Sertão, um centro de coleta de donativos para os desabrigados das fortes chuvas que acometeram a Região Metropolitana do Recife.

Funcionando em sistema de drive-thru, o centro de coleta ficará aberto das 9h às 17h, diariamente. “Nesse momento tão delicado, em que tantos pernambucanos sofrem as consequências das fortes chuvas que caem desde a semana passada, a Setur e a Empetur dão início a esta campanha de coleta de alimentos, itens de limpeza e higiene pessoal. Montaremos essa força-tarefa para receber todas as doações e com a facilidade de passar e deixar no Cais, sem precisar nem sair do carro”, salienta a secretária de Turismo e Lazer, Milu Megale. 

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Entre os itens de maior necessidade estão alimentos não perecíveis, roupas, agasalhos, colchões e produtos de limpeza e de higiene pessoal. 

 

*Via assessoria de imprensa. 

A situação de caos e tristeza causada pelas fortes chuvas no estado de Pernambuco está sensibilizando todo o país. Pelas redes sociais,  artistas e influenciadores, comovidos com as inúmeras vítimas dos temporais, estão fazendo apelos para que mais pessoas possam enviar ajuda. Nomes como Gkay, Anitta e Gil do Vigor, entre outros, estão na missão. 

As chuvas que assolam Pernambuco desde o início da última semana fizeram estragos grandiosos. Além de milhares de desabrigados, mais de 80 pessoas perderam suas vidas em alagamentos e quedas de barreiras. Aflita com a situação, a humorista Gkay doou R$ 100 mil para os desabrigados e solicitou que seus seguidores também ajudassem. “Por favor, vamos ajudar Recife. Seja de qualquer forma, pode ser compartilhando uma imagem. Você não tem noção do quanto você ajuda, porque você vai reverberando esse assunto e mais pessoas vão sabendo”

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Os pernambucanos João Gomes e Gil do Vigor também se sensibilizaram. O cantor de piseiro chegou a chorar em seus stories, impactado com as imagens de destruição. Já o ex-BBB usou o Twitter para pedir ajuda: ”Minha gente, com essa chuva forte e deslizamentos, a região metropolitana do Recife está passando por um momento muito difícil. Já são 33 mortes e nós precisamos ajudar, seja doando (procure um local de doação mais próximo), orando ou compartilhando. Posso contar com vcs?”.  

Também pelo Twitter, Anitta, Linn da Quebrada e Juliette acionaram suas redes de fãs compartilhando lugares que estão recebendo doações para os pernambucanos afetados pelas chuvas.


 

Assim como o Sport Club do Recife, o Clube Náutico Capibaribe  se colocou à disposição para ajudar os mais atingidos pelas fortes chuvas que caem na Região Metropolitana do Recife. Desde a noite da última sexta (27), o temporal  tem causado alagamentos, mortes e desabrigados. 

Pelo seu perfil no Twitter, o clube de futebol informou que as dependências do estádio dos Aflitos, assim como sua sede social, estão à disposição das autoridades para ajudar os desabrigados. Além disso, o Náutico  também se disponibilizou para funcionar como ponto de coleta para donativos como alimentos e roupas

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Da mesma forma, o Sport Club do Recife também se mobilizou para  ajudar. O clube colocou sus dependência e meios de comunicação à disposição da Prefeitura do Recife. 

As fortes chuvas que caem na Região Metropolitana do Recife, desde a noite da última sexta (27),  têm causado alagamentos, desabrigados e mortes. Várias pessoas e instituições da sociedade civil estão se mobilizando para ajudar os mais atingidos pelo temporal. O Sport Club do Recife também se colocou à disposição. 

Pelo seu perfil no Twitter, o clube de futebol informou sobre o cancelamento da partida entre Íbis e Sport, que aconteceria neste sábado (28), pela estreia do Campeonato Pernambucano Sub-20. Da mesma forma, foi suspenso o funcionamento da bilheteria do estádio da Ilha do Retiro, até a próxima segunda (30). 

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Além disso, o clube se colocou à disposição da Prefeitura do Recife para ajudar os desabrigados com o uso de suas dependências e meios de comunicação. Confira a nota na íntegra.

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A pré-candidata ao Governo de Pernambuco, Marília Arraes (SD) recebeu, nessa quinta-feira (12), o título de cidadã da cidade de Olinda, em evento realizado na Câmara Municipal. A honraria foi entregue pelo vereador Ricardo Sousa (PSL), autor da proposta de entrega da cidadania, que elogiou e parabenizou a ex-deputada durante a solenidade.

"Olinda inspira em momentos que a gente precisa ter coragem. Fiquei muito emocionada em receber o título de cidadã. Olinda é uma cidade que é mãe. Mãe da cultura e de nossas revoluções. E para ser mãe numa sociedade tão difícil, é preciso ter coragem. É isso que a vida quer da gente. Coragem e ousadia para fazer o bom combate. E é essa coragem que aprendi com Arraes", declarou Marília.

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Estiveram no evento o prefeito Yves Ribeiro (PSB), o deputado estadual Wanderson Florêncio (PSC), além de vereadores ex-líderes da política do Agreste e da Zona da Mata do estado.

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A pré-candidata ao Governo de Pernambuco, a deputada federal Marília Arraes (Solidariedade), anunciou que terá apoio do PROS oficializado nesta terça-feira (10). Ao lado de Paulinho da Força, presidente do seu novo partido, a parlamentar vai confirmar a aliança com o presidente do PROS, Marcus Holanda, em um evento marcado às 11h, em Brasília.

Fundado em 2010, o Partido Republicano da Ordem Social (PROS) já foi casa dos senadores Fernando Collor de Melo, Eduardo Girão, e da ex-deputada estadual Clarissa Garotinho. A legenda se apresenta como integrante do Centrão e defende a agenda neoliberal. 

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"O apoio do PROS à nossa pré-candidatura é muito importante para fortalecer a nossa caminhada. Agradeço aos presidentes Marcus e Bruno pela confiança que eles estão depositando no nosso nome", comentou Marília, ao citar o presidente estadual do PROS, Bruno Rodrigues.

O líder estadual do partido retribuiu a gentileza e avaliou a importância da deputada para a disputa em Pernambuco. "Marília irá ajudar a resgatar o nosso estado e devolver a esperança aos pernambucanos. Tenho certeza que a partir do ingresso do PROS nessa caminhada, outros partidos também farão o mesmo", considerou.

O ex-governador de São Paulo e pré-candidato à vice na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa ao Planalto, Geraldo Alckmin (PSB), disse nesta terça-feira, 3, durante ato que oficializou o apoio do Solidariedade à candidatura do petista, que o encontro é o "prenúncio da vitória". O evento reuniu lideranças políticas de centro e esquerda em São Paulo.

Durante o ato, Alckmin afirmou que "a solidariedade", em referência ao nome da legenda presidida por Paulinho da Força, é o sentimento mais importante de todos nós. "É a solidariedade que nos traz compaixão. É a solidariedade que nos traz coragem para lutar e mudar o nosso País", disse.

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Em elogios ao ex-presidente, Alckmin disse que "o mundo do trabalho deu ao Brasil" o seu maior líder popular: Lula. "No tempo do Lula o salário mínimo cresceu muito acima da inflação, o povo consumiu, a economia avançou, o emprego cresceu", afirmou o ex-tucano.

Em críticas ao governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), Alckmin disse que, hoje, há um ajuste fiscal em cima do mais pobre, na qual não repõe "nem a inflação, porque a inflação sobre alimentos é muito mais alta".

"Não tenho dúvida, o Brasil vai mudar, o Brasil precisa mudar, política é esperança, e a esperança hoje no Brasil é o presidente Lula. Ele que tem a liderança, experiência, capacidade de trabalho para retomar o caminho correto do nosso País", disse Alckmin. "O Brasil precisa mudar, política é esperança, e a esperança hoje é o presidente Lula", finalizou.

Em ato que oficializou o apoio do Solidariedade à pré-candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o presidente da sigla, Paulinho da Força, afirmou nesta terça-feira (3) que fez questão de convidar pessoas, para além da esquerda e centro esquerda, para mostrar que a candidatura de Lula pode crescer. "Essa aliança pode ser muito maior", afirmou.

O parlamentar disse, também, que a eleição ainda não está ganha e que é preciso focalizar forças na ampliação de alianças. "Estamos perdendo tempo com algumas coisas, como vaia e reforma trabalhista", declarou.

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Em relação à reforma trabalhista, Paulinho disse que isso será resolvido em dois meses dentro do Congresso Nacional. "Falo isso porque precisamos tratar o Brasil". "Você (Lula) precisa ser a pessoa que una aqueles que querem um Brasil diferente", afirmou.

Antes dividido entre Danilo Cabral (PSB) e Marília Arraes (PT), o ex-presidente Lula confirmou que vai apoiar o deputado federal na disputa do Governo de Pernambuco. A declaração foi feita na manhã desta sexta-feira (29), em entrevista à Rádio Jornal. 

Embora tenha lamentado 'profundamente' a saída de Marília Arraes do PT, Lula disse que preserva a boa relação com a parlamentar, mas que vai trabalhar pela vitória de Cabral.

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"Meu candidato a governador no estado de Pernambuco é o Danilo porque nós temos um acordo com o PSB. Vou trabalhar para que Danilo seja o governador de Pernambuco", confirmou o pré-candidato aa Presidência. 

Para concorrer ao cargo, Marília migrou para o Solidariedade depois de recusar defender o ex-partido pelo Senado. Mesmo após a saída, ela usa a imagem de Lula nos materiais de pré-campanha e, até então, dava a entender que seria 'sua candidata' nas eleições estaduais.

Apesar de se distanciar da ex-petista, Lula prometeu que não vai 'criar problemas' para Marília por se apoiar em sua imagem e pontuou que até políticos conservadores devem adotar a estratégia.

Nos dois anos de pandemia de Covid-19, o projeto Orgânico Solidário - plataforma sem fins lucrativos organizada sob a forma de um fundo filantrópico - conseguiu arrecadar mais de R$ 3,5 milhões em doações de pessoas físicas e jurídicas, que resultaram na distribuição de mais de 75 mil cestas orgânicas para cerca de 80 comunidades em quatro estados do país. No total, foram mais de 500 toneladas de alimentos entregues, oriundos de uma rede composta por 100 agricultores familiares.

O criador do projeto, Aziz Camali Constantino, disse que a ideia surgiu como resultado direto do impacto da pandemia. Ele montou um grupo de empresas e empreendedores amigos e percebeu que seria mais eficiente pensar em uma solução cujo centro fosse o próprio impacto causado pela Covid-19. “A partir daí, a gente mapeou o território da fome porque muita gente, no começo da pandemia, estava olhando para a saúde, para respiradores e outros equipamentos. E a gente viu que quando faltasse comida no prato das pessoas, qualquer tese de saúde pública, de educação, iria para o ralo”.

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O foco, então, foi não fomentar uma cesta seca, da filantropia social tradicional, que não tem quase nada de nutrição, disse Constantino. “A gente percebeu que precisava falar de segurança alimentar, de agroecologia. Criamos uma cesta fresca, com frutas, legumes e verduras que, além de alimentar com algo que é escasso nas periferias, gerasse renda para o agricultor, para o produtor orgânico”, explicou.

Rede

Usando inteligência e tecnologia, o Orgânico Solidário não opera somente em emergências e desastres, mas está atualmente em seis estados (Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Bahia e Goiás), atuando por meio de mais de 20 projetos em comunidades pelo Brasil. Os alimentos frescos são entregues de forma recorrente, dando dignidade às pessoas e acompanhando a transformação do que é uma família com acesso a esse tipo de comida saudável.

Aziz afirmou que é difícil pensar em meta para 2022 em um país como o Brasil, onde morre mais gente de má alimentação do que de falta de comida, “um país que fomenta o agronegócio que não alimenta ninguém. A gente percebe que entregar comida é uma premissa”. Ele lembrou que, infelizmente, o Brasil produz hoje menos vegetais e verduras do que o Japão. Daí, o papel fundamental do projeto de fortalecer a agricultura orgânica.

Como organização social, o exercício do fundo hoje é buscar novos doadores, sejam empresas apoiadoras ou pessoas, para aumentar o cinturão de doação. “O grande segredo do nosso modelo é que a gente não buscou só fundações, institutos e empresas privadas. A gente democratizou a linguagem da filantropia. A gente gosta de falar que a microfilantropia também é algo que falta no Brasil”.

Segundo o criador do Orgânico Solidário, o Brasil é uma das principais economias do mundo, mesmo em crise. Mas, ao mesmo tempo, é uma das nações mais desiguais do planeta, “porque as pessoas não gostam de dividir”. Adaptando a linguagem, percebeu-se que a cada R$ 50, uma pessoa pode ajudar uma família. “Eu democratizo isso para qualquer família pelo Brasil poder se sensibilizar”. Por isso, o projeto conta hoje com grande rede de pessoas físicas, formada por mais de 8 mil doadores individuais, que ajudam na formação desse cinturão. “Entre 15% e 20% das nossas doações vêm de pessoas físicas”.

Constantino lembrou ainda que as pessoas físicas podem contribuir fazendo campanhas, como trocando presentes de aniversário por doações para o projeto. Segundo ele, é preciso pensar que, “se está ruim para mim, está pior para outras pessoas”.

Fomento e renda

Ao mesmo tempo em que se preocupa em alimentar bem famílias carentes, o Orgânico Solidário procura fomentar e fortalecer o agricultor orgânico. “Hoje, são mais de 100 produtores na nossa rede. A gente gera renda para eles”. Na cesta fornecida pelo projeto, o dinheiro não vai para a indústria, como ocorre no modelo da cesta básica tradicional. A doação na cesta fresca do Orgânico Solidário vai diretamente para o agricultor familiar, o produtor orgânico, garantindo safra para eles.

Quem quiser ser doador pode entrar no site do projeto. A plataforma permite doar por pix, boleto, cartão, parcelado, doação recorrente. “Hoje não tem motivo para não doar”, garantiu Aziz Constantino. Os recursos alimentam as doações recorrentes de cestas frescas que ocorrem toda semana. “São dois anos, em que falo com muito orgulho e 'ralação', de entregas toda semana. A gente não parou de entregar uma semana sequer pelo Brasil”.

Ele destacou que o projeto surgiu sem investimento ou planejamento, com tempo parcial, porque todos os envolvidos são empreendedores, que têm de pensar em suas empresas e famílias. Mas priorizou a espontaneidade. “Se cada um fizer um pouquinho, é possível a gente se mobilizar em grupos para gerar impactos significativos”.

Acrescentou que o projeto é extremamente profissionalizado. As doações caem em um fundo filantrópico gerido pela Sitawi Finanças do Bem, que audita os recursos. Entre as marcas parceiras, estão a PagSeguro, que oferece taxas reduzidas para o pagamento das doações pelo site, e a Klabin, que doa caixas em que os alimentos são distribuídos. Existe monitoramento para saber se as doações das cestas estão chegando aos locais certos. “A gente conseguiu mostrar que é possível olhar para o impacto, para a filantropia, sem pensar nos modelos sofisticados, como criar uma organização não governamental (ONG)”, disse Aziz Constantino.

As cestas têm o valor de R$ 50 cada e incluem itens variados. São mais de 6 quilos de frutas, legumes e verduras. Agricultores orgânicos, em parceria com operadores locais em cada região atendida, fazem a colheita, seleção dos produtos, montagem e entrega das cestas.

De acordo com o criador do Orgânico Solidário, utilizar alimentos orgânicos garante ter à mesa produtos sem agrotóxicos, com maior valor nutricional, o que torna a comida mais saborosa e ajuda no aumento de anticorpos.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, viajou neste sábado (9) a Kiev para demonstrar a "solidariedade" britânica com a Ucrânia, que há mais de seis semanas resiste à invasão das tropas russas, informou Downing Street.

Jonhson foi à Ucrânia "para se reunir pessoalmente com o presidente (Volodimir) Zelensky, em um gesto de solidariedade com o povo ucraniano" e com a intenção de "apresentar um novo pacote de ajuda financeira e militar" para este país do leste europeu, informou um porta-voz do premier britânico.

Pouco antes, um membro do gabinete de Zelensky postou no Facebook uma foto na qual Johnson aparece vestindo um terno escuro, sentado em frente a Zelensky, trajando a camisa cáqui que costuma usar em suas aparições públicas desde o início da guerra.

"A Grã-Bretanha lidera o apoio militar à Ucrânia, lidera a coalizão antiguerra, lidera as sanções contra o agressor russo", escreveu o assessor presidencial ucraniano, Andriy Sybiha.

Na sexta-feira, Zelensky recebeu a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

Von der Leyen visitou com o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, e o líder do governo eslovaco, Eduardo Heger, a cidade de Bucha, perto da capital ucraniana, onde apareceram dezenas de cadáveres com roupas civis após ter sido ocupada pelas tropas durante semanas.

Johnson é o primeiro chefe de Estado ou governo de potências do G7 que viaja a Kiev desde o início da invasão, em 24 de fevereiro. Este grupo de economias avançadas é formado por Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Alemanha, França, Itália e Japão.

Em resposta a fala da vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos (PCdoB), de que a movimentação da pré-candidata a governadora, Marília Arraes (Solidariedade), vai “na contramão” da necessidade de derrotar Bolsonaro, a deputada estadual Fabíola Cabral (Solidariedade), criticou o PSB e defendeu a posição de Marília, utilizando uma afirmação feita pela própria Luciana Santos: “Pernambuco precisa de uma chapa que represente a virada de chave que o Brasil necessita”. 

“Marília e Lula têm uma história juntos, sempre estiveram uma ao lado da outra. Por isso, Marília é a pessoa certa para encabeçar esse movimento no estado e o povo sabe disso”, destacou a parlamentar. “Pernambuco precisa de uma chapa que represente a virada de chave que o Brasil necessita, como disse a vice-governadora Luciana em entrevista recente”, completou. 

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Fabíola criticou a atuação do PSB, “que renegou Lula 24 horas por dia na campanha municipal, principalmente no Recife”, lembrou. “É o PSB que sempre esteve na contramão. O PSB tirou foto abraçado com Aécio no segundo turno em 2014, o PSB apoiou o golpe. O PSB pensa que é dono do Estado, mas quem manda é a vontade de mudança da nossa gente. Precisamos de uma retomada da democracia no Brasil e em Pernambuco”, ressaltou.

Entenda

A vice-governadora de Pernambuco e presidente nacional do PCdoB, Luciana Santos, criticou, em entrevista à Rádio Folha na quarta-feira (6), o movimento feito pela deputada federal e pré-candidata ao governo de Pernambuco, Marília Arraes, em ter saído do PT e lançado a sua candidatura majoritária pelo Solidariedade. De acordo com a vice-governadora, ela foi “na contramão” da necessidade histórica de “derrotar Bolsonaro”.

“Politicamente, o movimento é na contramão de uma necessidade histórica que estamos passando, que é derrotar Bolsonaro e abrir novas veredas para o País e para Pernambuco num momento novo que a gente teve que passar, que Paulo teve que passar, talvez o pior momento econômico e político, e estamos de pé dizendo que nós podemos construir um novo momento para todos nós”. 

“Nós precisamos de uma chapa que tenha identidade com esse anseio da expectativa em torno da virada da conjuntura nacional, da luta por Lula presidente. Essa deve ser a nossa principal busca: ter uma chapa majoritária que se identifique com o presidente Lula. É nessa direção que nós deveríamos caminhar”, afirmou Luciana Santos. 

 

O ex-presidente do PV Pernambuco, Jorge Carreiro, informou nas suas redes sociais nesta terça-feira (5), que deixou a sigla em Pernambuco e filiou-se ao Solidariedade para caminhar ao lado da deputada federal e pré-candidata ao Governo de Pernambuco, Marília Arraes. 

Em nota, ele apontou que os fatos que aconteceram nas últimas semanas na política pernambucana os levaram a tomar importantes decisões que repercutem nas suas posições para as eleições deste ano. “No último dia 2 de abril, me filiei ao Solidariedade, partido que tem Marília Arraes como pré-candidata ao Governo de Pernambuco”, afirmou. 

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Carreiro explicou três pontos que o levaram a deixar a sigla. “O Partido Verde fará parte de uma federação partidária com o PT e o PCdoB, cuja decisão de apoiar a continuidade do atual Governo do Estado desestimula e vai de encontro à minha base política. A entrada de Marília na disputa pelo cargo de governadora traz uma brisa de ar fresco e esperança ao povo da nossa terra. E, por último, vale ressaltar que ela foi um pilar de forte apoio político ao nosso projeto vitorioso que elegeu Yves Ribeiro, prefeito do Paulista, na eleição de 2020”.  

“Ressalto que serei um guerreiro na luta por um Pernambuco para os pernambucanos. Nosso estado irá viver um novo tempo, com a certeza de que quem trabalha com firmeza é ajudado por Deus”, garantiu. 

O vereador Genilson Costa (SD), presidente da Câmara de Vereadores de Boa Vista, em Roraima, está na lista de investigados de uma operação da Polícia Federal que apura o tráfico de drogas interestadual. O parlamentar é suspeito de possuir associação criminosa com vínculo a outros grupos no estado do Amazonas. A operação, denominada Tânatos, foi deflagrada na manhã desta terça-feira (5). A informação é do G1.

De acordo com a PF, as investigações iniciaram em dezembro de 2020, com a prisão em flagrante de um dos principais suspeitos de integrar a organização. Desde então, foram apreendidos mais de 50 quilos de skunk, três veículos de luxo e mais de R$ 70 mil em espécie, em decorrência das investigações.

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Nessa movimentação, o vereador Genilson atuaria como um possível “colaborador” dos criminosos, disponibilizando veículos para o transporte das drogas, com indícios de utilização de dinheiro público. Também há indícios da participação de um piloto de avião que seria conhecido por prestar serviços ilegais em regiões de garimpo no estado.

O grupo seria responsável pelo envio de drogas chegadas do Amazonas, com o objetivo de abastecer o mercado ilícito de Roraima, sob o uso de aviões e veículos para o transporte das drogas. O grupo teria movimentado mais de R$ 500 mil em menos de 8 meses. As investigações seguem em andamento. A Câmara de Boa Vista ainda não se pronunciou.

Na Operação Tânatos, cerca de 60 policiais federais cumpriram 11 mandados de busca e apreensão nas cidades de Boa Vista e Alto Alegre, expedidos pela Vara de Entorpecentes e Organizações Criminosas do Estado de Roraima.

Genilson Costa foi eleito presidente da Câmara Municipal de Boa Vista em janeiro de 2021, logo após tomar posse pelo 5º mandato. Ele fica à frente do poder legislativo municipal no biênio de 2021-2022.

Com o fim da janela partidária no dia 1º de abril, ou seja, o período de troca de sigla sem punição do partido, só na câmara federal, mais de 130 deputados trocaram de partido. Grandes nomes da política local e também nacional decidiram mudar de sigla numa tentativa de atrair mais votos nas eleições, que acontecem no dia 2 de outubro desde ano. 

Dentre as pessoas públicas que trocaram de partido, está a deputada federal Marília Arraes, que deixou o PT após seis anos na sigla e se filiou ao Solidariedade para concorrer ao Governo de Pernambuco. 

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->> A cada 7 dias, um deputado federal muda de partido

Anteriormente do Podemos, a Delegada Patrícia Domingos saiu do partido e se filiou ao PSDB para concorrer a uma cadeira na Assembleia Legislativa de Pernambuco. A deputada estadual Priscila Krause deixou o Democratas para se filiar ao Cidadania, partido que tem o deputado federal Daniel Coelho como líder, e deve apoiar a candidatura da pré-candidata ao governo de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB). 

Recentemente, o ex-juiz Sergio Moro, que era filiado ao Podemos, saiu da sigla para fazer parte do União Brasil e concorrer à presidência no dia 31 de março. Após rumores de que a troca Moro seria para disputar uma vaga ao Senado, ele afirmou não ter desistido “de nada”. 

Para concorrer como vice-presidente na chapa de Lula, o ex-governador Geraldo Alckmin saiu do PSDB e agora faz parte do PSB. Na tentativa de voltar a ocupar uma cadeira na Câmara dos Deputados, o ex-deputado federal denunciado na Lava Jato, Eduardo Cunha, trocou o MDB pelo PTB em São Paulo e anunciou a disputa pela cadeira.

--> 16 governadores buscam reeleição

O deputado federal Eduardo Bolsonaro, que fazia parte do antigo partido do pai, o presidente Jair Bolsonaro (PL), agora, passou a fazer parte do Partido Liberal (atual sigla do pai) ainda no início de fevereiro deste ano, assim como a deputada federal Bis Kicis, que era so PSL e foi para o PL. O secretário especial de Cultura, Mário Frias, também faz parte do PL. Os três pretendem disputar uma vaga na Câmara dos Deputados pelo partido.

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, e a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, se filiaram ao Republicanos, partido ligado à Igreja Universal do Reino de Deus, que integra a base do governo Bolsonaro, e devem disputar as eleições deste ano. Com um dos nomes que defende a bancada conservadora por Pernambuco na Câmara Federal, o deputado federal Pastor Eurico integrava o Patriota e passou a fazer parte do partido de Bolsonaro, o PL

Partido Liberal 

O PL de Bolsonaro se tornou a maior bancada na Câmara dos Deputados após o fim da janela partidária, que encerrou no dia 1º de abril. O PL hoje conta com 73 deputados no momento, mais que o dobro do que a sigla tinha na época da posse, quando contava com 33 deputados.

Grande parte dos novos deputados do PL veio do União Brasil, partido criado com a fusão do PSL e DEM. Antes da janela partidária, o União contava com 81 deputados, mas agora está com 47, atrás do PT (com 56) e PP (50). Outros partidos que cresceram foram o Republicanos, atualmente com 45 deputados, e o PSD, com 43.

Desde o início da legislatura até o momento, 123 deputados trocaram de partido. O número é menor em comparação com a legislatura passada, quando 154 deputados mudaram de sigla no mesmo intervalo de tempo (entre 1º de fevereiro de 2015 e 1º de abril de 2018). 

Filiada ao Solidariedade nesta sexta-feira (25), a deputada federal Marília Arraes comentou sobre a influência do senador Humberto Costa em sua saída do PT após seis anos de divergência nos bastidores. Em relação ao embate com o PSB pela presença do ex-presidente Lula em seu palanque, a parlamentar definiu que o bloco adversário "tá morrendo de medo de disputar com a gente".  

Preterida pelo ex-partido quando tentou protagonizar campanhas no Estado, Marília afirmou que o desgaste com a cúpula de Humberto Costa chegou ao limite mesmo após tentativas de conciliação. 

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"É um desgaste sem motivo político e sem motivo de projeto", apontou a deputada, sugerindo diferenças pessoais com o senador.  

"Pernambuco acompanha e sabe quem é que tem projeto pessoal e quem é que coloca o PT a serviço de projeto pessoal", continuou. "O PT aqui tem uma aceitação de mais de 30% da população e o presidente Lula chega perto de 70% de popularidade, e tem, somente, quatro prefeituras no Estado. Por que será? Algum motivo tem. Por que de tantas lideranças promissoras que começaram a brilhar não conseguiram permanecer no PT?", questionou a nova integrante do Solidariedade sobre a gestão estadual da legenda. 

Protagonista na nova casa 

Marília destacou que o apoio do Solidariedade à estruturação da candidatura do ex-presidente Lula foi o principal motivo que a atraiu para a nova casa, onde deve receber a confiança que faltava no PT e assumir a direção estadual. O presidente nacional do partido, Paulinho da Força, esteve no evento de filiação no Recife e confirmou que ela vai estrelar a campanha publicitária que vai ao ar em maio. 

---> Paulinho da Força diz que Marília se livrou de 'amarra'

Com o compromisso de não se distanciar da figura do ex-presidente, a deputada traçou uma meta paralela a seu projeto de eleição ao Governo do estado. "A gente quer que o presidente Lula saia de Pernambuco com 90% dos votos, no mínimo", projetou. 

Medo do PSB

Ela ainda colocou em xeque a legitimidade da reaproximação do PSB com o petista e propôs que a Frente Popular costuma trocar de posição quando lhe convém para se manter no poder.

Marília lembrou que o concorrente do bloco, o deputado federal Danilo Cabral, se enrolou em uma faixa com as cores do Brasil para votar pelo impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff (PT) no plenário da Câmara. O que manifesta a conveniência do que entende como "flexibilidade" do PSB. 

"O povo sabe quem tava do lado de Lula no bom e no ruim [...] o PSB tá morrendo de medo de disputar com a gente", determinou.   

O deputado federal Paulinho da Força, presidente nacional do Solidariedade, referiu-se à deputada Marília Arraes como um “símbolo da luta da mulher brasileira” e disse que a parlamentar se livrou da “amarra” que antes a prendia, referindo-se à saída de Arraes do Partido dos Trabalhadores. A pré-candidata ao Governo de Pernambuco oficializou sua filiação ao Solidariedade em evento na manhã desta sexta-feira (25), ao lado de Paulinho, que afirmou que Marília agora “começa a comandar o partido no Estado”. 

O presidente da legenda também reafirmou que o Solidariedade não fará federação com outros partidos, mas que segue firme na luta “contra o bolsonarismo que destruiu o país” e no apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na campanha do evento de filiação, foi utilizada uma foto de Marília Arraes e Lula, o que enfatiza que não há rompimento na perspectiva majoritária nacional. 

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"Só tem um jeito de derrotar o bolsonarismo: é o presidente Lula. Tenho certeza de que Lula vai ganhar as próximas eleições e reconstruir o Brasil", completou Paulinho da Força, que disse que Lula não é “propriedade” de partido nenhum. 

A filiação põe fim às especulações sobre o futuro da legislativa, que passa pelo seu terceiro partido em 14 anos de política. Nos próximos dias, a candidatura de Arraes deve ser lançada pela sigla, o que descarta a possibilidade, até o momento, de uma candidatura ao Senado. 

“Hoje é um dia importante para o estado de Pernambuco, porque a gente entra, de verdade, com a segurança que um partido oferece, no jogo para discutir um projeto para Pernambuco. Um projeto que muitas vezes me fez abrir mão da minha vida pessoal. Eu poderia muito bem estar na zona de conforto, mas minha história de vida mostra que a zona de conforto não me encanta, diferente de muitos outros, que preferem o caminho mais fácil”, disse Marília em coletiva. 

A deputada continuou: “A gente acredita que o caminho mais difícil, se é pra estar do lado certo da história, do lado dos que sempre perderam, e fazer que esses que sempre perderam passem a ganhar, a gente acredita que vale muito mais a pena; as renúncias, os esforços, os embates”. 

*Com informações de Victor Gouveia

A deputada federal Marília Arraes deixou o PT e se filiou ao Solidariedade nesta sexta-feira (25). Com o ingresso no novo partido, a neta de Miguel Arraes vai concorrer ao Governo de Pernambuco. Em pronunciamento na manhã de hoje no Recife, ela declarou que não se encanta pela zona de conforto, ao justificar a saída do PT, e se classificou como o nome para fazer frente à "influência negativa do projeto do poder pelo poder".

Trajetória

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Parlamentar desde 2008, quando foi eleita vereadora do Recife pelo PSB, a deputada federal também concorreu e se elegeu em 2012 e 2016 ao mesmo cargo e, em 2018, ao mandato que hoje exerce. Em 2020, a neta de Miguel Arraes teve uma disputa acirrada com o prefeito João Campos (PSB), seu primo, mas acabou sendo derrotada no segundo turno. O desgaste com o PT nas eleições de 2020 se estendeu até este ano, culminando no desembarque da sigla.

No Partido dos Trabalhadores desde 2016, em 2020, na disputa pela cadeira na Prefeitura do Recife, Marília acabou tendo vários embates internos até que seu nome como pré-candidata fosse oficializado. Era ventilada a possibilidade dela não concorrer à Prefeitura por conta da aliança entre PT e PSB na Frente Popular, defendida pelo senador petista Humberto Costa, por exemplo. Além disso, a sua trajetória na sigla foi cheia de expectativas não correspondidas

A cientista política e professora Priscila Lapa destacou que a situação de Marília com o PT “nunca foi confortável”. “Ela sempre se colocou numa posição incômoda, revelando incômodos com o partido e o partido com ela. Nunca houve um casamento perfeito de juntar a fome com a vontade de comer. A gente já espera que haverá esse rompimento em algum ciclo eleitoral, ainda não foi o momento oportuno em 2020, porque ainda foi possível a manutenção a partir dos elementos da conjuntura de 2020. Mas toda a eleição pernambucana tem um novo capítulo na relação PT-PSB, e Marília faz parte desse contexto”, explicou.

Senado

Neste ano, o desejo de Marília de sair como candidata ao governo de Pernambuco pelo PT foi, mais uma vez, frustrado. Recentemente a sigla deu como única possibilidade, que já havia sido descartada pelo partido antes da deputada demonstrar querer sair da sigla, a concorrência por uma vaga no Senado Federal. 

No domingo (20), em reunião do Grupo Tático Eleitoral (GTE), sem a sua presença, o PT informou que Marília ia sair como candidata ao Senado pela Frente Popular. Em resposta, a deputada afirmou que a atitude revelava, “no mínimo, descuido com o tratamento de assunto tão sério e uma precipitação sem limites”. “Não fui consultada e não autorizei que envolvessem o meu nome em qualquer negociação, menos ainda que tornassem público, como se fossem os senhores do meu destino, sobretudo após meses de desgaste político e público”.

“Em 2018, o acordo de cúpula PT/PSB, impediu a minha candidatura ao Governo do Estado, quando liderávamos todas as pesquisas de opinião. Em 2020, nas eleições para a Prefeitura do Recife, a cúpula do PT fez de tudo para inviabilizar politicamente a minha campanha, o que ajudou a dar a vitória ao adversário. E agora, indelicadamente, usam o meu nome, como massa de manobra. Tudo isso não é compatível com o bom senso que deve nos nortear na política”, contou.

Na segunda-feira (21), Marília Arraes encontrou com o ex-presidente Lula e contou ter conversado sobre o quadro político nacional. “Analisamos a situação eleitoral em Pernambuco e as alternativas que se colocam no Estado, reafirmando o compromisso com a candidatura do presidente Lula”. Nas três últimas notas enviadas, ela destacou seu apoio intransferível à candidatura de Lula.

Liderança maior que o PT

De acordo com Priscila Lapa, a tentativa de comprovação da proximidade dela com Lula é uma “grande carta na manga”. “Ela pode se descolar do PT, mas não de Lula, e qualquer liderança que tente se meter nessa relação, é porque reconhece a parte da sua força perante ao eleitorado que reside nessa identificação. Assim como Lula, ela é aguerrida, tem as mesmas bandeiras de Lula e constrói isso muito bem, porque não constrói apenas no período eleitoral. Em todas as ocasiões de posicionamento político, mesmo em momentos em que ninguém queria falar de Lula, no ápice dos processos da Lava Jato e desgaste como presidente, ela sempre se posicionou favorável, assim como Teresa Leitão, e isso faz com que tenha uma identificação muito clara do eleitorado de Lula com Marília”.

Em recente entrevista à Rádio Clube, a deputada estadual Teresa Leitão (PT) afirmou que “Marília é a candidata eleitoralmente mais forte, não apenas dentro do PT, mas fora do PT também”.

A cientista política sustentou a afirmação da deputada estadual, e acrescentou que o eleitor de Marília deve acompanhá-la independente de qual partido ela esteja, tendo em vista que ele está chateado com a forma como o PSB a trata. “Marília se tornou uma liderança política maior que o PT em alguns aspectos localmente, e pode ser algo que ela utilize favorável a ela nesse sentido de independência de para onde ela vai, o eleitor acompanha. Ela tem um eleitor mais ideológico, mas que também está chateado. Vale salientar que o eleitor que pode se descolar de Marília porque vota no PT e pode não gostar da mudança partidária, provavelmente é minoritário no sentido de que o que prevalece dentro do eleitorado de Marília ficou claro nos comentários feitos nas publicações no fim de semana”.

“É uma eleitor chateado com a forma como o PSB lida com ela, as feridas de 2020 que ainda não foram saradas, porque o PSB coloca Marília numa condição jamais como aliada política ou alguém que pode somar, é sempre numa condição de adversária. O eleitor dela gosta da forma aguerrida com que ela enfrenta, inclusive o fato de ser família e não se desdobrar às determinações de um ponto de vista familiar como se ele tivesse uma autenticidade política que agrada o eleitorado dela e poderá acompanhá-la, sim, em qualquer movimentação partidária que ela poderá fazer”, detalhou a estudiosa.

Janela Partidária

Marília deixa o PT durante o período de janela partidária, tempo disponibilizado para a migração de partido de deputados estaduais e federais sem perder o mandato por infidelidade partidária, que iniciou no dia 3 de março e vai até a sexta-feira, 1º de abril. O período, de acordo com a cientista política e professora Priscila Lapa, é do “tudo ou nada”.

“Um passo errado agora compromete alianças e o futuro político das pessoas”. Sobre a possível troca de partido de Marília Arraes, a especialista afirmou que é um “momento delicado”, tendo em vista o isolamento que a deputada teve. “A impressão que fiquei é de que ela estava se metendo numa briga maior do que a sua capacidade de dar conta dessa briga e se colocar nesse cenário. Acho que nesse cenário de disputa entre PT e PSB, Marília acaba sendo um elemento frágil nessa relação a partir do momento que o partido dela não é fechado com ela. Se o partido não é fechado, dificulta a sobremaneira que nesse enfrentamento com o PSB, que a enxerga como uma adversária a altura”.

“Ela não incomoda porque é fraca”, diz Priscila. “É justamente porque o PSB tem dimensão de que se o nome dela for realmente trabalhado numa candidatura bem estruturada, Marília certamente tem muita chance de vencer uma eleição com uma grandeza maior”, detalha.

*Com informações de Victor Gouveia

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