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O senador Aécio Neves está entre os assuntos mais comentados no Twitter mundial nesta quinta-feira (18) devido à operação da Polícia Federal deflagrada após o vazamento de um áudio no qual o mineiro, que fora candidato à Presidência em 2014, pediu R$ 2 milhões a um dos donos da JBS. O termo "Aécio" apareceu em mais de 557 mil menções no microblog, ocupando a quarta posição no ranking mundial. O nome de sua irmã, Andrea Neves, também consta na lista de trending topics do Twitter.

Agentes da PF e do Ministério Público Federal cumpriram mandados de prisão, busca e apreensão na casa de Aécio no Rio de Janeiro, em imóveis de sua irmã e de Altair Alves Pinheiro, braço direito do ex-deputado Eduardo Cunha. Em Brasília, também foram cumpridos mandados nos gabinetes de Zeze Perrella (PMDB-MG) e de Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR).

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A operação foi deflagrada após a delação premiada de Joesley Batista, dono do frigorífico JBS, que entregou uma gravação de áudio na qual Aécio pedia R$ 2 milhões, alegando que usaria o dinheiro para pagar sua defesa na Lava Jato. O Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu um pedido da Procuradoria-Geral da República (PRG) para afastar o senador e autorizar sua prisão. O relator da Lava Jato no STF, ministro Edson Fachin, deu o aval para o afastamento. Fachin também proibiu o senador tucano de sair do país, obrigando-o a entregar seu passaporte.

Ao afastar Aécio Neves (PSDB-MG) da função parlamentar ou "de qualquer outra função pública", o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), impôs duas medidas cautelares ao tucano: a proibição de contatar qualquer outro investigado ou réu no conjunto de fatos revelados na delação da JBS; e a proibição de se ausentar do País, devendo entregar seu passaporte.

O Broadcast Político (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado) teve acesso a trecho da decisão de Fachin que afastou Aécio Neves do mandato de senador e determinou a prisão de sua irmã, Andrea Neves; de Frederico Pacheco de Medeiros, primo do senador; e de Mendherson Souza Lima, assessor parlamentar do senador Zezé Perrella (PMDB-MG).

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O ministro também determinou que os mandados ocorressem com a "máxima discrição" e com a "menor ostensividade".

"Deverá a autoridade policial responsável pelo cumprimento das medidas tomar as cautelas apropriadas, especialmente para preservar a imagem dos presos, evitando qualquer exposição pública. Não se tratando as pessoas em desfavor de quem se impõe a presente medida, de indivíduos perigosos, no sentido físico, deve ser evitado o uso de algemas", ressaltou o ministro em sua decisão.

Fachin também pediu que o plenário do STF analise "no tempo mais breve possível" a deliberação da matéria.

"Determino, desde logo, que o Gabinete proceda à inclusão incontinenti em pauta, à luz do calendário como definido pela Presidência, eventual recurso em face desta decisão, a fim de que, no tempo mais breve possível, seja ao exame e à deliberação do colegiado do tribunal pleno submetida a matéria em tela, assim que instruída, se necessário for, a irresignação recursal respectiva", escreveu Fachin.

"Após a execução das medidas cautelares aqui estabelecidas, deverá a autoridade policial e/ou Ministério Público Federal comunicar a este Relator, quando será apreciado o pedido de levantamento de sigilo dos autos", afirmou Fachin.

O ministro encerrou o despacho obtido pela reportagem citando o jurista romano Ulpiano: "Esses são os preceitos do direito: viver honestamente, não causar dano a outrem e dar a cada um o que é seu".

A decisão do ministro foi assinada na última quarta-feira, 17.

O vereador do Recife André Regis usou seu perfil no Facebook para declarar que, embora seja cedo para avaliações definitivas sobre o escândalo da última quarta-feira (17) envolvendo o presidente Michel Temer e o senador Aécio Neves, apoia o afastamento imediato do tucano da presidência do PSDB.

Post do Vereador em seu perfil no Facebook

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Em entrevista exclusiva ao LeiaJá na manhã desta quinta-feira (18), o Vereador André Regis confirmou a publicação e reforçou seu apoio ao afastamento do senador do comando do seu partido. Segundo o vereador, o presidente da república Michel Temer e o Senador Aécio Neves, não têm mais condições de continuar em seus respectivos cargos. “O processo está em curso ainda, mas o senador Aécio Neves não tem mais condições de continuar no comando do partido. Nós estamos agora em um novo processo de incerteza acerca da presidência da república. Michel Temer vai renunciar, será cassado, e sofrerá o processo de Impeachment. Em qualquer um desses três pontos o PSDB terá um papel importante na transição para um novo governo. Acredito que será o inevitável. Michel Temer também perdeu as condições de governabilidade. Acredito que será muito difícil ele reverter”, disse. 

André Régis afirmou também que concorda com as investigações da Lava-Jato. “Nesse contexto, o senador Aécio Neves, estando envolvido diretamente, eu não vejo como o continuar no comando do partido. Acredito que o PSDB nas próximas horas publicará uma nota sobre o afastamento. Eu tenho plena convicção que isso vai acontecer, inclusive para demonstrar a nossa diferença dos nossos opositores. Eu apoio integralmente a Lava-Jato, tanto na primeira instância quanto na última, por coerência, não importa quem seja o investigado” afirmou.

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A deputada estadual Teresa Leitão (PT-PE) divulgou uma nota em seu Facebook na manhã desta quinta-feira (18) se posicionando sobre o cenário político após a divulgação de acusações contra o presidente Michel Temer, os senadores Aécio Neves e Zeze Perrella. 

A deputada afirmou que diante dos acontecimentos o país se coloca em uma situação de “extrema gravidade e de muita instabilidade política” e que “de implementação aprofundando a crise econômica, elevando as taxas de desemprego e impondo ao país uma agenda conservadora de reformas que retiram direitos dos trabalhadores e submetem o Brasil aos interesses do capital financeiro internacional”.

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Teresa afirma também que “Esta nova fase do golpe coloca seus articuladores em processo de decomposição, chegou ao fundo do poço”, referindo-se a Temer e Aécio Neves, que teve seu mandato suspenso e foi alvo de mandados de busca e apreensão que resultaram na prisão de sua irmã, Andrea Neves, e de seu primo Frederico Pacheco de Medeiros, citado em delações da JBS como ‘Fred’. Teresa completou a afirmação dizendo que “Temer perdeu totalmente as condições de permanecer no cargo e Aécio Neves precisa ser investigado de uma vez por todas”. 

A deputada também defendeu a realização de eleições diretas para presidente diante dos fatos denunciados na noite desta quarta-feira (17). “A mobilização do povo de luta precisa continuar e crescer. Para retomar a democracia no Brasil só há um caminho: Fora Temer! Diretas Já!”, completou Teresa. 

Confira a nota na íntegra:

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Advogados do senador Aécio Neves (PSDB-MG) se reuniam por volta das 9h15 desta quinta-feira (18) na residência do tucano em Brasília. Logo após a saída dos agentes da Polícia Federal da casa do senador, o advogado Luís Eduardo Alckmin chegou ao local. Na sequência, chegou também o advogado criminalista Rodrigo Alencar. "Vim ver um amigo", afirmou Alencar ao entrar na residência.

Havia, às 9h30, vários jornalistas na porta da casa e duas viaturas da Polícia Militar tinham acabado de chegar ao local. O carro que o senador costuma usar está estacionado nas proximidades. Alguns vizinhos também acompanham com curiosidade a movimentação em torno da residência do presidente do PSDB.

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A irmã do Senador Aécio Neves (PSDB-MG), Andréa Neves, foi presa por agentes da Polícia Federal e do Ministério Público na manhã desta quinta-feira (18) em Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte, capital de Minas Gerais.

A operação na qual Andréa Neves foi presa também realiza buscas em outros endereços ligados ao senador em vários Estados e em seu gabinete, em Brasília. No Rio de Janeiro, um chaveiro foi chamado para que os agentes pudessem cumprir um mandado de busca e apreensão no apartamento de Andréa em Copacabana, na Zona Sul da cidade. 

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A operação no Rio foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e teve início por volta das 5h. Foram realizadas buscas no apartamento de Aécio e no de Altair Alves Pinto, conhecido por ser braço direito do ex-deputado preso Eduardo Cunha. 

O senador Aécio Neves, que também é presidente nacional do PSDB, teve seu mandato suspenso pelo STF. No congresso, por volta das 6h15, agentes da Polícia Federal realizaram buscas nos gabinetes de Aécio, do senador Zeze Perrella (PMDB- MG) e do deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), que também foi afastado de seu mandato.

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A Procuradoria Geral da República (PGR) pediu a prisão do senador Aécio Neves (PSDB-MG). O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu submeter ao plenário da Corte máxima o pedido de prisão do tucano.

A Polícia Federal cumpre nesta quinta-feira (18) mandados judiciais nas casas e nos gabinetes dos senadores Aécio Neves e Zezé Perrella (PMDB-MG), além de endereços de várias pessoas a eles ligadas, entre elas a irmã do tucano, Andréa Neves, e o filho do peemedebista, Gustavo Perrella.

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As medidas foram autorizadas pelo ministro Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). A operação mira citados na delação do empresário Joesley Batista, da JBS, e de outros empresários do grupo.

Além do gabinete no Senado, os policiais estão nos apartamentos de Aécio em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro, além da fazenda dele, em Cláudio (MG). Também há medidas judiciais sendo cumpridas contra Frederico Pacheco de Medeiros, primo do senador, apontado por Joesley como intermediário para o pagamento de R$ 2 milhões ao congressista.

Há ainda mandados sendo cumpridos no gabinete em Brasília, na casa e no escritório de Zezé Perrella em Belo Horizonte, fora endereços de um contador e de empresas ligadas a ele. A PF vasculha também a casa do doleiro Gaby Amine Toufic, em Belo Horizonte, e de funcionários do peemedebista, incluindo o assessor Mendherson Souza.

A irmã do senador Aécio Neves (PSDB-MG), Andrea Neves, é alvo de um mandado de prisão expedido pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). A informação foi confirmada ao jornal O Estado de S. Paulo por uma fonte da investigação que motivou a operação policial desta sexta-feira (18).

Conforme apurou a reportagem, Andrea não foi localizada. A Polícia Federal vai acionar a Interpol, pois tem a informação de que a irmã de Aécio estaria em Londres. A assessoria do senador tucano não atendeu ao telefonema feito pela reportagem.

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O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou o afastamento do senador Aécio Neves do mandato. A informação foi publicada na manhã desta quinta-feira (18) pelo jornal Estadão. Além dele, segundo a publicação, o deputado Rocha Lourdes também sofreu a mesma sanção do STF. 

Caso o afastamento afirmado pela publicação seja confirmado, a medida acontece um dia após uma reportagem do jornal O Globo divulgar uma gravação que o dono do frigorífico JBS, Joesley Batista, que entregou à Procuradoria-Geral da República (PGR). 

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Nela Aécio Neves aparece pedindo a ele R$ 2 milhões. No áudio, o presidente nacional do PSDB se justifica e diz que precisava da quantia para pagar sua defesa na Lava Jato. Em nota encaminhada à imprensa, o senador negou tudo. 

Na manhã de hoje uma nova fase da operação Lava Jato foi deflagrada com base na delação da JBS e cumpre mandados judiciais envolvendo o senador.

Desde o início da manhã desta quinta-feira (18), agentes da Polícia Federal e do Ministério Público Federal (MPF) realizam uma operação da força-tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro. Estão sendo cumprindo pelo menos três mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao senador Aécio Neves (PSDB), à irmã dele, Andrea Neves, e Altair Alves Pinheiro, braço direito do deputado Eduardo Cunha (PMDB).

No Congresso Nacional, em Brasília, buscas também estão sendo realizadas nos gabinetes do tucano, além nos do senador Zeze Perrella (PMDB-MG) e do deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR).

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As equipes deixaram a sede da Polícia Federal, na Zona Portuária do Rio, por volta das 5h30 e se dirigiram a endereços nos bairros de Ipanema (onde mora o senador), de Copacabana (onde a irmã tem apartamento) e do Maracanã (residência de Altair Pinheiro).

Um chaveiro foi chamado para ajudar no trabalho dos agentes em Ipanema, já que não havia ninguém na casa de Aécio Neves. Um funcionário que trabalha no hotel ao lado foi chamado para ser testemunha.

A operação foi deflagrada após a delação de Joesley Batista, dono do frigorífico JBS, que entregou uma gravação de áudio na qual Aécio Neves pede a ele R$ 2 milhões. No áudio, o senador tucano justifica o pedido alegando que necessitava do dinheiro para pagar sua defesa na Lava Jato. A informação foi divulgada pelo jornal "O Globo" ontem à noite (17).

O dinheiro teria sido entregue ao primo de Aécio, Frederico Pacheco de Medeiros, que foi diretor da Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG), nomeado pelo tucano, e um dos coordenadores de sua campanha à Presidência em 2014. A assessoria de imprensa do senador informou que ele "está absolutamente tranquilo quanto à correção de todos os seus atos" e disse que o tucano "aguarda ter acesso ao conjunto das informações para prestar todos os esclarecimentos necessários".

Autora do processo que resultou no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), a jurista Janaína Paschoal afirmou, na noite desta quarta-feira (17) nas redes sociais, que se os diálogos gravados pelos donos da JBS se confirmarem "não têm condições" de o presidente Michel Temer (PMDB) e o senador Aécio Neves (PSDB) permamecerem em seus cargos. Sob a ótica de Janaína, a situação "é muito grave", mas apesar disso, ela minimiza ao ponderar que o caso trata-se de "crimes comuns". 

"Conversei com Dr. Hélio Bicudo, entendemos que o caminho mais breve é o STF. Os telefonemas indicam crime comum.  Em caso de crime comum, a depender do que já há, o PGR denuncia, o STF recebe a denúncia e afasta o presidente. Não é necessário pedir impeachment, muito embora caiba, se as gravações se confirmarem", observa, em publicações no microblog.

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Janaína também pede que o Supremo Tribunal Federal divulgue "imediatamente" os áudios. "O povo tem direito a conhecer o conteúdo das gravações", ressalta. E dá um conselho a presidente da Alta Corte do país: "Peço ao Ministro Fachin que divulgue os áudios e que a Ministra Carmen Lúcia se prepare para assumir a Presidência".

Dizendo ainda que não se arrepende de ter defendido o impeachment de Dilma, Janaína diz que os eventuais crimes de Aécio e Temer não minimizam as responsabilidades da petista. Se os crimes de Temer e Aécio se confirmarem, os crimes de Dilma e Lula não ficam menores. Digo desde o início: caia quem tiver que cair...  Já me perguntaram se me arrependi de pedir o impeachment de Dilma. Não! [sic] Essa limpeza toda era necessária", frisa.

Por fim, a jurista reconhece que a situação do senador Aécio Neves "é mais grave". "Pelos áudios, para se defender nos 5 inquéritos, ele teria pedido dinheiro para pagar o advogado", observa e conclui pregando que "iependentemente do que venha a aparecer, nosso país é forte e sairá dessa situação mais forte".

O dono da JBS, Joesley Batista, não gravou apenas a declaração de Michel Temer (PMDB), na qual denuncia que opresidente estaria envolvido em esquema para manter Eduardo Cunha e ao operador Lúcio Funaro “calados na prisão”. A fala do delator também atinge diretamente o senador Aécio Neves (PSDB). 

Segundo o que foi divulgado pelo jornal O Globo, Aécio Neves também foi gravado pedindo ao empresário R$ 2 milhões. Ainda de acordo com a matéria, o dinheiro foi entregue para um primo do tucano e filmada pela Polícia Feral (PF). 

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A PF teria chegado a rastrear o caminho do dinheiro e descoberto que o valor foi depositado em uma empresa do senador Zeze Perrella (PSDB). Ainda de acordo com O Globo, em duas ocasiões em março deste ano, Joesley conversou com Temer e com Aécio levando um gravador escondido.

Para quem não lembra, Perrella foi um dos alvos da operação da Polícia Federal que apreendeu 445 kg de cocaína em um helicóptero pertencente à empresa de sua família. 

Ao suspender o interrogatório do senador Aécio Neves (PSDB-MG) no caso Furnas, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou a Polícia Federal disponibilizar "todos os depoimentos de testemunhas já colhidos". Em despacho nesta terça-feira, 25, o ministro proibiu a PF de "surpreender" Aécio.

"O argumento da diligência em andamento não autoriza a ocultação de provas para surpreender o investigado em seu interrogatório", advertiu Gilmar.

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Aécio é investigado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no âmbito da estatal mineira. No início de abril, o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo, autorizou a abertura de outros cinco inquéritos contra o tucano, todos com base na delação da Odebrecht.

Na iminência de ser interrogado, Aécio recorreu a Gilmar - relator do inquérito no Supremo - a quem pediu a suspensão da audiência na PF. A defesa do senador alegou que lhe foi negado o acesso a depoimentos já produzidos, sob o argumento de que representariam diligência em andamento.

Para Gilmar Mendes, "o depoimento de testemunhas é uma diligência separada do interrogatório do investigado". "Não há diligência única, ainda em andamento. De forma geral, a diligência em andamento que pode autorizar a negativa de acesso aos autos é apenas a colheita de provas cujo sigilo é imprescindível", assinalou o ministro.

"É direito do investigado tomar conhecimento dos depoimentos já colhidos no curso do inquérito, os quais devem ser imediatamente entranhados aos autos. Em consequência, a defesa deve ter prazo razoável para preparar-se para a diligência, na forma em que requerido."

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu nessa terça-feira (25) o interrogatório, na Operação Lava Jato, do senador Aécio Neves (PSDB-MG), presidente nacional do partido. O ministro atendeu pedido da defesa do tucano que alegou não ter tido acesso à íntegra da investigação da Polícia Federal.

Aécio é investigado neste inquérito sobre o caso Furnas por suposta corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

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A defesa de Aécio alegou que "lhe foi negado o acesso a depoimentos já produzidos, sob o argumento de que representariam diligência em andamento". "Os advogados solicitaram ‘acesso a todos os depoimentos já colhidos, ainda que não entranhados nos autos, bem como para que seja suspenso o interrogatório do requerente, por pelo menos 48 horas."

O tucano usou como argumento a Súmula Vinculante 14, da Corte, que garante a todos os investigados acesso amplo aos autos das investigações.

A PF alegou que "por estratégia de investigação, o investigado deve ser ouvido antes de tomar conhecimento do depoimento das testemunhas". Segundo a Federal, "o interrogatório e os depoimentos das testemunhas fazem parte de uma única diligência policial", desta forma, "não haveria diligência concluída, de juntada obrigatória aos autos".

Para Gilmar Mendes, "o ato contraria o entendimento desta Corte representado pela Súmula Vinculante 14".

Autor do processo de pedido de cassação da chapa presidencial Dilma Rousseff-Michel Temer de 2014, o presidente do PSDB, senador Aécio Neves, considerou nesta terça-feira, 4, como "esperado" o adiamento do julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

"É uma decisão que segue o regimento do tribunal, acolhida pelo presidente e que vai retardar um pouco o processo, mas é um rito que, ao meu ver, já era esperado. Não tem nada a nos opor e vamos aguardar que no momento certo o tribunal julgue. O que tínhamos que fazer em relação a esse processo já foi feito, na apresentação da denúncia lá trás", ressaltou o tucano.

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Aliado do atual governo, nas alegações finais do processo entregues antes da sessão de hoje no TSE, o PSDB considerou que o presidente Michel Temer não participou de possíveis irregularidades ocorridas na captação de recursos para a campanha de 2014.

"Ao cabo da instrução destes processos não se constatou em nenhum momento o envolvimento do segundo representado (Michel Temer) em qualquer prática ilícita. Já em relação à primeira representada (Dilma Rousseff), há comprovação cabal de sua responsabilidade pelos abusos ocorridos", diz trecho do documento encaminhado ao TSE.

Apesar da iniciativa tomada pelo partido, Aécio afirmou que houve mudanças na postura do PSDB em relação ao processo. "Não muda, o que mudou foi o Brasil já que nós queríamos ou pedimos na ação a perda do mandato da presidente, e isso já ocorreu por outra via. Mas todas as alegações que fizemos inicialmente constam nas nossas alegações finais. Não mudou absolutamente nada. Cabe agora ao TSE fazer o julgamento e vamos aguardar com tranquilidade", disse.

Julgamento

Em sessão realizada nesta terça-feira, os ministros do TSE decidiram ouvir mais testemunhas no processo que pede a cassação da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer e também acatou pedido da defesa da presidente cassada por mais cinco dias de prazo para alegações finais. Com isso, a fase de coleta de provas foi reaberta e o julgamento que pode gerar a cassação de Temer e a inelegibilidade do peemedebista e da petista foi adiado sem um prazo definido para ser retomado.

Na análise de integrantes da cúpula do PSDB, as discussões devem se arrastar até 2018. Entre os argumentos considerados pelos tucanos está a instabilidade que uma possível cassação da chapa poderá causar na combalida economia do País. No entendimento de tucanos da cúpula do partido, mesmo o TSE não tendo a palavra final, uma vez que o processo poderá ser levado ao Supremo Tribunal Federal (STF), uma condenação da chapa pela Corte Eleitoral poderá criar desconfianças nos investidores externos.

Além disso, caso o presidente Michel Temer tenha o mandato cassado, ninguém saberá responder quando e quem será colocado no comando do País, o que aumenta ainda mais o quadro de incertezas. Diante desse horizonte, tucanos consideram que os ministros do TSE vão atuar de olho nos possíveis impactos de uma decisão da Corte e deixarão para o próximo ano o julgamento, quando estará em curso a sucessão presidencial de 2018.

O PSDB divulgou nesse domingo (2), um manifesto de desagravo ao senador Aécio Neves (PSDB-MG) em que exige o fim do sigilo sobre as delações no âmbito da Operação Lava Jato. O documento foi assinado por algumas das principais lideranças da sigla, incluindo ministros e governadores.

O documento é uma reação à reportagem da revista Veja sobre o depoimento de Benedicto Júnior, ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura. Segundo a publicação, Júnior teria afirmado na delação que repassou propina a Aécio como "contrapartida" ao atendimento de interesses da empreiteira. Segundo a revista, ele disse, ainda, que Andrea Neves, irmã de Aécio, teria recebido dinheiro em uma conta bancária nos Estados Unidos.

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Tanto Aécio quanto Andréa negam ter recebido propina. Em vídeo divulgado no domingo, a irmã de Aécio, em tom emocionado, nega as acusações e diz que provará que elas são mentirosas. "Não sei o que está acontecendo para tanto ódio e tanta irresponsabilidade", afirma Andréa.

Luciano Huck faz questão de desconversar quando o assunto é sua candidatura à Presidência da República. Há dez anos, o apresentador declarou que poderia muito bem tentar o mais alto cargo político, mas parece que essa hora ainda não chegou.

Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, ele garante que faz parte da geração que está chegando aos espaços de poder e que já faz política ao trazer boas histórias e dando sua opinião na televisão brasileira, mas pede para não ser questionado sobre concorrer a algum cargo eletivo. "Cara, o Brasil precisa de renovação e tem uma classe política completamente desmoralizada, sem nenhum apelo popular, atração, charme. Se vou ser eu, não faço a menor ideia. Quero poder ajudar a identificar lideranças", disse.

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Huck garantiu que não tem sido assediado diretamente por partidos políticos e que, além de não tomar um lado, não foi para as ruas nas manifestações. "O sistema todo entrou em colapso. Independentemente de partido, de ideologias. [...] Bicho, vamos colocar a base da ética, da transparência. Independente de que partido você é, da cor da bandeira que você levanta. Todo mundo deveria querer usar as ferramentas políticas e o poder do Estado para melhorar a vida de todos".

 

 

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou nesta quarta-feira, 22, que o ministro Alexandre de Moraes, recém empossado no Supremo Tribunal Federal (STF), não assume o cargo para tratar de Lava Jato, mas sim "para tratar do Brasil". "O Brasil tem que continuar caminhando. O Ministério Público faz seu trabalho, o poder judiciário faz o seu, o Legislativo tem que fazer o seu. Nós estamos vivendo mais um momento apenas de dificuldade entre tantos outros que o Brasil já passou. Mas o Brasil é maior do que questões pontuais", afirmou Aécio, que participou da solenidade de posse de Alexandre de Moraes no STF.

O senador elogiou a nomeação de Moraes para o cargo e disse que foi uma "escolha extremamente feliz do presidente Michel Temer". "Alexandre de Moraes não é apenas um juiz com grande saber jurídico, respeitado no meio. É um homem contemporâneo, é um homem de seu tempo, é preparado para aqui no STF decidir questões que dizem respeito às nossas vidas, a uma sociedade em permanente transformação. Durante muitos anos, praticamente três décadas, nós teremos aqui um ministro qualificado, altivo, mas sobretudo moderno, liberal", disse.

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O senador Aécio Neves (PSDB-MG) disse que o corte no Orçamento da União será expressivo. Aécio, que se reuniu nesta terça-feira, 21, com o presidente Michel Temer, disse que ainda não há uma decisão dos ministérios da Fazenda e do Planejamento sobre o valor.

"Será um corte expressivo e temos que compreender sua necessidade", afirmou. "O Brasil está mudando, não é mais o País da fantasia, dos números midiáticos, como assistimos durante toda a campanha eleitoral e que nos trouxe à pior e mais grave crise econômica e social da nossa história."

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Também presidente do PSDB, Aécio disse que seu partido vai defender tratamento mais brando para idosos de baixa renda e deficientes na reforma da Previdência, além de trabalhadores rurais.

Aécio avalia que é preciso manter as regras para recebimento do Benefício Assistencial ao Idoso e à Pessoa com Deficiência (BPC), que proporciona renda àqueles que comprovarem renda per capita inferior a 25% do mínimo.

Embora defenda a preservação dessas categorias, ele disse ser contra o aumento de impostos e acredita que apenas a retomada do crescimento será suficiente para pagar esses benefícios.

"Esperamos que o País retome a sua rota de crescimento. Apenas crescendo o País voltará a ter receitas capazes de pagar as suas despesas", disse. Ele destacou que a PEC do teto é uma realidade, mas será inócua sem a reforma da Previdência.

"Restabelecendo a confiança na economia e atraindo capital para concessões, o País aumenta sua receita sem necessidade de aumento de impostos, que temos que evitar a todo custo, até o último momento", disse Aécio.

O senador afirmou ser a favor da idade mínima de 65 anos para homens e mulheres, mas disse que o Congresso pode não aprovar integralmente o texto proposto pelo governo. "Ou se faz reforma, mesmo que não seja definitiva ou dos sonhos de alguns, ou os punidos e penalizados pela ausência dessa reforma serão aqueles que mais precisam", afirmou.

Ele disse ainda que o partido vai apoiar a CPI da Previdência, proposta pelo PT no Senado, pois avalia que os números serão confrontados e debatidos com transparência.

Aécio foi questionado sobre a citação de ministros de seu partido nas delações de executivos da Lava Jato - Bruno Araújo (Cidades) e Aloysio Nunes (Relações Exteriores). Ele disse que uma decisão sobre o eventual afastamento cabe ao presidente Michel Temer.

"Essa é uma questão afeita ao presidente da República, que saberá resolvê-la da melhor forma possível", disse. Outros cinco tucanos também foram mencionados nas delações, inclusive Aécio. O senador disse ainda ser contra mudanças na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

Voltando a tocar no assunto da transposição do Rio São Francisco, nessa terça-feira (7), o senador Humberto Costa (PT) utilizou uma montagem no qual aparece o senador Aécio Neves (PSDB), em vídeo antigo falando sobre o “abandono” da obra e, em paralelo, imagens recentes das barragens cheias em alguns locais. “Houve quem fosse contra e até falasse mal. Esse tipo de tucano aqui é bicho de mau agouro”, disparou o líder do PT contra Aécio Neves. 

O petista também disse que Lula e Dilma Rousseff tiraram do papel um projeto que vinha desde o tempo do império. “Muitos não acreditavam que seria possível levar água do Velho Chico a lugares onde a seca ainda castiga milhões de brasileiros”. 

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Humberto esteve, em Sertânia, no último fim de semana, onde percorreu trecho da obra. Ele disse que foi “ver a água da transposição do Rio São Francisco chegar no Sertão de Pernambuco”.

Não foi apenas o senador Aécio que foi alvo de críticas por Humberto. Na última sexta (3), ele chegou a chamar Geraldo Alckmin de “cara de pau”. “O governador de São Paulo, o homem que conseguiu a proeza de deixar São Paulo sem água, veio aqui para o Nordeste para inaugurar parte da transposição. O povo não é besta. É preciso ter muita cara de pau”, cravou.

 

 

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