Tópicos | alianças

Como esperado, o PSB confirmou que o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), vai manter o vice, Luciano Siqueira (PCdoB), na chapa para disputar à reeleição. O anúncio foi feito por meio de nota, na noite dessa quinta-feira (21), e a coligação será oficializada na convenção marcada para o próximo dia 30, às 9h, no Clube Internacional, no bairro da Madalena. Com a ratificação do PCdoB, a Frente Popular do Recife amplia o palanque para 16 partidos aliados. 

"Após três anos e meio de governo, tenho alegria de ver o grande número de partidos e forças políticas que formam a Frente Popular apoiarem a nossa candidatura à reeleição no Recife. Nos últimos dias, consultei os partidos que integram essa Frente para a formação da chapa. E após essas consultas, nós tomamos a decisão conjunta de manter o companheiro Luciano Siqueira como candidato a vice-prefeito”, observou Geraldo.

##RECOMENDA##

Entre essas consultas a outros partidos está a proposta ao PMDB para ocupar o posto de Siqueira. Chegou-se a cogitar, inclusive, que a vereadora e ex-secretária municipal Aline Mariano (PMDB) seria a indicada, no entanto, as articulações não prosperaram. Apesar de defensor ferrenho do mandato da presidente afastada Dilma Rousseff (PT), contrapondo os partidos que integram a Frente, Luciano Siqueira reforça o palanque de Geraldo atraindo parte da esquerda. Nos bastidores, comenta-se que a permanência dele foi estratégica para o embate contra o ex-prefeito João Paulo (PT).  

Ao oficializar a manutenção da aliança com o comunista, Geraldo Julio descarta os rumores dizendo que o vice-prefeito “foi decisivo para o sucesso” da gestão e apontando-o como “comprometido com as causas populares”.  “Luciano será fundamental para dar continuidade a esse projeto que tem trazido grandes transformações na cidade, com o mesmo trabalho e o mesmo compromisso com a população do Recife, sobretudo com aquela que mais precisa da ação do governo", afirmou o prefeito. 

Base de sustentação

Quatro anos depois de ser escolhido pelo ex-governador Eduardo Campos (PSB) para disputar o comando da PCR e de ser eleito em primeiro turno, Geraldo concorre à reeleição com um amplo leque partidário dando sustentação ao seu palanque. Além do PSB, 15 siglas endossam a postulação do socialista: PMDB, Rede Sustentabilidade, Solidariedade, PSDC, PMB, PR, PTC, PEN, PPL, PPS, PP, PDT, PRTB, PSD e PCdoB. A aliança é a maior fechada para a disputa e, até agora, com dois partidos a mais do que em 2012.

Sem o líder-mor socialista para apadrinhá-lo, o desafio de Geraldo Julio desta vez vai ser maior, uma vez que as críticas à gestão dele estão sendo os principais motes das pré-campanhas dos seus adversários. Entre as figuras estaduais aliadas que podem pesar no palanque socialista estão o governador Paulo Câmara (PSB), o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB) e o deputado federal Jarbas Vasconcelos (PMDB), além da família Campos, que deve voltar a aparecer durante a campanha.   

A cartada final do pré-candidato do PSB, Antônio Campos, à prefeitura de Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR), para angariar o apoio do PMDB ao seu palanque aparenta não ter tido sucesso. Isto porque, o socialista saiu frustrado do encontro com o deputado federal Jarbas Vasconcelos (PMDB), onde pretendia firmar a negociação – com a proposta, inclusive, da legenda ocupar a vaga de vice na chapa liderada pelo PSB. 

Em resposta, o líder peemedebista disse que a decisão final estaria nas mãos do deputado estadual e pré-candidato a prefeito da cidade, Ricardo Costa (PMDB), com quem Antônio Campos já tem uma nova reunião agendada ainda para esta semana. 

##RECOMENDA##

"Vou dizer a ele que nossa candidatura é resultado de uma construção de quatro anos atrás, que começou com Eduardo Campos. A candidatura de Antônio Campos é legítima. Soube que ele tinha pedido para marcar uma conversa e Jarbas o recebeu como democrata. Quem conhece Jarbas sabe da sua palavra e ele garantiu minha candidatura”, disse Costa. 

O pré-candidato peemedebista pretende fazer a proposta inversa na reunião com Antônio Campos e caso receba um não, como é provável, já convidá-lo para uma eventual aliança no segundo turno. 

Dentro do PMDB, as conversas de bastidores dão conta de que o desejo de Antônio Campos era causar um desconforto entre Jarbas e Ricardo Costa ao tentar firmar a articulação com o deputado federal. “Ele ligou para Jarbas, marcou um encontro e dias antes soltou uma notinha antecipando a reunião. Queria causar um mal estar no partido”, disse um peemedebista, em reserva. 

O presidente do Partido dos Trabalhadores no Recife, Oscar Barreto, afirmou, nesta sexta-feira (8), que a legenda deve disputar o comando da prefeitura com uma chapa majoritária ‘puro-sangue’, ou seja, composta apenas por petistas. A possibilidade, de acordo com Barreto, é consequência da morosidade na definição da candidatura própria. O partido foi o último a anunciar que disputaria o cargo de prefeito com o ex-deputado federal João Paulo.  

Questionado sobre como estavam as articulações para a composição da chapa a partir de alianças, Barreto disse que ainda estavam finalizando as conversas. “A cada eleição os campos de aliança ficam ainda mais consolidados. Já temos vários campos definidos, mas a possibilidade é que a gente saia só, pois quando definimos a candidatura os outros partidos já havia definido suas posturas”, salientou em conversa com o Portal LeiaJá. 

##RECOMENDA##

Segundo o dirigente, a executiva do partido vai se reunir no próximo dia 17 e nesta data o nome do candidato a vice-prefeito deve ser anunciado. A expectativa inicial do PT era de que o PTB marchasse junto com eles, no entanto, nesta semana o deputado federal Silvio Costa (PTdoB) garantiu que a legenda liderada pelo senador Armando Monteiro (PTB) apoiaria o filho dele, deputado estadual Silvio Costa Filho (PRB), na corrida pela PCR. 

O PT oficializa a candidatura de João Paulo e as postulações à Câmara de Vereadores do Recife na convenção que acontecerá no dia 21 de julho, na sede do legislativo municipal. 

Apesar de negar a possibilidade de desistir da candidatura própria na disputa pela Prefeitura do Recife para ser vice na chapa liderada pelo Partido dos Trabalhadores (PT), o deputado estadual Silvio Costa Filho (PRB) afirmou que vai procurar o presidente da legenda petista em Pernambuco, o advogado Bruno Ribeiro, para definir as táticas eleitorais que serão adotadas pelo grupo dos partidos aliados à presidente afastada Dilma Rousseff (PT), para obter sucesso nas disputas municipais. 

As especulações de que Silvinho, como é conhecido no meio político, abdicaria da postulação surgiram desde que o nome do ex-prefeito do Recife, João Paulo, foi anunciado como o candidato do PT para a disputa. “Estou trabalhando pela minha candidatura, já recebi o apoio do presidente nacional do PRB e não penso em desistir”, garantiu Costa Filho, em conversa com o Portal LeiaJá.

##RECOMENDA##

Mesmo não compondo a chapa majoritária juntos, o pré-candidato que é dirigente do PRB disse que pretende traçar metas com o PT para ter êxito no resultado das eleições em outubro. “Vou conversar com o presidente do PT até o dia 10 [de julho] para avaliarmos as táticas eleitorais para que o nosso campo ganhe as eleições, tanto nas Câmaras quanto nas prefeituras. Tenho certeza que se eu for para o 2º turno, no Recife, o PT vai me apoiar e se for João Paulo, estaremos juntos”, adiantou. 

O Portal LeiaJá exibe, nesta quinta-feira (2), mais uma sabatina com os pré-candidatos à Prefeitura do Recife. Desta vez, o entrevistado pela equipe de política é o deputado estadual Silvio Costa Filho (PRB). Durante a conversa, ele tece inúmeras críticas contra a administração do prefeito Geraldo Júlio (PSB), pontua as obras paralisadas e elenca as prioridades dele para o programa de governo que será apresentado ao eleitor durante a campanha. 

Sobre a atual gestão, Silvinho, como é conhecido no meio político, disse que ela “é muito diferente do que foi apresentado nas propagandas” e “frustrou os recifenses”. “Ele esta terminando o mandato com quase 60% do programa de governo concluído”, disparou. Lembrando das intervenções municipais iniciadas e inconclusas, o deputado ironizou o socialista afirmando ser “da tese que é melhor você cuidar o que já tem na cidade do que propor novas obras”.

##RECOMENDA##

Indagado sobre as prioridades do programa de governo, Silvio Costa Filho pontuou que pretende, inicialmente, reorganizar a máquina pública, cortando os cargos comissionados em 30% e nove, das 24 secretarias existentes na gestão. 

“Além disso, também penso em concurso público, em caráter emergencial, para médicos, agentes de trânsito e uma política de valorização dos servidores. Cada vez mais a gente precisa ter uma gestão enxuta e que corresponda a necessidade da população”, frisou. 

O pré-candidato destacou ainda as deficiências do Recife nas áreas de mobilidade urbana, educação e saúde; e disse que está visitando outras capitais do país para coletar sugestões de projetos que deram certo e podem ser copiados. 

Veja a sabatina na íntegra:

[@#video#@]


LeiaJá também

--> Carlos Augusto: 'Recife precisa de uma mão mais cuidadosa'

--> Daniel critica falta de planejamento da gestão de Geraldo

--> 'A gestão de Geraldo é dos amigos da corte', diz Magalhães

--> Pré-candidato, Edilson Silva defende o 'resgate da cidade'  

--> Krause diz que Geraldo frustrou a expectativa do recifense

 

A pouco mais de quatro meses das eleições, o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), segue angariando apoios para a sua candidatura à reeleição. Na noite dessa quarta-feira (25), o PPL anunciou que marchará com o socialista na disputa. Com a confirmação, Geraldo passa a ter 12 partidos compondo a Frente Popular. 

Os ex-vereadores recifenses Edna Costa e Alexandre Lacerda, presidentes estadual e municipal do PPL, respectivamente, oficializaram o apoio da sigla ao projeto do PSB na capital durante um ato que reuniu membros do partido. 

##RECOMENDA##

Geraldo Julio lembrou que o PPL foi o primeiro partido a caminhar com o PSB no projeto presidencial de 2014 e agradeceu mais uma vez o apoio da legenda. O socialista ainda avaliou a fortalecimento da aliança que está em construção no Recife. 

“O número de partidos que agora fazem parte da Frente Popular para a próxima eleição mostra exatamente a escolha de muita gente que vive a política da cidade, que vive o dia a dia das pessoas da cidade e que veem os acontecimentos e sentem o que as pessoas estão percebendo do nosso governo. Elas estão fazendo a escolha de ficar conosco. Isso é um símbolo importante e a gente fica feliz de receber mais esse apoio”, afirmou o prefeito.

Depois do afastamento da presidente Dilma Rousseff, o PT quer promover uma espécie de "volta às origens" e limitar as alianças nas disputas municipais a partidos do campo de esquerda ou que sejam contrários ao governo comandado por Michel Temer. A orientação para que o PT não se una ao PMDB de Temer nas eleições de outubro deve ser aprovada nesta terça-feira, 17, em reunião do Diretório Nacional petista, a primeira após a abertura do processo de impeachment de Dilma.

Sem a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o encontro vai se concentrar na ofensiva contra Temer e deixar de lado a autocrítica. A restrição a parcerias com partidos chamados pelo PT de "golpistas" foi tratada na reunião desta segunda-feira, 16, da Executiva petista, mas houve dúvidas sobre a viabilidade da medida, uma vez que a maioria dos antigos aliados do governo Dilma no Congresso votou a favor do impeachment.

##RECOMENDA##

Para que o PT não fique isolado nas próximas eleições, a tendência é que os pedidos de coligação sejam examinados "caso a caso". A portas fechadas, dirigentes do PT observaram que o partido também precisa fazer um "balanço de seus erros", e não apenas bater na tecla do "golpe", se quiser enfrentar a crise e reconstruir sua imagem. A sugestão foi rejeitada, sob o argumento de que "não é hora de fazer isso".

Mesmo assim, a resolução política a ser aprovada pelo Diretório Nacional deve listar como equívocos o fato de o partido ter demorado a reagir - por não perceber o que classifica como "conspiração" do PMDB - e também as alianças de conveniência, sem dar prioridade a programas. Além disso, petistas avaliam que deveriam ter cobrado Dilma para que ela encaminhasse o projeto de regulamentação da mídia.

'Reinvenção'

Abatido, Lula ainda está consultando aliados sobre o tom da oposição a Temer. Em conversas reservadas, o ex-presidente tem dito que o PT precisa pôr nomes de mais peso político em sua direção, como os dos ex-ministros Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) e Jaques Wagner (Gabinete Pessoal da Presidência). Lula também defende um encontro extraordinário do PT, em novembro, para definir a nova fisionomia do partido, que, nas palavras de muitos dirigentes, precisa se "reinventar".

A proposta de antecipação das eleições presidenciais foi descartada nesta segunda pelo comando petista, pois não há acordo para empunhá-la como bandeira, neste momento. Dividido, o PT ainda está à procura de um rumo a seguir, além do grito de guerra "Fora Temer".

"Mal começou e o governo usurpador confirma o que já prevíamos. Em sua primeira entrevista (…), o presidente interino anuncia a disposição de avançar em privatizações, em rever políticas sociais e de reforma agrária, bem como de acabar com o multilateralismo da política externa brasileira, retornando à dependência dos Estados Unidos", escreveu o presidente do PT, Rui Falcão, em artigo no site do partido. "Num Ministério sem mulheres e negros, com vários ministros investigados por corrupção, a revogação de direitos não se resume à reforma da Previdência."

O ex-ministro da Previdência Social Miguel Rossetto chamou Temer de "impostor" e disse que o PT vai discutir uma política de alianças para as eleições municipais centrada na "denúncia do golpe" contra Dilma. Rossetto afirmou, ainda, que as mobilizações contra o novo governo serão ampliadas.

"Temer é um impostor. Vamos fazer ações com o PC do B, o PSOL, a Frente Brasil Popular, de claro posicionamento frente ao governo ilegítimo", disse Rossetto. "Nossa política de alianças, a partir de agora, refletirá o repúdio ao golpe."

Embora até Lula considere remota a chance de Dilma retornar ao Palácio do Planalto, após um afastamento de até 180 dias, o PT tentará retomar o protagonismo desconstruindo o PMDB. Na Câmara, deputados afirmam que vão obstruir a votação de projetos de lei enviados por Temer, mesmo se eles forem semelhantes a ideias defendidas pelo PT no passado, como a proposta de recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em meio às votações de emendas ao texto-base do 5º Congresso do PT, os delegados presentes rechaçaram as propostas de alterar trechos sobre a política de alianças. Neste tópico, permanecerá o texto original proposto pela Carta de Salvador. Foram apresentadas emendas que sugeriram a ruptura com o PMDB, mas elas não prevaleceram nas votações em que delegados levantavam seus crachás. Cerca de 650 delegados, dos 800 do partido participam das votações.

Apesar da vitória para a corrente majoritária, de não impor uma crítica direta à parceria com o principal partido da coalizão governista, houve hostilidades à figura do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Ouviram-se gritos de "Fora Cunha", em clara insatisfação com o peemedebista que tem, aos olhos dos militantes do PT, imposto uma pauta conservadora no Congresso Nacional, como o projeto de lei que regulariza a terceirização de atividades-fim.

##RECOMENDA##

O vice-presidente Michel Temer, que coordena a articulação política do governo, não foi citado nominalmente, mas durante as exposições de defesa das emendas houve referências a ele. Petistas reclamaram que nem a articulação política é hoje coordenada pelo partido, o que expõe, na visão deles, a fragilidade da coalizão hoje.

 

O governador Paulo Câmara (PSB) confirmou na noite desta quinta-feira (11), a reaproximação com o partido PDT e possíveis diálogos também com o PT, ambos partidos que apoiaram o seu ex-concorrente das eleições de 2014, Armando Monteiro (PBT). As declarações do socialista sobre novas alianças foram feitas no final da solenidade de recebimento da Medalha Frei Caneca, entregue pelo Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco, no Recife. 

##RECOMENDA##

Relembrando a reunião que teve nesta semana com o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, o governador admitiu a possível reaproximação. “Ele foi me visitar. Realmente há conversas, nós sempre estivemos juntos no campo da esquerda. Nas últimas eleições, infelizmente, o PDT não me apoiou oficialmente, apesar de vários integrantes do partido ter nos apoiado como o presidente da Assembleia Guilherme Uchoa e o deputado Wolney Queiroz”, recordou.

Apesar de não ter tido o apoio do PDT em 2014, Câmara demonstrou interesse em poder contar com a legenda nos próximos pleitos. “Nós queremos estar juntos nas próximas oportunidades e queremos também de ter oportunidade de, junto ao PDT, debater o Brasil nesse momento de tantos desafios”, anunciou. 

Questionado se também estava se reaproximando do PT através de conversas confirmadas pelo presidente nacional da legenda, Rui Falcão, e o próprio Lupi, o socialista negou as conversas, mas deixou claro que existe a abertura para o diálogo. “Estou também aberto a conversar com todos que queiram conversar conosco”, revelou Câmara. 

O PT vai propor "uma nova política de alianças", ancorada por uma frente de partidos e movimentos sociais, para disputar a sucessão da presidente Dilma Rousseff, em 2018. A proposta consta do documento intitulado "Declaração de Salvador", que será apresentado no 5º Congresso do PT, de quinta-feira, 11, a sábado, 13, na capital baiana.

"O programa de reformas estruturais pressupõe o estabelecimento de uma política de alianças voltada para a construção de uma frente democrática e popular, de partidos e movimentos sociais, do mundo da cultura e do trabalho, baseada na identidade com as mudanças propostas para o período histórico em curso", diz o texto, obtido pela reportagem.

##RECOMENDA##

De autoria da chapa que abriga a corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), grupo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, majoritário no PT, o documento ainda poderá receber emendas, mas o seu teor já foi negociado pelo presidente do partido, Rui Falcão, com várias tendências internas.

A ideia do PT é criar um fato político de impacto com a proposta, para desviar o foco do ajuste fiscal, da crise e dos escândalos de corrupção que abalam a imagem do partido. Provável candidato à sucessão de Dilma, Lula tem simpatia pela Frente Ampla do Uruguai. Mas, para adotar o modelo no Brasil, é necessário mudar o sistema político-eleitoral.

Dirigentes petistas negam que o objetivo da proposta seja encobrir a sigla PT, diante das dificuldades enfrentadas pelo partido.

"(...) Nossa proposta é a constituição de uma nova coalizão, orgânica e plural, que se enraíze nos bairros, locais de estudo e trabalho, centros de cultura e pesquisa, capaz de organizar a mobilização social, o enfrentamento político-ideológico, a disputa de hegemonia e a construção de uma nova maioria nacional", descreve a primeira versão do documento, que será apresentado no formato de resolução final do congresso petista.

O texto afirma que o PT "não economizará esforços" para ajudar a reunificar os movimentos que tornaram possível a reeleição de Dilma, em 2014. Faz, ainda, uma autocrítica, sob a alegação de que tanto o partido como o governo erraram ao não enfrentar a mídia "monopolizada" e o poder econômico, deixando-se contaminar pelo "primado aliancista", que "reforçou a tendência" de converter o partido em braço parlamentar do governo.

"A estratégia da frente é nosso caminho para firmar uma nova aliança social, que incorpore setores novos e tradicionais da classe trabalhadora, das camadas médias, da intelectualidade e do empresariado simpático ao nosso projeto nacional", diz um trecho da proposta de resolução, que passará pelo crivo do 5º Congresso.

Um parágrafo do texto, ainda em discussão por fazer uma referência indireta ao PMDB, diz que "setores dos partidos de centro, além de expressarem (...) o receito da intensificação do protagonismo popular, sinalizado pelo segundo turno da eleição presidencial de 2014, também se sentiram mais à vontade para recompor um bloco com as forças de direita em um momento de dificuldades para o PT e o governo da presidenta Dilma Rousseff".

Apesar das mudanças que ainda podem ser feitas, tudo indica que os principais pontos do texto serão aprovados, uma vez que a chapa de Falcão tem 429 (52,62%) dos 800 delegados do encontro.

No documento, não há críticas ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e muitos dos problemas enfrentados pelo governo na economia são debitados na conta da crise internacional. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, publicada nesta segunda, 8, Dilma considerou "injustas" as críticas a Levy e disse que ele não deveria ser transformado em "judas" no encontro do PT.

"(...) Diante do cenário atual, em que o mundo sofre as consequências do terremoto da crise global do capitalismo, o PT vem a público apresentar propostas de superação das dificuldades do momento, ao tempo em que nos fiamos na determinação e competência do governo da presidenta Dilma para nos liderar nessa travessia", destaca a proposta de resolução final.

A cúpula do PT convocou o 5º Congresso para corrigir rumos em meio à maior crise dos 35 anos do partido. Na "Declaração de Salvador", os petistas dirão que o País precisa de "um novo programa para um novo ciclo de desenvolvimento, cujo núcleo fundamental é a transformação do sistema tributário, regressivo, injusto, concentrador de renda e riqueza".

O PT defende o que chama de "reversão da política de juros" altos, a instituição do imposto sobre grandes fortunas, sobre grandes heranças e sobre lucros e dividendos, sob o argumento de que só assim é possível "alavancar o modelo de desenvolvimento sustentável com justiça social".

Além disso, o partido também vai propor a volta da CPMF, o imposto do cheque, como uma nova fonte de financiamento à saúde, e a mudança das alíquotas do Imposto de Renda, com elevação do atual teto (de 27,5% para quem ganha mais de R$ 4,463 mil mensais), a fim de aliviar "a carga tributária sobre a produção e a maioria dos assalariados e onerar os grandes patrimônios e a grande riqueza".

Seguindo a recomendação de Lula, o PT vai tentar substituir as críticas ao governo Dilma e ao ajuste fiscal pela "esperança"de dias melhores. "Cometemos erros, mas é fundamentalmente por nossas virtudes que as forças conservadoras nos atacam e almejam nossa destruição", afirma o texto da chapa de Falcão. "Não aceitam que a classe trabalhadora e seu principal partido estejam no comando do País, enfrentando o legado de opressão e desigualdade gerado em séculos de dominação, violência, privilégios e preconceitos".

Apesar de anunciar a pré-candidatura do ex-deputado federal e atual presidente da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), Paulo Rubem, à disputa da Prefeitura do Recife em 2016, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, veio a Pernambuco nesta segunda-feira (8) em busca de uma reaproximação com o PSB. Entre as agendas do pedetista, houve um encontro com o governador Paulo Câmara (PSB) e foi remarcada uma reunião com o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), além disso, ele participou de reunião com a Executiva Estadual. 

Segundo Lupi, mesmo o PDT tendo apoiado a candidatura de Armando Monteiro nas eleições de 2014, agora, o momento é outro. “Aqui, inicialmente com o governador, ele ganhou a eleição, nós demos apoio oficial à candidatura do senador Armando Monteiro e ficamos muito felizes com esta aliança com o senador, mas agora é outro momento. Ele hoje é governador eleito de um partido que tem uma história de aliança entre PDT e socialistas”, analisou. 

##RECOMENDA##

Destrinchando a conversa que teve com Câmara, o líder nacional abordou a fusão com o PPS. “Colocamos muito a questão nacional. Ele quer ajudar a fazer uma reaproximação nacional já que, com essa possibilidade da fusão do PSB com o PPS levam eles muito para o campo do PSDB, mas como eu percebi que está praticamente descartado, isso volta o PSB para o seu leito natural”, ressaltou, com esperança de aproximação. “Quando volta para o campo natural, o diálogo é muito mais fácil porque somos aliados de meio século. Então, ele ficou de marcar uma reunião com o presidente do partido, Siqueira, lá em Brasília e essa reaproximação”, revelou. 

Com o nome de Paulo Rubem anunciado como pré-candidato, Lupi preferiu não tratar de questões locais com o governador. “Eu, com sinceridade, não tratei de nível local porque como nós tivemos uma candidatura adversa e contrária, não seria nem ético da minha parte falar sobre isso. Isso vai ser muito da questão que vai ser discutida pelo diretório regional aqui, porque o partido tem visões diferentes”, frisou, relembrando a postura de alguns correligionários. “O Paulo Rubem defende que a gente vá para uma linha de oposição, os deputados já são contrários a essa discussão, mas é algo que tem que ser discutido internamente para termos essa definição”, ponderou. 

[@#galeria#@]

Ele também separou o intuito da reaproximação do PSB com a eleição local no Recife. “A eleição municipal ela trata muito o foco de cada cidade e cada um tem que respeitar. O partido existe para ter candidatos, se cada partido quiser obrigar os outros de não ter candidatos aí acaba os partidos. Essa questão das capitais é uma diretriz nacional e não dos Estados, e só onde não tiver nomes é que não vamos lançar, e Paulo, desde da outra vez reivindicou que não houve esse compromisso com a nacional e agora há. Se ele quiser será candidato”, reconfirmou. 

Reunindo o diretório estadual para tratar de pautas internas e eleitorais, o pedetista também comentou sobre a convenção estadual da legenda. “Eu já tive hoje aqui uma conversa prévia e cerca de 100 municípios já podem fazer as convenções municipais, porque para fazer a convenção estadual, primeiro você tem que fazer a municipal. Então, iremos dar um prazo máximo de 90 dias para que essas convenções sejam realizadas, e logo depois, mês seguinte, nós fazemos a estadual”, contou. 

Encontros com prefeitos – Na vinda de Lupi ao Recife estava marcada também, uma reunião com Geraldo Julio, mas como o socialista está em Brasília a conversa será realizada nesta terça (9). “Não será mais aqui. Ele ficou com alguns compromissos em Brasília e eu vou conversar com ele amanhã, vou está lá e a gente combinou de conversar lá, mas a conversa é a reaproximação com uma conversa com os dirigentes do PSB tanto Geraldo, como o governador, como que eu tive há duas semanas com Rollemberg, o governador de Brasília. É um pouco a reaproximação de dois aliados históricos. É um pouco o campo nacional que eu estou tratando”, sinalizou. 

Ainda em Pernambuco, a última agenda de Carlos Lupi hoje será em Olinda numa reunião com Calheiros. “Renildo é meu amigo de muitos anos. Foi deputado comigo, trabalhou na revisão constitucional, é um diálogo franco com quem eu tenho profundo respeito e amizade, e claro: tudo gira em torno da política e das eleições e possíveis alianças. Já somos aliados hoje”, detalhou o presidente nacional. 

Como é de costume, com a virada de ano e a posse no novo líder do poder Executivo do Estado, Paulo Câmara, incidem especulações acerca do desdobramento do cenário político e sobre a economia no âmbito nacional e local. Para falar dessas perspectivas, o Portal LeiaJá entrevistou o economista pela Universidade Federal de Campina Grande, Djalma Guimarães e a cientista político Priscila Lapa.

Segundo Djalma Guimarães é importante avaliar o cenário nacional para só então analisar a situação do Estado. “Tendo em vista que o Governo fará alguns ajustes, como a elevação da carga tributária e o aumento de impostos; é importante pontuar, que em Pernambuco, esses ajustes refletirão em uma nova estratégia política; conhecida como ‘Política de Contracionismo’, ou seja, ocorre a diminuição do fluxo de mercado, como o aumento dos juros para diminuir o ritmo de economia o que controla a inflação”, explicou.

##RECOMENDA##

Em entrevista a equipe de reportagem, Djalma ainda falou quais são as perspectivas da economia para o Estado e destacou os investimentos na região. “Tomando como base o panorama nacional, no Estado em 2015, acredito que a economia ficará aquém de 2014”, alertou. Mas foi otimista: “a região só não sofrerá mais devido aos investimentos como a fábrica de automóveis e o estaleiro, por exemplo, que atuarão como multiplicadores de geração de emprego e renda”, destacou.

Devido aos tributos e ajustes do Governo, que refletirão na economia local, o especialista afirmou que o primeiro semestre será mais complicado. “Os seis primeiros meses serão de ajustes, a partir desse período, os gestores avaliarão as estratégias aplicadas sobre cargas tributárias e impostos”, destacou. Guimarães ainda alertou que “quando o governo aumenta os impostos, os produtos ficam mais onerosos e consequentemente a renda da família é reduzida, por isso todos devem ficar atentos às finanças”, concluiu.

No que tange o cenário político, conforme a avaliação da cientista política Priscila Lapa, as perspectivas são boas, porém Paulo Câmara (PSB) terá muitos desafios, entre eles estão: ponderar a coalizão política, criar um governo com a ‘cara dele’ e manter a posição de independência perante o PT e conseguir recursos federais para Pernambuco.

“Paulo Câmara conseguiu coligar vários partidos, como o PCdoB e o DEM, por exemplo, e o grande obstáculo dele será ‘atender’ a todos eles de forma igualitária e ponderada”, lembrou. A especialista ainda apontou que o pessebista está tentando mostrar independência, do PT, porém deve assumir também uma aproximação com a oposição para garantir recursos federais. Levando em consideração a oposição, Priscila ressaltou que observa um nova composição.

“Anteriormente existia a disputa de Eduardo Campos e Jarbas, para a liderança do poder do executivo. Hoje, observamos a nova formação, entre Paulo Câmara e Armando Monteiro (PTB) - opositor durante as eleições 2014 e nomeado por Dilma para assumir o Ministério do Desenvolvimento Industrial”, falou.

A cientista política avaliou o novo secretariado. “Quanto à nova equipe, observo que ele fez o quê todos em seu lugar fariam. Ele selecionou um secretariado com caráter técnico e político com experiência, como Milton Coelho e Danilo Cabral”, disse. Ainda em entrevista, Priscila reforçou que Paulo Câmara deve monitorar o seu discurso, quando retoma sempre a gestão de Campos. “Ele deve ficar atento a ‘herança Eduardista’, porque chegará o momento que ele será comparado com Campos e por isso ele precisa dar uma cara para o seu governo”, frisou.

Durante entrevista ao portal UOL nesta quinta-feira (28) o governador eleito de Pernambuco Paulo Câmara (PSB), não descartou uma possível aliança com a ex-ministra Marina Silva para disputa presidencial em 2018. Câmara lembrou que ela ainda é filiada ao PSB, e a falou do desejo da liderança para que ela permaneça na legenda. 

“Marina contribui muito com o partido desde que ele se filiou, porque ela ainda é filiada, ela tem o respeito de todos nós da direção do partido. Nós queremos, inclusive, que ela continue no partido. Ela foi muito clara, muito transparente, desde o início que queria e quer fundar um novo partido que é a rede sustentabilidade”, explicou Câmara. 

##RECOMENDA##

O governador também falou sobre a posição do PSB durante o governo Dilma e afirmou que a sigla não fará “oposição pela oposição”. Ele se mostrou aberto ao diálogo com o governo federal desde que questão como a reforma política e mais recursos para a saúde sejam colocados na pauta. O socialista lembrou o apoio da legenda ao governo de Fernando Henrique em votações importantes para o país. 

“Nós vamos apoiar o governo naquilo que seja mudança e vamos analisar ponto a ponto, não vamos ser a oposição pela oposição. Vamos contribuir para o Brasil, como contribuímos também no governo de Fernando Henrique Cardoso, o PSB foi a favor do plano real, entendíamos que era importante para a estabilização econômica do Brasil, o PSB foi a favor da lei de responsabilidade fiscal, vamos ter uma posição de independência”, disse. 

Mesmo sendo considerado por muitos como herdeiro político do ex-governador Eduardo Campos, Paulo Câmara negou a existência de herdeiro no partido. “Eduardo era uma pessoa que estava acima do partido. Já tinha tomado uma dimensão nacional. O desafio do partido é construir, dentro de um colegiado, pessoas que possam, juntas, chegar ao mesmo tamanho que Eduardo chegou”. 

Perguntado sobre o interesse da família Campos em entrar na vida política-eleitoral, Câmara não respondeu a pergunta diretamente, mas afirmou que a família vai dar continuidade ao legado do ex-governador. “Tenho certeza que a família Campos vai honrar muito o legado que Eduardo deixou e vai contribuir muito com Pernambuco e também com o Brasil. Eduardo formou filhos que com certeza vão ainda dar muito o que falar no futuro próximo”.

Sobre a escolha de Armando Monteiro para assumir um ministério do governo Dilma, Paulo Câmara disse que é sempre bom ter um ministro pernambucano. Ele também disse não Ester preocupado com uma possível candidatura do petebista em 2018.   

“É sempre bom ter um ministro pernambucano, um ministro que conheça os problemas do nosso Estado e os desafios do futuro. Vou trabalhar muito nos próximos quatro anos. Não estou pensando em reeleição. Só vou pensar nisso, em reeleição, em continuidade, e nesse projeto político em 2018. Até lá, eu vou ficar muito focado em governar Pernambuco”, falou. 

O governador eleito afirmou que a prioridade do seu governo será a educação e parcerias com os municípios para as escolas em tempo integral possam ser implantadas na educação básica. Ele se comprometeu em continuar com o programa de intercâmbio para os alunos da rede pública.  

O governador eleito de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), convidou 120 prefeitos e vices, que participavam de uma reunião da Frente Popular em Gravatá, no agreste do estado, nesta quarta-feira (15), a votarem em Aécio Neves (PSDB) para Presidente da República. Câmara afirmou que o tucano está comprometido com ideias apresentadas por Eduardo Campos e que foram levadas a diante por Marina Silva.  

“Aécio vai levar o ensino em tempo integral a todo Brasil. Ele também vai destinar 10% do orçamento da União para a Saúde e vai corrigir a tabela do SUS, além de criar uma versão nacional do Pacto pela Vida”, explicou. 

##RECOMENDA##

O socialista afirmou que a “aliança do Aécio não apenas uma aliança eleitoral. É uma aliança de compromissos”, e que o tucano vai retomar a política de desenvolvimento regional nas áreas mais pobres do Brasil. “Essa aposta em Aécio é uma aposta para mudar o Brasil, para melhorar a vida dos brasileiros”, disse. 

Paulo Câmara também agradeceu o apoio que recebeu dos prefeitos durante a campanha eleitoral. “Foi uma vitória de Pernambuco, do povo pernambucano, que quer que a gente continue no caminho aberto por Eduardo. Eu quero entregar um Estado melhor do que vou receber”, concluiu o socialista. 

Em nova inserção divulgada nesta quarta-feira, 1º, a campanha a reeleição de Dilma Rousseff ataca as alianças feitas por Marina Silva com políticos ligados à ditadura. "Se Marina tem alguma coisa de novo, certamente não são suas companhias", afirma o locutor. A ex-ministra, por sua vez, retrucou a peça e afirmou que "a verdadeira contradição" é a aliança de Dilma com nomes como José Sarney (PMDB) e Fernando Collor (PTB).

A peça mostra uma foto de Marina em um fundo escuro, com o narrador apresentando os aliados da candidata para a disputa deste ano. Finalmente, Marina apresentou uma grande novidade nessa campanha, ela revelou com quem pretende renovar a política, com os Bornhausen, por exemplo, representantes dos ruralistas e dos banqueiros, gente que vem lá do tempo da Arena e da ditadura e Heráclito Fortes, ex-Arena, ex-PFL e ex-DEM", afirma o locutor, mostrando matérias de jornais.

##RECOMENDA##

Candidato ao Senado em Santa Catarina, Paulo Bornhausen recebeu apoio público da ex-ministra que participou de ato de campanha junto com o candidato no Estado. Ele é filho de Jorge Bornhausen, que foi da Arena, partido de sustentação da ditadura.

Heráclito Fortes, atualmente candidato a deputado federal no Piauí pelo PSB, também foi da Arena, depois PFL e do DEM e que "marinou" no ano passado. A ex-ministra rebateu nesta quarta a peça e lembrou das alianças de Dilma com políticos como Fernando Collor e Paulo Maluf. "As companhias que a presidente tem, com (Fernando) Collor, (José) Sarney, (Paulo) Maluf, Renan Calheiros, Jader Barbalho, essa sim é a verdadeira contradição, a contradição mais profunda que nós podemos encontrar na trajetória de pessoas que deveriam estar honrando essa trajetória", afirmou Marina.

Na reta final da campanha e à frente na disputa, o candidato da Frente Popular ao Governo de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB) conquistou novos apoios. Apesar de estarem em lados opostos na administração municipal, a prefeita de Santa Maria da Boa Vista, Eliane Costa (PSL), os ex-prefeitos Jetro (PSB) e Leandro Duarte (PSDB), estiveram lado a lado no palanque de Paulo Câmara, nesta sexta (12), declarando apoio ao socialista. "Todos aqui sabem que eu tenho lado. Mas sabem também que eu quero um Pernambuco cada vez melhor. E Paulo é quem tem a capacidade para fazer isso", afirmou a prefeita.

O candidato da Frente Popular comemorou a adesão de opositores na disputa municipal à sua campanha. "Estamos mais unidos do que nunca! E esse momento aqui em Santa Maria da Boa Vista reflete bem isso. O município tem lados diferentes na política, mas todos eles querem e estão trabalhando para que Pernambuco siga avançando", ressaltou. Durante o pronunciamento, o socialista fincou o compromisso com Santa Maria da Boa Vista e a população da cidade. "Vou continuar as parcerias com o município e ampliá-las ainda mais. É assim que um governante devolve um carinho como esse que estamos recebendo hoje", concluiu Paulo Câmara.

##RECOMENDA##

Prevista para ocorrer neste sábado, dia 21, em Brasília, a convenção nacional do Partido da República (PR) será marcada por um racha interno que deverá levar ao adiamento da decisão sobre quem o partido irá apoiar na próxima eleição presidencial. Atualmente, o partido faz parte da base aliada do governo e ocupa o Ministério dos Transportes. Segundo o secretário-geral do PR, senador Antônio Carlos Rodrigues (SP), a maioria dos delegados da legenda sinalizou que apoia adiar a decisão e delegá-la à Executiva Nacional.

"A votação é secreta, mas acredito que 90% da legenda deve encaminhar para a Executiva. Não tem consenso sobre quem apoiar, para que encrencar?", afirmou o senador. Caso seja aprovada a postergação da discussão, o encontro da Executiva ocorreria no próximo dia 30, prazo final para a definição das alianças.

##RECOMENDA##

Dentro do partido há setores que apoiam o projeto de reeleição da presidente Dilma Rousseff, os que defendem a candidatura presidencial de Aécio Neves (PSDB) e ainda os que querem se unir à campanha de Eduardo Campos (PSB). "Não tem consenso. Está bem dividido", ressaltou Antônio Carlos Rodrigues.

As declarações da ex-senadora Marina Silva (PSB) em relação à aliança do PSDB com o PSB em São Paulo foram avaliadas pelo candidato a presidente da República, Aécio Neves (PSDB), nesta quarta-feira (18), no Recife. Alegando encarar às críticas como algo “natural”, o parlamentar também analisou a aliança da organizadora do Rede Sustentabilidade com o ex-governador Eduardo Campos (PSB).

“Eu sempre acreditei nas coisas naturais na política. O PSB de São Paulo já caminha com o PSDB há muito tempo. Você criar uma ruptura numa eleição não é natural, acho que não tem efeito eleitoral”, opinou. 

##RECOMENDA##

Por não acreditar que a ruptura da parceria com o PSB seja o melhor caminho, Neves defendeu o apoio firmado a nível local. “Por isso, que aqui nós vamos continuar com o entendimento que houve porque é o entendimento natural do partido e eu jamais submeteria meus companheiros a um sacrifício, em razão da minha candidatura nacional”, contextualizou o senador. 

O tucano também encarou com naturalidade as discordâncias entre Marina e Campos, e inclusive, disse sempre torcer pela candidatura de ambos. “É natural que Eduardo e Marina tenham divergências em determinados sistemas, mas eu acho que a aliança deles é sólida e faz bem para o Brasil. Eu sempre estimulei tanto a candidatura de Eduardo quanto a de Marina, exatamente porque trazem oxigênio novo ao debate político”, frisou.

Apesar de concordar com os nomes de Eduardo Campos e Marina Silva na disputa eleitoral, Aécio Neves mandou um recado para os concorrentes nas urnas e garantiu não temer. “Eu não temo. Quem quer disputar a presidência da República não pode temer adversário, tem que respeitar os adversários e de forma muito clara, mostrar o que nós queremos”, disparou. 

 

Depois de uma manhã de incerteza enquanto ao apoio á pré-candidatura de Paulo Câmara (PSB) ao Governo do Estado, o PROS finalmente oficializou a aliança com a Frente Popular, na tarde desta quinta-feira (12). O presidente estadual do partido, deputado federal José Augusto Maia, teria sido informado sobre a coligação horas antes do anúncio. O parlamentar, que já tinha declarado apoio ao senador Armando Monteiro (PTB), acabou sendo destituído do cargo de líder da sigla em Pernambuco.

“Não podemos levar para o lado pessoal. Hoje nós temos apenas um deputado federal por Pernambuco (o próprio José Augusto Maia), e não temos nenhum estadual. Isso é um das razões da aliança. (...) Não é sozinho que tomamos a decisão. Tomamos a atitude correta junto com meus companheiros”, afirmou o presidente nacional do PROS, Eurípedes Júnior.

##RECOMENDA##

De acordo com o líder do PROS, o deputado José Augusto está passando por um imbróglio na Justiça. Quem assumirá o cargo é o secretário do partido em Pernambuco e também membro da Executiva Nacional, Gilson Oliveira.

“Já havíamos decidido, nós da Executiva Nacional, sobre Gilson como presidente. Ele tem uma participação significativa no partido”, disse. Com o apoio do PROS, a Frente Popular de Pernambuco contará com mais um minuto e seis segundos nas propagandas eleitorais na TV e no Rádio.

Em seu discurso, durante o evento que confirmou a aliança, o pré-candidato Paulo Câmara teceu vários elogios ao Pros. “Saber hoje do apoio do PROS, um partido novo, que cresce muito rápido é muito importante para a gente. Também estamos felizes que com esse apoio, somos agora 21 partidos, a maior coligação que o Estado já teve”, disse o ex-secretário.  

Em viagem pelos sertões do Araripe, Pajeú e de Itaparica, os pré-candidatos Armando Monteiro (PTB) e João Paulo (PT) receberam os apoios de mais um grupo de doze vereadores e quatro suplentes dos municípios de Araripina e Serra Talhada, além do vice-prefeito de Tuparetama, Ivai Cavalcante (PCdoB). Os possíveis postulantes estão percorrendo o Estado para participar das plenárias do Projeto Pernambuco 14, que visa colher propostas da sociedade para compor o programa de governo.

Na última quinta-feira (5), eles participaram do Pernambuco 14 em Araripina. Nesta sexta (6), depois de reuniões políticas e um encontro com comerciantes de Serra Talhada, foram à plenária de Floresta. Neste sábado (7), Armando e João Paulo seguirão para Ipojuca, onde acontece a 13º plenária do PE14. O evento será realizado na Faculdade José Lacerda Filho de Ciências Aplicadas (Fajolca), a partir das 8h, e vai tratar de temas como qualificação profissional, turismo, segurança pública e indústria.

##RECOMENDA##

Já no domingo (08), Armando e João cumprem uma agenda de encontros com diversas lideranças políticas nos municípios de Lagoa de Itaenga, Feira Nova e Orobó. Em Lagoa de Itaenga, reúnem-se com o prefeito Lamartine Mendes e aliados. O gestor é integrante de um grupo histórico vinculado ao PSB e ao ex-governador Miguel Arraes. O compromisso seguinte é em Feira Nova, onde os possíveis postulantes conversam com os ex-prefeitos Antônio Ramalho, Jairo Gonzaga e Adauto Gonzaga, além do ex-candidato a prefeito pelo PT, Danilson Gonzaga, e mais seis vereadores. O último compromisso do dia é um encontro com lideranças no Sindicato dos Trabalhos Rurais de Orobó.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando