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Dançar durante um velório é no mínimo chocante para a cultura brasileira e quando esta se trata de uma dança sensual, em cima do caixão, causa ainda mais estranheza. Apesar de parecer surreal, o fato aconteceu em Caracas, na Venezuela. Com isso, o vídeo onde duas mulheres aparecem rebolando ao som de uma música do estilo reggaeton foi divulgado nas redes sociais e viralizou. 

Embaladas pela música "Tumba la casa", do cantor Alexio, uma delas sobe no caixão e faz uma dança sensual, acompanhada por batuques também no espaço onde o morto está. Uma mulher ainda levanta a saia da “dançarina” e dá tapas em sua bunda. Outra jovem sobe no caixão e também dança ao som da música latina. 

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Ainda não se sabe ao certo a origem do vídeo, no entanto, a imprensa estrangeira aponta que o fato aconteceu durante o velório do amigo das duas mulheres e elas resolveram prestar uma homenagem ao morto com a dança. 

Veja o vídeo:


 

O presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, foi supostamente recebido por uma multidão de manifestantes com panelaços durante uma visita à Ilha Margarita.

Vídeos feitos por meio de telefone celular, que teriam sido gravados na noite de ontem durante a visita do presidente, foram divulgadas por agências de notícias e em redes sociais. Maduro é visto movimentando-se através de uma multidão enquanto moradores da ilha protestam batendo panelas e gritando contra o mandatário venezuelano.

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A visita de Maduro à Ilha Margarita feita nesta sexta (2) foi transmitida em todo o país. Imagens do protesto foram posteriormente publicados pelos moradores da cidade onde supostamente ocorreu. Não houve reação imediata do governo. A oposição diz que a censura generalizada oculta os protesto contra o líder socialista durante a crise econômica.

Centenas de milhares de venezuelanos foram às ruas da capital Caracas na última quinta-feira para exigir que as autoridades permitam que um referendo revogatório contra Maduro. Fonte: Associated Press

Os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e as nações produtoras que não integram o organismo estão próximos de um acordo que estabilize o preço do petróleo, anunciou neste sábado (30) o presidente venezuelano, Nicolás Maduro. "Estamos muito próximos de um acordo", revelou à imprensa, em Caracas.

As declarações coincidem com a visita do ministro venezuelano do Petróleo, Eulogio del Pino, à Rússia, Qatar, Irã e Arábia Saudita, para promover um "preço justo" do petróleo, que, segundo a Venezuela, deverá ser de 70 dólares o barril.

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De acordo com o ministro, "são quatro países" com os quais a Venezuela quis se reunir como parte da proposta formal feita às nações da Opep e não Opep para definir "um mecanismo de conciliação, necessário entre todos os produtores". O petróleo é a principal fonte de receita da Venezuela, país onde foi declarada uma "emergência econômica".

Da Agência Lusa

O presidente nacional do PSDB e senador Aécio Neves criticou o posicionamento de petistas sobre a viagem de senadores a Caracas, na Venezuela. Segundo o tucano, a ida dos parlamentares atende o mesmo pedido de presos políticos da época da Ditadura Militar.

“Acabo de ouvir uma declaração patética de um líder do PT que não dá uma palavra para aqueles presos políticos como se isso fosse natural e critica senadores”, disparou o tucano em coletiva de imprensa.

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Justificando a ida ao exterior, o senador relembrou da repressão política a partir de 1964 no Brasil. “Meu Deus! O que nós fizemos é aquilo que os perseguidos pela ditadura militar no Brasil, e em especial os presos políticos, clamaram durante aqueles 20 anos, que lideranças democráticas de várias partes do mundo se manifestassem, chamassem atenção para o que acontecia no Brasil”, destacou.

Aécio Neves também classificou como inadmissível a existência de presos políticos na atualidade. “É inadmissível que em pleno século XXI, e não venham me dizer os aliados da presidente da República que isso é normal, existem presos políticos. Pessoas que são presas por manifestarem sua oposição ao governo que lá está”, frisou, revelando ter conversado com o governador de Caracas, Henrique Capriles, e que ele lamentou o ocorrido. 

O senador fez questão de dizer que não se sente bem na companhia do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. “Nós da oposição não nos sentimos confortáveis na companhia dele (Maduro)”, disse o tucano.

Confira a entrevista completa de Aécio Neves abaixo:

O líder da Minoria na Câmara dos Deputados, Bruno Araújo (PSDB), criticou neste sábado (20) a postura do PT em carta assinada pelo presidente do partido, por Rui Falcão, sobre a ida de senadores a Caracas, na Venezuela. No texto, o petista considerou como “factóide” os maus tratos relatados por parlamentares brasileiros no exterior, mas para o tucano, se dependesse da legenda petista, o Brasil já teria sido transformado numa Venezuela. 

“Eu avaliou com a mesma nota que João Figueiredo emitia quando Jimmy Carter ou a Comissão Europeia vinha visitar Dom Hélder Câmara. A única diferença é que se chegava a Dom Hélder Câmara, mesmo com o governo militar não havia barreiras na Agamenon Magalhães, não havia agressões as Comissões de Direitos Humanos da Europeia, nem ao ex-presidente americano”, comparou o tucano, durante entrevista na Convenção Estadual do PSDB-PE, no Recife.

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Segundo Bruno Araújo, o caso dos senadores na Venezuela faz com que os brasileiros analisem a história e tirem conclusões em relação ao Brasil. “Esse episódio, ele mais do que é importante para a Venezuela, pensando em nós próprios, ela é uma vacina para os brasileiros. Os brasileiros com este episódio se protegem de entender que nós não queremos aquilo, e que nós não deixamos que aquilo aconteça no Brasil por uma posição das instituições que são fortalecidas e da própria população e da imprensa”, contextualizou, ironizando em seguida contra o PT. “Porque se fosse da vontade do PT o Brasil, seguramente, já tinha sido transformado numa Venezuela”, disparou Araújo. 

O presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Rui Falcão, emitiu uma nota criticando a caravana de senadores brasileiros que alegaram ter sido mal recebidos em Caracas, na Venezuela. Segundo o petista, a visita da comitiva acarretou um incidente, "explorado politicamente", na tentativa frustrada de "comprometer o Itamaraty com os lamentáveis episódios".

Liderado pelo presidente do PSDB, Aécio Neves, oito senadores viajaram para o exterior com pretensão de visitar líderes da oposição ao governo local, mas, de acordo com a nota do PT, eles tiveram a missão fracassada após ficar parados em bloqueio no percurso.

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No texto também assinado pela secretária de Relações Internacionais do PT, Mônica Valente, a legenda afirma que “respeita a soberania e da não-intervenção em assuntos internos de outros países”.

Confira a nota na íntegra:

“Nota do Partido dos Trabalhadores sobre a viagem de senadores brasileiros à Venezuela

O Partido dos Trabalhadores (PT) manifesta sua preocupação com os fatos envolvendo uma comitiva de senadores de oposição brasileiros em recente viagem à Venezuela, com o objetivo de contatar líderes da oposição ao governo local.

A visita da comitiva acarretou um incidente, explorado politicamente, na tentativa frustrada de comprometer o Itamaraty com os lamentáveis episódios.

Diante do factoide provocado pelos oposicionistas, o PT reitera sua defesa dos princípios do respeito à soberania e da não-intervenção em assuntos internos de outros países. E reafirma seu apoio à busca de uma solução política e democrática para os problemas que a Venezuela enfrenta atualmente, tal como unanimemente vem propondo a UNASUL. Também reafirma seu apoio ao governo legitimamente eleito do presidente Nicolás Maduro, que tem procurado manter as políticas sociais e distributivas iniciadas por seu antecessor, o presidente Hugo Chávez.

Rui Falcão - Presidente Nacional

Mônica Valente - Secretária de Relações Internacionais

O líder do PSDB na Câmara, deputado federal Carlos Sampaio (SP), classificou como gravíssimas as agressões sofridas nesta quinta-feira (18) em Caracas, na Venezuela, pelos senadores brasileiros em visita de solidariedade aos líderes políticos mantidos presos pelo governo Nicolás Maduro. Em virtude dos ocorridos, o parlamentar exigiu manifestação de repúdio imediata e contundente por parte do Itamaraty.

De acordo com Sampaio, o veículo dos senadores foi cercado por apoiadores do regime Maduro. Os parlamentares brasileiros também foram impedidos de visitar Leopoldo Lopez, preso há mais de um ano e em greve de fome há 24 dias. O embaixador brasileiro, Rui Pereira, abandonou o grupo ainda no aeroporto. "A agressão aos parlamentares brasileiros é uma agressão ao Brasil e aos princípios que ensejaram a visita dos senadores a Caracas - de solidariedade, de defesa da democracia e do Estado de Direito”, desabafou. 

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Reforçando a justificativa em relação ao pedido de manifestação de repúdio, no tucano alegou que a situação é desrespeitosa aos representantes do Brasil. “Tão grave quanto essas agressões seria a omissão do governo brasileiro nessa questão, sob pena de ser cúmplice desse gravíssimo ato de desrespeito aos representantes brasileiros e conivente com os atentados que lá se cometem contra a liberdade de expressão e os direitos humanos. O mínimo que se espera é uma manifestação de repúdio por parte do Itamaraty",  disparou Sampaio.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acusou nesta  (14) empresários de sabotar o abastecimento de produtos no país e de usar os dólares autorizados para as importações para "apunhalar" o povo. Ele anunciou que vai "radicalizar" a revolução bolivariana.

"Sem demora, sem falta, convoquem os empresários a quem são entregues dólares para a importação desses produtos que não são feitos na Venezuela. Convoquem, investiguem, verifiquem as contas, vão aos armazéns e se for necessário, vamos detê-los e entregá-los ao Ministério Público, porque estou seguro que estão detrás de um plano para sabotar o povo" disse.

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Nicolás Maduro falou em Los Próceres, Caracas, durante um ato por ocasião do Dia da Milícia bolivariana, transmitido simultâneamente e de maneira obrigatória pelas rádios e televisões do país."Já chega! Peço o apoio do povo. Já chega de tanta sabotagem econômica, de tanta guerra econômica, se não é uma coisa é outra. Já chega de tanta reunião também. Quando os convocamos, eles falam, fazem cara de cordeiros e vão (embora) como lobos, hienas, a dar uma punhalada contra o povo" disse, referindo-se a alguns empresários.

O presidente da Venezuela chamou a sua equipe para "atuar com mão dura, direta" e a "não acreditar" na burguesia. "Vamos radicalizar a revolução. Já chega (…) chamo o povo, as Forças Armadas, os ministros. Já chega de sorrisos. Acabaram-se os sorrisos e as conversas com a burguesia, que respondam pelos dólares que lhes demos", acrescentou.

Maduro destacou que na luta contra os problemas de abastecimento de produtos não lhe interessam os sobrenomes e apelou aos ministros que tenham “mão dura” para os prevaricadores. "Quem não puder que se retire, quem não puder sustentar a sua atividade econômica que se vá, mas quem for encontrado sabotando (vai) para a cadeia, tem que ir preso e pagar o que faz ao povo", disse.

Segundo Nicolás Maduro "tudo tem um limite" e os empresários fazem "sabotagem permanente" mesmo quando são convocados ao Palácio Presidencial de Miraflores. "Eu peço apoio. Um só homem não pode fazer todas as tarefas, necessito de apoio e mão firme dos ministros e dedicação exclusiva ", disse, garantindo que irá "à raiz” do problema.

Na Venezuela, são cada vez mais frequentes as queixas de dificuldades para conseguir produtos essenciais como leite, óleo, café, açúcar, margarina, papel higiênico, lâminas de barba, shampoo, sabonetes e preservativos.

Alguns produtos que não são considerados básicos ou prioritários registram também falta de abastecimento, entre eles os dos setores de acessórios para automóveis, papel e tecidos.

Diariamente, os supermercados registram grandes filas de clientes à procura de produtos que, muitas vezes, são comprados na totalidade sem chegar às prateleiras. Alguns cidadãos recorrem frequentemente a aplicativos de telefones para saber onde chegam os produtos escassos e avisar aos amigos. Para conseguir os produtos, os venezuelanos passam várias horas diárias nas filas de diferentes estabelecimentos comerciais.

A presidência da Câmara dos Deputados editou hoje ato que cria a comissão externa para que parlamentares viagem à Venezuela e acompanhem as condições em que o prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, foi preso em 19 de fevereiro. Os parlamentares aguardam a definição do Senado, que também aprovou uma comissão para averiguar a tensão política no país vizinho, para definir a data da viagem com os senadores.

O coordenador da comissão externa da Câmara será o vice-líder da minoria, Raul Jungmann (PPS-PE). Integram o grupo outros oito deputados: Alceu Moreira (PMDB-RS), Carlos Zarattini (PT-SP), Chico Alencar (PSOL-RJ), Eduardo Barbosa (PMDB-MG), Ezequiel Fonseca (PP-MT), José Carlos Aleluia (DEM-BA), Raquel Muniz (PSC-MG) e Romulo Gouveia (PSD-PB).

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O governo brasileiro divulgou uma nota sobre a situação da Venezuela na tarde desta terça-feira, 24, cobrando a volta do diálogo entre governo e oposição no país. No texto, mais longo do que as costumeiras notas diplomáticas, o Itamaraty afirma que continua "acompanhando com grande preocupação" a situação na Venezuela e demonstra incômodo com as ações do governo de Nicolás Maduro, que mandou prender o prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, e invadir as sedes do Copei, principal partido de oposição, em 12 cidades.

"São motivos de crescente atenção as medidas tomadas nos últimos dias, que afetam diretamente partidos políticos e representantes democraticamente eleitos, assim como iniciativas tendentes a abreviar o mandato presidencial", diz o texto.

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Uma reunião do grupo de chanceleres da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) que fez a intermediação entre governo e oposição na Venezuela, no ano passado, pode acontecer em Montevidéu, no final desta semana, durante a posse de Tabaré Vázquez.

A intenção é preparar para um outro encontro, em Caracas, de intermediação com a oposição. No entanto, a Venezuela ainda não pediu a ação do grupo. No nota, o governo brasileiro cobra uma resposta e diz que considera "imperiosa" a retomada do diálogo.

"Governo brasileiro insta os atores políticos venezuelanos, assim como as forças sociais que os apoiam, a absterem-se de quaisquer atos que possam criar dificuldades a esse almejado diálogo. A finalidade última é ajudar a Venezuela, no marco da sua Constituição, a desenvolver as condições para que o país possa retomar o seu desenvolvimento econômico e social em um clima de paz e concórdia".

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), cobrou neste domingo (22), pelo Twitter, um posicionamento do governo brasileiro em relação à prisão de oposicionistas ao governo da Venezuela, do presidente Nicolás Maduro. "Não dá para os países democráticos assistirem isso de braços cruzados, como se fosse normal prender oposicionista, ainda mais detentor mandato", disse Cunha em sua conta do microblog. Cunha questionou, ainda, "até quando o Brasil ficará calado sem reagir a isso".

O prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, foi preso na quinta-feira da semana passada por agentes do Serviço Bolivariano de Informação (Sebin), o serviço de inteligência da Venezuela. Ledezma é um forte opositor ao governo chavista e é acusado pelo presidente Nicolás Maduro de planejar um golpe de Estado.

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Ele foi detido em seu escritório e, momentos antes, escreveu em sua conta no Twitter: "meu escritório está prestes a ser invadido por agentes do regime". Em discurso, o presidente Maduro disse que Ledezma "será responsabilizado por todos os seus crimes". O prefeito nega todas as acusações.

Depois do ocorrido, o governo brasileiro evitou fazer qualquer comentário sobre a prisão do prefeito de Caracas. A presidente Dilma Roussef recebeu na sexta as credenciais da nova embaixadora venezuelana, María Lourdes Urbaneja, e disse que não poderia comentar "questões internas" da Venezuela.

Também na sexta-feira (20), o Itamaraty divulgou nota sobre o assunto, dizendo que o governo brasileiro "acompanha com grande preocupação a evolução da situação na Venezuela e insta todos os atores envolvidos a trabalhar pela paz e pela manutenção da democracia". A nota dizia ainda que o Brasil "reitera seu compromisso em contribuir, sempre que solicitado, para a retomada do diálogo político amplo e construtivo na Venezuela".

Nesta sexta-feira (20), os senadores Álvaro Dias (PSDB-PR) ressaltou que o governo brasileiro, assim como o Ministério das Relações Exteriores, não pode manter silêncio diante da prisão do prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, que se opõe ao governo da Venezuela comandado por Nicolás Maduro. Segundo o parlamentar, o ocorrido foi mais um ato de autoritarismo de um governo ditatorial. O mundo democrático deve repudiar o ato, já reconhecido como mais uma violência a consagrar o autoritarismo por parte do governo venezuelano”, disse Álvaro.

Além do senador Dias, o peemedebista Ricardo Ferraço também se posicionou. Segundo ele, a medida foi um “ato de violação” às liberdades individuais e políticas. O parlamentar ainda considera degradante a situação a que outros representantes da oposição estão sendo submetidos pela gestão de Maduro, como Leopoldo López, preso há mais de um ano.

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O ex-prefeito de Chacao foi apontado como o principal articulador dos protestos ocorridos no país em 2014 e que resultou em mortes e derramamento de sangue. Recentemente, Maduro utilizou cadeia de rádio e televisão para anunciar ao país a prisão do opositor, ocorrida na noite da última quinta-feira (19). Segundo ele, o prefeito foi detido por ordem da Procuradoria, por tentar promover um golpe de estado no país, contando para isso com o apoio do governo norte-americano.

O prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, foi preso na noite de quinta-feira por agentes do Serviço Bolivariano de Informação (Sebin), o serviço de inteligência da Venezuela. Ledezma é um forte opositor ao governo chavista e é acusado pelo presidente Nicolás Maduro de planejar um golpe de Estado.

Ele foi detido em seu escritório e, momentos antes, escreveu em sua conta no Twitter: "meu escritório prestes a ser invadido por agentes do regime". Em discurso, o presidente Maduro disse ontem à noite que Ledezma "será responsabilizado por todos os seus crimes". O prefeito nega todas as acusações.

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Um membro da equipe de segurança de Ledezema, que preferiu não se identificar, afirmou que 10 homens vestidos com o uniforme do Sebin entraram armados no prédio da Prefeitura. Eles teriam usado as armas para quebrar as portas e abrir passagem. Depois, outra dezena de homens, estes com máscaras, invadiu o local e agrediu o prefeito antes de levá-lo.

Hector Urgelles, um porta-voz do partido de Ledezma, a Aliança Bravo Povo, disse que os homens não se identificaram e não informaram nenhuma razão para prender o prefeito. A notícia desencadeou protestos na capital do país. Fonte: Associated Press.

Líderes da oposição na Venezuela afirmam que o prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, foi detido por oficiais federais e levado de seu escritório. A notícia se espalhou pela cidade, e levado alguns moradores da capital a protestarem contra a prisão do prefeito.

O governo não confirmou da prisão de Ledezma, mas o porta-voz da Aliança Bravo Povo, o partido do prefeito, afirmou à Associated Press que cerca de 50 de homens mascarados entraram no escritório de Ledezma sem se identificar ou mostrar um mandado de prisão.

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Hector Urgelles disse que o prefeito estaria sendo detido pelo serviço nacional de inteligência, em Caracas, mas que ele não tinha como ter certeza da sua localização.

Uma mensagem publicana na conta de Twitter de Ledezma no meio da tarde afirmava que o escritório do prefeito estava repleto de policiais do governo. Hás depois, a líder da oposição Maria Corina Machado afirmou que o serviço de inteligência da Venezuela havia entrado no escritório do prefeito. O congressista Ismael Garcia, outro oposicionista, escreveu em seu perfil do Twitter que Ledezma foi levado "como um cachorro".

Ledezma foi se tornou prefeito de Caracas em 2008, ao bater o candidato do partido situacionista liderado pelo presidente Hugo Chaves. Um dos maiores líderes da oposição, ele viu seus poderes serem pouco a pouco retirados pela administração central, que criou uma entidade governamental e transferiu responsabilidades como o controle das escolas e da polícia. Fonte: Associated Press.

A presidente Dilma Rousseff saiu em defesa da Argentina em discurso em encontro do Mercosul, na tarde desta terça-feira (29), em Caracas. Dilma disse ser "integralmente" solidária ao desafio do país vizinho, que enfrenta dificuldades em renegociar sua dívida. A solidariedade, segundo ela, "não é retórica".

A presidente disse estar tratando do tema em fóruns internacionais e propôs levar o assunto à reunião do G20. Dilma disse que o problema atinge todo o sistema financeiro internacional e cobrou regras claras que permitam previsibilidade na renegociação das dívidas. De acordo com a presidente, não se pode permitir que a "ação de alguns poucos especuladores coloque em risco a estabilidade de um país inteiro".

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Israel

Dilma aproveitou o seu discurso para reforçar a posição brasileira em relação ao conflito na Faixa de Gaza. Segundo a presidente brasileira, é necessário ressaltar a "condenação ao uso desproporcional da força por Israel em Gaza". Segundo Dilma, a comunidade internacional não pode aceitar "impassível" a escala da violência entre Israel e Palestina.

Dilma lamentou o "elevado número" de vítimas civis e disse que o governo brasileiro espera o fim do conflito. "O Brasil, em todos os fóruns, em todas as aberturas na ONU, manifestou que a construção da paz passa pela construção de dois estados", completou. Na avaliação da presidente, o conflito tem potencial para desestabilizar a região. "Por isso, reiteramos essa questão do cessar-fogo imediato, abrangente e permanente", disse.

Dilma afirmou ainda que os países do Mercosul devem "se orgulhar" pois nas reuniões do bloco há uma demonstração de busca por entendimentos. "Em reuniões do Mercosul percebi interesse em garantir paz e entendimento da região", afirmou.

Assim como fez no início do seu discurso, quando saudou a Venezuela pela presidência pro tempore do bloco do Cone Sul, Dilma desejou sucesso a sua colega argentina Cristina Kirchner, já que o país assumirá temporariamente o comando do bloco.

"Quero desejar êxito à Argentina na presidência pro tempore do bloco no próximo semestre", disse. "Contamos com sua sensibilidade política para que sigamos no caminho do fortalecimento do Mercosul", afirmou Dilma, ressaltando que Cristina pode continuar contando com o "apoio e parceria constante do Brasil".

Dilma também citou o ex-presidente venezuelano Hugo Chávez, falecido no ano passado, e disse que o momento era de registrar sua memória. Segundo Dilma, além de um "grande amigo do Brasil", Chávez sempre foi um "incansável defensor da integração".

De acordo com a agenda presidencial, Dilma deve retornar em seguida para Brasília. A chegada à capital federal está prevista para as 21h15.

A presidente Dilma Rousseff afirmou na tarde desta terça-feira (29) que o Mercosul contribuiu para consolidar o espaço político e econômico na América do Sul. "Desde a assinatura do Tratado de Assunção (em 1991, que criou o mercado comum) o comércio no bloco cresceu mais do que 11 vezes, o dobro do comércio global", afirmou durante discurso na Cúpula do Mercosul e Estados associados, em Caracas, na Venezuela.

A presidente acrescentou que o comércio brasileiro com países do bloco cresceu mais do que com "outros importantes parceiros tradicionais." Segundo Dilma, o Mercosul é compromisso dos países do continente com o desenvolvimento inclusivo. "O Mercosul é um espaço político, amplo, democrático e plural", afirmou.

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A presidente disse que os países do bloco compartilham da "lógica de integração". "Queremos uma lógica economicamente consistente e que seja socialmente justa", afirmou. Dilma destacou ainda que hoje o bloco possui 45 projetos aprovados que somam US$ 1,4 bilhão em áreas como habitação e transporte.

Mercado interno

A presidente brasileira também disse que a ampliação do mercado interno ajuda os países do Mercosul no enfrentamento de algumas "instabilidades visíveis" no quadro internacional. Segundo Dilma, foi o mercado interno o grande motor do desenvolvimento nessas nações.

Em seguida, a presidente elogiou a ampliação do Mercosul e exaltou a adesão da Bolívia como um "passo importantíssimo" para o grupo. Segundo Dilma, o bloco deve agora buscar a implementação da desgravação tarifária para permitir a criação de uma área de livre-comércio.

A presidente salientou, no entanto, que os países do Mercosul não podem "negligenciar a inserção de nossas economias no mundo global". Afirmou, também, que o Mercosul já entregou à União Europeia uma oferta de acordo "compatível com os compromissos assumidos em 2010". Dilma disse que, agora, o bloco aguarda uma contrapartida e defendeu que um acordo só será possível com um "intercâmbio simultâneo de ofertas".

O ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, cobrou dos demais países do Mercosul esforço maior para aumentar o fluxo de comércio e "fluidez" no bloco. No seu discurso, durante a reunião ampliada do Conselho de Ministros - em que participam também os países associados e convidados -, Figueiredo afirmou que é necessário "resguardar os ganhos das últimas duas décadas".

O ministro endereçou o recado a todos os presentes, mas o alvo prioritário das queixas brasileiras é a Argentina. Apesar da compreensão do Brasil com os problemas do vizinho, as reclamações frequentes são relativas a barreiras não tarifárias impostas periodicamente pelo governo argentino a produtos brasileiros.

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"O comércio interno é o elemento de maior impacto na imagem do Mercosul. Precisamos renovar a fluidez do nosso comércio", pediu o ministro. "Precisamos reafirmar nossa estratégia de inserção externa para atender às expectativas de nossas empresas".

Figueiredo reafirmou a proposta brasileira de antecipar para o fim deste ano o prazo de desgravação tarifária com os demais países da América do Sul - na verdade, o Brasil mira Chile, Peru e Colômbia, países com os quais o Mercosul já tem tarifas zero para mais de 90% dos produtos e recebe o mesmo tratamento. A exceção é a Colômbia, que oferece ao Brasil apenas 58%.

O chanceler brasileiro também defendeu a proposta de acordo comercial com a União Europeia. "O Brasil mantém firme seu interesse. Todos os países já alcançaram ofertas compatíveis com os compromissos assumidos", disse, repetindo a afirmação de que o bloco está pronto e espera hoje pelos europeus.

Um militar venezuelano morreu depois de ser atingido com um tiro na cabeça durante um incidente em manifestação na cidade de Maracay, em Aragua, anunciou nesta segunda-feira (17) o governador do Estado, Tareck El Aissami. Enquanto isso, em Caracas, a polícia expulsou pessoas de barricadas após os atos de violência dos últimos dias.

O capitão da Guarda Nacional José Guillen Araque morreu após um incidente na noite de domingo, informou o governador em sua conta no Twitter. El Aissami não deu mais detalhes sobre o ocorrido e disse apenas que o militar foi "assassinado por grupos fascistas". O oficial teria morrido durante confronto com um grupo que mantinha uma avenida bloqueada, segundo o jornal regional El Periodiquito em sua página na internet. No domingo, ocorreram protestos de rua em Maracay, conforme reportagens de meios de comunicação locais.

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A capital venezuelana e outras cidades do interior do país têm sido cenário há mais de um mês de protestos de rua violentos contra o governo do presidente Nicolás Maduro, que deixaram pelo menos 26 mortos, entre eles quatro integrantes da Guarda Nacional, além de 365 feridos e mais de 1 mil presos, dos quais 106 permanecem detidos. Universitários e opositores, principalmente de classe média, protagonizam desde fevereiro manifestações contra a elevada inflação, o desabastecimento de produtos básicos e a crescente criminalidade.

Enquanto isso, em Caracas, a Guarda Nacional realizou uma operação para retomar a Praça Altamira e desocupou as "guarimbas", como são conhecidas localmente as barricadas que ficaram instaladas lá por dias, disse o ministro do Interior, Justiça e Paz, Miguel Rodríguez Torres, à rede de TV Venezolana de Televisión. "Estamos restaurando o direito (de ir e vir) a milhares de cidadãos de Chacao que estavam resguardados em suas casas por causa das ações violentas." Rodríguez disse ainda que continuarão sendo feitas patrulhas no local para garantir a livre circulação de cidadãos. Fonte: Associated Press.

Um agente da Guarda Nacional e um civil morreram baleados em meio a um embate entre vizinhos e grupos motorizados armados que tentavam levantar uma barricada montada em uma rua do leste de Caracas.

"Lamentavelmente anunciamos o falecimento de um oficial da Guarda Nacional nos enfrentamentos", disse o prefeito do município de Sucre, Carlos Ocariz, por meio de sua conta no Twitter. Enquanto isso, o presidente da Assembleia Nacional, o deputado governista Diosdado Cabello, disse que, além do militar, morreu um homem que "retirava detritos de uma via". Cabello identificou as vítimas como Acner Isaac López Lyon, membro da Guarda Nacional, de 25 anos, e José Gregorio Amaris, mototaxista, de idade não informada.

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Ambos foram feridos a bala em meio a um conflito envolvendo vizinhos no bairro de Los Ruices, no leste de Caracas, durante o qual foram atiradas panelas e garrafas em um grupo de motociclistas, provavelmente membros de coletivos governistas, que tentavam retirar uma barricada feita com materiais de construção e detritos. Fonte: Associated Press.

Milhares de venezuelanos protestaram neste sábado (23) em parques e praças contra um projeto aprovado pela Assembleia que permite ao presidente do país, Nicolás Maduro, governar por meio de decretos. A manifestação foi organizada pelo líder da oposição, Henrique Capriles, e também se voltou contra uma série de problemas econômicos, incluindo a enorme inflação, a rápida depreciação da moeda local, a falta de itens básicos de consumo e alimentação, os constantes apagões e a corrupção generalizada.

"Eu nunca vi as coisas tão ruins assim. É preciso pegar fila logo cedo para comprar farinha, açúcar e óleo de cozinha. A gente não acha comida nem peças pro carro. Esse país está sendo destruído", comentou o consultor de segurança José Delgado, de 56 anos, durante um protesto no centro de Caracas.

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Maduro, que completa 51 anos neste sábado, disse que pretende enfrentar os problemas econômicos do país por meio dos poderes legislativos que lhe foram concedidos pela Assembleia. Ele afirmou que precisa dessa autoridade para lançar uma "ofensiva" contra líderes empresariais gananciosos e inimigos políticos, que seriam responsáveis por manipulações de preços e por tentar desestabilizar a economia.

As duas primeiras leis aprovadas por Maduro com seus novos poderes foram para limitar os lucros das empresas e criar uma nova agência estatal para fiscalizar as exportações e importações. Na semana passada o presidente desencadeou uma onda de compras de fim de ano, ao obrigar algumas lojas a reduzir preços em até 50%, o que causou enormes filas em shoppings e centros comerciais. Fonte: Associated Press.

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