Tópicos | combustíveis

Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta quinta-feira, 2, revertendo as quedas que levaram a commodity a atingir o menor nível em seis semanas, em meio a sinais de que a oferta do óleo pode diminuir.

Na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres, o barril do Brent para outubro avançou para US$ 73,45 (+1,46%). Já na bolsa mercantil de Nova York (Nymex), o barril do WTI para setembro ganhou 1,92%, para US$ 68,96.

##RECOMENDA##

Os preços do petróleo vinham sendo pressionados nas últimas semanas, seguindo a decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) de aumentar a produção e após comentários do presidente americano, Donald Trump, indicando que poderia se encontrar com o líder do Irã, Hassan Rouhani.

A commodity reverteu as perdas, no entanto, e avançou nesta quinta, após o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) informar a quarta-feira, 1, que a produção média diária nos Estados Unidos recuou de 11 milhões uma semana antes para 10,9 milhões de barris na última semana. Além disso, houve uma redução de 1,338 milhão de barris no volume da commodity estocado em Cushing, para 22,393 milhões.

Informações de que o governo dos Estados Unidos propõe congelar as regras de eficiências de combustível para carros e caminhões leves em 2020, uma medida que relaxaria regras para montadoras e aumentaria o consumo de petróleo no país, também se refletiram nos preços da commodity.

O ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, evitou fazer comentários sobre o novo decreto que o governo vai editar para regulamentar a subvenção ao óleo diesel a partir de agosto. Na terça-feira (30) vence o prazo do decreto que manteve a subvenção de R$ 0,46 por litro.

Depois de passar cerca de uma hora e meia em reunião fechada com o presidente da Petrobras, Ivan Monteiro, no MME, Moreira Franco disse que não tratou do assunto.

##RECOMENDA##

"Não se tratou dessa questão no encontro. Essa é uma questão que está vinculada à ANP (Agência Nacional do Petróleo) e ao Ministério da Fazenda. Eles estão cuidando disso, nós não cuidamos desse assunto", comentou, após o fim do encontro. Ivan Monteiro deixou o MME sem falar com a imprensa.

"Amanhã, nós vamos ter uma nota de comum acordo, da Petrobras e do ministério, sobre os temas que foram falados, que são os temas que estão aí, Comperj, sessão onerosa, a necessidade de melhorarmos e agilizarmos a aprovação desse projeto, o plano de negócio da Petrobras", disse.

A Casa Civil vai publicar até a próxima quarta-feira, 1º, o novo decreto da subvenção.

Moreira também não quis comentar se a Petrobras se comprometeu a atender seu pedido, de evitar a paralisação da plataforma de Mexilhão, por conta da produção de gás que abastece usinas térmicas do País. Disse que apenas que o resultado da discussão sobre esse ponto foi "muito positivo".

A paralisação da plataforma é uma ação que vem sendo discutida desde 2016 e estava planejada. Com prazo de 45 dias, essa operação de renovação tem custo de aproximadamente US$ 300 milhões e envolve cerca de 500 trabalhadores. A paralisação momentânea foi autorizada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), mas Moreira disse que faria um "apelo" ao presidente da Petrobras para que adiasse a operação. Seu argumento é de que a falta de gás da plataforma causaria o acionamento de mais usinas a óleo, que são fontes mais caras e poluentes.

Os preços do etanol hidratado nos postos brasileiros recuaram em 14 Estados brasileiros e no Distrito Federal na semana passada, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilado pelo AE-Taxas. Em outros nove Estados houve queda, no Espírito Santo, estabilidade e no Amapá não houve base de comparação por falta de avaliação na semana anterior.

Na média dos postos brasileiros pesquisados pela ANP houve queda de 1,67% no preço do etanol na semana passada. Em São Paulo, principal Estado produtor e consumidor, a cotação média do hidratado recuou 2,52% sobre a semana anterior, de R$ 2,700 pra R$ 2,632 o litro, a maior queda porcentual entre todos os avaliados. No período de um mês os preços do combustível recuaram 6,03% nos postos paulistas. A maior alta no preço do biocombustível na semana passada, de 2,58%, foi em Alagoas.

##RECOMENDA##

Além de São Paulo, no período de um mês os preços do etanol recuaram 12 Estados e no Distrito Federal, que obteve também o destaque de queda mensal, com 14,33% de baixa no período. Na média brasileira, o preço do etanol pesquisado pela ANP acumulou queda de 4,06% na comparação mensal.

O preço mínimo registrado na semana passada para o etanol em um posto foi de R$ 2,039 o litro, em São Paulo, e o máximo individual ficou de R$ 4,947 o litro, no Rio Grande do Sul. São Paulo tem também o menor preço médio estadual, de R$ 2,632 o litro, e o maior preço médio ocorreu Amapá, de R$ 4,459 o litro.

Gasolina - Segundo a ANP, o valor médio da gasolina vendido nos postos brasileiros recuou em 16 Estados na semana passada. Em oito Estados e no Distrito Federal houve alta e no Amapá e Pará, estabilidade.

Na média nacional, houve baixa nos preços médios entre as semanas, de 0,07%, de R$ 4,498 para R$ 4,495. Em São Paulo, maior consumidor do País e com mais postos pesquisados, o litro da gasolina caiu 0,05% na semana passada, de R$ 4,274 para R$ 4,272, em média. No Rio de Janeiro, o combustível saiu de R$ 4,927 para R$ 4,948, em média, alta de 0,43%. Em Minas Gerais houve baixa no preço médio da gasolina de 0,23%, de R$ 4,813 para R$ 4,802 o litro.

Comparação de etanol e gasolina - Os valores médios do etanol seguem vantajosos sobre os da gasolina nos cinco Estados entre os maiores produtores do biocombustível do País: São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Goiás e Mato Grosso. O levantamento considera que o combustível de cana, por ter menor poder calorífico, tenha um preço limite de 70% do derivado de petróleo nos postos para ser considerado vantajoso.

Em Mato Grosso, o hidratado é vendido em média por 57,42% do preço da gasolina, em Goiás em 60,68%, em São Paulo por 61,61%, em Minas Gerais a 63,08% e, no Paraná a paridade está em 67,03%. Na média brasileira, a paridade é de 63,03% entre os preços médios do etanol e da gasolina.

Pouco mais de um mês após a adoção da política de subvenção ao óleo diesel, o preço do combustível nas bombas recuou entre R$ 0,36 e R$ 0,41 em todo o País, segundo levantamento do Ministério da Fazenda feito até 3 de julho. A queda foi mais acentuada nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste e menor no Norte.

Para o governo, a redução do preço em todas as regiões demonstra que o programa está funcionando. Foi o que avaliou o chefe da Assessoria Econômica do Ministério da Fazenda, Marcos Mendes, em reunião no Congresso Nacional que discutiu o tema esta semana. O governo havia prometido aos caminhoneiros no fim de maio, para encerrar a paralisação, uma redução de R$ 0,46 no preço do litro nas distribuidoras.

##RECOMENDA##

O desconto menor na bomba é compreendido por representantes dos caminhoneiros. O presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga (Sinditac) de Ijuí, Carlos Alberto Litti Dahmer, cita dois fatores para a diferença ser menor que a prometida: a tributação de cada Estado - em alguns, o valor de referência para a cobrança de ICMS não foi reduzido, o que dilui parte do corte prometido, e a mistura de 10% de biodiesel no diesel.

Para assegurar o desconto, que permanecerá até o fim deste mês, o governo gastou entre R$ 0,14 e R$ 0,30 por litro comercializado, de forma a amortecer os aumentos de preço das refinarias. Esse dinheiro sai da conta de subvenção criada especificamente para segurar a variação do preço do diesel até o fim do ano - até lá, o programa vai consumir R$ 9,5 bilhões.

Pesquisa

No período, a diferença entre o preço de comercialização e o preço de referência calculado pelo governo ultrapassou o R$ 0,30 máximo de desconto em quatro dias.

Os dados foram exibidos em reunião da comissão mista do Congresso que analisa a Medida Provisória (MP) 838. Assinada pelo presidente Michel Temer no dia 30 de maio para encerrar a greve, ela cria um programa de subvenção para conter a oscilação do preço do diesel até o fim do ano. No entanto, a redução de 10% no valor do diesel (correspondente aos R$ 0,46) ficou assegurada só por 60 dias. A partir daí, o diesel terá apenas reajustes mensais, para dar "previsibilidade" aos motoristas.

O relator da MP, Arnaldo Jardim (PPS-SP), só deve apresentar seu parecer em agosto, após o recesso parlamentar. Antes será necessário resolver como será a política de reajustes do diesel a partir do próximo dia 1.º.

O assessor da diretoria da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) Pietro Adamo Sampaio Mendes, informou que a entidade analisa 179 sugestões que recebeu para estabelecer a política que começará no próximo mês. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Doze Estados e o Distrito Federal reduziram o valor médio de referência para cálculo do ICMS incidente sobre o diesel vendido nos postos, em meio a esforços para concluir o corte de preço prometido pelo governo para encerrar a greve de caminhoneiros em maio. Entre os Estados estão Acre, Amazonas, Amapá, Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Sergipe. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Petrobras anuncia que o preço médio do litro da gasolina. A sem tributo nas refinarias, que entra em vigor nesta quinta-feira, 28, será de R$ 1,9027, alta de 1,30% ante o atual R$ 1,8783. Já o preço do diesel segue congelado em R$ 2,0316.

O juiz Edvaldo Batista da Silva Júnior, da 10ª Vara Federal de Pernambuco, concedeu nesta terça-feira, 26, liminar para que usinas daquele Estado, e também de Alagoas e Sergipe, comercializem etanol hidratado diretamente aos postos de combustíveis, sem a necessidade da intermediação de distribuidoras. A decisão impede também que a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), responsável pela fiscalização do setor, aplique sanções aos postos e às usinas que adotarem a prática.

Por meio da assessoria de comunicação, a ANP informou ao Broadcast Agro que "ainda não foi formalmente intimada da decisão". A tutela antecipada foi concedida no processo impetrado pelos sindicatos representantes do setor sucroalcooleiro dos três estados nordestinos e pela Cooperativa do Agronegócio dos Associados da Associação dos Fornecedores de Cana-de-Açúcar (Coaf) contra a União e a ANP.

##RECOMENDA##

Na decisão, o juiz cita a lei 9.478/97, conhecida como "Lei do Petróleo", para cobrar a necessidade de promover a livre concorrência no setor de combustíveis, em detrimento de resoluções da ANP que obrigam a venda via distribuidoras. "Como haverá então livre concorrência se o preço acaba sendo ditado pelas distribuidoras, pelas quais o etanol tem necessariamente de passar por mais distantes que sejam dos postos revendedores? (...) Não há como ignorar o verdadeiro cartel formado pelas mais poderosas distribuidoras de combustíveis", relata o magistrado no despacho.

Em seguida, Silva Júnior indaga qual o mal a venda direta de etanol poderia causar ao setor de combustíveis e à fiscalização sob o encargo dos agentes da ANP. "De idêntico modo e com idêntico rigor com que hoje se fiscalizam as distribuidoras, podem ser fiscalizados os produtores e os postos de revenda. A postura irrazoável da ANP, ao editar as malsinadas normas, evidencia igualmente maus tratos ao princípio da proporcionalidade", relatou.

O presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar no Estado de Pernambuco (Sindaçúcar) e vice-presidente do Fórum Nacional do Setor Sucroenergético, Renato Cunha, afirmou que a decisão beneficiará 30 usinas dos três estados. No entanto, a liminar deve ter pequeno efeito no curto prazo, já que os estoques das companhias são pequenos por conta da entressafra da cana-de-açúcar no Nordeste.

"A decisão permite uma forma alternativa de venda, sem alijar as distribuidoras, e facilita o planejamento para a próxima safra, a partir de julho e agosto", afirmou o executivo. Cunha explicou que, por cautela, as companhias devem aguardar entre 48 horas e 72 horas para iniciarem a venda direta aos postos, prazo previsto para que a ANP seja notificada da decisão.

A venda direta de etanol hidratado dos postos às usinas divide o próprio setor produtivo. Enquanto produtores nordestinos apoiam a proposta, representantes do Centro-Sul, inclusive a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), são contrários à medida, por conta da dificuldade de fiscalização. A principal entidade do setor de etanol cita também que as distribuidoras terão papel fundamental na viabilização da nova política nacional de biocombustíveis (RenovaBio), com a compra dos Créditos de Descarbonização (CBIOs).

Os CBIOs são considerados fonte de recursos para financiar a ampliação na produção de etanol. Os títulos serão emitidos pelos produtores de biocombustíveis e adquiridos pelas distribuidoras para serem utilizados na compensação e redução das emissões feitas pelos combustíveis fósseis também comercializados pelas companhias. Os recursos gerados pelos CBIOs devem ser reinvestidos pelas usinas para aumentar a produção do etanol.

Além da judicialização do tema, ao menos quatro projetos de lei tramitam no Congresso Nacional, o principal deles já aprovado no Senado.

Após quase 20 dias do fim da greve dos caminhoneiros, o preço do óleo diesel se mantém em patamar elevado, acima do que planejou o governo quando concedeu subsídio aos consumidores. Ao fechar acordo com os grevistas, a expectativa era que o litro do combustível ficasse R$ 0,46 mais barato na bomba. Mas, até agora, isso não aconteceu. O desconto médio nos postos de gasolina no Brasil está limitado a R$ 0,16, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que divulgou na segunda-feira (18) a pesquisa relativa à semana passada.

Para fechar o acordo, o governo aceitou tirar R$ 9,5 bilhões do seu caixa, dinheiro usado para compensar as refinarias da Petrobrás e importadores por não elevarem muito suas tabelas. Esse grupo de empresas, situado na ponta da cadeia produtiva, fornece o diesel para as distribuidoras que, em seguida, repassam o produto para os postos, após misturarem biocombustível a ele. Além dessa medida, o Congresso aprovou a desoneração do PIS e Cofins incidentes no diesel e, em alguns Estados, como no Rio de Janeiro, a alíquota de ICMS foi reduzida.

##RECOMENDA##

No fim das contas, a previsão é que mais de R$ 13 bilhões de dinheiro público sejam gastos para baixar o preço aos consumidores e para que o acordo firmado com os caminhoneiros finalmente seja cumprido. Mas não é certo que isso aconteça, porque, como por lei distribuidoras e revendedores têm liberdade de definir seus preços, não há garantia de que o desconto atingirá os motoristas.

A greve dos caminhoneiros foi iniciada no dia 21 de maio, quando o preço do combustível disparou nos postos. Antes disso, o litro do diesel estava sendo negociado, em média, a R$ 3,788 em todo o País. Com a intervenção do governo, chegou a R$ 3,434 na semana passada. Para que o acordo firmado pelo presidente Michel Temer com os caminhoneiros seja considerado exitoso, com desconto total de R$ 0,46 por litro na bomba, é preciso que o combustível não custe mais que R$ 3,328.

Na cidade de São Paulo, a redução de preço foi maior do que a da média brasileira. Na capital paulista, o litro do diesel está R$ 0,27 mais barato, sendo comercializado a R$ 3,271. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O acordo fechado pelo governo com os caminhoneiros para acabar com a greve no mês passado gerou uma distorção no mercado de óleo diesel. Responsáveis pelo fornecimento de 27% do combustível comercializado no Brasil, os importadores ameaçam abandonar o mercado sob alegação de que o negócio deixou de ser lucrativo.

A conta deve cair no colo da Petrobrás, que ficará com o ônus de garantir o abastecimento à população. Sem muita margem para produzir mais em suas refinarias, caberá à petroleira recorrer ao produto de outros países, o que, segundo especialistas, pode ser um retrocesso a um período em que a estatal perdia dinheiro com a venda de combustíveis.

##RECOMENDA##

Para garantir o desconto para os consumidores, o governo instituiu um preço de referência a ser perseguido pela Petrobrás e importadores desde a última sexta-feira, 8. Se essas empresas venderem a um valor menor do que esse preço de referência recebem um subsídio do Tesouro, no limite de R$ 0,30 por litro.

Segundo as importadoras, essa nova política, válida até o fim do ano, significa perda de margem de lucro de 3% a 5%, dependendo do porto aonde o combustível chega. Dizem também que, dessa forma, não vale a pena levar o negócio adiante por não conseguirem cobrir seus custos. Cálculo do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE) confirma projeção de perda. A Petrobrás não se posicionou.

"Os preços de referência (estabelecidos pela ANP) são menores que o da paridade internacional, o que inviabiliza a importação e gera risco de desabastecimento no País", diz o presidente da Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom), Sérgio Araújo. Ele também acredita que, para evitar o desabastecimento de diesel, a Petrobrás será convocada a preencher a lacuna deixada pelas comercializadoras e a ampliar sua importação, o que deve afetar o caixa da petroleira.

Estoque

Desde sexta-feira, 8, as importadoras trabalham exclusivamente com o que têm em estoque e apenas por esse volume receberão o subsídio do governo. A avaliação do consultor Adriano Pires, diretor do CBIE, é que essas empresas são mais afetadas pela nova política de preço porque seus custos são maiores e porque elas têm menos fôlego que a estatal para aguardar o prazo de 30 dias para receber o subsídio do governo.

Entre os especialistas consultados pelo jornal O Estado de S. Paulo e pelo Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado) , é consenso que a solução do abastecimento com uma possível saída de cena das importadoras passará pela estatal. "No fim, quem vai importar é a Petrobrás, o que vai contra a estratégia econômica da empresa. Se fizer isso, será por imposição do acionista principal, a União, e não por interesse próprio", avalia o professor da USP, Edmilson Moutinho.

Desde julho de 2017, a Petrobrás reajusta os preços dos combustíveis seguindo as variações do petróleo no mercado internacional e do câmbio. Assim, aos poucos, refez o caixa para compensar perdas do passado, quando os valores permaneceram congelados.

Para David Zylbersztajn, ex-diretor geral da ANP, "tem muito choro" na fala da Abicom e o mais importante seria "abrir as contas" para saber se o negócio deixou realmente de ser atrativo. Ele diz ainda "que a Petrobrás tem condição de suprir o mercado interno" e evitar um desabastecimento.

Fonte da estatal que não quis se identificar afirmou que, para ampliar a importação de diesel, a companhia deve ser provocada pelas empresas distribuidoras, que repassam o produto para os postos revendedores. Até agora, no entanto, isso não aconteceu, diz a fonte.

Entre a compra do combustível e a entrega num porto brasileiro são necessários cerca de 40 dias. Isso significa que se a Petrobrás quiser compensar a fatia de mercado deixada pelas importadoras deve começar a se movimentar nos próximos dias. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um homem, de 27 anos, inconformado com o fim do relacionamento, foi até a casa da ex-namorada, localizada na região central de Alta Floresta, Cuiabá, para atear fogo na casa da família da jovem. No entanto, ao ser impedido pelo irmão da vítima de incendiar o local acabou jogando combustível em si mesmo, ateando fogo no seu corpo. O caso aconteceu por volta das 5h da manhã deste último domingo (10).

Conforme boletim de ocorrência que o site Livre teve acesso, o ex-namorado havia jogado gasolina em toda parte externa da residência e, com um isqueiro na mão, ameaçava incendiar o local. Num efeito reverso, acabou incendiando o próprio corpo, sendo socorrido pelos familiares da ex. Ele foi levado em seguida para o Pronto-Atendimento com várias partes do corpo queimado.  

##RECOMENDA##

A ex-namorada disse à polícia que havia terminado o namoro há cinco meses e o suspeito não aceitava o fim do relacionamento. Ela informou que pedirá medidas cautelares contra o homem, por medo das ameaças constantes já sofridas.

Devido ao elevado valor dos combustíveis e da energia elétrica, a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou maio com alta de 0,40%, aproximadamente o dobro apurado em abril: 0,22%. Os dados foram divulgados hoje (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o órgão, os maiores impactos em relação aos combustíveis foram registrados na gasolina com alta de 3,34%, e no óleo diesel que subiu 6,16%, resultando no aumento de preços nas refinarias. O etanol encerrou o mês 2,8% mais barato, por causa da greve dos caminhoneiros e o desconto de 10% no valor a partir do dia 24 de maio.

##RECOMENDA##

Quanto a energia elétrica, segundo o IBGE, a alta da inflação se deu em decorrência da pressão exercida pelo grupo habitação, que havia variado 0,17% em abril e finalizou maio com alta de 0,83%. Em particular, a energia elétrica subiu 3,53% após a vigência da bandeira amarela e dos reajustes em sete cidades, chegando a 18,53% em Belo Horizonte e a 16,95% em Salvador.

Nos primeiros cinco meses de 2018 a inflação acumulada ficou em 1,33%, a menor desde a implantação do Plano Real, em 1994. Já nos últimos 12 meses o resultado acumulado subiu para 2,86% contra 2,76% registrado no ano passado.

A Petrobrás negocia uma alternativas para a mudança da periodicidade de reajuste dos combustíveis, mas rejeita qualquer proposta que não respeite a paridade com os preços internacionais ou que represente prejuízos para o caixa da companhia, segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo e o Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado).

Esse espaço de negociação, na prática, estava ocorrendo ainda na gestão de Pedro Parente, que deixou o comando da empresa, na semana passada, depois de intenso bombardeio político e de setores da população.

##RECOMENDA##

Em janeiro, a estatal já havia alterado a periodicidade de reajuste do gás de cozinha de mensal para trimestral. Foi o primeiro movimento.

Depois, a empresa aceitou uma política de reajuste diferenciada para o diesel e que será subsidiada pela União. Mas a pressão continua para mudanças também na gasolina e no preço do gás de botijão (GLP).

O novo presidente da Petrobrás, Ivan Monteiro, não pretende dar um "cavalo de pau" na política de preços, de acordo com fontes ouvidas pela reportagem.

Para isso, os princípios básicos que norteiam a política atual devem ser mantidos. O principal deles é a referência de preços do mercado internacional. Os prejuízos terão de ser compensados pelo Orçamento da União, como foi feito com o diesel.

Concorrência

Outra preocupação é a garantia de que a empresa não ficará exposta à concorrência dos importadores durante o período entre um reajuste e outro. Para isso, o governo estuda, como já adiantou o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, a definição de Imposto de Importação (II) flexível para ajustar os preços da concorrência dos importadores.

Essa proposta, no entanto, ainda não foi detalhada porque é muito complexa e de difícil operação técnica em momentos de mercado com preços em alta.

Apesar das negociações, o governo enfrenta a dificuldade de bancar a política de subsídios por conta do impacto nas contas públicas. O subsídio do diesel no valor de R$ 13,5 bilhões deixou as contas no limite, com o governo federal cancelando até mesmo despesas na área social.

Na segunda-feira (4) a reunião de representantes da empresa e do governo no Ministério da Fazenda teve como principal objetivo a definição do novo decreto a ser editado para prorrogar o subsídio para o óleo diesel, cujo prazo terminaria no próximo dia 7. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A saída de Pedro Parente da presidência da Petrobras colocou em foco a política de preços da estatal. A atual política divide especialistas. Ao mesmo tempo em que ajudou na recuperação da estatal, gerou aumentos sucessivos para o consumidor final, o que culminou no protesto dos caminhoneiros.

Ex-presidente da Eletrobras e professor do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Luiz Pinguelli Rosa defende a revisão da política de preços da Petrobras.

##RECOMENDA##

“Essa política não é compatível com uma empresa quase monopolista como a Petrobras, que deve seguir um plano de abastecimento do país e não de pagamento de dividendo para acionistas”, diz. Ele é contrário ao tabelamento dos preços dos combustíveis, mas propões uma alteração progressiva dos preços. “Daria-se um tempo, faria-se um comunicado, por exemplo: dentro de 30 dias vai aumentar e aumentaria progressivamente", diz. “Imagina, o caminhoneiro acabava tendo que pagar combustível mais caro que o frete que o remunerava. Ninguém pode trabalhar desse jeito. Cabe à Petrobras e ao governo terem uma política compatível”, defende. 

Já o professor de Finanças da Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas (Ibmec-DF) Marcos Melo, defende a manutenção da política de preços e diz que isso dá segurança aos investidores. “Quando o governo começa a pressão política para que política de preços volte ou se assemelhe ao que era antes, fica uma situação muito difícil. Não é bom para Petrobras. Estamos vendo a redução no valor das ações por causa da incerteza”, afirma

Segundo Melo, não faz sentido vincular os preços à política governamental, seja para conter inflação, seja para qualquer finalidade. "Não convém para a empresa. A queda no valor da empresa acaba também prejudicando a sociedade brasileira e a própria economia”, reforça.

A professora da Fundação Getulio Vargas (FGV) São Paulo Celina Ramalho diz que o mercado de combustíveis precisa ser revisto. Ela defende a privatização gradual da Petrobras – que atualmente é controlada majoritariamente pela União –, para que outras empresas passem a atuar no mercado, acabando com o monopólio da estatal. “Essa é a alternativa que temos para solução dos combustíveis. Não ser mais preço de monopólio, porque em estrutura de monopólio há uma maximização de lucro. Quando expande a oferta, o preço de monopólio cai por terra e quem dá o preço é o mercado”, ressalta.

Política de preços 

Desde 2016, a Petrobras segue uma política de variação do preço dos combustíveis que acompanha a valorização do dólar e o encarecimento do petróleo no mercado internacional. A variação dos preços dos combustíveis é o principal alvo da manifestação dos caminhoneiros.

Com os reajustes, no início de maio, a Petrobras anunciou um crescimento do lucro líquido de 56,5% no primeiro trimestre deste ano, em relação a igual período do ano passado, atingindo R$ 6,96 bilhões. O crescimento expressivo surge depois de quatro anos seguidos de prejuízos e de um processo de reestruturação e de redução do endividamento da companhia, que teve início após as denúncias da Operação Lavo Jato.

Este foi, segundo a estatal, o melhor resultado trimestral desde o início de 2013, quando a empresa havia lucrado R$ 7,69 bilhões, e também terminou o trimestre com resultados positivos em sua métrica de segurança.

O senador Armando Monteiro (PTB) afirmou, nesta terça-feira (29), durante um debate sobre o preço dos combustíveis na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado que a atual crise enfrentada no país é resultado de uma "política de preço maluca" adotada pelo governo do presidente Michel Temer (MDB). O petebista descartou que a responsabilidade seja do presidente da Petrobras, Pedro Parente, e destacou que a gestão do emedebista ficou em “uma situação de conforto” diante dos sucessivos aumentos dos combustíveis. 

“A responsabilidade é do governo que não teve a compreensão de que estávamos vivendo um momento extremamente delicado, saindo de um quadro depressivo na economia brasileira, e, portanto um choque de preços dessa magnitude que aconteceu no petróleo, agravado e potencializado por essa estrutura tributária que torna os entes públicos sócios dessa volatilidade e imprevisibilidade, resultaria nessa crise”, argumentou Armando para o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia. 

##RECOMENDA##

Na avaliação de Armando, “não é possível imaginar um preço em que 41% da gasolina e 31% do diesel correspondem a impostos”.  “O preço explode e a arrecadação explode”, salientou o senador.

“A posição dos entes públicos neste processo é confortável. Os Estados tiveram um aumento de arrecadação fantástico e a própria União que, nos primeiros quatro meses de 2018, teve uma alta de 57,8% sobre o igual período de 2017. O que se assistiu foi vamos resolver o endividamento da Petrobras, que está dramático, havia, inclusive, o temor de que tivesse que capitalizar a empresa. Mas resolver isso com uma política de preço maluca, imprevisível e que produziu essa situação que o país está enfrentando”, completou Armando.

O aumento sucessivo no preço dos combustíveis gerou uma greve dos caminhoneiros em todo o país. A paralisação já dura nove dias, apesar de acordos feitos entre o Governo Federal e a categoria e tem gerado um desabastecimento de alimento, remédios, gasolina e outros insumos em todo o país.

Antes da partida diante do Palmeiras, o Sport solicitou à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) o adiamento do confronto, sob a alegação de que o clube foi prejudicado em virtude da crise dos combustíveis. A viagem recifense da equipe para São Paulo atrasou e, consequentemente, a direção rubro-negra alegou que os atletas teriam pouco tempo de descanso até o jogo. Em campo, o Leão acabou vencendo de virada a equipe paulista por 3x2.

O goleiro Magrão assegurou a vitória pernambucana no final da partida, ao defender um pênalti cobrado pelo atacante Keno. Depois que a arbitragem encerrou a disputa, o ídolo leonino foi questionado se os atrasos na viagem do elenco para São Paulo serviram de “combustível”, como forma de superação dos problemas logísticos. Em entrevista à Rádio Jornal, o arqueiro mostrou sua opinião.

##RECOMENDA##

“Foi complicado, está sendo complicado para o povão, na verdade. O povo está sofrendo bastante. Isso é devido aos nossos governantes, que acabaram com a Petrobras e agora estão tentando jogar para cima da gente. Mas superamos, o brasileiro tem que superar cada dia, não é fácil o nosso país e a gente transfere isso para dentro de campo também, não se entregando e lutando até o final”, declarou o goleiro.

O Sport volta a campo na próxima quarta-feira (30). Na Ilha do Retiro, novamente pelo Campeonato Brasileiro da Série A, o Leão receberá o Atlético Mineiro, às 19h.

LeiaJá também

--> Ajuda popular fortalece movimento dos caminhoneiros 

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) divulgou, neste sábado (26), que os trabalhadores da categoria entrarão em uma greve de advertência. Segundo a entidade, eles protestam pela baixa no preço dos combustíveis e do gás de cozinha, além de combater uma possível privatização da Petrobras.

Segundo a FUP, os petroleiros também pedem a saída de Pedro Parente da presidência da Petrobras. A greve deve começar na próxima quarta-feira (30) e deverá ter, ao todo, 72 horas.

##RECOMENDA##

A Central Única dos Trabalhadores (CUT), em seu site oficial, informou que a greve foi decidida pelos petroleiros após assembleias realizadas em todo o país. Na programação da paralisação, antes mesmo do início oficial na quarta-feira, categoria promete atrasar neste domingo (27) atividades em refinarias, como a instalada a Abreu e Lima, no Litoral Sul de Pernambuco.

“A atual política de reajuste dos derivados de petróleo, que fez os preços dos combustíveis dispararem, é reflexo direto do maior desmonte da história da Petrobrás. Os culpados pelo caos são Pedro Parente e Michel Temer, que, intensifica a crise ao convocar as força armadas para ocupar as refinarias. A FUP repudia enfaticamente mais esse grave ataque ao Estado Democrático de Direito e exige a retirada imediata das tropas militares que estão nas instalações da Petrobrás”, diz trecho da nota da FUP.

LeiaJá

--> Ajuda popular fortalece movimento dos caminhoneiros 

Diante da falta de combustível em decorrência da greve dos caminhoneiros e postos, uma hamburgueria com sede nas cidades de Planaltina, Formosa e Sobradinho, próximas a Brasília, trocou as motocicletas por cavalos para driblar a falta de combustível e garantir o serviço de entrega aos fregueses. 

A 389 Burguer divulgou um vídeo nas suas redes sociais para tranquilizar os clientes que optam pelo serviço delivery, apresentando os “CavaloBoys”. Além de ajudar a contornar as dificuldades de transporte, a utilização de cavalos também está ligada a uma tradição regional, de realizar cavalgadas. 

##RECOMENDA##

O modelo de entregas, de acordo com o sócio da empresa, Thales Castro, é temporário e logisticamente inviável a longo prazo. “Fizemos cerca de 20 entregas, mas não vamos implementar esse modelo. A logística é muito difícil. Decidimos fazer essa brincadeira para descontrair em meio a essa séria crise”, afirmou ele em entrevista ao portal Metrópoles. 

[@#video#@]

LeiaJá também

--> McDonald’s: cardápio pode ficar sem alguns produtos

--> Greve paralisa ao menos 120 dos 180 frigoríficos do País

[@#galeria#@]

O quarto dia consecutivo de protesto dos caminhoneiros contra o preço do diesel esté sendo marcado por estradas bloqueadas, dimunição no número de ônibus e muitos postos de combustíveis fechados. 

##RECOMENDA##

A equipe do LeiaJá circulou por postos da Região Metropolitana do Recife e encontrou muitos fechados ou operando só com a venda de gás natural veicular (GNV). Único no centro de Paulista, o posto que funciona na Avenida Marechal Floriano Peixoto está tanto sem gasolina, quanto sem álcool desde a noite da quarta-feira (23) e não há previsão de retorno. No local, só veículos movidos à GNV conseguem abastecer. A mesma situação acontece no posto PG, na PE-22, no bairro de Maranguape I. 

Com o carro na reserva desde a quarta-feira (23), o analista de sistema Robson Santos, 37 anos, procurou o local para abastecer e se decepcionou. "Desde ontem que procuro algum posto com gasolina aqui em Paulista e não encontro. Já fui em quatro e todos estão ou fechados ou só com gás. Vou voltar pra casa e guardar o carro, é o jeito", revelou Robson, que precisou faltar ao trabalho nesta quinta-feira (24) por conta da situação.

Sem nenhum tipo de combustível disponível, o posto Vip que funciona na Avenida Prefeito José Eustáquio de Queiroz, no bairro do Nobre, em Paulista, estava fechado nesta quinta-feira (24). Já em Olinda, a nossa equipe encontrou o posto BR que opera na Avenida Olinda funcionando apenas com o abastecimento de gás natural veicular. Uma placa informava aos consumidores que não havia combustível no local.  

Por causa da greve dos caminhoneiros, vários postos de combustíveis de Guaulhos e cidades vizinhas, como Itaquaquecetuba e Arujá, já estão sem combustível. Em Santa Isabel a informação é de que só dois postos ainda têm combustível e as filas são grandes para abastecer. A situação é idêntica em Itaquá, onde no início da tarde alguns postos tinham somente gasolina aditivada para vender. 

Nos postos da Avenida Tiradentes, uma das principais entradas de Guarulhos, já não há mais combustíveis nos postos. Um motoboy ouvido pela nossa reportagem já havia percorrido nove postos, da Alameda Yaiá até a Avenida Emílio Ribas, Ponte Grande, Vila Augusta e não havia gasolina nas bombas. Em dois postos da Emílio Ribas, que ainda tinham etanol, havia filas para abastecer. No nono posto em que parou, também só havia etanol e o frentista informou que talvez haja reabastecimento por volta das 19h.

##RECOMENDA##

 

 

Entre Guarulhos e a Zona Norte de São Paulo, na Dutra e na Marginal Tietê, todos os postos estão fechados. 

 

[@#galeria#@]

Restaurantes, vendedores ambulantes, lojas de cosméticos. O comércio de forma geral está sentindo dificuldades para vender os seus produtos por conta da falta de compradores no centro do Recife; causada pelo paralisação dos caminhoneiros que começou na última segunda-feira (21).  Às 11h da manhã (pré-horário de almoço), restaurantes como o Sertanense, situado na rua das flores, que neste horário estaria já bem movimentado em dias normais, estava só com as vendedoras na porta. “Desde segunda (21) que o movimento vem caindo. Ontem (23) o movimento já foi fraquíssimo, informou uma das vendedoras.

##RECOMENDA##

Sem muita gente pra comprar, Daniele Maria Alcântara, que vende películas para unha na Rua da Palma, diz que mesmo os seus produtos sendo vendidos com valores que vão de R$ 3 a 5 reais, nesta quarta-feira (23) conseguiu vender apenas o total de R$ 10. Daniele afirma que antes dessa paralisação dos caminhoneiros conseguia arrecadar com o seu trabalho diário cerca de 50 reais.

Pelo que a equipe de reportagem do LeiaJá observou, quem mais está sentindo os efeitos do esvaziamento do Centro da capital é a parte de alimentos. Como muitos deles são para consumo diário, os que não são vendidos vão para o lixo. “Ontem mesmo eu joguei duas caixas de salgado fora”, explana a vendedora Michelly Pereira.

André do espetinho, como se identificou, confirma que desde quando iniciou a manifestação dos caminhoneiros que “o movimento só faz cair. Eu posso lhe dizer que pra mim foi uma queda de 70% do que eu vendia todo dia”, lamenta. Maria do Carmo não sabe dizer quanto em percentual ela deixou de vender, mais está triste porque das três mãos de milho que estava acostumada a pegar, nesta semana reduziu para a metade. “E eu vou pegar pra não vender? O pouco que sobra é muito pra gente. Ontem (quarta-feira) eu só vendi 10 pamonha, por exemplo. Tá difícil pra todo mundo”, finaliza Dona do Carmo.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando