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O novo ministro da Casa Civil da Presidência, Onyx Lorenzoni, editou portaria que determina a exoneração ou a dispensa de ocupantes em 31 de dezembro de 2018 de cargos em comissão ou funções de confiança na pasta. Ficam de fora da lista de corte servidores, empregados e militares lotados na Subchefia para Assuntos Jurídicos ou na Imprensa Nacional, que preparam os atos do governo. O Diário Oficial da União (DOU), por exemplo, é publicado pela Imprensa Nacional.

O total de exonerados nessa condição soma 320 pessoas, segundo cálculo do próprio ministro. Ao anunciar as exonerações, Onyx disse que o governo de Jair Bolsonaro não pode manter servidores petistas ou de ideologias que não se identificam com o projeto "de centro-direita". "Nós vamos 'despetizar' o Brasil", disse.

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A relação nominal das dispensas deve ser publicada nos próximos dias. O ministro explicou que ainda fará uma espécie de chamada oral para saber como cada um dos ocupantes dos cargos chegou ao governo. Onyx negou, porém, que a prática seja uma caça às bruxas ideológica. "Para não sair caçando bruxa, primeiro a gente exonera e depois a gente conversa", afirmou. "O governo é novo e vem aí um novo Brasil: ou afina com a gente ou troca de casa. Simples assim." O processo de reavaliação dos funcionários, chamado por Onyx de "revisão", durará cerca de duas semanas.

A portaria de Onyx, publicada no DOU de hoje, também encerra as cessões, as requisições e as colocações em disponibilidade de pessoal. Neste caso, a decisão só terá efeito se, em sete dias, o secretário executivo da Casa Civil não manifestar expressamente o interesse pela manutenção do servidor.

Alvo de ameaças de extinção e promessas de enxugamento, os cerca de 23 mil cargos comissionados da Presidência da República e dos ministérios custam apenas 0,4% da folha de pagamento de servidores ativos e inativos do governo federal.

Entre os ocupantes dos chamados cargos de confiança, estão presidentes, diretores, coordenadores, chefes e assessores dos principais órgãos e programas do governo federal. Três em cada quatro integrantes desse grupo de elite do funcionalismo são servidores de carreira - ou seja, não podem ser demitidos e, no máximo, perderiam parte dos vencimentos com o eventual corte dos cargos.

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Hoje, os benefícios adicionais pagos aos comissionados custam cerca de R$ 1 bilhão por ano. Em 2018, o gasto total com servidores será de R$ 242 bilhões. No ano que vem, a expectativa é de que chegue a R$ 263 bilhões.

O futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, já defendeu a extinção de 25 mil cargos, número que até excede o total existente hoje em dia. Ao ser alertado sobre o erro, baixou a estimativa para 20 mil. Em novembro, pouco depois de ser eleito, Jair Bolsonaro falou que pretende cortar "no mínimo" 30% desses cargos.

Após o impeachment da presidente Dilma Rousseff, em 2016, o recém-empossado governo Michel Temer prometeu um corte de 4 mil cargos comissionados. O número de ocupantes desses postos hoje em dia, porém, é maior do que no último mês de Dilma no cargo (22.894 ante 21.766).

O Ministério do Planejamento alega que o corte efetivamente foi feito, em 2017. Questionado sobre o fato de que essa redução não se observa na relação de beneficiados, o ministério afirmou que "existe diferença entre cargos/funções comissionados existentes e ocupados". E acrescentou que "a meta de redução anunciada foi cumprida e refere-se aos cargos/funções existentes". Ou seja, o corte pode ter se limitado a cargos que estavam vagos - nesse caso, a economia seria zero.

O ministério alegou também que, a partir de 2017, entraram na soma dos comissionados cerca de 3 mil cargos que já haviam sido criados, com outra nomenclatura, entre 2008 e 2016. Mas a pasta não informou se esses cargos estavam ocupados na época nem se estão hoje em dia.

Reforma

Quando se trata de estimativa de redução de gastos com comissionados, o governo Temer não tem bom retrospecto. A principal reforma promovida pelo presidente foi transformar cerca de 10.462 cargos DAS (Direção e Assessoramento Superior) em FCPE (Função Comissionada do Poder Executivo).

Na época, o governo apresentou dados considerados falhos como justificativa da medida provisória enviada ao Congresso: superestimou os gastos com os DAS ocupados por servidores concursados e projetou um corte de R$ 250 milhões - que, na prática, não ocorreu.

O governo calculou a suposta economia que faria utilizando como referência o valor de um cargo DAS integral, em comparação com o valor de um FCPE (40% menor). Mas o fato é que apenas servidores de carreira que ocupavam cargos DAS foram transformados em FCPE, e esses já não recebiam o valor de um DAS integral.

O cálculo distorcido foi incluído até na medida provisória enviada ao Congresso para trocar o nome dos cargos. Questionado sobre o fato, o ministério admitiu que a alegada economia de R$ 250 milhões poderia ser apenas contábil, mas não concreta.

"Embora a despesa orçamentária de um DAS ocupado por servidor efetivo seja de 60% do valor do DAS, a previsão de disponibilidade orçamentária necessária é de 100% dos DAS, haja vista a possibilidade de, a qualquer tempo, o DAS vir a ser ocupado por servidor sem vínculo ou ser plenamente utilizado pelo servidor efetivo (o servidor efetivo pode optar entre a remuneração do cargo efetivo acrescido de 60% do valor da retribuição do cargo DAS, ou o valor bruto do DAS)", explicou o ministério.

A reforma promovida por Temer reduziu o número de funcionários não concursados em cargos comissionados: de 6.101, no final da gestão Dilma, passaram a 5.332 agora. Em tese, a redução de pessoal de fora do quadro de servidores de carreira indica menor espaço para a contratação de apadrinhados políticos.

Mas esse possível impacto positivo desaparece quando se analisa o que ocorreu na distribuição dos cargos DAS 5 e 6, os de maior remuneração e poder de decisão - nesse caso, o número de não concursados nesses níveis aumentou tanto em valores absolutos (de 433 para 484) quanto proporcionais (de 54% para 62%). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Câmara dos Deputados vai gastar R$ 19,5 milhões no próximo ano com a criação de 127 novos cargos para as lideranças partidárias. Na semana passada, deputados aprovaram um projeto com novas regras sobre a distribuição de assessores.

Com base no texto e com o desenho da legislatura que assume em 1.º de fevereiro de 2019, há um crescimento no número de assessores e aumento nos gastos com pagamento de salários. O montante e o número de cargos estão previstos no Orçamento 2019. O presidente da Casa, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), diz que não houve aumento do orçamento da Câmara. Segundo Maia, as despesas resultantes do projeto serão compensadas com o contingenciamento.

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Atualmente, pela regra vigente, dependendo do tamanho da bancada, os partidos podem ter de dois a 134 cargos, entre servidores e comissionados. O novo texto, que passa a valer já para a próxima legislatura, prevê que os partidos poderão ter de 18 a 108 cargos, dependendo do número de deputados eleitos.

Pela regra antiga, partidos como MDB e o PR, por exemplo, poderiam ter 77 cargos em suas lideranças; agora, poderão ter 83. As legendas elegeram, respectivamente, 34 e 33 deputados nas eleições deste ano.

Acesso

A nova regra prevê também que somente os partidos que conseguiram cumprir a cláusula de barreira terão acesso a cargos para suas lideranças. Dessa forma, PHS, Patriota, PRP, PMN, PTC, Rede e DC não terão direito por não terem atingido a cláusula nas eleições de 2018. Para terem direito, esses partidos precisam se unir a outros para cumprir as cotas relativas à cláusula de desempenho.

Durante a aprovação do projeto, houve debate entre os parlamentares sobre o impacto do projeto. Maia rebateu e afirmou que não haveria aumento da despesa, e sim uma adequação, com cortes em investimentos. "Todas as despesas resultantes do projeto serão compensadas com o contingenciamento", disse a assessoria de Maia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em entrevista concedida nesta terça-feira (13), após reunião no Superior Tribunal Militar (STM), o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) disse que pretende cortar 30% dos cargos comissionados no governo federal, no mínimo. Segundo o capitão da reserva, atualmente há um “exagero” no número de servidores, que passa de 23 mil.

“Não posso falar percentual, no mínimo, 30% tem que cortar. Eu fui deputado e vereador, 30 anos, com comissionados do meu lado, eles são importantes, mas concordo que há um exagero no número de comissionados”, disse.

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Bolsonaro também falou que há intenção de diminuir os cargos nos bancos públicos e nas empresas estatais. “Pretendemos diminuir e botar gente comprometida com outros valores lá dentro”, antecipou. 

O presidente eleito também tem uma meta de reduzir o número de ministérios de 29 para 17, que pode chegar a 18. Inicialmente, ele havia dito que seriam “no máximo” 15 pastas. Também nesta terça, Bolsonaro falou que a pasta do Trabalho vai manter o status de ministério e não se tornará uma secretaria. Na semana passada, ele criou mais uma polêmica ao afirmar que a pasta do Trabalho perderia o status ministerial e seria incorporada a algum ministério. 

Por meio de nota divulgada na noite desta segunda-feira (23), a Câmara Municipal do Recife garantiu que o aumento dos benefícios no auxílio-alimentação e auxílio-saúde só será destinado aos servidores concursados e comissionados da Casa, apesar da lei promulgada dispor sobre “o reajuste da remuneração dos servidores do Poder Legislativo Municipal”. 

Confira a nota na íntegra:

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A Câmara Municipal do Recife vem a público informar que não houve aumento de benefícios destinados aos vereadores da cidade, como vem sendo veiculado nas redes sociais, nesta segunda-feira (23). A legislação publicada no Diário Oficial do Município, no último sábado dia 21, diz respeito ao aumento nos salários, bem como nos auxílio-saúde e alimentação destinados apenas aos servidores concursados e comissionados da Casa, matéria que foi lida e aprovada em plenário.

É preciso esclarecer que a lei que trata do benefício para os vereadores é a lei número  17.276/ 2006 - uma legislação específica que alterou os dispositivos da Lei 17.102/ 2005,  que criou o auxílio-alimentação no âmbito do Poder Legislativo.

Desta forma, ao conceder o benefício aos servidores este ano, se fez necessário citar no Diário Oficial a lei que o instituiu  (17.102/ 2005), mas não houve aumento para os vereadores. 

É bom salientar que,  no ano de 2006, com a criação da legislação específica destinada ao auxílio-alimentação dos vereadores, ficou instituído que os  parlamentares receberiam em forma de cartão eletrônico. O projeto de Resolução de número 2.485 do ano de 2008 reajustou o valor de tal auxílio para  R$ 3.095,86 . Desde então, não houve mais aumento deste benefício para os vereadores do Recife – conforme pode ser verificado também no Portal da Transparência da Câmara.

Os servidores concursados e comissionados da Câmara Municipal do Recife tiveram aprovado em plenário, no último dia 26 de junho, o reajuste salarial de 6%, e os auxílio-saúde e alimentação foram reajustados em 15%.

 

A Câmara do Recife anunciou, nesta terça-feira (7), uma redução no quadro de funcionários comissionados. Ao todo, foram 195 cortes, que representará uma economia mensal de R$ 300 mil, equivalente a mais de R$ 3 milhões a menos por ano. 

A redução foi feita de forma igualitária. Cada um dos 39 gabinetes dos vereadores passarão a contar com cinco comissionados a menos. Outra medida tomada foi o fim dos contratos de locação de veículos da Casa de José Mariano. “A partir de agora, nenhum vereador, incluindo toda a Mesa Diretora, contará com carros alugados”, explicou o primeiro-secretário Marco Aurélio Medeiros (PRTB).

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Ele disse que o momento exige austeridade. “Das figuras representativas da sociedade e a Câmara do Recife atendeu a esse chamamento para se adequar à realidade atual”. O vereador ainda afirmou que outras iniciativas acontecerão para o contingenciamento de gastos. 

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) recomendou que prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB), reincida os contratos temporários efetivos ou comissionados para a ocupação cargos de chefia, direção ou assessoramento. Segundo o órgão, a tucana também deve se abster de realizar novos contratos para ocupação de funções de natureza efetiva.

A recomendação do MPPE é baseada em uma decisão do Tribunal de Contas do Estado (TCE) que julgou ilegais as 5.251 contrações temporárias firmadas em 2015 pela gestão do ex-prefeito José Queiroz (PDT). Na 1º Vara da Fazenda Pública, tramitam duas ações de responsabilidade por Ato de Improbidade Administrativa contra o pedetista e seus secretários, relacionadas, respectivamente, aos referidos contratos e à cessão de contratados temporários por excepcional interesse público para atuarem em autarquia estadual de forma diferente da que ensejou a contratação.

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A excessiva realização de contratos temporários viola a regra de ingresso no serviço público por meio de concurso, desrespeitando a Constituição Federal e configurando ato de improbidade administrativa.

Outras recomendações

De acordo com o promotor de Justiça do Patrimônio Público Marcus Tieppo, a nova prefeita também terá de realizar um levantamento sobre a eventual demanda por pessoal, em caráter excepcional ou transitório, cuja necessidade seja declarada e não possa ser suprida por servidor efetivo. Caso a contratação de temporários seja necessária, será realizado processo simplificado de seleção, extinguindo a prática de contratos temporários realizados anualmente e com as mesmas pessoas discricionariamente escolhidas. Além disso, os selecionados não poderão ser contratados nos exercícios seguintes, garantindo o caráter precário e transitório do vínculo temporário.

Segundo Marcus Tieppo, ainda há uma decisão liminar proferida na ação civil pública n° 0013432-32.2015.8.17.0480, determinando que a Prefeitura de Caruaru abstenha-se de contratar ou nomear qualquer novo servidor, seja em caráter precário ou para o exercício de cargo em comissão, para exercer as atribuições reservadas ao cargo de Procurador do Município, sob pena de multa diária de mil reais. O preenchimento dos seis cargos vagos de procurador municipal, criados pela Lei nº 5.174/2012, deverá ser realizado por concurso público, pois tais vagas não foram ofertadas no certame realizado pelo município em 2012.

Por fim, o MPPE recomendou que seja realizado o levantamento da existência de cargos de provimento efetivo vagos na administração direta e indireta de Caruaru, e que seja submetido projeto de Lei visando à criação de novos cargos eventualmente necessários, bem como, seja criado concurso público para a efetivação de servidores suficientes ao suprimento das necessidades de caráter permanente.

Outro lado

O MPPE deu um prazo de 10 dias para Raquel Lyra informar se acataria ou não a recomendação. Em nota encaminhada à imprensa, a prefeitura diz que até essa terça-feira (10) não havia recebido a notificação do órgão. Mas, segundo o texto, desde o dia 5 de janeiro foi determinada, através de decreto, a criação de um Grupo de Trabalho composto por representantes das secretarias municipais de Administração, Fazenda, Governo, Planejamento, Controladoria e da Procuradoria Geral do Município para levantar os contratos temporários vigentes, avaliar, rever e propor, no prazo de 90 dias, critérios e regulamentação para os referidos contratos temporários no serviço público municipal.

Há apenas seis dias no comando da capital, prefeito João Doria (PSDB) já exonerou 590 funcionários empregados sem concurso público na gestão Fernando Haddad (PT). Foram demitidos supervisores, coordenadores, assessores e auxiliares das 26 secretarias e 32 subprefeituras que trabalham com o petista ao longo dos últimos quatro anos.

O próprio Haddad já havia exonerado, somente nos dois últimos dias de mandato, 716 servidores comissionados, incluindo os 26 secretários e os subprefeitos, abrindo espaço para que Doria pudesse nomear seus indicados do primeiro escalão da Prefeitura nos primeiros dias de governo.

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Os funcionários demitidos nos primeiros dias de janeiro na gestão Doria terão direito ao salário integral deste mês e das férias proporcionais, o que causou chiadeira de petistas demitidos nos últimos dias de 2016 por Haddad, segundo informou o jornal Folha de S.Paulo.

De acordo com a Secretaria Municipal de Gestão, a Prefeitura tem ao todo 6.076 cargos em comissão, que são aqueles de livre nomeação política que podem ser exonerados a qualquer momento pelo prefeito. O número corresponde a 4,7% dos 129 mil servidores ativos da administração em dezembro de 2016.

A promessa de Doria, que já nomeou mais de 150 funcionários de confiança, é reduzir em 30% o número total de cargos comissionados. Ele deu prazo de seis meses para que os órgãos da Prefeitura apresentem a lista de cortes para enxugar a máquina municipal.

Nesta segunda-feira (19), o prefeito eleito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PR), afirmou que irá diminuir a quantidade de cargos comissionados e de secretarias. “Vamos enxugar a maquina. É necessário para que a gente possa fazer uma gestão que atenda os anseios da população. Hoje, são 33 executivas e oito municipais. Vamos diminuir tanto as municipais quanto as executivas. Estou sentando com a equipe de financias e gestão para que a gente possa fazer essa análise”, disse durante entrevista no evento de diplomação dos prefeitos eleitos. O secretariado do republicano será anunciado no próximo dia 22. 

O prefeito disse que está preparado para o que chamou de "desafio" ao assumir o mandato, a partir de janeiro, e declarou que a situação da cidade irá melhorar. Para ele, as maiores dificuldades estão nas áreas da educação e saúde. “Nós temos que reverter esse quadro que se encontra o município. Por isso, nós temos muito cuidado ao anunciar as medidas que vamos tomar porque nosso governo, durante toda a campanha, colocamos que a nossa gestão seria uma inversão de prioridades e é isso que eu quero fazer. As escolhas corretas das prioridades que vamos ter no nosso início de gestão para que as coisas comecem a tomar um formato com a cara dessa nova gestão”, explicou.

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Anderson ressaltou que está preparado, que terá uma boa equipe, e que outro foco será para a população. “Todas as pastas terão um olhar especial, mas, temos que saber que hoje o que mais interessa para a nossa gestão é que a gente possa dar um olhar especial para o social. Precisamos reverter a situação em que se encontra o município onde existe muita desigualdade social. Um olhar para mudar a vida das pessoas. Isso eu vou colocar como meta. Inverter prioridades e, de fato, fazer com que o jaboatonense possa ter uma mudança em sua vida e no seu cotidiano”, pontuou.

 

 

 

O Ministério Público de Contas de Pernambuco (MPCO) e o Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE) estão atentos à Câmara Municipal de Olinda. Apesar de ser permitido pela atual legislação, o órgão possui 394 cargos comissionados e 25 servidores concursados. 

O procurador do MPCO, Cristiano Pimentel, destacada que não há uma regra do Supremo para um percentual mínimo de efetivos, mas que há uma evidente inconstitucionalidade na Câmara de Olinda. “Pois, o percentual de concursados é de menos de seis por cento”, disse.

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Pimentel explicou que esse é um fato que ocorre em várias câmaras do estado e que o TCE-PE irá intensificar a fiscalização com a finalidade de diminuir o excesso de comissionados nas novas legislaturas. 

O MPCO propõe, em algumas ações judiciais propostas, um percentual mínimo de 50% de concursados, no entanto, ainda não há uma jurisprudência firmada no Supremo Tribunal Federal (STF).

 

A nomeação de cargos comissionados para o Executivo e Legislativo de Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife (RMR), pode ter que passar pelo crivo da Lei da Ficha Limpa. A mudança vai acontecer caso um projeto apresentado pelo vereador Daniel Passos (Rede) seja aprovado pela Câmara da cidade. 

Entre os artigos da proposição está a vedação de ocupar qualquer cargo de provimento em comissão quem tenha sido condenado pela prática de situações, que de acordo com a legislação eleitoral, configurem a hipótese de inelegibilidade. A restrição, segundo a matéria, não se aplicará aos crimes culposos, de menor potencial ofensivo e de ação penal privada. 

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O projeto institui ainda, que antes de qualquer nomeação, a pessoa indicada obrigatoriamente apresente declaração de regularidade perante as esferas competentes. Além disso, ficará impedido de assumir os cargos qualquer agente público que teve sua conta rejeitada nos últimos dez anos. 

“A Lei da Ficha limpa já é uma realidade em nosso Estado e país, mas agora, defendemos a ampliação das regras em nosso município visando que o serviço público seja gerido por pessoas íntegras, garantindo para população que os nossos recursos serão utilizados de forma séria e segura”, observou o parlamentar ao apresentar a proposta no último dia 22.

Após ver fracassadas duas tentativas de votação na Câmara Municipal para regulamentar aplicativos de transporte como o Uber, a gestão Fernando Haddad (PT) iniciou uma série de demissões de funcionários indicados por vereadores para ocupar cargos comissionados (sem concurso público) na Prefeitura. Ao todo, devem ser exoneradas 140 pessoas.

Nas edições do Diário Oficial da Cidade de sexta-feira, 6, e sábado, 7, o secretário municipal de Governo, Chico Macena, publicou a demissão de 86 servidores, a maioria indicada por parlamentares para trabalhar nas subprefeituras. O restante das exonerações será publicado ao longo desta semana por Haddad - parte será de comissionados da Subprefeitura da Mooca, onde trabalham servidores indicados pelo vereador Adilson Amadeu (PTB), principal opositor à Lei Uber.

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Amadeu nega que ainda tivesse indicados seus ocupando cargos no Executivo. Afirma que pretende representar contra o prefeito no Ministério Público Estadual (MPE), caso Haddad mantenha a proposta de regular o serviço por decreto.

Entre os vereadores que perderam espaço na gestão municipal estão Edir Sales (PSD), George Hato (PMDB), Noemi Nonato (PSB), Sandra Tadeu (DEM) e Conte Lopes (PP), que votaram a favor de projetos do Executivo, mas são apontados como integrantes do grupo que esvaziou as sessões que aprovariam a regulamentação da Uber, no dia 4. O projeto não foi à votação por falta de quórum no plenário da Câmara: o mínimo é de 28 presentes dos 55 eleitos.

Reeleição e CPIs

"Meu pai me ensinou que o que é acordado é o que está valendo, que palavra só existe uma. Fiquei muito surpresa com tudo isso e ainda vou decidir como reagir. Certamente vou agir para mostrar minha indignação diante desse gesto", disse uma vereadora. Os partidos desses parlamentares também não devem apoiar a candidatura à reeleição de Haddad, em outubro. PSD e PMDB têm candidatos próprios: Andrea Matarazzo e Marta Suplicy, respectivamente.

Oficialmente, a Prefeitura informou não ter ciência de razões específicas para demissões. Interlocutores do prefeito, entretanto, afirmam que a não votação da Lei Uber foi "a gota d’água" na relação com o Legislativo. Ele alega que a Câmara havia pedido para "protagonizar" a liberação do aplicativo, mas os vereadores se recusaram a votar o projeto.

Os servidores exonerados, ainda na versão da Prefeitura, haviam sido indicados por parlamentares que chegaram a fazer parte da base de Haddad, mas deixaram de votar com o prefeito e passaram a trabalhar para outros candidatos que devem disputar as próximas eleições.

Por se recusar a votar com o prefeito - e com o cenário das eleições e apoios políticos praticamente definidos -, esses parlamentares viram os acordos para a indicação de cargos serem rompidos. Agora, vereadores ouvidos pela reportagem, sob condição de anonimato, já divulgam as estratégias de retaliação: pretendem colher assinaturas para instalar uma série de CPIs contra a gestão Haddad, para tentar "constranger" o prefeito.

"Isso é uma declaração de guerra aos vereadores que votaram o tempo todo com o governo e agora estão retaliados porque seus partidos não apoiarão o prefeito. A base na Câmara acabou", disse um dos parlamentares. Uma das CPIs na mira dos parlamentares é a do Teatro Municipal e tem como alvo o secretário de Comunicação, Nunzio Briguglio, executivo da cota pessoal do prefeito, que nega relação com desvios na administração do Municipal.

Um dos efeitos colaterais do gesto foi expor um "racha" interno dentro do secretariado de Haddad. A execução das demissões teria sido de responsabilidade do secretário Macena, que agiu sem comunicar a ação ao secretário José Américo, titular da pasta de Relações Governamentais, encarregado de costurar a articulação com a Câmara.

Macena afirmou à reportagem que as demissões eram "técnicas", mas prometeu dar mais explicações nesta terça. Líder do governo na Câmara, Arselino Tatto (PT) afirmou que só hoje será possível medir a reação da Casa diante das demissões.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O prefeito de Moreno, cidade da Região Metropolitana do Recife, Dilsinho Gomes (PSB), divulgou nesta segunda-feira (6) a realização de um corte entre secretários municipais, cargos comissionados e seu próprio salário que chega a 10% da receita. O montante, equivalente a quase R$ 40 mil dos cofres públicos foi feito, segundo o socialista, devido à crise econômica instalada no país.

Para o corte nos cargos comissionados e de seu próprio salário, o prefeito contou que informou a Câmara Municipal por meio de um comunicado, e em paralelo, também encaminhou requerimento ao Departamento de Recursos Humanos da prefeitura. Já em relação às secretarias que passou de dez para oito, o gestor enviou um Projeto de Lei Complementar para a Casa Legislativa. “Todos nós estamos mandando uma comunicação. Estamos abrindo mão desses percentuais por tempo indeterminado e a gente comunica para não ter interferência na questão de contribuição”, explicou. 

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Gomes alegou que as dificuldades enfrentadas no Brasil refletem nos municípios, e por isso, ele decidiu reduzir os gastos. “O país apresenta neste ano um decréscimo na economia e na projeção do PIB e a gente tem que se adaptar e cortar onde pode e com mais rapidez”, justificou. Para o socialista, a atitude configura um corte na “própria carne”. “Entre tantas outras medias, essa é uma: cortando na carne. É a readequação. É a realidade”, enfatizou, garantindo que a redução surtirá efeito já na folha deste mês de julho.

Segundo o prefeito, essa é a segunda vez que ele diminui seu próprio salário. “Em janeiro de 2013 quando assumi, reduzi de R$18mil para R$ 12.400,00 nos primeiros 15 dias. Nunca recebi R$ 18mil, e agora, vai baixar para R$ 11mil”, revelou.

Secretarias - As mudanças municipais configuraram na junção de pastas de áreas antes distintas. As antigas Secretarias de Cidade e Meio Ambiente e a de Obras e Serviços Urbanos se tornaram, no projeto, a Secretaria de Infraestrutura e Desenvolvimento Urbano. Já a antiga Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Agricultura e Turismo se incorporou à Secretaria Desenvolvimento Social e Direitos Humanos.

Dados - O requerimento prevê diminuição de 12,7% nos vencimentos do prefeito, secretários, controlador e procurador; 12% para o cargo de secretário executivo, assessoria extraordinária e chefe de gabinete; e 6,9% para gerente, assessor especial e ouvidor. Os demais cargos, com os salários menores, não sofrerão modificação. Atualmente, a composição da folha de pagamento da Prefeitura de Moreno é de 76,5% para efetivos, 12,2% para comissionados e 11,3% para contratados. Com isso, a previsão de corte de gastos será de 10% o que chega a cerca de R$ 38 mil.

O líder do PSDB na Câmara de Vereadores do Recife, André Régis, advertiu nesta quarta-feira (1º) o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB) pedindo que se prepare porque, na sua visão, a crise instalada pelo governo do PT no país vai chegar com toda força à prefeitura do Recife. Como sugestão, o parlamentar pediu que o prefeito comece a economizar cortando festas e cargos comissionados.

De acordo com Régis a população não suportará mais que a prefeitura utilize dinheiro das pessoas para fazer propagandas que não interessam a ninguém. “A crise chegou e não tem tempo para terminar. Não conseguimos visualizar o momento em que iremos retomar a normalidade” disse ele ao alertar sobre a escassez de verbas federais para a educação e a infraestrutura.

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O tucano fez um duro discurso de análise da queda vertiginosa da presidente Dilma que segundo pesquisa divulgada pelo IBOPE está reprovada por 83% da população enquanto 78% dos brasileiros não confiam mais nela. Para o vereador, a crise econômica e de descrédito do governo irá custar muito caro ao bolso dos brasileiros.

Na visão de André Régis, a economia do Brasil terá neste ano uma queda de 2%, a inflação atingirá 9% e o desemprego será de 6%. “O que estamos observando no país é uma máquina governamental montada para destruir a principal empresa estatal da nação em favor de um partido político. A situação é tão grave que o ex-presidente Lula veio a público afirmar que ele e Dilma estão num volume morto. O PT está abaixo do volume morto. Os membros do PT só pensam em cargos, só pensam em salvar a própria pele do ilícito praticado”, disparou.

Para o vereador, a declaração do ex-presidente Lula soa como uma autoconfissão. Ele destacou que nas últimas horas houve inclusive um bizarro pedido de habeas corpus preventivo para o presidente Lula. Ele acha que foi bizarro porque ninguém duvidou que foi o próprio ex-presidente Lula que fez o referido pedido, tantas são as associações dele com as empreiteiras. “Como justificar um presidente da República sempre viajar acompanhado dos executivos das empreiteiras, fechando negócios pela América Latina e esses negócios passando pelo BNDES e acabando no bolso do contribuinte?”, indagou o líder do PSDB. 

Depois de Igarassu, mais um município pernambucano decidiu exonerar secretários. Desta vez, a iniciativa foi do prefeito de  Taquaritinga do Norte, Evilásio Araújo (PSB). De acordo com o gestor municipal, o motivo foi fechar as contas no limite do que estabelece a Lei de Responsabilidade Fiscal, que dentre outros pontos limita a 54%, os gastos da cidade com a folha de pagamento. “Não tinha outra saída para pagar a folha de dezembro e o décimo terceiro dos funcionários. Ou era isso (exonerar) ou prejudicar áreas importante para a população, como a saúde e educação. Mas manter o hospital e as escolas funcionando é muito mais importante. Me dói muito ter que fazer isso, mas não tinha outra saída, pois os repasses do FPM não suprem as necessidades da cidade”, declarou o prefeito, que exonerou 11 secretários e 130 funcionários do município. 

Taquaritinga do Norte foi o único município de Pernambuco que deu vitória ao então candidato Aécio Neves (PSDB). Mas segundo o gestor da cidade, o fato de integrar a oposição não reflete as criticas que tem contra a presidente. Um dos pontos levantados pelo prefeito foi a redução do IPI, que junto com a arrecadação do Imposto de Renda (IR) compõe o Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Segundo o socialista, o desconto que incide sobre os produtos industrializados (IPI) representa uma queda brusca no orçamento “ A nossa arrecadação diminuiu muito com o desconto no IPI. Então como vamos conseguir arcar com as contas do município? O repasse da FPM já é muito pouco, com esse desconto então, só nos restou fazer os cortes. Contamos com a colaboração dos nossos secretários, comissionados, que vão continuar nos ajudando, mas como voluntários”, pontuou Araújo, ressaltando que o desconto do IPI resultou num déficit de, aproximadamente, R$1,5 milhões.

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Evilásio Araújo ainda se mostrou indignado com a repercussão do caso, pois, segundo ele, a presidente passou por situação semelhante, mas contou com o apoio do Congresso para alterar a lei.  “O Governo Federal passou pelo mesmo problema, mas utilizou de artimanhas. O Congresso levou 18h para ‘violentar a lei’. Enquanto nós, que estamos produzindo receita, se tomamos uma atitude como essa, somos crucificados. Acho um absurdo, mas vou recorrer junto a Amupe e onde for preciso para mudar isso. Quero estar frente a frente com ela (Dilma), para dizer que assim como ela eu tenho legitimidade para agir, pois também fui escolhido pelo povo e não tenho medo de cara feia. Diante desses escândalos e roubalheiras ela não terá argumentos para me criticar”, cravou.

Segundo dados do Portal da Transparência, existem atualmente 8.375 cargos comissionados vagos na administração direta do governo paulista, além dos mais de 7.000 ocupados por servidores. As vagas foram criadas por decreto. A secretaria estadual com mais empregos "disponíveis" é da Saúde. Dos 4.910 cargos vagos, 1.458 estão preenchidos. Os demais, 3.452, estão vagos.

Responsável pela tabulação dos números do funcionalismo estadual, a Secretaria de Gestão também conta com mais cargos vagos: 948 dos 1.408 da pasta. Já na Casa Civil o cenário é diferente: apenas 62 dos 460 cargos existentes estão sem ocupante.

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A bancada do PT na Assembleia Legislativa usa esses dados para atacar o governador Geraldo Alckmin, que deve disputar a reeleição em outubro. "No DAEE (Departamento de Água e Energia Elétrica), por exemplo, foram criados 2.366 cargos em 2013, mas só 967 estão efetivamente ocupados. O restante pode receber indicação a qualquer momento", diz o líder do PT na Casa. Luiz Claudio Marcolino. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Justiça do Trabalho proibiu os Correios de contratarem servidores sem licitação e analisa pedido do Ministério Público para que os já contratados sejam demitidos. Em julho de 2011, ano em que o PT assumiu o controle dos Correios, o estatuto da empresa pública foi alterado para permitir o loteamento de cargos.

A mudança no estatuto dos Correios permitiu ao presidente e a cada um dos oito vice-presidentes contratarem duas pessoas sem concurso público. O Ministério Público do Trabalho ingressou com ação na Justiça por considerar que as vagas não poderiam ser criadas sem autorização do Congresso e que esses cargos devem ser preenchidos por pessoas concursadas.

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"A Justiça tem entendido que não existe emprego em comissão. Ganha a sociedade que não fica na mão de meia dúzia de apadrinhados. Normalmente não são pessoas comprometidas com o interesse público", afirmou ao Grupo Estado a procuradora do Trabalho Ludmila Reis Brito Lopes.

Na última quinta-feira, 24, a procuradora recebeu representantes dos Correios, que apresentaram justificativas para as contratações. Contudo, não houve acordo. Segundo o gabinete da juíza Odélia França Noleto, o caso deve ir a julgamento no dia 22 de novembro.

No dia 5 de outubro, a Justiça concedeu liminar na qual impediu os Correios de fazerem mais contratações, sob pena de multa diária de R$ 10 mil. Após a decisão, os Correios apresentaram novas considerações, em 30 de setembro, entre elas a de que "determinadas vagas disponibilizadas nas vice-presidências da empresa necessitam de expertise e qualificação profissional que a reclamada não encontra em seu quadro de empregados." No quadro de funcionários concursados dos Correios, porém, há 7 mil profissionais de nível superior e mais de 5.500 técnicos.

Entre os "experts" contratados para assessorar a diretoria dos Correios estão Ernani de Souza Coelho, funcionário aposentado dos Correios, marido da ex-senadora Fátima Cleide (PT); Getúlio Marques Ferreira, professor de eletrômecânica; Mario Sergio Castanheira, ex-funcionário do fundo de pensão dos servidores da Petrobras (Petros) e a jornalista Vanda Célia. "Trabalho na vice-presidência de Relações Institucionais. Não sei o nome. Acredito que tenho qualificação para isso. Eu presto consultoria na área de comunicação", disse ela. Conforme o Portal da Transparência, Vanda Célia está lotada, desde junho de 2011, na Vice-Presidência de Clientes e Operações.

A Justiça questiona o artigo do Decreto 7.483, assinado no dia 16 de maio pela presidente Dilma Rousseff e pelos ministros Paulo Bernardo (Comunicações) e Miriam Belchior (Planejamento) que trata da livre nomeação. O mesmo decreto também permitiu aos Correios trazer servidores concursados em outros órgãos. Mas a Justiça não o esta questionando.

Os Correios afirmam que a decisão da Justiça é liminar e que a esta contestando. Em nota ao Grupo Estado, afirmou que dos 18 cargos comissionados de livre nomeação, apenas três não estão preenchidos. Segundo a nota, os Correios têm 124 mil trabalhadores concursados.

A estatal foi palco de grandes escândalos no governo passado, incluindo o do mensalão, em 2005, e a queda de Erenice Guerra da chefia da Casa Civil em 2010. Erenice era o braço direito de Dilma quando a petista comandava a pasta. No governo Dilma, o PT foi escalado para tentar mudar a fama ruim dos Correios.

Disposto a cortar 15% dos orçamentos de secretarias e órgãos públicos do executivo estadual, algo como R$ 250 milhões, o governo da Bahia publicou, no Diário Oficial desta quinta-feira, um decreto com uma série de determinações administrativas para os setores atingidos.

Entre elas, estão a demissão de 10% dos ocupantes de cargos comissionados do poder executivo estadual, o corte de 20% em despesas como telefonia, água e energia elétrica e de 50% nos gastos com viagens, nacionais ou internacionais.

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Além disso, o governo determinou redução de 20% na frota própria de veículos das secretarias e órgãos do executivo estadual - e a proibição de novos contratos para locação de veículos ou terceirização de transporte. Também suspendeu nomeações para cargos comissionados que estejam vagos há três meses ou mais.

A série de medidas de contenção de despesas é divulgada duas semanas após o governador Jaques Wagner (PT) determinar o contingenciamento de 15% das despesas do executivo estadual. Também nesta quinta, o comando da Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz) foi trocado. Luiz Alberto Petitinga deixou o cargo para o ex-secretário de Administração do governo, Manoel Vitório.

O governador atribui os cortes à "busca pela melhor eficiência" nos gastos públicos. "A intenção é reduzir os gastos com o custeio da máquina pública, mas sem comprometer a qualidade dos serviços e os investimentos", diz Wagner.

Já a oposição afirma que a administração estadual está "falida" e "sem planejamento". "Já no fim do ano passado, foi encontrado um rombo de R$ 2,6 bilhões no orçamento do Estado, que temos denunciado", afirma o vice-líder da oposição na Assembleia Legislativa, Carlos Gaban (DEM).

"O governador poderia aproveitar a crise para enxugar o secretariado", diz o vice-presidente do DEM no Estado, Heraldo Rocha, lembrando as 31 pastas que compõem o governo.

Integrantes da Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovaram nesta quarta-feira, 07, um projeto que obriga os senadores a contratarem funcionários comissionados "ficha limpa". A proposta segue para Mesa Diretora da Casa para ser colocada na pauta do plenário.

O projeto de resolução, de autoria do senador Randolfe Torres (Psol-AP), segue os critérios da Lei da Ficha Limpa estabelecidos desde 2010 aos candidatos que desejam disputar uma eleição. "Os princípios que inspiraram a Lei da Ficha Limpa não devem, todavia, nortear apenas aqueles que se submetem ao processo eleitoral", defende Randolfe em trecho da proposta.

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De acordo com o texto aprovado, os senadores ficam impedidos de contratar um funcionário que tenha sido condenado (em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado) por crimes dolosos, lavagem de dinheiro, tráfico de drogas e abuso de autoridade, entre outros.

"Vai valer assim que ela for promulgada pela Mesa Diretora. E entendo que não apenas para as novas contratações mas para aquelas que já estão aí. Vai ser feito um pente fino", afirmou ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, o relator da proposta, senador Inácio Arruda (PcdoB-CE). "O que se quer é que aquilo que já foi aprovado para todos os servidores agora seja aplicado para nossos gabinetes", acrescentou.

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A primeira cobrança da oposição da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), na volta do recesso parlamentar nesta quinta-feira (1°), foi à diminuição do número de cargos comissionados no governo do Estado. O pedido feito pelo líder da bancada oponente, deputado Daniel Coelho (PSDB), se ampliou com o apoio dos deputados Betinho Gomes (PSDB) e Terezinha Nunes (PSDB) e virou algo de defesa por parte do presidente da Casa, deputado Guilherme Uchoa (PDT).

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Na tribuna da sessão plenária o tucano citou dados do IBGE afirmando ter em Pernambuco quase quatro mil cargos comissionados. “Desde o início dessa atual gestão estamos vendo um crescente aumento de cargos comissionados. São 3.390 cargos comissionados em Pernambuco isso representa mais que a soma dos cargos dos Estados do Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte”, apresentou.

O parlamentar também fez um pedido de informação ao governo solicitando a função e o currículo de cada um dos ocupantes dos cargos de confiança e relembrou a situação atual do País. “O Brasil tem passado por uma grande mudança no processo com que a população tem enxergado a política e os políticos. A população foi às ruas pedir por transparência, não mais satisfeita apenas com promessas vazias. São necessárias mudanças. Esse é um processo que está acontecendo na Assembleia Legislativa, está acontecendo em diversos Estados da Federação e é necessário que aconteça também no Estado de Pernambuco”, solicitou o tucano.

Betinho Gomes (PSDB) reforçou o discurso do correligionário e citou a situação do Brasil. "O cenário de atividade econômica de desenvolvimento do Brasil está apertado. Há um decréscimo do volume de recursos do Estado", disse.

Para Daniel Coelho, com o valor dos cortes sugerido, os valores podem ser aplicados em diversas áreas do Estado. “O governo precisa reduzir os comissionados, apresentando uma gestão eficiente, investindo, sim, na manutenção das estradas de Pernambuco, que se encontra no pior Estado das últimas décadas; investindo, sim, nas escolas, que têm feito rodízio nas salas de aula; investindo, sim, na saúde, que infelizmente tem piorado”, criticou.

Enquanto estava discursando, Guilherme Uchoa pediu a palavra e saiu em defesa de Eduardo Campos. “A saúde melhorou e muito com os hospitais como o Miguel Arraes, o número de leitos, a reforma do Hospital do Câncer. A saúde já está boa? Sabemos que não, mas é muito difícil para o governador”, alegou o pedetista.

Na réplica Daniel Coelho disse que o assunto poderia ser discutido em outro debate, mas sua principal revindicação era a diminuição dos cargos comissionados. “Se faz necessário que o governo do Estado apresente a esta Casa, o mais rápido possível, uma reforma administrativa, fazendo o que fez a Assembleia Legislativa, e como está fazendo governos pelo Brasil afora, cortando também 30% de seus cargos comissionados (...). Pernambuco não pode continuar com essa quantidade excessiva de cargos comissionados que vem apresentando nesse governo do PSB”, disparou.

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