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A Mercedes-Benz confirmou hoje (8) que demitiu cerca de 370 colaboradores que estavam em licença remunerada desde fevereiro deste ano por "falta de atividade de trabalho". Segundo a empresa, os demitidos fazem parte do excedente de funcionários e são aqueles que não aderiram ao Plano de Demissão Voluntária (PDV) da empresa.

Outros 300 funcionários que estavam em licença remunerada serão chamados para retornar ao trabalho. A Mercedes-Benz se comprometeu ainda a conceder estabilidade no emprego até dezembro de 2017 para os funcionários de São Bernardo do Campo.

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De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo, hoje foi feita uma assembleia em frente à fábrica para comunicar que representantes do sindicato se reunirão durante a tarde com a empresa para tratar da situação dos funcionários demitidos.

A Mercedes-Benz prorrogou até quarta-feira, 7, o prazo de adesão ao Programa de emissões Voluntárias (PDV) em que a multinacional alemã, independentemente da idade e do tempo de casa do trabalhador, oferece o pagamento de R$ 100 mil como incentivo ao desligamento.

Mesmo com o feriado do Dia da Independência, o departamento de recursos humanos da empresa fará plantão nesta quarta-feira para receber as adesões ao programa, que vem sendo estendido desde quarta-feira, quando estava previsto seu término, na fábrica de São Bernardo do Campo (SP).

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Nesta terça-feira, 6, o sindicato dos metalúrgicos do ABC informou que, por não ter alcançado ainda o objetivo de eliminar 1,4 mil postos de trabalho no local, a Mercedes voltou a enviar, na sexta-feira, telegramas de demissão a aproximadamente 500 trabalhadores. Outros mil já deixaram a montadora pelo PDV, conforme a entidade que representa os operários.

A Mercedes não confirma nem o envio dos telegramas nem o total de adesões ao PDV porque, segundo a maior fabricante de veículos comerciais do País, o programa ainda não foi encerrado.

Em comunicado, o sindicato diz ter reunido na tarde desta terça-feira os cerca de 500 empregados que receberam os avisos de demissão e promete iniciar na quinta-feira, 8, uma mobilização contra o corte.

A entidade quer que a montadora utilize alternativas de flexibilização, como a suspensão temporária dos contratos de trabalho ("lay-off"), para gerenciar o excesso de mão de obra e evitar as demissões.

Antes de iniciar o PDV que está em curso, a força de trabalho excedente no parque industrial da Mercedes em São Bernardo, onde são montados caminhões e chassis de ônibus, era estimado em 1,9 mil empregados, ou o equivalente a 20% do total empregado no local - já descontando nessa conta os 630 funcionários que deixaram a empresa num programa de demissões realizado anteriormente.

A crise da indústria naval brasileiro pode ser medida pelo número de funcionários que o setor deixou de empregar. Dados do Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval) mostram que a indústria foi reduzida quase à metade em menos de dois anos. Ao fim de 2014, eram mais de 82 mil empregados; o total caiu para 43 mil em junho.

O cenário traçado pelo sindicato mostra que a indústria naval está voltando a ser o que era nos idos de 2009, não só pelo número de funcionários, mas também pelo perfil dos equipamentos produzidos no País.

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"Fornecimentos de sondas de perfuração construídas no Brasil não estão mais na pauta", diz relatório. Porém, existe um mercado perene nos segmentos de reparo, apoio portuário (rebocadores portuários e navios de abastecimento), balsas, embarcações de transporte de passageiros e comboios para transporte fluvial de grãos, minérios, fertilizantes e combustíveis.

A crise do setor foi causada não só pelos escândalos de corrupção esmiuçados pela Lava Jato, mas também por um cenário internacional desafiador. Os preços do petróleo caíram drasticamente e a demanda mundial arrefeceu. Dados da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostram que a capacidade industrial dos estaleiros no mundo ficou ociosa. Em 2008, a capacidade estava tomada em 85%, caindo para 56% em 2014. Isso mostra que os estaleiros brasileiros que agora tentam se recuperar da derrocada da Sete Brasil terão forte concorrência para novos contratos.

Além disso, a Petrobras está cancelando encomendas. De acordo com o Sinaval, existem indícios de que a estatal pode cancelar os dois últimos cascos que estão sob o contrato do estaleiro Rio Grande. Além disso, a Transpetro cancelou a encomenda de 17 navios, afetando sobretudo o estaleiro EAS.

Em nota, a Petrobras informou que não há nenhum projeto de plataformas de produção de óleo previsto no seu Plano de Negócios e Gestão 2015-19 que tenha sido cancelado. Ela diz que foram renegociados contratos e adotadas medidas para a continuidade dos projetos. "A companhia informa que está em elaboração o seu novo plano de negócios, que será divulgado em breve."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As operadoras de telefonia passam por uma nova onda de demissões. Após a TIM cortar 1,7 mil no mês passado, a Telefônica Brasil, dona da marca Vivo, deve desligar cerca de 2 mil funcionários como resultado da integração com a GVT, após já ter feito cortes no ano passado, segundo a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Telecomunicações (Fenattel). A estimativa da federação é de um corte de 10 mil trabalhadores nas operadoras desde 2015. No Rio, a BTCC, empresa de call center do grupo Oi, vai demitir 800 trabalhadores neste mês, mas os postos serão transferidos para Recife, diz a Fenattel.

"Em reunião no mês passado, a Telefônica informou que seriam necessários os 2 mil desligamentos no País", diz Luís Antônio Souza, secretário geral da federação. No Estado de São Paulo, a redução seria de cerca de mil postos de trabalho, segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações no Estado de São Paulo (Sintetel). Em julho, a empresa manteve um Plano de Demissão Voluntária (PDV). As demissões estão previstas para ocorrer até 2 de setembro.

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"A situação do setor é preocupante. O número de empresas está diminuindo e, como consequência, há a redução dos postos de trabalho. Esse movimento ainda não acabou", avalia o secretário geral da Fenattel. No ano passado, a Telefônica já demitiu outros 2 mil trabalhadores. A Vivo comprou a GVT por cerca de 7 bilhões de euros em dezembro de 2014 - a aquisição foi aprovada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) em maio do ano passado.

Procurada, a Telefônica Brasil disse que realizou o PDV, negociado com os sindicatos, com condições especiais de saída. "A empresa busca continuamente maior agilidade e eficiência nas operações, alinhadas à sua cultura de alto desempenho", disse.

De acordo com o Sintetel, entre os benefícios negociados está a extensão do plano de saúde por 120 dias para os trabalhadores vindos da Vivo e 60 dias no caso dos funcionários da GVT.

No Rio, as demissões pela BTCC ocorrerão neste mês. Os trabalhadores já cumprem aviso prévio, de acordo com Souza, que também é presidente do sindicato dos trabalhadores no Rio (Sinttel-Rio). "A transferência para o Nordeste pode ocorrer porque os salários e benefícios lá são menores", avalia o sindicalista. Também foi negociado um pacote de benefícios, como plano médico hospitalar, por mais 90 dias após o desligamento, incluindo dependentes.

A Oi nega e ressalta que os postos serão mantidos. De acordo com a operadora, o objetivo do movimento é a centralização estratégica do "back office" do controle operacional para ganho de eficiência e produtividade. A companhia, hoje em recuperação judicial, diz que está redistribuindo parcialmente entre os fornecedores a prestação de serviço de apoio operacional às equipes de campo que atendem o varejo. A empresa destaca que o processo não impacta serviços ao cliente. Já a BTCC diz que está reformulando a unidade de serviço no Rio em função de ajuste de demandas.

No dia 8 de julho, a TIM desativou unidades de call center próprias em Pernambuco e no Paraná. Cerca de 1,7 mil pessoas foram demitidas - 1,2 mil em Pernambuco e 500 no Paraná, segundo o sindicatos. A operadora diz que realiza uma reorganização para melhorar a sinergia entre as operações e o fornecimento de serviços e infraestrutura.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Universidade de São Paulo (USP) vai propor um novo Plano de Incentivo de Demissão Voluntária (PDIV) e um Programa de Incentivo à Redução de Jornada (PIRJ) aos servidores técnico-administrativos. A instituição já havia informado que vive um agravamento da crise financeira e precisaria adotar novas medidas de contenção de gastos, pois estima encerrar 2016 com um déficit de R$ 868 milhões, 60% a mais do que o previsto inicialmente, como revelou o Estado.

As duas propostas serão levadas ao Conselho Universitário na próxima terça-feira. De acordo com a proposta da reitoria, os programas são mais uma medida de ajuste financeiro para a "principal dificuldade" da instituição, que é equacionar o gasto com servidores ao orçamento. No primeiro semestre, a folha de pagamentos da USP consumiu 105,7% dos recursos repassados pelo Estado. "A adoção de medidas de contenção de despesas é necessária para preservar o futuro próximo da universidade, que vem apresentando sucessivos déficits orçamentários há alguns anos, o que tem ocasionado rápida diminuição de suas reservas financeiras", justifica a reitoria.

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Para fechar as contas, a USP vem usando reservas bancárias desde junho de 2012 e viu o saldo de sua poupança despencar de R$ 3,61 bilhões para R$ 1,3 bilhão, no fim do ano passado. Nos próximos três anos, os cofres da universidade vão praticamente zerar. O plano orçamentário plurianual revisado prevê apenas R$ 2 milhões na conta da USP no fim de 2018.

Recursos

A reitoria prevê usar os recursos remanescentes do primeiro PDIV, feito em 2014, que teve a adesão de 1.433 servidores. A previsão é de gastar R$ 118,3 milhões - o suficiente para a inscrição de cerca de 600 funcionários.

O primeiro PDIV foi duramente criticado e alvo de protestos de alunos, funcionários e professores, que afirmam que o plano contribuiu para o sucateamento da instituição. Entre os reflexos apontados estão a suspensão de novas matrículas nas cinco creches da universidade e o fechamento de 21% dos leitos do Hospital Universitário (HU), que levou à consequente queda de 30% nos atendimentos e de 25% nos procedimentos cirúrgicos. Os problemas aconteceram por causa da saída de mais funcionários dessas unidades do que o previsto.

Para evitar um aprofundamento na crise do hospital, a reitoria já definiu que o novo PDIV não poderá ser utilizado por médicos e profissionais de enfermagem. A proposta de redução de jornada também exclui os servidores ligados aos serviços de saúde.

A reitoria defende que, não fosse o primeiro programa, a situação da instituição atualmente seria pior e os gastos com a folha de pagamento ultrapassariam 109% dos recursos recebidos. O primeiro plano teve gasto de R$ 281 milhões e, segundo a reitoria, resultou em economia de R$ 250 milhões até o mês passado. "Desta forma, a abertura de um novo PDIV é uma das medidas que mais impacto podem trazer para a viabilização da universidade no futuro próximo", diz a proposta da reitoria.

Jornada e greve

Já o PIRJ propõe aos servidores técnico-administrativos que optem por reduzir sua jornada de trabalho de 40 para 30 horas semanais, com redução proporcional nos salários. Para incentivar a adesão ao programa, a cada seis meses o participante receberá um abono, no valor de um terço do salário atual. A distribuição das horas ficará a critério da chefia imediata do servidor. A reitoria não informou quanto pretende economizar com a implementação dessa proposta. "A adoção do programa em questão permite a redução de gastos ao mesmo tempo em que traz vantagens para os servidores." A universidade vai permitir que participem do programa até 20% dos funcionários de cada unidade.

O Estado tentou contato com o Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp), na noite de sexta-feira, mas ninguém foi localizado. Os servidores técnico-administrativos estão em greve desde 12 de maio. Na contramão da proposta da reitoria, eles querem contratação de funcionários, são contrários ao fechamento de vagas nas creches e querem reajuste salarial de 12,34%. Reunião de conciliação na Justiça nesta semana terminou sem acordo.

Segundo a reitoria, a crise se agravou em razão do menor repasse do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) pelo Estado, que teve a maior queda de arrecadação dos últimos 13 anos no primeiro quadrimestre deste ano. As universidades públicas paulistas recebem 9,57% do total do imposto recolhido - e a USP tem a maior cota do tributo, de 5,03%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Junto com o fim da série de 18 jogos de invencibilidade de Milton Mendes à frente do Santa Cruz - coincidência ou não, no clássico contra o Sport -, vieram à tona duras revelações sobre o comportamento do treinador nos bastidores. Segundo apurações do Portal LeiaJá com uma fonte de dentro do clube, apesar dos dois títulos já conquistados em 2016 e da aparência sempre polida diante dos jornalistas, a personalidade do comandante tem sido motivo de insatisfação nos vestiários. Inclusive, a diretoria coral teria saído em defesa de funcionários dos quais o técnico havia 'solicitado' demissão, pedindo paciência a eles e afirmando que o treinador é passageiro no Arruda, mas que, devido ao respaldo da torcida, uma demissão instantânea de Milton não seria viável. 

A fonte entrevistada expôs a situação com detalhes, revelando o posicionamento da diretoria sobre as cobranças feitas por Milton de formas que em nada se assemelham ao seu comportamento diante das câmeras. "Ele pediu a demissão de vários funcionários do clube, incluindo o gerente de futebol Ataíde Macedo e de alguns que fazem parte dos departamentos médico, físico, fisiológico e de análise de desempenho. Tem profissionais que ele quer trazer para o lugar desses que quis colocar para fora", confirmou a fonte, que não quis ser identificada. E revelou: "A diretoria garantiu que não haveria essas demissões e pediu para todos terem calma. Disseram que Milton Mendes é um técnico passageiro no Santa Cruz, mas que não há condições de demiti-lo no momento, por conta do apoio que ele recebe da torcida, provavelmente, pelos resultados conquistados. Espero que ele saia antes de prejudicar o time".

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A fonte ligada ao clube continuou a sequência de relatos ao afirmar que, além das demissões pedidas, o técnico se excede em suas cobranças desde os primeiros contatos com o grupo coral e a comissão técnica. Assim, ao que parece, ele vem perdendo o controle dos que fazem o departamento de futebol, apesar da nota de repúdio publicada pelo Santa Cruz sobre o assunto.

"Logo no começo, ele humilhou Lelê. Depois, o pessoal precisou segurar Alemão, pois, se deixassem, sairia na mão com o treinador. Agora, Leonardo está afastado, por uma situação que surgiu de um erro besta do jogador durante um treino. O zagueiro foi excessivamente cobrado e terminou 'respondendo', formando a confusão. O afastamento dele deixou o resto do grupo indignado. Mas, ainda assim, Milton Mendes disse que não trabalhará mais com o atleta em seu grupo. E isso é só parte dos desconfortos criados internamente", declarou a fonte. "Afora essas intrigas, ele não tem o mínimo respeito no tratamento que dá aos membros da comissão técnica. Cobra com extrema grosseria e gosta de 'testar' o pessoal, para ver se alguém o rebate de uma forma que lhe dê a razão", completou.

Para que o Santa Cruz dê sua palavra com relação à polêmica, a reportagem do Portal LeiaJá tentou entrar em contato com presidente executivo coral, Alírio Moraes, e com o seu vice, Constantino Júnior. Mas, ambos não atenderam às chamadas.

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A indústria do setor elétrico e eletrônico demitiu em abril 1.607 pessoas do seu quadro de funcionários, segundo levantamento da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), divulgado nesta terça-feira, 31. O total absoluto de demitidos no mês passado representa 0,67% do contingente atual de empregados pelo setor, de 241.071 trabalhadores.

No quadrimestre, de janeiro a abril, os desligamentos somaram 7.008 profissionais, ou 2,9% do total de trabalhadores no conjunto das fábricas de produtos elétricos e eletrônicos. O pico das demissões ocorreu em dezembro do ano passado, quando 8.066 funcionários foram dispensados. Daquele mês até abril, a força de trabalho no setor foi reduzida em 2,82%.

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De maio do ano passado a abril último, período de 12 meses, 48.017 trabalhadores foram desligados da folha de pagamento da indústria, o equivalente a 15,28% do total. Em maio de 2015, o setor empregava 284.562 pessoas. Em abril, era de 241.071 o contingente de trabalhadores na indústria elétrica e eletrônica.

O grupo New York Times propôs um plano de demissão voluntária, a fim de racionalizar os seus projetos de informação e desenvolver a atividade digital. O número de pessoas envolvidas não foi determinado, mas "serão aceitos tantos candidatos quanto possível", afirma um documento interno ao qual a AFP teve acesso.

O grupo de mídia não prevê demissões este ano, indicou em outra nota citada pelo jornal, mas vai se reorganizar para se concentrar nos planos internacional e digital. Na redação, a oferta de aposentadoria atinge todos os funcionários com mais de três anos de experiência, exceto para aqueles que compõem as equipes de vídeo, computação gráfica e design digital, de acordo com o documento.

O plano prevê uma indenização de quatro a 52 semanas, à taxa de remuneração de uma semana para cada seis meses trabalhados. "Buscamos voluntários, pessoas que poderiam considerar que esta oferta se adapta aos seus projetos de longo prazo", acrescenta a nota. O grupo também fez a oferta para os funcionários de outros departamentos.

O New York Times mantém uma redação com 1.300 funcionários, apesar de uma queda na receita de publicidade e na circulação do seu jornal em papel, compensada parcialmente por sua receita com publicidade e assinantes online. Esta é a primeira proposta de demissão voluntária à redação, após a abolição em 2014 de 100 postos, incluindo 20 demissões.

No início de maio, o jornal anunciou uma redução de suas perdas no primeiro trimestre, que se situaram em 8,3 milhões de dólares em comparação com US$ 14,3 milhões no mesmo período do ano passado. A receita caiu 1,2% para 380 milhões de dólares.

A Microsoft anunciou nesta quarta-feira (25) que reduzirá seu negócio de smartphones com o corte de 1.850 postos de trabalho, a maioria na Finlândia. Como resultado, a empresa irá amargar um prejuízo de aproximadamente US$ 950 milhões, dos quais aproximadamente US$ 200 milhões referem-se a indenizações.

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Vendas de Windows Phone caem para menos de 1%

A companhia entrou no negócio de telefones em 2014 com a compra da unidade de dispositivos móveis da Nokia por cerca de US$ 7,2 bilhões. "Estamos focando nossos esforços em telefonia onde temos diferencial", disse o presidente-executivo da empresa, Satya Nadella, em comunicado. "Continuaremos a inovar em dispositivos e em nossos serviços para a nuvem em todas as plataformas móveis", complementou.

A Microsoft afirmou que continuará a desenvolver a plataforma Windows 10 Mobile e a oferecer suporte aos smartphones Lumia, mas não disse se vai criar novos telefones.

Neste mês, companhia vendeu seu negócio de celulares associados à marca Nokia por US$ 350 milhões. Além das demissões, a empresa também vai fechar sua unidade de pesquisa e desenvolvimento em Tampere, Finlândia. A reestruturação da Microsoft deverá ser concluída até julho de 2017. 

O futebol brasileiro é reconhecido mundialmente pela capacidade técnica, os dribles e a alegria. Mas também pela passionalidade no modo de gestão e por não dar sequência de trabalho aos treinadores. O troca-troca de técnicos influencia não só nos resultados do Campeonato Brasileiro, mas em fatores preponderantes para a seleção brasileira.

Esta edição do Programa LeiaJá Esportes discute as causas e consequências das demissões de treinadores no futebol nacional. O experiente Oswaldo de Oliveira declarou que a imprensa aumentou o nível de pressão sobre os comandantes de times após os 7 a 1 na Copa do Mundo. Os números apontam um aumento drástico de troca de técnicos em 2015. Quer saber o resultado? Assista ao debate:

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Após ver fracassadas duas tentativas de votação na Câmara Municipal para regulamentar aplicativos de transporte como o Uber, a gestão Fernando Haddad (PT) iniciou uma série de demissões de funcionários indicados por vereadores para ocupar cargos comissionados (sem concurso público) na Prefeitura. Ao todo, devem ser exoneradas 140 pessoas.

Nas edições do Diário Oficial da Cidade de sexta-feira, 6, e sábado, 7, o secretário municipal de Governo, Chico Macena, publicou a demissão de 86 servidores, a maioria indicada por parlamentares para trabalhar nas subprefeituras. O restante das exonerações será publicado ao longo desta semana por Haddad - parte será de comissionados da Subprefeitura da Mooca, onde trabalham servidores indicados pelo vereador Adilson Amadeu (PTB), principal opositor à Lei Uber.

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Amadeu nega que ainda tivesse indicados seus ocupando cargos no Executivo. Afirma que pretende representar contra o prefeito no Ministério Público Estadual (MPE), caso Haddad mantenha a proposta de regular o serviço por decreto.

Entre os vereadores que perderam espaço na gestão municipal estão Edir Sales (PSD), George Hato (PMDB), Noemi Nonato (PSB), Sandra Tadeu (DEM) e Conte Lopes (PP), que votaram a favor de projetos do Executivo, mas são apontados como integrantes do grupo que esvaziou as sessões que aprovariam a regulamentação da Uber, no dia 4. O projeto não foi à votação por falta de quórum no plenário da Câmara: o mínimo é de 28 presentes dos 55 eleitos.

Reeleição e CPIs

"Meu pai me ensinou que o que é acordado é o que está valendo, que palavra só existe uma. Fiquei muito surpresa com tudo isso e ainda vou decidir como reagir. Certamente vou agir para mostrar minha indignação diante desse gesto", disse uma vereadora. Os partidos desses parlamentares também não devem apoiar a candidatura à reeleição de Haddad, em outubro. PSD e PMDB têm candidatos próprios: Andrea Matarazzo e Marta Suplicy, respectivamente.

Oficialmente, a Prefeitura informou não ter ciência de razões específicas para demissões. Interlocutores do prefeito, entretanto, afirmam que a não votação da Lei Uber foi "a gota d’água" na relação com o Legislativo. Ele alega que a Câmara havia pedido para "protagonizar" a liberação do aplicativo, mas os vereadores se recusaram a votar o projeto.

Os servidores exonerados, ainda na versão da Prefeitura, haviam sido indicados por parlamentares que chegaram a fazer parte da base de Haddad, mas deixaram de votar com o prefeito e passaram a trabalhar para outros candidatos que devem disputar as próximas eleições.

Por se recusar a votar com o prefeito - e com o cenário das eleições e apoios políticos praticamente definidos -, esses parlamentares viram os acordos para a indicação de cargos serem rompidos. Agora, vereadores ouvidos pela reportagem, sob condição de anonimato, já divulgam as estratégias de retaliação: pretendem colher assinaturas para instalar uma série de CPIs contra a gestão Haddad, para tentar "constranger" o prefeito.

"Isso é uma declaração de guerra aos vereadores que votaram o tempo todo com o governo e agora estão retaliados porque seus partidos não apoiarão o prefeito. A base na Câmara acabou", disse um dos parlamentares. Uma das CPIs na mira dos parlamentares é a do Teatro Municipal e tem como alvo o secretário de Comunicação, Nunzio Briguglio, executivo da cota pessoal do prefeito, que nega relação com desvios na administração do Municipal.

Um dos efeitos colaterais do gesto foi expor um "racha" interno dentro do secretariado de Haddad. A execução das demissões teria sido de responsabilidade do secretário Macena, que agiu sem comunicar a ação ao secretário José Américo, titular da pasta de Relações Governamentais, encarregado de costurar a articulação com a Câmara.

Macena afirmou à reportagem que as demissões eram "técnicas", mas prometeu dar mais explicações nesta terça. Líder do governo na Câmara, Arselino Tatto (PT) afirmou que só hoje será possível medir a reação da Casa diante das demissões.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Intel Corporation anunciou, nesta terça-feira (19), um plano de reestruturação, que ocasionará o corte de 12 mil postos de trabalho em todo o mundo até meados de 2017. O número corresponde a 11% do quadro de funcionários da companhia. A gigante do hardware espera que o programa gere uma economia de US$ 750 milhões até o fim de 2016.

A maioria das demissões serão comunicadas aos empregados nos próximos 60 dias. Segundo a Intel, a medida busca acelerar a evolução de uma empresa de PC a uma que fortaleça a nuvem e bilhões de dispositivos de computação inteligentes e conectados, afirmou a Intel em comunicado.

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Se tornando uma empresa mais eficiente, a Intel espera aumentar os investimentos nos produtos e tecnologias que irão alimentar o crescimento da receita e gerar uma maior rentabilidade nos negócios móveis e de PC. "Estou confiante de que vamos emergir como uma empresa mais produtiva com maior alcance e execução mais nítida", disse o CEO da Intel, Brian Krzanich.

Há 70 anos no bairro paulistano da Mooca, numa avenida que leva o seu nome, a Arno, tradicional fabricante de eletroportáteis, está de mudança. A empresa vai fechar as portas da sua unidade na capital paulista e eliminar cerca de 2 mil empregos diretos e indiretos para abrir uma nova fábrica no município de Itatiaia, no Rio de Janeiro.

A companhia alega, por meio de nota, que "não é mais viável manter uma fábrica na região central de São Paulo, com perfil urbano e com dificuldades operacionais e logísticas". Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Miguel Torres, a mudança é mais um capítulo da guerra fiscal que geralmente se acirra em momento de crise. "Não acredito que seja logística. Estamos pedindo uma audiência com o governador e o prefeito. Não podemos perder esses empregos."

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Decepção

Às vésperas da aposentadoria, a metalúrgica Irisma Maria da Silva Souza, de 48 anos, dos quais 15 trabalhando na Arno, está prestes a engrossar o grupo de 10 milhões de desempregados que existem hoje no País. "Estou decepcionada, com 48 anos onde vou arrumar emprego? Faltam três anos para me aposentar." Ela trabalha na montagem de batedeiras e ganha R$ 1,5 mil.

O operador de linha de montagem Everson Vale da Rocha, de 33 anos, há nove na empresa e que tira R$ 1,2 mil trabalhando na linha de produção, foi surpreendido na quinta-feira da semana passada quando a administração comunicou que a fábrica será fechada. "A oferta da Arno foi absurda: meio salário mínimo para quem tem cinco anos de casa", reclama.

Torres, do sindicato, diz que a proposta foi recusada pelos trabalhadores. "Demos prazo até o fim do mês para receber outra, caso contrário, entraremos em greve a partir do dia 2 de maio."

A Arno informa que a desativação da fábrica deve ocorrer por fases, no período de novembro deste ano a outubro de 2017. A companhia, que antes da invasão chinesa era sinônimo de eletroportátil, foi comprada pelo Groupe SEB, líder mundial do setor, em 1997. Além da Mooca, tem no País fábricas em São Bernardo do Campo (SP) e em Jaboatão dos Guararapes (PE). A empresa é dona das marcas Rochedo, Clock, Tefal e Krups.

Terceirizados

O fechamento da fábrica de eletroportáteis da Arno preocupa também trabalhadores terceirizados como Gerson Silva dos Santos, de 19 anos, solteiro e que há dois anos e meio trabalha com mensageiro na empresa. Ele é contratado pela companhia Poupe Impulse. "Gosto de trabalhar aqui, é o meu primeiro emprego", diz Santos. Mesmo como terceirizado, ele tinha planos de continuar trabalhando numa empresa multinacional. "Agora, não sei como vai ser."

O administrador de empresas Bruno Silva, de 26 anos, e que há seis meses trabalha na Arno como prestador da mesma empresa terceirizada de Santos, também está chateado. "Todo os trabalhadores estão preocupados com o fechamento da fábrica, tem gente para se aposentar, outros pagando aluguel. Quanto tempo vai demora para arranjar outro emprego com essa crise", diz Silva.

Santos conta que há muitos funcionários antigos na empresa, mas, ao longo dos últimos meses, a companhia foi enxugando o quadro de pessoal.

A Arno não informa o número de trabalhadores que tem na fábrica da Mooca nem o faturamento da empresa no País. Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Miguel Torres, são 2 mil empregados na unidade da capital paulista, dos quais 800 diretos e 1,2 mil indiretos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A rede de televisão catari Al-Jazeera anunciou anunciou neste domingo "cerca de 500" demissões, especialmente entre os funcionários que trabalham no emirado - numa "iniciativa para otimizar" a produtividade.

Em comunicado, o canal disse que sua administração decidiu suprimir "cerca de 500 posições em todo o mundo, principalmente no Qatar", onde fica a sede da Al-Jazeera.

De acordo com um funcionário da rede, 60% das demissões, cerca de 300 empregos, dizem respeito à equipe da Al-Jazeera no Qatar.

O diretor-geral da Al Jazeera, Mostefa Souag, garantiu que os cortes de empregos são destinados a "otimizar" a produtividade e "evoluir o trabalho (da televisão) para que ela mantenha uma posição de liderança".

"Embora a decisão esteja alinhada com o que é feito na mídia em todo o mundo, ela foi difícil de tomar", disse Souag.

"No entanto, acreditamos que esta é uma boa decisão para mantermos a competitividade a longo prazo da nossa rede", acrescentou.

Um funcionário do canal disse à AFP que as primeiras demissões deve ocorrer na próxima semana e que a maioria dos cortes não afetam os jornalistas.

Estas demissões ocorrem dois meses depois do anúncio do encerramento da Al-Jazeera América que, sozinho, representa cerca de 700 cortes de empregos.

Fundada há 20 anos pelo governo do Qatar, a Al-Jazeera emprega cerca de 4.500 pessoas em todo o mundo.

Os cortes foram anunciados no momento em que o Catar, um grande produtor de gás mas também de petróleo, enfrenta uma queda dos preços destas fontes de energia.

O país prevê um déficit orçamentário de mais de 12 bilhões de dólares em 2016, o primeiro em 15 anos.

Em dezembro, o emir do Catar, xeque Tamim ben Hamad Al-Thani, fez um alerta sobre os riscos do estado-providência. Ele estimou que a queda dos preços dos hidrocarbonetos pode ajudar a "corrigir os fenômenos negativos" que acompanharam o acúmulo de riquezas do país, como o "desperdício, a administração ineficiente e a falta de responsabilidade".

Com o mercado brasileiro de veículos apontando para mais uma queda nas vendas em 2016, as montadoras instaladas no País devem fechar mais 20 mil postos de trabalho ao longo do ano, estima a consultoria MA8, especializada em indústria automobilística. Seria a terceira queda seguida do nível de emprego do setor, que eliminou 14,7 mil vagas em 2015 e 12,4 mil em 2014.

Com 20 mil a menos, as montadoras (de veículos e máquinas agrícolas) reduziriam o número total de trabalhadores para 110 mil no fim de 2016 e voltariam a nível próximo de 2006, quando havia 107 mil pessoas empregadas no setor. "Nós só não voltamos ao nível de 2003 (quando havia 90 mil empregados) porque, nesse período, novas montadoras vieram para o Brasil", explicou o presidente da MA8, Orlando Merluzzi, em referência a empresas como Hyundai e Nissan.

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Segundo ele, com as atuais empresas instaladas no País, o setor tem um piso de 105 mil trabalhadores. O emprego, portanto, poderá cair para um nível abaixo desse se as montadoras fecharem fábricas ou deixarem o Brasil. Merluzzi afirmou também que os instrumentos utilizados pelas montadoras para evitar demissões, como o lay-off (suspensão temporária de contratos) e o PPE (Programa de Proteção ao Emprego), não devem se sustentar. Isto porque as medidas são de curto prazo e o setor deve demorar anos para se recuperar. A aposta da MA8 é que o auge de produção alcançado em 2012, de 3,8 milhões de unidades, só seja retomado em 2022.

O número de veículos produzidos enfrentou forte queda em 2015. Caiu 22,8% na comparação com 2014, para 2,429 milhões. Em 2012, o setor apostava que o mercado chegaria a 2016 com um volume de 5 milhões de unidades. No entanto, a restrição ao crédito, o aumento do desemprego e a queda da renda reduziram o consumo e frearam o avanço do setor no Brasil, criando um ambiente de baixa confiança do empresário e pouco amigável aos investimentos.

O auge do emprego nas montadoras foi atingido em 2013, quando havia 156 mil trabalhadores no setor. Desde então, a queda foi de 17,3%. Se outras 20 mil vagas forem fechadas, o recuo acumulado será de 29,9%. Além disso, há os empregos que deixam de ser criados. A inauguração da segunda fábrica da Honda, prevista inicialmente para 2016, deve ficar para 2017. Cerca de 2 mil trabalhadores seriam contratados.

As consultorias já apostam em mais uma queda de dois dígitos na produção do setor em 2016. A GO Associados, por exemplo, espera recuo de 10%, a mesma previsão da Tendências. A Anfavea, no entanto, vai na contramão e aposta em um leve crescimento neste ano, de 0,5%, impulsionado por um aumento de 8% nas exportações. Em vendas, a MA8 projeta baixa de 12% em 2016 ante 2015, quando 2,569 milhões de unidades foram vendidas no Brasil.

O setor de autopeças, que demitiu 29,8 mil trabalhadores em 2015, prevê pelo menos mais 8,4 mil cortes neste ano, diante das projeções da continuidade de queda das vendas de veículos. Hoje o setor emprega 164,9 mil pessoas, o menor contingente em 25 anos, de acordo com dados disponíveis no relatório anual do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças).

O investimento das empresas do setor, de US$ 622 milhões, foi 55% inferior ao de 2014 e este ano deve ser ainda menor, US$ 575 milhões. O faturamento nominal recuou 17,7%, para R$ 63,2 bilhões e a perspectiva para 2016 é de estabilidade.

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Diversas empresas, especialmente de pequeno porte, são as mais afetadas pela crise. Em São Paulo, a Metalúrgica Cartec, uma das 40 mil fabricantes de autopeças do Estado, informa que em quatro anos seu faturamento encolheu pela metade. "Em 2011, eu produzia por mês 170 mil peças; agora, faço no máximo 90 mil", diz o presidente, Valter Kwast.

O faturamento da empresa, que produz tubos de alta pressão para motores a diesel e componentes de injeção de combustível para caminhões, ônibus e tratores, hoje é de R$ 3,5 milhões por mês, 50% da receita há quatro anos.

A Cartec demitiu 20 funcionários em janeiro, 10% da sua mão de obra. "No ano passado a gente fechou acordo com o sindicato de redução de jornada. Agora, vamos propor trabalhar uma hora mais por dia e dispensar o pessoal cinco horas antes na sexta-feira. A ideia é economizar com uma refeição e reduzir em 5% os gastos com energia."

Para Joseph Couri, presidente do Sindicato da Micro e Pequena Indústria, as perspectivas são sombrias para o setor. "Quando a montadora diz que caiu a produção em quase 30%, o pequeno fabricante de autopeça teve uma redução, na maioria das vezes, maior que isso."

Reposição

O contraponto para o momento, no entanto, fica para as fabricantes voltadas para o mercado de reposição. "Esse é um mercado que tende a reagir bem sempre que há queda de carros novos, aumentando o interesse nos usados", afirma Couri. "O problema é que o comércio, aqui, é cheio de distribuidores pequenos. A empresa tem de se acostumar e se adaptar a vender 10 peças para um, 30 para outro e por aí vai."

Em Guarulhos, o empresário Ancelmo Lopes, que desenvolve linhas para suspensão de automóveis, conta que a procura por seus produtos cresceu cerca de 20% em comparação ao ano passado. "O dólar mais alto fez com que nosso produto ficasse mais barato que o asiático. A situação melhorou", diz ele, que produziu em janeiro 120 mil peças, ante 80 mil por mês no 1.º semestre de 2015. "Com a situação favorável, investi R$ 1 milhão em uma nova linha", diz Lopes, que acaba de contratar dez funcionários. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministério Público do Trabalho no Rio de Janeiro (MPT-RJ) recomendou à Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) que não demita ninguém até concluir a negociação coletiva com o sindicato representante de seus empregados. A empresa recebeu uma notificação diante das notícias de que poderá paralisar um dos altos-fornos da Usina Presidente Vargas, em Volta Redonda (RJ), e dispensar três mil funcionários. A siderúrgica e o Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense estão em um impasse, com a CSN propondo a redução de direitos que os empregados se recusam a aceitar.

Caso a recomendação não seja cumprida pela CSN, o MPT-RJ afirma que tomará as providências judiciais cabíveis para proteger o direito dos trabalhadores. Na notificação, o MPT-RJ recomenda ainda que devem ser realizadas tantas reuniões quantas sejam necessárias até que os trabalhadores e a empresas cheguem a um acordo sobre as medidas a serem adotadas para minimizar os impactos sociais de uma eventual demissão em massa.

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A recomendação foi expedida em 29 de dezembro, após uma reunião entre representantes do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense, o procurador-chefe do MPT-RJ, Fabio Villela, e o procurador do trabalho do município de Volta Redonda, Rafael Garcia Rodrigues. A negociação coletiva para solução de conflitos de trabalho dessa natureza está prevista na Constituição Federal. Eles destacam o profundo impacto negativo que uma demissão em massa pode causar e mencionam a criação do Programa de Proteção ao Emprego (PPE) pelo governo federal, com o objetivo de preservar empregos nesse momento de retração da atividade econômica.

Os procuradores citam casos recentes em que a Justiça Trabalhista considerou ilegal demissões em massa, pela falta de negociação coletiva prévia, determinando o pagamento de indenização individual aos trabalhadores. No início de dezembro, um acordo homologado no Tribunal Superior do Trabalho (TST), como resultado de ação ajuizada pelo MPT-RJ, garantiu o pagamento de indenização aos comandantes, copilotos e comissários de bordo da antiga Webjet, que foram demitidos em 2012 após a aquisição pela Gol Linhas Aéreas. À época, houve dispensa em massa de 850 trabalhadores, sem negociação, o que motivou abertura de uma ação civil pública pelo MPT-RJ.

O Ministério Público do Trabalho no Rio já move uma ação civil pública contra a CSN, acusada de não adotar medidas de saúde e segurança no trabalho, colocando em risco os empregados, tendo, inclusive, causado a morte de trabalhadores. No último mês, o procurador do trabalho de Volta Redonda Rafael Salgado fez novo pedido à Justiça, requerendo a concessão de antecipação dos efeitos da tutela para obrigar a CSN a adotar tais medidas, sob pena de multa diária de R$ 10 mil por regra descumprida.

O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, pediu ao ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto, que interceda junto à Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) para evitar a demissão de 3 mil trabalhadores em Volta Redonda (RJ), programada para o próximo dia 4 de janeiro. Segundo Torres, que se reuniu nesta segunda-feira, 28, com Rossetto ao lado de sindicalistas da região e do senador fluminense Lindbergh Farias (PT), o ministro prometeu buscar o presidente da CSN, Benjamin Steinbruch.

"Demitir 3 mil trabalhadores numa região que depende fundamentalmente da CSN será uma tragédia. Pedimos para a CSN segurar ao menos até meados de janeiro para que possamos elaborar uma saída. O ministro pensa da mesma forma e disse que a empresa ainda não buscou alternativas como o "lay off" e o PPE", disse Torres, em referência ao Plano de Proteção ao Emprego (PPE), criado pelo governo Dilma Rousseff neste ano.

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Pelo PPE, as empresas podem reduzir a jornada de seus trabalhadores de forma temporária e pagar o equivalente a 80% dos salários, sendo o governo responsável por outros 10%, com recursos do FAT.

Outras empresas da região fizeram acordos temporários, segundo Torres. "A Votorantin fez lay off, a Volkswagen também. A Citröen entrou no PPE. Achamos, e o ministro também, que soluções para o caso da CSN podem existir. Precisamos segurar até meados do ano que vem", disse ele.

O líder da Força, que é a segunda maior central do País e que representa o Sindicato dos Metalúrgicos de Volta Redonda e região, também mencionou os estudos do governo para taxar a importação de aço, que vem roubando mercado da produção nacional. Segundo ele, neste caso, Rossetto não apresentou uma opinião, dizendo apenas que o plano está em estudo no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

O secretário estadual de Segurança Pública, Alexandre de Moraes, convocou uma coletiva nesta segunda-feira, 21, e anunciou que o atual diretor da Corregedoria da Polícia Civil, delegado Nestor Sampaio Penteado Filho, foi afastado do cargo. No lugar dele, vai assumir o delegado Domingos Paulo Neto, que atualmente é diretor Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap).

As demissões foram anunciadas após o Estado revelar que o Ministério Público Estadual (MPE) investiga a existência de um "mensalão" pago por policiais corruptos à Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo.

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Essas mudanças acontecem, segundo Moraes, porque todos os membros da Corregedoria citados pelo MPE serão investigados em inquéritos policiais. "Para evitar o constrangimento do chefe da equipe investigar a própria equipe", justificou o secretário.

Também foram afastados sete investigadores da Polícia Civil, o chefe dos investigadores do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), Silvio Toyama, e o delegado Luiz Longo. Ambos aparecem no obtido pelo jornal O Estado de S. Paulo.

Segundo as investigações, os corregedores venderiam proteção aos homens que deveriam investigar e prender. Em troca de até R$ 50 mil, os corregedores informavam a delegacias e departamentos da Polícia Civil o planejamento de operações do MPE e o recebimento de denúncias feitas por vítimas de extorsões de policiais.

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A indefinição sobre o futuro da Sete Brasil, responsável pela construção de sondas de perfuração para a Petrobras, provoca uma nova onda de demissões na indústria naval com o desligamento de dois mil funcionários até dezembro no estaleiro Brasfels, em Angra dos Reis. É o segundo a reduzir a operação à espera de pagamentos da empresa, que há mais de um ano parou de repassar verbas para a construção de sondas já em andamento. A decisão do estaleiro agrava a desconfiança quanto à salvação da empresa, já afetada pela prisão, na quarta-feira, 25, do banqueiro André Esteves, ex-presidente do BTG Pactual e principal articulador de um acordo entre os credores de US$ 3,6 bilhões em dívidas da Sete Brasil.

As demissões foram anunciadas pelo estaleiro ao Sindicato dos Metalúrgicos de Angra dos Reis na quarta-feira. Cerca de 230 funcionários já foram demitidos e os demais serão desligados até a primeira quinzena de dezembro. As demissões reduzem em um terço a capacidade de trabalho do estaleiro, contratado pela Sete Brasil para construir seis sondas para a Petrobras - duas em fase intermediária e uma com 90% de avanço físico, que teve as obras suspensas.

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Segundo o presidente do sindicato, Manoel Sales, a direção do estaleiro sinalizou que a folha de funcionários estava "insustentável" após um ano sem aportes da Sete Brasil. A empresa teria indicado ao estaleiro que não há previsão para regularizar os pagamentos. "As demissões vão ter efeito na cidade, no comércio. Angra 3 (usina nuclear) já mandou embora mais de 1,5 mil trabalhadores. É muita demissão ao mesmo tempo", disse o sindicalista.

No início do ano, o estaleiro Enseada, da Odebrecht, na Bahia, também fechou as operações e demitiu mais de seis mil trabalhadores também por conta do calote da Sete Brasil. O estaleiro desistiu do contrato com a empresa, que depende de uma reestruturação em discussão na Petrobras desde janeiro. A crise na estatal, a retração dos investimentos no setor de óleo e gás e os efeitos da operação Lava Jato sobre empreiteiras já provocou a demissão de 20 mil pessoas na indústria naval somente em 2015.

A Sete Brasil e seus ex-diretores também são citados no esquema de formação de cartel e desvio de recursos para pagamento de propinas, o que desencadeou a grave crise na empresa, que também já demitiu cerca de 25% de seu quadro de funcionários e só tem caixa para operar até o primeiro trimestre do próximo ano mesmo sem realizar os pagamentos aos estaleiros. Em nota, a empresa informou que "depende da aprovação do plano de reestruturação para regularizar o cronograma de pagamentos", e disse que não comentaria as demissões.

Apesar dos atrasos, os estaleiros tinham acordado manter as operações na espera de um acordo com a Petrobras. Investidores também tinham concordado em adiar dívidas vencidas em outubro, após uma articulação liderada pelo BTG Pactual, um dos principais sócios na Sete Brasil. Com a decisão do Brasfels e a prisão de André Esteves, há apreensão quanto à manutenção do acordo e mesmo a salvação da empresa. Petrobras e o fundo de pensão Petros já registraram perdas com o investimento na companhia, e outros sócios também sinalizaram que vão rever o valor do ativo.

O entrave para a empresa é a reestruturação de seu contrato com a Petrobras. Inicialmente, o contrato previa a construção de 28 sondas, com diferentes empresas operadoras. Agora, está em negociação a construção de apenas 18 ou até menos, com apenas três grupos operadores, entre eles a própria Sete Brasil. A medida visaria recuperar a receita perdida com a redução do número de sondas. O acordo também prevê que dois novos sócios façam aportes de R$ 2 bilhões no projeto, e um deles assumirá a construção e a propriedade de quatro sondas.

Apesar de o esboço do acordo ter passado por um pente fino pela área jurídica da estatal, ainda há resistências. Executivos da área técnica avaliam que a contratação da Sete é inviável diante do avanço da Operação Lava Jato. Já entre executivos ligados ao governo, entretanto, a percepção é que abandonar o projeto ampliaria o desgaste político. A expectativa entre os investidores era que o conselho de administração da Petrobras analisasse o novo modelo proposto para a Sete Brasil em reunião que ocorre nesta sexta-feira, 27, mas o tema não está previsto na pauta.

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