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Na última quarta-feira (29), cientistas australianos batizaram cinco novas moscas com nomes de personagens do mundo Marvel. Entre os nomes dados, estão Deadpool e Stan Lee (1922-2018), criador dos heróis.

Todas as cinco espécies são moscas assassinas, de acordo com a Organização de Pesquisa Científica e Industrial da Commonwealth (CSIRO). As outras três foram identificadas com nomes de outros personagens da Marvel: Loki, Thor e Viúva Negra.

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Da esq. para a dir.: os insetos Deadpool, Loki e Stan Lee | Foto: Divulgação

"Nomear uma espécie é o primeiro passo para entender essa espécie", comentou o entomologista da CSIRO Bryan Lessard em entrevista a Reuters. "Sem um nome científico, essas espécies são invisíveis para a ciência", finalizou.

As cinco moscas fazem parte de 165 descobertas nomeadas pelos cientistas ao longo do ano passado, que incluíam dois peixes, três subespécies de pássaros e até um ácaro que vive em um lagarto.

 

Pesquisadores do Instituto Indonésio de Ciências (LIPI) decobriram um novo tipo de ‘barata do mar’ gigante (Bathynomus giganteus). O novo espécime foi encontrado no Estreito de Sunda e ao sul da ilha de Java, a uma profundidade entre 957 e 1.259 metros abaixo do nível do mar.

A descoberta desse novo tipo de crustáceo foi publicada na revista ZooKeys, no último dia 8 de julho e é considerada uma conquista científica importante. "A descoberta de novas espécies é uma grande conquista de um taxonomista, especialmente espécies espetaculares em termos de tamanho e até do ecossistema em que as espécies foram encontradas", explicou o Chefe Interino da Divisão de Zoologia do Centro de Pesquisa Biológica do LIPI, Cahyo Rahmadi.

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A escolha do termo gigante como nome de tipo refere-se ao tamanho do corpo, que pode atingir tamanhos acima de 15 centímetros na idade adulta. "Seu tamanho é realmente muito grande e ocupa a segunda maior posição do gênero Bathynomus", explicou a pesquisadora do Centro de Pesquisa em Biologia do LIPI, Conni Margaretha Sidabalok.

Conni explicou que estudos anteriores descobriram cinco tipos de Bathynomus na categoria de super gigante no Oceano Índico e no Pacífico. "A descoberta do primeiro Bathynomus do fundo do mar na Indonésia é muito importante para a pesquisa taxonômica em crustáceos do fundo do mar, dada a escassez de pesquisas semelhantes na Indonésia", disse Conni.

Morfologia do novo Bathynomus

O novo Bathynomus gigante tem um corpo plano e duro, embora não tenha uma carapaça ou casca dura que proteja os órgãos internos do corpo dos crustáceos. Seus olhos são grandes, planos e têm uma distância suficientemente grande entre os dois. Os órgãos da cabeça são um par de antenas longas, um par de antenas curtas no final da cabeça e a boca e os membros modificados para talheres no segmento inferior da cabeça. Bathynomus tem sete pares de pernas e cinco pares de nadadeiras.

Com informações do Instituto Indonésio de Ciências

Pesquisadores do Museu Zoológico da Universidade Estatal de Moscou encontraram um besouro em um pedaço de âmbar, uma resina fóssil que evita a invasão de bactérias. Os cientistas estimam que o inseto tenha vivido há cerca de 39 milhões de anos e qua a espécie, extinta, nunca fora catalogada. 

Em nota oficial, o museu informou o nome escolhido para a descoberta: Telmatophilus sidorchulae, que é devido a semelhança com a espécie Telmatophilus typhae, que possibilitou, através da relação visual, identificar que o fóssil se tratava de um besouro. A diferença entre elas está presente em detalhes: no novo inseto as antenas são mais longas e as patas mais unidas.

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No comunicado à imprensa, o principal pesquisador do Museu Zoológico, Georgy Lubarsky, comemorou a descoberta e explicou que o âmbar foi essencial para a conservação do animal. "Felizmente, a peça com o besouro é muito transparente. O inseto é claramente visível e é até mesmo possível observar os detalhes de sua estrutura", comentou.

 

Gabi Brandt compartilhou, na última segunda-feira (29), o momento em que descobriu estar grávida de seu segundo filho com Saulo Poncio. No YouTube, a influenciadora digital mostrou como foi contar para amigos e familiares sobre a novidade e ainda incluiu uma surpresa feita para o cantor.

O registro fez sucesso na web e chegou a emocionar muita gente. Porém, o que chamou a atenção mesmo foi a reação de Saulo ao descobrir a gravidez de Gabi. No vídeo, o cantor se confunde de primeira e, de repente, cai no choro. O momento gerou comentários na internet e muitos internautas se divertiram com a feição que o artista fez assim que começou a chorar.

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"Gente, se alguém chega perto de mim chorando igual o Saulo eu juro que sairia correndo na hora", desabafou uma internauta. "Impossível alguém ter chorado nesse vídeo com o Saulo chorando, eu nunca ri tanto", brincou outra.

"Fui ver o vídeo da Gabi Brandt. Fiquei toda emocionada e chega o Saulo chorando: perdi tudo", escreveu uma terceira.

Um túnel ainda em fase inicial de escavação foi descoberto no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) em Manaus-AM, na segunda-feira (18). Essa já é a quarta tentativa de fuga descoberta pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) nos últimos 40 dias.

O túnel estava sendo escavado dentro de uma das celas da unidade. Durante a revista, foram descobertos ainda cinco celulares e um modem móvel.

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Segundo a Seap, há indícios de que um funcionário estaria levando os celulares. Um inquérito policial será aberto para investigar o caso.

O local do túnel foi isolado para manutenção e 24 internos transferidos para outras celas. Eles vão responder a um Procedimento Administrativo Disciplinar.

Em 7 de abril, a Seap flagrou o momento em que um túnel era escavado do lado de fora da Unidade Prisional do Puraquequara (UPP). Um homem foi detido.

Em 17 de abril, um novo túnel foi descoberto no Centro de Detenção Provisória Masculino 1 (CDPM 1). Em 2 de maio, houve a descoberta de um túnel por onde os presos planejavam fugir durante a rebelião na UPP.

Cientistas descobriram um anticorpo monoclonal humano capaz de impedir que o vírus da covid-19 infecte células cultivadas em laboratório. A descoberta, publicada online na segunda-feira, dia 4, na Nature Communications, é um primeiro passo em direção ao desenvolvimento de anticorpos capazes de prevenir ou tratar a doença causada pelo novo coronavírus.

A epidemia de covid-19 se espalhou rapidamente pelo mundo, infectando 3,3 milhões de pessoas e matando mais de 235 mil. Pesquisadores da Universidade de Utrecht, do Centro Médico da Universidade de Erasmus e da Harbour BioMed (HBM) assinam o estudo.

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"Essa pesquisa avança em relação ao trabalho já feito no passado com os anticorpos do vírus da Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars), que causou uma epidemia em 2002/2003", explicou Berend-Jan Bosch, professor associado da Universidade de Utrecht e coautor do estudo.

"Usando essa coleção de anticorpos encontrados naquela época, identificamos um específico que também é capaz de neutralizar a infecção pelo Sars-Cov2, em células cultivadas em laboratório. Esse anticorpo tem o potencial de alterar o curso da infecção no hospedeiro, ajudando no combate ao vírus ou prevenindo a infecção."

O especialista explicou que isso acontece porque o anticorpo se liga a uma parte específica do vírus que é exatamente igual no Sars-Cov e no Sars-Cov-2. "Essa neutralização cruzada desse anticorpo é muito interessante e sugere que existe potencial na mitigação de doenças causadas por futuros novos coronavírus emergentes", afirmou.

"Essa descoberta nos oferece uma base sólida para novas pesquisas com o objetivo de caracterizar esse anticorpo e começar a desenvolvê-lo como um potencial tratamento para covid-19", afirmou Frank Grosveld, do Centro Médico de Erasmus, em Roterdã.

"O anticorpo usado nesse trabalho é totalmente humano, o que permite um desenvolvimento mais rápido (de um produto) e reduzindo o potencial de efeitos colaterais."

Terapias convencionais com anticorpos costumam ser inicialmente desenvolvidas em outras espécies e, só então, ‘humanizadas’. "Há muito trabalho ainda a ser feito para sabermos se o anticorpo é capaz de proteger e reduzir a gravidade da doença em seres humanos", afirmou Jingsong Wang, da HBM.

"Acreditamos que a nossa tecnologia possa contribuir para essa urgente necessidade de saúde pública e estamos também buscando vários outros caminhos de pesquisa."

Enquanto cientistas de todo o mundo combatem o coronavírus, um instituto de pesquisa chinês anunciou que desenvolveu um nanomaterial que pode absorver e desativar o coronavírus, e está procurando colaborar com empresas para aplicar a tecnologia na fabricação de purificadores de ar e máscaras faciais, relata a agência Reuters.

Testes de laboratório realizados na província de Anhui, leste da China, mostraram que o material desativou de 96,5 a 99,9% do coronavírus, disse em comunicado o Instituto de Física Química de Dalian, controlado pela Academia Chinesa de Ciências.

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A mídia chinesa Global Times salienta que a nova arma não é uma droga ou um composto, mas um nanomaterial.

Segundo o canal DNA India, os chineses podem estar falando de nanozimas, nanomateriais com características semelhantes às das enzimas. A nanotecnologia pode ser usada para projetar fármacos que possam visar órgãos ou células específicas do corpo, como células cancerígenas, e melhorar a eficácia da terapia.

Da Sputnik Brasil

Um grupo de investigadores da Universidade de Cardiff, no País de Gales, encontrou um novo tipo da "Célula T" - responsável pela defesa do organismo contra ameaças desconhecidas, como vírus e bactérias - que poderá atacar e destruir a grande maioria dos tipos de câncer.

A descoberta foi publicada na revista científica Nature Immunology e ainda não foi testada em doentes. Contudo, os investigadores acreditam que, embora o trabalho ainda esteja em estágio inicial, a descoberta tem “enorme potencial”, diz a BBC.

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Os cientistas encontraram uma célula no sangue das pessoas que pode avaliar se existe uma ameaça a ser eliminada. Essa nova célula imune suporta um receptor que age como um gancho, que se agarra à maioria dos cânceres ao mesmo tempo que ignora as células saudáveis.

Andrew Sewell, responsável pelo estudo, afirma que é “altamente incomum” encontrar uma célula com potencialidades terapêuticas assim tão vastas no combate ao câncer e que a descoberta aumenta a perspectiva de criar uma “terapia universal”.

“A nossa descoberta aumenta a perspectiva para os tratamentos contra o câncer. Esse tipo de célula pode ser capaz de destruir muitos tipos diferentes da doença. Antes, ninguém achava que isso fosse possível. Essa foi uma descoberta acidental, ninguém sabia que essa célula existia”, contou Sewell ao The Telegraph.

A equipe de investigadores descobriu que o novo tipo de célula T pode encontrar e matar grande diversidade de células cancerígenas, incluindo as presentes no câncer de pulmão, pele, sangue, mama, osso, próstata, ovário, rim e colo do útero.

Embora o processo como a célula ataca outras células ainda não seja compreendido, os cientistas acreditam que o receptor das células T interage com uma molécula, chamada MR1, que existe na superfície de todas as células do corpo humano.

“Somos os primeiros a descrever uma célula T que se encontra com a MR1 nas células cancerígenas. Isso nunca foi feito antes”, afirmou Gary Dolton, que participa da investigação, em entrevista à BBC.

Pesquisadores italianos descobriram uma molécula que bloqueia o desenvolvimento do mal de Alzheimer em seu estágio inicial.

O estudo foi coordenado por Raffaella Scardigli, Antonino Cattaneo e Giovanni Melli, da Fundação Ebri, e teve colaboração do Centro Nacional de Pesquisas (CNR), da Escola Normal Superior de Pisa e do Departamento de Biologia da Universidade de Roma Tre.

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Publicada na revista Cell Death and Differentiation, a pesquisa aponta que o anticorpo A13 estimula o nascimento de neurônios, combatendo os problemas acarretados pelas fases precoces do mal de Alzheimer.

No estudo, ratos foram submetidos a um tratamento com essa molécula e retomaram a produção de neurônios a um nível quase normal, o que, segundo os pesquisadores, abre novas possibilidades para os pacientes.

O mal de Alzheimer é uma doença degenerativa e hoje incurável que causa a perda progressiva de neurônios nas áreas do cérebro responsáveis pela memória, pela linguagem, pelo raciocínio e pelo reconhecimento.

Da Ansa

O presidente do Irã, Hassan Rouhani, anunciou a descoberta de um grande campo de petróleo que poderá ampliar as reservas conhecidas do país em cerca de 30%.

Rouhani disse, nesse domingo (10), que engenheiros iranianos descobriram um grande campo com 53 bilhões de barris de petróleo. Acrescentou que o campo de petróleo na província sudoeste do país, Khuzestan, cobre uma área de 2.400 quilômetros quadrados.

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A BP, gigante britânico do setor de petróleo, declarou que até o fim de 2018 o Irã ocupava o quarto lugar no mundo em reservas de petróleo, com total estimado de 155,6 bilhões de barris.

Se a dimensão na nova reserva de petróleo vier a ser comprovada, o volume elevaria a posição do país para logo depois da Venezuela e Arábia Saudita.

O anúncio surgiu no momento em que o Irã luta para vender seu petróleo no exterior, em meio às sanções impostas pelos Estados Unidos.

O país, aparentemente, está fazendo um apelo à comunidade internacional no sentido de reconfirmar sua importância como fornecedor de petróleo, numa tentativa de disseminar ressentimentos contra os Estados Unidos.

*Emissora pública de televisão do Japão

Pela primeira vez em 20 anos, cientistas norte-americanos descobriram um novo subtipo do vírus HIV, causador da Aids, que pode ajudar na criação de novas formas de tratamento para os portadores, além de prevenir futuros surtos da doença. O novo subtipo pertence ao grupo "M" do HIV, e é tido como a versão mais comum da doença em todo o mundo. Ele foi encontrado durante um estudo realizado por pesquisadores da farmacêutica Abbott e publicada na revista Journal of Acquired Immune Deficiency Syndromes nessa quarta-feira (6).

De acordo com os dados, o subtipo "L" foi coletado de três amostras, duas analisadas entre os anos de 1983 e 1990 e outra em 2001, mas que não possuíam vírus suficientes para ser encontrados usando as técnicas da época. Na ocasião, dois indivíduos da República Democrática do Congo foram identificados como portadores do vírus.

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"Essa descoberta nos lembra que, para poder erradicar a pandemia, devemos continuar a ser mais espertos que esse vírus que está constantemente mudando, usando as tecnologias mais recentes para monitorar sua evolução", explicou Mary Rodgers, responsável por dirigir o Programa Global de Vigilância Viral. "Identificar novos vírus como esse é como procurar uma agulha em um palheiro. Ao avançar nossas técnicas e usar a nova geração de tecnologia de sequenciamento, puxamos essa agulha com um ímã", acrescentou a cientista.

Os autores do estudo ainda ressaltam que, desde o início da pandemia, 75 milhões de pessoas foram infectadas e 37,9 milhões vivem com o vírus hoje. O diretor do Instituto Nacional Americano de Alergia e Doenças Infecciosas, Anthony Fauci, por sua vez, explicou à imprensa que, embora a descoberta seja importante, ela não é motivo de preocupação para a população.

"Os tratamentos atuais são eficazes contra esta e todas as outras cepas. Essa descoberta pode nos dar indicações úteis, no entanto, sobre como o vírus evolui", finalizou.

Da Ansa

No dia 7 de abril de 1975, a lavradora Neide Aparecida Pereira, de 22 anos, saiu de casa para buscar lenha e, quando voltou, sua filha de dois anos havia desaparecido. Na queixa registrada na delegacia de polícia de Tanabi, interior de São Paulo, onde ela morava, Neide apontou como suspeito de ter sequestrado a menina um parente de seu marido, Pedro Antônio Garcia, na época com 34 anos. O caso foi arquivado sem que a criança e o suspeito fossem encontrados.

Após 44 anos, em agosto último, a cuidadora Simone Aparecida Lopes Garcia, de 46 anos, moradora de Cariacica, na Grande Vitória (ES), descobriu que era ela a menina sequestrada e que fora criada como filha pelo próprio sequestrador. O homem que chamava de pai a separou também de duas irmãs mais velhas que ficaram com sua verdadeira mãe. "Vivi, até agora, uma vida de mentira, uma vida que não era minha. Quero encontrar minha mãe e minhas irmãs para reescrever minha história", disse, ao jornal O Estado de S. Paulo, por telefone, nesta quarta-feira, 6.

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Simone conta que desde pequena seu "pai" dizia que a mãe dela, Iraildes da Cunha Lopes, era alcoólatra e havia morrido. Ela, no entanto, nunca tinha visto o atestado de óbito ou qualquer documento a respeito. "Quando eu queria saber mais, ele ficava bravo e, como era um homem violento, eu deixava para lá. Em maio de 2006, ele sofreu um derrame e ficou muito ruim. Fui a última pessoa a falar com ele, antes de morrer, e pedi que falasse se minha mãe estava viva. Ele negou. Preferiu que esse segredo terrível morresse com ele."

A cuidadora conta que, após a morte do pai, aumentou o desejo de saber mais sobre a mãe. "Eu já tinha meus cinco filhos todos criados, o caçula tem hoje 24 anos, e eles também perguntavam da avó. Decidi então pesquisar sobre ela." Em busca de informações sobre a mulher que acreditava ser sua mãe, Simone acabou chegando à verdadeira história do homem que se passou por seu pai. "Descobri que Iraildes tinha morrido em 1974, mas também que ela não era minha mãe. Foi quando soube que tinha um processo envolvendo quem se dizia meu pai na delegacia de Tanabi. Quando vi o que era, caiu meu mundo. Fiquei em choque, pois logo entendi que eu era a menina sequestrada e estava lá o nome dele como meu sequestrador."

Lendo o processo, Simone soube que sua mãe verdadeira, Neide Pereira dos Santos, procurou por ela durante dois anos. "Foi uma busca difícil, pois ela morava na zona rural, era muito pobre. Mesmo assim, ela procurou em casa de familiares dele por toda a região. A família Garcia era bem sucedida, tinha até parente delegado. O processo foi arquivado sem muita investigação." De acordo com a cuidadora, sua mãe havia sido abandonada pelo seu pai biológico e Pedro, que era casado com uma prima dele e tinha ficado viúvo, pediu abrigo na casa de Neide.

O homem mudou-se para lá com o adolescente Marcos Antonio Garcia, de 14 anos, que ele "pegara para criar" aos 7 anos. Após o sequestro, Pedro a levou para o Paraná e, depois, para o Espírito Santo, sem despertar suspeitas. "Ele dizia que eu era filha dele, que a mãe havia morrido, e mostrava uma foto da Iraildes, além de uma foto minha, criança, no colo dele."

A própria Simone reconhece que sua vida parece um filme, "um drama daqueles de chorar". Ela conta que, desde os quatro anos, foi abusada sexualmente por Marcos, que considerava meio irmão. "Isso (abuso) foi até quando eu tinha 9 anos e ele 21. Gostaria que ele fosse encontrado agora e fosse responsabilizado pelo que fez." Para fugir dos abusos do rapaz e das agressões que sofria de Pedro, ela foi morar com a mãe dele, Jesuína, que considerava sua avó, mas Pedro entrou na Justiça para obter sua guarda de volta. Foi quando a registrou como "filha".

Simone, que trabalha como cuidadora de deficientes mentais em uma clínica, diz que vive, agora, por dois objetivos. O primeiro é recuperar a identidade que lhe foi roubada. "Vou trocar toda a documentação em que estou registrada como Simone Aparecida Lopes Garcia, para meu nome verdadeiro: Simone Aparecida Pereira dos Santos." O outro, é encontrar sua verdadeira família. "Neide, minha mãe, está hoje com 66 anos, se estiver viva. Também espero encontrar minhas irmãs."

Ela está recebendo ajuda de uma organização especializada em buscas de pessoas desaparecidas. "Meus filhos estão me apoiando em tudo. Dois deles, a Camila e o Gabriel, moram comigo. Eles também estão na maior expectativa. Quando o telefone toca, eu tremo, de tanta ansiedade." A filha Gabriela conta que a mãe recebe também apoio psicológico. "Foi muito horrível tudo isso que ela passou. Vamos fazer de tudo para que ela encontre a nossa avó verdadeira e também outros familiares", disse.

Uma pesquisa desenvolvida por um professor da universidade King's College London, no Reino Unido, apontou que o gênio italiano Leonardo Da Vinci pode ter tido o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH).

O estudo, que foi publicado pela revista "Brain", foi realizado pelo professor de psiquiatria Marco Catani, da universidade britânica.

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O especialista descobriu que Da Vinci pode ter tido o transtorno através de documentos históricos escritos por biógrafos e contemporâneos do artista italiano.

"Embora seja impossível fazer um diagnóstico pós-morte sobre uma pessoa que viveu há 500 anos, estou convencido de que o TDAH representa a hipótese mais convincente e cientificamente plausível para explicar a dificuldade de Leonardo em terminar seus trabalhos", explicou Catani.

Documentos indicam que Da Vinci passava muito tempo planejando os seus projetos, mas em diversas ocasiões ele não conseguia terminar. Além disso, alguns sinais típicos do TDAH, como inquietação e impulsividade, estão presentes desde a infância do gênio e "persistem por toda a vida", segundo o neuropsiquiatra.

Fontes históricas também descrevem Da Vinci como um homem sempre em movimento e que dormia muito pouco. Ele era capaz de trabalhar dia e noite ininterruptamente com apenas breves cochilos. Relatos de biógrafos também indicam que o italiano mudava muito de emprego.

Além disso, o cientista explicou que Da Vinci apresentava característica comuns de pacientes com déficit de atenção, como ser canhoto, provavelmente disléxico e com o lado direito do cérebro dominante nos processos linguísticos.

"Cinco séculos após sua morte, espero que o caso de Leonardo demonstre como o TDAH não está ligado a um QI baixo ou a uma falta de criatividade. Ele está ligado à dificuldade de capitalizar o talento natural. Espero que o legado de Leonardo nos ajude a mudar o estigma em torno do TDAH", disse Catani.

Da Ansa

O Exército nepalês rejeitou as afirmações dos militares indianos, segundo as quais seus soldados teriam descoberto traços do "Abominável Homem das Neves", ou Yeti, no Himalaia, declarando que se trata, provavelmente, das pegadas de um urso.

Na segunda-feira, o Exército indiano divulgou fotos do que seriam "pegadas do Yeti", provocando risos e ceticismo nas redes sociais.

O porta-voz do Exército nepalês Bigyan Dev Pandey declarou que oficiais foram para o local, mas que, ao chegar, as pegadas haviam desaparecido.

Os moradores da região contaram aos militares que se tratava provavelmente de animais bípedes. De acordo com o porta-voz, pegadas estranhas eram vistas com frequência na área, "e são de ursos selvagens".

Esta hipótese coincide com os comentários de especialistas em fauna selvagem. Segundo eles, os soldados indianos viram pegadas de animais bípedes, as quais tiveram seu tamanho aumentado pelo sol e pelo vento.

O Exército indiano havia anunciado que as pegadas mediam 81 centímetros por 38 e foram descobertas por uma equipe de militares em 9 de abril. O grupo estava perto do acampamento-base de Makalu, uma zona isolada na fronteira entre Nepal e China.

"Pela primeira vez, uma expedição de alta montanha localizou as misteriosas pegadas do mítico animal 'Yeti'", tuitaram as Forças Armadas do gigante do sul da Ásia, publicando três fotos de pegadas na neve.

"O escorregadio Homem das Neves foi sido antes apenas no parque nacional de Makalu-Barun", acrescentou o tuíte indiano, em alusão às célebres pegadas encontradas pelo explorador britânico Eric Shipton, em 1951, no Everest.

Segundo velhas lendas nepalesas e tibetanas, o "Yeti" é uma criatura gigante e feroz que vive nas encostas do Himalaia.

Era o penúltimo dia de uma expedição de 15 dias pela região entre os Rios Roosevelt, Guariba e Aripuanã, na fronteira entre os Estados do Amazonas e Mato Grosso, quando um grupo de macaquinhos com longa cauda avermelhada resolveu aparecer para as lentes do fotógrafo Adriano Gambarini. Era 2013, a espécie tinha sido vista pela primeira vez em 2010, mas faltava um registro fotográfico do primata e mais detalhes sobre ele.

Apelidados de zogue-zogue rabo de fogo, os animais comiam frutas de ingá, embaúba e cacauí. A expedição, organizada pelo WWF-Brasil, havia conseguido chegar até eles pela vocalização que fazem em campo, especialmente pela manhã e na estação chuvosa. Estava claro para o grupo - encabeçado pelo pesquisador Julio César Dalponte, o primeiro a ver o bicho ainda em 2010 - que se tratava de uma nova espécie.

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A descrição, porém, só viria em 2014, num trabalho ao qual se juntou o pesquisador José de Sousa e Silva Júnior, o Cazuza, do Museu Paraense Emílio Goeldi. Inicialmente batizado como Callicebus miltoni, foi depois renomeado para o gênero Plecturocebus, para diferenciar do gênero Callicebus, específico para os macacos desse tipo que ocorrem na Mata Atlântica.

O rabo de fogo foi descrito dentro de um mega esforço de identificação de espécies promovido pelo Goeldi e que acrescentou, em apenas quatro anos (de 2014 a 2018), 301 novas espécies para a ciência. O balanço, que será divulgado nesta semana, foi passado com exclusividade para o jornal O Estado de São Paulo.

A realização de mais estudos de campo, aliados ao desenvolvimento de tecnologias de informática e de análise de laboratório foram fundamentais para o rápido avanço. Desde o início do século, o museu identificou 587 espécies - mais da metade só nos últimos quatro anos. Entre os achados, a maior parte (183) é de invertebrados - com destaque para os aracnídeos (141). Há também 20 peixes, 18 anfíbios, 14 répteis e 3 mamíferos, 5 fungos e 58 plantas.

'Muitas espécies podem estar desaparecendo antes mesmo de serem conhecidas'

"O número impressiona, mas a verdade é que a Amazônia ainda é muito desconhecida, e é importante conhecê-la o mais rápido possível, porque a região está sofrendo com uma rápida dinâmica de desmatamento e muitas espécies podem estar desaparecendo antes mesmo de serem conhecidas", afirma Ana Albernaz, diretora do museu. "Saber isso contribui para políticas públicas que possam minimizar as perdas, como a criação de unidades de conservação."

Foi quase o que aconteceu com um outro tipo de macaco zogue-zogue. A espécie intrigava Cazuza pelo menos desde 1995, quando ele coletou um exemplar em Alta Floresta, no norte de Mato Grosso. "Eu percebia que era diferente de outros animais, mas era sutil, não muito convincente", conta. Só quando outros pesquisadores encontraram mais exemplares e foi feita uma investigação genética, além da morfológica, que se concluiu que se tratava de uma nova espécie.

Quando a descrição do Plecturocebus grovesi foi, enfim, publicada, no final do ano passado, já foi acompanhada de uma previsão dramática. Se a região de Alta Floresta continuar sofrendo com os índices de desmatamento dos últimos anos, até 2042 poderá ocorrer uma perda de 86% do hábitat do animal. "A distribuição da espécie ficará fragmentada e extremamente reduzida, com alta possibilidade de inviabilizar a manutenção das populações na natureza", explica o pesquisador.

A lista também encanta pela diversidade da Amazônia. É o caso das aranhas que se parecem com formigas, como a Myrmecium nogueirai. "É uma vantagem evolutiva, uma vez que as formigas tem poucos predadores. Além disso, as formigas são muito numerosas, então, alguém parecido com elas se mistura na multidão e tem menos chance de ser predado", conta o biólogo do Goeldi Alexandre Bonaldo.

Ao longo dos últimos quatro anos, o gênero dessa espécie foi revisto e passou a incluir 38 espécies, sendo 28 delas propostas como novas para a ciência.

Segundo o pesquisador, o grupo dos aracnídeos foi o que mais teve descobertas por causa da participação do Brasil em um projeto internacional realizado entre 2008 e 2014 que teve como objetivo investigar a família Oonopidae em todo o planeta e envolveu cientistas dos Estados Unidos, da Europa, da África do Sul, da China, da Austrália, da Argentina e do Brasil.

"O projeto trouxe tecnologias da chamada cybertaxonomy para acelerar a descrição das espécies e torná-las comparáveis em todo o globo. Uma plataforma web, com tecnologias de geração de descrições automáticas, nos permitiu descrever aranhas sul-americanas em moldes comparáveis com as que estavam sendo descritas na China, por exemplo", explica. Até 2008, quando projeto começou, 500 espécies tinham sido descobertas em 200 anos. No final, já havia mais de 3000 espécies conhecidas da família. Mesmo após concluído, as tecnologias adotadas na plataforma continuaram sendo usadas em mestrados e doutorados orientados por Bonaldo.

Espécies homenageiam primatologistas

Os dois novos macacos descritos na lista do Goeldi fazem homenagens a grandes primatologistas. O Plecturocebus miltoni é uma honra ao professor Milton Thiago de Mello, da Universidade de Brasília, responsável pela formação da maioria dos primatólogos na ativa. Aos 103 anos, ele continua participando de eventos científicos. O P. grovesi lembra o inglês Colin Groves, morto no ano passado, responsável por compilações e atualizações sobre taxonomia de primatas. E Cazuza também já viu seu nome em uma espécie. Ele faz parte da coleção do Goeldi, mas foi descrito por uma americana, por isso não compõe a lista do museu. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Arqueólogos peruanos descobriram uma câmara funerária da época inca no norte do Peru, onde foi sepultada uma pessoa da elite, informou nesta sexta-feira um pesquisador.

"A câmara funerária foi descoberta no sítio arqueológico Mata Indio", da região de Lambayeque, no norte, disse o arqueólogo Luis Chero, diretor do Museo de Sitio Huaca Rajada-Sipán, à agência estatal Andina.

Tem "uma arquitetura única em seu gênero, o que mostra que os incas estiveram assentados no Vale Zaña com todo seu esplendor", acrescentou Chero, expressando que "esta descoberta é transcendental na história de Lambayeque".

Os arqueólogos acreditam que a tumba era de um nobre porque havia 'spondylus', um tipo de concha marinha que sempre acompanha as sepulturas de pessoas importantes da época inca (do século XII ao XVI).

Apesar do recinto funerário ter sido saqueado várias vezes, os arqueólogos recuperaram alguns objetos, como vasos e aríbalos (vaso grego de corpo volumoso, alça pequena e gargalo estreito).

A câmara também tem nichos que serviam para colocar os ídolos e adorar um morto.

Chero disse que estas descobertas "demonstram a majestade e importância deste local".

Nesta região, situada 1.000 km ao norte de Lima, se desenvolveu a cultura Lambayeque ou Sicán, entre os séculos VIII e XIV d.C.

A zona fica a 2.000 km de Cusco, a capital do império inca, que abarcava um vasto território do sul da Colômbia até o centro do Chile.

Pesquisadores venezuelanos descobriram uma espécie de sapo endêmica, cuja sobrevivência está ameaçada pelo desmatamento e destruição de seu habitat.

O pequeno animal vive nas florestas da Serra de Aroa, no norte do estado de Yaracuy, e recebeu o nome de Mannophryne molinai, em reconhecimento póstumo a Cesar Molina (1960-2015), um herpetologista venezuelano que dedicou sua vida a trabalhar com anfíbios e répteis.

É um "sapo de colar (por uma faixa preta na garganta); os maiores indivíduos atingem apenas 2,5 centímetros", explicou à AFP Miguel Matta, coautor da pesquisa. As fêmeas são ligeiramente maiores que os machos.

As cores nas costas são uma mistura de marrom, cinza e verde escuro. A barriga dos machos é branca e sua garganta é acinzentada; as fêmeas apresentam uma coloração ventral mais colorida, com a garganta amarela e o colar preto mais marcado, e barriga branca parcialmente tingida de amarelo, segundo Matta.

Outra característica é o som que os machos emitem, "consistindo de séries extensas de notas individuais", acrescentou.

Embora presuma-se que a sua distribuição seja mais extensa nas montanhas, até agora sua presença só foi detectada em um ponto chamado de Rondona.

Os primeiros exemplares de Mannophryne molinai foram encontrados em 2012 em um riacho na área. No início pensava-se que se tratava de uma outra população de Mannophryne herminae, amplamente distribuída nas montanhas da costa da Venezuela, mas as dúvidas persistiram.

Como as espécies desse gênero são difíceis de diferenciar, "foram necessárias mais pesquisas para garantir que se tratava de uma espécie não descrita", explicou Matta.

O trabalho de campo durou vários anos e para a descrição da espécie foram necessárias fotografias, análises de gravações de suas vocalizações e uma comparação minuciosa com as outras 19 espécies conhecidas do gênero Mannophryne.

A pesquisa foi publicada na revista científica Zootaxa.

Matta, da Universidade Central da Venezuela, e os herpetólogos Enrique La Marca, da Universidade de Los Andes, e Fernando Rojas-Runjaic, do Museu de História Natural La Salle, lideraram o estudo.

Com este achado, há 20 espécies do gênero Mannophryne identificadas, 18 endêmicas das montanhas do norte da Venezuela.

Metade corre risco de extinção, segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).

Duas ossadas de 3.000 anos de antiguidade dos primeiros enterros humanos no vale de Cusco foram descobertas por arqueólogos peruanos, informou nesta quarta-feira (24) o Ministério da Cultura.

As descobertas foram feitas na região arqueológica de Marcavalle, no vale de Cusco, que foi capital do império inca, que se desenvolveu nos séculos XV e XVI, no sudeste do Peru.

"O primeiro enterro é de uma pessoa menor de 20 anos, que foi rodeada por uma estrutura de pedras e cuja ossada foi achada flexionada, com modificações cefálicas", explicou a arqueóloga Luz Marina Monrroy, chefe das pesquisas, citada em um comunicado.

O segundo corresponde à ossada completa de uma pessoa jovem, encontrada em posição estendida lateral, a poucos metros do primeiro enterro.

"Estas descobertas correspondem à época formativa, isto é, aproximadamente 1.000 anos antes de Cristo, o que confirma que Marcavalle contém os primeiros enterros humanos registrados no vale de Cusco, sendo seu primeiro assentamento", afirmou a arqueóloga.

Perto de Cusco fica a cidadela inca de Machu Picchu, o principal centro turístico do Peru, a 2.430 metros de altitude, na cordilheira oriental.

Os especialistas também encontraram enterros de camelídeos sul-americanos, que se trataria de uma oferenda em poço circular, a mais antiga de Cusco.

Monrroy disse que foram encontradas evidências do que seria um ateliê lítico, caracterizado por artefatos de pedra e moagem em processo de trabalho, segmentos de arquitetura compostos por recintos, muros de pedra e restos de uma plataforma elevada, que são da mesma época.

Além disso, foram encontrados fragmentos de cerâmica decorada, pintada e com incisões que mostram rostos humanos, aplicações em asas de vasilhas, instrumentos em osso, restos carbonizados de produtos agrícolas, pilões de pedra e peças metálicas de uso doméstico.

Há um ano, cientistas descobriram em Marcavalle um muro de sete metros de diâmetro, que teria servido de moradia e para rituais dos primeiros habitantes que ocuparam o vale de Cusco, segundo Monrroy.

Com pequenos robôs equipados com microcâmeras, arqueólogos encontraram sepulturas de humanos e objetos de cerâmica da cultura Chavín, que floresceu entre os anos 1.300 e 550 antes de Cristo no atual Peru.

Três galerias e sepulturas foram descobertas nas últimas semanas na zona do Monumento Arqueológico Chavín de Huántar, na região de Áncash, 462 km ao norte de Lima, informou nesta terça-feira (21) o Ministério da Cultura.

"Foram encontradas três novas galerias subterrâneas que apresentam as primeiras sepulturas de humanos encontradas da época chavín", disse em um comunicado.

Esta é a descoberta "mais importante dos últimos 50 anos no Monumento Arqueológico Chavín de Huántar", acrescentou.

No local foram encontradas peças de cerâmica, utensílios, as sepulturas intactas de uma pessoa adulta, enterrada de bruços, e de uma criança de três anos.

"As novas descobertas nos mostram um mundo de galerias que têm sua própria organização, com conteúdos distintos", disse à imprensa o arqueólogo americano John W. Rick, da Universidade de Stanford, que dirige esta pesquisa.

Rick explicou que no complexo de Chavín há 35 galerias construídas em distintos períodos e ainda restam dúzias delas por desenterrar.

"A hipótese com que se vem trabalhando é que aparentemente o adulto teria sido sacrificado como parte do fechamento da galeria", disse o vice-ministro do Patrimônio Cultural, Luis Felipe Villacorta, ao jornal La República.

Acrescentou que "aparentemente, estes lugares serviam para a preparação dos sacerdotes em tempos de Chavín".

Para a exploração, os arqueólogos usaram pequenos robôs com microcâmeras, que puderam entrar em lugares muitos pequenos e descobriram cavidades nos labirintos de Chavín.

"A descoberta das galerias tem uma dupla particularidade. O uso de novas tecnologias que revelaram espaços que permaneceram fechados desde a época Chavín, e a riqueza da informação arqueológica", destacou Villacorta.

O Monumento Arqueológico Chavín de Huántar, que foi o centro administrativo e religioso da cultura chavín, é o primeiro grande centro religioso e de peregrinação da América do Sul. Em 1985 foi declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco.

Um mural de cerca de 3.800 anos, com figuras animalescas e cabeças humanas em relevo, foi encontrado no sítio arqueológico Vichama, em Lima, no Peru. A informação foi divulgada pela agência estatal de notícias Andina nesta quinta-feira (16).

Com 2,8 metros de largura e 1 metro de comprimento, a parede contém quatro cabeças humanas - de olhos fechados - observadas por duas cobras, dizem os especialistas. Os animais, característicos das culturas andinas, convergem em um personagem principal que se acredita ser uma semente humanizada. "As cobras representam a divindade ligada à água, que filtra a terra e germina a semente", explicou a equipe do Projeto Caral Arqueológico, liderada pela especialista Ruth Shady desde 2007.

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A descoberta foi feita em abril, segundo o jornal El Comercio de Perú, e só foi revelada agora, poucos dias depois do décimo primeiro aniversário da descoberta da Vichama. De acordo com as investigações, Vichama, a 1,5 km da costa peruana, era uma cidade agroflorestal construída entre os anos 1 800 e 3 500 a.C.

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O local abriga conjuntos arquitetônicos, edificações de barro, cemitérios, entre outras construções.

Com informações de El Comercio

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