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O Museu Nacional do Rio de Janeiro anunciou nesta quinta-feira (18) a descoberta de uma nova espécie de dinossauro "muito estranho", um terópode "sem dentes" que viveu entre 70 e 80 milhões de anos atrás no sul do Brasil.

Batizado de 'Berthasaura leopoldinae', essa espécie de dinossauro terópode (bípede), de pequeno porte com aproximadamente 1 metro de comprimento e 80 centímetros de altura, foi identificada após análise de um conjunto de fósseis encontrados no município de Cruzeiro do Oeste, no estado do Paraná, entre 2011 e 2014.

Segundo nota do Museu Nacional, administrado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), "o que torna esse dinossauro genuinamente raro, é o fato de ser um terópode desprovido de dentes, o primeiro encontrado no país".

O estudo, feito em parceria com o Centro Paleontológico da Universidade do Contestado (Cenpaleo), foi publicado nesta quinta-feira na revista científica Nature.

O diretor do Museu Nacional da UFRJ, o paleontólogo Alexander Kellner, destacou o bom nível de conservação dos fósseis encontrados.

"Temos restos do crânio e mandíbula, coluna vertebral, cinturas peitoral e pélvica e membros anteriores e posteriores, o que torna "Bertha" um dos dinos mais completos já encontrados no período Cretáceo brasileiro", explicou Kellner em entrevista coletiva.

Os paleontólogos destacaram que o fato de 'Bertha' não ter dentes foi "uma verdadeira surpresa" que levantou dúvidas sobre sua dieta.

“Esse aspecto do dente evoca o questionamento sobre o tipo de dieta do animal. Isso não quer dizer que por não ter dentes ele não pode comer carne, já que muitas aves, como o falcão e o urubu, o fazem. O mais provável é que fosse um animal onívoro, já que o ambiente era inóspito e ele precisava aproveitar o que tinha disponível”, declarou Geovane Alves Souza, aluno de doutorado da UFRJ e um dos autores do estudo.

'Berthasaura leopoldinae' foi assim batizada em homenagem a Bertha Luz, cientista brasileira intimamente ligada ao Museu Nacional, à Imperatriz Maria Leopoldina, esposa do Imperador Pedro I do Brasil, por seu papel como promotora do estudo das ciências naturais, e a escola de samba Imperatriz Leopoldinense.

Arqueólogos israelenses revelaram, nesta terça-feira (16), os restos de uma estrutura fortificada grega de 2.100 anos, que foi "destruída" durante a revolta dos macabeus, uma rebelião na Judeia contra a dinastia selêucida.

Os trabalhos de escavação permitiram encontrar uma estrutura de 15 metros quadrados, com muros de pedra com menos de 3 metros de altura, e uma construção de cerca de cinco metros de altura dividida em sete peças, informou a Autoridade israelense de Antiguidades.

Os arqueólogos descobriram armas, vigas de madeira carbonizadas e dezenas de peças antigas neste lugar situado a cerca de 60 km ao sul de Jerusalém.

"Parece que descobrimos um edifício que fazia parte de uma série de fortificações criadas pelo Exército grego para proteger a grande cidade grega de Maresha de uma ofensiva dos hasmoneus", dinastia de Judeia, disseram os diretores das escavações, em um comunicado conjunto.

A revolta dos macabeus levou à tomada de Jerusalém, ao restabelecimento do culto judaico no Templo de Jerusalém, assim como da dinastia dos hasmoneus, que governou a Judeia até 40 a.C..

O retorno do ritual judaico no interior do Templo, o lugar mais sagrado do judaísmo, é comemorado pelo feriado judaico de Hanuka.

Uma canoa maia pré-hispânica em bom estado de conservação, com cerca de 1.000 anos, foi encontrada em um cenote no sudeste do México durante obras de construção de uma linha ferroviária, informou na sexta-feira o Instituto Nacional de Antropologia e História (INAH).

Com 1,60 m de comprimento, 80 cm de largura e 40 cm de altura, a embarcação foi descoberta no reservatório subterrâneo de água durante as obras de um trecho do chamado Trem Maia, entre os estados de Yucatán e Quintana Roo (sudeste).

Durante os trabalhos de prospecção na área, uma equipe de arqueólogos subaquáticos do INAH localizou uma caverna cerca de cinco metros abaixo do atual nível de água do cenote.

Em seu interior foi inicialmente observado um tronco de madeira de lei, que após vistoria "indicou a presença de cortes simétricos feitos para criar um côncavo sem bordas, o que tornou evidente que se tratava de uma canoa do tipo plataforma", explicou o instituto em nota.

"A pequena embarcação poderia ter sido usada para extrair água do cenote ou para depositar oferendas durante os rituais", acrescentou.

É a primeira canoa desse tipo tão bem preservada na região maia, já que antes apenas fragmentos desses barcos e remos foram encontrados na Guatemala e em Belize, destacam os pesquisadores.

A sua antiguidade foi inicialmente associada ao sítio de San Andrés, próximo a Chichén Itzá, cuja temporalidade está ligada ao período Terminal Clássico, entre 830 e 950 d.C.

Uma nova pesquisa marcada para novembro, com o apoio da Universidade Sorbonne de Paris, buscará determinar sua idade, bem como de que árvore é a madeira, acrescentou o INAH.

No México, onde floresceram várias culturas pré-hispânicas, como os astecas e os maias, os achados arqueológicos são comuns.

Em meados de setembro, as autoridades informaram que uma oferenda e os restos de uma escada foram encontrados em uma pirâmide na zona arqueológica de Xochitécatl, no estado central de Tlaxcala.

Um pescador encontrou um pedaço de vômito de baleia flutuando em uma praia no sul da Tailândia, no Sudeste asiático, e agora o episódio inusitado pode lhe render cerca de R$ 7,5 milhões. Narong Phetcharaj, que geralmente ganha cerca de R$ 1.200 por mês com a pesca, estava voltando para a costa quando viu um objeto estranho sendo empurrado por correntes na praia de Niyom, na província de Surat Thani. 

Ao se aproximar, ele percebeu que a massa tinha a mesma textura cerosa e aparência de vômito de baleia, e a arrastou para longe da praia - acreditando que sua descoberta poderia valer algum dinheiro. Phetcharaj mais tarde levou o objeto a especialistas da Universidade Prince of Songkla para que o testassem e os resultados provaram que era âmbar cinza genuíno. A descoberta pesa quase 30kg e é bastante rara. 

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O âmbar cinzento - ou vômito de baleia - é considerado um tesouro marinho e ouro flutuante por causa de um álcool inodoro que é extraído para fazer a essência do perfume durar mais. Phetcharaj disse ao britânico Daily Mail que “nenhum dos aldeões jamais viu ou tocou um âmbar-gris real de baleia antes, por isso todos estavam felizes”. 

Ele manteve o vômito de baleia enrolado em uma toalha por segurança e escondido em uma caixa de papelão antes de informar seus parentes sobre a descoberta. Antes de o âmbar gris ser testado na universidade, ele examinou o objeto primeiro em casa, imitando o que havia visto no noticiário sobre o vômito de baleia. 

Pedaços queimados do caroço pareceram confirmar que a substância era realmente âmbar gris, pois derreteu rapidamente. Phetcharaj disse: “Estou tão animado que não sei o que fazer. Pretendo vender o âmbar gris porque já recebi um certificado que prova que é real. Se eu conseguir um bom preço, vou parar de trabalhar como pescador e dar uma festa para meus amigos”. 

O pedaço sólido tem um cheiro desagradável no início, mas depois que a mucilagem seca, ele desenvolve uma fragrância doce e duradoura, o que o torna um ingrediente procurado na indústria de perfumes. Em fevereiro deste ano, trinta e cinco pescadores no Iêmen mudaram suas vidas após encontrar inesperadamente £ 1,1 milhão em vômito de baleia na carcaça de um cachalote. 

O achado foi descoberto depois que um grupo de pescadores foi alertado sobre uma carcaça de cachalote flutuando no Golfo de Aden por um pescador de Seriah. 

Astrônomos descobriram na Via Láctea uma cavidade gigante cercada por duas nebulosas, as nuvens de Perseu e Touro, que apareceram após ao menos uma gigantesca explosão de uma estrela - de acordo com um estudo publicado nesta quarta-feira (22).

As nuvens moleculares de Perseu e Touro, como são chamadas, há muito tempo são escrutinadas, devido à sua proximidade com a Terra - entre 500 e 1.000 anos-luz de distância, uma palha na escala de nossa Via Láctea, que tem mais de 80.000 anos-luz em diâmetro.

Mas também porque abrigam berçários estelares, formados graças à mistura de gás molecular e poeira que compõe essas nuvens. Finalmente, porque essas nebulosas pareciam estar ligadas por uma espécie de filamento. Uma posterior observação descartou essa ligação por suas respectivas distâncias de nosso planeta.

"O engraçado sobre essas duas nuvens", explicou à AFP o pesquisador Shmuel Bialy, do Harvard Center for Astrophysics and the Smithsonian, é que "descobrimos que elas estão, sim, conectadas, mas não da maneira que imaginávamos, e sim através de uma cavidade gigante".

Esta foi a primeira vez que cientistas conseguiram desenhar um mapa tridimensional de tal estrutura, batizado de "Per-Tau Shell". Para isso, contaram com a ajuda de avançadas técnicas de cálculo e de imagem e, especialmente, de um mapa de gases moleculares de uma região maior, desenhado com dados do telescópio espacial europeu Gaia.

É preciso imaginar uma "espécie de esfera, cujo interior seria vazio", segundo Bialy, uma "superbolha", como é chamada, com um diâmetro de cerca de 500 anos-luz (cerca de 4,7 milhões de bilhões de km), cujo envelope externo seria parcialmente formado pelas duas nuvens de Perseu e Touro.

O interior da cavidade contém um pouco de poeira, "mas com uma densidade muito baixa em comparação com a das nuvens", disse à AFP o cosmólogo e astrofísico Torsten Ensslin, professor associado do Instituto Alemão Max Planck.

- "Periferia" solar -

Ele foi coautor com Shmuel Bialy, autor principal, deste estudo publicado no Astrophysical Journal Letters. É um dos cientistas que fizeram, em 2019 e 2020, o primeiro mapa 3D de nuvens de poeira a uma curta distância do nosso Sol. E isso graças aos dados de Gaia sobre a posição e as características de mais de 5 milhões de estrelas nesta "periferia" solar.

E é uma colega de Bialy, Catherine Zucker, pós-doutoranda e astrofísica, que assina um segundo estudo sobre o assunto para explicar como os cientistas têm feito bom uso deste mapa, com a ajuda de algoritmos desenvolvidos em parte sob sua direção.

"Esta é a primeira vez que podemos usar visualizações reais em 3D, e não simulações, para comparar a teoria à observação e estimar quais teorias funcionam melhor" para explicar de onde veio essa cavidade gigante e as nuvens que repousam em sua superfície, disse ela em uma declaração do Center for Astrophysics.

"Achamos que é devido a uma supernova, uma explosão gigante que empurrou esses gases e formou essas nuvens", diz Bialy, cujo estudo sugere um cenário de múltiplas supernovas.

De acordo com essa teoria, uma ou mais estrelas no final de sua vida explodiram e, gradualmente, empurraram a maior parte do gás em que foram banhadas para formar essa cavidade, entre 6 e 22 milhões de anos atrás.

"Estamos agora observando a cavidade em seu último estágio, onde já desacelerou (sua expansão), e permitiu a formação de nuvens" de Perseu e Touro, diz Bialy.

O cientista agora pretende se concentrar nas jovens populações de estrelas que estão surgindo ali.

Quanto ao professor Ensslin, ele espera a "descoberta de muitas outras estruturas", como a de Per-Tau.

"Esta bolha é, provavelmente, apenas uma entre muitas", explica, acrescentando que, apesar de seu tamanho, ocupa um pequeno espaço no mapa 3D produzido pelo seu departamento. Resta explorá-lo e batizá-lo.

Uma nova espécie de homem primitivo, recentemente descoberta em Israel, questiona a ideia de que o homem de Neandertal surgiu na Europa antes de migrar para o sul - afirmam os cientistas.

Escavações arqueológicas perto da cidade de Ramla, no centro de Israel, por uma equipe da Universidade Hebraica de Jerusalém, descobriram vestígios pré-históricos que não correspondem a qualquer espécie já conhecida de Homo, incluindo os humanos modernos (Homo sapiens).

Em um estudo publicado na revista Science, antropólogos e arqueólogos da Universidade de Tel Aviv, liderados por Yossi Zaidner, batizaram a descoberta como "Homo Nesher Ramla", devido ao local em que os vestígios foram encontrados.

Os ossos teriam entre 120.000 e 140.000 anos e compartilham traços comuns com os Neandertal, sobretudo, dentes e mandíbula, e com outros tipos de homens pré-históricos, principalmente no crânio, indicaram os cientistas em um comunicado.

"Ao mesmo tempo, este tipo de Homo é muito diferente dos humanos modernos, com uma estrutura de crânio completamente diferente, sem queixo e com dentes muito grandes", explicam.

Além dos restos humanos, a escavação encontrou, a oito metros de profundidade, uma grande quantidade de ossos de animais e de ferramentas de pedra.

"As descobertas arqueológicas associadas com fósseis humanos mostram que o Homo Nesher Ramla tinha técnicas avançadas de produção de ferramentas feitas com pedra e, possivelmente, interagiu com o Homo sapiens local", disse Zaidner.

De acordo com o especialista, a descoberta é "particularmente espetacular, porque mostra que havia diversos tipos de Homo que viviam no mesmo lugar, no mesmo momento, neste período da evolução humana".

Os pesquisadores sugeriram que alguns fósseis previamente encontrados em Israel, que datam de até 400.000 anos atrás, poderiam pertencer ao mesmo tipo de humano pré-histórico.

- Peça no quebra-cabeça evolutivo -

A descoberta do Homo Nesher Ramla questiona a teoria de que os Neandertal surgiram primeiro na Europa antes de migrarem para o sul.

"Esta teoria passa a ser questionada, porque (a descoberta) sugere que os ancestrais do Neandertal europeu já viviam no Levante há 400.000 anos", disse o antropólogo Israel Hershkovitz, da Universidade de Tel Aviv.

"Nossas descobertas sugerem que os famosos Neandertal da Europa ocidental são apenas o que restou de uma população muito maior que viveu aqui no Levante, e não o contrário", completou.

A dentista e antropóloga Rachel Sarig, da Universidade de Tel Aviv, uma das autoras do estudo, explicou que as descobertas indicam que "pequenos grupos do Homo Nesher Ramla migraram para Europa, onde se converteram nos Neandertal 'clássicos' que também conhecemos, e também na Ásia, onde se converteram em populações pré-históricas com características parecidas com as dos Neandertal".

"Entre África, Europa e Ásia, a terra de Israel foi o caldeirão onde diferentes populações humanas se misturaram para depois se espalharem", disse.

"A descoberta escreve um novo e fascinante capítulo na história da humanidade", completou.

A descoberta tem grande importância científica, segundo Hershkovitz, porque permite adicionar uma peça no quebra-cabeça da evolução humana e compreender melhor as migrações dos humanos na antiguidade.

Os geneticistas que estudam o DNA do Neandertal europeu sugeriram, no passado, a existência de uma população similar, chamada de "população desaparecida", ou "população X", que teria encontrado o Homo sapiens há mais de 200.000 anos.

Em seu artigo, os cientistas israelenses sugerem que o Homo Nesher Ramla pode ser o elo perdido.

A empresa Debswana, produtora de diamantes em Botsuana, anunciou nesta quarta-feira (16) a descoberta de um diamante de 1.098 quilates, o terceiro maior do tipo já encontrado no mundo.

A pedra, encontrada em 1º de junho, foi exibida ao presidente do país, Mokgweetsi Masisi, na capital Gaborone.

Lynette Armstrong, diretora da Debswana, afirmou que o diamante é considerado o terceiro maior do mundo.

A Debswana é controlada em conjunto pelo Estado e pela empresa sul-africana De Beers.

O maior diamante conhecido do mundo é o "Cullinan", de mais de 3.100 quilates, encontrado na África do Sul em 1905.

O segundo, de 1.109 quilates, foi encontrado em 2015 na mina de Karowe, nordeste de Botsuana, maior produtor africano de diamantes.

O Estado de São Paulo identificou o primeiro caso da cepa B.1.617 do coronavírus, conhecida como variante indiana. O paciente tem 32 anos, é morador de Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, e desembarcou no Aeroporto Internacional de Guarulhos no dia 22 de maio. A amostra foi enviada ao Instituto Adolfo Lutz, da Secretaria Estadual da Saúde, e o sequenciamento, finalizado nesta quarta-feira (26).

O passageiro foi identificado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), responsável pelo monitoramento no aeroporto. O órgão federal informou a pasta estadual sobre o caso positivo quando o passageiro já havia embarcado em voo doméstico para o Rio de Janeiro. Segundo o governo estadual, não há registros de um caso autóctone desta linhagem no Estado de São Paulo.

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A secretaria informou que, imediatamente após ser comunicada pela Anvisa, iniciou as medidas de vigilância epidemiológicas necessárias junto ao município. Foi solicitada a lista completa dos passageiros do voo, além dos nomes de todos os funcionários do aeroporto, laboratório e dos contatos do passageiro para isolamento e monitoramento. As equipes de vigilância do Rio de Janeiro também foram imediatamente notificadas para o acompanhamento do caso.

Desde o último dia 14 de maio, as equipes de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde notificam os municípios de residência de todos os passageiros vindos da Índia que desembarcam no Brasil. A medida é uma parceria com a Anvisa, que envia para a Saúde a lista completa dos passageiros do voo.

Triagem

Nesta terça-feira (25), a Prefeitura de São Paulo começou a fazer uma triagem no Terminal Rodoviário do Tietê, na zona norte, para evitar a entrada da variante indiana na cidade. Os passageiros que chegam do Maranhão, local onde a variante foi confirmada, têm a temperatura aferida e precisam preencher um questionário de saúde. Outras ações de prevenção estão sendo feitas nas rodovias.

O Egito descobriu cerca de 250 tumbas de 4,2 mil anos na província de Sohag, sul do país, anunciou nesta terça-feira o Ministério de Antiguidades. "Algumas contam com uma ou várias fossas funerárias. Outras, com um corredor que termina em uma câmara funerária", detalhou o ministério.

As tumbas foram criadas em um período compreendido "do fim do Antigo Império até o fim do período ptolomaico", acrescentou. O secretário-geral do Conselho Geral de Antiguidades egípcio, Mostafa Waziri, informou que uma das tumbas do Antigo Império apresenta leves traços de inscrições hieroglíficas e uma câmara para "os sacrifícios".

Segundo Mohamed Abdel-Badie, representante da área de Antiguidades e que comandou as escavações, foram encontrados objetos de cerâmica e dedicados às divindades egípcias, assim como pequenos vasos de alabastro, ossos humanos e de animais e relíquias de calcário que poderiam ser "monólitos funerários da 6ª dinastia".

Autoridades egípcias fizeram várias descobertas arqueológicas nos últimos meses, e têm esperança de relançar o turismo, fortemente golpeado desde a revolução de 2011, que tirou do poder o presidente Hosni Mubarak, e pela pandemia do novo coronavírus.

Nascida no Brasil em 2002, a baleia-franca foi vista pela primeira vez em uma área de alimentação nas Ilhas Geórgia do Sul, na região de convergência com a Antártica, no Atlântico Sul. A descoberta foi possível devido ao trabalho conjunto iniciado em 2018 com a Inglaterra. O mamífero foi avistado em janeiro deste ano.

A descoberta foi anunciada nesta semana pela bióloga Karina Groch, coordenadora de pesquisa do Projeto Franca Austral (ProFranca), durante encontro virtual do Comitê Científico da Comissão Internacional Baleeira (IWC). Promovido pelos ministérios das Relações Exteriores e do Meio Ambiente, o encontro se estende até o dia 14 de maio próximo.

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A baleia-franca foi catalogada com o número B139-02 e reavistada mais duas vezes no Brasil, em 2005 e em 2007, desta vez quando estava com seu primeiro filhote.

De acordo com a bióloga, o número de baleias-franca no país vem crescendo. Ela destacou a necessidade de uma forte ação de conservação para assegurar a sobrevivência e recuperação da espécie, que ainda é considerada ameaçada de extinção, em função da caça intensiva até o início da década de 1970. Dados do projeto revelam que, na Argentina, nos últimos 10 anos, ocorre alta mortalidade de filhotes no ano de nascimento.

Uma nova linha de pesquisa será iniciada e vai abordar as atividades que podem estar impactando a espécie, entre as quais os enredamentos em artefatos de pesca. “No caso da baleia-franca, não causa morte do indivíduo, mas é uma preocupação, porque provoca estresse para o animal e prejuízo para o pescador”. A ideia é encontrar, no médio e longo prazo, uma maneira de minimizar esse prejuízo tanto para o pescador, como para a baleia.

Trajeto

A descoberta do trajeto da baleia-franca nascida no Brasil foi feita por comparação de fotos aéreas do Catálogo Brasileiro de Fotoidentificação das Baleias-Franca com fotos obtidas durante a expedição Braveheart, da equipe do South Georgia Right Whale Project, coordenado pela pesquisadora Jennifer Jacskon, da British AntarticSurvey (Inglaterra).

O projeto é multinacional, contando com a colaboração de pesquisadores de vários países. A bióloga Karina e o médico-veterinário Milton Marcondes, do Projeto Baleia Jubarte, integram a delegação brasileira que participa da reunião do IWC. Os dois projetos são patrocinados pela Petrobras.

A baleia-franca austral ocupa a região sul brasileira, com concentração reprodutiva em Santa Catarina. É uma espécie migratória. Ela migra entre as áreas de reprodução e de alimentação, com relação com outros países onde a espécie ocorre também, como Argentina e Uruguai.

Os dados levados ao IWC são resultado de pesquisa de longo prazo iniciada há quase 40 anos, desde que a baleia-franca voltou a ocupar o país, depois de ser caçada por quase 400 anos, e que passou a contar com apoio da Petrobras a partir do final de 2019. A principal ação realizada desde então pelos pesquisadores é o monitoramento aéreo de baleias-franca na região, para identificação individual, contagem dos indivíduos e mapeamento de áreas mais importantes para a continuação da espécie.

Taxa de crescimento

Segundo a bióloga, a baleia-franca tem uma característica exclusiva da espécie que é a existência de um conjunto de calosidades no alto da cabeça, que servem para o reconhecimento individual, ao contrário das baleias jubarte, que têm na cauda um padrão de cor branco e preto. De acordo com Karina, as calosidades cabeça “são como uma impressão digital”. A partir de fotos aéreas, consegue-se reconhecer cada animal e catalogar. “Já temos mais de mil baleias-franca catalogadas”, disse.

A estimativa matual sobre as baleias-franca do Brasil, no Projeto Franca Austral (ProFranca), é que a população da espécie está crescendo a uma taxa de 4,8% ao ano.

“É uma taxa muito importante” disse Karina. Ela afirmou que há cerca de dez anos a taxa apurada foi de 11%, “mas era baseada em uma série pequena de dados”.

Além disso, os pesquisadores constataram que muito do crescimento populacional se deve à vinda de baleias de outras regiões para o Brasil. Segundo a bióloga, das mil baleias catalogadas no Projeto ProFranca, 124 também foram catalogadas na Argentina.

O número representa no Brasil 13% das baleias que foram catalogadas aqui. Segundo a bióloga, isso mostra que é preciso que o trabalho seja feito de forma coordenada com outros países da América do Sul.  “Isso, se a gente quiser realmente proteger a baleia-franca no nosso litoral e garantir a recuperação populacional.”

Temporada

Cada fêmea se reproduz em geral a cada três anos. A estimativa é que cerca de 568 baleias-franca vêm à costa brasileira regularmente. Mas como elas têm um intervalo reprodutivo trianual e geram um filhote a cada três anos, a média de baleias-franca que chegam a cada temporada - de julho a novembro, com pico de ocorrência em setembro - alcança entre 100 e 120 animais.

Em 2020, o total de baleias-franca que chegaram ao Brasil foi bem baixo (43 animais), de acordo com sobrevoo realizado em setembro desde o Chuí (RS) até o norte de Santa Catarina. (PR). Em 2018, houve recorde de 300 baleias.

Inteligência artificial

O Projeto Baleia Jubarte está levando para o encontro do IWC um estudo ainda em desenvolvimento no Brasil, que usa uma câmera térmica com inteligência artificial para identificar a presença de baleias na rota dos navios que transportam celulose no Banco dos Abrolhos, no Sul da Bahia e Espirito Santo, local de reprodução das baleias jubartes.

O médico veterinário Milton Marcondes informou que a câmera está sendo testada em parceria com a Companhia de Navegação Norsul e a Veracel Celulose. Ela funciona com infravermelho que consegue identificar a presença do animal pelo calor do corpo até um quilômetro de distância e emitir um alerta para que o navio mude a rota. Marcondes explicou que, “normalmente, durante o dia, um observador vai no navio e avisa ao comandante quando um animal se aproxima, mas isso não é possível à noite. Por isso a importância do equipamento, para minimizar o risco de atropelamento das baleias”.

A Comissão Internacional Baleeira (IWC) é o maior fórum mundial sobre baleias e discute temas como conservação das espécies de cetáceos, poluição e a caça de baleias por alguns países. Milton Marcondes avaliou que é fundamental o Brasil participar do Comitê Científico, que dará a base técnica e cientifica para as decisões da comissão. Para ele, o Brasil pode não só ter contato com as recentes pesquisas mundiais sobre as baleias, “mas também para ajudar a defender a posição pró conservação do Brasil”. (Alana Gandra)

 

Dezenas de tumbas raras foram encontradas por egiptólogos no Delta do Rio Nilo, anunciou o Governo egípcio nessa terça-feira (27). Datadas de mais de 5.000 anos, elas são das eras pré-dinásticas, quando os faraós ainda nem comandavam seus impérios.

As descobertas em Dakahlia, no norte do Cairo, vão ajudar a compreender a transição política do antigo Egito. Do total, 37 tumbas são do período da passagem dos hicsos pela região, entre 1650 e 1500 aC, quando migrantes da Ásia Ocidental controlaram o país e encerraram o Império Médio.

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"Os egiptólogos estão trabalhando para entender como os egípcios e os hicsos viviam juntos e em que grau os primeiros adotaram as tradições egípcias", comentou a egiptóloga da Universidade Americana do Cairo, Salima Ikram.

Outros 68 túmulos são do período Buto, que iniciou por volta de 3300 aC, e mais cinco do período Naqada II, que continham alguns vasos. A era Naqada II antecedeu o surgimento da primeira dinastia egípcia por volta de 3100 aC, calcula o Ministério do Turismo e Antiguidades.

"A missão também encontrou um grupo de fornos, fogões, restos de fundações de tijolos de barro, vasos de cerâmica e amuletos, especialmente escaravelhos, alguns dos quais feitos de pedras semipreciosas e joias como brincos", destaca o comunicado.

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Uma múmia com língua dourada e idade estimada em 2 mil anos foi descoberta no sítio arqueológico Taposiris Magna, no Egito, por uma expedição arqueológica da República Dominicana. O grupo era liderado pela arqueóloga Kathleen Martinez, da Universidade de Santo Domingo, ao lado de especialistas egípcios.

Os arqueólogos não conseguiram determinar a data exata da morte da múmia, mas a estimativa é de que ela tenha vivido entre o reinado da dinastia Ptolemaica (303 a.C. - 30 a.C.) e os eventos que sucederam a morte de Cleópatra (69 a.C - 30 a.C). De acordo com os pesquisadores, o objeto de ouro foi colocado no corpo como um ritual para permitir que o espírito conversasse com os deuses.

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Outras múmias também foram descobertas em Taposiris Magna. Na mão de duas delas haviam fragmentos de pergaminhos que remetiam ao deus Osíris, considerada uma da figuras mitológicas mais importantes do Egito. Outro corpo resgatado possuía uma máscara que, segundo os arqueólogos, era utilizada em rituais de sepultamento. As escavações ainda não foram finalizadas, e os cientistas seguem em busca de outros artefatos.

Um grupo de cientistas liderados por astrônomos da Polônia anunciou nesta quinta-feira (29) a descoberta do menor planeta errante já registrado. Ele tem o tamanho da Terra e vaga pela Via Láctea, sem uma ligação gravitacional em torno de uma estrela, como é o caso da Terra, que gira em torno do Sol.

Os planetas errantes, por não receberem a luz de uma estrela, não emitem radiação e, por isso, são mais difíceis de serem observados. Eles não podem ser descobertos a partir de métodos astronômicos tradicionais que vasculham o universo atrás de outros planetas fora do Sistema Solar. Essas buscas já encontraram mais de quatro mil exoplanetas que, em geral, apesar de serem diferentes aos do nosso sistema solar, eles têm uma coisa em comum: todos orbitam uma estrela.

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Já para encontrar um planeta errante, a identificação é feita usando um fenômeno chamado microlente gravitacional, resultado da Teoria da Relatividade de Einstein.

Os pesquisadores explicam que um objeto massivo (a lente) pode curvar a luz de um objeto luminoso (a estrela). A gravidade da lente tem efeito de aumento, que curva e amplia a luz de estrelas distantes.

"Se um objeto massivo (uma estrela ou planeta) passar entre um observador na Terra e uma estrela distante, a gravidade pode desviar e dar foco à luz dessa estrela", disse o pesquisador Przemek Mroz, do Instituto de Tecnologia da Califórnia e líder do estudo publicado na revista científica Astrophysical Journal Letters, em nota divulgada à imprensa.

"As chances de observação da microlente são extremamente pequenas porque os três objetos - fonte (luminosa), lente e observador - devem estar perfeitamente alinhados. Se tivéssemos observado apenas uma estrela fonte de luz, teríamos que esperar quase um milhão de anos para ver a fonte sendo ampliada pela microlente".

Os pesquisadores do Observatório Astronômico da Universidade de Varsóvia encontraram as primeiras evidências da existência de exoplanetas na Via Láctea anos atrás. Cientistas da mesma instituição estão por trás da nova descoberta. "Esta novidade mostra que planetas errantes podem ser detectados e detalhados usando telescópios em terra", disse o professor Andrzej Udalski, que faz parte do projeto.

Os astrônomos usaram um telescópio localizado no observatório Las Campanas, no Chile. Quando as condições meteorológicas permitem, eles direcionam o telescópio para as regiões centrais da Via Láctea e observam centenas de milhões de estrelas, à procura daquelas que apresentam mudança na luminosidade.

Um perfil biográfico não assinado sobre o imperador Dom Pedro II, escrito em 1859, teve sua autoria atribuída ao escritor Machado de Assis (1839–1908) por Cristiane Garcia Teixeira, historiadora e pesquisadora que divulgou a descoberta em um artigo que faz parte de seu trabalho de mestrado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com bolsa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). 

Em entrevista concedida ao Ministério da Educação (MEC), a historiadora conta que começou a estudar Machado de Assis por meio das pesquisas sobre imprensa e literatura do século XIX, que desenvolveu desde o trabalho de conclusão de curso em sua graduação. “Busquei problematizar de que maneira a análise dos romances de José de Alencar poderia auxiliar no entendimento das transformações urbanas, sociais e de comportamento no Rio de Janeiro, a capital do Império oitocentista. No mestrado, investiguei O Espelho, revista de literatura, modas, indústria e artes. O objetivo foi refletir sobre a revista como fragmento da imprensa da época (1859/1860) e sobre Machado de Assis enquanto redator-chefe”, contou a pesquisadora. 

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Cristiane Garcia também cita a importância da imprensa do século XIX como uma importante fonte de pesquisas históricas que teve um papel fundamental para a literatura da época. “Praticamente todos os assuntos eram debatidos. Além de ter um papel fundamental nos debates políticos, funcionou como possibilidade e instrumento de educação não formal, inclusive entre as pessoas não alfabetizadas, pois muitas delas se encontravam durante os afazeres domésticos e de trabalho. Nessa ocasião, um eleito ou eleita lia em voz alta os jornais, revistas e romances de folhetins. Isso remete a outra questão fundamental: no século XIX, não havia literatura nacional sem a imprensa. Todos os autores que conhecemos dessa época, inclusive Machado de Assis, tiveram seus textos primeiro publicados em revistas e jornais. Além disso, a imprensa da época é uma fonte muito rica para se compreender diversos temas, como moda, indústria, economia, cultura e política”, explicou a historiadora.

A escolha pela revista 'O Espelho' veio, entre outras razões, pela descoberta de que a publicação continha uma série de crônicas que Machado de Assis havia escrito, chamada “Aquarelas”. “Ainda não havia uma pesquisa de fôlego sobre a revista, encontrava menções a ela nas biografias sobre Machado de Assis. Além disso, foi uma revista de circulação curta, de aproximadamente quatro meses, e poderia ser bem explorada quando investigada. Foram essas as circunstâncias que me levaram ao Espelho. Passei a analisá-la e percebi a gigantesca influência que teve Machado de Assis e seus textos para a revista (...) Por consequência, durante a investigação, a revista acabou se tornando a protagonista da minha pesquisa e Machado de Assis e sua atuação foram fundamentais para entendê-la”, afirmou a pesquisadora.

Cristiane Garcia conta que identificou a escrita de Machado de Assis analisando a lógica de distribuição de textos e autores na revista. “Esses aspectos, tanto de posicionamento de artigos, quanto o espaço ocupado por Machado de Assis no impresso e também o cruzamento da análise do Espelho e seu quadro editorial com a análise de outras revistas e jornais que circularam na época, ajudaram-me na construção de argumento fortalecido que sugeriu a autoria de Machado de Assis para a biografia”, disse a pesquisadora. 

O segundo passo para atribuir a autoria de Machado ao perfil do imperador foi perceber que o texto estava na primeira página e o primeiro artigo, setor destinado a Machado. Houve também a descoberta de uma nota na edição número seis da revista, que informava que iniciariam a publicação de um esboço biográfico, cujo biógrafo seria Machado de Assis. O texto, segundo a pesquisadora, apresenta “ironia e a sutileza tão utilizadas nos textos escritos por Machado de Assis quando mais maduro, mas que já apareciam, mesmo que de maneira menos rebuscada, no Espelho”. 

Questionada sobre a importância e impactos de sua descoberta, Cristiane Garcia explicou que a pesquisa deixa claro que a biografia recém-descoberta mostra que a obra de Machado de Assis ainda não é completamente conhecida e ainda há possibilidade de novas descobertas serem feitas. A metodologia de pesquisa empregada, segundo a estudiosa, também pode ajudar a identificar a autoria de textos de outros autores da época, que publicavam duas obras na imprensa.

“Muitos autores que hoje são consagrados passaram primeiro pela imprensa para só depois serem canonizados em livros. De outra maneira, a metodologia construída para a análise d’O Espelho e que teve como resultado o encontro desse texto, que não era inédito, mas cuja autoria foi atribuída pela primeira vez a Machado de Assis, pode auxiliar em outras investigações na busca por outros textos desconhecidos e atribuir a quem é de direito sua autoria”, finalizou a historiadora.

*Com informações do MEC

A Nasa anunciou, nesta segunda-feira (26), uma descoberta inédita sobre a presença de água na Lua, agora encontrada na parte do astro que é iluminada pelo sol. A descoberta reafirma a premissa de que a água não está presente apenas nas regiões geladas e escuras da Lua, e que ainda pode estar distribuída por toda a superfície lunar. 

O maior telescópio voador do mundo, que pertence ao Observatório Estratosférico para Astronomia Infravermelha (SOFIA), foi utilizado para realizar a captação. Estima-se que o ativo pode ser entregue através de pequenos impactos de meteoritos, ou pode ser resultado da interação de partículas energéticas expelidas pelo sol. 

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O SOFIA detectou moléculas de água (H2O) na Cratera Clavius, uma das maiores crateras visíveis da Terra, localizada no hemisfério sul da Lua. As observações anteriores da superfície lunar detectaram alguma forma de hidrogênio, mas não foram capazes de distinguir entre a água e seu parente químico próximo, a hidroxila (OH).

Segundo o cientista Jim Bridenstine, administrador da agência espacial americana, “ainda não é possível saber se a água é potável e se ela poderá ser usada como um recurso natural, como acontece com a água presente na Terra”.

Em seu site oficial, a agência afirmou que “a nova descoberta contribui com os nossos esforços de aprender mais sobre o satélite da Terra e apoia a exploração espacial”. A Nasa também destacou que descobrir mais sobre a Lua fortalece os programas de exploração lunar a longo prazo, como o Projeto Artemis. Neste programa de voo espacial tripulado, empresas de voo espacial comercial norte-americanas e parceiros internacionais da agência têm o objetivo de pousar a primeira mulher e o próximo homem na Lua em 2024.

Uma mulher de 26 anos decidiu dar uma conferida em um filme pornográfico, quando de repente se deparou com uma cena surpreendente. A americana, que não teve sua identidade revelada, descobriu que o seu marido era um dos atores em um filme gay. Conhecido como Brandon, ele atuava no momento com diversos parceiros, segundo informações do Uol.

"Cliquei em um vídeo aleatório e, definitivamente, era meu marido. O rosto dele estava plenamente visível, várias tatuagens específicas. Era ele. Eu sabia, sem sombra de dúvidas, que aquilo aconteceu depois de nos casarmos, porque ele estava com a droga da aliança", explicou a mulher.

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Ela disse também que ficou muito brava. "Eu fiquei furiosa e enojada. Ele fez sexo sem proteção com vários homens. A única coisa em que eu pensava era em DSTs. Eu não consegui dormir à noite. Pedi para sair do meu trabalho também. A primeira coisa que fiz foi procurar uma clínica grátis e passar por exames. Não voltei para casa desde então. Não consigo nem olhar para ele. Estou brava para c…", declarou.

Continuando o desabafo, a mulher do ator explicou que os dois resolveram dormir em casas separadas, e que chegou a fazer exames para saber se tinha algum tipo de DST (doença sexualmente transmissível). Irritada com toda a situação, ela assegurou que mandou as imagens do esposo fazendo sexo com outros homens para a família e chefe dele.

Os americanos Harvey Alter e Charles Rice e o britânico Michael Houghton são os vencedores do Prêmio Nobel de Medicina de 2020 pela descoberta do vírus da hepatite C - anunciou o júri do Nobel, nesta segunda-feira (5), em Estocolmo.

Os três foram escolhidos por "sua contribuição decisiva para a luta contra este tipo de hepatite, um grande problema de saúde mundial que provoca cirrose e câncer de fígado", explicou o júri.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) calcula em quase 70 milhões o número de infecções por hepatite C, que provoca 400.000 mortes por ano.

No fim dos anos 1970, Harvey Alter identificou que, durante as transfusões, acontecia um contágio hepático misterioso, e não era nem hepatite A nem hepatite B, recordou o júri.

Anos mais tarde, em 1989, Michael Houghton e sua equipe foram reconhecidos pela descoberta da sequência genética do vírus. Charles Rice analisou durante anos a maneira como o vírus se replicava, pesquisas que levaram ao surgimento de um novo tratamento revolucionário no início dos anos 2010.

"Seu trabalho é uma conquista histórica em nossa luta contínua contra as infecções virais", afirmou Gunilla Karlsson Hedestam, integrante da Assembleia Nobel que decide os vencedores.

O prêmio é o primeiro diretamente relacionado a um vírus desde 2008.

Depois do concedido a dois virologistas em 1946 (de Química), este Nobel se une aos 17 prêmios direta, ou indiretamente, vinculados a trabalhos sobre os vírus, de acordo com Erling Norrby, ex-secretário da Academia Sueca de Ciências.

Os vencedores do Prêmio Nobel serão anunciados esta semana, como estava previsto, mas cerimônia presencial de entrega dos prêmios, em 10 de dezembro em Estocolmo, foi cancelada devido à pandemia do novo coronavírus.

Os laureados, que compartilham quase um milhão de euros, receberão os prêmios em seus países de residência.

No ano passado, o Nobel de Medicina foi concedido aos americanos Willial Kaelin e Gregg Semenza, assim como ao britânico Peter Ratcliffe, por seus trabalhos sobre a adaptação das células aos níveis variáveis de oxigênio no corpo, abrindo perspectivas no tratamento do câncer e da anemia.

Na terça-feira será anunciado o Nobel de Física; na quarta, o Química; e, no dia seguinte, o prêmio de Literatura.

O Nobel da Paz será revelado na sexta-feira em Oslo. E o prêmio de Economia, criado em 1968, encerrará a temporada na próxima segunda-feira.

Estudo achou ligação entre a disseminação do SARS-CoV-2 e surtos de dengue no Brasil, sugerindo que a exposição à doença transmitida pelo mosquito pode fornecer alguma imunidade contra a COVID-19.

A agência Reuters teve acesso aos resultados da pesquisa, liderada por Miguel Nicolelis, professor da Universidade Duke, EUA, ainda não publicada, que comparou a distribuição geográfica no Brasil dos casos do novo coronavírus com a disseminação da dengue em 2019 e 2020.

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"Essa descoberta surpreendente levanta a intrigante possibilidade de uma reação imunológica cruzada entre o vírus da dengue e o SARS-CoV-2 […]. Se for provada correta, essa hipótese pode significar que a infecção pela dengue ou a imunização com uma vacina eficaz e segura contra a dengue poderia produzir algum nível de proteção imunológica" contra o novo coronavírus, sublinha o cientista.

O estudo descobriu que locais com taxas mais baixas de infecção pelo novo coronavírus e com crescimento mais lento de casos de COVID-19 foram os locais que sofreram intensos surtos de dengue neste ano e em 2019.

Nicolelis afirma que os resultados são particularmente interessantes porque pesquisas anteriores mostraram que pessoas com anticorpos da dengue podem apresentar resultados falsamente positivos para anticorpos do SARS-CoV-2, mesmo que nunca tenham sido infectadas pelo novo coronavírus.

"Isso indica que há uma interação imunológica entre os dois vírus que ninguém poderia esperar, porque os dois vírus são de famílias completamente diferentes", ressalta o cientista, acrescentando que mais estudos são necessários para provar a conexão.

Descoberta por acaso

A equipe de Nicolelis encontrou uma relação semelhante entre surtos de dengue e uma propagação mais lenta de COVID-19 em outras partes da América Latina, bem como na Ásia e nas ilhas dos oceanos Pacífico e Índico.

O cientista explica que sua equipe se deparou com a descoberta da dengue por acidente, durante um estudo sobre a disseminação da COVID-19 pelo Brasil, quando constataram que as rodovias tiveram um papel importante na distribuição dos casos pelo país.

Depois de identificar alguns pontos sem casos no mapa, a equipe procurou possíveis explicações. Um avanço ocorreu quando compararam a disseminação da dengue com a do coronavírus.

"Foi um choque. Foi um acidente total […]. Na ciência, isso acontece, você está atirando em uma coisa e acerta um alvo que nunca imaginou que acertaria", comenta Nicolelis.

Da Sputnik Brasil

As autoridades egípcias anunciaram, neste domingo (20), que 14 sarcófagos com cerca de 2.500 anos de antiguidade foram encontrados no fundo de um poço na necrópole de Saqqara, no sudoeste do Cairo.

Esta nova descoberta, ocorrida na sexta-feira (18), soma-se à de outros 13 sarcófagos há uma semana, neste mesmo local, informou o Ministério de Antiguidades em um comunicado. Localizado a 25 km ao sul das pirâmides do planalto de Gizé, o sítio de Saqqara é uma vasta necrópole, na qual se destaca a famosa pirâmide de degraus do Faraó Djoser, a primeira da era faraônica.

Este monumento, construído por volta de 2.700 a.C. pelo arquiteto Imhotep, é considerado uma das obras mais antigas do mundo. As imagens bem preservadas do sarcófago mostram motivos marrons e azuis, bem como numerosas inscrições hieroglíficas.

Nos últimos anos, as autoridades egípcias têm anunciado descobertas arqueológicas com bastante frequência, com o objetivo, entre outros, de reavivar o turismo. Muito importante para a receita do país, o setor se viu bastante afetado, tanto pela instabilidade política, quanto pelos ataques posteriores à revolução de 2011, a qual derrubou Hosni Mubarak do poder. Mais recentemente, a pandemia da covid-19 se somou a essa lista.

Cientistas da Universidade de Edimburgo, na Escócia, descobriram células-tronco em embriões com uma capacidade de multiplicação superpotente, cerca de 200 a 500 vezes superior àquelas encontradas no cordão umbilical.

A descoberta, que foi publicada nesta quinta-feira (17) na revista "Stem Cell Reports", foi liderada pelos cientistas Andrejs Ivanovs e Alexander Medvinsky e pode tornar-se um instrumento importante para a medicina regenerativa no futuro.

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Essas células-tronco formam as células do sangue e do sistema imunológico e são conhecidas como células-tronco hematopoéticas (que têm a capacidade de tratar mais de 80 tipos diferentes de doenças sanguíneas).

Os autores conseguiram transplantar essas células embrionárias em ratos de laboratório e observaram uma inesperada capacidade de expansão.

"A disponibilidade com fins terapêuticos dessas células provenientes, por exemplo, da medula óssea ou do cordão umbilical, é um problema constante", explicam no artigo. Por isso, a descoberta anunciada é importante porque elas são "mais robustas e tem uma maior capacidade de multiplicarem-se e diferenciarem-se daquelas dos cordões umbilicais".

O próximo passo da pesquisa será entender quais são os mecanismos moleculares que conferem às células esse "superpoder" de multiplicação e expansão. 

Da Ansa

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