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Com o pior índice – 21,3% – desde 2012, Pernambuco lidera o ranking nacional de desempregos divulgado nesta quinta-feira (27), para o último trimestre. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) Trimestral, iniciativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Um estado brasileiro nunca registrou taxa tão alta de desocupação desde a criação da PNAD, há nove anos. Os resultados destoam do restante do Brasil, com média de 14,7%, e, do Nordeste, de 18,6%. Somente a Bahia divide a posição, com a mesma taxa.

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No quarto trimestre de 2020, Pernambuco havia registrado uma taxa de 19%, a quinta mais elevada no período. São 868 mil pernambucanos, aptos ao trabalho, desempregados, um aumento de 15,8% em relação ao último trimestre do ano passado, quando 749 mil pessoas procuraram trabalho e não encontraram. É também uma diferença de 118 mil trabalhadores a mais. Enquanto isso, o número de pessoas ocupadas em Pernambuco se estabilizou em aproximadamente 3,2 milhões.

De acordo com a gerente de planejamento e gestão do IBGE em Pernambuco, Fernanda Estelita, o crescimento da taxa de desocupação em Pernambuco mostra a deterioração do mercado de trabalho nesse início de ano. “Isso reflete também as restrições ao funcionamento de atividades econômicas ao longo de fevereiro, particularmente no agreste e sertão, e de março em todo o estado. Vale lembrar que o setor de serviços, principal demandante de mão-de-obra, registrou queda de 8,5% no acumulado dos três primeiros meses de 2021”.

O efeito da pandemia de Covid-19 sobre o mercado de trabalho entre 2020 e 2021 foi especialmente sentido no estado. No primeiro trimestre do ano passado, a taxa de desocupação havia sido de 14,5%, 6,8 pontos percentuais a menos do que no início deste ano. Isso significa também que, no acumulado entre janeiro, fevereiro e março de 2020, 593 mil pessoas procuraram trabalho e não encontraram, número que aumentou 46,4% nos três primeiros meses de 2021.

Além do aumento do desemprego, Pernambuco também observou um pequeno avanço na taxa de informalidade, que foi de 51,3% da população ocupada no 1º trimestre de 2021. O percentual equivale a 1,64 milhão de pessoas, deixando o estado em nono lugar nacional. No 4º trimestre de 2020, a taxa foi ligeiramente menor, de 50,4%. O Brasil, por sua vez, tem uma taxa de informalidade mais de dez pontos percentuais mais baixa: 39,6%.

Diminuição do valor do auxílio emergencial pressiona mercado de trabalho

Ainda segundo Fernanda, a alta expressiva na desocupação entre o primeiro trimestre de 2021 e o mesmo período do ano passado ocorreu porque as primeiras medidas de distanciamento social relacionadas à pandemia foram tomadas em meados de março de 2020. “Além disso, nos primeiros meses de 2021, o auxílio emergencial num valor mais baixo, que atende a uma parcela menor da população, contribuiu para o retorno de uma parcela significativa de pessoas na busca por empregos e por uma fonte de renda”.

Uma das consequências da diminuição do valor do auxílio foi a redução de 11,8% no número de desalentados, passando de 368 mil no final de 2020 para 325 mil pessoas no primeiro trimestre de 2021. Essa parcela da população que havia desistido de procurar emprego voltou a fazê-lo, pressionando ainda mais o mercado de trabalho local. A população desalentada é definida pelo IBGE como aquela que está fora da força de trabalho e não havia realizado busca efetiva por trabalho pelas seguintes razões: não conseguir trabalho, ou não ter experiência, ou ser muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho em sua localidade e que, se tivesse encontrado trabalho, estaria disponível para assumir a vaga. 

Outra variável da PNAD Contínua que mostra o agravamento da crise financeira pela pandemia ao longo do ano passado é o nível da ocupação, indicador que mede o percentual da população ocupada em relação às pessoas em idade de trabalhar. No primeiro trimestre de 2020, 44,4% dos pernambucanos de 14 anos ou mais tinham alguma ocupação. No acumulado de janeiro, fevereiro e março de 2021, a porcentagem caiu para 41%.

O presidente Jair Bolsonaro voltou a responsabilizar gestores municipais e estaduais pelo aumento do desemprego no país. Ele participou, na tarde desta sexta-feira (23), em Belém, de uma cerimônia para a entrega de 468 mil cestas de alimentos a famílias em situação de vulnerabilidade no Pará. Em discurso, ele afirmou que o governo federal não tomou nenhuma medida para forçar o isolamento social e criticou quem adotou esse tipo de iniciativa. 

"Lamentavelmente, como efeito colateral da política de destruição de empregos, fique em casa, lockdowns, toque de recolher, entre outras coisas, cresceu a massa de pessoas que nada mais têm ou quase nada mais têm, e precisa do Estado num momento difícil como esse", disse Bolsonaro. 

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O isolamento social é considerado pelos cientistas uma das medidas mais eficazes para conter a disseminação da covid-19, além da própria vacinação em massa. Em um recado a governadores, ele afirmou que falta assistência social à população mais pobre.

"Essa passagem por aqui, como tivemos há pouco em Manaus também, visa colaborar com aqueles mais necessitados, através de vários ministros que integram o nosso governo. É um momento de humanidade para com essas pessoas, onde infelizmente a gente vê que aqueles que retiraram os empregos não fazem quase nada por aqueles que foram desempregados nos seus estados". Bolsonaro estava acompanhado de ministros e parlamentares. 

Manaus

Pela manhã, o presidente cumpriu agenda em Manaus, onde participou da inauguração da segunda etapa do Centro de Convenções do Amazonas Vasco Vasques, que contou com aporte de recursos federais.  

Ao todo, serão distribuídas 468 mil cestas de alimentos para 178 mil famílias de comunidades tradicionais no Pará. Os alimentos foram adquiridos pelo Ministério da Cidadania, por meio do programa Brasil Fraterno, que atende famílias vulneráveis nos municípios mais afetados pela pandemia do novo coronavírus.  

Cada cesta reúne produtos que incluem: arroz, feijão, óleo vegetal, macarrão, flocos de milho, farinha de mandioca, açúcar e leite em pó.

 

A pandemia do coronavírus veio realmente para revirar vidas, carreiras, empreendimentos e estruturas sociais. O desemprego foi um dos piores reflexos dessa situação – sem contar, obviamente, as mais de 330 mil vidas perdidas até agora. Segundo o IBGE, o índice de desemprego no Brasil ficou em 14,2% no trimestre finalizado em janeiro, somando 14,3 milhões desocupadas. Nesses momentos, em que o desespero vem, é preciso desenvolver a poderosa força da resiliência e tomar atitudes para encontrar saídas viáveis.

A resiliência pode ser definida como a habilidade de suportar as adversidades da vida e manter a determinação, tendo a capacidade de lidar bem com os problemas que aparecem pela frente sem esmorecer ou se desesperar. O desemprego repentino é, de fato, um baque na vida de qualquer pessoa que tem contas a pagar ou uma família a sustentar. Não é fácil. Mas é preciso manter a cabeça no lugar. E se mexer. Além de procurar uma recolocação, nessas horas pode-se (e deve-se) pensar em empreender. É o chamado empreendedorismo de sobrevivência. Todo dia vemos diversas pessoas que se reinventaram durante a pandemia, passando a produzir e oferecer produtos e serviços que fizeram sucesso atendendo a necessidades de determinados nichos de mercado. É preciso ter uma boa visão, pensar em possibilidades e, acima de tudo, colocar os planos em prática, correr atrás, trabalhar muito.

Com as atividades comerciais fechadas ou sensivelmente diminuídas na maioria dos municípios brasileiros, a internet tem se tornado uma ótima saída para geração de renda. E aí existem diversas frentes a serem abordadas, inúmeras oportunidades de negócio. Os aplicativos de entrega estão cada vez mais expandidos e podem ser bons aliados. Pode não ser fácil no começo, mas, mais uma vez, a resiliência bem desenvolvida faz do empreendedor um ser “inquebrável”, capaz de superar os obstáculos, tomar “porradas” da vida, mas não desistir. Acredito muito na lei do retorno, então, se você verdadeiramente se esforçar e colocar seu coração em um propósito, a vida se encarrega de recompensar toda dedicação e o universo vai conspirar a seu favor.

É sempre importante lembrar que, quando você desiste de algo, desiste também de tudo que vem depois. Ter esse pensamento em mente pode ajudar a manter a motivação no nível necessário para que você não pare. Caiu? Reerga-se, ainda mais forte e calejado, crie “couro grosso”, torne-se invencível. Você é capaz de dar a volta por cima. Se for para desistir, lembre-se: desista de desistir.

Um levantamento realizado pela ONG Oxfam mostra que os mais pobres devem demorar cerca de 14 anos para se recuperarem dos efeitos da crise causada pela Covid-19. Segundo o estudo, os mais ricos já tiveram os impactos amenizados em pouco menos de nove meses.

O relatório, denominado "O Vírus da Desigualdade", foi apresentado na última segunda-feira (25) durante o primeiro dia de debates do Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça. De acordo com o levantamento da Oxfam, baseado nos dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), a crise deixou cerca de 500 milhões de pessoas desempregadas ou vinculadas a subempregos. Ainda de acordo com o levantamento da ONG, é a primeira vez em 100 anos que as desigualdades sociais aparecem de maneira clara em todos os países do mundo.

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Embora as mil pessoas mais ricas do mundo tivessem constatado uma queda de 29,3% na fortuna, entre os meses de março e novembro de 2020, a recuperação veio entre o último mês de dezembro e o começo de janeiro de 2021. Segundo a Oxfam, mesmo com a baixa, as dez maiores riquezas concentraram US$ 540 bilhões (R$ 2,9 trilhões) durante o período pandêmico do ano passado. Ainda de acordo com o relatório, o valor seria suficiente para pagar todo o custo com as vacinas e oferecê-las à população da Terra sem custos.

A UNINABUCO DIGITAL – Centro Universitário Joaquim Nabuco está lançando uma nova campanha de incentivo ao ensino superior. Desta vez, a Instituição de Ensino Superior (IES) quer incentivar aquelas pessoas que perderam seus empregos, devido a pandemia, a se qualificarem para retornar ao mercado de trabalho ainda mais preparados. Para isso, IES lançou a campanha “Seleção On-line”, na qual o aluno só começará a pagar a mensalidade quando reingressar no mercado de trabalho.

A campanha foi possível graças a uma parceria com o Educred, um programa de crédito estudantil disponibilizado pelo grupo Ser Educacional em suas Instituições de Ensino. Por meio dele, a UNINABUCO DIGITAL irá disponibilizar diversas vagas em cursos de graduação digital para aquelas pessoas que estão precisando de qualificação neste momento em que buscam recolocação no mercado.

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“A nossa intenção é dar um voto de confiança para aqueles que perderam suas fontes de renda em um momento tão delicado. Mais do que nunca, a qualificação se torna muito importante para retornar ao mercado de trabalho. Assim, vamos ajudar esses estudantes a iniciar a graduação digital na UNINABUCO para se capacitar”, explica o presidente do grupo Ser Educacional, mantenedor da UNINABUCO DIGITAL, Jânyo Diniz.

A Seleção On-line se dará da seguinte forma:

- Os interessados podem se inscrever, até o dia 20/01, por meio de formulário disponível no site: https://selecaoonline.uninabuco.digital/;

- Todos os candidatos passarão por uma seleção on-line, com entrevistas com os coordenadores;

- Caso seja aprovado na entrevista, o interessado deverá submeter a redação como parte do processo seletivo e enviar a documentação;

- O resultado da seleção será divulgado individualmente até o dia 25 de janeiro.

*Da assessoria de imprensa

Diante da decisão do Governo Bolsonaro em fechar 112 agências do Banco do Brasil, o PSB prometeu convocar o ministro da Economia, Paulo Guedes, para prestar esclarecimentos sobre essa determinação - que deixará mais de 5 mil pessoas desempregadas.

“O nosso líder na Câmara, Alessandro Molon, vai realizar essa convocação para que Paulo Guedes se apresente e responda todos os questionamentos que temos sobre essa decisão, que é mais uma decisão irresponsável do Governo Bolsonaro”, comentou Tadeu Alencar, vice-líder da oposição na Câmara dos Deputados.

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O deputado pessebista aponta que não acha que o Estado deve ser máximo ou mínimo, mas "necessário". Além disso, Tadeu salienta que "a presença do Banco do Brasil, em especial nas cidades mais recônditas, é feito a presença do juiz, do delegado, do professor, da igreja: é indispensável. Por isso que essa decisão, em plena crise sanitária, agudizando os nossos problemas sociais e econômicos, é mais uma irresponsabilidade, entre tantas, do Governo Bolsonaro”, pontua.

Em meio ao crescimento do contágio e das mortes por Covid-19 no País e com o fim das medidas emergenciais tomadas pelo governo federal para combater os efeitos da pandemia na economia, o medo do desemprego cresceu em dezembro. Segundo pesquisa divulgada nesta quinta-feira (7) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o indicador subiu 2,1 pontos em relação a setembro e chegou a 57,1 pontos. O resultado é superior aos 56,1 pontos de dezembro de 2019 e segue bem acima da média histórica de 50,2 pontos.

Apesar dos resultados positivos do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de agosto a novembro e da expectativa da equipe econômica de nova abertura líquida de vagas formais em dezembro, a taxa de desemprego aumentou de 14,1% em outubro para 14,2% em novembro, segundo dados do IBGE.

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De acordo com a CNI, o aumento do medo do desemprego foi maior na periferia das capitais, onde o índice passou de 55,9 pontos para 65,5 pontos entre setembro e dezembro. "Os residentes dessas cidades passaram a ser os com maior medo do desemprego", destaca o documento. Nas capitais, o índice ficou em 57,5 pontos, enquanto nas cidades do interior ficou em 55,2 pontos.

Entre os entrevistados que cursaram apenas o ensino fundamental, o medo do desemprego supera os 59 pontos. Para aqueles com ensino médio completo, o indicador ficou em 56,3 pontos em dezembro. Ainda assim, o medo do desemprego cresceu mais entre os entrevistados com educação superior, com o índice passando de 50,1 pontos para 54,7 pontos de setembro para dezembro.

Satisfação

Apesar do medo do desemprego estar maior, o índice de satisfação coma vida melhorou em dezembro. O indicador aumentou 1,7 ponto em relação a setembro e chegou a 70,2 pontos. O resultado é 1,9 ponto melhor que o registrado no fim de 2019 e está acima da média histórica de 69,6 pontos - o que não ocorria desde 2014.

"A melhora na satisfação com a vida da população brasileira pode estar relacionada tanto à percepção, no início de dezembro, de melhora da crise sanitária e econômica, como ao auxílio emergencial que proveu maior segurança econômica às famílias de baixa renda", avaliou o gerente-executivo de Economia da CNI, Renato da Fonseca.

Foram entrevistadas 2 mil pessoas em 126 municípios entre os dias 5 e 8 de dezembro de 2020.

Dados divulgados no dia 23 de dezembro de 2020 pela Pesquisa Nacional por Amostra dos Domicílios Covid-19 (Pnad Covid-19), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que o Brasil registrou um número recorde de desempregados da série histórica da pesquisa, iniciada em maio: 14 milhões de pessoas sem emprego, realidade que atinge mais fortemente mulheres (taxa de desemprego em 17,2% enquanto para os homens é 11,9%) e negros (pretos e pardos) com 16,85% frente a 11,5% entre os brancos. 

O desalento (índice de pessoas que desistiram de buscar emprego) também aumentou, chegando ao terceiro trimestre de 2020 em 5,7% no País, segundo a Pnad Contínua. Neste cenário desanimador e com a virada do ano, resistem expectativas de trabalhadores e trabalhadoras que, em meio à pandemia de Covid-19 e com o fim do auxílio emergencial pressionando mais ainda os orçamentos familiares, buscam voltar ao mercado pela retomada do emprego com abertura de novas vagas no mercado.

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O ano que se inicia traz boas expectativas para os especialistas no assunto, baseados nos dados de 2020. Para o economista da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Pernambuco (Fecomércio-PE), Rafael Ramos, setores que já vêm apresentando uma melhor recuperação de empregos deverão ter destaque. 

“Tem a agropecuária, que mesmo com a pandemia e a crise econômica, continuou vendendo, exportando. A crise desvalorizou o câmbio e deu incentivo para exportar, especialmente commodities. A construção civil tem saldo positivo [de empregos], vem crescendo impulsionada pela taxa de juros em 2%, que favorece o financiamento de imóveis. Esses dois setores provavelmente deverão ser os que mais irão contribuir para a retomada de empregos”, explica Ramos.

Apesar de a recuperação das vagas de emprego ser mais lenta que a da economia, Rafael acredita em um 2021 superior a 2020. “Se espera que a conjuntura como um todo melhore em 2021. O principal motivo é a expectativa para ter uma vacina em 2021, a gente não espera que vá haver um novo lockdown”, diz o especialista. Segundo ele, a projeção é que todos os setores tenham um resultado melhor que em 2020. “Comércio e serviços pela inovação criada esse ano, e-commerce, setores que podem ter benefícios. Creio que comércio, serviços, agropecuária, é provável sim que todos mostrem desempenho melhor. Pode não ser positivo, mas a expectativa é que o desempenho seja melhor”, afirma ele com base em dados fornecidos pela Pnad e pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), mantido pela Secretaria do Trabalho, órgão que integra a pasta da Economia.

O ritmo acelerado de áreas ligadas à tecnologia como TI e e-commerce é visto com muito bons olhos pelo economista. Segundo ele, esses setores, especialmente no ramo da Tecnologia da Informação (TI), assim como o comércio eletrônico, “trazem desenvolvimento de inovação e acabam atuando na geração de emprego". "TI é serviço, mas vai atuar no comércio, agropecuária, indústria, no próprio setor de serviço. Ele vai atuar em todos os setores e acaba puxando os demais”, acrescenta.

Rafael explica que uma das razões para o otimismo em relação ao ano que se inicia é a reação em ritmo acelerado após a flexibilização de medidas restritivas que têm o objetivo de frear a contaminação pelo novo Coronavírus (SARS-CoV-2). Apesar disso, a retomada da empregabilidade é um processo que leva mais tempo. “É comum o emprego demorar mais. A gente vem vivendo de choques com crises em 2015 e 2016, greve de caminhoneiros, guerra comercial EUA x China e se o setor produtivo não investe rápido, com comportamento conservador do investidor no cenário incerto, a geração de emprego tem freio pelas reduções de investimentos”, explana o economista.

Apesar das boas expectativas, nem tudo está indo tão bem como poderia. André Morais, economista do Conselho Regional de Economia de Pernambuco (Corecon-PE), até faz uma previsão positiva para a geração de empregos em 2021, indicando uma melhor recuperação não apenas nos setores da construção civil e agropecuária, mas também na indústria. No entanto, mesmo ela enfrenta alguns problemas, como a dificuldade de suprir o mercado que reabriu antes que a operação industrial fosse plenamente retomada e pudesse suprir a demanda por produtos, levando até à escassez de certos ítens, como a construção civil. 

“Isso deu muito impacto na inflação, porque a gente teve a questão do auxílio-emergencial que deu um fôlego, mas quando chegar o próximo IBC-BR, a gente vai ver o impacto da restrição e retirada do auxílio. Esse é o medo da gente, porque ele [o auxílio] reduziu, mas depois de dezembro acabou. Tem muita gente desempregada, tem muita gente desalentada, aquela pessoa que já procurou tanto emprego que desanimou e já desistiu. Aí começa a ter uma migração para o autônomo, só que não é uma coisa imediata. O problema é ter gente aí que vai sofrer”, afirma o economista.

De acordo com André, os setores de serviços e comércio, que têm uma grande participação na composição do Produto Interno Bruto (PIB), são os que mais empregam e vêm enfrentando ainda muitas dificuldades para reagir devido às restrições impostas pela pandemia. Para ele, apenas a partir do momento em que houver vacinação contra a Covid-19, esses dois setores-chave para a economia vão começar a recuperar os empregos perdidos, estimulando outros segmentos.

“A grande mudança virá dos setores de comércio e serviços e eles só vão reagir como a gente imagina com a vacina. Estamos falando de dois setores que vão voltar com algo em torno de 500 mil vagas, fora o impacto que esse retorno vai ter nos outros setores. Virando 2021, eu acredito que o setor de construção civil, deve ter impacto pelo menos no curto prazo. Os outros devem continuar [contratando], porque o setor agro importou muito, se beneficiando do dólar alto. A indústria parte exporta, parte produz internamente”, analisa.

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Em dez meses de pandemia da Covid-19, a taxa de desocupação chegou a 14,4% no terceiro trimestre, número maior em comparação com o início do ano, que registrava 10,5% de pessoas desempregadas, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Covid-19, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mas, em 2021, há expectativas de que o cenário mude para um volume maior de contratações.

Em entrevista ao LeiaJá, o secretário do Trabalho, Empregos e Qualificação de Pernambuco (Seteq), Alberes Lopes, disse que apesar do período de contratação mais forte ser no último trimestre do ano, o início de 2021 ainda estará em aquecimento para diversos setores. “Nós tivemos uma pandemia que o mundo não esperava e isso influenciou diretamente no mercado de trabalho, então, para o ano de 2021, a expectativa é que seja melhor. Até porque é um ano de esperança, será um ano em que o mercado vai reagir de uma forma diferente de 2020”, afirma o gestor.

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Além do turismo, Lopes acrescenta outras áreas que chegam aquecidas ao Estado e que, com isso, deverão trazer mais oportunidades de empregos aos pernambucanos. "As pessoas podem se preparar para buscar empregos na indústria, no comércio, nos grandes atacados que estão vindo para Pernambuco”, afirma o gestor do Seteq-PE.

Mudanças na busca por empregos

Com a chegada da pandemia, recrutadores tiveram que mudar a forma de conhecer um candidato. O coordenador de treinamentos da Blackbelt It Solutions, Jessé Barbosa de Araújo, comenta que “o LinkedIn é uma das maiores redes de visualização profissional do mundo, então, quem abastece com todas as informações seu perfil tem maior visibilidade, pois muitos recrutadores usam essa rede para conhecer os candidatos, além de outras plataformas para seleção”.

Nesse sentido, muitos candidatos têm melhorado sua presença na web, sendo este um dos pontos de atenção para a preparação na busca por oportunidades. Dentre os profissionais, está Hingrid Oliveira, 23 anos, que está desempregada desde fevereiro deste ano. "Sempre procuro me inscrever em sites de vagas de empregos, grupos e aplicativos para acompanhar as vagas de empregos disponíveis", afirma. Perguntada sobre planos para 2021, Hingrid demonstra entusiasmo e falou sobre um roteiro para conseguir dar uma guinada na vida profissional. Ela pretende “atualizar o currículo para ficar bem apresentável nos sites de empregos, usufruir dos serviços da agência do trabalho, voltar a entregar currículos em lojas, além de adquirir outros conhecimentos".

"Quero fazer um curso de Pacote Office avançado e aprender duas línguas, inglês e francês", afirma Hingrid sobre os planos de qualificação profissional. Os planos de Hingrid entram na rota do cenário mais otimista previsto em 2021. Diante disso, resta apenas um questionamento: como se preparar para dentrar no mercado de trabalho?

Em resposta, o psicólogo e headhunter, especialista que analisa e seleciona os profissionais, Cleyson Monteiro, enfatizou que “o profissional que está procurando uma oportunidade de evolução no mercado de trabalho tem que começar a se preparar agora”. Para isso, o especialista listou algumas orientações para direcionar a preparação. Veja a seguir:

Plano de desenvolvimento de empregabilidade

Para realizar o processo, é necessário que o candidato filtre em quais empresas há interesse de trabalhar, conhecer a cultura das corporações em que tentará vaga de emprego, além de saber quais caminhos devem ser traçados para alcançar o objetivo.

Currículo adequado

Para conquistar a vaga almejada, é importante montar um currículo coerente e sem excessos, que comunique objetivamente qual a pretensão do profissional dentro da empresa, ou seja, uma apresentação que encante o recrutador.

Cadastrar o currículo em sites de emprego

Uma das ações que ganharam mais força em meio à pandemia foi a busca de empregos pela internet. O headhunter Cleyson Monteiro propõe que os profissionais não deixem de cadastrar seu currículo em sites, como Vagas.com ou LinkedIn. Assim, os recrutadores terão acesso às realizações profissionais do candidato.

Fazer um vídeo-currículo

Junto com a pandemia, aconteceram muitas atualizações nos processos de recrutamento de pessoas. Uma delas foi a necessidade de os candidatos terem um vídeo-currículo. Segundo Monteiro, essa habilidade de se comunicar por vídeo é um novo requisito para os novos profissionais. A recomendação é treinar.

Qualificação para o setor que pretende se candidatar

É indispensável manter-se atualizado, com qualificações oferecidas por agências de trabalho ou até mesmo na internet de forma gratuita. Dessa forma, os profissionais podem se destacar nessa busca por oportunidades em 2021.

Ainda há outras observações para uma preparação que agregue valor ao profissional, segundo secretário da Seteq-PE, Alberes Lopes. Dentre elas, estão uma boa aparência e vestimenta adequada para entrevista de forma remota, como tem ocorrido devido à restrição de circulação de pessoas.

Também é importante, de acordo com Lopes, não interromper o momento de fala do recrutador e não ter “fake news” no currículos, a exemplo, cursos não realizados.

O secretário ainda acrescenta que há possibilidade de qualificação e participação em seleções realizadas nas 29 unidades da Seteq-PE, distribuídas por todo o Estado de Pernambuco

O ano de 2020, definitivamente, não foi bom para a classe trabalhadora do Brasil, que viu o número de desempregados aumentar mês a mês. Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do terceiro trimestre do ano, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no fim de novembro, mostraram um aumento da taxa de desocupação comparada ao trimestre anterior em dez estados, sendo Paraíba (4%), Amapá e Pernambuco (3,8% cada) os mais afetados.  

Na última quarta-feira (23), o IBGE divulgou dados da Pnad Covid-19, com más notícias: no mês de novembro, o Brasil registrou 14 milhões de desempregados, um novo recorde na série histórica da pesquisa, levando a taxa de desemprego a 14,2%, ante 14,1% em outubro e 10,7% em maio. Isso significa que em sete meses, quase 4 milhões de pessoas perderam o emprego. 

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Desligamentos por setor

Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que mede o emprego formal no Brasil por meio da Secretaria do Trabalho do Governo Federal, órgão do Ministério da Economia, mostram que até o mês de outubro, o País registrava 12.231.462 de contratações e 12.402.601 demissões, o que significa que 171.139 postos de trabalho foram extintos. Essa realidade, no entanto, não atinge todos os setores da economia de modo igualitário: o setor de serviços perdeu 268.049 de empregos, seguido pelo comércio, que teve um saldo negativo de 231.245. Há ainda um saldo negativo de 156 vagas em setores não identificados. 

As demais áreas (agropecuária, construção e indústria) conseguiram manter o saldo positivo, apesar de grandes perdas sofridas ao longo do ano. Observando apenas o número de demissões, mais uma vez é o setor de serviços o que mais sofre, com 5.561.659 desligamentos até outubro. O segundo lugar também fica, mais uma vez, com o comércio, que desligou 2.967.194 trabalhadores, seguido pela indústria com 2.066.430 funcionários demitidos. Na construção, foram 1.180.792 vagas encerradas, enquanto a taxa de demissões na agropecuária foi de 626.370. 

“A gente espera que dê tudo certo com a vacina”

De acordo com André Morais, economista do Conselho Regional de Economia de Pernambuco (Corecon-PE), o País chegou a mostrar um início de recuperação nos empregos, que ao que tudo indica foi freada pelo crescimento do número de casos da Covid-19. “O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-BR), que é como uma prévia do PIB, saiu e subiu, mas já começou abaixo da expectativa do mercado. Subiu 0,86, mas a expectativa era 1.1. O crescimento está dando uma desacelerada e tudo sugere que é devido à escalada de número de casos de coronavírus", explicou ele. 

O especialista explana ainda que o setor de serviços é o maior responsável pelas contratações, junto ao comércio. “O problema é que o setor de serviços representa uma porcentagem muito grande na composição do Produto Interno Bruto (PIB), se ele não reage, puxa para baixo o PIB como um todo e a parte de empregos também. A gente teve uma queda no terceiro trimestre, não tão expressiva, mas não deixa de ser [uma queda]. A indústria está se mantendo, a construção civil caiu um pouco, mas ainda conseguiu se segurar, mas o setor de serviços, serviços domésticos também [foi um setor que] caiu muito”, contou André.

Diante desse quadro, a expectativa de geração de empregos nos próximos meses é positiva, mas segundo o economista, só será expressiva se houver vacinação, permitindo uma redução das restrições que possibilite investimentos e crescimento nos segmentos de comércio e serviços. “A expectativa para 2021 é de a gente ter uma melhora significativa, principalmente porque a gente espera que dê tudo certo com a questão da vacina que chegue o quanto antes e chegando, aí as expectativas são boas. Essa recuperação só não é mais expressiva pelo setor de serviços, porque ele depende de que? Restaurantes, hotéis, então enquanto a gente não tiver vacina, o setor vai sofrer um bocado.”

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De acordo com a PNAD Covid, a taxa de desocupação em novembro em Pernambuco foi de 17,9%, contra 17,1% em outubro. É a sexta maior porcentagem do país, atrás do Maranhão, Amapá, Bahia, Sergipe e Amazonas. Isso significa também que 712 mil pessoas estavam desocupadas e buscaram ativamente um emprego no estado, mas não encontraram. Entre outubro e novembro, houve uma variação de 6,9% no número de pessoas desocupadas em Pernambuco, o que equivale a 46 mil pessoas a mais sem emprego.

O número de pessoas ocupadas, por sua vez, ficou estável entre outubro e novembro, com 3 milhões e 258 mil pessoas. Além disso, pelo quarto mês seguido, houve uma redução da população fora da força de trabalho (que não estavam trabalhando nem procuravam por trabalho) em Pernambuco que gostariam de trabalhar, mas não conseguiram procurar emprego por causa da pandemia de Covid-19 ou por falta de oportunidade na região em que vivem. Em novembro, eram 814 mil pessoas; no mês anterior, eram 885 mil pessoas.

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Já a quantidade de pessoas ocupadas e afastadas do trabalho que tinham devido ao distanciamento social não para de cair. Em outubro, eram 101 mil; em novembro, não passavam de 92 mil, uma queda de 8,9% entre um mês e outro. Os números também caíram sensivelmente em relação a maio, passando de 28,8% para 2,8% da população ocupada. Ainda segundo a pesquisa, 7,2% da população pernambucana ocupada e não afastada do trabalho tinha trabalhado de forma remota em novembro, frente a 7,6% no mês de outubro.

Entre as pessoas ocupadas e afastadas do trabalho que tinham, seja ou não por conta da pandemia, 44 mil pessoas (23,1%) deixaram de receber remuneração em novembro. Em maio, quando medidas de distanciamento social mais rígidas estavam em vigor, eram 620 mil. Entre os trabalhadores ocupados que ainda estavam recebendo vencimentos, 19,6% do total tiveram rendimentos menores do que o habitual em novembro, contra 20,5% em outubro.

A PNAD Covid detectou também uma pequena queda no número de domicílios pernambucanos em que ao menos um dos moradores recebeu o auxílio emergencial: foram 54,5% em novembro, frente a 55,4% em outubro. Isso significa que, em números absolutos, 1 milhão e 675 mil lares em Pernambuco receberam o benefício. Já no Brasil houve uma leve queda, de 42,2% para 41%. O valor médio do rendimento do auxílio em Pernambuco também apresentou diminuição, de R$ 636 em outubro para R$ 491 em novembro.

A pesquisa mostra ainda que a taxa de informalidade em Pernambuco chegou a 1 milhão e 411 mil trabalhadores em outubro. Os informais são os empregados do setor privado sem carteira; trabalhadores domésticos sem carteira; empregados que não contribuem para o INSS; trabalhadores por conta própria que não contribuem para o INSS; e trabalhadores não remunerados em ajuda a morador do domicílio ou parente.

*Do IBGE.

Na Colômbia, as mulheres pagam um preço mais alto pela pandemia do que os homens. Para cada homem desempregado, há duas mulheres. Elizabeth, María Edilma e Jackeline perderam o trabalho, devido ao coronavírus, e carregam sozinhas a carga das funções "do lar".

Este ano o desemprego atingiu máximos históricos, perto de 25%, mas as mulheres foram as mais castigadas neste país de 50 milhões de habitantes onde a informalidade chega a 47%.

O novo coronavírus empurrou 2,5 milhões de mulheres para o desemprego.

"As mulheres empregadas passaram de 9,2 milhões no segundo trimestre de 2019 para 6,7 milhões no mesmo trimestre de 2020", afirma o Departamento Administrativo Nacional de Estatística (DANE).

Elizabeth, María Edilma e Jackeline fazem parte deste drama que permeia as principais cidades do país. Com um acréscimo ainda mais embaraçoso: um número indeterminado de mulheres expulsas do mercado de trabalho retornou ao trabalho doméstico e ao cuidado dos filhos. Estatisticamente, elas entraram na "inatividade".

O DANE alertou sobre a tendência, nos lares, de substituir "atividades de cuidado remunerado por atividades não remuneradas".

- Sacrifício -

Há 20 anos, a violência deslocou Elizabeth Mosquera. Morava em Chocó, um departamento de maioria negra e o mais pobre do país. Chegou a Medellín, onde se dedicou ao trabalho doméstico.

Quando a pandemia estourou, sua empregadora, com medo do contágio, disse-lhe que para manter o emprego ela deveria passar a dormir no trabalho. Isso a forçou a deixar seus seis filhos entre 12 e 21 anos sozinhos.

Em 26 de julho, ela teve que abrir mão do trabalho para cuidar de sua família.

"Eu sabia que, se ficasse sem emprego, íamos ter trabalho, passaríamos fome. Mas eu disse 'não, primeiro são meus filhos'", afirma Elizabeth, de 40 anos.

Com a pandemia, o pai de seus filhos perdeu o emprego e parou de lhe enviar dinheiro. Hoje, ela cruza os dedos para que os serviços básicos não sejam cortados por falta de pagamento.

- Privação -

Quando o salão de beleza onde trabalhava como manicure fechou, María Edilma Aguilar foi obrigada a deixar o apartamento que alugou para ela e seus filhos de 17 e 20 anos, no sul de Bogotá. À época, ela também estudava para se tornar esteticista e abrir seu próprio negócio.

María Edilma se mudou com os dois adolescentes e dois gatos para um pequeno quarto dentro de uma casa, que divide com outras 17 pessoas.

Esta mãe solteira, de 35 anos, luta para garantir comida. Mas há dias que o que ela consegue mal dá para uma refeição diária, lamenta.

Logo cedo, ela cuida dos filhos e depois sai, de porta em porta, para oferecer seus serviços de "limpeza, manicure, lavagem de louça" ou "o que der".

María Edilma teme acabar se tornando um "peso" para os filhos. Seus estudos agora estão suspensos por tempo indeterminado.

Este ano deixa uma das maiores disparidades de gênero "em 20 anos da história recente" em termos de acesso ao emprego, afirma o diretor da Fundação para a Educação Superior e o Desenvolvimento, Luis Fernando Mejía.

- Incerteza -

No meio da pandemia, Jackeline Ardave, uma estilista de 36 anos que cobrava por serviço prestado, perdeu sua única renda.

A fábrica têxtil, com a qual ela trabalhava em Cali, terceira maior cidade da Colômbia, decidiu manter uma empresa de corte de funcionários terceirizados.

Na volta para casa, Jackeline teve de assumir as "tarefas domésticas" e cuidar do filho de sete anos, uma tarefa até então assumida pela sogra.

Ao mesmo tempo, ela e o marido se arriscaram a montar, com dinheiro emprestado, uma pequena oficina de roupas esportivas e cintas para mulheres com câncer de mama. O negócio ainda é incerto, mas as dívidas começaram a apertar há alguns meses.

"Não dizia nada, mas, às vezes, de madrugada, eu me levantava chorando, preocupada", desabafa Jackeline, que diz sentir que sua saúde está-se deteriorando.

Os setores onde os empregos foram mais destruídos são aqueles com maior participação feminina, como serviços domésticos, assistência social, tratamentos estéticos, ou ensino fundamental.

Se o Estado não levar adiante políticas trabalhistas com uma abordagem de gênero, esse retrocesso, que já é "muito grave", pode ser pior, acrescenta o diretor do Observatório do Mercado de Trabalho da Universidade Externado, Stefano Farné.

A taxa de desemprego aumentou de 14,0% em setembro para 14,1% em outubro, maior resultado da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Covid (Pnad Covid-19) mensal, iniciada em maio pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em outubro, a população ocupada totalizou 84,134 milhões de pessoas, um aumento de 1,4% em relação aos 82,934 milhões em setembro, 1,2 milhão de vagas a mais. No entanto, o total de ocupados ainda não retomou o patamar de maio, quando somava 84,404 milhões de pessoas.

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Já a população desocupada cresceu de 13,486 milhões de pessoas em setembro para 13,763 milhões em outubro, um aumento de 2,1%, cerca de 277 mil pessoas a mais. Em relação a maio, quando teve início a pesquisa, a população desempregada saltou 35,9%, 3,634 milhões de pessoas a mais nessa condição.

O contingente de inativos diminuiu de 74,110 milhões em setembro para 72,704 milhões em outubro, uma redução de 1,9%. Entre os inativos, 24,8 milhões gostariam de trabalhar, mas não buscaram trabalho, sendo que 14,5 milhões deles argumentaram que não procuraram uma vaga devido à pandemia ou à falta de trabalho na localidade.

O nível de ocupação subiu de 48,6% em setembro para 49,3% em outubro.

A taxa de desemprego no Brasil atingiu a marca de 14,6% no último semestre, fechado em setembro. É o maio índice desde 2012. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (27).

Em números absolutos, cerca de 14,1 milhões de pessoas estavam fora do mercado de trabalho durante esse período. Segundo o IBGE, esse grupo aumentou 10,2% frente ao segundo trimestre do ano, quando havia 12,8 milhões de desempregados, e 12,6% em comparação ao terceiro trimestre de 2019, com 12,5 milhões.

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A população empregada chegou ao menor patamar da série histórica, com 82,5 milhões de brasileiros atuando no mercado de trabalho. Houve queda de 1,1% (menos 880 mil) frente ao trimestre anterior e 12,1% (menos 11,3 milhões) comparado ao mesmo trimestre de 2019.

 

A taxa de desocupação no Pará chegou a 10,9% no terceiro trimestre do ano, uma alta de 1,8 ponto percentual na comparação com o trimestre anterior (9,1%). O número de desempregados atingiu 405 mil, ou seja, mais 81 mil desempregados entraram na fila em busca de um trabalho no Estado.

O nível da ocupação (relação entre pessoas ocupadas e pessoas em idade de trabalhar) ficou em 48,9%, mostrando estabilidade na comparação com o trimestre anterior (48,1%), mas apresentando queda de 3,7 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado (52,5%). O número de ocupados foi 3,3 milhões, 155 mil pessoas a menos do que o registrado no mesmo trimestre de 2019. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) e referem-se ao trimestre de julho, agosto e setembro de 2020.

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Entre os Estados brasileiros, o Pará tem o segundo menor percentual de empregados do setor privado com carteira assinada (53,9%), perdendo apenas para o Maranhão (51,3%). A média brasileira é de 76,5% de empregados com carteira assinada, o que significa que no Pará a oferta por empregos formais é significativamente menor do a que se observa no resto do Brasil.

A taxa de informalidade reafirma a realidade do estado: enquanto no Brasil a média é de 38,4% da população ocupada nessa condição, no Pará o índice sobe para 60,9%. Esse resultado coloca o Pará na posição de estado com maior número de trabalhadores informais do Brasil, registrando cerca de dois milhões de pessoas nessa condição.

O percentual de trabalhadores por conta própria no Pará ficou 6 pontos percentuais acima da média brasileira, atingindo 32,4%.

Da assessoria do IBGE.

 

O Nordeste foi a região brasileira que apresentou a maior taxa de desocupação no terceiro trimestre deste ano, atingindo o recorde de 17,9% em relação ao período anterior. A menor taxa foi registrada no Sul: 9,4%. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada hoje (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo a pesquisa, entre julho e setembro, a taxa de subutilização chegou a 43,5% na Região Nordeste.

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Para a analista da pesquisa Adriana Beringuy, isso mostra não apenas a região com a maior taxa. Mostra também que, do primeiro para o segundo trimestre, o Nordeste e o Sudeste, somados, foram as regiões que mais aceleraram a subutilização. Segundo Adriana, o Nordeste sempre apresenta taxas maiores de subutilização, mas agora, com o processo da pandemia, o Sudeste foi a região mais afetada. “Portanto, trazendo parte da força de trabalho para a subutilização.”

De acordo com a economista, quando se analisa a retração da população ocupada, verifica-se que, em maio, a queda decorreu da informalidade, que puxou muito a ocupação para baixo. “Esse processo da subutilização está intimamente ligado à informalidade", disse Adriana.

O Nordeste tem as maiores taxas de informalidade. O trabalhador informal, que foi o mais atingido no auge da pandemia, acaba tendo um aspecto geográfico, porque, proporcionalmente, em relação à população ocupada, está nas regiões Norte e Nordeste”, completou.

A construção e a agricultura foram as únicas atividades em que houve crescimento da população ocupada no terceiro trimestre de 2020. Na construção, a alta ficou em 7,5%, ou 399 mil pessoas a mais trabalhando no setor. A agricultura, com expansão de 3,8%, agregou mais 304 mil trabalhadores. No caso da construção, a explicação é que, como pedreiros e outros trabalhadores do setor afastaram-se, por conta própria, do mercado por causa do distanciamento social, retornaram nesse período, com a reabertura das atividades. Além disso, aumentou a demanda por pequenas obras, como reforma de imóveis.

Para Adriana Beringuy, o aumento na taxa de ocupação na agricultura pode estar relacionado à sazonalidade do cultivo. Ela explicou que a atividade, de um modo geral, tem ritmo diferente das demais. Somado a isso, o setor sofreu menos os efeitos da pandemia, porque, ao se desenvolver no campo, o impacto do distanciamento social foi menor, na comparação com o que ocorreu na cidade. “A construção e a agricultura são atividades que já mostram efetivamente crescimento na sua ocupação”, disse Adriana.

Força de trabalho

A população inserida na força de trabalho no Brasil chegou a 96,5 milhões de pessoas entre julho e setembro e, na comparação com o trimestre anterior, manteve-se estável. No entanto, em relação ao mesmo período de 2019, registrou queda de 9,2%, ou seja, menos 9,8 milhões de pessoas.

Já a população fora da força de trabalho atingiu 78,6 milhões no terceiro trimestre deste ano, o maior nível da série histórica, com altas de 1,0%, mais 785 mil pessoas, frente ao trimestre anterior e de 21,2%, mais 13,7 milhões de pessoas, ante o mesmo período de 2019.

Outro recorde da série histórica foi o nível da população desalentada, com 5,9 milhões. Isso significa crescimento de 3,2% ou mais 183 mil pessoas, se comparado ao trimestre anterior, e de 24,7%, sendo mais 1,2 milhão de pessoas, em relação a julho a setembro de 2019. O percentual de 5,7% de desalentados na população indica estabilidade frente aos três meses anteriores e alta de 1,5 ponto percentual. contra o mesmo trimestre de 2019.

O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado, não incluídos os trabalhadores domésticos, foi estimado em 29,4 milhões, o que representa queda de 2,6%, ou menos 788 mil pessoas, ante o trimestre anterior e de 11,2%, menos 3,7 milhões de pessoas, se comparado ao período de  julho a setembro de 2019.

Já o número de empregados sem carteira assinada no setor privado foi de 9 milhões, com alta de 4,3%, ou mais 374 mil pessoas em relação ao segundo trimestre, e de  23,9%, sendo menos 2,8 milhões, na comparação ao mesmo período de 2019.

O número de trabalhadores por conta própria atingiu 21,8 milhões, em uma variação de 0,6 ou mais 119 mil contra o trimestre anterior. Frente ao mesmo período de 2019, houve recuo de 10,8%, ou menos 2,6 milhões de pessoas.

“Parte da ocupação que cresce no terceiro trimestre é a que vem do trabalho informal, ou seja, não se observa ainda uma reação de emprego com carteira, por exemplo. Por outro lado, o trabalho sem carteira assinada já mostra, sim, um processo de recuperação. O que se pode perceber é que, no terceiro trimestre, há um cenário menos desfavorável do que aquele cenário ruim visto no segundo trimestre”, disse.

A economista ressaltou que, ante esse resultado do terceiro trimestre, é preciso aguardar os próximos meses e ver se outras atividades que já começam a ter perdas reduzidas, começam, efetivamente, a apresentar mais contratação e mais absorção de trabalhadores. “Isso ainda não é realidade para grande parte das atividades econômicas, muito pelo contrário. Muitas ainda, apesar de terem menos perdas no terceiro trimestre, mostram ainda redução da sua ocupação.”

Perdas menores

Adriana Beringuy destacou que, embora tenha ocorrido menor queda da população ocupada no terceiro trimestre, representando 3% do que ocorreu no segundo trimestre, isso não pode ser entendido ainda como um processo de recuperação do mercado de trabalho. Pode-se observar, no entanto, que as perdas são menores do que as que vinham ocorrendo.

Na população desocupada, as maiores taxas ocorreram entre as mulheres, os jovens e pessoas pretas. De acordo com a pesquisa, enquanto entre os homens a taxa foi estimada em 12,8%, entre as mulheres, chegou a 16,8%. Entre os que se declararam brancos (11,8%), ficou abaixo da média nacional (14,6%), mas entre os pretos (19,1%) e os pardos (16,5%), ficou acima.

A taxa de desocupação nas pessoas com ensino médio incompleto era de 24,3% e, portanto, superior à dos demais níveis de instrução. No grupo com nível superior incompleto, a taxa foi estimada em 17,1%. O percentual é mais que o dobro do verificado para aqueles com nível superior completo, que ficou em 7,0%.

A taxa de desocupação dos jovens de 14 a 17 alcançou 44,2%, mais elevada do que a daqueles na faixa entre 18 e 24 anos, que ficou em 31,4%. Os percentuais estão acima do patamar da taxa média total de 14,6%.

O número de trabalhadores domésticos caiu 2,2% e somou 4,6 milhões, o que significa menos 102 mil pessoas, na comparação com o trimestre anterior, e 26,5 %, ou menos 1,7 milhão de pessoas, ante os mesmos três meses de 2019, frente ao mesmo trimestre de 2019.

Rendimento

De acordo com os dados da Pnad Contínua, o rendimento médio real habitual chegou a R$ 2.554 no período de julho a setembro deste ano, sendo estatisticamente estável na comparação com o período anterior, quando estava em R$ 2.519. Já contra o mesmo trimestre de 2019, houve alta de 8,3% – o rendimento era de R$ 2.359.

A massa de rendimento real habitual alcançou R$ 205,3 bilhões, mantendo-se estável em relação aos três meses anteriores, e com queda de 4,9%, ou menos R$ 10,6 bilhões, na comparação com o mesmo trimestre de 2019.

 

A taxa de desocupação em Pernambuco alcançou os 18,8% da população de 14 anos ou mais no terceiro trimestre de 2020, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Trimestral (PNAD Contínua), divulgada nesta sexta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado foi igual ao do segundo trimestre de 2017, registrado como o mais alto de toda a série histórica do levantamento.

Em relação ao trimestre anterior deste ano, houve um aumento de 3,8 pontos percentuais, quando a taxa foi de 15%. Entre as dez unidades da Federação que tiveram alta no desemprego, Pernambuco teve o segundo lugar maior percentual, empatado com o Amapá e atrás apenas da Paraíba, com uma diferença de quatro pontos percentuais.

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O resultado deste trimestre fez com que o estado pulasse da 9ª para a 5ª posição entre as unidades da federação com o maior índice de desemprego do Brasil, atrás da Bahia, Sergipe, Alagoas e Rio de Janeiro. O percentual também é superior à média nordestina, de 17,8% e à média nacional, que chegou a 14,6%.

A gerente de planejamento e gestão do IBGE em Pernambuco, Fernanda Estelita, cita a pandemia e a desestimulação do trabalhador na retomada das atividades como os fatores mais influentes para o novo resultado.

“O aumento na taxa de desocupação tem dois componentes que devem ser considerados. Um deles é o contingente da força de trabalho que estava ocupado no trimestre anterior e perdeu seu posto. O outro é a parcela da população que já estava desocupada, mas não buscou ocupação por conta da pandemia. Com a retomada das atividades econômicas, esses trabalhadores se sentiram estimulados a buscar novas oportunidades no mercado”, avalia a analista.

No estado, 684 mil pessoas de 14 anos ou mais procuraram emprego, mas não conseguiram encontrar no período de abrangência da pesquisa, entre julho, agosto e setembro, quando as medidas de distanciamento social no estado por conta da pandemia do novo coronavírus começaram a ser flexibilizadas.

No segundo trimestre de 2020, eram 533 mil pessoas na mesma situação, uma variação de 28,3%, o equivalente a 151 mil postos de trabalho que deixaram de ser ocupados.

Os números da PNAD em Pernambuco também mostram mais uma queda no nível da ocupação, indicador que mede o percentual da população ocupada em relação às pessoas em idade de trabalhar. O indicador chegou ao menor nível da série histórica, no terceiro trimestre, com 37,8%.

O gráfico de acompanhamento da informalidade também registra crescente no estado, com taxa que chega a 48% entre a população ocupada. O número soma 1,41 milhão de pessoas no agregado de julho, agosto e setembro, e  deixa o estado com a 8º proporção mais alta de informais no Brasil.

No 2º trimestre, os trabalhadores na informalidade eram 1,36 milhão de pessoas, ou 45,4% da população ocupada. O Brasil, por sua vez, tem uma taxa de informalidade quase dez pontos percentuais mais baixa: 38,4%.

De acordo com Fernanda Estelita, “as atividades informais têm sido uma alternativa à população, uma vez que a criação de vagas formais não consegue absorver todos os que buscam ocupação. Nesse contingente, estão também contabilizados os pequenos empreendedores que viram na crise oportunidades de geração de renda.”

Com as dificuldades econômicas causadas pela pandemia de Covid-19, profissionais de diversos setores da economia sofreram com a perda de seus empregos. A forma como a doença afetou o mercado de trabalho, no entanto, é distinta, a depender do setor produtivo, podendo ser mais ou menos intensa em determinadas áreas. 

Dados de um estudo realizado por especialistas do site sobre empregabilidade Zety, que analisou currículos e sites de divulgação de vagas, mostram que mais da metade dos profissionais de varejo (53%) e funcionários de consultórios odontológicos (53%) perdeu seus empregos de fevereiro até maio de 2020. 

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Logo em seguida no ranking de áreas mais afetadas, aparecem especialistas de produção de TV e cinema (48,5%), servidores de comida e garçons (48%), artistas de palco (45%), cozinheiros e chefs (44%), profissionais de hospitalidade e recepcionistas (42%), profissionais de transporte aéreo (39%) e especialistas imobiliários e gestores de propriedade (38%). No sentido oposto, a pesquisa aponta que os setores de emprego que tiveram menos queda na empregabilidade em decorrência de efeitos econômicos negativos causados pela Covid-19 foram apoio logístico, condução, construção e armazéns. 

Para auxiliar profissionais das áreas mais afetadas que desejam mudar de carreira, ainda que de forma temporária, para escapar do impacto econômico em seu setor produtivo de origem, o estudo também apresenta habilidades profissionais desejáveis em setores que têm maior oferta de vagas em 2020 e valorizam características profissionais que podem ser adquiridas em outros tipos de serviço. Confira a pesquisa completa.

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Revelado pelo Internacional em 2006 como uma das principais promessas do futebol brasileiro, Alexandre Pato foi do estrelato ao desemprego e não conseguiu, até aqui, ser o protagonista que seu talento sugeriu quando despontou profissionalmente aos 17 anos. O atacante completa nesta segunda-feira, dois meses sem clube depois de rescindir com o São Paulo no fim de agosto.

Segundo o São Paulo, foi Pato quem pediu para romper o vínculo. O acordo iria até o fim de 2022 e o jogador, infeliz, abriu mão de luvas atrasadas e de valores que deveria receber até o encerramento do contrato. Tudo isso gira em torno de R$ 35 milhões. Ao deixar o clube paulista, esperava-se que ele logo se recolocasse em alguma outra equipe. Não foi o que aconteceu, no entanto.

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O destino ideal parecia ser o Internacional. O time colorado perdera seu principal atacante, Paolo Guerrero, lesionado, que só volta a jogar em 2021, e estava em busca de reposição para o ataque. Parecia ser o negócio perfeito, já que a ideia de retornar ao primeiro time que o revelou para o futebol e onde foi feliz, era bem-vista por Pato. A negociação, porém, não foi concretizada e o jogador segue desempregado.

Além do Inter, Pato também foi especulado em três times italianos: Genoa, Spezia e Monza, este último cujo dono é Silvio Berlusconi, ex-sogro do jogador, que namorou Barbara Berlusconi por dois anos, de 2011 a 2013. O bilionário empresário foi primeiro-ministro da Itália e proprietário do Milan por 30 anos.

Em 2020, Pato marcou apenas quatro gols em 13 jogos. Nas duas passagens do atacante pelo São Paulo, foram 47 gols em 136 partidas. Ele foi pouco utilizado pelo técnico Fernando Diniz e agora não desperta interesse de grandes clubes. Um dos entraves é o alto salário.

O sucesso fulminante do atleta no começo de sua trajetória não indicava que ele, hoje, teria dificuldades para arrumar um novo clube. Pato brilhou no Inter aos 17 anos e chamou a atenção do Milan, que desembolsou quase R$ 40 milhões para comprá-lo na época. No time italiano, o brasileiro conquistou os torcedores com marcas importantes e gols decisivos no começo de sua passagem em Milão, mas, atrapalhado por lesões e outros problemas, não conseguiu se firmar na Itália e voltou para o Brasil em 2013.

Ele assinou com o Corinthians e novamente não encantou. Pelo contrário. Na equipe paulista, foi muito criticado e logo se transferiu para o São Paulo em troca que envolveu a ida do meia Jadson para a equipe do Parque São Jorge. No Morumbi, retomou o bom futebol do começo da carreira e viveu sua temporada mais artilheira - foram 26 gols em 59 jogos em 2015.

O desempenho foi o suficiente para o Chelsea apostar nele. A chance se apresentava como ideal para recolocar sua carreira nos trilhos e volta para a seleção brasileira. A passagem pela Inglaterra, porém, foi fracassada. Foram apenas duas partidas disputadas e um gol marcado pelo clube inglês. De lá foi para o Villarreal, da Espanha, onde também não brilhou. Entre 2017 e 2018, passou pelo futebol chinês e, em um campeonato de pouca exigência técnica, conseguiu bons números no Tianjin Tianhai, do qual se despediu com 34 gols em 58 duelos.

No ano passado, com as lembranças positivas da primeira passagem, o São Paulo repatriou Pato. Dessa vez, porém, não deu certo, e o jogador deixou o clube com histórias contraditórias e sem deixar muita saudade ao torcedor tricolor. Segundo o técnico Fernando Diniz e o diretor Raí, a rescisão se deu por vontade do atleta, insatisfeito e pouco aproveitado. Foram nove gols marcados em 35 aparições neste segundo ciclo.

ROTINA SEM CLUBE - Enquanto não define seu próximo destino, o jogador, que completou 31 anos recentemente, tem aparecido esporadicamente nas redes sociais para mostrar como tem mantido a forma. Ele exibe parte de sua rotina de preparação, publica alguns vídeos com gols e lances da época no Milan e compartilha momentos de sua vida pessoal. Marido de Rebeca Abravanel, o atacante chegou a ser cogitado para comentar um jogo do São Paulo pela Libertadores em transmissão do SBT, emissora do sogro Silvio Santos. Foram só boatos, contudo.

Nas redes sociais, Pato também se apresenta para mostrar insatisfação com as especulações a respeito de seu futuro. "Me colocam sempre em um time. E até sobre o futuro agora estão falando. Único que sabe é Deus. Ele sim sabe os meus planos", escreveu em uma publicação o jogador, que afirmou que estará de volta aos gramados "logo, logo" e garantiu estar treinando e se cuidando.

O relacionamento com Rebeca Abravanel pode ser decisivo para ele permanecer no Brasil, já que a apresentadora do SBT não estaria disposta a deixar o emprego e se mudar para outro país. Sem clube, Pato tem tido mais tempo para passar ao lado da esposa. Os dois se casaram no ano passado. Certo é que, por enquanto, não há nada definido. O Estadão apurou que o jogador recebeu sondagens de times da Série A, mas o alto salário é um empecilho. É possível até que o atacante só volte aos gramados em 2021.

O novo sistema de transferências e pagamentos instantâneos, o Pix, já está disponível para cadastro e iniciará sua fase experimental a partir do dia 3 de novembro. Apesar de estimular novos modelos de negócio, por meio da agilidade e da comodidade oferecida aos clientes, o método que pode pôr fim às TEDs e DOCs deve aumentar a insegurança pessoal.

A partir do dia 16 de novembro, o Pix vai garantir a gratuidade nas transações entre pessoas físicas, o que deve incentivar a inclusão financeira e a reduzir a movimentação nos caixas de auto atendimento. Para aproveitar a ferramenta, o acesso à internet é fundamental e pode ser uma adversidade para moradores de áreas sem cobertura, como zonas rurais.  

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O secretário jurídico do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, João Rufino, aprova a relação direta entre pagador e recebedor, e explica que a atualização vai reduzir os custos de transações menores com objetivo de alavancar o mercado. Por outro lado, os clientes devem redobrar a atenção para o aumento de golpes virtuais.

“Eles não podem colocar um valor muito alto para não expor o cliente a assalto e sequestro relâmpago. Com o Pix isso pode ficar maior. Os bandidos já estavam fazendo essa modalidade antes, imagine agora? A polícia vai ter que ficar muito mais atenta”, adverte Rufino, que critica o Banco do Brasil por ainda não ter informado o valor limite de transferência.

Ainda que apoie a novidade, para Rufino, a possibilidade de movimentar valores pelo smartphone evidencia a fragilidade dos profissionais da categoria, que terão seus postos de trabalho ameaçados. “Tudo é motivo para o banqueiro manter sua taxa de lucro alta. Não é coincidência que em meio ao lançamento do Pix, a gente esteja assistindo ondas de demissões nos maiores bancos privados do país. Ele traz ao trabalhador bancário uma certa insegurança em relação a manutenção do emprego”, lamentou.

Para reforçar a segurança, o primeiro passo é ficar atento ao processo de cadastramento, que deve ser solicitado pelo próprio cliente através dos aplicativos ou sites oficiais dos respectivos bancos. “O banco não procura ninguém para fazer cadastro de nada. A única opção é você entrar na página e fazer o cadastro”, reforça.

Outra prevenção é estar em um ambiente seguro no momento de efetuar a transação virtual. “As transferências não devem ser feitas na rua. O celular vai ser um alvo maior ainda de ações de roubo e as quadrilhas que fazem golpe pela internet vão aumentar ainda mais”, advertiu o representante dos bancários.

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