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O jornalista Fábio Pannunzio anunciou no seu perfil do Twitter que não faz mais parte da equipe de jornalismo da Band. Após 20 anos na emissora, Pannunzio apresentava recentemente o "Jornal da Noite", substituindo Bóris Casoy desde setembro de 2016. Compartilhando opiniões contrárias ao governo de Bolsonaro, Fábio Pannunzio informou que a decisão de sair da Band tem ligação com sua saúde e não por questões políticas. 

"Amigos, comunico a vocês que estou deixando a Rede Bandeirantes depois de mais de duas décadas de uma relação muito produtiva e feliz. Saio para cuidar da saúde porque preciso ter, por recomendação médica, uma vida menos tensa e mais pacata", escreveu.

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Em seguida, o repórter agradeceu o tempo que trabalhou na emissora. "Digo com muito orgulho que a Band é o lugar mais seguro para um jornalista trabalhar. [...] A Band me deu uma carreira que eu jamais teria conseguido repetir em outro lugar. Me deu dois prêmios Esso e muitos outros, inclusive internacionais. Tenho orgulho desse reconhecimento. Como eu disse antes, em outro lugar não teria sido possível", tuitou.

Nas postagens explicando o motivo do seu desligamento, Fábio Pannunzio recebeu mensagens exaltadas dos simpatizantes de Bolsonaro, que celebraram sua saída. "Já vai tarde! Tenta a sorte no jornalzinho dos 'sem teto'. Pede para o Boulos te dar uma forcinha!!!", comentou um dos internautas. "Isso, descanse uns 50 anos, pelo menos ficamos sem ler as besteiras que escreves", detonou outra pessoa.

Fábio Pannunzio também explicou que vai montar um projeto de Web TV, que até então recebeu o nome provisório de PRK 30. Em 1984, Pannunzio entrou na Globo e permaneceu lá por pouco mais de 15 anos. Na Band, ele comandou o "Canal Livre" e ficou à frente do "Band Eleições".

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Em todo o país, mais de 11 milhões de eleitores já baixaram o e-Título, o documento digital que substitui o título de eleitor e dispensa a impressão de uma segunda via. O e-Título pode ser utilizado inclusive na hora de votar e pode ser baixado por usuários de iPhone (iOS), smartphones (Android) e tablets. Basta procurar por “e-Título” na App Store ou Google Play.

O aplicativo apresenta informações como dados da zona eleitoral do usuário e a situação cadastral do eleitor em tempo real. Após baixá-lo, basta que o eleitor insira seus dados pessoais. O app também permite ao eleitor emitir a certidão de quitação eleitoral, além da certidão de crimes eleitorais. Essas certidões são emitidas por meio do QR Code, o que possibilita a leitura pelo próprio celular.

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Um detalhe importante que o eleitor deve estar atento é em relação à necessidade de preencher os dados pessoais exatamente como eles estão registrados no Cadastro Eleitoral, pois, na hora de preencher os dados no aplicativo, se houver preenchimento de alguma informação em discordância com aquela lançada no documento original, o sistema não validará o cadastro.

Outra informação relevante é que se o eleitor já tiver feito o recadastramento biométrico (cadastro das impressões digitais) junto à Justiça Eleitoral, a versão do e-Título virá acompanhada da foto do eleitor, o que facilitará a identificação na hora do voto.

Caso o eleitor ainda não tenha feito o recadastramento biométrico, a versão do e-Título será baixada sem a foto. Nesse caso, o eleitor está obrigado a levar outro documento oficial com foto para se identificar ao mesário durante a votação.

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Eleitores que não votaram no segundo turno das eleições este ano têm até esta quinta-feira (27) para regularizar a situação eleitoral. A obrigatoriedade do voto para cidadãos brasileiros entre 18 e 69 anos está prevista na Constituição Federal de 1988. O não comparecimento injustificado no dia da eleição, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), é irregularidade punível com multa.

A quitação com as obrigações eleitorais é necessária para, por exemplo, tomar posse em cargo público, fazer matrículas em instituições de ensino superior e, no caso de servidor público, receber o salário. Além disso, após três ocorrências consecutivas, a ausência do eleitor nas urnas acarreta o cancelamento de seu título eleitoral.

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Como justificar?

A justificativa, segundo o TSE, pode ser feita mediante o preenchimento de formulário, obtido gratuitamente nos cartórios eleitorais, nos postos de atendimento ao eleitor e no site do TSE e dos TREs. Outra opção para justificar a ausência é pela internet, por meio do Sistema Justifica, também disponível nas páginas do TSE e dos TREs.

No primeiro caso, o eleitor deve entregar o documento pessoalmente em qualquer cartório eleitoral ou enviar por via postal ao juiz da zona eleitoral na qual é inscrito. Além do formulário, o eleitor deve entregar documentação que comprove a impossibilidade de comparecimento no dia do primeiro turno da eleição.

Se utilizar o Sistema Justifica, o eleitor deverá preencher um formulário online para informar seus dados pessoais, declarar o motivo da ausência e anexar comprovante do impedimento para votar. O cidadão vai receber um protocolo para acompanhar o andamento do requerimento, que será encaminhado para exame pelo juiz competente. Se acolhida a justificativa, o eleitor será notificado da decisão.

Eleitores no exterior

O eleitor inscrito em zona eleitoral no exterior, ausente do seu domicílio eleitoral na data da eleição ou que não tenha votado, também precisa justificar o não comparecimento nas urnas na eleição presidencial.

Neste caso, o requerimento deve estar acompanhado de cópia de documento oficial brasileiro de identidade e de comprovante dos motivos alegados para justificar a ausência. O requerimento deve ser enviado diretamente ao juiz da Zona Eleitoral do Exterior. A justificativa também pode ser entregue nas missões diplomáticas ou repartições consulares localizadas no país em que o eleitor estiver. Também pode ser enviada pelo Sistema Justifica.

Já o cidadão brasileiro que estiver no exterior no dia do pleito tem até 30 dias, contados de seu retorno ao Brasil, para justificar a ausência no cartório eleitoral ou pela internet.

Consequências

De acordo com o TSE, quem que não votar em três eleições consecutivas – com cada turno correspondendo a uma eleição – e não justificar a ausência nem quitar a multa devida terá o registro do título eleitoral cancelado e ficará impedido de obter passaporte ou carteira de identidade, receber salários de função ou emprego público e obter alguns tipos de empréstimos.

Além disso, o eleitor não poderá ser investido e nomeado em concurso público, nem renovar matrícula em estabelecimento de ensino oficial ou fiscalizado pelo governo, nem obter certidão de quitação eleitoral ou qualquer documento perante repartições diplomáticas a que estiver subordinado.

A regra só não se aplica aos eleitores cujo voto é facultativo (analfabetos, maiores de 16 e menores de 18 anos e maiores de 70 anos) e a pessoas com deficiência física ou mental que torne impossível ou que dificulte o cumprimento das obrigações eleitorais.

A eventual indicação do deputado federal Alberto Fraga (DEM-DF) para integrar o governo de Jair Bolsonaro (PSL) tem gerado reações nas redes sociais nesta quarta-feira (31). Eleitores do presidente e adversários passaram a questionar a possibilidade, uma vez que o capitão da reserva pregou durante a campanha que seu governo seria livre de políticos corruptos.

Fraga foi condenado, em primeira instância, a 4 anos e 2 meses de prisão em regime semiaberto por recebimento de propina quando era secretário de Transportes do Distrito Federal em 2008.

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Antes da eleição no segundo turno, contudo, um vídeo mostra que Bolsonaro recebeu a visita de Fraga e do grupo de parlamentares que compõem a chamada bancada BBB [bíblia, boi e bala] e durante o encontro disse que o democrata seria o 'coordenador da bancada no Planalto”, o que indica que ele exerceria uma função de articulador político, mas não chegou a falar em ministérios.

O vídeo voltou a circular nas redes sociais hoje e as hashtags “Fraga” e “Eu avisei” estão entre os assuntos mais comentados do Twitter. Mas a possibilidade de Fraga integrar um cargo estratégico do governo foi negada pelo presidente eleito e seus aliados.

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Um usuário pergunta a Carlos Bolsonaro (PSL), coordenador da campanha do pai, se é verdade o rumor. "Queremos uma explicação sobre as matérias onde dizem que o presidente convidou Alberto Fraga corrupto para fazer parte da chapa? Não iremos aceitar”, diz e Carlos responde: “não existe isso!”

Já em publicações do Facebook, eleitores pedem que Bolsonaro não os decepcione. “Senhor presidente... Não indique nenhum investigado, como todos têm noticiado, é muito importante para seu eleitorado, que segue em sua defesa, que esse seja o seu maior diferencial... Exigimos isso, sendo nós aqueles que lhe deram o mandato”, comentou um internauta. “Presidente Jair Messias Bolsonaro, pedimos que mantenha longe do seu governo pessoas que tenham passado sujo, por mais que sejam amigos de longa data, como o Fraga. Isso vai decepcionar muita gente”, alertou outro.

Os eleitores vão às urnas neste domingo (28) para votar no segundo turno das eleições. No dia 7 deste mês, foi realizado o primeiro turno. E quem não votou no primeiro, pode votar no segundo turno? Sim, pode. 

O eleitor poderá votar no segundo turno desde que esteja em situação regular com a Justiça Eleitoral, com título eleitor ativo. Se o título estiver cancelado ou suspenso, o eleitor não pode votar.

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De acordo com a Justiça Eleitoral, cada turno de votação é considerado como uma eleição independente. Por isso, se o eleitor não compareceu em um turno, não fica impedido de votar no outro. 

Justificativa

O eleitor que não votou no primeiro turno é obrigado a justificar a ausência. O prazo é de 60 dias após cada turno. Desta forma, se o eleitor não justificou a ausência do primeiro turno até o dia 28, não fica impossibilitado de votar neste domingo, poderá votar. 

A regra da justificativa vale também para quem não comparecer neste domingo (28). 

Para justificar, basta preencher o formulário de justificativa eleitoral pela internet ou entregá-lo pessoalmente em qualquer cartório eleitoral.

Há também a possibilidade de enviar o formulário pelo correio para o juiz eleitoral da zona eleitoral.  Além do formulário, o eleitor deve anexar documentos que comprovem o motivo que o impediu de comparecer no dia do pleito.

Pela internet, o eleitor pode justificar a ausência utilizando o “Sistema Justifica” nas páginas do TSE ou dos tribunais regionais. No formulário online, o eleitor deve informar seus dados pessoais, declarar o motivo da ausência e anexar comprovante do impedimento para votar.

O requerimento de justificativa gerará um código de protocolo que permite ao eleitor acompanhar o processo até a decisão do juiz eleitoral. A justificativa aceita será registrada no histórico do eleitor junto ao Cadastro Eleitoral.

Multa

Para regularizar sua situação eleitoral, o cidadão terá de pagar uma multa R$ 3,61 por votação não comparecida. 

O Tribunal Superior Eleitoral explica que a não regularização da situação com a Justiça Eleitoral pode resultar em sanções, como impedimento para obter passaporte ou carteira de identidade para receber vencimentos, remuneração, salário ou proventos de função ou emprego público.

A não justificativa também pode impedir que o eleitor participe de concorrência ou administrativa da União, dos estados, Distrito Federal e municípios, além de ficar impedido de se inscrever em concurso público ou tomar posse em cargo e função pública.

O segundo turno da eleição presidencial evidenciou a existência de duas "bolhas", dois grupos que não se tocam, que não conseguem se ouvir nem dialogar entre si. De um lado, eleitores e simpatizantes de Jair Bolsonaro (PSL); do outro, eleitores e simpatizantes de Fernando Haddad (PT). Fechados no conforto de suas redes sociais, em grupos de WhatsApp que só reverberam informações que confirmam suas próprias crenças ou entre amigos que pensam de forma parecida, eleitores de Bolsonaro e Haddad parecem falar sozinhos ou de frente para os próprios espelhos.

A reportagem do Estado se encontrou com um grupo de apoiadores de Bolsonaro que diz "não perder tempo com quem não quer conversar e é xiita", segundo a gerente de RH Priscila Wilbert.

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No encontro com eleitores de Haddad, um sentimento parecido: "Não consigo conversar ou ter relacionamento próximo com 'bolsominions', com quem fala que o Brasil vai virar uma Venezuela com o PT", disse a publicitária Ana Carolina Macedo. Entre essas bolhas, existe ainda um terceiro grupo: pessoas que devem anular ou votar em branco. "Nenhum deles me representa. Em tempos de ódio o não posicionamento é se posicionar", observou a executiva Diane da Costa.

Bolsonaristas contra o 'mimimi'

A gerente de recursos humanos Priscila Wilbert, de 39 anos, diz ter colocado o Facebook no "modo soneca para não ler comentários desagradáveis de eleitores do PT". Ela também saiu de grupos de WhatsApp sobre comunicação não violenta e veganismo por ter sido chamada de racista. Agora, Priscila conta que 90% dos seus amigos e conhecidos votam em Jair Bolsonaro e que não perde tempo em conversar "com quem não quer escutar e é xiita".

A reportagem do Estado encontrou Priscila e outros três eleitores de Jair Bolsonaro (PSL): o empresário Rogério Wilbert, de 49 anos, marido de Priscila; o analista de sistema Vinícius Souza Diamantino, de 21; e o gerente de projetos Luciano Ramos Junior, de 39. A conversa aconteceu em um lugar definido por eles: a praça de alimentação de um shopping center de São Paulo.

Os amigos bolsonaristas dizem que o apoio ao candidato do PSL é um voto contra corrupção, valores distorcidos e o socialismo representado pelo PT. O medo de uma "venezuelização" do Brasil também está presente - assim como um senso de patriotismo.

"Quero que a minha filha aprenda a cantar o Hino Nacional na escola como eu aprendi", comentou Priscila.

Nada tem irritado mais Luciano Ramos do que ser chamado de fascista por eleitores de Haddad. "Quando falam que a gente é fascista, está na cara que não estudaram, não sabem o que estão falando e (nem) sequer sabem o que é o fascismo", disse.

A questão religiosa também parece importante para o grupo de bolsonaristas. Vinicius Souza Diamantino conta que, como cristão evangélico, não pode se omitir - principalmente "pelo apoio à ideologia de gênero" que o PT representa. Segundo eles, o que existe contra Bolsonaro é "mimimi". "Eu sofro preconceito por ser liberal, quase branco, casado com uma mulher, cristão... Minha mulher ganha mais do que eu, e eu acho fantástico", afirmou Ramos.

Para o grupo, as polêmicas em que o capitão reformado se envolve são "turbinadas" pelos opositores. "São coisas que meu pai falaria e que todo mundo ri. Não tem nada demais", disse.

Haddadistas criticam violência

A publicitária Ana Carolina Macedo, de 28 anos, confessa ser difícil ter empatia por quem vota em Bolsonaro. "Não consigo ter um relacionamento muito próximo com 'bolsominions'. Não dá match." Ela admite que só fala sobre política com pessoas de sua própria bolha e amigos. "Eu não sei como iniciar um debate com quem fala que o Brasil vai virar uma Venezuela se o PT ganhar. É tão absurdo que não tem nem como rebater."

A reportagem do Estado encontrou Ana Carolina e outros três eleitores de Fernando Haddad (PT): os também formados em publicidade Thiago Guimarães, de 32 anos, Dandara de Carvalho, de 26, e Mariella Nascimento, de 27. A conversa aconteceu em um lugar definido por eles: um bar no bairro Santa Cecília, no centro de São Paulo.

Os amigos haddadistas dizem que o apoio ao candidato petista é um voto "em favor da democracia e contra o discurso do ódio". Embora afirmem que nem todo eleitor de Bolsonaro "seja fascista", eles atribuem à postura do candidato do PSL uma onda de violência nas eleições. "Existe agora o medo de apanhar na rua", disse Thiago Guimarães. "E o kit gay que o Bolsonaro tanto fala? Eu não recebi."

Nada irrita mais Guimarães do que os ataques sistemáticos ao PT. "O antipetismo é bizarro", afirmou. "Muita gente, muito empresário ganhou dinheiro no governo do PT e agora vêm com esse papo de Venezuela", completou. Para ele, o partido lançou luz sobre a corrupção existente e deixou a Polícia Federal investigar como nenhum outro partido fez.

Para Mariella Nascimento e Dandara de Carvalho, o brasileiro é "preguiçoso" para discutir política - e isso fez com que Bolsonaro crescesse. "Os bolsonaristas dominam melhor as ferramentas de internet. Jogam esse jogo melhor. Eles atuam de forma muito forte e até a exaustão", disse Mariella.

Os eleitores do Haddad também consideram o discurso sobre segurança pública e violência repetido por Bolsonaro algo "fácil" e sem profundidade. "Falar que vai acabar com a bandidagem não é plano de governo", afirmou Ana Carolina.

'Nenhum lado quer entender o outro'

Além de não dialogar entre si, as "bolhas" que apoiam Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) não conseguiram, pelo menos até agora, conversar com eleitores que pertencem a um terceiro grupo: os isentos - aqueles que pretendem anular o voto ou votar em branco no segundo turno. "Nenhum deles me representa", disse Diane Alves da Costa, de 27 anos, executiva de contas de uma rede de hotelaria.

Esse grupo é formado, em sua maioria, por eleitores de Geraldo Alckmin (PSDB) e João Amoêdo (Novo). Ainda assim, é possível encontrar gente que votou em Ciro Gomes (PDT) e Marina Silva (Rede) e outros candidatos no primeiro turno.

Além disso, são eleitores que, em sua maioria, abdicaram de "bater boca" em redes sociais e grupos de WhatsApp - evitando até conversas mais profundas com seus parentes mais próximos.

"Em tempos de ódio, o não posicionamento é se posicionar", afirmou Diane. Para não se posicionar, a executiva preferiu não ter em seu celular nenhum grupo de discussão sobre eleições. "Não tem diálogo. Nas redes sociais, um não quer entender o outro", disse. "Tem fanatismo dos dois lados. Já ouvi discursos inflamados de bolsonarista e de petista", completou.

Para o engenheiro agrônomo Caio Cugler Siqueira, de 25 anos, os políticos não entenderam os protestos de 2013 e o efeito da Lava Jato. "O desejo por uma renovação no sistema político foi subestimado."

Clichês

"O País se perdeu em um debate de clichês entre segurança pública, armas, ameaça comunista e Lula, enquanto temas como economia, desemprego, reforma tributária, política e previdência são ignoradas ou superficialmente discutidas", disse Siqueira.

Ele também não acredita que Haddad nem Bolsonaro sejam capazes de encerrar a polarização, considerando que ambos têm os maiores índices de rejeição entre todos aqueles que se candidataram.

Na opinião do empresário Afonso Soares Trigo, de 32 anos, eleitor de Marina Silva no primeiro turno, petistas e bolsonaristas agem com arrogância e parecem donos da razão. "É impossível conversar com os dois lados. Eles simplesmente querem impor uma visão de mundo", afirmou. Por enquanto, Soares pretende votar em branco. "Vai ser a primeira vez que vou fazer isso. Ainda não bati o martelo, mas essa é a tendência", afirmou o empresário.

"O WhatsApp da minha família virou um campo de guerra. Quando não tem ofensa direta, tem alfinetada. Já bloqueei e avisei que nem vou votar", disse a estudante de publicidade Amanda Dias, de 21 anos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Facebook anunciou o lançamento de uma ferramenta para ajudar as pessoas a facilmente encontrar, seguir e entrar em contato com seus representantes eleitos e agências governamentais, às aproximando dos políticos e organizações que atendem suas comunidades. A novidade é chamada Portal do Cidadão e está disponível no aplicativo principal da rede social.

A ferramenta permitirá às pessoas entrar em contato com autoridades municipais, estaduais e federais, além de descobrir e engajar com entidades de serviços locais. O recurso mostrará tanto os representantes atuais como os representantes eleitos, no caso, por exemplo, de deputados estaduais e federais. As pessoas também poderão ver um feed só com aquilo que seu governo está publicando no Facebook.

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É possível acessar o recurso por meio do menu do Facebook. Se os usuários escolherem entrar em contato com um determinado representante ou agência, eles verão os meios de contato listados pela página oficial, incluindo a possibilidade de enviar uma mensagem diretamente pelo Facebook.

O Brasil é o segundo país no mundo onde o Portal do Cidadão foi lançado pelo Facebook, depois dos EUA, onde o recurso já possibilitou milhões de conexões entre eleitores e autoridades eleitas desde 2016.

"Proporcionar uma via de comunicação fácil pode ajudar as pessoas a terem voz no governo, além de ajudar a manter os representantes eleitos e agências governamentais mais acessíveis e transparentes. Isso faz parte do nosso trabalho para construir uma comunidade informada e civicamente engajada", diz o Facebook, em comunicado.

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Por unanimidade, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu hoje (5) orientar a Justiça Eleitoral a liberar o uso de camisetas de candidatos pelos eleitores nos locais de votação neste domingo (7), primeiro turno das eleições.

Conforme a decisão, o eleitor poderá usar camiseta com nome de seu candidato preferido, mas como forma de manifestação individual, sem fazer propaganda eleitoral a favor dele.

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De acordo com a lei eleitoral, está proibida a aglomeração de pessoas com vestuário padronizado, além de manifestações coletivas e ruidosas e qualquer tipo de abordagem, aliciamento ou persuasão de eleitores. A camiseta não pode ser distribuída pelo candidato.

A questão foi decidida a partir de um questionamento do Ministério Público Eleitoral (MPE) diante de divergências criadas na atuação de promotores eleitorais em todo país, responsáveis pela fiscalização de propaganda eleitoral irregular.

Em todo o país, ambulantes aproveitaram o engajamento dos eleitores no pleito para comercializar camisetas de candidatos.

De acordo com o MPE, a lei eleitoral proíbe a distribuição de material de campanha no dia da eleição, como adesivos, broches, adesivos, mas a norma é omissa sobre o vestuário do eleitor.

Neste domingo (7), os eleitores votam, em primeiro turno, para presidente da República, governador, senador, deputado federal e deputado estadual. O segundo turno será no dia 28 deste mês,

No próximo domingo (7), cerca de 147 milhões de brasileiros irão às ruas para eleger seus representantes nos poderes legislativo e executivo, com destaque para a escolha do novo presidente da república. Com a disputa polarizada entre os candidatos Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL), o LeiaJá foi às ruas do Recife ouvir os eleitores a respeito dos projetos que mais atraíram seus votos. O cenário encontrado pela reportagem, contudo, foi de eleitores que não conseguem avaliar ou mesmo citar itens dos programas de governo de sua preferência. 

Para o cientista político Pedro Soares, um dos principais fatores que justificam a falta de conhecimento do eleitor brasileiro em seus candidatos é sua dificuldade de filtrar o grande volume de informações ao qual se tem acesso. “Muitas vezes nos sites que a gente frequenta as novas tecnologias terminam direcionando a informação que a gente consome. Em outras ocasiões, a informação é de péssima qualidade de parte desse conteúdo”, comenta. Soares considera que essas são as eleições das notícias falsas. “Existem inclusive candidatos que criam equipes para trabalhar com ‘Fake News’, que mesmo mentirosas são eficientes nas campanhas”, completa. 

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Segundo Soares, alguns países já traçam estratégias para combater as ‘Fake News’. “O governo do Chile, por exemplo, incentiva a população a buscar informações em seus sites oficiais”, conclui. 

Confira o vídeo: 

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Cerca de 940 mil pessoas que irão votar nas eleições tem algum tipo de deficiência e por isto, 45.621 seções eleitorais com acessibilidade atenderão estas pessoas. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), deficiência locomotora é a maioria (332.433), seguida de deficiência visual (120.195) e auditiva (63.861).

Pessoas com deficiência poderão ter ajuda de pessoas de confiança para ter acesso a cabine de votação. São Paulo tem 331 mil eleitores com deficiência e que que votarão em 11,6 mil seções eleitorais adaptadas.

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Todas as urnas eletrônicas também são em braile para os eleitores com deficiência visual. Além disso, as cabines especiais têm fones de ouvidos para deficientes auditivos.

Os juros futuros seguiram em queda firme até o fechamento da sessão regular desta quarta-feira, 12, ainda tendo como principal vetor a pesquisa Ibope sobre a eleição presidencial divulgada na terça, que trouxe alívio aos prêmios da curva desde a abertura dos negócios. Ajudou também no movimento de baixa das taxas o bom desempenho das moedas de economias emergentes, com o dólar no Brasil sendo cotado abaixo dos R$ 4,15 durante todo o dia, embora tenha renovado máximas na última hora.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2020 fechou em 8,47%, de 8,537% no ajuste anterior, e a do DI para janeiro de 2021 caiu de 9,856% para 9,77%. A taxa do DI para janeiro de 2023 passou de 11,635% para 11,57% e a do DI para janeiro de 2025 encerrou na máxima de 12,38%, ante 12,424%.

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A pesquisa repercutiu bem entre os investidores, ao mostrar avanço mais firme do candidato Jair Bolsonaro (PSL) após ter sido esfaqueado na última quinta-feira e contrariando o que trouxe o levantamento do Datafolha na segunda-feira - oscilação positiva, mas dentro da margem de erro.

Contra o risco de vitória de um candidato de esquerda, Bolsonaro é visto como opção ao nome de Geraldo Alckmin (PSDB), que é o preferido do mercado mas tem dificuldade de decolar nas pesquisas. Desse modo, o mercado devolveu boa parte da alta registrada nesta terça-feira em reação ao Datafolha.

No Ibope de terça , Bolsonaro passou a 26%, de 22% no levantamento do dia 5, no cenário de primeiro turno. Ao mesmo tempo, seus principais concorrentes oscilaram bem menos ou para baixo.

Em segundo lugar, aparecem em situação de empate técnico Ciro Gomes (PDT), de 12% para 11%; Marina Silva (Rede) de 12% para 9%; e Alckmin, que permaneceu com 9%. Fernando Haddad (PT), confirmado como candidato do PT ao Planalto, foi de 6% para 8%. Além disso, Bolsonaro encostou em adversários que antes o superavam em cenários de segundo turno. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-05221/2018.

Nos contratos de curto prazo, a redução das apostas de alta da Selic continuou sustentando as taxas em baixa, sendo crescente a percepção de que o Comitê de Política Monetária (Copom) deve manter a Selic em 6,50% na reunião da na semana que vem.

Já o dólar tem queda generalizada ante as demais moedas, incluindo emergentes, mas no Brasil reduzia as perdas neste fim de tarde. Às 16h29, aqui, a moeda era negociada no segmento à vista em R$ 4,1487 (-0,16%), logo após bater a máxima de R$ 4,1512 (-0,10%).

Na mínima, mais cedo, chegou a R$ 4,1106. Nas ações, o Ibovespa, que mais cedo subia mais de 1%, diminuía os ganhos para 0,82%, aos 75.265,51 pontos.

Durante este período de campanha eleitoral, não fique surpreso se receber a visita de um político na porta da sua casa. Com a proibição do financiamento empresarial na eleição, bem como o crescente descrédito da população para com a política, muitos candidatos no pleito continuam a encarar as agendas cara a cara com a população mesmo com o desgaste e descrédito crescente na classe política realizando caminhadas em bairros diversos cumprimentando os moradores da região em busca de votos na tentativa de convencer utilizando a tática do contato humano. 

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Na disputa deste ano, na Região Metropolitana do Recife, quem deu o pontapé inicial realizando uma caminhada foi o governador Paulo Câmara (PSB), que irá tentar ser reeleito. Em sua primeira caminhada, no bairro da Torre, após mais de uma hora de atraso, o pessebista saiu pelas ruas cumprimentando por quem passava junto a uma grande soma de aliados, que em sua maioria aproveitam a ocasião para reforçar que também são candidatos. 

Os locais escolhidos pelas equipes dos candidatos para realizarem os atos são estratégicos, mas não impede uma característica que vem aumentando e que deve marcar a eleição deste ano: a indiferença em geral da população ao dar de cara com os políticos. 

Na caminhada de Paulo, por exemplo, alguns sorriram como que sem graça quando o governador se aproximava, outros pareciam falar por mera educação e uma minoria empolgada saia de suas casas e o esperavam na porta como se o aguardassem, mas outras residências estavam completamente fechadas como uma forma de demonstrar, de certa forma, uma reprovação.  

Em uma outra caminhada, desta vez, na comunidade Roda de Fogo, localizada entre os bairros Engenho do Meio e Torrões, o governador foi melhor recepcionado apesar da falta de estrutura da área. Por diversas ruas, o governador andou lado a lado com esgotos a céu aberto, mas não houve nenhuma hostilidade. No final do ato, em cima de um palanque, Câmara fez promessas para os moradores afirmando que iria entregar mais de mil títulos de posse na área até o final do ano. 

Os políticos já devem estar preparados para momentos de constrangimento. Um deles foi quando Paulo Câmara e o senador Humberto Costa (PT) chegaram a um evento para cumprir agenda. Um grupo pequeno de pessoas os recepcionou assim que desciam de uma van, aos gritos de “golpista”. Sobre o assunto, o governador desconversou ao ser questionado sobre o que achava da atitude. “O que eu posso fazer, foram três pessoas, né?”, respondeu sem muita preocupação. 

Ao LeiaJá, o governador chegou a dizer que aonde chega é muito bem recepcionado. “Eu não vejo crítica nenhuma, pelo contrário todo lugar que a gente chega a receptividade é muito boa em torno de Jarbas e Humberto, eles estão muito integrados”, garantiu. 

Não fica para trás a situação do considerado o maior rival do governador na eleição que acontece no próximo mês, o candidato do PTB Armando Monteiro. Durante uma carreata realizada em Jaboatão dos Guararapes, mais especificamente em Jaboatão Centro, passando pelos bairros de Cavaleiro e Curado, os moradores também não se pareciam nem um pouco animados. Ao contrário, muitos nem chegaram a cumprimentar o petebista enquanto passava pelas ruas. Um chegou a gritar: “Tá tudo errado”. 

Júlio Gomes/LeiaJáImagens/Arquivo

Durante outra caminhada da chapa de Armando, na UR-05, no bairro do Ibura, Zona Sul do Recife, a insatisfação dos eleitores também foi sentida pelos candidatos. Alguns não quiseram apertar a mão, gesto cordial que os postulantes usam para se apresentar aos cidadãos, nem do petebista e nem de Bruno Araújo, candidato ao Senado Federal. Um deles foi Joselito Olindino, 54 anos. “Pode ir passando, muito obrigada”, reagiu ele a uma tentativa de contato dos candidatos. 

Joselito contou que não votará em ninguém neste ano. “A gente vota de depois eles se escondem, não se vê mais ninguém”, complementou ao ser indagado sobre o porquê da resistência. 

A quantidade de pessoas presente em atos políticos também devem refletir o momento de ceticismo na política. No dia 22 de agosto, o candidato a presidente da República Guilherme Boulos (PSOL) conseguiu reunir um número bem pequeno de pessoas no Pátio de São Pedro, na área central do Recife. Esse foi o primeiro comício que Boulos fez na capital pernambucana. Ainda assim, o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) não pareceu nem um pouco desanimado. Em um discurso longo, Boulos prometeu emprego, educação, moradia e políticas públicas para o segmento LGBT. 

Na semana passada, o LeiaJá foi às ruas do centro do Recife perguntar às pessoas o que achavam dos políticos. O cenário encontrado foi de muita decepção e descrença. A recifense Elaine da Silva, 47 anos, fez um desabafo. “Em tempo de voto eles não sabem bater na porta gente? A gente dá o voto de bom coração e arruma até mais, mas está precisando é eles terem vergonha na cara e dar valor ao pobre porque pobre também é gente”, declarou. 

Um ranking elaborado no ano passado pelo Fórum Econômico Mundial corrobora o cenário: o brasileiro é quem menos confia em seus políticos no mundo mais uma outra pesquisa, desta vez, elaborado pelo CNI/Ibope indica que 59% dos eleitores devem votar branco ou nulo. O levantamento foi divulgado no fim do mês de junho. 

Apesar disso, a coordenadora do curso de Ciências Políticas do Centro Universitário Internacional Uninter, Andréa Benetti, acredita que a população está adquirindo mais conhecimento sobre a política. A dica da cientista para que a população se aprofundar sobre os candidatos é ter como base a fonte mais confiável: o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Caso o candidato tenha vida pública prévia, os Portais da Transparência dos órgãos governamentais também disponibilizam ótimos registros para avaliação”, explicou. 

A Justiça Eleitoral recebeu este ano 87.979 pedidos de eleitores para votar em trânsito nas eleições de outubro. O principal destino dos brasileiros no primeiro turno é São Paulo, o maior colégio eleitoral do país: 17.773 eleitores de todo o país se registraram para votar no estado.

Outros 16.044 eleitores de municípios paulistas solicitaram transferência temporária para votar em localidades distintas de onde estão inscritos, sendo que 8.101 ficarão no próprio estado.

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Os eleitores que estiveram em trânsito no estado onde estão inscritos na Justiça Eleitoral poderão votar para todos os cargos: presidente, senador (dois votos), governador, deputados federal e estadual. Quem estiver fora do estado votará apenas para presidente da República.

A segunda maior movimentação de eleitores ocorre em Minas Gerais: 10.163 moradores de outras unidades da federação pediram para votar no estado. Outros 12.237 eleitores de Minas Gerais votarão em cidades diferentes onde estão inscritos, sendo que 6.743 estarão no próprio estado.

Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 4.492 eleitores se cadastraram para votar em trânsito no Distrito Federal. Outros 2.928 eleitores deixarão Brasília no dia 7 de outubro, sendo que 508 irão para São Paulo, 476 para o Rio de Janeiro e 318 para Minas Gerais.

No primeiro turno, 3.394 eleitores votarão em trânsito na Bahia, sendo que 838 vão sair de São Paulo, 312 de Minas Gerais e 281 do Rio de Janeiro. Devem sair da Bahia 4.543 eleitores, com destino especialmente ao Rio de Janeiro (855), a São Paulo (614) e a Minas Gerais (539). Outros 1.835 eleitores pretendem votar em trânsito dentro do estado.

Nestas eleições, 406 brasileiros inscritos no exterior pediram para votar em trânsito no Brasil. Além desses, 25.617 pediram transferência temporária para votar fora dos domicílios de origem. Pessoas com deficiência que solicitaram transferência para votar em seções adaptadas somam 1.442 eleitores.

É possível saber o local de votação na página principal do portal do TSE (www,tse.jus.br), na seção “Serviços ao Eleitor”, após preencher nome ou título de eleitor, data de nascimento e nome da mãe.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) identificou que em 308 cidades do Brasil o número de eleitores é maior que o de habitantes, considerando a estimativa populacional. Metade dos municípios onde ocorre a inversão está em Minas Gerais, no Rio Grande do Sul e em Goiás e todos são de pequeno porte, segundo levantamento feito pela Confederação Nacional de Municípios (CNM).

Em todo o país estão aptos para votar 146,8 milhões de eleitores, o que corresponde a 70,4% da população brasileira, de 208,5 milhões. Os menores colégios eleitorais do país estão em cidades com menos ou pouco mais de mil habitantes.

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O município com menor número de eleitores é também o menor do país em habitantes: Serra da Saudade (MG), com 941 para 786 habitantes.

De acordo com a pesquisa da CNM, a maior diferença entre o eleitorado e a população residente ocorre em Canaã dos Carajás (Pará). A cidade tem 3.805 eleitores a mais que habitantes. Em Severino Melo (RN), Cumaru (PE) e Maetinga (BA), a disparidade entre eleitores e residentes também é maior do que 3,2 mil.

Números

Em relação aos municípios que têm menos eleitores entre os habitantes, Balbinos (SP) é o primeira do ranking, com 5.532 habitantes e eleitorado de apenas 1.488. Em seguida, a proporção de eleitores em relação ao número de habitantes abaixo de 30% ocorre em cidades do interior do Pará: Água Azul do Norte, São Félix do Xingu e Ulianópolis.

As capitais representam os maiores colégios eleitorais. Em números absolutos, São Paulo lidera a lista com 9 milhões de eleitores, o que representa cerca de 6% do total brasileiro. Em seguida, vêm o Rio de Janeiro, com 4,8 milhões de eleitores (3,3,e Brasília, com cerca de 2 milhões de eleitores (1,42%).

Análise

O levantamento da confederação, baseado nos registros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ressalta que as diferenças ocorrem pela distinção entre os domicílios eleitoral e civil, o que permite que o eleitor more um uma cidade e vote em outra.

A concentração de eleitores em locais com maior atividade econômica e migração constante de grupos populacionais, como ciganos e assentados, também contribui para a diferença, segundo a CNM

“Morar numa cidade e votar na outra é possível, não é fraude. Não tem má-fé aí. São várias situações. São todos municípios de pequeno porte”, afirmou o presidente da CNM, Glademir Aroldi.

Ele disse que há situações em que os jovens saem para estudar em outras cidades, mas mantêm o domicílio eleitoral no município de origem. “Há muitas cidades litorâneas onde a pessoa acaba adquirindo imóvel, mas reside e trabalha em outra, e com o tempo transferiu o título pra lá também”, observou.

Queixas

Outro motivo apontado por Aroldi é o fato de que o número real de habitantes de algumas cidades pode estar subestimado. O próximo censo do IBGE está previsto para ser feito em 2020, e a estimativa mais recente do instituto foi baseada no censo anterior, de 2010.

“Há reclamações de prefeitos de que o censo do IBGE não foi feito [em algumas dessas cidades]. A população pode estar subestimada, muitos municípios alegam isso. O município diminuiu no último censo feito pelo IBGE, mas a população pode não ter diminuído ou ter aumentado alguma coisa”, reagiu Aroldi.

Para a CNM, equívocos como esses têm impactos para a população e o município. “Isso traz prejuízos enormes para o município porque os programas e recursos do governo federal são distribuídos de acordo com o número de habitantes”, disse Aroldi.

Único cargo eletivo com mandato de oito anos estabelecido na Constituição Federal, o voto para senador é o que pode ser confuso nessas eleições.

É que, diferentemente das eleições de 2014, quando cada eleitor pôde votar em apenas um nome para o Senado, este ano duas das três vagas que cada estado e do Distrito Federal têm direito, o cidadão poderá votar em dois nomes para o Senado. Alternadamente, um terço, ou seja, 27 vagas e, dois terços, 54 vagas, são colocadas em disputa a cada quatro anos.

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Segundo o Tribunal Superior Eleitoral, os dois votos têm pesos iguais. Não existe prioridade em razão do eleitor votar primeiro em um e depois em outro candidato.

Outro ponto importante, segundo a Justiça Eleitoral, é  que não é possível votar duas vezes no mesmo candidato. Em caso de repetição, o segundo voto é automaticamente anulado, sem prejudicar as demais votações.

Como a ordem de votação não importa no resultado final, o candidato que obtiver o maior número de votos na primeira e na segunda opção somadas será eleito, assim como o segundo candidato mais votado.

As eleições para o Senado são majoritárias, assim como para a Presidência da República e para os governos estaduais. Para o Senado, entretanto, não há possibilidade de segundo turno.

Além dos representantes para esses cargos, no dia 7 de outubro, os eleitores brasileiros também escolherão o próximo presidente da República e deputados federais, estaduais ou distritais.

A central de inteligência denominada Coalizão 2018, criada pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) e integrada pelos órgãos de segurança federal e estadual, identificou que cerca de 2 milhões de eleitores se encontram em comunidades subordinadas “em nível máximo, médio ou mínimo à atuação de organizações criminosas, na região metropolitana do Rio de Janeiro”, informou o juiz auxiliar da presidência do TRE-RJ e coordenador da fiscalização da propaganda eleitoral no estado, Mauro Nicolau Júnior.

O juiz disse que não cabe ao Tribunal tomar medidas em relação à atuação de milícias e outras organizações criminosas, a não ser possibilitar aos candidatos fazer campanhas nas comunidades e permitir a votação de todos os eleitores fluminenses.

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Nas regiões perigosas, Nicolau Júnior reconheceu que é necessário o apoio das forças policiais para garantir o direito dos eleitores votar.

A Coalizão 2018 permite a troca de dados entre os diversos órgãos envolvidos “visando que a eleição seja um sucesso da democracia”, disse o juiz.

As mulheres representam 54% dos eleitores aptos para votar em Guarulhos, na Grande São Paulo. Desse percentual, apenas 14,9% possui ensino superior completo, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Ao todo, Guarulhos possui 814.346 eleitores aptos e tem o segundo maior colégio eleitoral do estado paulista. Porém, 111.831 pessoas não realizaram o cadastramento biométrico orbigatório e não poderão  votar nas eleições de outubro que devem eleger deputados estaduais e federais, senadores, governador e  presidente.

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De acordo com o TRE, 99,92% dos eleitores aptos na cidade possuem o registro biométrico. Os 0,08% restantes procuraram os postos de cadastramento e tiveram problemas para cadastrar as digitais, mas ainda poderão votar.

Mais de 500 mil brasileiros residentes no exterior se inscreveram para votar na eleição presidencial deste ano, segundo informações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O número – 500.728 – é 41,4% maior do que o registrado na eleição presidencial de 2014, quando 354.184 eleitores se cadastraram para exercer o direito ao voto mesmo morando fora do país.

A autorização para os brasileiros residentes no exterior votarem para presidente da República foi incluída na Constituição de 1988. Desde a eleição de 1989, o número vem crescendo. Naquele ano, foram 18.500 eleitores. Em 2010, o total chegou a 200.392 brasileiros cadastrados para votar no exterior. O número final de 2018 ainda pode mudar, pois a Justiça Eleitoral está analisando a situação dos inscritos.

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>> Veja a página especial Eleições 2018

As seções de votação são instaladas nas repartições consulares brasileiras em mais de 200 cidades. Há outras 33 seções em localidades nas quais não há representação permanente, como Florença e Veneza (Itália), Colônia e Hamburgo (Alemanha), Orlando, Salt Lake City e Frammingham (Estados Unidos), Winnipeg (Canadá), Vale do Bekaa (Líbano) e Suzuka (Japão).

Há três anos, o Ministério das Relações Exteriores e a Justiça Eleitoral vêm trabalhando em parceria para incentivar o alistamento de brasileiros que vivem no exterior, bem como para facilitar o exercício do voto dos emigrantes. Nesse sentido foi criado o "título net exterior", instrumento que permite a inscrição e a transferência eleitorais em tempo real.

A adoção do E-título também deverá facilitar a votação de quem vive fora. Até este ano, o título era impresso no Brasil e transportado por mala diplomática. Agora pode ser baixado online e impresso pelo eleitor.

O pré-candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL) decidiu radicalizar. De acordo com o colunista Ancelmo Gois, do jornal O Globo, o presidenciável não participará de nenhum debate na TV aberta durante o primeiro turno como uma estratégia. 

Bolsonaro pretende conversar com os seus possíveis eleitores, no primeiro momento, apenas por meio de lives em suas redes sociais. O deputado federal já vem afirmando que, caso vença o pleito, fará diferente dos demais políticos chegando a definir sua pré-candidatura como “uma missão de Deus”. 

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Em um cenário sem o ex-presidente Lula, Bolsonaro tem liderado as pesquisas de intenções de votos. O crescimento dele teria desagradado até o mercado financeiro por não passa confiança, mas se fortaleceu com a crise política provocada pela recente greve dos caminhoneiros. 

 

 

 

 

 

Minas Gerais é o Estado brasileiro com a maior concentração de cidades que possuem número de eleitores superior ao número de habitantes. De acordo com um levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM) divulgado nesta terça-feira, 12, essa situação ocorre em 75 cidades mineiras. No Brasil, 231 municípios repetem o fenômeno.

Em Maripá de Minas, na Zona da Mata, e Monjolos, na região central do Estado, há três eleitores a mais do que moradores registrados. Já em Catuji, no Vale do Jequitinhonha, a diferença é de 897.

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O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Minas Gerais explicou que o domicílio eleitoral costuma ser mais flexível do que domicílio fixo - onde a pessoa reside. Em nota, o TRE afirmou que é possível uma pessoa votar em uma cidade sem a necessidade de residir nela, que é suficiente apenas um vínculo - patrimonial, por exemplo - para que o eleitor possa votar na localidade.

"A Justiça Eleitoral trabalha a partir dos marcos legais, no sentido de que eventuais distorções no cadastro de eleitores, decorrentes de algum tipo de irregularidade, não existam", afirmou o tribunal. Antes das eleições municipais de 2016, 54 cidades mineiras passaram por revisão no cadastro eleitoral.

Enquanto Minas - com seus 853 municípios - é o campeão no ranking da CNM, São Paulo é o segundo Estado com maior número de cidades com mais eleitores do que moradores, com 29 localidades, segundo o levantamento. Santa Catarina está em terceiro lugar, com 20. Goiás e Rio Grande do Norte têm 19 e 16 municipalidades nessa situação, respectivamente.

Canaã dos Carajás, no Pará, é a cidade com maior disparidade entre o número de eleitores e habitantes: a diferença é de 3.857. Cumaru, no Pernambuco, aparece em segundo lugar com uma diferença de 3.396.

Eleitorado

A pesquisa da CNM, feita por regiões, usando números do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mostra que o Brasil tem 5.568 municípios e 146,1 milhões de pessoas aptas para votar. Os dados mostram que o eleitorado brasileiro cresceu 1,4% desde as eleições de 2016.

O estudo da CNM mostra que Minas continua sendo o segundo maior colégio eleitoral do Brasil, com 15,6 milhões de eleitores, atrás do Estado de São Paulo, que tem 33,2 milhões.

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