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Mais de 118 milhões de brasileiros poderão votar nas eleições deste ano por meio do cadastro biométrico – sistema que verifica eletronicamente as impressões digitais do eleitor e, em seguida, libera a urna para votação. O número representa 75,52% do total de cidadãos aptos a votar nas eleições de outubro. 

Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a principal vantagem da biometria é a segurança na identificação do eleitor, impedindo que uma pessoa vote no lugar de outra. O tribunal, no entanto, projeta que o cadastramento biométrico de 100% do eleitorado só deve ocorrer em 2026, uma vez que a coleta de digitais após as eleições de 2020 acabou suspensa em razão da pandemia de Covid-19. 

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Do total de 5.571 municípios do País, 4510 já estão aptos a identificar eleitores pelo sistema de digitais, 243 ainda não iniciaram a coleta dos dados e 998 começaram mas não concluíram o cadastramento dos eleitores.  Na região Sudeste, que concentra os maiores colégios eleitorais do País, é onde se encontram os estados mais atrasados na coleta dos dados biométricos. Em Minas Gerais, apenas 51% dos eleitores possuem a biometria cadastrada. 

Espírito Santo (54%), Rio de Janeiro (57%) e São Paulo (67%) estão um pouco mais adiantados, mas ainda assim bem atrás de estados do Nordeste, como Sergipe, Paraíba e Alagoas, que já cadastraram as digitais de 94% dos seus eleitores.  Dos brasileiros aptos a votar nas 181 seções espalhadas no exterior, apenas 19% concluíram o processo de cadastramento biométrico.

  Na prática, os cerca de 38 milhões de brasileiros que ainda não puderam registrar suas digitais na Justiça Eleitoral deverão votar pelo método tradicional, que envolve o trabalho dos mesários na conferência do documento de identificação oficial com foto e na preparação da urna para receber o voto. 

*Da Agência Câmara de Notícias

O total de eleitores que declaram ter algum tipo de deficiência ou mobilidade reduzida aumentou 35,27% em quatro anos, passando de 939.915 para 1.271.381, segundo o perfil do eleitorado divulgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília. Segundo a Justiça Eleitoral, mais de 156 milhões de pessoas estão aptas a votar nas Eleições 2022.

Entre os mais de 1,2 milhão de eleitores com necessidades especiais, 30,47% declararam ter algum tipo de deficiência de locomoção, 13,3% visual e 7,97% auditiva. A fim de melhor atender essa parcela de eleitores, a Justiça Eleitoral implantou “diversos mecanismos que asseguram a essas pessoas a possibilidade de votar em locais com maior acessibilidade”.

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No entanto, para acessar esses mecanismos é necessário que o interessado faça uma solicitação junto ao cartório eleitoral “em tempo hábil”.

“A eleitora e o eleitor nessa situação têm prazo até o dia 18 de agosto para solicitar a transferência para uma seção com maior acessibilidade. As seções especiais são espaços adaptados pela Justiça Eleitoral que oferecem fácil acesso e maior comodidade e segurança no momento do voto”, informou o TSE.

O requerimento pode ser feito em qualquer cartório eleitoral pela própria pessoa interessada, munida de documento oficial com foto, ou por meio de curador, apoiador ou procurador.

Novos recursos

O TSE disse que aprimorou alguns dos softwares já existentes e que instalou “novos recursos de acessibilidade” nas urnas eletrônicas a serem utilizadas nestas eleições de 2022. Entre os novos recursos estão equipamentos que fazem tradução para a Língua Brasileira de Sinais (Libras).

“Além disso, um vídeo feito por uma intérprete de Libras será apresentado em todas as 577.125 urnas eletrônicas preparadas para o pleito, indicando para eleitoras e eleitores qual cargo está em votação no momento, nesta sequência: deputado federal, deputado estadual ou distrital, senador, governador e presidente da República”, acrescentou o tribunal.

Serão também disponibilizados nas seções eleitorais fones de ouvido para ajudar eleitoras e eleitores cegos ou com baixa visão. Sinais sonoros indicarão o número escolhido e será dado um retorno com o nome da candidata ou do candidato, por meio de voz sintetizada.

Mais de 156,45 milhões de pessoas estão aptas a votar no próximo dia 2 de outubro, quando os brasileiros começarão a escolher o próximo presidente da República, além dos futuros governadores, senadores e deputados federais, estaduais e distritais. Neste universo heterogêneo de cidadãos, ao menos 23,34 milhões de eleitores e eleitoras atenderão ao compromisso cívico por vontade própria, já que não são obrigados a votar.

A Constituição Federal estabelece o voto facultativo, ou seja, opcional, para os jovens de 16 e 17 anos de idade; pessoas com 70 anos ou mais e também para analfabetos. Só os eleitores que declaram não saber ler, nem escrever, ultrapassam os 6,33 milhões de pessoas, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Um número que representa cerca de 4% de todas as pessoas em condições legais de votar.

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A diarista Maria Sônia Ribeiro da Silva, 50 anos, é uma dessas pessoas. Ainda que, a rigor, sua participação nos pleitos anteriores não tenha sido exatamente espontânea. “Até hoje, eu não sabia que não era obrigada a votar”, reagiu a diarista ao ser informada, pela reportagem, que, na condição de analfabeta, não teria sofrido sanções caso tivesse deixado de votar em eleições passadas. Abolido em 1881, o direito dos analfabetos ao voto só foi restituído em 1985, por meio de uma Emenda Constitucional que garantiu a uma parcela da população que, à época, era ainda maior, o direito a ajudar a escolher seus representantes políticos.

“Eu votava porque achava que era o jeito. Que perderia o título de eleitor, pagaria multa, caso não comparecesse. Até falei com meu marido que, se não fosse obrigatório, eu não votaria mais, porque é sempre a mesma coisa, as mesmas promessas. Por outro lado, também acho importante a gente participar, tentarmos fazer com que o país melhore. Tanto que, agora, sabendo que não sou obrigada, acho que vou repensar e, talvez, continuar indo votar”, destacou a diarista, explicando que costuma se informar sobre política pelos telejornais e conversando com parentes e amigos e na hora de votar, leva consigo uma “cola” com o número dos seus candidatos.

De acordo com o último censo populacional realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2010, a taxa de analfabetismo entre a população de 15 anos ou mais tinha caído de 13,63%, em 2000, para 9,6%, totalizando 13.933.173 em 2010. Pelos dados disponibilizados pelo TSE, este ano, o maior número de eleitores que se autodeclararam analfabetos no momento do alistamento eleitoral tem entre 70 a 74 anos de idade, superando as 730 mil pessoas.

Jovens e idosos

Além dos analfabetos, há, entre os dito eleitores espontâneos, 815.063 pessoas com 16 anos de idade e outros 1.301.718 que já completaram 17 anos. Juntos, os dois grupos somam 2.116.781 eleitores. Um número cerca de 50% superior aos 1.400.617 registrados em 2018.

Já o total de eleitores e eleitoras com mais de 70 anos de idade aumentou de 12,02 milhões, em 2018, para 14.893.281, em 2022. Destes, 184.438 têm mais de 100 anos - dentre os quais, 45,4 mil não sabem ler ou escrever.

Favorável à tese de que o voto deveria deixar de ser obrigatório e passar a ser facultativo para toda a população brasileira, o cientista político Antonio Lavareda acredita que o crescente número de pessoas votando sem ser obrigadas indicam um “maior nível de consciência cívica” e de interesse pela política.

“As pesquisas têm demonstrado que as pessoas vêm manifestando um inusual grau de interesse pela política, mais especificamente pelo pleito deste ano. O que pode ser um indicador de que a participação eleitoral pode vir a ser maior que na eleição de 2018, quando a abstenção superou os 30 milhões de eleitores”, disse Lavareda à Agência Brasil.

“O crescimento do número de eleitores com 70 anos ou mais e de jovens com 16 e 17 anos acompanha o manifesto interesse do restante da população pelo pleito deste ano. E será muito bom para o processo democrático se a alienação eleitoral registrada na última eleição for menor”, acrescentou o cientista político ao pontuar que, apesar das poucas pesquisas acadêmicas sobre os eleitores espontâneos, é possível afirmar que, confirmada a hipótese deles serem mais interessados, tendem a ser mais “ideologizados”, tendo preferências mais “articuladas e consolidadas”. “Com isso, quem tende a ser menos beneficiado por estes votos são os candidatos situados mais ao centro do espectro político ideológico”.

Professora e pesquisadora do Centro de Estudos de Opinião Pública (Cesop), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a também cientista política Rachel Meneguello considera que a motivação para o voto espontâneo está associada ao interesse pela política e à percepção da importância de que, em uma democracia representativa como a brasileira, os cidadãos devem assumir a responsabilidade de ajudar a escolher seus líderes políticos.

“As pesquisas mostram que, nos últimos 20 anos, se o voto não fosse obrigatório, não menos que 40% dos eleitores iriam votar. Ainda assim, o eleitorado entende o ato de votar como um ato cívico que faz parte de sua vida política – a ponto de, na redemocratização, após a ditadura militar, [o direito a] votar para presidente em eleições diretas ter sido um dos pontos centrais das campanhas que envolveram grande parte da população”, destacou Rachel.

De acordo com a cientista política, as pesquisas existentes indicam que a maioria dos eleitores que votam por vontade própria possuem maiores escolaridade e renda média, mas também exigem campanhas públicas específicas. 

“O acesso à informação geral e à informação política é um fator central para a mobilização política e esses grupos [no geral] têm maior acesso, contudo, dependem mais de campanhas específicas. Neste ano, por exemplo, vimos a campanha do TSE destinada a estimular o envolvimento dos mais jovens”, frisou Rachel, que também espera uma menor abstenção eleitoral para este ano, mas ao contrário de Lavareda, defende a manutenção do voto obrigatório para os demais eleitores.

“Entendo o voto obrigatório como um dever cívico muito positivo. O eleitor deve praticar a responsabilidade pela escolha dos representantes que votam por ele no Congresso, assembleias ou câmaras municipais.  O que pode ser aperfeiçoado no caso brasileiro é a organização do sistema partidário, de forma que os partidos de fato consigam organizar a informação política para os eleitores, pois sabemos que a média do eleitoral tem dificuldades em localizar-se no sistema de partidos e definir as escolhas de deputados federais, estaduais e senadores em um sistema partidário fragmentado como é o sistema brasileiro”, explicou.

Termina nesta sexta-feira (5) o prazo para os partidos políticos e as federações partidárias realizarem convenções e escolher os candidatos e candidatas que disputarão cargos eletivos nas eleições deste ano, bem como para decidir sobre a formação de coligações.

No caso de federações partidárias, as convenções devem ocorrer de forma unificada, com a participação de todas as legendas integrantes. Já a possibilidade de coligações entre partidos só se aplica à disputa pelos chamados cargos majoritários (ou seja, aqueles em que fica com a vaga o candidato que tiver mais votos, caso da escolha para presidente, governador, prefeito e senador), não valendo para as eleições proporcionais (deputados).

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Registro no TSE

Uma vez definidos os candidatos, os partidos terão até o dia 15 de agosto para pedir ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o registro de seus candidatos à Presidência da República, governos estaduais e às vagas de senadores e deputados federais, estaduais e distritais.

Até a tarde dessa quinta-feira (4), apenas quatro candidatos à Presidência da República tinham registrado suas candidaturas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE): Felipe D´Avila (Novo); Léo Péricles (Unidade Popular-UP); Pablo Marçal (Partido Republicano da Ordem Social-Pros) e Sofia Manzano (Partido Comunista Brasileiro-PCB). Seus vices são, respectivamente: Tiago Mitraud; Samara Martins; Fátima Pérola Neggra e Antonio Alves.

Mais de 156,45 milhões de eleitores estão aptos a votar no próximo dia 2 de outubro.

A pesquisa Simplex/CBN, divulgada nesta segunda-feira (1º), chama atenção para os 47,1% dos eleitores que não sabem em quem votar para representar Pernambuco no Senado. Entre os candidatos, Teresa Leitão (PT) assume a liderança na disputa com 12,1%. 

O concorrente do PL, Gilson Machado Neto, alcançou 8,5%, enquanto André de Paula (PSD) obteve 6,5%. Carlos Andrade Lima (União Brasil) e Eugenia Lima (PSOL) ficaram abaixo de 1%.

Destaque também para 14,1% dos eleitores que disseram votar em branco ou nulo. Outros 10,8% não responderam ao estudo. 

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A pesquisa ouviu 1.067 eleitores por telefone entre os dias 18 e 22 de julho. A margem de erro é de 3,1 pontos percentuais. 

O eleitorado brasileiro em 2022 é 6,21% maior que o registrado em 2018. A informação é do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que divulgou na sexta-feira (15) estatísticas sobre os 156 milhões de cidadãos aptos a votar nas eleições do dia 2 de outubro.

Um dos maiores aumentos registrados foi no número de jovens entre 16 e 17 anos, cujo voto é facultativo.

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Nas eleições deste ano, 2,1 milhões de jovens nessa faixa etária poderão votar. Em 2018, o contingente era de 1,4 milhão, um crescimento superior a 50%.

*Da Agência Senado

A mais recente pesquisa eleitoral divulgada pelo instituto Datafolha aponta que 70% dos brasileiros estão decididos sobre o voto para presidente no primeiro turno, marcado para 2 de outubro. Os demais, quase 30%, admitem trocar de candidato nestes cerca de cem dias que antecedem a eleição. Entre as mulheres, o índice de indecisos é de 34%. Já entre os homens, 24% afirmam que podem mudar o voto para o Palácio do Planalto.

Entre o eleitorado mais jovem, da faixa dos 16 aos 24 anos, chega a 39% o porcentual dos afirmam que a escolha para o Planalto ainda pode mudar. O mesmo índice cai para 32% entre as pessoas de 25 a 34 anos; para 28% dos 35 aos 44 anos; para 25% dos 45 aos 49 e para 27% entre os brasileiros de 60 anos ou mais ouvidos pelo Datafolha.

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Os primeiros dados da pesquisa, que no primeiro turno apontam vantagem de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de 19 pontos sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL), com 47% a 28%, foram divulgados nesta quinta-feira, 23.

Se considerada a renda familiar mensal dos eleitores consultados, o porcentual de indecisos é de exatos 30% entre quem vive com até dois salários mínimos e também entre os que vivem com dois a cinco salários. E cai para 26% entre os eleitores com renda familiar de cinco salários ou mais, inclusive os que afirmam ter renda superior a 10 salários.

Desconhecimento dos pré-candidatos

Dos 2.556 brasileiros que responderam à pesquisa do Datafolha, 2% disseram não conhecer Lula. Bolsonaro; candidato à reeleição, Bolsonaro é desconhecido para 4%. Já Ciro Gomes (PDT), ex-ministro e ex-governador do Ceará, que está em terceiro nos mais recentes levantamentos, não é conhecido por 14% dos entrevistados.

Os pré-candidatos que disputam a quarta colocação na preferência do eleitorado são desconhecidos da maioria, de acordo com a pesquisa. O índice dos que dizem não conhecer a senadora Simone Tebet (MDB-MS) é de 77%; o do deputado federal André Janones (Avante-MG) é de 75%; o do deputado federal Luciano Bivar (União Brasil-PE) é de 81%; e mesmo o nome do ex-ministro General Santos Cruz (Podemos) é desconhecido por 84%.

O ex-deputado José Maria Eymael (DC) é desconhecido por 67% dos consultados. Vera Lúcia (PSTU), que como Eymael já foi candidata ao Planalto, é desconhecida por 79%.

Luiz Felipe d’Ávila (Novo), Pablo Marçal (Pros), Leonardo Péricles (UP), e Sofia Manzano (PCB), que também integram a lista de pré-candidatos à Presidência, não são conhecidos por 81% a 93% dos brasileiros ouvidos pelo Datafolha. A pesquisa foi feita nos dias 22 e 23 de junho.

As ameaças e tentativas do presidente Jair Bolsonaro (PL) de enfraquecer o sistema eleitoral não devem influenciar o grande eleitorado. Para o doutor em Ciência Política Vanuccio Medeiros, as bravatas do chefe do Executivo vão se restringir apenas àqueles que admiram a ditadura e cultivam uma visão antidemocrática da sociedade.

"O que essa eleição pode revelar é o tamanho dessa parte do eleitorado, já que esse tema nunca foi assunto de um processo eleitoral antes no país", comentou o especialista. 

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No entendimento de Medeiros, o Planalto se aproveita da “falta de informação crônica” da sociedade.  Apesar do desinteresse, o processo de votação já é feito por cidadãos, seja mesários, fiscais, presidentes de mesa ou chefes de prédio. 

“No geral, a nossa sociedade conhece muito pouco sobre política e sobre o funcionamento das nossas instituições e isso dá margem a dúvidas e à desinformação [...] A sociedade é quem realiza o processo eleitoral. Então, a participação social sempre foi garantida”, explicou.

Para acabar com qualquer desconfiança ao processo eleitoral, ele sugere que a sociedade tenha ainda mais espaço nos bastidores. “Ampliar essa participação no âmbito dos tribunais regionais seja uma alternativa para ampliar o conhecimento sobre o funcionamento do sistema”, propõe.

Referência no sistema eleitoral

Vanuccio reforçou que o cuidado especializado com o processo eleitoral é uma das principais características do regime democrático, consolidado pela constituinte de 1988. A estrutura judicial alicerçada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que conta com juízes, fóruns e cartórios específicos, sustenta "um altíssimo nível de controle e de complexidade sobre o sistema eleitoral" e permitiu a alternância no poder.

"Não temos exemplos de países democráticos do ocidente que tenham uma estrutura como a justiça eleitoral brasileira", comparou. "Ao longo desses 25 anos [com urnas eletrônicas] não tivemos nenhum evento eleitoral que fosse questionado com base no resultado", completou.

Após identificar o menor nível de participação de adolescentes no processo eleitoral das últimas três décadas, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) começa a registrar um aumento no número de jovens interessados em votar no pleito deste ano.

Segundo dados da Justiça Eleitoral, o número de alistamentos eleitorais realizados nos três primeiros meses de 2022 cresceu em relação às duas últimas eleições gerais no país. De janeiro e março, o Brasil ganhou 1.144.481 novos eleitores na faixa etária de 15 a 18 anos. Já nos pleitos de 2018 e 2014, foram emitidos 877.082 e 854.838 novos títulos, respectivamente.

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As novas emissões ocorrem em meio a uma campanha de mobilização promovida  pela  Justiça Eleitoral nas redes sociais. Celebridades como Anitta, Zeca Pagodinho, Whindersson Nunes, Juliette e também internacionais, como o ator norte-americano Mark Ruffalo, participaram do chamamento.

De acordo com as estatísticas oficias, até janeiro deste ano, o TSE registrava, no total, pouco mais de 730 mil títulos emitidos para jovens de 16 a 17 anos de idade. Para os adolescentes de 16 e 17 anos, o voto é facultativo.

Para o cientista político e analista do TSE Diogo Cruvinel, o interesse recorde dos jovens pelo primeiro título se justifica por alguns fatores.

“A Justiça Eleitoral sempre realiza campanhas de conscientização e incentivo ao eleitorado como um todo, em especial aos jovens, por meio da mídia e nas escolas. Neste ano, pela primeira vez, a campanha contou com a adesão espontânea de artistas e influenciadores, que dialogam diretamente com esse eleitorado, o que ajudou a impulsionar esses números”, avalia.

Segundo ele, além disso, vivemos no Brasil um momento de acirramento dos discursos políticos, com uma maior polarização.

“Esse cenário tende a incentivar os jovens a terem um maior engajamento e, por consequência, procuram participar mais ativamente do processo eleitoral. E, para tanto, é necessário ter o título de eleitor. A população tem se conscientizado cada vez mais sobre isso”, analisa.

Prazo

Em 2022, o cadastro eleitoral seguirá aberto até o próximo dia 4 de maio, data-limite para que o eleitor solicite o título, transfira o domicílio eleitoral e regularize eventuais pendências com a Justiça Eleitoral.

Metade do eleitorado de Jair Bolsonaro (PL) alega não ter segunda opção de voto caso o atual mandatário não dispute a reeleição. É o que mostra a última rodada da pesquisa CNT/MDA divulgada nesta segunda-feira, 21. Nesse cenário, 50,7% dos eleitores que tinham o chefe do Executivo como primeira opção de voto mostraram-se indecisos e escolheram votar branco ou nulo. O restante do eleitorado bolsonarista, sem a presença do atual presidente na disputa, se dividiria entre Sérgio Moro (23,4%), Ciro Gomes (10,5%), Lula (6,1%), João Doria (2,7%), André Janones (2,9%) e outros (3,8%).

Caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não participe das eleições, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) seria o maior beneficiado, 31,2% dos votos do petista migrariam para o pré-candidato do PDT. Moro também se beneficiaria, com 9% das intenções, e Doria, com 7,6%. Bolsonaro herdaria 6,2% do eleitorado de Lula e Janones, 3,1%.

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O caminho inverso, de Ciro para Lula, também seria majoritário. Se o pré-candidato do PDT estiver fora da disputa presidencial em outubro, 40% do seu eleitorado apostaria no petista como uma segunda opção de voto. Moro receberia 11,1% dos votantes, seguido de Doria com 8,9%, Bolsonaro com 4,4% e Janones com 1,5%.

Sérgio Moro (Podemos) é o único presidenciável que, caso não disputasse a eleição, teria seu eleitorado dividido de forma quase homogênea entre os seus 3 maiores adversários. Com a saída do ex-juiz da corrida, Ciro receberia 16,4% dos votos, enquanto Bolsonaro e Lula teriam, respectivamente, 15,6% e 10,2%.

Rejeição

A mesma pesquisa mostrou que governador de São Paulo, João Doria (PSDB), é quem tem a maior rejeição do eleitorado entre os pré-candidatos ao Planalto, com 66,5% dos entrevistados não votando no pré-candidato tucano "de jeito nenhum". O segundo mais rejeitado é o ex-juiz Sérgio Moro (Podemos), com 58,2%, seguido do presidente Jair Bolsonaro (PL), com 55,4%, e de Ciro Gomes (PDT), com 48,4. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ocupa a quinta posição no ranking de rejeição, com 40,5%, à frente do presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD), com 37,4%. A menos rejeitada é a senadora Simone Tebet (MDB); apenas 29% dos eleitores dizem que não votariam nela de jeito nenhum.

A pesquisa CNT/MDA realizou 2.002 entrevistas, distribuídas em 137 municípios, de 25 unidades da federação, durante os dias 16 a 19 de fevereiro de 2022. A margem de erro do levantamento é de 2,2 pontos percentuais com 95% de nível de confiança. O registro junto ao TSE é BR-09751/2022.

O levantamento do PoderData divulgado neste sábado (22) mostrou que o governador de São Paulo João Doria (PSDB) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) são os pré-candidatos à Presidência com o maior índice de rejeição. Ciro Gomes (PDT) apareceu como segunda opção dos eleitores.



A pesquisa analisou três cenários: "o único em que votaria", "poderia votar nele" e "não votaria de jeito nenhum".



Na lista de cancelados, Doria assume a primeira posição com 59%, seguido por Bolsonaro (56%), Sergio Moro (Podemos) com 51%, Ciro Gomes (50%) e o ex-presidente Lula (PT), que não será a escolha de 38% dos entrevistados.



Em contraposição, o petista surge como o pré-candidato mais bem avaliado. Ele representa a única opção de 39% do eleitorado. Bolsonaro é o segundo mais bem cotado com 26% e ficou na frente de Moro (15%), Ciro (10%) e Doria (6%).



Ciro Gomes entre o embate Lula x Bolsonaro



Ciro Gomes ganhou destaque como a segunda opção de voto de 33% dos eleitores. Moro (29%), Doria (26%), Lula (16%) e Bolsonaro (12%) completam a lista. O recorte acentuou ainda mais a polarização política entre os dois principais concorrentes.



O PoderData ouviu três mil eleitores de 511 municípios em todo o Brasil de 16 a 18 de janeiro. O estudo tem a variação de dois pontos percentuais para mais ou menos.

Um quarto dos eleitores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) passaram a defender seu afastamento. Conforme a pesquisa do PoderData divulgada nesta sexta-feira (12) pelo Poder 360, o apoio ao chefe do Executivo cai entre a base que o elegeu em 2018.

O estudo verificou que cerca de 26% dos entrevistados que optaram por Bolsonaro no segundo turno apoiam o impeachment, ou seja, uma em cada quatro pessoas defendem sua destituição do cargo.

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Da base que mantém apoio, 68% acredita que ele deve continuar na Presidência e 8% não soube opinar. Segundo o PoderData, a avaliação negativa entre apoiadores já atinge 33%.

A maioria do eleitorado que votou Branco ou Nulo, cerca de 52%, também acreditam que Bolsonaro deva ser retirado do comando do Planalto. Já entre os que disseram não lembrar da escolha em 2018, 70% defende o impeachment. O índice é superior em relação aos que não votaram, com 73%.

Dos eleitores de Fernando Haddad (PT) em 2018, 90% reforça o pedido de impeachment, enquanto 6% acha que o presidente deve concluir o mandato e 4% não respondeu.

Metodologia- O PoderData ouviu 2.500 pessoas de 412 municípios de todos os Estados e do Distrito Federal. A pesquisa colheu as informações através de ligações telefônicas entre a segunda (8) e quarta-feira (10). A margem de erro é de 2 pontos percentuais.

Há menos de um ano da disputa à Presidência da República, os pré-candidatos inundam as redes sociais com frases de efeito e discursos de apoio à população para encantar os brasileiros desacreditados em meio à crise econômica, que parece se distanciar cada vez mais do fim. Do outro lado, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tenta conter o avanço dos concorrentes e, como resposta, furou o teto de gastos para aumentar o benefício do novo Bolsa Família e brigar pelo apoio popular à sua reeleição. Independente do próximo eleito ao Planalto, as promessas de ambos os lados podem ser instrumentos para enganar o eleitor, alertou o cientista político Caio Souza em entrevista ao LeiaJá.      

A reportagem do LeiaJá percorreu as ruas do entorno do Mercado de São José, um dos locais com maior movimentação no Centro do Recife, e ouviu de eleitores o pedido por um futuro presidente honesto, capacitado e, principalmente, mais 'humano' para atender aos anseios mais básicos do povo. Para os entrevistados, a próxima agenda deve focar no combate ao desemprego, à fome e a falta de moradia.

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As falas representam o desejo claro da maioria dos brasileiros por uma política mais cuidadosa com os mais vulneráveis. Porém, a falsa preocupação em beneficiar os mais pobres geralmente é utilizada como artifício de políticos oportunistas, que se aproveitam da fragilidade e do desconhecimento dos eleitores para se lançar em propostas populistas. 

"Caso as propostas só sirvam para atrair o eleitor, mas não se concretizem na realidade, nem possam ser executadas caso seja eleito, estaremos perante um claro estelionato eleitoral. Afinal, usam-se de propostas impossíveis de serem cumpridas, apenas para que consiga ocupar um cargo", alerta o cientista político.

A intenção é ‘jogar’ com a necessidade do povo, que cai no engano por não enxergar soluções a longo prazo, e garantir seu voto em troca da suposta melhoria genérica. Nesse método, o candidato "trabalha com a vulnerabilidade e ignorância das pessoas. Pois, grande parte da população não sabe o que um prefeito, governador, vereador, deputado ou senador podem de fato fazer", comenta.

O estudioso usa como exemplo a campanha de vereadores eleitos ao defender o porte de armas, quando essa é uma matéria que ultrapassa o limite do seu cargo. "Temos deputados prometendo construção de escolas, hospitais, postos de saúde, quando no máximo ele poderá reivindicar essas construções, mais por lei ele jamais poderá mandar construir", citou em outro exemplo.

Velha metodologia eleitoreira

A estratégia se molda ainda antes do período eleitoral, quando os candidatos mais preparados e com maior recurso financiam pesquisas para saber o que as pessoas querem ouvir de um político. Após se alinhar ao discurso das ruas, a segunda etapa é montar o pacote de promessas com potencial de 'vender' melhor na campanha, já direcionada ao público específico. 

Começado o período eleitoral, a missão já não é mais refletir sobre meios de avanço político, e sim, focar no público-alvo com palavras programadas e frases 'chicletes' que 'conversem' diretamente com as necessidades levantadas. Esse método somado ao carisma do candidato representa a receita perfeita para atingir o efeito de 'encantamento'.

Prejuízos do discurso populista

A questão é que as promessas populistas "não são embasadas financeiramente, não condizem com a realidade e com a possibilidade da administração pública, fazendo com que o candidato até consiga se eleger, mas ficará preso muito mais à política de favores e de trocas de interesses do que a real e possível defesa de agendas importantes, mas utilizadas de forma errada, criando um mandato não sustentável", conclui Souza.

Ao ser eleito, a gestão de quem se apoiou unicamente no debate populista repercute no “risco de deixar de colocar no poder pessoas que de fato tenham um compromisso com aquelas pautas e que poderiam realmente avançar em sua defesa com propostas possíveis e sustentáveis. Nosso maior prejuízo é no atraso do enfrentamento real de nossos problemas", avalia. 

Ele destaca os efeitos negativos do último pleito à Presidência, quando o discurso anticorrupção foi banalizado, mas desde então segue enfraquecido e desaguou na recente tentativa de limitar as investigações do Ministério Público. Sem receber tanta aprovação, o Legislativo, com aval do Executivo, conseguiu atenuar os atos considerados improbidade administrativa, o que flexibiliza a impunidade aos que forem pegos por práticas de corrupção.

Como identificar o político que quer te enganar?

A melhor forma de descobrir se o interesse no povo é real ou apenas parte da disputa pelo poder passa pela pesquisa da carreira do candidato e seu histórico de votos e ações.

O estudioso lembra que é importante ficar atento aos últimos mandatos e sempre levantar questionamentos básicos como: "como ele fará isso? Quem ele chamará para executar essa promessa? Qual a fonte do dinheiro que será utilizado para essa promessa ser cumprida? A lei autoriza que isso seja feito? Qual o prazo que será dado? E por fim, o que justifica o interesse do candidato pela agenda que ele diz defender?", elencou.

Essa estratégia pode ser posta em prática para se prevenir dos discursos rasos dos ‘salvadores da Pátria’. “O questionamento pessoal e aos candidatos é uma das principais ferramentas para não sermos ludibriados por belas palavras que tentam jogar com a nossa ignorância”, complementou o cientista.

Os eleitores de 19 municípios, em seis estados, voltam às urnas neste domingo (3) para escolher seus novos prefeitos. Isso é necessário porque a Justiça Eleitoral acabou por impedir que a chapa eleita em 2020 exercesse o mandato.

Isso pode ocorrer por razões que levam a um indeferimento tardio do registro de candidatura, por exemplo. Nesses casos, muitas vezes, o candidato vencedor em 2020 disputou o pleito por força de uma liminar (decisão provisória) judicial que acabou não se confirmando.

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Esse foi o caso, por exemplo, de Antônio José de Oliveira (PT), que venceu a eleição para prefeito de Juazeiro do Piauí, mas acabou tendo o registro de candidatura indeferido posteriormente por ser responsável por uma rádio clandestina.

Outras razões são a cassação do mandato pela Justiça Eleitoral, por alguns dos motivos previstos na legislação eleitoral.

As cidades que voltam às urnas neste domingo são: Firmino Alves (BA); Juazeiro do Piauí (PI); Goianésia do Pará (PA); Capoeiras e Palmeirina (PE); Paranhos (MS); Mendonça (SP), São Lourenço da Serra (SP), Mineiros do Tietê (SP), Guaíra (SP), Apiaí (SP), Campina do Monte Alegre (SP), Itaoca (SP), Piacatu (SP), Santo Antônio do Jardim (SP), Trabiju (SP), Anhembi (SP), Cajati (SP)e Angatuba (SP).

Os candidatos vencedores nas eleições suplementares devem ocupar o cargo até dezembro de 2024.

Após o encerramento da votação do segundo turno, às 17h deste domingo (29), o presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PE), o desembargador Frederico Neves, afirmou que esta foi a eleição mais tranquila da história de Pernambuco. Mesmo com denúncias de crimes eleitorais no Recife e em Paulista, além da detenção de uma mesária e 46 votantes, o representante parabenizou o eleitorado.

Em coletiva, Neves garantiu que "nunca ninguém viu em Pernambuco eleições mais tranquilas do que essa". Ele também indicou que houve "problemas absolutamente normais" durante o pleito, ao informar que apenas duas urnas apresentaram problemas técnicos.

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Neves espera comemoração após o resultado definitivo, mas pede apoio da população para dar continuidade às medidas restritivas contra a Covid-19. “Sabemos que na hora que divulgarmos o resultado definitivo da eleição, muita gente vai querer comemorar [...] mas espero que as pessoas tomem o cuidado necessário para evitar a Covid-19”, sugeriu.

O presidente conta com a conscientização dos recifenses e paulistanos, pois entende que a força pública do Estado não tem capacidade de coibir integralmente as celebrações. “Vocês podem comemorar, podem festejar, mas com respeito a sua própria saúde e respeito à vida dos outros. A sociedade precisa ajudar o TRE-PE nesse sentido”, concluiu.

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O desembargador lembrou das dificuldades enfrentadas pelos servidores para que o segundo turno fosse garantido, mesmo em um contexto de pandemia. "A Justiça Eleitoral empenhou um trabalho digno de todos os elogios [...] a principal preocupação do TRE-PE foi com a vida das pessoas”", indicou.

Neste ano, além do lançamento do e-título, o uso de máscara de proteção foi obrigatório e os funcionários do órgão foram instruídos para evitar aglomerações nas zonas eleitorais dos municípios.

Paulista: MPPE apreende veículo por transporte irregular de eleitores Ação do Ministério Público de Pernambuco impediu ação de um carro adesivado com publicidade do candidato Yves Ribeiro Neste domingo (29), o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) apreendeu um veículo por transporte irregular de eleitores, na cidade de Paulista, na Região Metropolitana do Recife.

O carro, de modelo Celta, estava adesivado com publicidade do prefeiturável Yves Ribeiro (MDB). A ação foi realizada pelo Ministério Público de Pernambuco, por meio da Promotoria de Justiça Eleitoral da 146ª Zona Eleitoral. O carro foi retido na Escola Maestro Nelson Ferreira.

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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou neste domingo, 29, que 194 urnas precisaram ser substituídas neste segundo turno das eleições municipais. Não houve, contudo, registros de necessidade de voto manual. O primeiro boletim do órgão foi divulgado às 10h, com dados atualizados até às 9h27. O segundo informativo deve ser divulgado ao meio-dia. O Tribunal informou ainda que 364.414 eleitores justificaram ausência por meio do e-Título até às 10h.

Em São Paulo, Estado com o maior número de urnas substituídas, 65 unidades foram trocadas. Já no Rio de Janeiro, foram 56 substituições.

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A troca é feita para garantir a continuidade da votação. Para isso, o País dispõe de 48.231 urnas de contingência. O TSE informou que 38.284.410 eleitores estão aptos a registrar votos neste segundo turno das eleições, que ocorre em 57 cidades, incluindo 18 capitais.

Para quem precisa justificar a ausência do voto, o Tribunal relatou que o aplicativo e-Título "tem funcionado adequadamente e sem instabilidade". No primeiro turno, o excesso de acessos provocou instabilidade na ferramenta. A justificativa pelo e-Título neste domingo vale para quem está fora de seu domicílio eleitoral e realizou o cadastro até ontem às 23h59.

A justificativa também pode ser feita presencialmente em qualquer seção eleitoral. Após a votação, quem não conseguiu ir votar tem até 60 dias para justificar pelo aplicativo, site ou presencialmente em cartório. O TSE informou que é preciso anexar documento que comprove o motivo da ausência.

Para oito em cada dez paulistanos, estar envolvido em corrupção é um comportamento inadmissível em um político. O dado é da pesquisa Ibope/TV Globo/Estadão, que, além de analisar a intenção de votos dos eleitores nesta corrida eleitoral em São Paulo, trouxe informações sobre a percepção sobre seus representantes.

O Ibope perguntou aos entrevistados que comportamentos não admitem de jeito nenhum em um político, e ofereceu as seguintes opções: "estar envolvido em corrupção", "fazer aliança com adversários políticos", "empregar parentes quando exerce um cargo público", "não cumprir o que promete em campanha" e "gastar muito mais do que o necessário para fazer uma obra". Os eleitores puderam dar mais de uma resposta.

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O fator corrupção ficou em primeiro lugar no ranking de posturas inaceitáveis, com 79%. A seguir vieram o descumprimento de promessas (48%), o superfaturamento (30%) e o nepotismo (30%).

O instituto também perguntou se os paulistanos costumam acompanhar o trabalho dos vereadores. Seis em cada dez afirmaram que não o fazem. A pesquisa foi realizada entre 23 e 25 de novembro, com 1.001 eleitores. As entrevistas foram realizadas de forma presencial - por causa da pandemia de Covid-19, a equipe do Ibope usou equipamentos de proteção.

Mais de 38 milhões de eleitores voltam às urnas no domingo (29) para eleger os prefeitos das 57 cidades brasileiras em que a disputa será definida no segundo turno. São 18 capitais estaduais e outros 49 municípios com mais de 200 mil eleitores, onde nenhum dos candidatos obteve a maioria absoluta dos votos válidos para se eleger em primeiro turno.

As capitais onde a disputa será definida em segundo turno são as seguintes: Aracaju (SE), Belém (PA), Boa Vista (RR), Cuiabá (MT), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Maceió (AL), Manaus (AM), Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), São Luís (MA), São Paulo (SP), Teresina (PI) e Vitória (ES).

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O Brasil tem 95 cidades com mais de 200 mil eleitores. Em 37 delas, os prefeitos foram eleitos no último dia 15 de novembro. Depois de domingo, apenas um município brasileiro ficará com a escolha do prefeito ainda pendente: Macapá (AP), com mais de 292 mil eleitores. Prejudicada por um apagão elétrico que se estendeu por 22 dias, a cidade terá o primeiro turno das eleições no dia 6 de dezembro. A segunda fase da disputa está marcada para o dia 20.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu não fazer o primeiro turno em Macapá no próximo domingo devido a uma limitação técnica. Nas 57 cidades onde haverá segundo turno, o sistema de informática do órgão está preparado para apurar e totalizar os votos atribuídos a apenas dois candidatos. Na capital amapaense, dez postulantes disputam o primeiro turno das eleições.

Dos dois senadores que concorreram no último domingo, apenas um continua no páreo. Vanderlan Cardoso (PSD-GO), que obteve 24,67% dos votos no primeiro turno, disputa a prefeitura de Goiânia com o atual prefeito, Maguito Vilela (MDB), que ficou com 36,02% dos votos. Em Natal, onde o senador Jean Paul Prates (PT-RN) conquistou 14,38% dos votos, Alvaro Dias (PSDB) foi reeleito em primeiro turno, com 56,58%.

Calendário e pandemia

Nesta quinta-feira (26), termina o prazo para a realização de reuniões públicas ou comícios com sonorização fixa. Também a partir desta quinta, a Justiça Eleitoral pode expedir salvo-conduto para eleitores que sofrerem violência moral ou física que comprometa a liberdade de votar.

Desde terça-feira (24), os eleitores das 57 cidades onde haverá segundo turno não podem ser presos ou detidos. As exceções são para os casos de flagrante delito, desrespeito a salvo-conduto e sentença condenatória por crime inafiançável (racismo, tortura, tráfico de drogas, terrorismo, ação de grupos armados) ou hediondo.

O TSE manteve para o próximo domingo as mesmas orientações sanitárias contra o coronavírus recomendadas no primeiro turno das eleições. O uso da máscara é obrigatório, e todos devem higienizar as mãos antes e depois de digitar o número do candidato na urna eletrônica. Cada seção eleitoral vai contar com álcool em gel para eleitores e mesários.

Os eleitores devem respeitar a distância mínima de um metro para outras pessoas. Outra recomendação é que cada um leve a sua própria caneta para assinar o caderno de votação. O objetivo é evitar o compartilhamento de objetos e diminuir o contato dos eleitores com superfícies eventualmente infectadas. 

Com informações do Tribunal Superior Eleitoral e da Agência Senado

A pesquisa Ibope para a Prefeitura do Recife, divulgada neste sábado (14), aponta João Campos (PSB) na frente 39% das intenções de votos. Atrás dele, estão Marília Arraes (PT), com 26%; Mendonça Filho (DEM) com 18%; Delegada Patrícia (Podemos), com 14%; Carlos (PSL) com 1% e Coronel Feitosa (PSC) também com 1%. Charbel (Novo), Claudia Ribeiro (PSTU) e Thiago Santos (UP) tiveram 0%.

A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos. Em relação ao levantamento anterior do Ibope, de 9 de novembro, João subiu 1 ponto, Marília ganhou 2, Mendonça caiu 2 e Patrícia subiu 1. O Ibope também fez simulações de 2º turno:

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João Campos 43% x Marília Arraes 33%

João Campos: 48% x Mendonça Filho: 31%

João Campos: 54% x Delegada Patrícia: 25%

A rejeição ficou assim: 

Delegada Patrícia (Podemos): 42%

Coronel Feitosa (PSC): 27%

Mendonça Filho (DEM): 27%

João Campos (PSB): 26%

Marília Arraes (PT): 23%

Charbel (Novo): 14%

Carlos (PSL): 13%

Victor Assis (PCO): 11%

Thiago Santos (UP): 10%

Claudia Ribeiro (PSTU): 10%

Foram ouvidos 1.106 eleitores, entre os dias 12 e 14 de novembro. O nível de confiança utilizado é de 95%.

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