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Uma criança de 5 anos, identificada como Luiz Miguel Moreira Silva, morreu asfixiada depois de ser sugada por uma carga de seis mil quilos de feijão em uma fazenda de Paracatu, Minas Gerais. O acidente aconteceu na tarde desta última quinta-feira (22). A polícia está investigando os fatos.

Tudo aconteceu na fazenda onde o pai do menor trabalha. A vítima estava brincando com o irmão mais velho no local, quando a tragédia aconteceu. À polícia, Crislan Luiz da Silva, pai dos meninos, informou que havia pedido para Fábio Júnior Cândido Braga, com quem trabalha, olhar as crianças enquanto ia em uma outra propriedade vizinha. 

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Fábio nega e diz que não sabia da presença dos menores perto do silo, que é uma benfeitoria agrícola destinada ao armazenamento de produtos. Ao Uol, ele alega que pensou que os garotos haviam ido embora e, minutos depois de abrir as comportas para que os mais de seis mil quilos do grão descessem, o irmão da vítima gritou pedindo socorro.

Se dizendo apavorado com a situação, Fábio lembra que tentou encontrar o garoto, mas foi preciso abrir as comportas para tirar o feijão de cima da criança, que foi encontrada com a boca roxa e o nariz cheio de grãos. 

A vítima ainda foi levada pelo pai para o hospital do município, mas ele já chegou com sintomas de asfixia. A tentativa de reanimação foi feita, mas o menor não resistiu.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, esteve reunido com o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, nesta segunda-feira, 29 para tratar de ações judiciais entre os Estados e a União que tramitam no STF, e sobre a necessidade da realização de um pacto federativo. O assunto do encontro, que aconteceu por volta das 16h30 na sede do tribunal, foi divulgado pela assessoria de Guedes, após a reunião ter ocorrido.

O ministro da Economia recentemente afirmou que o governo dará um "passo mais avançado" no segundo semestre com o estabelecimento de um novo pacto Federativo. Segundo ele, este pacto permitirá que recursos que atualmente estão "carimbados" possam ser usados de forma mais eficiente.

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Toffoli também já defendeu mudanças na área, assim como reformas nos sistemas tributário e previdenciário. O STF é o órgão do Judiciário responsável por julgar conflitos federativos, e acumula ações em que Estados e União estão em lados opostos.

As medidas para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) que devem ser anunciadas nesta semana têm como objetivo melhorar o acesso dos trabalhadores aos recursos do fundo, com liberdade para o empregado conseguir remuneração melhor, disse nesta segunda-feira (22) o secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues. Ele reiterou que a construção civil, a infraestrutura e o saneamento, financiados com recursos do fundo, não serão prejudicados.

O secretário negou que o pacote de medidas inclua mudanças em relação à multa de 40% paga aos trabalhadores demitidos sem justa causa. Ele, no entanto, evitou informar se o governo pretende retomar a ideia nos próximos meses. “A multa, em princípio, pelas informações que temos, não será trazida nessa primeira medida”, declarou.

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“Foram citadas diversas medidas, algumas que procediam, outras ainda em detalhe. Estamos bastante avançados. São medidas tanto do ponto de vista de curto prazo, como também estruturais. Não é um repeteco do que foi feito. Não é uma reprise do que foi feito tempos atrás”, disse Waldery, em entrevista coletiva para explicar o contingenciamento de R$ 1,44 bilhão do Orçamento.

De acordo com o secretário, as medidas para o FGTS serão mais potentes que a liberação do saque de contas inativas ocorrida em 2017. Ele disse que o governo, em vez de agir para estimular a demanda, também está agindo do lado da oferta, com medidas como a reforma da Previdência, a reforma tributária e a liberação do mercado de gás. Ele destacou que o eixo consiste em facilitar o acesso dos trabalhadores ao saldo da conta.

Como o FGTS serve de fonte de recursos para a construção de moradias do programa Minha Casa Minha Vida, de projetos de saneamento e de infraestrutura, o saque dos recursos das contas ativas por muitos trabalhadores poderia prejudicar esses empreendimentos. Rodrigues, no entanto, disse que o governo terá cuidado para que esses setores não sejam prejudicados.

“Nossas medidas não contemplam apenas o lado da demanda, mas da oferta. Esse é um ponto que a gente entende ser a solução para a economia brasileira. Medidas para o FGTS que ajudam recursos com trabalhadores com remuneração aquém do devido. Vale ressaltar que o financiamento para a construção civil, o saneamento e infraestrutura não será afetado, até porque são setores que respondem fortemente na contratação e na demissão. A diretriz é a melhoria no acesso dos recursos pelos trabalhadores”, explicou.

Nesta tarde, o presidente Jair Bolsonaro voltou a negar o fim da multa de 40% do saldo do FGTS para demissões sem justa causa. No sábado (20), ele havia afirmado que não pretendia diminuir ou extinguir a multa.

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Sete trabalhadores foram resgatados de duas fazendas de corte de gado bovino no município de Medicilândia, na região sudoeste do Pará, em operação integrada pelo Ministério Público do Trabalho PA/AP (MPT), Auditoria Fiscal do Trabalho, Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF). Os proprietários dos estabelecimentos, que são irmãos, não forneciam condições dignas de trabalho e moradia aos trabalhadores, que não possuíam Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) anotada e não dispunham de instalações sanitárias adequadas.

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A água consumida pelos trabalhadores era retirada de igarapé ou poço artesiano e em ambas as propriedades não havia banheiro nem sanitários. Outro grave problema detectado foi quanto ao uso de agrotóxicos, os quais eram armazenados no mesmo local dos alojamentos, o que representa sério risco à saúde.

Os empregadores assinaram um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com o MPT e a DPU, comprometendo-se a regularizar a situação dos funcionários e a fornecer condições de trabalho e moradia dignas. Entre os termos acordados estão: abster-se de manter funcionário em situação degradante de trabalho; assinar a CTPS; abster-se de descontar valores referentes a equipamentos e alimentação; e proporcionar aos trabalhadores assistência médica e capacitação quanto à prevenção de acidentes.

Além das obrigações, os proprietários das fazendas também pagarão aos trabalhadores verbas trabalhistas que somadas contabilizam aproximadamente R$ 100 mil. Eles não aceitaram pagar qualquer valor quanto ao dano moral coletivo, o que ensejará o ajuizamento de ação civil pública por parte do MPT, para cobrar tal indenização por submissão de trabalhadores a condições degradantes de trabalho.

Em caso de descumprimento do TAC, os empregadores ficam sujeito à cobrança de multas cujos valores são reversíveis ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) ou a instituição sem fins lucrativos indicada pelo MPT.

Além da responsabilização trabalhista, os autos de infração lavrados durante a ação fiscal e o relatório da operação serão encaminhados ao Ministério Público Federal (MPF) para apuração do crime de trabalho análogo à escravidão.

Da assessoria do MPT.

As secretarias da Fazenda e Administração do Estado de Pernambuco realizaram na próxima quinta-feira (28) mais um leilão de mercadorias apreendidas pelo Fisco. O certame acontecerá por volta das 9h30 da manhã, no auditório da Secretaria da Fazenda, localizada na Avenida Cruz Cabugá, no bairro de Santo Amaro.

Entre as mercadorias ofertadas constam diversos materiais eletrônicos, produtos de beleza, relógios, bolsas, roupas, mobiliário, aparelhos domésticos e industriais, peças e equipamentos para bicicletas e automotivos, entre outros.

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Segundo a secretaria, o Leilão será composto de 65 lotes de produtos, sendo o mais barato um conversor de TV, que terá o lance mínimo de R$ 10. Já o de maior valor inicial, composto de quinze mil e setecentos potes plásticos, será de R$ 2.360,00 (dois mil, trezentos e sessenta reais). O  Destaque é para os lotes que vão dos números 51 ao 61, compostos por utensílios de cozinha alto luxo. Os lances iniciais para esses variam de R$ 100 até R$ 1 mil.

Para participar do leilão de forma simples, os lances podem ser feitos de forma presencial, mas também há disponibilidade de um canal eletrônico que pode ser acessado de qualquer lugar, desde que sejam obedecidas as regras do edital disponível no site da Secretaria de Administração de Pernambuco e no site Lance Certo Leilões.

Pelo menos oitocentas mulheres do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e também do Movimento Camponês Popular (MCP) ocuparam na manhã desta quarta-feira, 13, a fazenda Agropastoril Dom Inácio, em Anápolis, entre os distritos de Interlândia e Souzânia, no interior de Goiás. A propriedade pertence ao médium João de Deus, preso desde 16 de dezembro sob acusação de estupros em série e assédio sexual - ele é alvo de acusações de mais de 500 mulheres que procuraram atendimento na famosa Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia (GO).

Segundo o MST, a área "está sub judice" e tem em torno de 600 hectares, próxima à rodovia GO-433. Em nota, o Movimento divulgou que "a ação faz parte da Jornada Nacional de Lutas das Mulheres Sem Terra que começou na última semana com mobilizações em todo país".

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Ninguém sabe ao certo qual o valor da fortuna de João de Deus, entre aplicações, empresas, carros, casas, fazendas e latifúndios de monocultivo de gado e soja e um avião Seneca II de seis lugares.

Segundo o MST, João de Deus "também é conhecido por concentrar lotes, terras improdutivas e terrenos na cidade".

O próprio médium declarou à polícia possuir seis fazendas em Goiás - Crixás, Itapaci, Anápolis, São Miguel, Pirenópolis e Abadiânia.

"Por esses e tantos outros motivos, as mulheres Sem Terra ocupam hoje um território que é fruto do abuso, do estupro e da violência", diz nota do MST.

"Lutamos #PorTodasNós em um Brasil que segundo a Organização das Nações Unidas (ONU) é o quinto em mortes violentas de mulheres no mundo."

Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terras (MST), principalmente mulheres, ocuparam, nesta quarta-feira (13), uma fazenda do médium João de Deus, em Anápolis, no interior de Goiás. Segundo texto do movimento, o território ocupado é "fruto do abuso, do estupro e da violência".

O médium João Teixeira de Farias, conhecido como João de Deus, está preso em Goiânia desde o dia 16 de dezembro de 2018. Ele é réu em duas ações penais oriundas de denúncias de casos de abuso sexual a frequentadoras da Casa Dom Inácio Loyola, em Abadiânia, onde João de Deus realizava atendimento espiritual.

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De acordo com o MST, João de Deus também é conhecido por concentrar lotes, terras improdutivas e terrenos. Para a polícia, ele teria afirmado possuir seis fazendas em Goiás. A ação do MST faz parte da Jornada Nacional de Lutas das Mulheres Sem Terra, que começou na última semana.

 

 

Uma acidente trágico ocasionou a morte do secretário de Esportes e Lazer de Paudalho (PE), Leonardo Luiz Coutinho D’Angelo. O ex-vereador faleceu nesta sexta-feira (15), após receber um choque durante a instalação de um poste dentro de sua fazenda, localizada na Usina Mussurepe, de acordo com a Polícia Civil.

O homem contratado para o serviço contou à polícia que o acidente aconteceu no momento em que se alinhava o poste para ser fixado na base que ficaria. O poste era apoiado pelo secretário e ele encostou na rede elétrica, recebendo a descarga.

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Coutinho, que tinha 37 anos, chegou a ser levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade, mas já deu entrada na unidade sem vida. O corpo dele foi encaminhado para o Instituto de Medicina Legal (IML), na área central do Recife. 

No próximo dia 25 de janeiro, o Governo de Pernambuco realizará o 1º leilão deste ano. Serão ofertados 45 lotes de latas de cerveja Heineken, que foram apreendidas pela Secretaria da Fazenda. A expectativa é que o evento arrecade cerca de R$ 35,5 mil.

A visitação dos produtos ocorrerá nos dias 22, 23 e 24 deste mês, podendo ser realizada das 9h às 12h e das 14h às 16h. As mercadorias estão no Depósito Central de Mercadorias Apreendidas da Secretaria da Fazenda, na Rua da Fundição, nº 510, bairro de Santo Amaro, área central do Recife.

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O leilão será realizado no auditório da secretaria, na Avenida Cruz Cabugá, nº 1419, bairro de Santo Amaro, a partir das 9h30. Ele ocorrerá apenas na modalidade presencial. Para uma pessoa física participar, é preciso ter acima de 18 anos e portar CPF, RG e comprovante de residência (originais e cópias. Pessoas jurídicas, com representante munido de procuração, deverão apresentar os mesmos documentos. O cadastro poderá ser feito no site do leiloeiro e no dia do evento.

O secretário da Fazenda de Pernambuco em exercício, Bernardo D'Almeida, esteve na Alepe para tratar sobre o pacote de projeto de leis encaminhado pelo governador Paulo Câmara à Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Entre as propostas está o aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em itens como etanol, refrigerante, bijuterias e descartáveis. 

Bernardo citou o ranking da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), no qual o Brasil aparece em 23º colocação entre os 33 que aparecem na lista com uma carga tributária de 33%. “A nossa carga tributária, quando é sobre o consumo, é uma das maiores da OCDE. A gente vai lá para o topo, vai para 48% do PIB. Quando se trata do imposto sobre a renda, sobre o patrimônio e a riqueza, nós somos uma das mais baixas do mundo. Então, ninguém gosta de aumentar a carga tributária, ninguém gosta de aumentar tributo”, explanou. 

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O secretário falou que é difícil viver em um sistema que é altamente incentivador da sonegação porque a carga tributaria é alta. “Se a carga tributária fosse mais baixa, a sonegação era menor, mas como construir um caminho de volta para uma carga tributária menor, se ela é altamente regressiva e só atinge o pobre? Como é que a gente chega nisso? Só em uma reforma tributária que ninguém teve a coragem de fazer”, declarou.

 “Evitar a sonegação não é um processo de um ou dois meses. É um processo de aprendizado novo na área tributária. Trabalhar um a dois anos nesse processo e ninguém vai se arrepender não. Vai vir muita gente do fisco do Brasil todo para aprender o que Pernambuco está fazendo”, falou. 

Questionado sobre a redução de gastos ser mais eficiente que aumento de impostos, D'Almeida contou que a Fazenda tem tentado fazer isso. “Nestes dois anos e meio, a secretaria da Fazenda fechou cinco postos fiscais, menos custeio e, outra, tivemos melhorias na eficiência da distribuição. A Fazenda tem feito essa parte da redução”, garantiu. 

O secretário em exercício ainda falou que o Estado será pioneiro em ações que, talvez, revolucionem o país como a questão da venda do etanol. “Com a venda direta da usina para o posto de combustível. Isso não tem em lugar nenhum do Brasil. A gente está botando na lei aqui, claro, se os senhores aprovarem. Isso é custo Pernambuco sendo reduzido. O etanol vai ficar mais barato na bomba, não vai ficar mais caro. Agora tem um movimento nacional  das distribuidoras, que são contra”. 

O secretário da Fazenda em exercício de Pernambuco, Bernardo D’Almeida, nesta segunda-feira (19), participou de uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) para tratar sobre o polêmico pacote de projetos de lei encaminhado pelo Executivo estadual à Assembleia. Bernardo, entre outros questionamentos, teve que responder à pergunta do deputado estadual Silvio Costa Filho (PRB) com relação à criação da Nota Fiscal Solidária, através da qual pretende garantir um pagamento anual de até R$ 150 às famílias integrantes do Bolsa Família ao realizar compras de itens da cesta básica. 

Costa Filho, ao fazer uma conta, expôs que para o beneficiário conseguir o valor terá que ter comprado no ano R$ 6 mil reais desses produtos. “Isso é impraticável. Não tem um cidadão cadastrado em Pernambuco no Bolsa Família que compra seis mil reais em produtos do Bolsa Família”, declarou. 

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“Todos nos acompanhamos na eleição que o governador Paulo Câmara para ludibriar parte da opinião publica de Pernambuco prometeu o 13 do Bolsa Família, isso está registrado nas rádios e na TV. Dois meses depois ele encaminha um projeto chamado Nota Fiscal Solidária. Aquilo que foi falado na eleição era retórica?”, indagou momentos depois de dizer que Pernambuco está na “contramão” do Brasil. “Enquanto o Brasil está discutindo a redução dos impostos, Pernambuco depois do período eleitoral empurrou um pacote de bomba aqui para a Assembleia Legislativa”. 

Na resposta ao deputado, o secretário da Fazenda utilizou um discurso de que o pernambucano não é “preguiçoso”. “Pernambuco é trabalhador e essa história de que o pernambucano vai vivendo do Bolsa Família é mentira. Em canto nenhum, o pernambucano pega o dinheiro do Bolsa Família e não vai trabalhar, ele trabalha, não ganha só 200 reais por mês não”, garantiu.

“Não tem esse pernambucano, pai de família, mãe de família, que trabalhe só para ganhar o Bolsa Família não, ele está na roça trabalhando. Ele não ganha 200 reais não, existe esse pernambucano não. Então, esse pernambucano tem a sua renda e a sua renda foi calculada em cima dos valores que é o consumo dele, o consumo dessas famílias”, argumentou Bernardo. 

O secretário da Fazenda em exercício também falou que, geralmente, em uma família composta por duas a cinco pessoas consomem R$ 500 reais por mês em produtos alimentícios. “Não é 200. Ele tem outra renda, os pernambucanos tem outras rendas, não vive só do bolsa família não”, reiterou. 

No pronunciamento, ele também ressaltou que o benefício que Pernambuco oferece para as pessoas em situação de pobreza é muito maior que o do Estado de São Paulo.  “O que o Estado de São Paulo está devolvendo em produtos da cesta básica para a população mais carente é um por cento, Pernambuco está devolvendo 2,5%. Agora, para o rico, ele está devolvendo um por cento”, explicou. 

A Huawei mostrará durante a feira de tecnologia Futurecom um dispositivo que é fixado por uma coleira ao corpo das vacas, servindo para monitorar sua atividade no pasto e enviar as informações via rede celular para um servidor que armazena os dados de comportamento dos animais e que poderão ser acompanhados pelo gestor da fazenda.

Segundo a empresa chinesa, o objetivo é fornecer dados úteis de forma mais precisa como quando uma vaca entra no período fértil, pois sua atividade aumenta nessa época. Dessa forma, é mais fácil identificar o melhor momento para a inseminação artificial, ampliando as chances de sucesso do procedimento, por exemplo.

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"Saber o momento exato de realizar a inseminação ajuda a aumentar a probabilidade de nascer bezerro macho ou fêmea, dependendo da estratégia de negócios do criador. Essa é uma informação valiosa quando, por exemplo, a criação é dedicada a gado de corte ou a produção de leite", explica a Huawei, em comunicado.

Na China essa tecnologia já é utilizada em mais de 1 milhão de animais conectados, gerando um aumento de 25% na receita de leite, segundo a empresa. A Futurecom 2018 ocorre no São Paulo Expo, entre 15 e 18 de outubro.

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O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, disse na quinta-feira, 13, que o Brasil pode acelerar o ritmo de crescimento se persistir na agenda de reformas. Em discurso na premiação Empresas Mais, do Estadão, Guardia listou quatro condições para a retomada do crescimento: resolução da crise fiscal; reformas microeconômicas, tendo em vista a melhora da competitividade; retomada dos investimentos para resolver o "enorme" gargalo em infraestrutura; e abertura comercial.

"Estamos em um momento de escolha e definição de rumos. Acredito que o País tem condições de ter trajetória de crescimento superior se continuar a agenda de reformas iniciada há dois anos, mesmo num momento mais adverso da economia internacional", comentou o ministro.

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Ao diferenciar a situação do Brasil da de países emergentes em crise, como Argentina e Turquia, Guardia apontou a solidez das contas externas, as reservas internacionais e o fato de o País não ter dívidas dolarizadas.

O ministro criticou a ideia de usar as reservas internacionais para financiar a retomada dos investimentos em infraestrutura. Ele disse que essa opção, além de ser ilegal, agrava a crise fiscal ao aumentar o endividamento do setor público. "É uma solução ilegal e errada em nosso entendimento", comentou o ministro, acrescentando que as reservas só poderiam ser usadas para pagar dívidas. "Não é a saída para a retomada dos investimentos"

Teto de gastos

O ministro aproveitou sua palestra para, mais uma vez, defender o teto dos gastos. O mecanismo que limita o aumento das despesas públicas vem sendo muito atacado por alguns candidatos à Presidência da República sob a justificativa de que o mecanismo engessa as despesas em projetos sociais, educação e saúde.

"Está errado dizer que teto dos gastos congela as despesas", disse o ministro. Segundo ele, os valores mínimos constitucionais para as áreas de educação e saúde estão assegurados até mesmo pela Emenda Constitucional que criou o teto dos gastos. Ainda de acordo com Guardia, "a questão central do lado fiscal não é a falta de receita, é o excesso de gastos".

A mensagem que passam aqueles que combatem o teto, de acordo com Guardia, é a de que não se preocupam com a elevação dos gastos e que podem continuar elevando as despesas, o que contribui para a expansão do déficit público. Para o ministro é insustentável manter o déficit nas contas públicas na casa de 5 pontos porcentuais do Produto Interno Bruto (PIB).

Guardia citou várias medidas que, na avaliação dele, se tomadas, vão contribuir para conter os gastos do governo e conduzir à retomada do crescimento acima das taxas observadas atualmente. Ele citou inclusive uma agenda de reformas microeconômicas que já estaria no Congresso como algo que poderá ajudar no deslocamento para uma taxa maior do crescimento potencial do PIB.

No entanto, fez questão de ressaltar que a prioridade é a reforma da Previdência. "Sem a reforma da Previdência, não teremos nem ambiente para discutir a reforma tributária", alertou o ministro da Fazenda.

Tributos

O ministro reafirmou em seu discurso que o setor de serviços ficará fora da proposta de reforma do PIS/Cofins que o governo pretende encaminhar ao Congresso após as eleições de outubro. "Estamos trabalhando na simplificação de PIS/Cofins. A reforma exclui o setor de serviços, que poderá seguir no cumulativo. Vamos tentar resolver a complexidade do PIS/Cofins no restante da economia."

Guardia defendeu que é preciso fazer a reforma dos dois tributos antes de avançar, futuramente, para o Imposto sobre Valor Agregado (IVA), que unificaria diversos tributos, como prometem a maioria dos candidatos à Presidência da República.

O ministro também fez comentários sobre a ideia do governo de antecipar a proposta, prometida por quase todos os candidatos, de transferir para os dividendos e juros sobre o Capital Próprio (JCP) a tributação que hoje incide sobre o lucro das empresas.

"A carga tributária das empresas, ao redor de 34%, está muito acima da média internacional, mas temos um problema fiscal enorme e não podemos abrir mão de receita", declarou o ministro. "Teremos de fazer uma rediscussão de como tributamos as empresas." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A equipe do Ministério da Fazenda trabalha para enviar ao Congresso Nacional um pacote de reforma tributária logo após as eleições presidenciais. Entre as propostas em análise está a reformulação do Imposto de Renda das empresas, tributação de lucros e dividendos, revisão da tributação das aplicações do mercado financeiro e unificação do PIS e da Cofins.

Mesmo com o cenário eleitoral ainda indefinido, a área econômica quer aproveitar que a reforma tributária é um dos poucos consensos entre os candidatos à Presidência. No entanto, avalia que uma tentativa de aprovar uma proposta mais ampla, de uma tacada só - como está sendo discutido na Câmara e defendido pelos economistas ligados aos candidatos - pode levar ao insucesso das negociações.

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A ideia é deixar pronto esse pacote de medidas até o final do segundo turno para avaliação da viabilidade política de encaminhá-lo ao Congresso.

"Vamos fazer a nossa parte e deixar pronto", disse um integrante da equipe econômica. "Trabalhamos com pé no chão naquilo que é viável, mas a discussão política é muito complicada", disse.

O envio ao Congresso ainda depende de aval do presidente Michel Temer.

Etapas

A reforma tributária defendida pela Receita Federal começaria com a unificação do PIS e da Cofins (que incidem sobre o consumo) num Imposto de Valor Agregado (IVA) do governo federal.

Paralelamente, os Estados alinhariam as divergências ainda gritantes em relação ao ICMS, o tributo estadual. Numa segunda etapa, se unificaria o IVA federal, o estadual e o ISS (tributo cobrado pelos municípios).

Em outra frente, a proposta é reduzir a tributação do Imposto de Renda - Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Liquido (CSLL), que é de 34% - para alinhamento ao cenário internacional.

EUA e vários outros países estão promovendo cortes do imposto pago pelas empresas. Essa redução viria acompanhada da tributação da distribuição de lucros e dividendos das empresas para pessoas físicas.

O Brasil tem a peculiaridade de tributar a geração do lucro e não a distribuição dos dividendos. Os demais países tributam a geração do lucro com alíquota mais baixa do que a brasileira e cobram imposto sobre lucros e dividendos.

Para o Ministério da Fazenda, esse alinhamento é inevitável e envolverá equalização da base de cálculo das empresas para que tributação fique bem ajustada.

Há países em que a alíquota é alta, mas a base de cálculo reduzida e vice-versa. Essa mudança na base de cálculo não é simples de ser conduzida e é hoje um ponto de atuação concentrado dos estudos do governo para a definição da alíquota efetiva do imposto que se quer praticar no País.

A preocupação é que esse movimento seja feito sem perda de arrecadação. O que se quer neste momento é simplificar a cobrança de impostos, que impõe custos elevados para os contribuintes.

Propostas na tributação de heranças e do Imposto de Pessoa Física (IRPF) também estão em análise

Benefícios fiscais

O pacote tributário envolve também a definição de um plano de corte de 50% para os próximos 10 anos das renúncias e benefícios. Em 2019, essas renúncias vão chegar a R$ 306 bilhões, como mostrou o Estadão/Broadcast, o equivalente a 4,2% do PIB.

A Receita está fazendo um pente-fino nessas renúncias, mas já se sabe que sem uma mudança no Supersimples não há como reduzi-las no volume exigido pela LDO. Uma das propostas é restringir os setores e reduzir para R$ 3 milhões por ano o limite de faturamento para as empresas aderirem ao programa.

Hoje, esse limite é de R$ 4,8 milhões - considerado o mais elevado do mundo. A Receita considera que a fixação de um novo limite é uma questão de isonomia internacional e que a legislação atual desestimula as empresas a crescerem para permaneceram na tributação mais baixa do Simples.

O governo também quer retirar da desoneração da cesta básica itens como filé, picanha, salmão, que não pagam imposto, para que aumentar a tributação dos mais ricos, que consomem mais esses produtos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A versão final do programa de governo de Geraldo Alckmin, presidenciável do PSDB, prevê ampliar o poder do Ministério da Fazenda concentrando na pasta a implementação de toda a política econômica do País, incluindo o planejamento de receitas e despesas da União. Na prática, em um eventual governo Alckmin, ficará centralizada no futuro ministro da Fazenda a decisão sobre o controle dos gastos (incluindo os investimentos) da administração federal.

O programa de 61 páginas - que deve ser divulgado na segunda-feira e foi obtido pelo Estado - diz que "todas as funções orçamentárias ou com implicações orçamentárias hoje exercidas por vários ministérios devem ser realocadas para o Ministério da Fazenda", assim como "todas as instituições financeiras oficiais serão subordinadas" à pasta econômica.

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Historicamente, o Planejamento responde pela gestão do Orçamento, mas o caixa é do Tesouro Nacional, vinculado à Fazenda. Atualmente, discussões sobre o Orçamento - como bloqueios e remanejamentos de recursos - são feitas por junta de execução orçamentária, que reúne os ministérios da Fazenda e do Planejamento, além da Casa Civil.

Quase todos os bancos federais já são subordinados à Fazenda, exceto o BNDES, vinculado ao Planejamento. Mesmo assim, indicações políticas para as chefias dos bancos não costumam ser barradas. Segundo o programa, a concentração da política econômica na Fazenda tem como objetivo "evitar políticas díspares ou conflitantes resultantes de sua divisão entre vários ministérios". Com isso, o Planejamento vai se concentrar apenas na chamada "Reforma de Estado", como revisão de carreiras do funcionalismo e adoção da meritocracia.

A pasta mudaria de nome para Ministério da Reforma do Estado. Segundo o professor de economia da Fundação Getulio Vargas Samuel Pessoa, essa mudança faria com que as divergências de natureza política fossem encaminhadas para outros ministérios, como ação social, saúde e educação. "Fazenda e Planejamento precisam tratar de temas mais consensuais, que dizem respeito à teoria econômica."

O capítulo econômico do programa foi coordenado por Persio Arida, que teve carta branca para escolher auxiliares e se tornou o principal interlocutor de Alckmin com o mercado. Seu nome é apontado como o mais cotado para assumir o comando do "superministério" da Fazenda, caso Alckmin seja eleito.

O documento diz que vai "completar a privatização da Eletrobrás e suas subsidiárias", mas descarta privatizar o Banco do Brasil e a Petrobrás, com exceção das atividades de refino e distribuição de derivados de petróleo.

Social. Outro redesenho proposto é a fusão, no Ministério de Desenvolvimento Social, de todos os programas voltados à redução da pobreza e da desigualdade, como Bolsa Família, Luz para Todos (hoje no Ministério de Minas e Energia) e Brasil Carinhoso (Educação).

O programa fala em erradicar a pobreza extrema no País com o "Bolsa Família 2.0". Os recursos para a ampliação dos programas sociais viriam do pagamento integral da dívida do BNDES com o Fundo de Amparo ao Trabalhador. O BNDES tem R$ 254 bilhões em recursos do FAT, que é a principal fonte de recursos do banco de fomento para financiamentos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em três meses de governo, o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, viveu seu pior momento na vida pública quando teve de ceder à "bolsa caminhoneiro" em meio à greve da categoria que travou o abastecimento no País. Desde que passou a comandar a equipe econômica, ele abriu mão de pontos nas votações no Congresso e fez avançar parte da pauta que se comprometeu a cumprir quando assumiu o cargo.

Com a farra fiscal promovida pelos parlamentares às vésperas das eleições, Guardia se transformou num "ministro equilibrista" na corda bamba entre conseguir aprovar projetos prioritários e tentar salvar o ajuste fiscal. A cada avanço em um projeto de interesse do governo, ele precisa lidar com a pressão por aumento de gastos, como o projeto que beneficia transportadoras de carga e pode custar R$ 8,5 bilhões por ano.

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"Não posso sofrer de excesso de ansiedade. Tenho de ir administrando um problema a cada dia", diz, quando questionado sobre a estratégia do governo para lidar com a pauta bomba de R$ 100 bilhões que tramita no Congresso.

Embora contrário à concessão de benefícios, Guardia afirma que a bolsa caminhoneiro teve zero impacto fiscal, pois foi compensada por outras ações. E destaca a atuação da Fazenda no Banco Central para conter o pânico nos mercados após a crise dos transportes. "Foi uma das coisas mais difíceis que enfrentei no governo e a gente conseguiu uma solução que preservou integralmente o fiscal. Você passar por uma dificuldade dessa sem ter deterioração do fiscal é uma coisa digna de nota."

O tripé que ele destacou como prioridade quando assumiu o cargo foi a reoneração da folha de pagamento, a privatização das distribuidoras da Eletrobrás e a revisão do contrato de cessão onerosa com a Petrobrás. Apenas a reversão de parte dos benefícios às empresas na folha de salários passou pelo Congresso.

A cessão onerosa - obsessão do ministro - passou na Câmara, mas não conta com a boa vontade do presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE).

O ministro dá como perdida a privatização da Eletrobrás. O esforço agora é para leiloar as seis distribuidoras da estatal. A venda das empresas deficitárias no Norte e Nordeste enfrenta a oposição de parlamentares e uma guerra jurídica. O projeto é boicotado por interesses regionais até de integrantes da base, como o líder do governo no Senado, Romero Jucá (MDB-RR).

Guardia tem evitado bater de frente com os presidentes da Câmara e do Senado e até elogia o diálogo com Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Eunício. "Lembro que várias matérias diziam que eu não ia dialogar com o Congresso, mas o diálogo está na mesa. Temos enfrentado os problemas e buscado soluções."

Na prática, tanto Eunício quanto Maia continuam criando dificuldades para a equipe econômica. O Planalto também não tem ajudado, se mantendo em silêncio ou dando carta branca para os parlamentares alterarem propostas do Executivo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministério da Fazenda prepara a edição de um decreto para barrar a entrada em vigor de renúncias fiscais até que sejam feitas as compensações de receitas para bancar quaisquer novos incentivos aprovados pelo Congresso Nacional. A área econômica quer evitar o que aconteceu com duas edições do Refis (programas de parcelamento de débitos tributários), implementadas sem a compensação de receitas.

Segundo apurou o Estadão/Broadcast, a ideia é "regulamentar" o polêmico artigo 14 da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que obriga a apresentação de estimativa do impacto das perdas e de medidas para compensá-las. Pelo artigo, a concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual decorra renúncia de receita deverá estar acompanhada de estimativa do impacto orçamentário no ano em que entrar em vigor e nos dois seguintes, atendendo ao disposto na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

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A compensação tem de ser feita por meio do aumento de receita, seja com elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, criação de tributo ou corte de outras renúncias.

Embora o artigo da LRF seja autoaplicável, a ideia é especificar situações em que a compensação será exigida, ou o benefício ficará prejudicado. O entendimento é que o decreto vai deixar claro o impedimento do governo de conceder a renúncia em casos como os dos Refis para dívidas do Simples e do Funrural. Com o decreto, o governo fica impedido de dar continuidade à adesão dos contribuintes ao parcelamento.

A ampliação do perdão no chamado Refis do Funrural (contribuição previdenciária de produtores rurais individuais) elevou a renúncia fiscal de R$ 7,6 bilhões para R$ 15 bilhões em 15 anos. No Refis do Simples, a estimativa era um perdão de R$ 7,8 bilhões no mesmo prazo.

Os descontos generosos a esses devedores haviam sido vetados pelo presidente Michel Temer, justamente pela ausência de previsão no Orçamento. Mas o Palácio do Planalto acabou negociando a derrubada desses vetos pelo Congresso como um aceno à base aliada, provocando uma saia-justa para a equipe econômica. Técnicos avaliam que o governo não poderia nem mesmo ter aberto a adesão aos Refis.

O Tribunal de Contas da União (TCU) já foi avisado de que o decreto deverá ser editado para afastar dúvidas interpretativas.

A corte vinha acompanhando a questão porque o Ministério Público junto ao TCU fez uma representação e pediu a suspensão dos programas. O ministro do TCU Vital do Rêgo manteve as adesões, mas emitiu alerta ao governo para o risco de descumprimento da LRF. Ele exigiu informações sobre os riscos dos Refis para as contas públicas.

No TCU, o entendimento é de que, depois do alerta, não há mais espaço para a repetição do que vem ocorrendo, sob pena de punição grave. Ou seja, o governo não poderá implementar nenhuma nova concessão de benefícios aprovada pelo Congresso sem a respectiva compensação. O tema é delicado para o governo, que não quer confronto com o Congresso. A Fazenda não quis comentar o andamento da proposta. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A decisão do juiz Sérgio Moro de impedir o uso de provas obtidas pela Lava Jato contra delatores deflagrou um clima de insegurança na Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) em relação à cobrança de R$ 2,3 bilhões em débitos tributários dos investigados. O órgão jurídico do Ministério da Fazenda vai pedir esclarecimentos sobre o alcance da decisão, pois teme que a medida acabe limitando a atuação dos procuradores, já que as apurações tiveram as delações como ponto de partida.

De acordo com despacho divulgado no dia 13, Moro proibiu órgãos de controle de usar informações da Lava Jato contra empresas e delatores que colaboram com as investigações. Determinou também que, caso as instituições queiram utilizar os dados, devem solicitar a ele autorização específica sobre o colaborador ou a empresa leniente.

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A medida atinge, por exemplo, a Advocacia-Geral da União (AGU), o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), a Receita Federal e o Tribunal de Contas da União (TCU).

A Receita Federal já fez autuações no valor de R$ 14,6 bilhões relacionadas à Lava Jato. O Fisco e a PGFN fazem um monitoramento para identificar se há risco de não pagamento devido à dilapidação do patrimônio desses devedores. Quando esse perigo existe, o órgão jurídico entra em campo para pedir o bloqueio de bens e assegurar a quitação do débito no futuro. As medidas cautelares deferidas já chegam a R$ 2,3 bilhões, parte delas tendo delatores como alvos. Os pedidos são feitos à Justiça do local de domicílio dos devedores.

A avaliação dos procuradores é de que cabe esclarecimento, pois se a decisão tiver de fato a intenção de impedir o compartilhamento, todo o trabalho feito nos últimos dois anos será perdido. Como as apurações dos débitos tributários começaram com as informações fornecidas pelos colaboradores, a vedação do uso dessas informações "contaminaria" todas as demais provas obtidas, anulando todo o processo.

"Entendemos que a decisão não tem esse alcance, mas a gente, em contato com o Ministério Público e com a própria 13.ª Vara (do juiz Sergio Moro), vai solicitar um esclarecimento para que seja passado a limpo e realmente não haja nenhuma dúvida em relação a isso", diz o coordenador-geral de Estratégias de Recuperação de Créditos da PGFN, Daniel de Saboia Xavier. "Não faz sentido a gente dar um tratamento privilegiado ao delator em relação a quem não cometeu crime nenhum."

Segundo o Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado) apurou, a Receita Federal também está pedindo esclarecimentos sobre a decisão de Moro. O entendimento é que o despacho, da forma como foi redigido, pode atrapalhar as atuações do Fisco e que o juiz não teria esse condão, já que a cobrança de tributos é prevista em lei e é um direito do Estado.

Embora as conversas sejam informais, uma manifestação formal de Moro é considerada necessária para que não haja dúvidas da possibilidade de atuação da Receita e que os delatores não terão nenhum privilégio em relação a quem paga seus tributos em dia.

A Receita não se manifestou. A reportagem também procurou a 13.ª Vara Federal de Curitiba, mas não obteve resposta até a conclusão desta edição.

Risco

Uma das preocupações é que os alvos das autuações do Fisco usem a decisão de Moro para se defender na esfera fiscal. "Aí, tudo vai por água abaixo. E novos lançamentos também ficarão prejudicados porque eventuais provas coletadas em novas delações não poderão ser utilizadas para deflagrar procedimentos de fiscalização. É um risco muito alto para tudo que já foi feito", afirma Xavier.

Moro já defendeu o compartilhamento de provas em decisões tomadas no passado no âmbito da Lava Jato. No entanto, a pedido do Ministério Público, o juiz revogou parte desses compartilhamentos em abril e vetou o uso de provas contra os delatores pelos órgãos de controle e pelo governo federal, como revelou o jornal Folha de S.Paulo.

A avaliação nos bastidores é de que a medida tinha por objetivo blindar empresas e pessoas que colaboraram com a Lava Jato para desvendar crimes de sanções e punições proferidas pelos órgãos de controle, mas acabou ameaçando também os trabalhos da Receita e da PGFN. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Secretaria da Fazenda do Estado de Pernambuco (Sefaz-PE) apreendeu em Agrestina, no Agreste de Pernambuco, 60 mil peças de confecções transportadas em uma carreta com destino ao Estado de Goiás. Entre os produtos, que pesavam 27 toneladas, havia tecidos, camisas, bermudas e calças. 

As mercadorias não possuíam nota fiscal ou estavam com nota fiscal imprópria. Todos os 400 volumes apreendidos estão avaliados em R$ 600 mil. 

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Segundo a Sefaz-PE, a fiscalização resultou no crédito tributário de R$ 200 mil aos cofres públicos. "Cabe ao Estado combater a sonegação de tributos de forma a garantir um ambiente mais favorável à concorrência", disse o diretor de Postos e Terminais Fiscais, João Cruz.

A equipe econômica estima que o impacto da greve dos caminhoneiros custou ao país R$ 15 bilhões, ou 0,2% do PIB. De acordo com o Ministério da Fazenda, o número foi discutido na segunda-feira, 11, em reunião com o ministro Eduardo Guardia e economistas do setor privado, em São Paulo.

Na segunda, Guardia admitiu que o governo poderá rever para baixo a previsão oficial para o crescimento da economia neste ano, que está em 2,5%.

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Ele observou, porém, que essas previsões são reavaliadas a cada dois meses na programação orçamentária e que não faria revisões a cada semana. A aposta do mercado é que o PIB cresça menos do que 2% em 2018.

Guardia chegou a dizer que algumas estimativas sobre o impacto da paralisação estavam exageradas e que os economistas já vinham observando perda de ritmo da economia antes da greve.

"Revemos a previsão a cada dois meses, quando divulgamos a programação orçamentária. Então, vamos continuar fazendo isso. Pode ser uma revisão para baixo", afirmou o ministro.

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