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Às vésperas da votação que definirá se o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) será instaurado ou não, o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) em Pernambuco, Carlos Veras (PT), afirmou que os movimentos que integram as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo não pretendem dar trégua a um eventual governo do vice-presidente Michel Temer (PMDB). 

"Apenas com as paralisações e greves gerais vamos conseguir barrar o golpe. Um governo golpista não terá trégua. Vamos fazer mobilizações, paralisações e uma pressão geral diante de uma gestão que quer retroceder diante dos direitos trabalhistas e das conquistas sociais”, argumentou o dirigente em conversa com o Portal LeiaJá.  “Por cima e com canetadas não vai resolver, tem muita gente corrupta”, acrescentou.

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De acordo com ele, um retrato disso foi visto durante a manhã de hoje, quando membros da CUT-PE, do Levante Popular da Juventude e do Movimento Sem Terra (MST), além de outras entidades, fecharam pontos na BR-101, em Goiana e em Jaboatão; na BR-232, na altura de Pesqueira e em Caruaru. 

Para finalizar o Dia Nacional de Mobilização contra o impeachment de Dilma, os grupos realizam um ato na Praça do Derby, área central do Recife, às 16h. No local, está montado o Acampamento Popular da Democracia desde o último dia 25. 

“Vamos reunir os trabalhadores da Compesa, da Chesf, dos bancos, das escolas, do Metrô e os movimentos. Todos eles fizeram uma paralisação durante o dia de hoje. Fomos às ruas para mostrar que não vamos permitir governo eleito a partir de um golpe”, observou Veras. Segundo o presidente da CUT, a previsão inicial é de que o ato se concentre apenas na Praça do Derby, já que o evento também marcará o encerramento das atividades no local. Os acampados devem desmontar as tendas fixadas na Praça ainda nesta terça.

Uma série de protestos contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff interdita avenidas e rodovias pelo País, na manhã desta terça-feira, 10, véspera da votação da admissibilidade do afastamento da petista pelo Senado. Em São Paulo, os bloqueios provocaram congestionamentos em vários pontos no início na manhã. Pelas redes sociais, movimentos ligados à Frente Brasil Popular convocam os manifestantes para protestarem contra "o golpe" e "em favor da democracia".

A Avenida 23 de Maio, importante via da capital paulista, foi bloqueada nos dois sentidos na altura do Terminal Bandeira, no Centro. Os manifestantes atearam fogo em madeira e pneus e liberaram a pista por volta das 8h30.

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Houve também protesto na rodovia Hélio Smidt, que dá acesso ao Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos e na Marginal do Pinheiros. Os manifestantes também interditaram a Marginal do Tietê, perto da Ponte do Tatuapé, sentido Castelo Branco. Na rodovia Raposo Tavares, no sentido São Paulo, o protesto é de um grupo é formado por estudantes que reivindicam melhorias na merenda.

Pelas redes sociais, a Frente Brasil Popular, que reúne vários movimentos sociais, fez uma convocatória para que os manifestantes fossem às ruas. "Vai ter muita luta em defesa da democracia! O Brasil diz não contra o golpe!", diz uma mensagem postada no Facebook. A Central Única de Trabalhadores (CUT) também convoca atos em todo o País "em defesa da democracia, dos direitos trabalhistas sociais e humanos".

Interior paulista

Reivindicações salariais misturadas a protestos contra o processo de impeachment paralisaram o transporte coletivo em 11 cidades da região de Sorocaba, na manhã desta terça-feira. Em Sorocaba, os ônibus circularam das 4 às 6 horas e foram recolhidos às garagens. Milhares de pessoas não conseguiram chegar ao trabalho. Manifestações dos sindicatos dos motoristas e dos metalúrgicos, ligados à CUT, interromperam o trânsito nos principais corredores viários. Um dos protestos foi realizado em frente à prefeitura.

Em Tatuí e Itapetininga, o transporte urbano também foi paralisado. Nas três cidades, a previsão era de que o serviço fosse retomado entre 10 e 11 horas. O sindicatos alegam falta de atendimento às reivindicações salariais de motoristas e cobradores, mas também criticam a tentativa de afastamento da presidente Dilma. A greve se estendeu ao transporte urbano e intermunicipal de Votorantim, São Roque, Alumínio, Mairinque, Araçoiaba da Serra, Salto de Pirapora, São Miguel Arcanjo e Itapeva.

Rio Grande do Sul

Uma série de bloqueios atingiu rodovias federais e estaduais, principalmente na Região Metropolitana de Porto Alegre. A BR-116, em Sapucaia do Sul, a RS-040, em Viamão, a BR-290, em Eldorado do Sul, e a BR-386, em Nova Santa Rita, que dão acesso à capital gaúcha, foram bloqueadas por grupos contrários ao impeachment. Há relatos também de interrupções de estradas na serra gaúcha e na região sul do Estado.

As pistas da BR-116 e RS-040 já foram liberadas. Liberação também já registrada na BR-116, em Caxias do Sul, e na RS-453, em Farroupilha. De acordo com os organizadores dos protestos, o objetivo é denunciar o "golpe institucional, midiático e jurídico em curso contra a democracia brasileira".

Paraíba

Em João Pessoa, o bloqueio é no quilômetro 35 da BR-230. O trânsito está totalmente interditado para quem segue paras as cidades de Campina Grande, no interior paraibano, e Natal, no Rio Grande do Norte. Os protestos também são liderados pela Frente Brasil Popular, com grupos espalhados em vários pontos da cidade. Eles fecham também acesso a trens e a empresas de ônibus coletivo. Em Campina Grande, a interdição é na rotatória da BR-230 que dá acesso à cidade.

Rio Grande do Norte

Em Natal, o serviço de ônibus foi paralisado na região metropolitana durante a manhã. De acordo com a prefeitura da capital potiguar, táxis e ônibus fretados foram autorizados a fazer lotação durante a paralisação. Manifestantes também queimaram pneus no acesso ao campus da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), vizinho ao viaduto na BR-101.

Pernambuco

A Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) fazem várias interdições no Estado, segundo a PRF. No interior, o trânsito está bloqueado nas dois sentidos das BRs 232, em Pesqueira, Agreste pernambucano, e na 101, em Goiana, na Zona da Mata. Já na Região Metropolitana do Recife, o protesto é no quilômetro 83 da BR-101, em Jaboatão dos Guararapes.

Bahia

Os manifestantes fecharam vários trechos de rodovias baianas. No quilômetro 523 da BR-324, em Feira de Santana, a via foi interditada no sentido Salvador. Na mesma rodovia, em Candeias, o proesto fechou uma pista no sentido Feira de Santana. Já em Itabuna, a interdição foi no quilômeto 508 da BR-101. Na capital baiana, movimentos sociais interditaram a Avenida Suburbana.

Mato Grosso do Sul

De acordo com a CUT, apesar da chuva que cai no estado, a BR-267 foi interditada no início da manhã.

Manifestantes interditam, nesta terça-feira (10), a BR-101, no Cabo de Santo Agostinho e Goiana, e a BR-232, na altura do município de Pesqueira. Os atos fazem parte do Dia Nacional de Luta em Defesa da Democracia e Contra o Golpe, de apoio a presidente Dilma Rousseff.

Segundo a Central Única dos Trabalhadores (CUT), vários municípios do Agreste e do Sertão devem se mobilizar e também outros trechos das vias. Um ato na Avenida Abdias de Carvalho, no Recife, também deve ser interditado ainda nesta manhã. 

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A Frente Brasil Popular de Pernambuco informa que o objetivo é concluir o dia de mobilizações com o grande ato de encerramento no Acampamento Popular Permanente em Defesa da Democracia, na Praça do Derby, centro do Recife, às 16 horas. A Polícia e o Corpo de Bombeiros acompanham os protestos. 

As Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, que reúnem juntas cerca de 70 entidades políticas e sociais, realizam, nesta quarta-feira (4), uma plenária, a partir das 16h, na tenda principal do Acampamento Popular e Permanente pela Democracia, localizado na Praça do Derby, área central do Recife. 

No ato, serão discutidos os próximos passos dos grupos que são contrários ao impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) e definidas as atividades até a próxima quarta-feira (11), quando deve acontecer a votação que decide sobre o afastamento da presidente no Senado Federal. 

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Mobilizados desde o último dia 25, o acampamento não tem data certa para ser desmontado. Diversas atividades entre debates, rodas de diálogo, assembleias populares, atos político-culturais, cine-debates e oficinas foram realizadas pelos onze comitês que compõem as frentes nesse período.

Movimentos que integram as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo realizam um ato, na manhã desta quinta-feira (28), em frente à sede da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), na Avenida Cruz Cabugá, em Santo Amaro, no Recife. A manifestação é contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) e para demonstrar a insatisfação dos grupos diante da postura da instituição que tem se mostrado favorável ao processo. 

A Fiepe é presidida pelo deputado federal Jorge Côrte Real (PTB) que votou favorável a admissibilidade do impeachment na Câmara no último dia 17. Federações das Indústrias de diversos estados endossam o pedido de deposição da presidente.  Real é, inclusive, o único aliado do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro (PTB), favorável ao processo.   

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O ato marca também a insatisfação da classe trabalhadora com o posicionamento da instituição diante de mudanças nas Leis Trabalhistas em tramitação no Congresso Nacional. A atividade integra o calendário de ações do “Acampamento Popular em Defesa da Democracia”, montado desde a última segunda-feira (25) na Praça Derby, área central do Recife.

Movimentos que integram a Frente Brasil Popular lançam, nesta quarta-feira (27), um novo “Acampamento Popular pela Democracia” em Pernambuco. Desta vez, membros do Movimento Sem Terra (MST), da Central Única dos Trabalhadores (CUT-PE) e de partidos como o PT, PSOL, PCdoB e PDT, vão acampar na Praça Dom Malan, em Petrolina, no Sertão. 

A abertura do acampamento acontece às 19h. O coordenador estadual do MST, Jayme Amorim, e o presidente da CUT-PE, Carlos Veras (PT), participam do ato. O movimento segue até o próximo domingo (1º), quando está previsto a realização de uma manifestação em defesa dos diretos trabalhistas e da democracia pelas ruas da cidade sertaneja. 

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Oficinas, debates, atos culturais e plenárias fazem parte da programação no local. “O movimento foca ações contra o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff e reforça a importância da democracia no país como vetor essencial de liberdade e respeito à população”, frisa a organização.

No Recife, a Frente Brasil Popular está acampada na Praça do Derby, na área central, desde a última segunda-feira (25). 

Membros de movimentos que integram as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo inauguram, na tarde desta segunda-feira (25), um novo “Acampamento Popular pela Democracia”. Contrários ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), em tramitação no Senado, os militantes vão ficar acampados na Praça do Derby, área central do Recife, sem data para deixar o local. 

De acordo com a organização cerca de 10 comitês pela democracia, entre eles de LGBT, juventude e igrejas, se uniram a Central Única dos Trabalhadores (CUT-PE), ao Movimento Sem Terra (MST) e a partidos como o PT, PSOL e PCdoB para participar do acampamento. Atividades político-culturais, manifestos e shows fazem parte da programação desta semana. A expectativa inicial é de quem 700 pessoas acampadas na praça.

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Durante a abertura, marcada para iniciar às 16h, vai acontecer uma Assembleia Popular pela Democracia e a homenagem aos parlamentares que votaram contra a admissão do impeachment na Câmara dos Deputados. 

Nesta terça-feira (26) vai ocorrer o lançamento da Brigada de Agitação e Propaganda Dom Helder Câmara, um coletivo social que deve promover atividades com a juventude. Já na quarta (27), na programação está prevista a realização de uma Assembleia Popular das Mulheres pela Democracia com foco da discussão pautada pelo “caráter machista do golpe”. 

No dia 28, o grupo acampado no Derby se junta às centrais sindicais, a partir das 9h, para uma marcha até a sede da Federação das Indústrias de Pernambuco, na Avenida Cruz Cabugá, no bairro de Santo Amaro. Eles vão protestar contra o que chamaram de “patronato golpista”. Já à noite, farão uma homenagem aos 20 anos do massacre de El Dourado dos Carajás. Na próxima sexta-feira (29), vai acontecer um debate sobre o direito a comunicação, informação e mídia, seguido de apresentações do Som na Rural.  

Encerrando a programação da semana, no sábado (30) os movimentos vão para Olinda onde participam, a partir das 16h, do Carnaval pela Democracia, na Praça do Carmo, e às 19h um ato cultural, intitulado de “Esquenta para o 1º de maio”, faz parte do cronograma de atividades na Praça do Derby. 

No domingo (1º), Dia do Trabalhador, o grupo se une a centrais sindicais e outras representantes das Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo para a caminhada do “Dia de Luta da Classe Trabalhadora pela Democracia e Contra o Golpe”. A concentração do ato inicia às 9h e os militantes saem da Praça do Derby e seguem em direção ao Marco Zero, onde comemoram os 30 anos da Festa das Lavadeiras no Recife. 

Movimentos que integram as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo voltam a acampar na Praça do Derby, área central do Recife, a partir da próxima segunda-feira (25). Contrários ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), em tramitação no Senado, a mobilização que “defende a democracia” desta vez não tem data para ser desmontado. 

A abertura do “Acampamento Popular pela Democracia” acontece a partir das 16h com uma Assembleia Popular pela Democracia e Contra o Golpe e homenagens aos parlamentares pernambucanos que votaram contra a admissibilidade da abertura do pedido. 

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“Começamos a montar as tendas já no domingo. Queremos reunir mais pessoas do que no último”, frisou o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT-PE), Carlos Veras. Além dos sindicatos, o Movimento Sem Terra, membros do PT, PSOL, PCdoB e PDT também devem participar do acampamento. Atividades culturais devem movimentar a programação deles durante os próximos dias. 

Na última sexta-feira (15), o grupo iniciou o primeiro acampamento, contra a admissão do processo de impeachment aprovada no domingo (17)

Com o arrefecer dos ânimos em Brasília, os petistas estão descentralizando as articulações pela conquista dos votos contra o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Apesar da contabilização real abaixo dos 172 votos necessários para arquivar o pedido, o presidente do PT em Pernambuco, Bruno Ribeiro, afirmou, nesta sexta-feira (15), que a legenda não cessará, até o último minuto, as conversas com os parlamentares da base e, até da oposição, para ampliar a adesão em favor da presidente. 

“O que está em jogo é o futuro da democracia. Este país está vivendo um absurdo. Temos um congresso cheio de réus julgando uma presidenta que não tem nenhum ato ilícito. Parecer de Tribunal é recomendação. Estamos confiantes de que teremos um número bem superior aos 172 deputados, porque nem todos são réus e nem todos seguem a um político corrupto como Eduardo Cunha”, frisou, ao participar da abertura do “Acampamento pela Democracia” na Praça do Derby, área central do Recife.

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Corroborando Ribeiro, a vice-presidente do PT-PE e deputada estadual, Teresa Leitão, afirmou que “a luta está dura, mas a expectativa é de vitória”. “Sabemos que eles estão jogando com todas as armas possíveis, republicanas ou não. Este processo tem características visíveis de um golpe. Cada vez que analisamos nossa defesa isso fica mais claro”, disse. “Até hoje eles não tem esses 342 votos, estão fazendo aquele efeito de ganhar no grito, manobrando processo de votação. O nordeste tem que reagir fortemente contra isso. Demos a vitória a Dilma com muito orgulho. A articulação permanece até o dia, a contabilidade é voto a voto”, acrescentou. 

Para o superintendente da Sudene e ex-prefeito do Recife, João Paulo, caso o impeachment passe estará sendo instaurado um “caos social” no país. “Os que estão arquitetando o golpe não tem legitimidade nem social nem internacional. A confirmação deste golpe seria levar o Brasil a um clima de instabilidade total. Uma coisa é você governar a partir de um regime democrático outra é a partir de um golpe. Isto pode levar a um conflito constante de classes”, previu. 

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Com o início da discussão para a votação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) na Câmara dos Deputados, militantes contra a saída da petista acampam a partir desta sexta-feira (15) na Praça do Derby, área central do Recife. A abertura do "acampamento pela democracia" aconteceu no fim da tarde, com apresentações musicais e a montagem das barracas.

Membros da Frente Brasil Popular - composta por centrais sindicais como a CUT e a Fetape -, da União Nacional dos Estudantes (UNE), de partidos como o PT, PSOL e PDT permanecem no local até a manhã do domingo (17), quando seguirão em passeata para o Marco Zero, onde um telão será montado na Avenida Rio Branco para assistirem a votação.

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Maior grupo acampado, o Movimento Sem Terra (MST) fincou varas de bambu na grama da Praça onde habitualmente só se vê frutas caídas. Famílias integrantes de assentamentos na Região Metropolitana, da Mata e do Agreste participam da mobilização. "Estaremos sempre aqui fazendo parte desta onda que se levanta contra o golpe. Estamos otimistas com a votação de domingo, estar na rua ajuda a pressionar os deputados", observou Paulo Mansan da coordenação do MST-PE.

Com um grupo de cerca de 50 pessoas, o representante do Movimento  Levante Popular, Tércio Andrade, convocou a população para ir as ruas em defesa da democracia. "Acreditamos que isso [o impeachment] é uma tentativa de golpe. E com isso a juventude será a que mais vai ser penalizada. Precisamos nos posicionar neste momento de polarização", frisou. O grupo também fará intervenções artísticas durante o período de acampamento.

Corroborando Andrade, a membro do Comlés, Vasti Maria, pontuou a necessidade de somar forças neste momento. "Precisamos engrossar o cordão com a sociedade civil, somando forças contra o golpe", afirmou, dizendo que junto com ela estavam pessoas de Gravatá, Jaboatão dos Guararapes, Camaragibe e do Recife.

Além das barracas, tendas foram montadas na Praça do Derby. No palco, durante a noite de hoje e o dia deste sábado (15) os movimentos se revesam entre apresentações e discursos.

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Carta ao governador

As centrais sindicais e o PT entregaram uma carta ao governador Paulo Câmara (PSB) na noite de hoje, pedindo para que ele reveja a posição do PSB e respeite a história de Miguel Arraes. “A carta cobra responsabilidade do governador do estado, relembra a ele a história de tradição de Pernambuco e do PSB. O palácio do Campo das Princesas é um símbolo de resistência. Miguel Alencar resistiu ao golpe, pressionamos o governador para que ele não traia a história de Miguel Arraes. A carta pede que ele não envergonhe a história e o estado”, detalha o presidente da Central única dos Trabalhadores em Pernambuco, Carlos Veras.

Além dos movimentos da Frente Brasil Popular, políticos também participaram da abertura do acampamento, como o presidente do PT, Bruno Ribeiro, a vice-presidente e deputada estadual, Teresa Leitão, e o superintendente da Sudene, João Paulo. Apesar de compor o campo de oposição do governo Dilma, o PSOL tem endossado a campanha contra o impeachment da presidente e também está participando do acampamento. O deputado estadual Edilson Silva (PSOL) também esteve no acampamento.  

A Frente Brasil Popular, composta pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e outros movimentos sociais e sindicais, e o Partido dos Trabalhadores (PT) estão organizando diversos atos pelo país durante o próximo fim de semana, quando acontece a votação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), na Câmara dos Deputados. No Recife, as mobilizações em prol da manutenção do mandato da petista iniciam na sexta-feira (15) e seguem até o domingo (16). 

Estão previstos atos políticos-culturais e vigília. Na sexta, está agendada uma mobilização na Praça do Derby, inicialmente sem caminhada, onde acontecerão apresentações culturais, leituras de manifestos, pintura de camisas e discursos. No mesmo local, alguns setores dos movimentos vão acampar em vigília contra a aprovação do pedido na Câmara.

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Durante o sábado (16), a programação com o acompanhamento da discussão do processo continua em paralelo a realização de oficinas. Já no domingo (17), o grupo vai seguir em caminhada para a Avenida Rio Branco, no Recife Antigo, onde eles vão assistir a votação do impeachment em um telão que será instalado no local.

Além da vigília no Derby, hoje haverá um ato na Faculdade de Direito, com a participação de juristas, advogados e estudantes, a partir das 18h30, reforçando a tese de que "impeachment é golpe". Já nesta terça (13), movimentos feministas vão se reunir, a partir das 17h, na Praça da Independência. 

Com o discurso principal baseado nos 52 anos do golpe militar de 1964, pernambucanos foram às ruas do Recife, nesta quinta-feira (31), para condenar o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) que está em curso na Câmara dos Deputados e defender a democracia. O ato que inicialmente ficaria apenas na Praça do Derby, começou a concentração por volta das 15h e reuniu 90 mil pessoas, de acordo com a organização, e 6 mil, segundo a Polícia Militar (PM-PE). 

Em proporção visivelmente menor que no dia 18, a mobilização foi organizada pela Frente Brasil Popular – composta por mais de 60 entidades sociais e sindicatos, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e o Movimento Sem Terra (MST) –, pelo grupo Brasil Sem Medo, o PT, PSOL e PCdoB.  

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Embalados por músicas de lutas sindicalistas e que remetiam a época da ditadura, os militantes vestiam, em sua maioria, vermelho e carregavam cartazes com dizeres que pediam “fora Cunha”, “respeito à democracia” e “64 nunca mais”. Além disso, gritavam palavras de ordem como “não vai ter golpe” e “fora Cunha”. A manifestação tinha o teor de ato cultural e podiam ser vistas pessoas de diversas expressões. O Bloco Carnavalesco Eu Acho É Pouco, o Som na Rural, o Movimento Levante Popular, grupos de afoxé, tribos indígenas também participaram.

Segundo o líder do movimento Brasil Sem Medo em Pernambuco, Rud Rafael, as entidades e os partidos se uniram em torno da democracia e não apenas pelo governo petista. “O dia é marcado pela construção de uma unidade em defesa da democracia e da garantia do direito. Dentro e fora do governo vemos hoje uma ameaça aos direitos. Fora vemos no processo de impeachment de forma ilegal e dentro do governo a aprovação da Lei do Terrorismo, a proposta de Reforma de Previdência”, pontuou. “Não é uma postura em defesa do governo, mas queremos fazer esta crítica dentro do direito democrático”, acrescentou. 

Corroborando com o aliado, o vice-presidente da CUT-PE, Paulo Rocha, o país não pode permitir um mais golpe civil. “Até agora não se tem comprovação de nada, então não tem crime de responsabilidade por parte da presidente da República. Agora no Brasil está sendo tentado um golpe civil. Não podemos permitir que o país volte a viver na época da ditadura”, frisou. 

Presidente estadual do PT, Bruno Ribeiro, observou que desta vez o povo reage na hora certa contra o golpe. “Escolhemos o dia de hoje justamente porque é simbólico. A diferença é que nós aprendemos com a história. Em 64 a sociedade reagiu depois do golpe, agora nós vamos às ruas para evitar o golpe, defender a constituição, o estado de direito e as conquistas que o país teve. O que está em jogo não é quem preside, se Eduardo Cunha vai ser vice de Temer como eles acham que conseguem, mas o que está em jogo são os direitos”, pontuou. 

O ato contou com a participação de pessoas de todo o estado, um grupo formado alunos da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) desfilou na passeata com 30 cartazes com a silhueta de vítimas da ditadura militar. 

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Com ânimos acirrados no cenário nacional, os políticos que participaram da passeata subiram ao trio elétrico para condenar a postura dos parlamentares na Câmara dos Deputados. “O PSB [de Pernambuco] liberando secretários para votar no golpe. Isso é uma vergonha diante da luta de Miguel Arraes [deposto em 1964]”, disparou Ribeiro. 

O desembarque do PMDB também norteou o discurso dos que participaram do ato. “O PMDB é traidor. Fez a aposta errada e vai virar um partido pequenininho”, projetou o presidente do MST no estado, Jayme Amorim. “Temer que vai resolver o problema do Brasil? Me poupe. No momento que podia ajudar o país, se acovardou, traiu um projeto que ele defendeu em cima do palanque. Ele passa o recibo de total descompromisso com as regras democráticas”, asseverou a vice-presidente do PT e deputada estadual Teresa Leitão. Para a deputada, o desembarque do PMDB do Governo Federal é “um grande alerta e uma oportunidade” para Dilma alterar a rota do Governo e levar a gestão para o lado da população. 

O ato reuniu diversas lideranças políticas como o presidente da Fundaj, Paulo Rubem; a vereadora do Recife, Marília Arraes (PT); o vice-prefeito do Recife, Luciano Siqueira (PCdoB); e o presidente da Sudene, João Paulo (PT). 

A passeata seguiu pelas Avenidas Carlos de Lima Cavalcanti, Conde da Boa Vista, Guararapes e Dantas Barreto. A dispersão iniciou por volta das 20h10 e de acordo com a PM-PE não houve registros de ocorrências. 

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>>> Recortes da repressão em PE: 50 anos do golpe militar

Com o prazo para a presidente Dilma Rousseff (PT) apresentar sua defesa na comissão especial do impeachment correndo, a Frente Brasil Popular – composta por entidades como a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e o Movimento Sem Terra (MST) – e o Partido dos Trabalhadores (PT), além de órgãos e entidades afeiçoadas ao governo, petista estão realizando mobilizações em todo o país durante esta semana a favor da democracia e contra o impeachment. 

O ápice das manifestações acontece nesta quinta-feira (31) quando Brasília recebe uma marcha nacional pela democracia, reunindo lideranças petistas e sindicalistas de todo o país.  Em paralelo ao ato nacional, diversas cidades realizam passeatas neste dia. Em Pernambuco, por exemplo, a mobilização acontece na capital e em cidades do interior. 

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No Recife, o ato “contra o golpe, em defesa da democracia e dos direitos sociais” será na Praça do Derby, com concentração a partir das 15h. Já em Petrolina, no Sertão, a concentração a partir das 14h, na Praça do Bambuzinho, no centro da cidade. E em Caruaru, no Agreste, a concentração é às 16h, na Avenida Rui Barbosa. 

A expectativa da Frente Brasil Popular e do PT é de reunir mais pessoas do que no último dia 18, quando conseguiram, no Recife, uma mobilização com a presença de mais de 100 mil militantes. “Esperamos continuar conscientizando o maior número de pessoas possíveis. Já conseguimos mobilizar e conscientizar muita gente. Há uma trama do vice-presidente da República com Eduardo Cunha para atacar as conquistas sociais. Vamos ocupar de forma permanente as ruas, não saímos por conveniência”, cravou o presidente da CUT-PE, Carlos Veras (PT).

Para o líder do governo no Senado, Humberto Costa (PT), as manifestações devem ser cada vez mais endossadas pelos brasileiros que vão “ocupar as ruas numa luta incansável contra os golpistas”. “Já vimos o quanto ações de violação das garantias constitucionais e dos direitos individuais causam danos na nossa sociedade. Não podemos voltar aos tempos sombrios que vivemos em 1964. Por isso, toda e qualquer manifestação pública é importante”, observou o pernambucano.

Hoje - Nesta quarta-feira (30), o Comitê em Defesa da Democracia na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) realiza, a partir das 18h, um ato cultural intitulado “64 Nunca mais!” na sede da instituição de ensino. 

Diante da ameaça de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), milhares de pernambucanos foram às ruas do Recife, nesta sexta-feira (18), para defender a democracia. O ato foi organizado pelo PT estadual e a Frente Brasil Popular – composta por 60 organizações como a Central Única dos Trabalhadores (CUT-PE) e o Movimento Sem Terra (MST). A mobilização iniciou pouco mais das 17h e a estimativa é de que tenham participado 200 mil pessoas, de acordo com a organização, e 15 mil segundo a Polícia Militar. 

Vestidos de vermelho e entoando palavras de ordem como "não vai ter golpe", “Lula é meu amigo, mexeu com ele, mexeu comigo” e  os presentes erguiam bandeiras do Brasil, do PT e com o nome da presidente Dilma. Além disso, cartazes pediam a prisão do juiz Sérgio Moro, responsável pela condução da Lava Jato em primeira instância, declaravam apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e pediam a defesa da democracia. 

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“Estamos de alma lavada porque respondemos aos golpistas”, disse o presidente do MST em Pernambuco, Jayme Amorim. Segundo ele, os atos de Petrolina e Caruaru contaram com a participação de mais de mil pessoas cada. “Não adianta ameaçar ou coagir, quem enfrentou a ditadura não tem medo de coxinhas, fascistas ou golpistas. Temos confiança na honestidade de Dilma e Lula”, corroborou o presidente da CUT-PE, Carlos Veras. 

Podiam ser vistas pessoas de todas as idades no ato, a bancária Natasha Brayner levou a família para a passeata. “Estou aqui principalmente pela democracia. Ela esta sendo destruída. O que está em jogo não é a polarização dos partidos”, observou. “Lutar pela democracia é algo que se ensina na família e desde criança. Seu filho precisa saber que o outro é igual e tem direitos”, acrescentou. 

Aparentemente a manifestação tinha teor de ato cultural e podiam ser vistas pessoas de diversas expressões. O Bloco Carnavalesco Eu Acho É Pouco, o Som na Rural, o Movimento Levante Popular, a Tribo Indígena Tainá, grupos de afoxé, trios de forró e orquestras de frevo animaram a mobilização. Uma das líderes do Eu Acho É Pouco, Luciana Veras, pontuou que apesar das críticas que muitos dos que compõem a agremiação tem aos governos do PT, eles estavam ali para endossar que o “golpe não poderia passar”.

“Nascemos em 1977, quando o país ainda estava na Ditadura. Sentimos na pele o período das trevas. Sempre apoiamos a esquerda e hoje estamos nas ruas para defender a nossa democracia. Tão lutada e conquistada sim, com suor de muitos. Temos críticas a gestão, mas este protesto nos une a mesma pauta. Vamos resistir com muita luta diária se for preciso”, declarou. Bonecos gigantes de Dilma e Lula foram usados como monumentos para “selfies” entre os militantes.

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O arrefecer dos ânimos políticos no Congresso Nacional, fez os discursos no trio elétrico serem duros. Presidente nacional do PCdoB, a deputada federal Luciana Santos, pontuou a necessidade de fazer uma vigília democrática diante da tramitação do processo de impeachment. “Vamos garantir o debate de ideias para aqueles que querem ganhar o debate na força. Vamos barrar o golpe nas ruas, nas redes [sociais] e na Câmara. Temos que estar em estado de vigília permanentemente. Quem vai barrar o golpe é o povo das ruas”, observou. 

Vice-líder do governo na Câmara Federal, o deputado Silvio Costa (PTdoB), defendeu o ex-presidente Lula e disse que o povo não poderia ficar calado diante do cenário político. “É uma demonstração de que as pessoas acreditam no projeto do nosso governo e defendem a democracia. Não é só eles que têm o direito de fazer. Não podemos ficar calados. Temos que reagir. Se eles colocarem 10 mil pessoas vamos colocar 10 mil também ou mais”, projetou. 

Corroborando o aliado, o presidente estadual do PT, Bruno Ribeiro, disse que é preciso preservar os valores brasileiros. “É uma sociedade que está dando um grito forte para calar a voz rouca do condomínio do golpe, daqueles que estão na ofensiva crescente violando a constituição, grampeando a presidente da República, sequestrando Lula. Vamos preservar os princípios e valores de tanta luta dos brasileiros, que é a democracia, o estado de direito e a soberania do voto popular”, disse. 

Além deles, dezenas de políticos participaram do ato, como a deputada estadual Teresa Leitão, o ex-prefeito do Recife, João Paulo; o vice-prefeito do Recife, Luciano Siqueira (PcdoB); os vereadores Marília Arraes e Jurandir Liberal; o deputado estadual Edilson Silva (PSOL). 

A passeata que saiu da Praça do Derby seguiu pelas Avenidas Governador Carlos de Lima Cavalcanti, Conde da Boa Vista e Guararapes até chegar a Praça da Independência. A dispersão no local iniciou por volta das 19h30. Segundo a PM a mobilização foi pacifica e não foram registradas ocorrências. 

Local vinculado historicamente com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Recife, a orla de Brasília Teimosa, na Zona Sul do Recife, será palco de uma mobilização a favor do petista na próxima sexta-feira (18), às 15h. O ato é organizado pelo PT de Pernambuco e a Frente Brasil Popular, que reúne entidades como a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e o Movimento Sem Terra (MST).

Lula quando eleito, em 2003, realizou um dos primeiros atos administrativos no bairro. O ex-gestor levou 30 ministros e secretários de Estado para conhecer a realidade dos moradores, que viviam nas palafitas. A partir daí iniciou o processo de urbanização e a construção de casas populares. A última passagem do petista pela localidade aconteceu em 2014, quando pediu votos para a reeleição da presidente Dilma. 

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A mobilização será em resposta ao pedido de prisão preventiva de Lula, protocolado nessa quinta-feira (10), e a 24ª fase da Operação Lava Jato, que conduziu coercitivamente o ex-presidente da depor em São Paulo, na semana passada. Além disso, os militantes também vão “defender as conquistas da classe trabalhadora” e se colocar “contra o golpe a democracia”. 

“Não temos dúvida nenhuma que tem um golpe em curso e não temos medo de nenhuma represália. As ações contra o ex-presidente estão provocando uma reação imediata e espontânea da sociedade. Não tem como se coibir isto. Vamos ter muitas pessoas nas ruas”, projetou o presidente da CUT em Pernambuco, Carlos Veras, em conversa com o Portal LeiaJá.

Segundo Veras, a Polícia Federal tem perdido a credibilidade e causado ainda mais a “revolta da classe trabalhadora”. “Aquela ação coercitiva não passou de um sequestro e um debate midiático. Tem indícios que o japonês da Federal, tão falado, é o cara que vaza e vende as informações. Um setor deste não tem credibilidade de incriminar o presidente Lula? Ou de pedir a sua prisão? Aécio Neves já foi delatado mais de uma vez e não tem nenhuma ação coercitiva ou pedido de prisão preventiva para contra ele”, argumentou o presidente. 

O ato na sexta-feira também acontece em resposta aos protestos marcados para o próximo domingo (13) em todo o país a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) e contra Lula. Indagado se a Frente Brasil Popular, assim como lideranças do PT, recomendava que os militantes não rebatessem as manifestações no próprio domingo, Veras disse que respeita a pauta adversária e pediu prudência. 

“Há um ódio muito grande por conta do divisionismo, eles [a elite] acham que pobre nasceu para ser pobre. Lula e Dilma mudaram isso”, cravou Veras. “Que todos façam seus protestos de forma pacifica. Eles podem vir sim a tirar a vida de um dos nossos companheiros caso reajamos no mesmo dia, por isso recomendamos muita prudência. Respeitamos todos aqueles que de forma livre vão protestar no dia 13”, acrescentou.

Com o ex-presidente Lula no foco da 24ª fase da Operação Lava Jato, líderes do PT em Pernambuco afirmaram, na tarde desta sexta-feira (4), que a Justiça Federal confirmou durante a Atheleia - como foi intitulada a nova etapa das investigações no esquema de corrupção na Petrobras - a aliança feita entre ela e os partidos de oposição, principalmente o PSDB. Para a legenda no Estado, a Polícia Federal (PF) agiu “como uma milícia” e com seletividade diante dos nomes citados por delatores na Lava Jato. 

“Sem dúvida [há um uso político da Lava Jato]. Isto foi confessado hoje. Vínhamos denunciando a seletividade, inquéritos para uns e arquivamentos para outros. Hoje sim vimos um indício claro da relação deste juiz [Sérgio Moro] com a oposição. Ele hoje confessou isso. Um cidadão só conduzido coercitivamente quando ele se recusa a cumprir um convite para ir depor. Lula não foi convocado nem intimado. Lula foi objeto de uma operação arquitetada e planejada para expor a sua história, o nosso partido e a luta da esquerda”, declarou o presidente da legenda em Pernambuco, Bruno Ribeiro, em coletiva a imprensa.

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Sob a ótica do dirigente, a Polícia Federal deixou hoje o país em luto e a “violência” praticada contra Lula atinge toda a sociedade. “É lamentável ver que parte da PF funcionou ali como uma milícia. Um agente do estado não pode agir para defender apenas regalias. Este País está vivendo um tempo absurdo, um homem com a trajetória admirável como Lula está sendo submetido a esta busca por uma agulha no palheiro”, observou.

Durante um pronunciamento à imprensa mais cedo, Lula disse que iria percorrer o país para se defender das acusações direcionadas a ele. O presidente estadual afirmou que convidará o petista para iniciar a peregrinação por Pernambuco. "Ele começou por aqui e chegou à Presidência da República. Agora nada mais justo que venha primeiro para cá, sua terra", disse. 

Mantendo a mesma tese de Ribeiro, o presidente da Central Única dos Trabalhadores em Pernambuco (CUT-PE), Carlos Veras (PT), a nova fase da Lava Jato é uma tentativa de desqualificar o governo de Lula. “Tentam criminalizar o presidente Lula e todos os trabalhadores, com o intuito de mostrar que um trabalhador não tem a capacidade de gerir o País. Este ataque está acontecendo ao conjunto dos nossos trabalhadores e da sociedade”, ponderou. “Vamos reagir a qualquer tentativa de golpe. Um golpe contra todos os processos que levaram Lula a ser presidente da República. Vamos fazer uma vigília permanente. Vamos às ruas”, convocou.

Líder do Movimento Sem Terra (MST) no Estado, Jayme Amorim disse que neste momento as críticas dos aliados em torno do governo do PT cessam e o desejo de defender a manutenção da democracia se sobressai. “Existem críticas ao governo? Claro, todos sabem que sim. Mas estamos lutando pela democracia brasileira. Vamos colocar todo o nosso exército na rua, o golpe não passará. Querem transformar este País num estado de guerra. Pois se a burguesia quer ter guerra vai ter. É nossa responsabilidade ir para ruas defender. Se Lula diz que não tem apartamento ele não tem. Qual é o problema de estar usando o sítio do Bitar?”, indagou citando o sítio de Atibaia, usado por Lula para descansar e que está sendo investigado pela Polícia Federal.

No rol dos partidos aliados, o presidente do PCdoB em Pernambuco, Alanir Cardoso, também participou da coletiva e condenou a “arbitrariedade da Justiça” diante do ex-presidente. “Uma arbitrariedade sem limite levar para depor coercitivamente. É uma quebra da legalidade e da liberdade democrática. Precisamos resistir a isto. Sempre sustentamos a defesa da liberdade e da democracia. Assistimos hoje o inconformismo daqueles que perderam a eleição, por isso vivemos em uma guerra permanente”, frisou.

Além da do PT, da CUT, do MST e do PCdoB, a Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB) e a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Pernambuco (Fetape) também participaram da coletiva. Os movimentos e os partidos integram a Frente Brasil Popular e finalizam o dia desta sexta-feira com uma vigília em frente ao Monumento Tortura Nunca Mais, localizado na Rua da Aurora, área central do Recife. A vice-presidente do PT em Pernambuco, deputada Teresa Leitão; o ex-prefeito do Recife, João Paulo; a vereadora Marília Arraes e o vice-líder do governo na Câmara, Silvio Costa (PTdoB) também participaram da coletiva. 

O ex-presidente Lula é acusado de ser o principal beneficiário dos esquemas de corrupção nos contratos da Petrobras. Nesta sexta-feira, a PF realizou mandados de busca e apreensão no apartamento do petista em São Bernardo do Campo, no ABC paulista.

A Frente Brasil Popular, que reúne mais de 60 movimentos, realiza, na próxima quarta-feira (17), um ato em defesa do ex-presidente Lula (PT) em São Paulo. A mobilização acontece no mesmo dia em que o líder petista e a esposa dele, Marisa Letícia, foram convocados para prestar depoimento ao Ministério Público. 

O casal deve esclarecer se são donos de um imóvel tríplex, no Condomínio Solaris, no Guarujá. A suspeita do Ministério Público Federal (MPF) é que houve tentativa de ocultar a identidade do dono do triplex, que seria do ex-presidente, o que pode caracterizar crime de lavagem de dinheiro.

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A convocação foi feita pela Frente Brasil Popular por meio de nota. No texto, os movimentos dizem ser “solidários a Lula” e repudiam “a forma seletiva como vêm sendo conduzidas as investigações da Operação da Lavo Jato”.

 

A presidente Dilma Rousseff indicou nessa quinta-feira (17) em reunião com movimentos sociais e artistas no Palácio do Planalto, que vai "adotar medidas no âmbito cambial e fiscal" para compensar os efeitos negativos do ajuste financeiro feito pelo governo.

Os líderes dos movimentos, que anteontem foram às ruas para defender o mandato de Dilma e pedir a saída do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, interpretaram a fala como um sinal de mudanças na política econômica a partir do ano que vem.

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No encontro, Dilma ouviu pedidos de alteração na condução da economia por parte de João Pedro Stédile, do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), e de Nalu Faria, da Marcha Mundial das Mulheres. O presidente da Fundação Perseu Abramo, Marcio Pochmann, levou à presidente o documento "Por um Brasil Justo e Democrático", lançado em setembro, que defende a redução da taxa de juros, criação de bandas para a meta fiscal e mecanismos de regulação do câmbio.

'Reequilíbrio'

Dilma não especificou quais seriam as medidas que pretende seguir mas afirmou estar "ciente" de que é possível adotar ações para um "reequilíbrio". "Nós somos contra o golpe e a favor da democracia", disse Stédile. Na sequência, porém, ele emendou: "Mas, ao mesmo tempo, viemos dizer que somos contra qualquer política de ajuste fiscal do governo".

Além da guinada à esquerda, o grupo cobrou do governo "medidas concretas" para que o País possa voltar a crescer. Questionados se a presidente havia dado algum sinal de que estava disposta a atender o pleito ou havia mencionado uma eventual substituição do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, eles desconversaram.

"Levy não nos representa. Trouxemos essas demandas à presidente e ela respondeu muito positivamente, mas colocou os limites que o governo tem", disse a sindicalista Janeslei Albuquerque.

Além da economia, os participantes do encontro pediram a Dilma a retirada do projeto que cria a Lei Antiterrorismo, de autoria do governo, que, segundo relatos, ela disse que vai reavaliar "com carinho". Conforme participantes da reunião, a presidente também afirmou que é contra o projeto de lei do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que dificulta o acesso ao aborto legal por vítimas de estupro.

Ainda segundo relatos, a presidente estava "muito animada" e demonstrou agradecimento pelo empenho dos movimentos nas manifestações contra o impeachment. "Agradeço imensamente as fortes manifestações de ontem (quarta-feira) em apreço pela democracia e quero pedir mais apoio para impedirmos o golpe", disse Dilma.

O grupo, de cerca de 60 pessoas, faz parte da Frente Brasil Popular, uma das responsáveis por organizar os atos em defesa do mandato de Dilma anteontem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Cerca de 200 pessoas, a maioria integrantes do Movimento dos Sem Terra (MST), defenderam neste sábado (3) o governo Dilma durante ato na sede do Sindicato dos Bancários, em Presidente Prudente (SP).

Apesar do apoio à presidente, os manifestantes, ligados à Frente Brasil Popular, exigiram a taxação de grandes fortunas e criticaram o ajuste fiscal e as tentativas de impeachment. "Quem é a favor do impeachment não está interessado na democracia", diz Gerson de Souza Oliveira, de 28 anos, coordenador regional do MST.

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Ele propôs a taxação de grandes fortunas, observando que "os trabalhadores não devem pagar pela crise". "É necessário incluir essa taxação no debate sobre o ajuste fiscal", afirmou.

O coordenador disse também que a reforma agrária pode ajudar a diminuir o desemprego, "trazendo de volta para o campo quem não conseguiu trabalho nas cidades". Segundo ele, o governo Dilma não avançou na reforma agrária.

A taxação de grandes fortunas também foi proposta pelo universitário Rodolfo de Souza Lima, de 23 anos, membro da entidade Levante Popular da Juventude. "Aqueles que criaram a crise devem pagar por ela. São donos de grandes fortunas e eles devem ser taxados", avisou.

Vice-prefeito. O vice-prefeito de Presidente Prudente, Marcos Vinha (PT), de 52 anos, esteve no ato e condenou os que querem o impeachment da presidente Dilma Rousseff. "O PSDB, o DEM e o PPS ainda não reconheceram a legitimidade da eleição e insistem no terceiro turno. Eles que esperem até 2018 e tentem ganhar no voto", ironizou.

Depois do ato, os manifestantes pretendiam fazer passeata pelo Calçadão, mas desistiram por causa da chuva, que cai desde a noite de sexta-feira.

A Frente Brasil Popular teve o apoio de entidades, como CUT e MST, e de três partidos: PT, PSOL e PCdoB.

Em Fortaleza, a manifestação em defesa da Petrobras, da democracia e contra o ajuste fiscal, convocada pela Frente Brasil Popular - formada por centrais sindicais, movimentos sociais, estudantis e populares -, começou por volta das 9h, na Praça da Lagoinha, e terminou às 11h40 na Praça do Ferreira. O ato foi encerrado com uma peça improvisada por membros do Levante Popular da Juventude, parodiando políticos do PSDB, como os senadores Jose Serra (SP) e Tasso Jereissati (CE).

Nos diálogos, os atores acusaram os políticos tucanos de querer tirar Dilma da presidência do Brasil para poder entregar a Petrobras aos Estados Unidos. Segundo Anizio Melo, presidente do Sindicato dos Professores (Apeoc), os recursos dos royalties e do Fundo do Pré-Sal "estão sob ataque das empresas americanas e de setores entreguistas no Congresso Nacional".

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Ao longo da passeata pelas ruas do centro, integrantes da corrente Diálogo e Ação Petista (DAP) distribuíram panfletos contra as medidas do ajuste fiscal e contra o pacote de corte de direitos anunciados em 14 de setembro pela equipe econômica da presidente Dilma. "É possível encontrarmos aqueles que tentarão reduzir o ato à defesa incondicional do governo, dispersando as bandeiras mais urgentes dos trabalhadores e das trabalhadoras brasileiras", diz a nota, conclamando os militantes do partido a "agir como os petistas agiam".

Em discurso, representantes das centrais pediram que a presidente Dilma Rousseff cumpra o que prometeu na campanha para reeleição, volte seu governo para a classe trabalhadora e taxe as grandes fortunas. Muitos criticaram a política econômica e a interferência do PMDB no governo.

De acordo com o presidente do PT Ceará, Diassis Diniz, eram esperadas 3500 pessoas, mas ele estima em 2 mil o número de participantes. A maioria era de trabalhadores rurais vindos em caravanas do interior cearense.

A Polícia Militar não acompanhou a manifestação. A assessoria de Comunicacao da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Ceará não informou o motivo e nem soube quantificar o número de participantes.

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