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"Os jornalistas não são o inimigo": revoltados com Donald Trump, muitos jornais americanos responderam nesta quinta-feira (16) publicando coordenadamente editoriais para insistir na importância da liberdade de imprensa.

Liderados pelo Boston Globe, que lançou um chamado acompanhado pela hashtag #EnemyofNone (Inimigo de ninguém), mais de 200 jornais em todo o país se juntaram à campanha.

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"Hoje nos Estados Unidos temos um presidente que criou um mantra de que os membros dos meios de comunicação que não apoiam flagrantemente as políticas da atual administração americana são o 'inimigo do povo'", assinalou o editorial do Globe.

"Esta é uma das muitas mentiras que este presidente lançou, assim como um charlatão de outrora que jogou um pó 'mágico na água' sobre uma multidão esperançosa", acrescentou em um artigo intitulado "Os jornalistas não são o inimigo".

As ações de Trump também estão estimulando fortes líderes como Vladimir Putin, na Rússia, e Recep Tayyip Erdogan, na Turquia, a tratar os jornalistas como inimigos, argumentou o Globe.

O New York Times, um dos alvos mais frequentes da crítica de Trump, publicou um editorial de sete parágrafos sob um título enorme, com todas as letras maiúsculas, que diz "UMA IMPRENSA LIVRE PRECISA DE VOCÊ" e com a declaração de que só é justo que as pessoas critiquem a imprensa quando esta fizer algo ruim.

"Mas insistir que as verdades que não te agradam são 'notícias falsas' é perigoso para o sangue da democracia. E chamar os jornalistas de 'inimigos do povo' é perigoso e ponto", escreveu o Times.

A iniciativa é tomada em um momento particular: Trump multiplica os ataques contra os meios de comunicação, qualificando-os regularmente de "Fake News" ante qualquer informação que possa desagradá-lo.

Para os defensores da liberdade de imprensa, essa retórica ameaça a Primeira Emenda à Constituição americana, que protege a sacrossanta liberdade de expressão e imprensa.

Alguns acreditam que os comentários de Trump desencadearam ameaças contra jornalistas que cobriam seus eventos e também poderiam criar um clima de hostilidade que abriu as portas a ataques violentos, como o ocorrido no Capital Gazette de Annapolis, em Maryland, no fim de junho, quando cinco pessoas foram assassinadas por um pistoleiro que tinha uma relação conflituosa com o veículo.

Outros meios de comunicação defenderam seu papel ressaltando que é um trabalho que economiza tempo ao contribuinte americano.

"Os jornalistas cobrem tediosas reuniões do governo e decifram fórmulas de financiamento de escolas públicas para que isso não tenha que ser feito" pelo leitor, diz o Arizona Daily Star. "Não é tão básico como a Primeira Emenda, mas pode ser útil".

Iniciativa limitada

Nesta quinta-feira, Trump fez um novo ataque por meio de sua rede favorita, o Twitter: "A IMPRENSA FAKE NEWS É O PARTIDO DE OPOSIÇÃO. Isto é muito ruim para o nosso Grande País... MAS ESTAMOS GANHANDO!" escreveu em sua conta.

Os partidários do presidente viram na iniciativa outra razão para fazer críticas.

"Os meios de comunicação sustentam um ataque deliberado, público e principalmente contra @realDonaldTrump" e contra a "metade do país que o apoia. E os meios se perguntam o motivo pelo qual achamos que são notícias falsas", havia escrito Mike Huckabee, ex-governador republicano e colunista do canal conservador Fox News.

"Não acho que a imprensa deva ficar de braços cruzados e sofrer, tem que se defender quando o homem mais poderoso do mundo tenta socavar a Primeira Emenda", afirmou, por sua vez, Ken Paulson, ex-editor do USA Today e líder do "First Amendment Center", no Newseum, o museu do Jornalismo em Washington.

Contudo, atenua o alcance da iniciativa: "As pessoas que leem editoriais não precisam ser convencidas".

Paulson opinou que, no atual contexto conflituoso, o mais adequado para os meios de comunicação é desenvolver uma campanha de mercado mais ampla na qual enfatizem a importância da liberdade de imprensa como valor central.

Para James Freeman, colunista do Wall Street Journal - jornal econômico propriedade do magnata Rupert Murdoch, aliado do presidente -, esta iniciativa "provavelmente não é a melhor maneira de ampliar o número de leitores entre os votantes de direita".

Dan Kennedy, professor de Jornalismo na Northeastern University, não tem dúvidas de que os partidários de Trump verão nesta "mais uma prova de que a imprensa age como um membro da Resistência".

Inclusive críticos de Trump têm dúvidas dos benefícios da campanha. Como Jack Shafer, da especializada Politico, que acredita que o esforço coordenado "com certeza terá um efeito contraproducente".

Segundo uma pesquisa recente da consultora Ipsos, 43% dos cidadãos republicanos acham que o presidente deveria ter a autoridade de fechar meios de comunicação que apresentarem uma "má conduta".

Chamada de 'inimigo do povo' por Donald Trump, a imprensa americana está organizando um contra-ataque, com uma iniciativa para denunciar a retórica presidencial e lembrar a sagrada liberdade de imprensa protegida pela Primeira Emenda da Constituição.

Espera-se que mais de 200 jornais publiquem editoriais, nesta quinta-feira (16), para ressaltar a necessidade de independência da imprensa. Nas redes sociais, o hashtag é #EnemyOfNone (#InimigoDeNinguém).

A iniciativa dessa convocação parte do jornal "The Boston Globe" e se dá em um momento particular: o presidente americano multiplica os ataques contra a imprensa, classificando regularmente de "Fake News" (Notícias falsas) qualquer informação publicada pelos veículos de comunicação que possa lhe desagradar. E Trump também ganha do "mainstream" da imprensa o apelido de "inimigo".

Nesse sentido, o "Boston Globe" convoca todas as redações do país a escreverem e publicarem editoriais para denunciar "uma guerra suja contra a imprensa livre".

Para os defensores da liberdade de imprensa, esta retórica do presidente dos Estados Unidos ameaça o papel de poder compensatório para a mídia e põe em risco a Primeira Emenda constitucional.

- Uma iniciativa limitada -

"Não acho que a imprensa possa ficar de braços cruzados e sofrer. Tem que se defender, quando o homem mais poderoso do mundo tenta minar a Primeira Emenda", afirma Ken Paulson, ex-editor do jornal "USA Today" e diretor do centro "First Amendment Center", no Newseum, o museu do Jornalismo situado em Washington.

Ele ameniza, porém, o alcance da iniciativa: "As pessoas que leem editoriais não precisam ser convencidas".

"Não são elas que tentam gritar durante as reuniões presidenciais", afirmou Paulson, referindo-se à fria acolhida dada, com frequência, aos jornalistas da Casa Branca - como no caso da rede CNN.

Para Paulson, no clima atual, os veículos de comunicação devem desenvolver uma campanha de marketing mais ampla para ressaltar a importância da liberdade de imprensa como valor central.

Os partidários do presidente veem, porém, outra razão para formular suas críticas.

"Os meios de comunicação têm um ataque deliberado público e mais ainda contra @realDonaldTrump" e contra "metade do país que o apoia. E os veículos se perguntam por que pensamos que são notícias falsas?", escreveu Mike Huckabee, ex-governador republicano e colunista do canal conservador Fox News.

Para James Freeman, colunista do prestigioso "The Wall Street Journal", jornal especializado em Economia propriedade do magnata Rupert Murdoch - um aliado do presidente -, esta iniciativa "provavelmente não é a melhor maneira de ampliar o número de leitores entre os eleitores de direita".

- Resistência e valores -

Para os defensores da imprensa, porém, o que está em jogo é importante demais para permitir a escalada retórica do presidente.

Alguns acreditam que os comentários de Donald Trump deflagraram ameaças contra jornalistas que cobriam seus eventos e também podem criar um clima de hostilidade que abre as portas para ataques violentos, como o que aconteceu contra a sede do jornal "The Capital", em Annapolis, Maryland, no final de junho. No episódio, cinco pessoas foram assassinadas por um atirador que tinha uma relação conflituosa com o veículo.

O professor de Jornalismo Dan Kennedy, da Universidade Northeastern, não tem dúvida de que os simpatizantes do presidente verão nesta iniciativa "mais uma prova de que a imprensa age como um membro da Resistência".

"Mas a retórica de Trump sobre os meios de comunicação se tornou cada vez mais ilimitada e é útil para que os jornais reafirmem seus valores e a importância da Primeira Emenda de forma coerente, coordenada", acrescentou.

Até terça-feira à noite, o jornal "The Washington Post", um dos mais investigados na administração Trump e um dos alvos mais frequentes da ira presidencial, ainda não tinha aderido à iniciativa.

Dois trens com turistas se chocaram nesta terça-feira na via férrea que leva à cidadela inca de Machu Picchu deixando um saldo de vários feridos.

O choque das composições que transportavam os turistas ocorreu entre as localidades de Ollantaytambo e Aguas Calientes, informou a polícia.

Ainda não um número exato de feridos uma vez que as tarefas de resgates prosseguem.

A imprensa local indicou que moradores teriam bloqueado com rochas e troncos de árvore a linha férrea por causa de um protesto, o que teria levadoum dos trens a parar, levando ao choque da composição que estava mais atrás.

Essa versão não foi confirmada e as causas oficiais do acidente não foram estabelecidas ainda.

Um dos trens pertence à empresa Peru Rail e o outro à Inca Rail.

Machu Picchu foi declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 1983 e, depois de um concurso feito pela internet, foi incluído na lista dsa "Sete Maravilhas do Mundo Moderno", em 2007.

Sem falar com a imprensa desde a eliminação da Copa do Mundo de 2018, Neymar quebrou o silêncio e afirmou nesta quinta-feira (19) que continuará no Paris Saint-Germain (PSG). Além disso, o craque brasileiro ressaltou que será uma "honra" jogar com Gianluigi Buffon na próxima temporada.

"A imprensa fica inventado estorinhas e acaba especulando até demais, fica um pouco chato isso, mas todo mundo sabe do meu carinho pelo PSG, pelo presidente e pela torcida, e todo mundo sabe por que fui para lá. Continuo, tenho contrato. Fui para lá por um desafio, por coisas novas, por um objetivo. E não mudou. Espero que seja uma temporada de sucesso", disse Neymar em entrevista à "Fox Sports".

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Desde a saída de Cristiano Ronaldo para a Juventus, Neymar vinha sendo sondado pelo Real Madrid, no entanto, apesar dos esforços do clube "merengue", o camisa 10 do PSG recusou um possível retorno ao futebol espanhol.

Já sobre o companheiro de equipe Kylian Mbappé, o jogador brasileiro chamou o francês de "fenômeno" e afirmou estar "contente" pelo grande Mundial disputado pelo jovem atacante.

Em relação ao goleiro Buffon, o novo reforço do PSG, Neymar afirmou que será uma "honra" atuar com italiano.

"É uma honra jogar com um grande goleiro como ele, por sua história e sua experiência terá muito a dar para a equipe", disse.

A temporada para o PSG começará amanhã (21), quando o clube francês irá enfrentar o Bayern de Munique, pela International Champions Cup.

Da Ansa

O Liverpool fez uma oferta de 70 milhões de euros à Roma para poder contar com o goleiro Alisson na próxima temporada, informou nesta terça (17) a imprensa britânica.

Mas, de acordo com os jornais ingleses, o Liverpool ainda não chegou à quantia pedida pela Roma para poder liberar o jogador, a qual seria de de 75 milhões de euros. Com os goleiros Simon Mignolet e Loris Karius em baixa, Alisson foi o escolhido pelo técnico alemão Jurgen Klopp para ser o titular do Liverpool na próxima temporada. O brasileiro foi um dos grandes destaques da Roma e do Campeonato Italiano.

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O Liverpool disputa a contratação de Alisson com o Chelsea, que também está interessado no brasileiro, visto que o belga Thibaut Courtois está sendo monitorado pelo Real Madrid e deu indícios de que não permanecerá nos "Blues".

Revelado pelo Internacional, Alisson está no futebol italiano desde 2016 e assumiu a titularidade da Roma após o polonês Wojciech Szczesny ter sido vendido para a Juventus.

Da Ansa

Políticos e jornais norte-americanos teceram duras críticas à postura adotada pelo presidente Donald Trump no encontro com o líder russo, Vladimir Putin, nessa segunda-feira (16), na Finlândia, durante o qual defendeu uma melhora nas relações entre Washington e Moscou e negou qualquer interferência de hackers russos nas eleições à Casa Branca de 2016. O republicano chegou a criticar a investigação conduzida dentro do próprio país sobre o caso.

O ex-vice-presidente Joe Biden afirmou que a coletiva de imprensa de Trump e Putin "não foi digna de um presidente dos Estados Unidos", pois não reflete aquilo que os cidadãos "pensam e nem o que são". "Trump insultou nossos amigos e se aliou aos nossos adversários", alegou Biden.

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Já o ex-diretor do FBI James Comey pediu que os patriotas "se coloquem de pé para rechaçar o comportamento" de Trump, que "eximiu um criminoso mentiroso e se negou a apoiar o próprio país". Até Newt Gingrich, um dos maiores aliados e defensores de Trump, disse que o mandatário cometeu "o erro mais grave da sua Presidência e deve se corrigir imediatamente". A imprensa dos EUA também repercutiu as declarações de Trump.

Para o jornal "The Washington Post", Trump "confabulou abertamente com o líder criminoso de uma potência hostil", negando-se a admitir o comportamento de Moscou e "destroçando o sistema judiciário de seu país". O "The New York Times" disse, por sua vez, que Trump "está trabalhando duramente para sabotar os laços dos Estados Unidos com a Otan e com a União Europeia, e para debilitar a influência norte-americana no Oriente Médio". O "The New York Daily News" foi mais fundo e chamou a postura de Trump de "traição", em um artigo ilustrado com uma imagem do republicano apontando uma arma para o "Tio Sam".

Da Ansa

O senador pernambucano Humberto Costa (PT) vai comandar um encontro, nesta quinta-feira (31), para fazer um balanço sobre o seu mandato no Congresso Nacional. Ferrenho defensor do ex-presidente Lula, a atuação do líder da oposição no Senado divide opiniões. O encontro com a imprensa pernambucana será realizado, no Recife, no Restaurante Reteteu, a partir das 12h, que fica localizado na Encruzilhada. 

Humberto tem reforçado as críticas ao presidente Michel Temer (MDB) chegando até mesmo a dizer que o “governo é podre”. Ele também acreditou em uma possível renúncia do emedebista, o que não aconteceu. 

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No plano estadual, o senador tem dito que a melhor forma de combater as candidaturas que representam o projeto de Temer em Pernambuco é se alinhando ao PSB. “É hora de deixarmos de lado as divergências, o radicalismo e os personalismos para convergirmos a um objetivo comum, que é derrotar a agenda do governo Temer. Em Pernambuco, é necessário reconhecer que o PSB e o governador Paulo Câmara tem feito gestos em favor dessa aliança com o PT”, argumentou recentemente. 

 

 

 

 

Em homenagem ao Dia Nacional da Imprensa, comemorado no próximo dia 1º de junho, o Banco da Amazônia realiza pelo 12º ano consecutivo cerimônia de premiação aos profissionais que atuam nos veículos de comunicação do Estado do Pará. O evento ocorrerá nesta quarta-feira (30), a partir das 20 horas, na Usina 265, com a participação da diretoria executiva da Instituição, à frente o presidente do Banco, Valdecir Tose, jornalistas que atuam em TV, rádio, jornais e web, e convidados.

 Este ano, a premiação tem como tema Cena Cultural Amazônica: música e identidade regional. “Além de ser uma das manifestações que mais mobilizam e agregam pessoas, atraindo públicos diversificados, a música e o incentivo à cena cultural de um modo geral sempre estiveram presentes na história do banco, daí a escolha do tema. E, também, temos muito a celebrar por conta da intensa produção musical regional”, explica Valdecir Tose.

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Um dos maiores apoiadores da área cultural na região, o Banco da Amazônia investiu, somente nos últimos cinco anos, cerca de R$ 7 milhões em patrocínio a projetos de diversas expressões artísticas, apresentados à seleção dos editais públicos da Instituição. Parte dos recursos foi destinada à valorização da cena musical e um dos artistas apoiados foi Mestre Vieira, criador da guitarrada, falecido em fevereiro passado.

 Mestre Vieira, que teve o apoio do Banco para a gravação do DVD "Mestre Vieira - 50 anos de Guitarrada", também será homenageado durante a cerimônia alusiva ao Dia Nacional da Imprensa. O filho dele, Wilson Vieira, irá representá-lo no evento. “Estamos muito felizes por essa homenagem que o Banco da Amazônia está fazendo ao meu pai. Isso contribui para que a imagem dele, de sua obra e de tudo que representam, não sejam esquecidos”, declarou Wilson Vieira.

 Além dos profissionais que atuam nos meios de comunicação tradicionais do Estado, o Banco da Amazônia instituiu uma novidade este ano: a homenagem a profissionais e estudantes que atuam nos veículos pertencentes a instituições de ensino superior. A ideia foi a de incentivar a formação dos futuros profissionais que se colocarão no mercado. Foram convidados para receber a distinção a rádio web da Universidade Federal do Pará (UFPA) e a TV e rádio UNAMA. O escritor Vasco Cavalcante foi indicado pelo próprio Banco da Amazônia para receber a distinção mídias sociais, por conta do blog Cultura Pará, que se mantém há 21 anos divulgando a cultura amazônica.

Da assessoria do Banco da Amazônia.

O programa Globalizando desta semana fala sobre Tratados internacionais e a liberdade de imprensa. E tem como convidado o professor Leandro Lage, mestre e doutor em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Atualmente, realiza pós-doutorado em Ccomunicação na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). É professor dos cursos de Jornalismo e Publicidade da Universidade da Amazônia (Unama) e coordena o Programa de Pós-graduação em Comunicação, Linguagens e Cultura da Unama.

Acompanhe esse e outros temas no programa Globalizando, na Rádio Unama FM 105.5, produzido pelos alunos do curso de Relações Internacionais da Universidade da Amazônia (Unama). Clique no ícone abaixo para ouvir o Globalizando.

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O julgamento do habeas corpus do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva pelo Supremo Tribunal Federal ganhou destaque hoje (5) nos meios de comunicação ao redor do mundo. Na Europa, jornais como o italiano Corriere della Sera e o francês Le Figaro afirmaram em suas manchetes que Lula está a um passo de ser preso.

O Le Figaro declarou que Lula, que até ontem era o candidato favorito às eleições presidenciais, deve ser preso em breve, provavelmente na semana que vem.

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"Em teoria, agora nenhum obstáculo separa o ícone da esquerda da prisão, mas, de acordo com muitos juristas, ele não deve ser preso até a semana que vem, provavelmente na terça-feira", afirmou o jornal.

Para o italiano Corriere della Sera, a decisão do STF é um golpe para Lula e para o Partido dos Trabalhadores (PT), que devem começar a preparar uma candidatura alternativa para as eleições presidenciais deste ano.

"Para alguns, Lula é o símbolo da corrupção política; para outros é um herói popular vítima de uma conspiração golpista", disse o jornal.

A britânica BBC destacou que, por decisão da Suprema Corte, Lula deverá aguardar o julgamento dos recursos na prisão. O texto afirma que as batalhas judiciais de Lula dividiram os brasileiros e que essa decisão não foi diferente.

"Seus críticos lançaram fogos de artifício em comemoração. Os partidários de Lula foram para casa furiosos com o que dizem ser uma afronta à democracia e um golpe", disse a BBC.

Prisão iminente

O espanhol El País deu destaque à iminente prisão de Lula. O jornal afirma que é possível que a reclusão de Lula, "um dos líderes políticos mais populares do planeta há uma década", seja breve já que a defesa ainda pode recorrer.

Em Portugal, os jornais Expresso e Diário de Notícias também noticiaram o julgamento. Ambos ressaltaram que a prisão de Lula não deve ser imediata.

"A decisão do STF será depois remetida para as instâncias judiciais inferiores e caberá ao juiz Sérgio Moro a ordem de prisão efetiva", afirmou o Diário. "A execução provisória da pena não deverá impedir juridicamente a candidatura presidencial de Lula da Silva, à frente nas sondagens para as eleições de outubro".

Um tribunal turco condenou nesta quinta-feira 25 jornalistas a sentenças de até sete anos e meio de prisão, em um dos inúmeros julgamentos relacionados à tentativa de golpe de julho de 2016, informou a agência de notícias Dogan.

A maioria das pessoas condenadas eram colaboradoras de veículos próximos ao movimento do pregador Fetullah Gulen, acusado por Ancara de ter orquestrado o golpe, mas todos negam envolvimento.

Entre os acusados ​​estão o cantor e jornalista Atilla Tas, sentenciado a mais de três na prisão, e o jornalista Murat Aksoy, condenado a mais de dois anos. Ambos poderão permanecer em liberdade condicional enquanto aguardam o julgamento do recurso.

O governo turco chama de terrorista o movimento religioso de Gulen, exilado nos Estados Unidos, que nega ter desempenhado um papel na tentativa de golpe de Estado.

Tas e Aksoy foram colocados em liberdade condicional no final de outubro, depois de mais de 400 dias atrás das grades. "É uma decisão da justiça, nós a respeitamos", disse Tas após o anúncio da decisão do juiz, de acordo com um vídeo publicado no jornal opositor Cumhuriyet. "Se estar na oposição em um país é um crime, então sou culpado", disse ele.

Treze outros réus, incluindo a ex-editora do jornal Zaman, Hanim Busra Erdal, foram condenados a 6 anos e 3 meses de prisão por pertencerem a uma organização terrorista.

A Turquia lançou uma onda de expurgos após a tentativa de golpe de Estado. Mais de 50 mil pessoas foram presas e mais de 140 mil pessoas perderam seus empregos ou foram suspensas em um processo que gerou críticas internacionais.

Cerca de 300 jornalistas nacionais e estrangeiros devem acompanhar o julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva dia 24 no Tribunal da Lava Jato - o Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4), em Porto Alegre.

Profissionais de imprensa da Inglaterra, Estados Unidos, China, Japão, Alemanha, França, Espanha Dinamarca, Catar e Argentina estão credenciados para acompanhar o julgamento da apelação criminal número 50465129420164047000 - o processo do famoso triplex, no qual, em primeira instância, Lula foi condenado a 9 anos e seis meses de prisão.

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São 43 correspondentes estrangeiros e cerca de 250 profissionais de imprensa do Brasil, que poderão permanecer nas áreas destinadas à cobertura jornalística do julgamento.

Para garantir a transparência e o trabalho da imprensa, o TRF-4 está organizando uma Sala de Imprensa para 100 profissionais, no andar térreo do prédio. Eles poderão acompanhar ao vivo a sessão de julgamento, por meio de telão.

A mesma transmissão será disponibilizada também pela internet.

Além disso, os jornalistas de televisão, rádio, impresso e online que estarão na Sala de Imprensa poderão mandar o sinal diretamente para seus veículos.

Os profissionais também vão acompanhar a movimentação em frente ao prédio do TRF-4, com credenciamento específico para este local.

O julgamento é cercado de grande expectativa. Manifestações de grupos que apoiam e condenam o petista estão previstas no entorno do Tribunal da Lava Jato.

Transmissão

A captação das imagens do julgamento será feita pelo sistema do tribunal, chamado Tela TRF4, que iniciou em 2012.

As quatro câmeras HD remotas instaladas na sala de sessão da 8.ª Turma vão mostrar todos os detalhes, da abertura à leitura do relatório, passando pela manifestação do Ministério Público Federal e dos advogados da defesa, chegando aos votos dos desembargadores.

A confiança na imprensa aumentou nos Estados Unidos desde a eleição do presidente Donald Trump, embora, em meio à polarização política, mais pessoas acreditem nas denúncias de "fake news" do presidente, indica uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira.

A pesquisa realizada pelo Instituto Poynter mostra uma clara divisão partidária: enquanto os republicanos e partidários de Trump são céticos sobre as empresas jornalísticas, seus rivais democratas têm mais confiança.

Cerca de 12% dos entrevistados disseram ter uma "grande" confiança na imprensa, enquanto outros 37% indicaram uma confiança "limitada". Mas 39% dos inquiridos apontaram "pouca confiança" e 13% "nenhuma".

Os pesquisadores compararam esses resultados com os da pesquisa Gallup, segundo a qual a confiança nos meios de comunicação passou de 32% em setembro de 2016 para 41% em setembro de 2017.

"Encorajadoramente, constatamos que o público apoia a imprensa, embora sem grande convicção. Contudo, esse resultado esconde uma polarização dramática nas atitudes em relação à mídia", indica o relatório, conduzido por especialistas das universidades de Princeton e Dartmouth nos Estados Unidos e Exeter no Reino Unido.

Quase três em cada quatro democratas expressaram confiança nos meios de comunicação em comparação com apenas 19% dos republicanos.

Além disso, 44% dos entrevistados indicaram que acreditam que os veículos de comunicação inventaram histórias sobre Trump e 31% concordaram com a afirmação do presidente de que as grandes empresas de comunicação são "inimigas do povo".

Uma grande maioria (69%) afirmou que a imprensa "tende a favorecer um partido", mas a mesma porcentagem acredita que as organizações de notícias "evitam que os líderes políticos façam coisas que não deveriam ser feitas".

Os autores destacaram o fato "perturbador" de que 25% dos entrevistados apoiam limitações à liberdade de imprensa, o que incluiu permitir que o governo bloqueie as notícias que considere tendenciosas ou imprecisas.

"Os políticos geralmente resistem a uma cobertura desfavorável, mas os ataques públicos à legitimidade da imprensa não têm precedentes na era moderna", disseram.

O novo filme de Steven Spielberg, "The Post - A Guerra Secreta", retrata sobre a liberdade de imprensa em 1971, e nos dias de hoje. 

O longa trava a batalha de jornais para publicar o vazamento dos Documentos do Pentágono, que detalharam a imagem enganadora da Guerra do Vietnã diante das ações judiciais da administração do governo Nixon em uma luta que foi parar na Suprema Corte dos EUA.

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"Senti que existia uma urgência de refletir 1971 e 2017 porque eles foram terrivelmente semelhantes", disse o diretor para uma plateia de Hollywood após a exibição do filme.

"Nosso público pretendido são as pessoas que passaram os últimos 13, 14 meses sedentas e famintas pela verdade", disse Spielberg. "Elas estão por aí, e precisam de boas notícias."

"The Post" é estrelado por Meryl Streep no papel de Katharine Graham, falecida publisher do jornal Washington Post, e Tom Hanks como o também falecido editor Ben Bradlee. O filme foi eleito como melhor filme de 2017 pela National Board of Review, um grupo centenário de acadêmicos, cineastas e profissionais sediado em Nova York.

 

Apesar de aprovar as investigações sobre os casos de corrupção envolvendo políticos e empresários brasileiros, a população está exausto de ver o assunto sendo priorizado pela imprensa no país. Ao menos é o que demonstra um estudo feito pelo Instituto de Pesquisas Uninassau, encomendado pelo LeiaJá em parceria com o Jornal do Commercio. O levantamento aponta que 63% dos entrevistados estão cansados da divulgação diária das notícias sobre o assunto enquanto 17% disseram estar cada dia mais interessados nas informações deste tipo. 

Dos que responderam a pesquisa, 47% alegaram também que a divulgação diária de reportagens sobre o envolvimento de políticos com esquemas de corrupção não contribui para nada e, em contrapartida, 40% disseram que a publicação de matérias do assunto ajudam a livrar a política dos corruptos. Além disso, 5% disseram que ajuda a condenar injustamente os políticos. 

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Mesmo com a repulsa, 90% dos eleitores inquiridos pelo Instituto reconheceram que a prática corrupta existe em várias instituições e não é prática exclusiva dos políticos. Já para 9% acredita que apenas políticos são corruptos. 

Para o cientista político e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Adriano Oliveira, o enjoo do eleitor com o noticiário sobre corrupção é por conta do anseio pela melhora da economia. 

“Os eleitores já viram tantas notícias sobre corrupção, entretanto não encontraram melhora de vida. Então chegaram ao momento do seu limite, de que está bom, já fizeram o que tinham que fazer. Gostam da Lava Jato, mas agora querem melhoria de vida. O noticiário não pode ficar apenas focado em corrupção. Encontramos um cansaço e enjoo em virtude de que o eleitor tem outra prioridade, a melhora da economia”, salientou o estudioso que também é coordenador da pesquisa. 

O Instituto foi às ruas do Recife nos dias 4 e 5 de outubro. Foram ouvidas 624 pessoas. O nível de confiança da amostra é de 95% e a margem de erro é estimada em 4 pontos percentuais para mais ou para menos.

O confronto entre traficantes e policiais militares no Rio de Janeiro, que motivou o governo do Estado a pedir ajuda às Forças Armadas em operação na favela da Rocinha, zona sul carioca, foi destaque em diversos veículos da imprensa internacional.

O jornal inglês The Guardian destaca em sua manchete sobre o retorno do Exército à maior favela do Rio em meio ao confronto. "Após quase uma semana de intensos tiroteios entre traficantes rivais e a polícia, o Exército do Brasil foi acionado para cercar a extensa favela da Rocinha no Rio de Janeiro".

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Segundo relata o Guardian, "a violência agravou uma sensação de insegurança no Rio". O jornal destaca que o governo do Estado "está quebrado e tem atrasado os salários da polícia" e que "o ex-governador Sérgio Cabral está preso e acabou de receber uma sentença de 45 anos por corrupção, lavagem de dinheiro e agressões".

O diário argentino Clarín descreve a chegada dos 950 soldados à Rocinha enviados pelo Ministério da Defesa brasileiro. "Uma longa fila de soldados, transportando metralhadoras, rifles e granadas, moveu-se com os rostos cobertos pela entrada principal da comunidade da Rocinha", seguidos por jornalistas e fotógrafos.

"Embora pareça, não é uma cena de guerra produzida para um filme. Isso acontece na noite desta sexta-feira, 22 de setembro, a cerca de 500 metros de um dos bairros mais luxuosos do Rio de Janeiro: São Corrado", relata o Clarín.

A versão brasileira do jornal espanhol El País afirma que o sexto dia de violentos confrontos na favela causa a interdição da principal via entre as zonas sul e oeste da capital fluminense. "Tiroteios semeiam caos e Exército tenta cercar Rocinha" destaca o El País no título da reportagem.

O jornal americano The New York Times reproduziu reportagens das agências de notícias Reuters e Associated Press destacando que a violência cresceu em várias áreas do Rio durante a semana, levando as autoridades brasileiras a fechar estradas, escolas e a pedir a intervenção do Exército.

"A violência na Rocinha é mais um sinal do retrocesso desde o lançamento de um programa de 'pacificação' em 2008 para reduzir a violência, pressionando traficantes de drogas e estabelecendo postos permanentes em mais de mil favelas da cidade", afirma texto da Reuters reproduzido pelo The New York Times.

Em comício em Phoenix, no estado norte-americano do Arizona, o presidente Donald Trump fez duras críticas a imprensa de seu país, defendendo-se de acusações de racismo, na esteira da manifestação violenta de supremacistas brancos que matou uma mulher em Charlottesville.

O presidente abriu o comício pedindo por unidade, mas logo voltou sua retórica contra a mídia. Ele releu um discurso em que criticou grupos extremistas e se disse perseguido pela imprensa, que o acusa de não ter criticado prontamente a violência em Charlottesville.

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Trump também foi criticado por democratas e republicanos após ter responsabilizado os "dois lados" pela violência nas manifestações, mas não mencionou isso em Phoenix. Durante seu discurso, grupos de apoiadores e críticos de seu governo se manifestavam do lado de fora do auditório.

O presidente criticou abertamente veículos como ABC, CNN, Washington Post e New York Times. "A imprensa tem dois pesos e duas medidas", disse. "Eles fomentam divisões e querem tomar nossa história e nosso legado". "A imprensa apoia grupos de ódio" e "ataca a decência dos apoiadores do nosso governo".

Trump apoiou, no entanto, a cobertura política da Fox News. "A Fox me trata de maneira justa". (Matheus Maderal - matheus.maderal@estadao.com)

O jornal carioca Extra criou uma editoria especial para abordar temas relacionados à violência na cidade. Em nota, a publicação disse que continuará noticiando os crimes da forma como sempre foi feito, porém, situações que fogem ao padrão de civilização serão tratada dentro desse novo caderno, que ganhou o título de “Guerra”.

“Foi a forma que o impresso encontrou para mostrar que o que acontece no Rio de Janeiro não é normal”. O anúncio veio acompanhado de um vídeo nas redes sociais em que o diretor da redação, Octavio Guedes, e o repórter Rafael Soares explicam a necessidade de diferenciar o que é do caderno “Policial” e o que é do caderno “Guerra”.

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A primeira reportagem especial produzida sob a nova editoria traz informações de documentos classificados como sigilosos até 2021, que mostram a dificuldade que o Poder Público tem em combater a criminalidade em determinados locais do Rio. “Um feto baleado na barriga da mãe não é só um caso de polícia. É sintoma de que algo muito grave ocorre na sociedade. A utilização de fuzis num assalto a uma farmácia não pode ser registrada como uma ocorrência banal. A morte de uma criança dentro da escola ou a execução de um policial são notícias que não cabem mais nas páginas que tratam de crimes do dia a dia”, diz a mensagem postada no Facebook.

A imprensa nos EUA repercutiu a vitória do presidente Michel Temer na Câmara dos Deputados, que barrou a denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de corrupção passiva contra o presidente. Temer obteve 263 votos favoráveis, quando precisava de apenas 172.

O site do The New York Times traz reportagem cujo título é "legisladores brasileiros rejeitam acusação de suborno do presidente Michel Temer". O artigo, assinado por Ernesto Londono, aponta que deputados escolheram "manter um líder profundamente impopular no cargo e evitar outra onda de turbulência política."

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De acordo com o jornal americano, vários parlamentares apoiaram o presidente porque avaliaram que o País não poderia continuar com mais crise política. "Mas oponentes disseram que permitir o senhor Temer a continuar (no cargo) contribui para o endosso da cultura de impunidade que tornou penetrante a corrupção na política brasileira."

A reportagem também destacou que Temer tem 5% de aprovação de acordo com pesquisa realizada pelo Ibope, o que o "torna menos popular" que a sua antecessora, a ex-presidente Dilma Rousseff, que registrou 9% no final de 2015.

O The Washington Post destacou em seu site que Michel Temer "sobreviveu" às acusações de corrupção feitas pela procuradoria-geral da República com a votação na Câmara dos Deputados. "O presidente estava determinado a continuar no poder e agressivamente cortejou o apoio de legisladores" inclusive dentro da sessão no plenário, que durou mais de 11 horas.

"Com mais de 80% dos brasileiros a favor de enviar o presidente a julgamento, de acordo com pesquisas, a decisão da Câmara foi um testamento de manobra habilidosa do presidente", cujo apelo era a busca de maior estabilidade política e econômica no País, destacou a reportagem de Marina Lopes. O artigo ressalta que Temer é acusado de ter recebido o equivalente a US$ 150 mil como parte de US$ 12 milhões em subornos envolvendo uma empresa de carnes, no caso a JBS, que ele teria sido beneficiado através de um assessor. O presidente negou as acusações e não aceitou pedidos de renuncia.

O The Wall Street Journal apontou que a vitória do presidente da República mostra que ele tem capital político suficiente para defender-se de eventuais novas denúncias que poderão ser feitas contra ele nas próximas semanas pela procuradoria-geral da República. A reportagem levada ao ar na internet destaca que Michel Temer dedicou energia e recursos para ter o apoio necessário de deputados "aprovando US$ 1,3 bilhão em financiamento de projetos para seus Estados", de acordo com a ONG Contas Abertas. "isso mostra o relacionamento comercial entre os poderes legislativo e executivo", disse o diretor da instituição Gil Castelo Branco, aos jornalistas Samantha Pearson e Paulo Trevisani.

As redes de TV ABC News e Fox News trazem em seus respectivos sites reportagem produzida pela Associated Press a respeito da votação favorável ao presidente na Câmara dos Deputados.

"Enquanto Temer foi claramente vitorioso, ele provavelmente não terá muito tempo para celebrar", destacou o texto, assinado por Peter Prengaman e Maurício Savarese levado ao ar no site da ABC News. A reportagem aponta que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que denunciou Temer por corrupção passiva, deverá acusá-lo por obstrução de Justiça no final deste mês. Tal fato poderá gerar uma segunda votação na Câmara, onde os aliados políticos do presidente poderão "colocar em risco o futuro político" apoiando um "líder profundamente impopular." (Ricardo Leopoldo, correspondente - ricardo.leopoldo@estadao.com)

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A recente condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no início da tarde desta quarta-feira (12), está repercurtindo na imprensa internacional. O ex-presidente da República foi condenado a 9 anos e seis meses de prisão em um dos cinco processos a que responde na Justiça, relativo ao caso do triplex do Guarujá.

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Responsável pela Operação Lava Jato, o juiz Sérgio Moro considerou que o petista cometeu os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro ao ser o beneficiário de 3,7 milhões de reais em propina da construtora OAS. 

A rede britânica BBC também repercutiu a condenação de Lula e lembrou que o ex-presidente rejeita as acusações e diz que o julgamento tem motivação de cunho político. O francês "Le Figaro" também destacou a condenação e se refere ao ex-presidente como "um ícone da esquerda" no Brasil.

O periódico argentino "El Clarín" deu destaque à notícia na capa do seu site e citou o ineditismo da primeira condenação direcionada a um político do PT na Operação Lava-Jato. O jornal espanhol "El País" frisou que Lula é o político mais famoso e popular do país e relembrou o caso da Petrobras.

O Daily Mail também noticiou a condenação de Lula e relembrou o encontro do político com o ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama, quando na ocasião o democrata rotulou o petista como "político mais popular do mundo". 

A condenação faz parte do primeiro processo dos cinco a que Lula responde. Segundo a denúncia do Ministério Público Federal, acatada pelo juiz, ele teria recebido propina por meio de pagamentos dissimulados na entrega de um apartamento tríplex no Guarujá. 

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