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No século 19, a imprensa começou a ser denominada por alguns autores como o Quarto Poder, ao lado do Executivo, Legislativo e Judiciário. Desta forma, já se entendia o poder que a mídia tinha diante de uma sociedade. A capacidade de formar opiniões era - e ainda é - uma das características mais fortes deste “Quarto Poder”.

A relação entre o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e a imprensa não é uma das mais amistosas. Mas isso também não é uma exclusividade do atual chefe de estado brasileiro. A história mostra que outros presidentes também tinham pouca afeição pelo trabalho desenvolvido pelos meios de comunicação.

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“A imprensa atua como uma espécie de cão de guarda da sociedade. É um instrumento de fiscalização dos governantes, um filtro de intermediação entre população e governo. Além disso, hoje em dia ainda temos a internet com um poder gigante”, pontua o cientista político Thales Fernandes.

Cercado por dezenas de polêmicas internas e externas ao governo, o presidente Jair Bolsonaro tenta driblar desde o começo do seu mandato de perguntas mais delicadas vindas da imprensa. Algumas vezes, inclusive, já chegou a finalizar entrevistas coletivas por ter sido questionado sobre algum assunto que não queria responder.

O exemplo mais recente desse comportamento do presidente aconteceu nesta quarta-feira (26), no Japão, onde o presidente participa da cúpula do G20. Na ocasião, Bolsonaro foi perguntado sobre ao avião da FAB com 39kg de cocaína. Ao ouvir o questionamento, o presidente prontamente saiu do local.

“Quanto mais aberta é a maneira como o presidente lida com a imprensa, mais o seu caráter democrático se realça. Entretanto, nenhum presidente gosta da imprensa a não ser que a imprensa viva elogiando o seu trabalho, mas esse não é o papel da mídia. A imprensa precisa investigar e divulgar o que incomoda o governo”, explica Thales Fernandes.

Na história do Brasil, o primeiro presidente democraticamente eleito desde a Constituição de 1988, Fernando Collor, chegou a mandar a Polícia Federal invadir a redação da Folha de S. Paulo como forma de retaliação. Tempo depois, como se sabe, Collor sofreu um impeachment - processo este que teve participação ativa da imprensa.

Quando se fala em impeachment, pode-se relembrar de maneira mais fácil do processo passado pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT), em 2016. “A grande imprensa era favorável à saída de Dilma e pode-se comprovar isso analisando as formas de manchetar as notícias. Com o poder de formação de opinião, a mídia conseguiu ter suas ideias abraçadas pela população e, no final das contas, a maioria dos brasileiros era favorável ao impeachment de Dilma”, lembra o cientista político Thales Fernandes.

Já Fernando Henrique Cardoso conseguiu manter boas relações com a grande mídia durante os seus dois mandatos à frente da Presidência da República. FHC tinha amizade próxima com os donos dos principais jornais do país e, por isso, as relações eram menos conflituosas.

Em 2002, Luiz Inácio Lula da Silva se torna o primeiro político de partido popular a assumir o comando do país. Nesta época, a internet começava a engatinhar e o presidente foi um dos pioneiros na atividade de lidar com notícias vindas por meio de blogs e sites. Com isso, houve embates entre Lula e jornalistas, até porque veículos de comunicação mais voltados à direita aprimoraram a forma de criticar e alfinetar o governo.

“A era de Lula foi um divisor de águas em dois sentidos: era o primeiro governo popular a tomar o poder do país e era justamente em uma época de mudança no modo de consumir informações. Lula teve alguns desafios por ser o primeiro a ter que lidar com essas questões, embora recebesse muitos blogueiros dentro do Palácio do Planalto”, explica Thales Fernandes.

Com Dilma Rousseff o país já vivia uma onda de fortes críticas ao governo do PT, principalmente no segundo mandato. É válido lembrar das manifestações de junho de 2013, que foram convocadas pelas redes sociais e, mais pra frente, do processo de impeachment de Dilma, que também teve forte influência da internet e da grande mídia.

O sucessor de Dilma, Michel Temer (MDB), foi, talvez, o precursor da era das Fake News. Notícias falsas (favoráveis e contrárias) começaram a ser divulgadas sem controle algum. A partir daí, a mídia de credibilidade passa a ter o trabalho de não apenas informar, mas também desmentir matérias falaciosas. 

“Neste momento, surge Jair Bolsonaro, que vai ganhando notoriedade na Câmara Federal e preparando o terreno para sua candidatura à Presidência da República. São inúmeros os casos de fake news divulgadas pelo atual presidente e seus apoiadores. As redes sociais foram um prato cheio para deliberar qualquer tipo de informação, sem compromisso com a veracidade. Sem querer mexer com o mérito da vitória de Bolsonaro, posso dizer que as notícias falsas facilitaram seu caminho até o Planalto”, pontua Thales Fernandes.

O atual presidente ganhou apoio popular e conseguiu reformular seu relacionamento com os brasileiros graças à atuação de seus apoiadores nas redes sociais. Porém, Jair Bolsonaro ainda enfrenta um grande entrave com a grande mídia. E essa “pedra no sapato” do presidente parece incomodar bastante o alto escalão do governo. Aparentemente eles ainda não sabem como lidar com o caso e, por isso, os embates seguem sendo fortes e polêmicos.

Na tarde desta segunda-feira (17), o ministro da Educação, Abraham Weintraub, participou da cerimônia de posse do novo presidente da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), no bairro de Casa Forte, Zona Norte do Recife. Mesmo representando a pasta de educação, o ministro não conversou com os jornalistas sobre a área.

Já se aproximava das 16h quando Weintraub entrou no cinema do Museu, no campus Casa Forte da Fundação Joaquim Nabuco. A princípio, informou que daria entrevista à imprensa após finalizar o evento de posse. “Isso se eu não morrer antes”, disse, ironicamente. Durante o evento, a imprensa teve espaço reservado nas escadarias localizadas do lado direito da sala de exibição. Já os cinegrafistas ficaram em um curto espaço nos fundos do local, atrás das poltronas.

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Após a sessão de discursos, realizados pelo senador Fernando Bezerra Coelho (MDB), Abraham Weintraub e Antônio Campos - presidente da Fundaj -, o representante da pasta de Educação evitou, a todo custo, os questionamentos da imprensa sobre os assuntos que afetam a vida escolar de diversos estudantes no Brasil. Weintraub optou por sair cercado de seguranças e “espremido” pelo corredor onde repórteres esperavam pelas suas declarações.

Embora tenha sido acertado que o ministro falaria com os jornalistas ao final da posse, Weintraub saiu pelos fundos da sala e foi diretamente para a parte superior da Fundaj, conhecer as instalações. A presença de seguranças dava a entender que quaisquer pessoas interessadas em obter as versões oficiais sobre a educação brasileira não eram bem vindas.

Por fim, após diversas tentativas da reportagem em cobrar esclarecimentos sobre assuntos como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), cortes nas verbas das universidades e ensino básico, funcionários oficiais da Fundaj alegaram para os repórteres informando que o ministro já havia saído do local. Após a dispersão das equipes de imprensa, foi possível vê-lo saindo quase que agachado e cercado de seguranças de volta aos fundos do cinema. De fato, não era de interesse compartilhar qualquer tipo de transparência sobre a pasta.

A confiança na mídia diminuiu ainda mais no mundo, onde a maioria das pessoas desconfia da informação que recebe, destaca o informe anual do Reuters Institute publicado nesta quarta-feira (12).

O relatório, denominado Digital News Report, se apoia especialmente em um amplo estudo realizado pelo YouGov entre o fim de janeiro e o começo de fevereiro com 75.000 pessoas em 38 países.

Nestes países, em média 42% das pessoas entrevistadas confiam na mídia em geral (uma redução de dois pontos percentuais por ano) e quase a metade (49%) confia na mídia que utiliza.

Embora uma pequena maioria das pessoas consultadas (51%) considera que a mídia os ajuda a compreender a atualidade, menos de um terço (29%) pensa que a mídia cobre temas pertinentes e apenas 16% que o tom utilizado é bom.

Estes veículos ocultam disparidades importantes de acordo com os países, segundo o informe.

De um lado, países como Finlândia e Canadá que confiam na mídia e do outro, países como Grécia ou Hungria, onde a desconfiança é muito grande.

Os internautas se dirigem cada vez mais a aplicativos de troca de mensagens como o WhatsApp para compartilhar informações, especialmente em Brasil, Malásia e África do Sul.

As pessoas consultadas que decidem ativamente evitar ser informadas são cada vez mais numerosas (32%).

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Desde 1993, por proclamação da Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), 3 de maio é o Dia Mundial de Liberdade de Imprensa. Neste ano, jornalistas, órgãos da ONU para refugiados, imigrantes e o conselho de direitos humanos levantaram a Tag #worldpressfreedomday no twitter.

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  A data serve para lembrar aos governos a importância do compromisso com a liberdade de expressão. Também homenageia jornalistas que perderam a vida no exercício da profissão e informa os cidadãos sobre as violações à liberdade de imprensa.

  De acordo com a BBC, emissora pública britânica, pelo menos 95 jornalistas foram mortos em todo o mundo, em 2019, enquanto exerciam a profissão. É o maior número de mortes desde 2006. Além disso, em muitos países há censura, multas e publicações fechadas, com perseguições e ataques a jornalistas, redatores e editores.

  Cleyvane Mendonça, estudante do sétimo semestre de Relações Internacionais na UNAMA – Universidade da Amazônia, diz que o dia é muito importante de ser lembrado atualmente. “A gente está vendo países como a Coreia do Norte, em que tudo é controlado pelo governo, e assim a gente tem uma noção do quanto é ruim uma mídia censurada”, observa.

Éric Felipe, também estudante de Relações Internacionais, considera a data muito importante. “Com todos os ataques que vâm acontecendo nas redes sociais, é evidente o quanto o dia de hoje é relevante.”

Por Henrique Herrera.

 

O senador pelo estado do Amapá, Randolfe Rodrigues (Rede), utilizou seu perfil oficial no Twitter nesta sexta-feira (3) para falar sobre o trabalho da imprensa e os fundamentos principais da profissão, fazendo um paralelo ao praticado dentro do universo da política.

“Os dias não têm sido fáceis para a imprensa brasileira. Neste Dia Internacional da Liberdade de Imprensa vamos celebrar os princípios fundamentais da profissão; defender a mídia de ataques contra a sua independência e prestar tributo aos jornalistas que perderam a vida trabalhando”, iniciou Randolfe.

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O parlamentar também lembrou as mortes de jornalistas no país. “Só em 2018, foram 113 assassinatos no Brasil. O dia, escolhido pela Organização das Nações Unidas (UNESCO), também é um alerta sobre as violações à liberdade de imprensa”, pontuou o senador. O senador ainda defendeu que “precisamos defender o direito constitucional dos veículos e seus jornalistas”.

Randolfe Rodrigues não deixou de alfinetar comportamentos de membros do Governo Federal. “Não podemos permitir que publicações sejam censuradas, boicotadas, suspensas e que veículos sejam obrigados a fechar as portas. É também um momento de combater as fake news, que muitas vezes são armadilhas contra o jornalismo de verdade. Aos jornalistas de todo o Brasil, nossa gratidão”, agradeceu.

Durante a cerimônia de comemoração do Dia do Exército, nesta quinta-feira (18), em São Paulo, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou que a imprensa é essencial para a democracia.

O presidente ainda pontuou que pretende ter uma relação mais amistosa com os jornalistas do país. "Em que pese alguns percalços entre nós, precisamos de vocês

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(profissionais da imprensa) para que a chama da democracia não se apague", disse Bolsonaro.

O presidente disse, ainda, que espera que  "pequenas diferenças fiquem para trás". Na curta fala, de menos de seis minutos, Bolsonaro relembrou a formação dele no Exército nos anos 1970, período que classificou como "momento conturbado de nossa nação".

Por fim, Bolsonaro voltou a dizer também que o Exército "sempre esteve ao lado da

vontade popular".

Na mesma semana em que o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a retirada do ar de reportagens sobre o presidente da corte, Dias Toffoli, a ONG Repórteres Sem Fronteiras divulgou o ranking de liberdade de imprensa de 2019. Na edição deste ano, o Brasil perdeu três posições e agora ocupa a 105ª posição entre as 180 nações que compõem a lista.

"No Brasil, desde a campanha eleitoral, a imprensa se tornou alvo para os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, tanto nas redes sociais quanto durante as coberturas", aponta a ONG. Entre os vizinhos da América do Sul, apenas Bolívia (113), Colômbia (129) e Venezuela (148) têm condições piores de trabalho para jornalistas que o Brasil.

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A entidade ressalta o clima mais hostil no mundo à prática jornalística neste ano. "A hostilidade contra os jornalistas, e até mesmo o ódio transmitido em muitos países por lideranças políticas, resultou em atos de violência mais graves e frequentes, que aumentam os riscos e, como resultado, geram um nível de medo inédito em determinados lugares", argumenta a ONG.

"O número de países onde os jornalistas podem exercer com total segurança sua atividade profissional continua a diminuir, enquanto os regimes autoritários reforçam seu controle sobre os meios de comunicação", afirma. Apenas 24% dos 180 países na pesquisa oferecem condições boas ou relativamente boas de trabalho aos profissionais da imprensa. No ranking de 2018, a parcela chegava a 26%.

<p>O último podcast dessa semana sai um dia mais cedo devido ao feriado da Sexta-Feira Santa. Nessa edição, o cientista político Adriano Oliveira faz uma análise sobre a polêmica envolvendo o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli e a imprensa. Na última sexta-feira (12), o também ministro Alexandre de Moraes determinou que os sites da revista Crusoé e dO Antagonista retirassem do ar matérias relacionadas a trechos da delação de Marcelo Odebrecht, que citava Toffoli.&nbsp;</p><p>Adriano lembra que desde o início da operação Lava Jato (2014), virou corriqueira a divulgação de delações premiadas e o consequente lixamento moral por parte da mídia e redes sociais. Dessa forma, pessoas que ainda não foram condenadas, nem mesmo investigadas, sofrem as consequências negativas da divulgação. Essa situação fere o Estado de Direito, que afirma que apenas a Justiça pode condenar alguém.&nbsp;</p><p>O programa Descomplicando a política, além da exibição na fanpage do LeiaJá, em vídeo, toda terça-feira, a partir das 19h, também é apresentado em duas edições no formato de podcast, as segundas e sextas-feiras.&nbsp;</p><p>Confira mais uma análise a seguir:</p><p>&nbsp;</p><p>
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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, afirmou que a “imprensa livre é fundamental para uma democracia” e que tem papel essencial num país. Mas observou que “isso não impede que sejam adotadas outras formas de comunicação”. Moro deu as declarações em entrevista à jornalista Roseann Kennedy, na estreia do programa Impressões que vai ao ar nesta terça-feira, (16), às 23 horas, na TV Brasil.

Novato nas redes sociais, Sergio Moro escolheu o Twitter para ter uma comunicação direta com a população, sem a necessidade de intermediadores. Ele estreou neste mês e, em quinze dias, já tem mais de 600 mil seguidores.

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Sergio Moro percebeu, porém, que as redes sociais, muitas vezes, têm um ambiente belicoso e aconselha: “Tem de tomar um pouco de cuidado. Não pode ter aquele duplo padrão de comportamento, em que você é um fora da rede social e dentro da rede social você se transforma. Tem que pensar assim: você falaria para aquela pessoa isso que você está escrevendo na rede social se estivesse frente a frente?”

Com os memes, ele não se incomoda e até sorri das brincadeiras, desde que não sejam de mau gosto. “Aquela pessoa que não consegue rir de si mesmo tem algum problema”.

Um dos objetivos do ministro é aproveitar o ambiente virtual para explicar detalhes do pacote anticrime enviado pelo governo ao Congresso Nacional. Moro disse esperar que o pacote seja aprovado até o fim deste ano e admitiu a possibilidade de aprimoramento da matéria durante as discussões. “É natural que dentro do Congresso haja um tempo de deliberação. Haja possibilidade de aprovação total ou rejeição parcial", disse.

Embora defenda que sua atuação no ministério seja técnica, Moro sabe que agora também precisa fazer articulação política e diz que não há problema nisso. “Não tem nada negativo de ter a necessidade de conversar, de dialogar, de convencer, de ouvir bastante, para implementação dessas políticas públicas. Isso eu acho algo natural”, avaliou o ministro que revelou estar gostando da proatividade no Executivo e que, por hora, não sente saudades do trabalho de magistrado. “Como juiz a sua postura é muito mais passiva. Você decide as questões que as pessoas colocam perante o juiz. Como ministro eu posso ter iniciativa e coordenar políticas públicas mais abrangentes”, explicou.

Entre as medidas em elaboração está um projeto piloto que será implementado em cinco cidades e deve começar no segundo semestre deste ano. O trabalho envolverá a coordenação de esforços da União, estados e municípios. Contará com a atuação da Força Nacional e integrará ação policial e políticas sociais e urbanísticas no enfrentamento ao crime.

“Tem a famosa frase que o melhor policial é um poste de luz. Então você vai numa área degradada e olha, qual é problema ali? Não é simplesmente tirar o criminoso violento da rua. Isso é importante. Mas a gente precisa, também, restaurar áreas que estejam degradadas, pensar em políticas educacionais específicas”, pontuou.

O ministro defendeu a política adotada nos presídios federais e sobre a rejeição em algumas unidades da Federação para abrigar essas instalações e disse que “há um certo temor, muitas vezes irracional”, pois o preso está dentro da prisão, está controlado. Ele lembrou, ainda, que “vivemos num país único e é preciso que todos cooperem”.

A eventual modernização da legislação trabalhista buscará preservar os principais direitos dos trabalhadores, disse hoje (7) o ministro da Economia, Paulo Guedes. Ele disse que a principal ideia da equipe econômica consiste em diminuir encargos trabalhistas e dar mais opções para os empregadores e os empregados conseguirem se introduzir no mercado formal de trabalho.

“Estamos conversando sobre como consertar esse regime previdenciário e como dar opções para as futuras gerações. Todos os direitos [trabalhistas] serão preservados. Ninguém mexe nos direitos. Você [o governo] só dá mais opções”, disse Paulo Guedes ao responder se a carteira verde-amarela para os trabalhadores jovens, estudada pelo governo, criará trabalhadores de primeira e de segunda classes.

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O ministro falou com a imprensa após se reunir com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). Segundo Guedes, todas as mudanças para os trabalhadores serão discutidas dentro do regime democrático, com as partes tendo o direito de opinar e de apresentar sugestões. Ele, no entanto, disse que os sindicatos – de empregados e de patrões – precisarão ter paciência porque o governo pretende retirar privilégios ao modernizar a legislação trabalhista.

“A única certeza que os sindicatos podem ter é que a vida não vai ser como antigamente, onde os líderes sindicais têm uma vida muito boa à custa dos trabalhadores que não têm emprego nem benefícios previdenciários corretos”, disse Guedes.

O ministro esclareceu que mudanças nos direitos trabalhistas só serão discutidas após a aprovação da reforma da Previdência. Ele reiterou que a reforma da Previdência não mexerá em nenhum direito trabalhista, apenas buscará garantir a solvência do sistema de aposentadoria, que está “fiscalmente insustentável”.

Guedes ressaltou que caberá ao presidente Jair Bolsonaro decidir alguns pontos da proposta, como idade mínima, tempo de transição e se a mudança do regime de repartição para capitalização será encaminhada agora ou numa etapa posterior. Assim como nos últimos dias, o ministro voltou a dizer que o governo buscará retirar privilégios de algumas categorias e permitir que trabalhadores hoje no mercado informal possam contribuir para a Previdência.

“Existem 46 milhões de trabalhadores brasileiros que não conseguem contribuir e vão envelhecer. A Previdência não vai conseguir tomar conta deles se não fizermos as reformas. Esses interesses corporativos de sindicatos, seja de trabalhadores, seja patronais, são de falsas lideranças que aprisionaram o Brasil num sistema obsoleto, que cria desemprego, fabrica privilégios, sustenta diferenças e iniquidades. E pior, está afundando o país”, disse o ministro.

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Não é preciso estar dentro dos jornais para enxergar a diferença de preço de produção, de lucro e de consumo que as plataformas impressas e digitais apresentam. Leitor fiel de jornais impressos desde 1978, Cezar Cruz, secretário financeiro executivo do Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial e Lacustre e das Agências de Navegação do Estado do Pará (Sindarpa), afirma que os jornais digitais são muito mais econômicos, já que as pessoas só precisam ter internet para acessá-los, o que, querendo ou não, provavelmente já vão ter mesmo que por outros interesses e necessidades. Ele também acredita que o preço que é cobrado pelo jornal impresso não corresponde aos gastos e esforços que as empresas têm para produzi-lo. Pensamentos parecidos com os da jornalista maranhense Rita Soares, que após trabalhar por mais de nove anos no Diário do Pará hoje coordena, com outros dois jornalistas, o site de notícias Conexão AMZ. Ela, por experiência própria, assegura que produzir para o meio digital praticamente não exige investimentos financeiros, mas que os retornos também são mínimos.

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Valdo Ferreira, diretor de Contas do jornal O Liberal, concorda quando afirma que, economicamente falando, não é possível sobreviver com jornais digitais. De acordo com ele, os principais insumos para a produção do jornal impresso são a tinta, o papel, a chapa de impressão e a mão de obra, já que só na equipe de impressão do Liberal trabalham 11 funcionários. Mas ele não fechou os olhos para as mudanças. Valdo conta que foi necessário mexer no quadro pessoal da empresa e diminuir a qualidade dos materiais utilizados para a produção, até chegar a um “meio termo”, no qual é possível produzir um jornal de qualidade sem gastos excessivos.

A concorrência digital não é a única vilã dessas dificuldades financeiras. Valdo afirma, assim como Hamilton Pinheiro, gerente de marketing e circulação do Diário do Pará, que a crise econômica que o país vive tem grande influência nas quedas dos jornais.  Para eles, só será possível enxergar quanto espaço as mídias digitais roubaram dos jornais impressos quando o país se reestabelecer financeiramente.

Já o cronista Orlando Carneiro chega a utilizar, sentado no sofá da casa onde mora, termos técnicos de engenharia para descrever a atual situação dos jornais e do país. Ele explica que a economia é vaso comunicante, ou seja, as variações financeiras das empresas, incluindo os jornais, são diretamente proporcionais ao quadro econômico do país. Se um cresce ou cai, diz, o outro acompanha.

A pesquisadora Ana Prado confirma que a crise econômica é um dos principais fatores que, junto à nova concorrência digital, afetam os jornais impressos. Bem-humorada, ela explica que em tempos de crise “a primeira coisa que as pessoas cortam não é comida, são coisas que elas podem ficar sem ou obter de outra forma”. Então se a mesma informação contida nos jornais impressos estiver disponível de forma gratuita em outras plataformas, afirma a pesquisadora, a crise levará o leitor a dispensar os jornais tradicionais de papel. Ela também explica que os investimentos dos jornais em suas próprias produções também caem devido à crise: as redações tendem a ser mais enxutas no quadro pessoal e os que ficam passam a ser “Severinos”, já que as funções começam a se integrar e os jornalistas tendem a se tornar multifuncionais, exercendo diversas (se não todas) atividades.

Hamilton Pinheiro, apesar de participar da administração do Diário do Pará, não enxerga as novas tecnologias informativas como uma ameaça ao futuro do jornal. Ele afirma que as mudanças trazidas pelas plataformas digitais afetaram principalmente os jornais que vivem de assinantes. “Esse não é o caso dos jornais da Região Amazônica, onde o maior número de leitores está na venda avulsa, ou seja, as pessoas que compram o jornal regularmente, mas com uma frequência eventual na rua” explica.

Mas isso não impediu que os jornais impressos se vissem obrigados a diminuir os preços de custo, graças também à “concorrência desleal”, como os jornais digitais foram chamados por diferentes pessoas durante esta produção. “Você tem um concorrente de graça. É a lei da oferta e da demanda”, acrescenta o editor chefe de O Liberal, Lázaro Morais. 

Acessibilidade

Um dos principais atrativos de um produto é a facilidade de consumi-lo. Ele pode ser feito com as melhores matérias-primas e técnicas mais avançadas, mas isso não vai adiantar se o consumidor não puder aproveitar essa qualidade sem dificuldades. Entre os prós e contras que os vinis oferecem, a acessibilidade foi um dos principais lados negativos que levaram as pessoas a os trocarem pelos CDs. Tanto os próprios vinis quanto os seus tocadores eram muito maiores e difíceis de manusear que os oferecidos pelos CDs, o que ajudou muito essas novas mídias musicais a ganharem o coração dos ouvintes. E para os jornais não é diferente.

 Orlando Carneiro, analisando como leitor, acredita que ler nos jornais impressos é mais agradável, principalmente por muitas versões digitais não fornecerem o formato e-book, o que, para ele, torna mais difícil passar as páginas na web e impossibilita a marcação do texto. Ele ainda acrescenta, ao contar como uma confidência, que adora ler deitado, e que por isso a versão e-book seria a mais adequada para ele, já que passar as páginas do jornal em papel na posição horizontal “é muito chato”.

Para Adaucto e Lázaro, editores dos principais jornais de Belém, escolher qual plataforma é mais acessível (entre impressos e digitais) é relativo. Eles acreditam que a facilidade para consumir esses diferentes tipos de produção depende da idade e dos costumes de cada leitor. Lázaro Morais explica que cada geração tem um hábito diferente e que é isso que determina a preferência de cada um. Adaucto Couto confirma: “A acessibilidade depende muito de que público estamos falando, porque depende de cada costume e geração”.

Já o leitor Cezar Cruz dá certeza de que o jornal impresso é mais fácil de manusear, além de não provocar problemas na vista como as telas digitais. Mas para a jornalista Rita Soares os informativos digitais são mais práticos e tendem a ser cada vez mais vistos dessa forma com o passar das gerações.

Redes sociais

“As redes sociais aproximaram os distantes e afastaram os próximos.” Essa citação é feita com uma expressão de total concordância pelo cronista Orlando Carneiro. Ele acredita que as redes sociais atrapalham os jornais impressos principalmente devido à velocidade que elas conseguem atualizar as publicações, o que os jornais de papel não têm como acompanhar.

Para o jornalista Lázaro Morais, o maior problema das redes sociais é que elas, junto à fragilidade do sistema de educação do país, fazem com que os leitores (usuários) percam o hábito da leitura e só consomem tudo de forma superficial, sem se preocupar em checar e se aprofundar no assunto. Afirmação que talvez explique a alta potencialidade de proliferação de notícias (verdadeiras ou falsas) nas redes sociais.

A pesquisadora Ana Prado ainda ressalta como as mídias digitais e os novos costumes sociais afetam o papel de mediador de informações do jornal. “Hoje, o público que antes só recebia informações, agora se apropria de ferramentas que possibilitam que todos possam produzir conteúdos informativos, sejam eles de qualidade ou não”, explica. Com esses limites tão moderados, os fatos passam a ser coadjuvantes para os leitores, enquanto a necessidade de receber constantemente informações que reforçam crenças pessoais vira protagonista.

O jornalista Adaucto Couto também ressalta os riscos das fake news. Ele explica que as redes sociais possibilitam que pessoas com gostos e costumes parecidos possam se encontrar com mais facilidade, mas que as fake news presentes nesse meio ainda são um grande problema. “Essas pessoas não têm a visão jornalística que nós temos. E fake news podem ser espalhadas por dois motivos: ignorância ou má fé”, acrescenta.

Esses meios de comunicação digitais chamados de “processo sem volta” pelo funcionário do Diário do Pará, Hamilton Pinheiro, de acordo com ele trazem muitos pontos positivos. Ao acompanhar as mudanças tecnológicas, ele observou que as pessoas não querem mais apenas consumir a notícia, mas querem também fazer parte dela e até mesmo produzir seu próprio conteúdo. “Muitas matérias publicadas no jornal impresso chegam através de colaborações de leitores pelo WhatsApp, o que mostra como as novas tendências tecnológicas podem se integrar às plataformas mais antigas” conta Hamilton.

A jornalista Rita Soares tem uma visão diferente. Para ela, produzir notícia para os meios digitais e principalmente para as redes sociais ainda é um grande desafio. Ela explica que as pessoas não estão nessas plataformas para se informar, mas para se divertir. E por isso, muitas notícias são descartadas desde o título por não serem de interesse imediato ou simplesmente por não ir a favor das ideologias pessoais do leitor. Rita ainda diz que “na internet é necessário ter um nicho específico de público, o que dificulta ainda mais a produção jornalística, já que a notícia não é produzida a partir de vontades pessoais, mas para transmitir informações de interesse público”.

Mas a jornalista não chega a ser totalmente pessimista quanto às novidades tecnológicas. Ela acredita que a internet enfraquece o “monopólio de notícias”. “Os jornais impressos que antes podiam com facilidade deixar de publicar assuntos que não eram de seu interesse, hoje não têm como esconder, porque tudo está na internet”, explica.

Por Yasmim Bitar.

LeiaJá também:

O futuro do jornal impresso: reinvenção ou morte

 

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Quantas pessoas você conhece que ainda usam discos de vinil para ouvir música? E quantas você conhece que ainda leem jornal impresso? Essas duas invenções passaram (ou passam) por intensas crises causadas por novas tecnologias. Os vinis não ocupam o mesmo espaço na sociedade que tinham na década de 1940, quando foram criados. Hoje, são uma moda que voltou à tona basicamente por ser um aparelho clássico no mundo da música e pelo carinho daqueles que viveram essa época. Mas qual é a real situação dos jornais impressos? 

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Esse meio de comunicação tão antigo vem sofrendo muitas mudanças com as novas concorrências digitais. Existem inclusive rumores de seu fim, mas alguns profissionais da área não concordam com essa hipótese.

Orlando Carneiro trabalha com jornalismo desde os 16 anos, quando implorou à mãe para autorizar que atuasse como locutor na rádio Guajará. Hoje, com 75 anos, acredita ser uma grande testemunha das mudanças que esse ramo sofreu, sem se referir aos seus dois metros de altura, mas à intensa bagagem de histórias e aprendizados. Durante esse percurso, Orlando escreveu crônicas para jornais impressos, foi apresentador do telejornal Factoramana na TV Marajoara, publicou 10 livros e vivenciou outras aventuras, como ele mesmo denomina.

Para ele, o charme de trabalhar com comunicação é saber que os dias não se repetem, já que diariamente novos desafios terão que ser vencidos. Mas e se parte deste todo simplesmente sumir?  Decepcionado, Orlando admite que “o jornal impresso é muito interessante como analítico, mas como informativo inegavelmente está perdendo a razão de ser”. De acordo com ele, as notícias factuais que são publicadas nos jornais impressos, em sua maioria, já estão disponíveis nos jornais digitais desde o dia anterior. “Então para que o leitor vai comprar um material cheio de informações que ele já possui gratuitamente no próprio celular?”, Orlando se pergunta.

O debate que existe sobre a expectativa de vida desse tipo de produção é tão complexo que nem a ciência consegue chegar a uma conclusão. A professora doutora em comunicação Ana Prado assegura que não existe um consenso entre as pesquisas feitas sobre o tema, mas que é certo que cada vez que uma nova forma midiática surge, ela impacta nas formas anteriores. “É óbvio que o jornalismo digital impactou os jornais impressos”, acrescenta ela. Mas apesar das pessoas acharem que o surgimento de uma novidade sepulta a antiguidade, Ana Prado explica que essa tendência esquece que os rádios e cinemas superaram a ameaça televisiva e hoje continuam nos carros e shoppings, o que pode se repetir com os jornais impressos nas bancas de revista.

Apesar da queda de circulação, os jornais de papel ainda estão presentes da vida das pessoas. Talvez isso seja explicado pela crença de Valdo Ferreira, funcionário há 32 anos do jornal O Liberal, em Belém, e hoje diretor de contas da empresa. Para ele, os jornais impressos ainda oferecem muito mais credibilidade que as plataformas digitais, já que os leitores ficam sabendo das informações antecipadamente por elas, mas sempre buscam a confirmação nos tradicionais jornais de papel.

Valdo notou o crescimento das mídias informativas digitais quando a tiragem do jornal impresso começou a cair. De acordo com ele, na década de 2000, o jornal vendia cerca de 100 mil exemplares aos domingos e hoje esse número caiu aproximadamente 50%. Ele ainda diz o mesmo sobre as vendas semanais, que antes alcançavam um público médio de 60 mil leitores e hoje chegam a cerca de 25 mil pessoas diariamente.

Mas assim como os colecionadores de discos de vinil, os jornais impressos ainda cativam um público fiel. Valdo conta que quando, por algum imprevisto, um jornal não chega na casa de um assinante, o cliente imediatamente liga para o jornal para saber o que aconteceu. Ele ainda ressalta como é notório que a indagação não se deve ao valor financeiro, mas porque esse tipo de leitor não abre mão de poder folhear o jornal impresso todos os dias.

Lázaro Morais, editor chefe de O Liberal, diz que com a velocidade dos jornais digitais as notícias ficam ultrapassadas cada vez mais rápido, já que novas atualizações estão sempre disponíveis e que por isso as informações anteriores logo perdem a importância. Ele também acredita que muitos jornalistas ainda não estão preparados para acompanhar as mudanças tecnológicas que vêm ocorrendo no jornalismo. “É preciso entender que a notícia no jornal impresso não precisa ser extensa em termos de tamanho, mas precisa ser profunda em termos de alcance”, explica. 

Já para o editor executivo há seis anos do Diário do Pará, Adaucto Couto, os jornais impressos não mudaram a forma de produzir seus conteúdos com as influências digitais. Otimista, ele ainda se arrisca a dizer que essas novas plataformas não chegam a ser ameaças à sobrevivência dos jornais de papel. Adaucto as enxerga apenas como um tipo de evolução dos meios informativos.

Desencorajando a opinião de Adaucto, os dados do Índice Verificador de Comunicação (IVC), publicados no portal Poder 360, demonstram como os jornais digitais afetaram os impressos. De acordo com eles, de 2015 até 2017, os índices de tiragem dos jornais brasileiros apresentaram constantes e intensas quedas. Durante esse período, a circulação média diária de jornais caiu em 520 mil exemplares. Em dezembro de 2014, a tiragem impressa total dos 11 principais jornais do Brasil era de mais de um milhão de exemplares em média por dia. Já em dezembro de 2017, o número havia caído para aproximadamente 700 mil, ou seja, houve uma redução de 41,4%.

Por outro lado, enquanto o jornal impresso despencava, o número de assinantes digitais aumentava. De acordo com os dados do IVC, o crescimento do público de jornais digitais cresceu em mais de 31 mil assinantes de 2015 a 2017.

Por Yasmim Bitar.

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O porta-voz do Planalto, Otávio Santana de Rêgo barros, fará um pronunciamento por volta das 17 horas deste domingo, 27, sobre os procedimentos envolvendo a cirurgia do presidente Jair Bolsonaro. O político será submetido a uma cirurgia para retirada de bolsa de colostomia e reconstituição intestinal. O procedimento é considerado simples e de baixo risco por especialistas, devendo durar cerca de quatro horas.

Barros acompanha o presidenciável, que foi internado nesta manhã no hospital Albert Einstein, na capital paulista. A primeira-dama Michelle Bolsonaro e o filho Eduardo também acompanham o presidente da República, além de assessores e seguranças.

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O presidente Jair Bolsonaro disse nesta segunda-feira, dia 7, que vai tentar eliminar a bonificação por volume (BV) na mídia, incentivo direcionado para agências publicitárias. A lei que trata do assunto foi sancionada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2010. O oferecimento da bonificação é facultativo.

Bolsonaro também falou que quer a imprensa livre, cada vez mais forte e isenta, mas ressaltou que "alguns (veículos) foram parciais até pouco tempo". Bolsonaro constantemente critica setores da mídia em suas redes sociais e os acusa de propagarem mentiras.

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"Parece simples, mas não é. Vamos democratizar as verbas publicitárias. Nenhum órgão de imprensa terá direito a mais ou menos daquilo que nós viremos a gastar. Queremos que vocês sejam cada vez mais fortes e isentos, como alguns foram até pouco tempo", disse. "Vamos acreditar em vocês, mas verbas publicitárias não serão mais para privilegiar a empresa A, B ou C."

Durante cerimônia de posse dos novos presidentes dos bancos públicos, Bolsonaro também falou sobre a destinação de verba pública para Organizações Não Governamentais (ONGs). "Recursos que forem liberados para ONGs, como é da esperança de todos, terão rígido controle para que possamos fazer com que o recurso público seja bem utilizado", destacou o presidente.

Em entrevista ao portal do Palácio do Planalto, o ministro da Secretaria de Governo, general Santos Cruz, disse que é preciso "divulgar tudo o máximo que puder" e "estar aberto para a imprensa". O discurso contraria o que tem sido dito pelo presidente Jair Bolsonaro, que constantemente acusa setores da mídia de inventarem mentiras.

"A maneira mais eficaz de se combater a corrupção, além das medidas de gestão, além do uso da tecnologia no controle dos gastos públicos, é a divulgação, é a publicidade. Tem que divulgar tudo o máximo que puder. Tem que estar aberto para a imprensa, tem que fornecer todos os dados possíveis. Tem que saber quanto é, o que que estão fazendo, qual é o prazo da obra, para onde que foi o dinheiro. Isso aí tem que ser absolutamente aberto e a gente conta com a imprensa para que ela faça essa divulgação", declarou Santos Cruz.

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O ministro afirmou, ainda, que não tem medo da exposição. "A principal mensagem de trabalho é a seriedade. E o norte é exatamente a confiança do povo no trabalho governamental. Para isso, nós vamos estar completamente expostos. Eu não tenho medo dessa exposição, todo mundo aqui vai estar exposto a todas as avaliações e informações que devem ser divulgadas."

Ao falar sobre o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), uma de suas atribuições na pasta, Santos Cruz disse que o programa também depende de transparência. "Tem que ser completamente transparente e limpo o processo. Não pode haver a mínima desconfiança de qualquer coisa errada, de qualquer irregularidade. Senão, você perde a credibilidade. E isso aí é baseado em credibilidade. A pessoa só vai investir o dinheiro dela em um programa, em um projeto, que ela acredita que é absolutamente limpo."

Quatro jornalistas estrangeiros abandonaram a cobertura da posse do presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Itamaraty, em Brasília, por causa das restrições impostas pelo governo.

Segundo o jornal "O Globo", os repórteres tomaram a decisão ao descobrir que, para cobrir a recepção a chefes de Estado e de governo no Ministério das Relações Exteriores, prevista para 19h, precisariam aguardar no palácio por sete horas, sem poder circular por suas dependências.

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Ainda de acordo com o diário, o grupo inclui três jornalistas de uma emissora francesa e um repórter chinês. O "Globo" diz que a área de imprensa no Itamaraty fica no subsolo e não possui janelas.

A cerimônia foi marcada por inúmeras reclamações de jornalistas, que não puderam circular livremente pela Esplanada dos Ministérios, como nas posses anteriores.

"Um governo que restringe o trabalho da imprensa ignora a obrigação constitucional de ser transparente. Os brasileiros receberão menos informações sobre a posse presidencial por causa das limitações impostas à circulação de jornalistas em Brasília", disse a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji).

Da Ansa

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O professor e jornalista Mário Camarão, do curso de Comunicação Social da UNAMA - Universidade da Amazônia, é um dos finalistas da 4ª Edição do Professor Imprensa, projeto que visa reconhecer os profissionais de destaque nos cursos de Comunicação em todo o país. Camarão representa a UNAMA e a região Norte na categoria “Orientador de TCC”.

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A escolha dos finalistas foi feita por indicação de alunos de todo o Brasil. “Eu nem sabia dessa premiação. São os alunos que indicam, e eu fui indicado”, disse o professor. Segundo informações do Portal Imprensa, organizador da premiação, a escolha dos candidatos considera os relatos enviados pelos estudantes. “Eles falaram que tinham recebido uma série de depoimentos positivos que acabam somando para que o número de pessoas que me indicaram fosse considerável para poder participar e representar o Norte”, explicou Camarão.

O professor Mário Camarão disse que desde 2006, quando começou a trabalhar na UNAMA, orienta Trabalhos de Conclusão de Curso (TCCs). “Já passaram muitos alunos por mim. Muitos trabalhos. Não só na área de telejornalismo, mas na área de jornalismo digital, jornalismo on-line, rede sociais, sociabilidade em redes sociais, que são áreas em que eu atuo não só como pesquisador, mas também por conta da minha carreira, que sempre foi ligada ao telejornalismo. Então isso fez com que eu participasse”, detalhou.

Ao ser perguntado sobre como recebeu a noticia, o professor disse estar muito feliz. “É um reconhecimento pelo seu trabalho vindo dos próprios alunos. É o fruto que a gente recebe do nosso trabalho, que é árduo e diário. De ver aluno se formando, entregando trabalhos cada vez mais complexos, ricos e sustentáveis do ponto de vista da pesquisa em comunicação”, declarou.

O professor também falou sobre o que significa desenvolver trabalhos de pesquisa com seus alunos. “Significa não só saber que eles vão dar prosseguimento. Muitos deles acabam entrando na vida acadêmica de sucesso, fazendo com que eles sejam independentes do ponto de vista da produção cientifica em comunicação.” Camarão ressaltou que são importantes mais pesquisas e olhares críticos sobre a sociedade. “Nós precisamos cada vez mais olhar os fenômenos comunicacionais. Isso que eu tento pregar para os meus alunos, no dia a dia”, concluiu.

Os ganhadores serão conhecidos na segunda quinzena de novembro e vão receber um certificado digital, além de serem fontes de matéria especial sobre educação na área de Comunicação no Portal Imprensa. A votação para a escolha dos ganhadores vai até 14 de novembro. Para votar, acesse a página pelo link:

http://www.portalimprensa.com.br/professorimprensa/4edicao/votacao_orientador_tcc.asp

Por Felipe Pinheiro.

O Google lançou uma ferramenta destinada a combater a censura à imprensa em todo o mundo: o aplicativo Intra, que foi testado primeiro na Venezuela, onde jornalistas lutam contra um governo empenhado em restringir a ação de repórteres que expõem corrupção e abusos de direitos humanos na internet.

Nos últimos anos, os que querem acessar sites independentes na Venezuela têm se deparado com uma mensagem dizendo que o endereço não existe, um problema que a maioria atribui às medidas do governo para bloquear o acesso à informação crítica. "É muito difícil levar chegar notícias às pessoas", disse o senador Melanio Escobar, um jornalista e ativista venezuelano que testou o Intra antes do lançamento este mês.

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O governo controla a internet por meio da CANTV, o maior provedor de serviço online do país. Segundo Escobar, empresas privadas menores seguem suas diretrizes para se manter no negócio.

O Instituto de Imprensa e Sociedade da Venezuela, um grupo que defende a liberdade de expressão, disse que, desde 2014, sites de notícia críticos ao governo recebem cada vez mais ataques. Em agosto, um teste de quatro dias tentou acessar 53 sites e, segundo os investigadores, foi detectado que quase metade estava bloqueada. O Ministério da Comunicação da Venezuela não respondeu aos pedidos de comentário.

Intra, o aplicativo disponível somente para Android, foi desenvolvido para superar esse bloqueio conectando os usuários diretamente aos servidores do Google, que acessam o sistema de nomes do domínio, uma espécie de lista telefônica da internet. Isso evita qualquer bloqueio imposto pelas empresas de internet locais e dificulta que governos e outros interlocutores bloqueiem o acesso a determinadas páginas.

A Venezuela vive uma profunda crise econômica e o presidente, Nicolás Maduro, afirma que os EUA e outros agentes estrangeiros conspiram para tirá-lo do poder. Os jornalistas venezuelanos trabalham sob a ameaça de prisão ou processo, o que levou a muitos saírem do país.

A Assembleia Constituinte, pró-governo, criada em 2017 para contornar o Parlamento - controlado pela oposição desde as últimas eleições -, aprovou uma lei que decreta penas de até 20 anos de prisão por publicar material considerado "nocivo".

Jared Cohen, fundador e diretor da Jigsaw, uma unidade da empresa matriz do Google, disse que sua equipe criou o aplicativo a partir do diálogo aberto com jornalistas e especialistas em tecnologia venezuelanos sobre os obstáculos que enfrentam para publicar seu trabalho. O Intra foi lançado para todo o mundo no dia 3, depois de vários meses de testes na Venezuela.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Depois de vencer o duelo contra o Viktoria Plzen por 2x1, na terça-feira (23), pela terceira rodada da Champions, Marcelo teve uma discussão com um jornalista após criticar o trabalho da imprensa. Durante a entrevista, o lateral-esquerdo do Real Madrid disse que os jornalistas “tentam causar danos” ao clube.

Veja o vídeo:

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“Quando não se ganha, as coisas se tornam difíceis. Mas nós não falamos de crise. Quem fala são vocês. Tentam causar danos no nosso vestiário”, disparou.

Questionado por um repórter sobre quem queria, e por qual motivo, prejudicar o Real, Marcelo respondeu: "Os jornalistas, todos. Não é bonito ver o que vocês escrevem. Eu não sei se por inveja ou talvez porque não sabem jogar futebol", disse.

Descontente com a resposta, um jornalista rebateu as palavras do atleta. "Eu sei jogar futebol, não sou tão bom como você, mas eu sei jogar. Eu estudei jornalismo e não fui jogador. Eu não gosto que você falte com o respeito. Eu não falto com você. Por que temos inveja?”, perguntou o jornalista.

“Eu que sei? Eu não tenho nem ideia e não me importo", respondeu Marcelo. "Você está nos atacando ao dizer que temos inveja", continuou o jornalista. Depois, Marcelo diz que o jornalista está alterado, e recebe a resposta: "Não, não estou alterado. Só estou dizendo é que você não pode nos faltar ao respeito dizendo que temos inveja. Porque teria inveja, Marcelo?”, perguntou outra vez o jornalista.

"A imprensa falta com o respeito se me critica todos os dias", falou o jogador. Outro repórter perguntou se as críticas eram pelo desempenho de Marcelo ou sobre as especulações publicadas pela imprensa italiana, que projeta uma possível transferência do jogador do Real para a Juventus.

“Eu não me importo com nada. Estou sempre aqui para dar a cara e a falar com todos, olhos nos olhos", frisou o jogador. "Às vezes, as coisas me parecem injustas e quando assim, eu falo. Não tenho nenhum problema", finalizou o lateral.

Por Thiago Herminio

A polícia americana prendeu nesta quinta-feira (30) um homem que havia ameaçado de morte funcionários do Boston Globe, jornal que considera "inimigo do povo", indicou o procurador federal de Boston.

Robert Chain, de 68 anos e originário da Califórnia, terá que prestar depoimento ante um juiz federal de Los Angeles nesta quinta à tarde, acusado de "comunicações ameaçadoras", que acarretam condenações de até cinco anos de prisão e de 250 mil dólares de multa.

Segundo o procurador, Chain fez 14 ligações ameaçadoras entre 10 e 22 de agosto ao jornal de Boston, capital do estado de Massachusetts.

As ligações do detido parecem estar relacionadas com a publicação de uma resposta assinada por esse jornal e outros 200 meios de comunicação aos múltiplos ataques contra a imprensa pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Os jornais publicaram em 16 de agosto um artigo intitulado "Os jornalistas não são inimigos", no qual acusavam o presidente de "mentiroso" e lhe comparavam a um "charlatão".

O presidente americano acusa regularmente os meios de comunicação de desinformarem, e os qualifica de "inimigos do povo", um termo que Chain usou em suas ligações ao Boston Globe.

No dia da publicação da carta contra Trump, o detido ligou à tarde para o jornal e ameaçou atirar "na cabeça" de seus funcionários, segundo o procurador.

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