Tópicos | Instituto

Nesta quarta-feira (29), o Ministério da Educação (MEC) anunciou a liberação de 100% do custeio previsto para o orçamento das universidades e institutos federais, assim como de outras instituições ligadas à pasta. Do total de R$ 1,023 bilhão liberado hoje, R$ 497,04 milhões são recursos discricionários, enquanto os outros R$ 4,96 milhões foram encaminhados para o Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines), o Instituto Benjamin Constant (IBC) e a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj).

Os demais R$ 525,6 milhões liberados estão relacionadas ao limite de empenho para custeio das instituições federais de ensino. De acordo com o MEC, a maior parte do orçamento (R$ 366,7 milhões) será destinado às universidades federais, que, este ano, somando a nova liberação, contarão com um total de R$ 5,1 bilhões.

##RECOMENDA##

Já a rede federal de educação profissional, científica e tecnológica dispõe de novos R$ 158,9 milhões, fechando a meta de R$ 2,21 bilhões do orçamento. “Pelo segundo ano consecutivo, garantimos 100% do custeio para a rede federal, fato que não acontecia há alguns anos”, afirma o ministro Mendonça Filho. 

O diretor administrativo do Instituto Estadual do Cérebro, Edival Silva de Matos, de 36 anos, está desaparecido desde a noite de quinta-feira (19), quando foi visto em um restaurante na Lapa, na região central do Rio de Janeiro. Desde então, não compareceu ao trabalho na sexta-feira e continuava sumido até a tarde deste sábado (21).

Ele é do Sul do Brasil e mora sozinho no Rio. Por isso, ontem foram colegas de trabalho que, preocupados com a falta de notícias de Matos, registraram o desaparecimento na Polícia Civil. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA).

##RECOMENDA##

A Polícia Civil informou apenas que estão em andamento as investigações para esclarecer o paradeiro de Matos, e que no momento não é possível a divulgação de outras informações para não prejudicar o trabalho investigativo.

O novo estudo do Instituto de Pesquisas UNINASSAU mostra que a maior parte dos recifenses estão insatisfeitos com os políticos brasileiros, após inúmeros escândalos de corrupção virem à tona. No entanto, revela que atos indevidos são praticados pela população. 

Uma grande parte dos entrevistados, mais exatamente 63%, revelaram que conhecem alguém que vendeu o seu voto no dia da eleição contra 31% que negam conhecer quem já se rendeu a essa prática considerada crime eleitoral. 6% não souberam ou não quiseram responder. 

##RECOMENDA##

No entanto, quando os recifenses que participaram do levantamento são questionados se seriam capazes de trocar o seu voto por emprego ou outros benefícios, a maioria nega: 74% disseram que não trocaria de maneira nenhuma, 10% assumiram que trocariam por uma oportunidade de emprego, 4% o fariam por dinheiro e nenhum faria por remédio ou qualquer outro bem material. 12% preferiram não preferiram ou não souberam responder. 

O coordenador do Instituto de Pesquisas UNINASSAU, o cientista político Adriano Oliveira, ressaltou que a pesquisa revela que o comércio do voto existe. “Encontramos percentuais consideráveis. Poderia até ser mais, talvez o eleitor tenha ficado envergonhado, mas sempre mostrado que existe o eleitor que vende o seu voto, que existe o eleitor que troca o seu voto”, pontuou. 

Uma situação hipotética elaborada, na qual é questionada dentre três candidatos o eleitor votaria sendo o primeiro deles lhe prometeu um emprego ou para um parente; outro ofereceu uma ajuda em dinheiro e o terceiro candidato apresentou propostas, 57% disseram que votariam naquele que apresentou propostas. Em seguida, 10% afirmaram que votariam no que ofereceu emprego; 4% no que propôs dinheiro, 2% em nenhum e 27% não souberam ou não quiseram responder. 

Um dado que chama atenção é sobre a busca desse tipo de benefício independe de classe social. 4% dos que disseram que trocariam por dinheiro possuem renda familiar de até 1 salário mínimo. A porcentagem dos que também aceitariam dinheiro é ainda maior entre os que possuem acima de cinco salários mínimos: 6%. 

Adriano Oliveira explicou que esses exercícios foram elaborados para os entrevistados com base na economia comportamental e na psicologia política. “De forma a inserir o indivíduo no âmbito de que se ele trocaria seu voto por alguma coisa. Inclusive, trocar o voto por algum benefício independe da classe social. Existem eleitores que topam trocar seu voto por emprego, por dinheiro ou por algum outro tipo de favor”, enfatizou. 

A pesquisa do Instituto UNINASSAU também mostra que a maioria dos recifenses (46%) pretende, sim, votar em um candidato a deputado. Os outros 25% estão em dúvida e 23% responderam que não.

Os recifenses estão cada vez mais desacreditados nos partidos brasileiros. O levantamento do Instituto de Pesquisas UNINASSAU, encomendado pelo LeiaJá em parceria com o Jornal do Commercio, mostra mais um dado de descrença: 71,9% dos moradores da capital pernambucana afirmaram que não admiram nenhum partido. 

O balanço realizado também destaca que, apesar de um percentual baixo, o Partido dos Trabalhadores (PT) continua sendo o mais admirado e está bem à frente de outras legendas: o PT soma 17,8% e, em sequência, o PSDB (1,9%), PMDB (1,3%), PV (1,1%) e o PSB (1,1%). Os que optaram por outros foram 2,9% e 1,9% não souberam ou não quiseram responder. 

##RECOMENDA##

De acordo com o cientista político e coordenador do Instituto de Pesquisas UNINASSAU, Adriano Oliveira, embora seja um percentual baixo, é possível ver na nova pesquisa uma recuperação do PT. “Se observa uma recuperação do PT, que saiu de 12% para 17% de admiração. Isso mostra que o PT é um ator relevante das eleições presidenciais vindouras. Não podemos descartar o PT e nem de modo algum o lulismo”, expôs. 

A pesquisa também evidencia que não adianta os partidos políticos trocarem de nome já que 73% alertaram que não confiam em partidos que trocam de nome. Apenas 11% falaram que confiam e 15% não souberam ou não quiseram responder. 

Na mesma linha de raciocínio, a maioria (53%) discordam da seguinte frase “Quando um partido político troca de nome, um novo partido surge e novas práticas também”. Os que concordam foram 20% e 14% concordam parcialmente. 

Adriano ressalta que a conclusão é que a de que a estratégia de trocar nome não é eficiente. “Em virtude de que os eleitores afirmaram que mesmo que o partido venha a mudar de nome, isso não significa que ele será um novo partido, que terá novos modos operantes, que ele terá novos costumes. A população não acredita que a mera mudança de nome trará um novo partido com novas mudanças e com novos costumes”, declarou.

 

 

Nesta semana, o programa Globalizando fala sobre A carreira pública: além do Instituto Rio Branco. E tem como convidado Arthur Lisboa. Graduado em Relações Internacionais pela Universidade da Amazônia (Unama), ele atualmente é analista técnico-administrativo da Superintendência da Zona Franca de Manaus.

Acompanhe esse e outros temas no programa Globalizando, na Rádio Unama FM 105.5, produzido pelos alunos do curso de Relações Internacionais da Universidade da Amazônia (Unama). Clique no ícone abaixo para ouvir o Globalizando. 

##RECOMENDA##

[@#podcast#@]

Não é novidade que o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC) está sendo considerado um dos principais concorrentes do ex-presidente Lula, segundo pesquisas, para concorrer a vaga da presidência do Brasil em 2018. Porém, um levantamento revelado pelo Instituto de Pesquisa UNINASSAU no Recife, encomendado pelo LeiaJá, deve surpreender a muitos: 21,7% dos esquerdistas votariam no parlamentar no próximo ano. 

O levantamento mostra que apena 6,8% dos que se consideram da direita votariam em Bolsonaro ficando 3,6% para os centristas. O ex-presidente Lula aparece com o apoio de 61,2% dos que se consideram da direita, 60,2% dos esquerdistas e 10,7% do centro. 

##RECOMENDA##

Os dados também destaca que 42,8% dos que se consideram liberais votariam em Lula. Já o percentual dos eleitores tradicionais que escolheram o petista chega a 25,5%. Já em Bolsonaro a classe tradicional que tem seu voto são 9,5%. Ele receberia 3,9% dos votos dos liberais. A pesquisa ainda destaca que os “bolsonaristas” possuem uma renda acima de 5 salários mínimos e em sua maioria tem nível superior. Já o segmento de Lula é, prioritariamente, de baixa renda e menor nível de instrução.

De acordo com o coordenador do Instituto de Pesquisa UNINASSAU, o cientista político Adriano Oliveira, Bolsonaro pode ser a grande novidade eleitoral na eleição presidencial de 2018. “Assim será em razão de que ele é um outsider e representa onda conservadora presente e observada na eleição municipal de 2016”. 

“Portanto, o que a referida pesquisa sugere é que os eleitores de Bolsonaro são conservadores, tem maior nível de instrução e maior renda. Ao contrário dos eleitores do ex-presidente Lula. Tal caracterização me faz concluir que o bolsonarismo, assim como o dorismo, é manifestação incipiente contra o Lulismo. Porém, o bolsonarismo só deixará de ser incipiente, caso o dorismo, representado por João Doria, não venha a existir ou o PSDB não apresente outro candidato”, explicou.

Para este levantamento, foram feitas 623 entrevistas na capital pernambucana. O nível estimado de confiança é de 95% e uma margem de erro estimada em 4%. 

Há dois anos e três meses à frente do Palácio do Campo das Princesas, o governador Paulo Câmara teve a reprovação de 74% dos entrevistados na pesquisa encomendada pelo LeiaJá em parceria com o Jornal do Commercio. Além disso, 42,3% intitularam o governador como o pior da história de Pernambuco. “Quem entende um pouco de política, sabe que Paulo Câmara é realmente o pior governador da história de Pernambuco. Eu sempre disse isso e agora nós temos a prova em números”, ressaltou o deputado federal, Silvio Costa (PTdoB).

Para o petebista, os índices devem estimular o aumento do número de candidaturas nas próximas eleições. “Com esse resultado, possivelmente teremos mais políticos se candidatando ao governo do estado. Se o PSB tiver juízo, não colocará Paulo Câmara para reeleição”, avaliou. Silvio também ressaltou que há a possibilidade dessa rejeição ser ainda maior. “Se já está assim agora, imagina quando sair o resultado da Lava Jato em Pernambuco. Paulo ficará ‘devendo voto’”, afirmou. 

##RECOMENDA##

A pesquisa foi feita em todas as regiões do estado de Pernambuco, nos dias 23 e 24 de março. No total, 2014 pessoas foram ouvidas; apenas 1% considera a administração ótima e 7% a classificam como boa. “A população está reagindo fortemente as promessas feitas por Câmara. Já passou da metade do seu mandato e muita coisa não saiu do papel”, avaliou a deputada estadual, Teresa Leitão (PT).  Para a petista, existe uma estrada muito grande entre planejar e executar, e o governador não soube administrar bem isso.”Ele prometeu dobrar o salário dos professores e não está pagando nem o piso”, salientou. 

Opinião de outros parlamentares

O deputado federal Daniel Coelho também concordou com o resultado do levantamento. “É um resultado natural do que estamos vivendo, por ser evidente que o governador frustrou a população. Basta olhar o caos que está a saúde e a educação, por exemplo. Seria estranho uma pesquisa não mostrar essa desaprovação”, afirmou. 

Por outro lado, o deputado estadual Waldemar Borges (PSB) e o deputado federal Tadeu Alencar (PSB) afirmam que a avaliação não condiz com a realidade de Pernambuco. “Me parece dissociada da realidade. O que a gente vê nas ruas é totalmente diferente do que mostra a pesquisa. Seja na gestão ou no sentimento das pessoas com as ações do governo”, avaliou Tadeu. “Esse resultado não bate em nada com o que a gente tem visto nas ruas e nem com o nosso levantamento interno”, ressaltou Borges. 

No balanço do Instituto, o senador Armando Monteiro (PTdoB) sai na frente com as intenções de voto. Ele foi escolhido por 22% dos entrevistados, como o merecedor para governar o estado de Pernambuco, em 2018, quando ocorre a eleição majoritária no Brasil. “É o candidato mais forte da oposição. Natural ser lembrado como primeiro pela população”, disse Silvio Costa. Em segundo lugar aparece o ministro Mendonça Filho (DEM) com 12%. Paulo Câmara em terceiro com 6% e Bruno Araújo em quarto com 2%. 

Em meio à crise brasileira, que reduziu os recursos para a ciência, foi anunciado ontem o início dos trabalhos do Instituto Serrapilheira. A instituição será financiada pelo documentarista João Moreira Salles, da família fundadora do Unibanco, e sua mulher, Branca Moreira Salles. O objetivo será apoiar pesquisadores brasileiros nas ciências naturais e exatas.

Moreira Salles e Branca doaram R$ 350 milhões a um fundo patrimonial. Seus rendimentos financiarão trabalhos de doutores em áreas como Medicina, Biologia, Matemática, Química e Física. A meta é buscar os melhores de cada área e ajudá-los a chegar a descobertas de destaque mundial. Trata-se da primeira instituição privada brasileira voltada a apoiar esses campos do conhecimento. A divulgação dos estudos será outro foco.

##RECOMENDA##

Até o fim do ano, devem ser anunciados os primeiros contemplados. Os recursos começarão a ser depositados em 2018. Serão selecionadas cerca de 140 pessoas, que receberão por volta de R$ 100 mil cada uma. Depois, os mais promissores poderão ganhar bolsas com valor individual de até R$ 1 milhão em três anos. Por ano, serão R$ 15 milhões.

As verbas poderão ser usadas livremente pelos pesquisadores. O destino poderá ser, por exemplo, compra de equipamentos, pagamento de salários de uma equipe ou viagens a congressos. O instituto busca tornar mais relevante a produção científica no País.

"O impacto da ciência brasileira ainda é pífio, com raríssimas exceções. Não temos nenhum Prêmio Nobel, nenhum Abel (de Matemática), só uma medalha Fields ( de Matemática, concedida a Artur Ávila). Há muitos jovens pesquisadores bons e sem nenhum tostão", disse o engenheiro Edgar Zanotto, professor titular da Universidade Federal de São Carlos, que está à frente do Conselho Consultivo da instituição.

Este conselho, de 12 notáveis, como o matemático francês Étienne Ghys e a geneticista Mayana Zatz, fará as escolhas de cientistas e projetos. A seleção levará em conta gênero, raça e local de origem. O objetivo é que os selecionados não sejam apenas homens brancos e do Sudeste e Sul . O diretor-presidente, o geneticista francês Hugo Aguilaniu, destacou que não haverá cobrança de resultado rápido nem de publicações em revistas científicas. Será respeitado "o tempo da ciência".

Moreira Salles espera inspirar outros. "Queremos ser grandes, criar cultura de ciência no Brasil, como é nos EUA, na China. Lá, é ‘cool’ ser cientista; aqui, é esquisito, coisa de nerd." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

O surfista Gabriel Medina, campeão mundial em 2014 e tido como um dos maiores talentos da modalidade, conseguiu realizar seu grande sonho ao inaugurar o instituto que leva seu nome em Maresias. "Estou muito feliz. Era um sonho meu e da minha família poder estar ajudando essas crianças. Ajudando o meu esporte também, que é o surfe. Me sinto orgulhoso em poder realizar esse sonho", afirmou, em entrevista coletiva, nesta terça-feira (31).

Ele investiu cerca de R$ 3 milhões e contará com 19 patrocinadores e apoiadores para fazer com que o espaço funcione. Ao todo serão 40 adolescentes, entre meninos e meninas, que terão aulas de surfe, natação e preparação física, além de aulas de inglês, palestras socioeducativas e ações que envolverão as famílias.

##RECOMENDA##

Eles também terão atendimento médico. Os participantes precisam comprovar frequências nas aulas de suas escolas e ter boas notas. As atividades serão realizadas de segunda a sexta-feira, nos períodos matutino e vespertino, sempre fora do horário escolar.

Simone Medina, mãe do surfista, será a presidente do instituto. "Estamos querendo trazer estrutura de condição para as crianças. Vamos trabalhar alguns princípios usando o esporte, algumas estratégias dentro das atividades usando os princípios para que fique enraizado. Isso que eu, com a minha vivência, tenho estudado. Visitamos muitos institutos, vemos qual a necessidade. Juntamos tudo isso e desenhamos. Um filho que nasceu. Agora ele vai engatinhar, andar..."

Gabriel e sua família visitaram outros projetos parecidos, como o do atacante Neymar e o do ex-tenista Gustavo Kuerten. Mas a grande diferença é que eles pretendem ajudar os atletas a chegarem no profissionalismo, investindo no esporte de alto rendimento. "Eu passei por muitas coisas e não tive essa estrutura que estou podendo colocar. Iria ser muito bom se tivesse tido. Nós, brasileiros, sabemos a batalha que é no dia a dia para ser algo. Com atitudes como essa, acho que vamos mudar o mundo. Eu estou tentando fazer a minha parte. Eu acredito nisso", explicou o atleta.

O instituto, construído em um terreno de 336 metros quadrados à beira-mar em Maresias, contará com auditório, academia, piscina semiolímpica ao ar livre, cama elástica (usada para aperfeiçoar manobras), refeitório, sala médica, espaço para reuniões, um palanque fixo e laboratório de informática.

"Por experiência, sabemos que os 16 anos é a idade limite para saber se será profissional ou não. O profissional ganha dinheiro e pode formar equipe. A partir daí ele pode contratar um preparador físico, montar a estrutura dele. Por isso escolhemos trabalhar até os 16 anos", disse Charles Saldanha, pai e técnico de Gabriel.

O surfista Gabriel Medina não vê a hora de o instituto que leva seu nome ficar pronto. As obras em Maresias, no litoral paulista, estão na reta final e as atividades devem começar em fevereiro. "Na verdade, achei que iria demorar mais. Era um sonho para mim e minha família, não esperávamos que fosse tão rápido. Consegui realizar com tão pouca idade, me sinto orgulhoso. O instituto já está quase saindo, é uma realidade e já consigo imaginar como vai ficar. Vai ser superlegal", afirma, radiante.

Ele está investindo cerca de R$ 3 milhões em recursos próprios e contará com patrocinadores e apoiadores para fazer com que o espaço funcione. Ao todo serão 60 adolescentes, entre meninos e meninas, que terão aulas de surfe, natação e preparação física, além de aulas de inglês, palestras socioeducativas e ações que envolverão as famílias. Também terão atendimento médico e precisam comprovar frequências nas aulas de suas escolas e boas notas. As atividades serão realizadas de segunda a sexta, nos períodos matutino e vespertino, sempre no contraturno escolar.

##RECOMENDA##

"Foi bastante trabalho investido ali, dinheiro, mas é um negócio que vale à pena. Eu e minha família já gostávamos de ajudar esses moleques", diz Medina. "Quando tinha uma prancha usada, uma roupa usada, eu doava, tentava ajudar ao máximo. O instituto será muito bom. Vamos continuar podendo ajudar, só que agora com uma estrutura melhor. Então não tem dinheiro ou tempo melhores investidos."

Gabriel visitou outros projetos parecidos, como o do atacante Neymar e o do ex-tenista Gustavo Kuerten. Mas a grande diferença é que ele pretende ajudar os atletas a chegarem no profissionalismo. "Não é só social, é alto rendimento também. Foi o que meu pai quis fazer. No Brasil, temos muitos atletas com grande potencial não aproveitado, até porque não têm uma oportunidade. Meu pai quis fazer isso para não perder esses talentos que às vezes não são descobertos. Vou ajudar bastante gente."

O surfista, campeão mundial em 2014 e tido como um dos maiores talentos da modalidade, conta que não teve uma oportunidade como essa quando era mais novo. "Se eu tivesse essa estrutura toda naquela época lá atrás, com certeza iria me ajudar. Na verdade, o jeito que a gente chegou até aqui, eu e meu pai, foi se virando. A gente via as coisas na internet, ouvia falar, tentava se adaptar a um treino ou outro. A verdade é que foi muita força de vontade, de estar ali todo dia na água me esforçando e procurando evoluir."

O instituto está sendo construído em um terreno à beira-mar em Maresias e contará com auditório, academia, piscina semiolímpica ao ar livre, cama elástica (usada para aperfeiçoar manobras), refeitório, sala médica, espaço para reuniões, um palanque fixo e laboratório de informática, graças a um patrocínio da Microsoft pela Lei de Incentivo ao Esporte, que permite a captação em empresas interessadas em destinar até 1% do seu Imposto de Renda devido. A Samsung, o Guaraná Antarctica e a Vult Coméstica, entre outros, vão ajudar desta maneira.

Também haverá patrocinadores fixos, que decidiram investir no local. A Coppertone, por exemplo, vai doar R$ 1 de cada protetor solar da marca vendido para o instituto. "A gente acredita que o Brasil tem de ser mais justo para todos. Temos uma ótima relação com o Gabriel, com sua família, e o surfe tem a ver com o estilo de vida que nossa marca propõe. Ele é um garoto fantástico e tirou dinheiro do bolso para levantar esse instituto", afirmou Giancarlo Fumagalli Guarnieri, gerente da marca, lembrando ainda que existe a possibilidade de ampliar o projeto para outras localidades.

Medina tem noção de que nem todos vão chegar longe como ele. Mesmo assim quer mostrar o caminho e dar quantos empurrões forem precisos. "A nossa intenção é ter bons atletas ali. Se realmente quiser ser surfista, tomara que chegue ao CT, seja o melhor, espero um dia realizar esse sonho que é competir com alguém que venha do meu instituto. Seria uma honra."

Para ele, a concretização desse sonho que é ter seu próprio projeto social vale quase como um título mundial de surfe. "Queremos transformar esses jovens em boas pessoas, com boa educação, mesmo que não se tornem sufistas. O mais legal é que minha família está envolvida, então vai ser um instituto carinhoso. Será especial. Não vai ser qualquer instituto."

Pelo terceiro ano consecutivo, o Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) irá realizar, em parceria com o Jornal do Commercio, uma série de pesquisas para saber a intenção dos eleitores na escolha dos candidatos a prefeitos do Recife. Vale lembrar que, no ano de 2012, o Instituto conseguiu antecipar o resultado no qual, o então candidato socialista Geraldo Julio (PSB), teve ampliado o seu percentual de intenções de voto elegendo-se gestor da cidade. 

Neste ano, o Instituto traz novidades. Serão apresentados aos eleitores, durante a realização das pesquisas, fotos dos candidatos. O cientista político e coordenador do IPMN Adriano Oliveira explica que o objetivo é resgatar os sentimentos dos eleitores. “Não buscamos apenas a intenção de votos, mas também verificar o sentimento, a reação da população ao ver as fotos dos candidatos para que possam dizer quem mais admira e em quem confia ou não”, declarou. 

##RECOMENDA##

Outra finalidade do Instituto será alcançar a expectativa da pesquisa eleitoral de 2012. “Com o trabalho que realizamos, conseguimos antecipar o resultado das eleições de Geraldo Julio, que ganhou em primeiro turno”, frisou Adriano.

Para o cientista, a série de pesquisas, que inicia em setembro, acontecerá em um bom momento, após as olimpíadas do Rio, que terminam no próximo domingo (21). “Toda a metodologia que será utilizada busca ver o interesse dos eleitores nesta disputa. Será feita num momento oportuno”, declarou.

Neste mês, o IPMN realizou uma pesquisa sobre os assuntos mais criticados entre os eleitores. A falta de segurança foi o mais censurado com 41,9%. O segundo tema com maior foco foi a saúde (12,7%), seguida por saneamento básico (12,6%), buracos nas vias e calçadas (10,6%), limpeza (3,2%), falta de água (2,1%), iluminação (1,7%), alagamento (1,3%), trânsito (1,2%) e acessibilidade (1,3%) – todas relativas à infraestrutura. A pesquisa foi realizada, no Recife, e em mais quatro cidades da Região Metropolitana (RMR) – Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Paulista e Cabo de Santo Agostinho.

 

 

Dez militantes petistas estão em vigília na porta do Instituto Lula, no bairro do Ipiranga, desde sexta-feira. Na madrugada deste domingo (13), um grupo de aproximadamente 15 militantes anti-petistas tentou pichar a sede do Instituto. Depois de uma "discussão verbal" com os petistas que fazem a segurança do local os pichadores foram embora.

A equipe do Instituto Lula decidiu abrir as portas da casa onde fica o setor administrativo, financeiro e de comunicação da entidade para mostrar os "estragos" deixados no prédio após as ações de busca e apreensão conduzidas pela Polícia Federal na última sexta-feira, 4, quando foi deflagrada a 24ª fase da Operação Lava Jato.

O prédio foi um dos alvos da ação, onde a PF apreendeu documentos e computadores. A ação de abertura da casa para a imprensa faz parte da estratégia de comunicação traçada pela direção do instituto com o ex-presidente, de aproveitar o momento de avaliação de que a Lava Jato e o juiz Sérgio Moro teriam exagerado ao conduzir Lula a força para depor.

##RECOMENDA##

O entendimento é que abre-se uma brecha com a opinião pública para mostrar que Lula e o PT são vítimas de uma operação usada politicamente. Celso Marcondes, diretor do Instituto Lula, classificou a ação da PF de "desnecessária" e disse que a equipe do instituto ficou "absolutamente indignada" com o caráter da ação na sede da instituição. "Nossa privacidade foi devassada", afirmou.

Dentro do prédio, Marcondes mostrou a jornalistas documentos revirados, caixas onde ficavam documentos e acervo do ex-presidente rasgadas e até uma porta arrombada, que dá acesso à sala do setor administrativo e financeiro. "Aquela porta arrombada foi um absurdo, é a sala do administrativo e do financeiro e a única sala daqui que fica trancada, mas a chave fica com uma das moças, então ninguém pediu a chave, arrombaram, foi completamente desnecessário aquilo", afirmou.

"Não tinha absolutamente nenhuma necessidade de fazer uma operação com 200 homens, usar toda essa violência, truculência, essa demonstração de força." O diretor disse ainda que o juiz Sérgio Moro fez um "mal" ao País ao autorizar a condução coercitiva de Lula. "O Moro fez um mal para o País, porque acho que os ânimos hoje estão muito mais acirrados. Se havia um clima de divisão, de acirramento, de ódio, acho que depois de sexta-feira jogaram gasolina na fogueira."

Marcondes pontuou que Lula já prestou três depoimentos ao Ministério Público Federal, com horário marcado. Em outubro, o ex-presidente falou sobre palestras pagas por empreiteiras, em dezembro depôs no âmbito da Lava Jato e, em janeiro, na Zelotes. Em fevereiro, Lula conseguiu adiar um depoimento que daria ao Ministério Público paulista, em processo conduzido pelo promotor Cássio Conserino sobre o tríplex no Guarujá. O diretor do instituto destacou a diferença dessa situação.

"Lula já prestou três depoimentos com data e hora marcada, para o Ministério Público Federal. Ele não prestou o quarto, pra São Paulo, pro procurador Conserino, porque (o processo) estava cheio de irregularidades, mas está pronto e disposto para fazer todos os depoimentos necessários."

O Instituto Lula divulgou neste sábado, em seu Facebook, que o grafiteiro Tody One produziu um desenho na porta da garagem da entidade, que havia sido pichada na madrugada. O local amanheceu com mensagens agressivas contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva: "Luladrão", "basta de corrupção" e "sua hora chegou corrupto".

Sob o título ‘Menos ódio, mais arte’, o Instituto reproduziu em seis fotos o passo a passo do grafite de Tody One no portão do Instituto Lula, que começou a ser feito no final da manhã e cobriu a pichação. Na nova imagem, destacam-se os dizeres ‘Luta de "Povo"’, ‘Força Luta Negro Luta’, ‘Xenofobia não passará. Somos Nordeste. Somos fortes… Somos Luta!’.

##RECOMENDA##

A pichação ocorreu após a condução coercitiva - quando o investigado é levado para depor e liberado - na sexta-feira (4), durante a Operação Aletheia, ápice da Lava Jato. O Instituto Lula foi um dos locais vasculhados pela PF. Os investigadores sustentam que a entidade teria recebido repasses de empreiteiras que formaram cartel no esquema de corrupção na Petrobras ‘a título de supostas doações e palestras’. Lula falou por mais de três horas em uma sala da Polícia Federal no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo.

Em seu instagram, Tody One compartilhou duas fotos do grafite. Segundo o Instituto Lula, o desenho cobriu também ‘a marca deixada pela explosão de uma bomba em frente ao portão’ da entidade no ano passado.

O Instituto Lula, através de sua assessoria de imprensa, rebateu as críticas do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e recomendou que o governador explique "desvios" no estado. Em evento na manhã deste sábado, Alckmin afirmou que o "ex-presidente é o retrato do Partido dos Trabalhadores (PT), que está envolvido em corrupção".

Em resposta à questionamento do Broadcast, a entidade afirma que "seria mais proveitoso para a população de São Paulo se o governador explicasse os desvios nas obras do metrô e na merenda escolar, a violência contra os estudantes e os números maquiados de homicídios no estado, ao invés de tentar desviar a atenção para um apartamento que não é e nunca foi de Lula".

##RECOMENDA##

Nesta semana, a Polícia Federal deflagrou a 22ª fase da Lava Jato, tendo como foco obras da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop), entre elas o edifício Solaris, no Guarujá (SP), onde a esposa de Lula, Marisa Letícia, teve direito de compra de um apartamento. O ex-presidente e a ex-primeira-dama foram intimados pelo Ministério Público de São Paulo a depor sobre o apartamento, na condição de investigados - a investigação tenta descobrir se houve ocultação de patrimônio.

"Eu acho que o Lula é o PT. O Lula é o retrato do PT, partido envolvido em corrupção, sem compromisso com as questões de natureza ética, sem limites. É muito triste o que estamos vendo", disse o governador, em evento realizado em São Paulo. "O que a sociedade espera é que seja apurado com absoluto rigor e se faça justiça".

A fala de Alckmin aos jornalistas ocorreu após solenidade de entrega de 734 novas viaturas para as polícias Civil e Militar, destinadas às unidades da capital. Desse montante, 265 novos veículos serão destinados à Polícia Civil, enquanto a Polícia Militar receberá 469 viaturas. O investimento total do Estado para a renovação da frota foi de mais de R$ 56 milhões.

O tratamento de câncer em Pernambuco será impulsionado com o novo Instituto de Oncologia construído no IMIP. O equipamento, cujo projeto foi lançado nesta terça-feira (4) pelo governador Paulo Câmara, homenageia o ex-governador Eduardo Campos e leva o seu nome.

Com orçamento de R$ 22 milhões, o projeto conta com uma estrutura de 12 andares, onde serão distribuídos o ambulatório, centro de diagnósticos e internamento. A ocasião de lançamento aconteceu no Hospital Dom Pedro II, no bairro dos Coelhos. Os familiares do homenageado, Renata e João Campos, estiveram presentes.

Ao todo, serão 24 leitos de urgência, 127 de internação e 20 de UTIs; seis salas cirúrgicas, outras seis de quimioterapia e 32 consultórios simples. Por ano, a nova unidade vai ter capacidade de oferecer 40 mil consultas, um incremento de 50% no atendimento do IMIP, que mantém no Estado o único centro de alta complexidade credenciado ao Ministério da Saúde.

Interessados em colaborar podem fazer doações através da conta 13005600-3, agência 3757, do Banco Santander, favorecido à Fundação Alice Figueira de Apoio ao IMIP. Com esta campanha, o hospital busca também parceiros que ajudem a manter os serviços por meio de contribuições mensais.

Em números, o Instituto de Oncologia do IMIP – Governador Eduardo Campos vai oferecer à população, anualmente: - 2.640 atendimentos de radioterapia; - 100 transplantes de medula óssea; - 9.000 novos pacientes atendidos; - 36.000 quimioterapias; - 40.000 consultas; - 8.640 cirurgias.

##RECOMENDA##

Pouco depois de se encontrar com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na tarde desta segunda-feira (9), na sede do Instituto Lula, no Ipiranga, João Pedro Stédile, da coordenação nacional do MST, confirmou que o movimento vai participar em peso do ato do dia 13 de março em defesa da Petrobras e contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Chamado por Lula, há duas semanas, no Rio, de chefe de "exército", Stédile fez questão de deixar claro que a participação no ato é uma defesa das instituições democráticas e não do governo Dilma, do qual é crítico. "Não é problema de defender governo, não. Nós vamos defender a democracia, a institucionalidade. Houve uma eleição legítima, uma maioria clara e essa institucionalidade para o bem do país e da democracia deve ser defendida", afirmou.

##RECOMENDA##

O líder sem-terra disse que o governo até agora está inerte, não cumpriu as promessas feitas na campanha e isso causa "estupefação" entre os movimentos sociais que apoiaram a reeleição. "A presidente foi reeleita com toda legitimidade, o que falta a ela é que nestes dois meses eles ainda não anunciaram nenhuma medida concreta que beneficie o povo. Então é essa estupefação porque Dilma foi reeleita para seguir um programa de melhorias para o povo e até agora o governo está inerte", disse Stédile.

Segundo ele, existe uma "onda conservadora" alimentada pela direita que ganhou a maioria no Congresso nacional e hoje mantém o governo acuado. "O governo foi reeleito em outubro do ano passado para fazer reformas em favor do povo. Os conservadores ganharam a maioria do Congresso e usam essa maioria para manter o governo acuado", afirmou.

Embora aponte a responsabilidade para o Congresso, Stédile criticou a composição do ministério que, segundo ele, "tem muitos conservadores". Para o coordenador do MST, a reação à frase de Lula sobre o "exército do Stédile", foi "exagerada e manipulada".

"A expressão exército é um verbete que se aplica a muitas coisas. É contingente. E naquele ato o Lula animado chamou a gente de exército. O próprio (Karl) Marx chamava os pobres de exército industrial de reserva.

Stédile disse que estava viajando no domingo e, portanto, não viu o panelaço em reação ao pronunciamento de Dilma na TV mas defendeu a manifestação. "Somos um país democrático. Todo mundo pode se manifestar desde que respeite o direito dos outros", disse ele.

Um dos maiores centros do budismo tibetano na China, o instituto Larung Gar, na província de Sichuan (sudoeste), sofreu um incêndio que danificou grande parte de suas instalações, informou o site oficial Zhongguo Winwen Wang. As causas do incêndio, declarado na noite de quinta-feira e que foi combatido por 450 bombeiros, policiais e socorristas, ainda não foram esclarecidas.

O incêndio provocou importantes danos materiais, ao menos 10 estruturas do local foram destruídas, mas não deixou vítimas. O instituto Larung Gar está situado no condado de Seda, a mais de 4.000 km de altura e longe das cidades. A mais próxima se encontra a centenas de quilômetros.

O instituto budista foi fundado em 1980 e rapidamente se converteu em um dos maiores centros mundiais do budismo tibetano, com uma população de 10.000 pessoas entre monges, monjas e estudantes. Em 2001, a polícia chinesa obrigou centenas de monges e monjas tibetanos a abandonarem o instituto e destruiu mil casas. A polícia exigia que os religiosos assinassem um documento que denunciava o Dalai Lama, líder espiritual tibetano.

Após este incidente, o fundador do centro, Khenpo Jigme Phuntsok, que faleceu em 2004, permaneceu detido por um ano. Desde 2009, mais de 120 tibetanos se imolaram ou tentaram fazê-lo para protestar contra a repressão religiosa e cultural que sofrem.

Brasília – A votação do projeto que cria o Instituto Nacional de Supervisão e Avaliação da Educação Superior (Insaes) ficará para o próximo ano. O Projeto de Lei 4.372/2012 tramita há mais de um ano na Câmara dos Deputados, e o Ministério da Educação (MEC) esperava que a tramitação fosse concluída neste ano e que o Inaes entrasse em funcionamento em 2014. A proposta, no entanto, ainda terá que passar pela Constituição e Justiça e de Cidadania e pelo Senado Federal.

O projeto, que tramita atualmente na Comissão de Finanças e Tributação (CFT), deveria ter sido votado nessa terça (17), mas a votação acabou sendo adiada para esta quarta-feira (18), e não foi concluída.

##RECOMENDA##

Pelo projeto de lei, o Insaes deverá supervisionar e avaliar instituições e cursos de educação superior e certificar entidades beneficentes que atuem na área de ensino básico e do superior. Segundo o MEC, o instituto é necessário para que a pasta consiga cumprir a função de autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar os cursos e os estabelecimentos de ensino superior do país, o que está previsto na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/96).

De acordo com o ministério, há falta de pessoal e de infraestrutura. O MEC acumula 28,5 mil processos regulatórios, de supervisão e de certificação e, de acordo com a Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior, seriam necessários 6,2 anos dedicados apenas a esse estoque para que a análise fosse concluída.

"O governo está discutindo com o Congresso Nacional a aprovação do projeto. O projeto é estratégico e o governo tem pressa", disse o secretário de Regulação e Supervisão da Educação Superior, Jorge Messias. "É o projeto mais estratégico e importante de fortalecimento da qualidade do ensino superior que a sociedade exige e espera do MEC", ressaltou o secretário. De acordo com Messias, o objetivo continua a ser a instalação da autarquia no próximo ano, e a verba está prevista no Orçamento de 2014. "O que está na secretaria vai para o Insaes", explicou.

Segundo o MEC, existem atualmente no Brasil 2,4 mil instituições de ensino superior, das quais 2,1 mil são privadas. De um total de 7 milhões de matrículas, 5,1 milhões são feitas nessas instituições. A maior parte delas, 76%, tem acesso a recursos públicos com programas como o Programa Universidade para Todos (ProUni) e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

Em sua maioria, as instituições particulares são contra o projeto de lei da forma como está redigido. As críticas principais são quanto ao pagamento de uma taxa para a fiscalização e o poder conferido ao MEC. O texto aprovado na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público, onde o projeto tramitou anteriormente, prevê que, nos três primeiros anos, a taxa terá valor fixo de R$ 3, no caso de instituições de ensino com número de matrículas igual ou inferior a 5 mil alunos, e de R$ 4 para aquelas com mais de 5 mil estudantes.

"Nunca ninguém no nosso país pagou para ser fiscalizado", afirmou a presidenta da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), Amábile Pacios. Critica-se também a possibilidade de o MEC intervir nas instituições e a exigência de que todo processo de fusão ou aquisição seja aprovado pela pasta. "Por que, em outros setores, esses processos obedecem às regras da economia e o nosso setor precisa de autorização prévia? O Cade [Conselho Administrativo de Defesa Econômica] já é responsável por isso e, caso seja necessário, pode ouvir o MEC", acrescentou Amábile.

Pesquisa feita com dois mil moradores de 63 favelas brasileiras mostra que a classe média dobrou de tamanho nas comunidades na última década, a exemplo do crescimento que aconteceu no País como um todo. A média salarial é de R$ 910 e metade das casas tem TV de plasma ou de LCD, computador e micro-ondas. A renda anual dos 11,7 milhões de brasileiros que vivem em favelas - população maior do que a do Rio Grande do Sul, o quinto estado mais populoso da federação - é estimada em R$ 63,8 bilhões.

A pesquisa é inédita, segundo o Instituto Data Popular (focado nas classes baixas), que aplicou os questionários. O objetivo é tirar da invisibilidade uma camada da população que tem muitas demandas e grande potencial de consumo. As perguntas foram elaboradas com a ajuda de moradores e foram direcionadas a hábitos de consumo, nível cultural e impressões sobre os serviços públicos. Dados do IBGE embasaram o estudo.

##RECOMENDA##

Os dados mostram que 59% dos habitantes de favelas não têm conta corrente e 65% não possuem cartão de crédito. Práticas informais, como o pagamento fiado, persistem, disse metade dos entrevistados. A divulgação foi feita nesta segunda-feira, 4,, no lançamento do Data Favela, instituto de pesquisa criado pelo Data Popular, de Renato Meirelles, e a Central Única das Favelas, ONG fundada por Celso Athayde. O Data Popular tem o intuito de identificar oportunidades de negócio nas comunidades.

As entidades estão promovendo o Fórum Nova Favela Brasileira, durante o qual os resultados são apresentados e comentados - o primeiro dia foi ontem, no Hotel Copacabana Palace, e o segundo é hoje, na sede da Cufa, no subúrbio de Madureira. "Quisemos lançar no hotel mais luxuoso do Rio para trazer a favela para cá", disse Meirelles. "A ideia é ter a favela como protagonista, porta-voz de sua história. É a primeira vez que se ouve a opinião dos moradores em larga escala. Este é um mundo invisível do ponto de vista da opinião e do consumo."

Dos jovens, 65% já foram revistados pela polícia, o que dá a medida do preconceito contra quem mora nas comunidades. A média de revistas relatada foi de 5,8 vezes. Em relação ao nível educacional e cultural, a pesquisa mostrou que mais de um terço das casas não tem um livro sequer, e que a média de escolaridade dos moradores é de apenas seis anos. Apesar das dificuldades, da precariedade que persiste no fornecimento de água, luz e saneamento, dois terços dos pesquisados afirmaram não querer sair da favela.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando