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O Ministério Público Federal (MPF) no Rio Grande do Norte apresentou denúncia contra os ex-presidentes da Câmara dos Deputados Henrique Eduardo Alves e Eduardo Cunha, além de mais quatro envolvidos em esquema de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Os ex-parlamentares são acusados de receber pelo menos R$ 11,5 milhões em propinas de empreiteiras, sem contar R$ 4 milhões repassados a clubes de futebol.

A denúncia ocorre no âmbito da Operação Manus, deflagrada no dia 6 de junho, e que deriva da Operação Lava Jato. A denúncia foi entregue nessa terça-feira (20) à Justiça Federal.

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Eduardo Cunha já se encontrava no Complexo Médico Penal do Paraná quando a Justiça Federal, a pedido do MPF no Rio Grande do Norte, acatou novo mandado de prisão preventiva contra ele e Henrique Alves. Este, por sua vez, foi preso pela Polícia Federal (PF) em sua residência, em Natal, e atualmente está na Academia de Polícia Militar do estado.

Além dos ex-parlamentares, também foram denunciados Leo Pinheiro, presidente da OAS e que está preso na PF no Paraná; o executivo da Odebrecht Fernando Luiz Ayres da Cunha, que vem colaborando com as investigações; o empresário e ex-secretário de Obras de Natal Carlos Frederico Queiroz Batista da Silva, conhecido como Fred Queiroz, atualmente preso no Quartel da Polícia Militar em Natal; e o empresário Arturo Silveira Dias de Arruda Câmara, sócio da Art&C Marketing Político Ltda., com sede na capital potiguar.

Para o MPF, entre Eduardo Cunha e Henrique Alves existia uma “parceria criminosa”. De acordo com a denúncia, os dois ex-parlamentares, ao menos entre 2012 e 2014, “solicitaram, aceitaram promessa nesse sentido e efetivamente receberam vantagens indevidas, de forma oculta e disfarçada, por meio de doações eleitorais oficiais e não oficiais, em razão da atuação política e parlamentar de ambos em favor dos interesses de empreiteiras”.

Por sua vez, Fred Queiroz, administrador da Pratika Locação de Equipamentos, e o cunhado de Henrique Alves, Arturo Arruda Câmara, contribuíram com a “estrutura organizada para lavagem, por meio de prestações de contas eleitorais, dos valores ilicitamente obtidos”. O esquema foi utilizado principalmente na campanha de Alves ao governo do Rio Grande do Norte em 2014.

Em 2013, Henrique Alves obteve ainda vantagens indevidas para os clubes de futebol ABC Futebol Clube e América de Natal, intercedendo à OAS para que celebrassem contratos de utilização da Arena das Dunas em condições mais favoráveis.

A Agência Brasil entrou em contato com a defesa de Henrique Alves, que não vai se manifestar sobre a denúncia.

Segundo o MPF, caso ela seja aceita pela Justiça Federal, os dois políticos responderão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro; Léo Pinheiro e Fernando Ayres por corrupção ativa e lavagem de dinheiro; e os empresários Fred Queiroz e Arturo Arruda por lavagem de dinheiro e organização criminosa. Os ex-deputados e os executivos da OAS e Odebrecht não foram denunciados por organização criminosa porque já respondem por esse crime em outras ações.

O MPF pediu ainda a reparação dos danos materiais e morais, no valor mínimo de R$ R$ 15,5 milhões, e a perda da função pública para os condenados.

Na última quinta-feira, dia 15, a Reuters divulgou que os representantes de Leonardo DiCaprio afirmaram que o ator devolveu um Oscar conquistado por Marlon Brando para investigadores dos Estados Unidos que apuram uma suposta lavagem de dinheiro de um fundo público da Malásia. A produtora responsável pelo filme O Lobo de Wall Street, estrelada por DiCaprio, foi acusada de desviar mais de 100 milhões de dólares desse fundo estatal para produzir o longa-metragem.

Através de um comunicado, também foi dito que DiCaprio está iniciando a devolução de outros itens, ainda não identificados, que o ator disse ter aceitado como presentes para um leilão de caridade de sua Fundação e que teve como origem pessoas ligadas ao fundo 1MDB, que está sendo investigado.

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Em outubro, o ator afirmou que ele estava cooperando com a investigação e que devolveria quaisquer presentes ou doações provenientes de fontes questionáveis.

O sr. DiCaprio começou a devolver esses itens, que foram recebidos e aceitos por ele com o propósito de serem incluídos em um leilão de caridade anual para beneficiar sua fundação. Ele também devolveu o Oscar originalmente conquistado por Marlon Brando, que foi entregue ao sr. DiCaprio como um presente conjunto da Red Granite (produtora acusada de desviar dinheiro) para agradecer por seu trabalho em O Lobo de Wall Street, diz o comunicado emitido na quinta-feira, dia 15.

Ainda segundo o veículo, a produtora investigada afirmou também em comunicado que está engajada nas discussões com o Departamento de Justiça e disposta a resolver esse caso, cooperando com as investigações.

A maioria dos ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) votou nesta terça-feira, 23, pela condenação do deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) a 7 anos, 9 meses e 10 dias de prisão em regime fechado e à perda do mandato na Câmara. Ele é acusado de lavagem de dinheiro devido a movimentações bancárias de US$ 15 milhões entre 1998 e 2006 em contas na ilha de Jersey, paraíso fiscal localizado no Canal da Mancha.

A maioria dos ministros seguiu a indicação Edson Fachin, que considerou a lavagem de dinheiro um crime de "natureza permanente", o que deve ter reflexo em futuras condenações da Operação Lava Jato, já que muitos dos políticos envolvidos no esquema de corrupção da Petrobras são também acusados desse crime. Antes desse entendimento, o crime de lavagem prescrevia em dez anos.

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Além de Fachin, votaram a favor da condenação de Maluf os ministros Luís Roberto Barroso, Rosa Weber e Luiz Fux. O único que votou pela absolvição de Maluf foi o ministro Marco Aurélio Mello, que considerou que o crime imputado a Maluf já perdeu a validade. "Eu votei pela prescrição. Não pensem que eu 'malufei'", declarou Marco Aurélio.

"Dinheiro público que foi desviado é dinheiro que não vai para a educação, não vai para a saúde, é dinheiro que não salva vidas. Punir esse tipo de delinquência é um marco da reestruturação do País. Ninguém deve ser punido para ser exemplo, somente se houver provas, e nesse caso há", disse Barroso.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusa Maluf de ter desviado de recursos de obras tocadas pelo Consórcio Águas Espraiadas, formado pelas construtoras OAS e Mendes Júnior e responsável por obras viárias em São Paulo. O desvio de recursos públicos de Maluf à frente da Prefeitura de São Paulo teria gerado prejuízo ao erário de cerca de US$ 1 bilhão.

Em conluio com seus parentes, Maluf teria ocultado e dissimulado a origem e natureza de recursos ilícitos por meio de transferência de valores envolvendo contas bancárias de fundos de investimentos.

A ação penal foi aberta em setembro de 2011 contra 11 acusados, entre eles Paulo Maluf e familiares. Somente o processo contra Maluf continua no Supremo, enquanto parentes passaram a responder na Justiça comum. Todos negam envolvimento no esquema.

No processo, os advogados de Maluf argumentaram que a ação não procede porque a acusação é de um suposto crime cometido antes de entrar em vigor a Lei da Lavagem de Dinheiro, que estabelece as punições para crimes do gênero. A lei foi editada em 1998.

A Polícia Federal em Pernambuco deflagrou, nesta quinta-feira (11), a Operação Couraça, em ação conjunta com a Controladoria Geral da União (CGU). O objetivo é combater fraude a licitação e desvio de recursos públicos. 

A Operação Couraça mobiliza 80 policiais federais e quatro servidores da CGU para o cumprimento de 20 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 5.ª Região nas cidades de Itapetim, Brejinho e São José do Egito, no sertão do Estado, e na capital, Recife. Os alvos da Polícia Federal são prefeituras, escritórios e residências. 

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O inquérito policial foi instaurado em 2016 com base na notícia-crime elaborada por um vereador de Itapetim e confirmada pelas diligências da polícia, que concluiu que a fraude também chegava ao município vizinho. Os fatos apurados apontam o favorecimento de “sócios laranjas” que ganharam diversas licitações para a realização de obras públicas com verbas federais, através de “empresas fantasmas”. A fraude ao caráter competitivo dos procedimentos licitatórios é crime previsto no artigo 90 da Lei 8666/93.

A Operação deflagrada nesta quinta-feira busca elucidar a prática de outros crimes, como lavagem de dinheiro e corrupção, praticados desde 2013 pela associação criminosa que já movimentou mais de R$ 40 milhões. 

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Por unanimidade, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu hoje (18) manter a prisão do ex-ministro Antonio Palocci pela Operação Lava Jato. Os ministros da Quinta Turma entenderam que a prisão preventiva de Palocci, decretada pelo juiz federal Sérgio Moro, é necessária para garantia da ordem pública e combater o atual quadro de "corrupção sistêmica e serial".

Palocci e mais 14 pessoas são réus em uma ação penal relatada por Moro na 13ª Vara Federal em Curitiba. Todos são acusados dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.

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De acordo com a Polícia Federal, a empreiteira Odebrecht tinha uma “verdadeira conta-corrente de propina” com o PT, partido do ex-ministro. Para os investigadores, a conta era gerida por Palocci, e os pagamentos a ele eram feitos por meio do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht – responsável pelo pagamento de propina a políticos – em troca de benefícios indevidos no governo federal.

A defesa de Palocci nega as acusações e sustenta que Sérgio Moro é parcial na condução do processo.

O juiz Sérgio Moro condenou, nesta quinta-feira (30), o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), a 15 anos e 4 meses de prisão por crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e evasão fraudulenta de divisas. A pena é correspondente a acusação de recebimento de propinas com a compra do campo petrolífero de Benin, na África, pela Petrobras em 2011.

A denúncia, formulada pelo Ministério Público Federal (MPF) faz parte da Operação Lava Jato. “Entre os crimes de corrupção, de lavagem e de evasão fraudulenta de divisas, há concurso material, motivo pelo qual as penas somadas chegam a quinze anos e quatro meses de reclusão, que reputo definitivas para Eduardo Cosentino da Cunha. Quanto às penas de multa, devem ser convertidas em valor e somadas”, condena Moro.

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O período, segundo a sentença, deve ser inicialmente cumprido em regime fechado. “A progressão de regime para a pena de corrupção fica, em princípio, condicionada à efetiva devolução do produto do crime, no caso a vantagem indevida recebida”, declara na decisão. 

O peemedebista foi preso preventivamente em 19 de outubro de 2016. Segundo a denúncia do MPF, Cunha recebeu 1,3 milhão de francos suíços oriundos da compra do petrolífero. A quantia foi paga operador do PMDB João Augusto Henriques por meio da offshore Acona International Investments no Banco Suíço BSI.

Veja a sentença na íntegra:

Em um dos esquemas de lavagem de dinheiro atribuídos pela Procuradoria da República ao ex-governador do Rio Sérgio Cabral, o peemedebista era o "patrão". Um dos delatores da Operação Calicute, o empresário Adriano José Reis Martins, dono de concessionárias de carro, detalhou ao Ministério Público Federal como "esquentou" dinheiro em espécie para Sérgio Cabral entre 2007 e 2014.

O ex-governador está preso desde novembro de 2016 em Bangu 8. O esquema de lavagem de dinheiro por meio das concessionárias de Martins é alvo da quinta denúncia da Procuradoria contra o peemedebista. Sérgio Cabral e seus aliados já são réus em três ações penais na Justiça Federal no Rio e em uma ação na Justiça Federal no Paraná.

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Martins relatou que "foi procurado em 2006 por Ary Ferreira da Costa Filho (‘Aryzinho’), que informou que, a pedido de Sérgio Cabral (‘patrão’), deveria fazer pagamentos a empresa Gralc’, ligada a Carlos Miranda, este apontado como o ‘homem da mala’ do peemedebista. Teriam sido pagos R$ 3,4 milhões à Gralc a título de consultoria".

Ary era servidor da Secretaria de Estado da Fazenda do Rio, cedido à Secretaria da Casa Civil e foi exonerado em 6 de dezembro de 2016. Aryzinho foi preso em fevereiro na Operação Mascate, desdobramento da Calicute, que prendeu Sérgio Cabral.

O delator disse que "atendeu o pedido, haja vista que não teria qualquer prejuízo com a operação, bem como poderia manter um bom relacionamento com o Governo Estadual". Segundo o delator, não houve prestação de serviço.

"Os valores em espécie e a nota fiscal eram entregues em mochilas pelo próprio Ary ao depoente mensalmente; que quando não eram entregues mensalmente eram entregues posteriormente, mas sempre com uma periodicidade", relatou. "A partir de 2014 as entregas de dinheiro em espécie e notas fiscais pararam de ocorrer."

A defesa de Sérgio Cabral não retornou ao contato da reportagem. O advogado Julio Cezar Leitão, que defende Ary Ferreira da Costa Filho, informou que vai se manifestar nos autos.

O pastor Silas Malafaia foi indiciado pela Polícia Federal (PF) por lavagem de dinheiro e o envolvimento em um esquema de corrupção ligado a royalties de mineração. O líder da Associação Vitória em Cristo, ligada à Assembleia de Deus, é investigado pela Operação Timóteo e foi alvo, em dezembro do ano passado, de um mandado de condução coercitiva. A informação é da Revista IstoÉ.

Malafaia é suspeito de “emprestar” as contas bancárias da instituição religiosa para ocultar a origem ilícita de valores fraudados a partir de operações feitas com um escritório de advocacia de Jader Pazzinato. Pazinato, segundo a PF, teria recebido recursos ilícitos desviados de prefeituras e repassado propina, por isso também foi indiciado por corrupção ativa e peculato. 

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Após a condução coercitiva na Operação Timóteo em dezembro, o pastor publicou mensagens no Twitter negando as suspeitas. “Eu sei o poder das trevas”, cravou. Além de Malafaia, a PF indiciou outros 49 investigados, dentre eles o ex-diretor do DNPM Marco Antônio Valadares e Alberto Jatene, filho do governador do Pará, Simão Jatene.

A prática de lavagem de dinheiro pode passar a ter uma punição mais rigorosa. Isto porque o Projeto de Lei do Senado (PLS) 74/2016, de autoria do senador José Reguffe (sem partido-DF), quer tornar o crime inafiançável. Além de proibir o pagamento de fiança, o texto também nega a liberdade provisória do acusado. A proposta está em análise na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Casa Alta e depois segue para votação no Plenário.

Ao justificar o projeto, Reguffe afirmou que a lavagem de dinheiro serve para encobrir diversos crimes, entre eles, comércio de drogas e legalizar bens obtidos de maneira ilícita. Segundo o senador, quem comete o delito merece ser julgado de maneira rígida.

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"A lavagem de dinheiro merece tratamento legal rigoroso, uma vez que permite a traficantes, contrabandistas de armas, terroristas, ou funcionários públicos corruptos e empresários corruptores, entre outros, continuarem com suas atividades criminosas, facilitando seu acesso aos lucros ilícitos", disse.

Segundo a cartilha Lavagem de Dinheiro – Um Problema Mundial, 2% do Produto Interno Bruto mundial (cerca de US$ 500 bilhões) que transitam na economia internacional é “dinheiro sujo”. O relatório, elaborado pela 2ª Câmara de Coordenação e Revisão da Procuradoria Geral da República, em 2012, apontou que, até 2011, 677 pessoas foram denunciadas por lavagem de dinheiro no Brasil e apenas 74 foram condenadas pelo crime.

*Com informações da Agência Senado

Os casos de corrupção registrados recentemente no Brasil instigaram a AML, companhia atuante no ramo de prevenção empresarial, a promover uma capacitação que combate lavagem de dinheiro. O evento será realizado em São Paulo, do dia 28 a 31 de março, e já conta com inscrições abertas.

Denominado ‘Curso Avançado de Prevenção e Combate à Lavagem de Dinheiro’, o encontro promete expor iniciativas de prevenção contra casos de corrupção nas empresas. Ao todo, a duração da qualificação será de 32 horas.

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O curso será conduzido pelo especialista em prevenção e combate a fraudes Alexandre Botelho. Em seu currículo, o profissional possui passagens por gerências em instituições financeiras e liderou equipes de monitoramento, investigação e comunicação de operações e situações suspeitas.

O investimento na qualificação é de R$ 3.200. As inscrições devem ser realizadas pelos telefones (11) 5011-5956, 5013-3390 ou pelo e-mail educacional@amlconsulting.com.br

Serviço

Quando: de 28 a 31 de março de 2017

Horário: das 9h00 às 18h00

Onde: Av. do Café, 429 – Vila Guarani, São Paulo (próximo à estação Conceição do Metrô – Linha 1-Azul)

Inscrições abertas até dia 27 de março de 2017 ou enquanto durarem as vagas

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi denunciado pelo Ministério Público Federal de Brasília pelos crimes de tráfico de influência, lavagem de dinheiro e organização criminosa no âmbito da investigação Zelotes.

Além do ex-presidente, seu filho Luis Claudio Lula da Silva e mais duas pessoas foram denunciadas pelos mesmos crimes. Segundo as primeiras informações, os crimes foram cometidos entre os anos de 2013 e 2015, e atingem a compra de 36 caças do modelo Gripen pelo governo brasileiro e os incentivos fiscais dados pelo governo ao setor automobilístico através de medida provisória.

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De acordo com a denúncia, Lula atuaria junto ao governo federal para beneficiar clientes da empresa Marcondes e Mautoni Empreendimentos e Diplomacia. Com a ajuda, a empresa teria repassado R$ 2,5 milhões ao filho de Lula.

A Operação Zelotes foi deflagrada em março do ano passado com o objetivo de desarticular uma quadrilha que atuava no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) e que "vendia" decisões sobre diversos temas administrativos.

O Ministério Público Federal (MPF) em Pernambuco apresentou um recurso ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) solicitando que as investigações oriundas da Operação Turbulência sejam desarquivadas. O documento foi encaminhado à Corte Judicial nessa quarta-feira (30). O processo foi trancado no último dia 8 pela Segunda Turma do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5).  A Operação Turbulência investiga a formação de uma organização criminosa para operar um esquema de lavagem de dinheiro. A suspeita é de que o grupo tenha movimentado mais de R$ 600 milhões em ações irregulares e tenha financiado a campanha do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), em 2014.

O trancamento da ação se deu em função do julgamento do habeas corpus impetrado por um dos réus, o empresário Apolo Santana Vieira. No habeas corpus, a defesa de Apolo Vieira alegou que não poderia haver condenação pelo crime de organização criminosa sem que ficasse comprovada a ocorrência da lavagem de dinheiro e, por isso, o processo não deveria ter andamento. Ao arquivar a ação Segunda Turma da Corte considerou que faltam evidências na denúncia do MPF.

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O MPF considera, entretanto, que a denúncia é “rica em detalhes” e “deixa evidente a existência de uma organização criminosa, descreve seu funcionamento e o papel que cada acusado exercia no grupo, e ainda relata vultuosas operações financeiras envolvendo os acusados com empresas de fachada, o que é suficiente para que a ação penal tenha prosseguimento”.

Autor do recurso, o procurador regional da República Joaquim José de Barros Dias considera que o trancamento da ação penal é “prematuro, inconveniente e contrário ao interesse público”. “Que interesse deve prevalecer neste momento? O do acusado, que não deseja ser processado, ou o da sociedade, que confia na justiça e quer ver apurados os fatos?”, questionou. Ainda não há uma data prevista para o STJ julgar o recurso, mas a expectativa é de que seja analisado até o dia 20 de dezembro. 

Além de Apolo Vieira, a ação penal também indiciava os empresários João Carlos Lyra Pessoa Mello Filho, Eduardo Freire Bezerra Leite, Arthur Roberto Lapa Rosal e mais 14 pessoas. Crimes contra o sistema financeiro nacional, como agiotagem, desvios de recursos públicos federais e pagamentos de propina a políticos também compõe a lista de acusações dos indiciados. Os quatro empresários, de acordo com o MPF, eram líderes e gerentes do esquema. No primeiro grupo, enquadram-se João Carlos Lyra, Eduardo Leite e Apolo Vieira. Já Arthur Rosal estaria no segundo.

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O prefeito de Ribeirão, na Zona da Mata Sul de Pernambuco, Romeu Jacobina de Figueiredo, foi preso na Operação Terra Arrasada II, deflagrada nesta quinta-feira (1º). Foram cumpridos sete mandados de prisão preventiva e 11 mandados de busca e apreensão domiciliar pelos crimes de responsabilidade, uso de documento falso, lavagem de dinheiro e crime organizado na Prefeitura de Ribeirão.

A operação visa combater a prática da “política da terra arrasada”, quando o gestor candidato não consegue se reeleger ou eleger seu candidato e começa a deixar uma dívida pública, zerando os cofres, destruindo documentos, entre outras ações. Na fase anterior, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), coordenador da operação, havia conseguido o afastamento do prefeito, mas ele conseguiu reassumir o cargo. 

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“Ele voltou à prefeitura e seguiu fazendo os mesmos desmandos, falsificando empenhos e continuando a lapidar o patrimônio da prefeitura”, comenta o procurador Ricardo Lapenda. Além do prefeito, secretários e o empresário Romero Urquiza Veras também são alvos dos mandados.

A Polícia Civil conseguiu apreender seis armas de fogo, que estavam em um sítio e na residência de Urquiza no Recife. O empresário também aparece como proprietário da empresa de coleta de lixo do município que, conforme as investigações apontaram, era fantasma. “No endereço da empresa não havia espaço para caminhões. Ele trabalhava numa sala minúscula, em um prédio em Ribeirão e ficava com todo o dinheiro das licitações superfaturadas e subcontratava caçambas através de um terceiro envolvido que também está preso”, completa o procurador.

O trabalho operacional contou com 85 policiais civis. Os presos e materiais apreendidos foram encaminhados ao Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri), no Recife.

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Um ex-funcionário de um restaurante foi preso com 15 carros de luxo em Curitiba, no Paraná. Marcelo Henrique de Freitas, de 41 anos, vai responder pelo crime de estelionato e lavagem de dinheiro.  A mulher dele, Fernanda Maria Rosa, 37, também foi detida.

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De acordo com a Polícia Civil, Marcelo Henrique trabalhava no setor financeiro de um tradicional restaurante de Curitiba e tinha acesso às contas bancárias das vítimas. Ele utilizou os dados para começar a fazer transferências e desviar recursos da empresa. A prisão ocorreu na última sexta-feira (25)

Na casa do estelionatário, os policiais do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) encontraram os seguintes carros de luxo: duas BMW, dois Audi, dois Camaro, um Corvette, Ford Edge, Fremont, Toro, Amarok, Optima, dois Maréa e um Golf. Os veículos estavam no nome de Fernanda e estão avaliados em mais de R$ 1 milhão, considerado um patrimônio incompatível para o casal.

“Existe a suspeita que ele tenha falsificado a assinatura em cheques para movimentar os recursos. A suspeita é que o golpe pode ter rendido mais de R$ 1 milhão para o casal”, resumiu o delegado do Cope, Rodrigo Brown. Além dos carros, os policiais encontraram cerca de R$ 8 mil em espécie e uma carga desviada de biscoito servido no restaurante.

Em outro endereço, na residência de um parente do casal, a polícia fez o resto das apreensão da operação. Lá foram encontradas diversas munições de uso restrito, três armas com registro vencido e uma máquina de recarga de munição. Um homem identificado como Júlio Takeshi Saito foi detido em flagrante e vai responder por posse ilegal de munição de calibre restrito.

Nesta quarta-feira (23), a Polícia Civil realiza a terceira fase da Operação Pulverização, que investiga crimes de falsidade idológica, lavagem de dinheiro, fraude à licitação e organização criminosa no município de Belém de Maria, na Mata Sul de Pernambuco. Anteriormente, o prefeito da cidade, Valdeci José dos Santos, foi preso e a vice-prefeita, Maria Amália Silva do Egito, afastada.

Nas primeiras fases, a Pulverização desarticulou um núcleo econômico empresarial e um núcleo político. A organização criminosa envolvia empresários e entes públicos que desviaram verbas no valor de R$ 9,7 milhões dos cofres públicos. 

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A terceira fase cumpriu, até o momento, três mandados de prisão. Nas fases anteriores, 18 pessoas foram presas. A Operação Pulverização foi feita em parceria com o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas do Ministério Público de Pernambuco (GAECO-MPPE).  

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O Ministério Público Federal informou nesta quinta-feira (10) que os dois alvos da Operação Dragão, 36ª fase da Lava Jato deflagrada nesta quinta-feira (10) Adir Assad e Rodrigo Tacla Duran foram responsáveis por lavar mais de R$ 50 milhões para empresas investigadas no esquema. O juiz federal Sérgio Moro expediu mandado de prisão preventiva contra Adir Assad.

Segundo a força-tarefa da Lava Jato, os dois são 'operadores financeiros especializados na lavagem de capitais de grandes empreiteiras envolvidas na Operação Lava Jato'.

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"A partir das investigações foram encontradas diversas evidências de que os operadores utilizaram-se de mecanismos sofisticados de lavagem de dinheiro, entre os quais o uso de contas bancárias em nome de offshores no exterior, a interposição de empresas de fachada e a celebração de contratos falsos", diz nota da Procuradoria da República, no Paraná.

A investigação aponta que 'as provas coletadas em fases anteriores da Operação Lava Jato, somadas à análise das informações obtidas por intermédio de afastamentos de sigilo bancário, fiscal e telemático, permitiram identificar que os referidos operadores financeiros participaram ativa e continuamente do grande esquema criminoso de corrupção investigado pela força-tarefa'. A força-tarefa afirma que também foram colhidos depoimentos e provas por meio de acordos de colaboração, 'em que executivos confirmaram a natureza dos repasses financeiros aos envolvidos com o objetivo de praticar a lavagem dos capitais'.

De acordo com a Procuradoria, Rodrigo Tacla Duran foi responsável por lavar dezenas de milhões de reais por intermédio de pessoas jurídicas por ele controladas.

"Diversos envolvidos no caso valeram-se dessas empresas a fim de gerar recursos para realizar pagamentos de propina, como a UTC Engenharia e a Mendes Júnior Trading Engenharia, que repassaram, respectivamente, R$ 9.104.000,00 e R$ 25,5 milhões ao operador financeiro entre 2011 e 2013. No mesmo período, outras empresas contratadas pela administração pública também realizaram depósitos de mais de R$ 18 milhões com o mesmo destino", aponta a nota do Ministério Público Federal.

A força-tarefa sustenta que 'as investigações também comprovaram que Adir Assad, por meio de transferências de contas mantidas por suas empresas em território nacional, repassou R$ 24.310.320,37 para Rodrigo Tacla Duran'. Empresas relacionadas a Ivan Orefice Carratu, ligado a Rodrigo Duran, receberam de Adir Assad a quantia de R$ 2.905.760,10, segundo a Procuradoria.

As equipes policiais estão cumprindo 18 ordens judiciais, sendo 16 mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão preventiva na Operação Dragão. Nota da PF informa que aproximadamente 90 policiais federais estão cumprindo as determinações judiciais em cidades dos estados do Ceará, São Paulo e Paraná.

São apuradas as práticas, dentre outros crimes, de corrupção, manutenção não declarada de valores no exterior e lavagem de dinheiro.

O nome "dragão" dado à investigação policial é uma referência aos registros na contabilidade de um dos investigados que chamava de "operação dragão" os negócios fechados com parte do grupo criminoso para disponibilizar recursos ilegais no Brasil a partir de pagamentos realizados no exterior.

Os registros são das planilhas do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, chamado por

A Polícia Civil do Distrito Federal cumpriu nesta sexta-feira (2) mandado de busca e apreensão no Palácio do Buriti, sede do governo local. O alvo é o coronel Cirlândio Martins dos Santos, ex-chefe de Gabinete da Casa Militar, exonerado há uma semana.

Também foram feitas buscas nas casas dele e do policial militar reformado João Dias, ambas em Sobradinho, cidade a 25 quilômetros de Brasília. Os dois são investigados por um episódio ocorrido em 2011. À época, João Dias teria ido ao Buriti e deixado cerca de R$ 150 mil no gabinete do então secretário de Governo, Paulo Tadeu, hoje conselheiro do Tribunal de Contas do DF.

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A polícia apura a origem do dinheiro, a participação do coronel Cirlândio no caso e o que motivou João Dias a deixar essa verba no gabinete de Paulo Tadeu, que, à época, negou ter recebido. De acordo com o delegado Adriano Valente, não há indícios de pagamento de propina, mas há suspeitas de lavagem de dinheiro. “Até o momento, parece descartada a versão de que se trataria de dinheiro de propina. Portanto, já se evidenciam indícios de lavagem de dinheiro, porque o investigado, João Dias, se desfez de uma enorme quantia, cuja origem não foi explicada, de uma falsa comunicação de crime, ocorrida à época, bem como de um aparente crime de falsidade ideológica, que circundou toda essa situação”.

Nas ações de hoje, foram apreendidos documentos, computadores e celulares dos investigados. O policial militar reformado, João Dias, prestou depoimento à polícia, depois de ter descumprido seis intimações desde que as investigações começaram.

Questionado se a ação da Polícia Civil no Palácio do Buriti seria uma forma de pressionar o governo do DF devido à greve da categoria, o delegado negou e disse apenas que foi cumprida uma ação judicial em momento oportuno.

O coronel Cirlândio Martins e o policial militar reformado João Dias não foram localizados pela reportagem.

A Polícia Federal pediu à Justiça que determine a alienação antecipada dos bens dos alvos da Operação Turbulência - investigação sobre esquema de lavagem de dinheiro público desviado.

No relatório final do inquérito, documento com 153 páginas, a delegada Andrea Pinho Albuquerque requereu a medida com relação aos veículos, embarcações e aeronaves apreendidas 'em poder das pessoas indiciadas'.

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Turbulência indiciou 18 alvos e desmantelou organização criminosa sediada em Recife 'que se valia das contas de pessoas físicas e jurídicas, em sua maior parte empresas fantasmas ou de fachada constituídas em nome de laranjas, para fazer circular recursos de origem espúria'.

Segundo a PF, o esquema supostamente liderado pelo empresário João Carlos Lyra ocultava não só os remetentes e os verdadeiros destinatários dos valores ilícitos, mas também os reais controladores das contas investigadas.

A organização criminosa, sustenta a PF, foi desvelada a partir de investigação iniciada através de relatório de inteligência financeira elaborado pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF)), que apontou movimentações suspeitas nas contas de duas empresas utilizadas para a aquisição da aeronave Cessna Citation prefixo PR-AFA - em agosto de 2014, o avião caiu em Santos (SP) e matou o então candidato à Presidência, Eduardo Campos, ex-governador de Pernambuco.

Ao requerer alienação antecipada de bens dos alvos da Turbulência, a delegada Andrea Albuquerque destacou que a Lei 12.683/2012 introduziu diversas alterações à Lei 9613/98, 'notadamente com relação ao processamento e à repressão ao crime de lavagem de dinheiro'.

"Dentre essas inovações, previu a possibilidade de alienação antecipada dos bens apreendidos, de forma a preservar o seu valor e a evitar sua deterioração e/ou depreciação."

Andrea observa, ainda, que a Recomendação 30 do Conselho Nacional de Justiça, de 10 de fevereiro de 2010, adverte no sentido de evitar deteriorações ou mau uso de bens que se encontram à disposição da Justiça.

"Nessa toada, importante ressaltar que a Superintendência Regional de Polícia Federal em Pernambuco não dispõe de estrutura adequada para a guarda e depósito de bens apreendidos de alto valor, em especial aqueles que se traduzem em produtos de luxo (carros importados, lanchas, iates, helicópteros, aeronaves, relógios e obras de arte), tampouco dispõe de verba própria e dotação orçamentária específica visando a administração e preservação de tais bens."

A delegada da PF alerta que a manutenção (dos bens) por mais tempo causará 'transtornos e fragilizações do ambiente que não é vocacionado nem preparado para tal missão'.

"Por esse motivo, acredita-se que a alienação antecipada dos bens de luxo apreendidos seja a medida mais profícua para resguarda os interesses tanto da Justiça, quanto dos investigados, salientando que com relação aos relógios, helicópteros, aeronaves e embarcações.

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O juiz da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, Marcelo Bretas, condenou na quarta-feira, 3, o ex-presidente da Eletronuclear Othon Luiz Pinheiro da Silva a 43 anos de prisão pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, embaraço a investigações, evasão de divisas e organização criminosa. Outros 12 réus também foram condenados na ação penal, que investiga crimes cometidos na construção da usina nuclear de Angra 3.

Othon foi acusado pelo Ministério Público Federal de cobrar propina em contratos com as empreiteiras Andrade Gutierrez e Engevix. Ele foi um dos alvos da 16ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Radioatividade, que avançou sobre irregularidades em contratos no setor elétrico. Preso em julho do ano passado, foi para o regime aberto em dezembro, mas voltou a ser preso no mês passado pela PF durante a Operação Pripyat acusado de continuar a exercer influência na Eletronuclear.

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"O condenado abriu mão de sua honrada história para praticar, já na fase derradeira de sua vida profissional, atos de lavagem de capitais, falseando contratos comerciais, possivelmente para garantir uma aposentadoria mais confortável", escreveu Bretas na sentença.

A filha de Othon, Ana Cristina da Silva Toniolo, também foi condenada e deve cumprir pena de 14 anos e 10 meses de reclusão em regime fechado, além de pagar multa.

Segundo a Procuradoria, os pagamentos de propina a Othon foram realizados por meio de empresas intermediárias para a Aratec Engenharia, controlada pelo vice-almirante e por sua filha. A investigação rastreou ao menos R$ 4,5 milhões em uma conta da Aratec.

Empresários

Também condenados, executivos da Andrade Gutierrez tiveram suas penas reduzidas após fecharem acordos de delação premiada. O presidente afastado da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, por exemplo, teve perdão de 15 anos. Ele foi condenado a sete anos e quatro meses de reclusão. Para Flávio Barra, diretor da empreiteira, a pena definida foi de seis anos e 10 meses. Sem a delação teria de cumprir 20 anos e 6 meses.

Um dos sócios da construtora Engevix, o engenheiro José Antunes Sobrinho, teve a segunda maior pena, de 21 anos e 10 meses. Cristiano Kok, também da Engevix, foi absolvido por falta de provas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Procurador da República desde 2003, Vladimir Aras entrou para a Secretaria de Cooperação Internacional do Ministério Público Federal dez anos depois. No órgão, ocupa hoje o cargo máximo. Desde 2014, Aras atua na área de cooperação internacional do Grupo de Trabalho formado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para a Operação Lava Jato.

Especialista em combate à lavagem de dinheiro e à corrupção, Vladimir Aras afirma que "não existe um enfrentamento eficiente ao crime organizado e nem contra a corrupção" sem "estratégia de sufocação econômica da organização criminosa".

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"Para que o crime não compense, eu preciso que os confiscos sejam implantados no momento da condenação definitiva, que os bloqueios sejam dados no momento da investigação e que o processo penal não demore muito, porque corre o risco da prescrição. Quando há prescrição, não há condenação definitiva. Não havendo condenação definitiva, não pode haver o confisco", explicou o procurador.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Vladimir Aras também analisou a Olimpíada do Rio e o terrorismo. "A preocupação existe, tem de existir", afirmou. "Não quero dizer com isso que tenha alguma informação de ameaça terrorista no Brasil. Este é um País (em) que nós matamos 60 mil pessoas por ano, é muito fácil matar no Brasil", disse o procurador.

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