Tópicos | lockdown

Na tarde deste sábado (03), durante coletiva de imprensa, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que evitar lockdown é ordem do presidente Jair Bolsonaro. Para Queiroga, a população precisa fazer a sua parte usando máscara, evitando aglomeração e cumprindo o isolamento social.

"Nós precisamos nos organizar para que evitemos medidas extremas e consigamos garantir que as pessoas continuem trabalhando, ganhando o seu salário, renda, e a economia funcione, deixando essas situações extremas para o último caso", apontou o ministro.

##RECOMENDA##

A coletiva deste sábado aconteceu após Queiroga se reunir com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e com a Organização Mundial da Saúde (OMS) para a aquisição de kits usados para a intubação de pacientes com a Covid-19. 

Segundo o ministro, a OMS está empenhada em ajudar o Brasil para superar a pandemia da Covid-19 e não fez críticas ao trabalho do governo Bolsonaro no compate à crise sanitária.

Após perder em uma semana o pai e o irmão por complicações da Covid-19, o prefeito de Mongaguá, Márcio Melo Gomes (Republicanos), fez uma transmissão ao vivo, na tarde de terça-feira (30) para responder aos ataques que vinha sofrendo por ter adotado medidas mais duras de isolamento social. De uma família de comerciantes, o prefeito emocionou quem o assistia ao afirmar que preferia ouvir do pai e do irmão que o comércio deles havia quebrado do que chorar a morte deles. "Porque nós já quebramos e, com a vida, conseguimos dar a volta por cima. Infelizmente, por essa doença, eles perderam a vida", disse, chorando.

Ao Estadão, o prefeito disse que, mesmo sob a forte emoção pelas duas mortes seguidas, decidiu fazer a live. "Evitei ao máximo, porque meu pai havia ficado internado 14 dias e faleceu na segunda-feira passada. A gente tinha a missão de não deixar vazar (a morte do pai), pois meu irmão estava internado, com o celular na mão e apresentando alguma melhora. Mas era ter feito já no domingo, pois estávamos com a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) lotada, com 22 pacientes graves, muitos deles entubados, e outros à espera de transferência. Aí veio o segundo baque, com a morte de meu irmão. Eu estava exausto e, mesmo destruído por dentro, acabei colocando para fora os sentimentos aflorados. Precisava dar uma resposta para a população."

##RECOMENDA##

O prefeito e sua família vivem do comércio, mas ele não viu outra medida senão restringir atividades comerciais para reduzir a transmissão do vírus. As lojas estão fechadas e os mercados funcionam de segunda a sexta-feira. Na live, o prefeito falaria sobre uma lei que prevê multa de R$ 200 para quem for flagrado sem máscara. Com a dor da perda dos familiares, acabou mudando o discurso e adotando um tom emocionado. "A minha família vive do comércio, eu estou no comércio desde os 9 anos, quando acompanhava meu pai ao açougue dele. No comércio, a gente quebra, mas se levanta. E na morte, quem pode dar jeito?", perguntou ao repórter.

Gomes criticou a "falta de consciência" de parte da população que desrespeitava as medidas restritivas e pedia a abertura do comércio. "Vi algumas pessoas ligadas a academias e ao comércio dizendo que o prefeito vai fechar o comércio, que o prefeito vai quebrar a cidade. Em todo esse ano, tudo o que pude fazer para conciliar as duas coisas, para proteger o cidadão de Mongaguá e o comércio tentar sobreviver, vocês podem dizer que fiz o máximo que pude."

O pai do prefeito, Givaldo Gomes, de 64 anos, estava internado no Hospital Regional de Itanhaém e morreu no último dia 22. Já o irmão dele, Givaldo Gomes Junior, tinha 33 anos e apresentou sintomas da covid logo após a internação do pai. Seu quadro piorou, ele foi internado na Santa Casa de Santos, mas não se recuperou e morreu na madrugada de domingo, 28. Na live, ele lembrou que o comércio pode ser recuperado, mas a morte não tem reparação. "Como eu queria hoje, com a minha família inteira sendo do comércio, sair dessa live e escutar do meu pai e do meu irmão assim: 'Eu quebrei, o meu comércio quebrou'", disse, lembrando que eles já não estão entre os seus entes queridos.

Gomes prosseguiu, lembrando que as medidas tinham sido adotadas para preservar vidas. "Não existe nada mais precioso do que a vida de vocês. Mas principalmente de quem vocês amam. Eu não quero que ninguém quebre. Mas como eu queria ouvir agora do meu pai e do meu irmão - um menino de 33 anos de idade que deixou duas filhas e uma mulher -, como eu queria poder escutar isso deles quando acabar essa live", afirmou o prefeito.

Nesta quarta, 31, o prefeito não deu expediente na prefeitura, cumprindo o luto em sua casa, mas não conseguiu descansar. Ele disse ter recebido muitas mensagens e manifestações de pessoas de Mongaguá e de outras cidades. "Não consegui responder a todas. Deixo claro que não fiz isso para viralizar, o que quis deixar claro é que o importante nesse momento é se cuidar e cuidar do próximo, para que não aconteça o que aconteceu com a minha família. Meu desejo é que ninguém mais passe por isso."

Ele disse que não conseguiu ver o vídeo todo depois. "Fico mal vendo de novo, mas percebo que muitas pessoas se comoveram, inclusive algumas que tinham pensamentos contrários aos meus. É tudo muito doloroso, mas preciso continuar a minha missão. Tenho dois filhos, minha mãe, e agora os filhos do meu irmão para cuidar. Mas não posso me esquecer que sou o prefeito de 56 mil cidadãos de Mongaguá."

O prefeito lembrou que seu pai e seu irmão eram saudáveis e tinham vigor físico, o que fez a morte deles causar ainda mais impacto na família. "A gente percebe, e queria que as pessoas também entendessem, que ninguém está livre, que a doença está mais perto do que a gente imagina. O trabalho é importante, todo mundo tem o direito de trabalhar para não passar necessidade. Mas agora o momento é de se cuidar."

Com 56 mil habitantes, a cidade do litoral sul de São Paulo chega a receber quatro vezes sua população em feriados prolongados e no alto verão. Como outros municípios da Baixada Santista, a cidade adotou uma espécie de lockdown recomendado pelo conselho de desenvolvimento da região. Gomes lamentou a decisão que a decretação dos feriados na capital paulista tenha levado milhares de paulistanos a procurarem o litoral. "São Paulo fica muito perto e as pessoas vêm, trazendo o vírus para cá, ou levando com eles. Isso só piorou a situação."

 [@#video#@]

[@#galeria#@]

No último dia 9 de março, o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), decretou lockdown no Estado de 10 até 29. Durante esse período, muitos empreendedores paraenses foram afetados com as medidas restritivas adotadas.

##RECOMENDA##

Lojista do ramo de variedades, Bernadete Portal afirma que os comerciantes do pequeno comércio são essenciais, pois empregam pessoas que não tiveram oportunidade de estudo. Além disso, recolhem impostos que movem a máquina do Estado.

Empreendedor do ramo de óticas, Erick Viana não nega a gravidade da doença, mas afirma: “É necessário manter os empreendimentos abertos porque muitas famílias irão perder os seus empregos”.

Enfermeira responsável pela vacinação contra a covid-19 no posto da UNAMA - Universidade da Amazônia, da Alcindo Cacela, e professora do curso de Enfermagem da instituição, Adriana de Sá defende o lockdown devido ao crescimento da pandemia. Afirma também que a pressão no sistema de saúde faz com com que a oferta de leitos não seja suficiente para a atender à alta demanda.

A assessoria do governo do Estado foi procurada, mas não quis participar do debate. Abaixo, ouça o podcast:

[@#podcast#@]

Por Cássio Kennedy e Álvaro Davi, com apoio de Vinicius Santos.

No último dia 18, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, decretou uma quarentena mais rígida em todo o território estadual. Como forma de evitar a aceleração da Covid-19 no Estado, foram autorizados a funcionar apenas serviços essenciais como supermerdados, farmácias, postos de combustíveis, bancos e lotéricas. Um levantamento do Instituto de Pesquisas UNINASSAU aponta que 60% dos moradores do Recife são favoráveis ao lockdown.

Entre os entrevistados pelo instituto, 38% dos recifenses não concordam com o decreto que limita a circulação de pessoas. Já 3% das pessoas ouvidas não souberam ou não quiseram responder. De acordo com Adriano Oliveira, Cientista Político e Coordenador da pesquisa, os números retratam as vivências que a população teve no ano passado, logo no início da pandemia do coronavírus.

##RECOMENDA##

"Os dados revelam uma população que tem receio da doença pelo seu desconhecido, que concorda com as ações que estão sendo feitas, mas que as considera insuficientes para conter a pandemia. Impressionam os números relacionados ao contágio pela doença, 92% da população conhecer alguém que já foi contaminado e 74% conhecer alguém que faleceu de decorrência da Covid-19 nos traz o alerta do quanto estamos vulneráveis nesse momento", explica Adriano.

Por causa das medidas mais severas, determinadas pelo governo de Pernambuco, atividades de lazer e educacionais foram proibidas de funcionar para conter a proliferação da doença. Com isso, 78% dos entrevistados afirmaram que os bares precisam ser fechados. Sobre os restaurantes, 66% concordam com o fechamento.

Em relação aos espaços públicos como praias e parques, 69% dos recifenses aprovam a proibição. Das pessoas que responderam as pesquisas, 67% delas acreditam que as escolas, faculdades e universidades devem permanecer fechadas

As entrevistas foram realizadas no período de 23 a 27 de março, por telefone, com 600 participantes. Os entrevistados tinham acima dos 18 anos e resultado final oferece 95% de confiabilidade, com margem de erro estimada em quatro pontos percentuais.

O remédio foi amargo, mas deu resultado. Um mês após esvaziar as ruas em um lockdown que fechou até mercados, Araraquara, no interior paulista, agora vê postos de saúde e UTIs menos cheios. Entre 21 de fevereiro e 21 de março, a média diária de casos do novo coronavírus no Estado aumentou 40%. Já em Araraquara, caiu 58%. Anteontem, outro alento: foi a 1.ª vez em 44 dias que a cidade não registrou morte pela covid-19. Elogiada por especialistas, a experiência também tem motivado outras prefeituras a apertarem restrições.

Araraquara foi o primeiro município paulista com mais de 100 mil habitantes a proibir a circulação de veículos e pessoas ao longo do dia, a não ser em casos excepcionais. O transporte coletivo foi suspenso e outros serviços essenciais, drasticamente restringidos.

##RECOMENDA##

Quando a medida foi adotada, em 21 de fevereiro, a rede de saúde estava em colapso, com 100% de ocupação dos hospitais e pacientes graves transferidos para municípios distantes. Também havia sido confirmada a circulação da variante do coronavírus originária em Manaus, que estudos já mostram ser mais transmissível.

Os primeiros dez dias foram de lockdown total e intensa fiscalização - com blitze e multas de até R$ 6 mil. Com 13 dias já não havia fila de espera por leitos de UTI. "Sabíamos que a medida daria resultado, mas não esperávamos que viesse tão rápido, além da nossa expectativa. Estamos vivendo situação bem mais tranquila", comemora a secretária municipal de Saúde, Eliana Honain. A queda na disseminação do vírus também aparece na proporção de infectados.

Na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Vila Xavier, porta de entrada para casos de covid, chegavam quase 500 pacientes por dia na terceira semana de fevereiro. Agora, este número caiu pela metade.

"Para os profissionais que atuam na linha de frente, não há dúvida de que o lockdown surtiu efeitos positivos na diminuição de pacientes e redução na ocupação nos hospitais", diz a enfermeira Emanuelle Laurenti, diretora técnica de gestão hospitalar que responde por UPAs e dois hospitais de retaguarda para covid.

Segundo ela, "em tempos tão turbulentos e tristes, lidando com essa doença sem ter a certeza de que o paciente permanecerá vivo", é preciso agradecer a todos os envolvidos nessa luta.

Em fevereiro, as UTIs registraram lotação máxima durante quase todo o mês. Em março, isso só ocorreu três dias. Agora, com outras cidades do interior no limite, Araraquara ajuda os vizinhos. Metade dos 194 internados no município ontem era de fora. Nas UTIs, 60% são de outras cidades.

Com hospitais cheios e pacientes na fila por UTI, São Carlos tem 27 internados em Araraquara, a 45 quilômetros. Esta semana, a Santa Casa de São Carlos chegou a pedir transferência de seus 30 pacientes de UTI diante do fim do estoque de medicamentos. Manteve os doentes após outros hospitais emprestarem remédios.

"Pode montar mil leitos. Se não conter a contaminação, é impossível conter a alta demanda", reconhece o secretário de Saúde de São Carlos, Marcos Palermo. Entre as medidas mais recentes, a cidade decretou ponto facultativo dia 1.º e multará em R$ 10 mil quem alugar áreas de lazer para eventos. Mas descarta o lockdown.

Gerente de uma funerária em Araraquara, Rosana Cabral estima alta de 40% nos enterros na fase mais crítica. "Neste ano, nossa funerária chegou a fazer nove atendimentos em um fim de semana, algo que nunca vi antes", diz ela, que trabalha nessa área há 11 anos. A redução de pressão no setor foi observada só na semana passada. A média semanal de óbitos caiu 39%.

"Salvamos vidas e agora podemos trabalhar na fase emergencial do governo estadual", diz o prefeito Edinho Silva (PT). Com regras mais brandas que o lockdown araraquarense, a gestão João Doria (PSDB) elevou restrições ao comércio e proibiu aulas presenciais e cultos religiosos coletivos, mas não há veto à circulação de pessoas e veículos. A medida dura até dia 11.

O presidente Jair Bolsonaro, por sua vez, tem sido forte crítico do lockdown desde o início da pandemia, sob o argumento de evitar perdas econômicos. Ele chegou até a acionar o Supremo Tribunal Federal contra os governadores de Distrito Federal, Bahia e Rio Grande do Sul, que decretaram toque de recolher - a ação foi rejeitada.

Resistência e exemplo

Nem todo mundo, entretanto, ficou satisfeito com o fechamento extremo. A Associação Comercial e Industrial de Araraquara instalou outdoors na cidade com a frase: "Srs. governador e prefeito, não há contaminação nas empresas, precisamos trabalhar". A associação chegou a obter uma liminar que permita a reabertura do comércio, mas a decisão logo foi revogada pela Justiça.

Funcionário de empresa de equipamentos, Lucas Paravani criticou o fechamento. "Só apoiou lockdown quem tem salário do mês garantido. Para quem ficou sem trabalhar é difícil." Já a servidora pública Claudia Carrera elogia. "Até o pior negacionista deveria ter humildade de reconhecer que hoje temos leitos, inclusive para ele."

O prefeito diz que a medida é dura, mas necessária. "Temos de manter o isolamento para o sistema de saúde não entrar em colapso, já que a vacinação ainda não está na velocidade ideal", diz ele, que também aposta em outras ações, como isolar infectados (leia mais nesta página).

Por outro lado, os bons resultados estimularam restrições mais rigorosas em outras cidades. As vizinhas Américo Brasiliense, Boa Esperança do Sul, Rincão e Santa Lúcia fecharam tudo logo em seguida. Em São José do Rio Preto, o lockdown entrou em vigor no dia 17 e vale até dia 31. Moradores estão proibidos de circular pelas ruas sem motivo justo e podem ser multados em R$ 1.250. Os postos de gasolina só podem atender motoristas de serviços essenciais.

Ribeirão Preto fechou atividades essenciais e proibiu a circulação de pessoas a partir do dia 17, com a rede hospitalar à beira do colapso. O lockdown durou cinco dias e os resultados estão sendo avaliados.

O infectologista Carlos Magno Fortaleza, da Unesp, lembra que o lockdown já funcionou bem em outros países, como Portugal. Em Araraquara poderia ter sido mais eficaz, se tivesse sido adotado por toda a região. "São cidades inter-relacionadas e Araraquara tem relação, inclusive, com o Triângulo Mineiro. Havendo vírus em outras cidades, há risco de voltar. Por isso, não é uma situação perfeita, mas está muito melhor do que antes."

É importante ainda observar o tempo de isolamento. "Em Araraquara, o lockdown só começou a dar resultados após o 14.º dia. Pessoas que falam contra o isolamento esperam resultado em três ou quatro dias, o que não funciona", destaca ele.

Para Raque Stucchi, infectologista da Unicamp, um fechamento nacional não é factível, mas seria importante ter lockdown regional. "Sem dúvida, o lockdown traz impacto econômico com restrições nas atividades. Para minimizar, é obrigatório o auxílio do governo, tanto com auxílio emergencial, como redução de impostos, ampliação de prazos de pagamento dos encargos, subsídios para manutenção dos empregos."

O auxílio emergencial foi interrompido em dezembro, mas será retomado em abril, com valores menores - de R$ 150 a R$ 375. No ano passado, variou entre R$ 600 e R$ 1,2 mil.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Contrário às medidas de fechamento para conter disseminação do novo coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nesta quinta-feira, 25, que espera que as políticas de lockdown sejam "atenuadas ou extintas" daqui a três meses. O prazo foi indicado após o presidente comentar a decisão do Ministério da Economia de adiar o recolhimento de tributos para empresas do Simples Nacional nos meses de abril, maio e junho.

"O governo federal via Ministério da Economia anunciou o diferimento, o atraso, da contribuição do Simples Nacional por três meses. Isso o governo abre mão nesses três meses de receber R$ 27 bilhões", disse em transmissão ao vivo nas redes sociais nesta noite. "Mas, em contrapartida, depois do fim do terceiro mês, no quarto (mês) vai ter seis meses para pagar o que (o governo) deixou de receber. Espero que até lá a economia volte e as políticas de lockdown sejam atenuadas ou extintas", acrescentou.

##RECOMENDA##

Em sua live semanal, o presidente afirmou que o "governo federal manteve viva a economia ano passado". Ele destacou medidas para a manutenção do emprego, como o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) e o Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEm), que terão novas fases.

"O BEm, que é o benefício emergencial e permite acordos entre patrões e empregados, está na iminência de sair, ser publicado", comentou. "Vai atingir diretamente 11 milhões de pessoas que poderão fazer acordos com seus patrões fazendo com que seus empregos sejam mantidos", disse o presidente.

Bolsonaro ressaltou que o Pronampe, que é um programa de crédito para pequenas empresas, ajudará em especial donos de negócios afetados por medidas de fechamento. "Vai ajudar diretamente grande parte daquele pessoal que trabalha em restaurantes e hotéis, que com essas políticas de fica em casa tirou-lhes o emprego (sic)", afirmou.

O presidente também reiterou que, uma vez aprovado o Orçamento de 2021, o governo antecipará o pagamento do 13º salário para beneficiários do INSS. O texto-base da Lei de Orçamentária Anual 2021 foi aprovado nesta noite pelos deputados, que agora analisam os destaques à proposta. "Caso seja votado hoje, nos próximos dias vamos antecipar o pagamento do 13º salário, a primeira parcela, dos aposentados e pensionistas do INSS", informou o presidente.

Em coletiva realizada nesta quinta-feira (25), o governador de Pernambuco, Paulo Câmara anunciou que as medidas restritivas estabelecidas contra a Covid-19 pelo decreto estadual  serão prorrogadas por mais três dias. A decisão original vigora até o próximo domingo (28) e fecha a primeira fase com 11 dias de fechamento.

A extensão da quarentena passa a valer a partir de segunda-feira (29) até 31 de março, em todo o território estadual. No entanto, a partir de 1º de abril, será colocado em prática um novo plano de convivência com a pandemia da Covid-19, com regras válidas até o dia 25 do mesmo mês. Câmara alerta que a flexibilização das restrições não significa que a população já pode afrouxar nos cuidados de prevenção à doença.

##RECOMENDA##

“Pelo contrário, temos um caminho longo pela frente até a superação total desse flagelo. Todos já sabemos quais são as atitudes que permitem conviver com a doença. Faça a sua parte, use máscara e oriente as pessoas que estejam relaxando nos cuidados básicos”, advertiu o governador, acrescentando que considera o atual momento decisivo na luta contra a doença, que já dura mais de um ano.

Com a prorrogação, algumas atividades antes proibidas como ida às praias e igrejas, passam a retomar funcionamento, mas sob limitações, conforme a fala do governante. “As atividades econômicas poderão reabrir das 10h às 20h nos dias de semana, e das 9h às 17h aos sábados, domingos e feriados. As praias voltarão a ter atividades físicas individuais permitidas, e a volta às aulas estará liberada a partir do próximo dia 5 de abril, para a rede privada e para o ensino médio da rede estadual”, detalhou Câmara sobre as novas medidas, esclarecendo também que as celebrações religiosas poderão voltar a acontecer, desde que obedecendo aos protocolos e horários pré-estabelecidos.

No Recife, os secretários presentes na coletiva de Saúde também abordaram a lotação nos leitos de UTI e questões referentes ao plano de imunização do estado. Pernambuco confirmou ainda nesta quinta 2.786 casos da doença, o registro mais alto desde o começo da pandemia, e também cinco casos da variante P.1 do coronavírus.

 

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que a adoção do lockdown na pandemia serve para "desacelerar a velocidade do contágio" da covid-19 enquanto se acelera a velocidade da vacinação. A declaração foi dada após o ministro ser questionado pelo senador Wellington Fagundes (PL-MT) sobre qual seria o efeito disso para a atividade econômica e se o ministro acreditava que medidas de restrição poderiam ajudar a conter a doença e o número de mortos. Guedes participou de audiência pública da comissão no Congresso que acompanha as ações de enfrentamento à covid-19.

Sensível por envolver uma briga direta entre o presidente da República, Jair Bolsonaro, e os governadores, o tema recebeu uma resposta breve de Guedes. "O lockdown é para desacelerar justamente a velocidade de contágio enquanto se acelera a velocidade de vacina", respondeu o ministro.

##RECOMENDA##

Guedes não disse se defende a medida ou se o Brasil precisaria adotar um lockdown nacional, o que não tem apoio do chefe do Executivo, que inclusive critica medidas como essa tomadas isoladamente pelos Estados.

O presidente entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para derrubar decretos dos governos do Distrito Federal, da Bahia e do Rio Grande do Sul que impuseram "toque de recolher" à população - o que foi rejeitado pelo ministro Marco Aurélio Mello.

Em outro momento da audiência, sobre a situação econômica dos entes subnacionais, Guedes afirmou que o caixa dos Estados nunca esteve tão alto e que governadores chegaram a colocar em dia o 13º dos servidores ao fim do ano.

Questionado sobre a resposta do governo federal à alta extrema de casos da covid neste ano, o ministro citou essas situações para dizer que a "ilusão" de que a doença estaria próxima do fim foi sentida por todos.

"Todo mundo deveria estar sob a impressão de que a doença tinha retrocedido. Se não todo mundo deveria estar trabalhando, em vez de pensar em política e eleição da Câmara, deveria estar todo mundo fazendo o auxílio", disse em Guedes, em referência às eleições do comando do Congresso que dominaram o mundo político do início do ano, citando também os governadores.

"Botaram em dia o 13º, desativaram leitos dos hospitais de campanha. Todo mundo achou que a doença tinha ido embora", afirmou o ministro.

 O Fórum das Centrais Sindicais está convocando a população de todo o Brasil para aderir a um lockdown na próxima quarta (24), em razão da alta de casos de Covid-19 no país. A instituição que coordenada a ação é composta por organizações como Central Única dos Trabalhadores (CUT), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Força Sindical, Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) e Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), que reúnem cerca de 10 milhões de trabalhadores, o correspondente a quase 80% dos sindicalizados.

“A situação do Brasil é trágica, exige a união de todos os setores da sociedade para diminuirmos o número de mortos, que não para de crescer. As instituições devem assumir a responsabilidade, tomando as medidas necessárias, pois está mais do que claro que o presidente da República tem atuado como agente do genocídio humano e da economia”, disse Antonio Neto, presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), à Revista Fórum.

##RECOMENDA##

As centrais sindicais, além da quarentena rígida, são favoráveis à vacinação em massa, ao auxílio emergencial de R$ 600 até o fim da pandemia, às medidas de proteção ao emprego, ao apoio às pequenas e médias empresas, bem como às populações mais vulneráveis. Na quarta, às 11h, o Fórum promoverá uma live para abordar as reivindicações. Participarão do debate todos os presidentes das centrais sindicais: Sérgio Nobre (Central Única dos Trabalhadores), Ricardo Patah (União Geral dos Trabalhadores), Adilson Araújo (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), Miguel Torres (Força Sindical), Antonio Neto (Central dos Sindicatos Brasileiros) e José Reginaldo Inácio (Nova Central Sindical de Trabalhadores).

Também é prevista a participação do governador do Piauí, Wellington Dias (PT). O Fórum das Centrais realizará também atividades educativas para conscientizar a população sobre as medidas reivindicadas utilizando carros de som, panfletos, meios sindicais de comunicação e atos nos locais de trabalho e em estações de ônibus, trem e metrô.

O Condesb (Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana da Baixada Santista) anunciou que nove municípios litorâneos vão adotar lockdown a partir desta terça-feira (23) até 4 de abril, a fim de conter a disseminação do coronavírus e impedir que ocorram aglomerações por conta dos feriados que serão implantados pela capital paulista no período. A decisão foi tomada pelos prefeitos de Bertioga, Cubatão, Guarujá, Itanhaém, Mongaguá, Peruíbe, Praia Grande, Santos e São Vicente.

Nessas cidades, será permitida apenas a circulação de veículos e pessoas que apresentarem nota fiscal de compra ou prescrição de remédios, atestado médico que formalize urgência no atendimento de pessoas ou animais, carteira de trabalho ou holerite que comprove a prestação de serviço permitida em decreto, documento de embarque e desembarque em terminal rodoviário ou comprovação de atividades ou compromissos inadiáveis.

##RECOMENDA##

A Guarda Civil Municipal e a Polícia Militar dos municípios da Baixada Santista estarão encarregadas de fiscalizar as ruas e garantir que estabelecimentos, praias e todo e qualquer comércio não essencial permaneçam fechados e sem circulação de pessoas. Caso haja descumprimento das regras do lockdown, o cidadão estará sujeito a receber multa de R$ 300 a R$ 10 mil.

Além disso, feiras livres, obras públicas ou particulares essenciais, pousadas, pensões, motéis e serviços de drive-thru não serão permitidos. Supermercados, padarias e açougues poderão funcionar até às 20h nos dias de semana, e aos sábados e domingos, apenas em delivery. Farmácias, posto de combustível, serviços para entrega de remédios e mercadorias, táxis, veículos de aplicativo e atividades industriais que não possam ser suspensas, poderão funcionar normalmente.

Por Thaiza Mikaella

Agentes da Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS) do Amapá passaram a fiscalizar a partir desta quinta-feira (18) início do lockdown no Estado, a movimentação de pessoas em pontos da capital Macapá e em Santana a fim de identificar possíveis sintomáticos para a Covid-19. De acordo com novo decreto estadual, só é permitido o deslocamento das pessoas para serviços essenciais, como atendimento médico, compra de alimentos ou para trabalho. A previsão inicial é de que as medidas restritivas durem ao menos sete dias.

O Estado registra nesta semana uma variação de 212% em novos óbitos pela Covid-19 em comparação com a semana anterior. Entre segunda-feira (15) e esta quinta-feira, novos casos no Estado aumentaram de 316 por dia para 775, uma oscilação de 145%. Segundo dados da Secretaria de Saúde local, a taxa de ocupação dos leitos voltados para pacientes da covid-19 é de 89,5%.

##RECOMENDA##

A partir da próxima segunda-feira (22) só poderão funcionar serviços essenciais na cidade de Juazeiro (BA) e haverá toque de recolher às 19h. A decisão do município segue o novo decreto de medidas mais restritivas estabelecido pelo Governo da Bahia para tentar conter o avanço da Covid-19 em 22 municípios do estado e valem até o dia 29 de março.

Com as novas medidas, será permitido o funcionamento de atividades relacionadas à saúde, comercialização de gêneros alimentícios e feiras livres. Os estabelecimentos comerciais como restaurantes, bares e congêneres devem funcionar com portas fechadas, sendo permitida apenas a entrega em domicílio (delivery) até às 24h.

##RECOMENDA##

O toque de recolher, estabelecido anteriormente, iniciava às 20h e se estendia até as 5h do outro dia. Durante o período estava proibido a circulação de pessoas e veículos em vias públicas, exceto em caso de urgência comprovada. Agora o toque de recolher passa a valer a partir das 19h, até as 5h, em todo o Estado.

Covid-19 na Bahia

Até agora já foram registrados na Bahia 758.168 casos de Covid-19, desde o início da pandemia. No boletim epidemiológico da última quinta-feira (18), nas últimas 24 horas, foram 4.584 novos casos da doença, isso significa um crescimento de 0,6% de casos diários e 153 óbitos.

O estado enfrenta superlotação dos seus leitos  de terapia intensiva de tratamento para pacientes com Covid-19, no momento 446 pacientes estão na lista de espera por uma vaga em UTI.

A Secretaria Estadual de Cultura (Secult-PE) e a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) anunciam a interrupção de acesso ao público nos museus e centros culturais sob a sua gestão no período entre 18 e 28 de março, em cumprimento às medidas temporárias determinadas pelo Governo do Estado para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus e Covid-19.

SEGUE ABAIXO A LISTA DE EQUIPAMENTOS CULTURAIS 

##RECOMENDA##

Recife

Cinema São Luiz

Espaço Pasárgada

Museu do Estado de Pernambuco

Casa da Cultura de Pernambuco

Teatro Arraial Ariano Suassuna

Torre Malakoff

Museu do Trem / Estação Central Capiba

Olinda

Museu de Arte Contemporânea de Pernambuco - Galeria Tereza Costa Rego

Museu de Arte Sacra de Pernambuco

Caruaru

Museu do Barro de Caruaru

Triunfo

Cine Teatro Guarany

*Via  Assessoria de Comunicação

O Fórum das Centrais Sindicais está convocando trabalhadores para um "lockdown nacional" no dia 24 de março para cobrar o governo federal para a realização de mais ações de combate a Covid-19, compra de vacinas e o pagamento do auxílio no valor de 600 reais. A ideia é que os trabalhadores cruzem os braços por 24h. Entre os pedidos também está a queda do presidente Jair Bolsonaro. 

O "Dia Nacional de Luta", como está sendo chamado o evento pela Central Única dos Trabalhadores 'é um protesto contra as privatizações; por vacina já para todas e todos, pelo auxílio emergencial, pelos empregos; contra carestia e os aumentos dos preços do gás, combustível, arroz, feijão, entre outros, contra a reforma Administrativa e pelo Fora Bolsonaro' descreve a CUT no evento convocado pelas redes sociais.

##RECOMENDA##

Miguel Torres, presidente da Força Sindical, disse em entrevista a CartaCapital que existe uma articulação para que governadores se juntem ao movimento.

 Na manhã desta quinta (18), o diretório estadual do PTB/PE, liderado por seu presidente, o Coronel Meira, deu entrada em um pedido de mandado de segurança coletiva contra a medida de lockdown instituída pelo governador de Pernambuco, Paulo Câmara, em razão da alta de casos da covid-19 no estado, válida até o dia 28 de março. O partido quer que o comércio em todo o estado volte a funcionar normalmente. Também foi feito um pedido de liminar.

"Esse Lockdown é um absurdo. Já foi visto mundo a fora que essa determinação não funciona e só fez prejudicar a economia dos países; nosso povo precisa trabalhar para que não falte o alimento em suas residências. A cada dia que passa, o desemprego aumenta e as empresas vem quebrando gradativamente; e o Governo de Pernambuco, nada faz para ajudar nossa economia: suas benesses são para os amigos do grupo que governa nosso Estado; já o povo e os trabalhadores como um todo, são os que pagam o preço das irresponsabilidades dos gestores do PSB", alegou o Coronel Meira.

##RECOMENDA##

Meira argumentou ainda que o lockdown é “inconstitucional”. “Por isso entramos com pedido para que o TJPE cancele o Lockdown. Precisamos garantir que todos possam exercerem suas atividades de forma organizada e mantendo os cuidados necessários para o combate à pandemia", complementa Meira.

A recomendação nº 36 do Conselho Nacional de Saúde (CNS), de 11 de maio do ano passado, orienta que o lockdown seja adotado em munícipios que enfrentem "ocorrência acelerada" de novos casos de Covid-19. O Organização Mundial de Saúde (OMS) também é favorável às medidas de isolamento social no sentido de controlar a pandemia. De acordo com a gestão estadual, Pernambuco já soma 323.176 casos de Covid-19 e 11.510 vidas perdidas para a doença. 

 

 

 

 

Na tarde desta quinta-feira (18), Maju Coutinho aproveitou o espaço do Jornal Hoje para pedir desculpas. A apresentadora se retratou após dizer, ontem, a expressão 'o choro é livre', ao opinar sobre o lockdown no país. Maju disse hoje no telefojornal que faltou um complemento da sua fala. "Ontem, para reforçar a necessidade do isolamento social, eu usei no improviso uma expressão infeliz que precisa de um complemento para deixar bem claro o que queria dizer. Falei 'o choro é livre', explicou.

"Eu quis dizer que por mais que sejam amargas as medidas de isolamento, são necessárias para evitar o colapso do sistema de saúde, mas eu também entendo perfeitamente a dor dos pequenos e médios empresários que têm que manter os negócios fechados", completou. E finalizou: "Eu reitero hoje aqui esse desejo, me desculpo pela expressão que usei, [...] bola pra frente".

##RECOMENDA##

Assim que Maju Coutinho usou a expressão no noticiário, diversas pessoas detonaram sua postura. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) também se manifestou. Nas redes sociais, o parlamentar criticou a jornalista. "Do alto de sua arrogância global e de seu alto salário, Maju Coutinho defendeu lockdowns e debochou de quem precisa trabalhar para não passar fome. Segundo Maju, se você não pode ficar em casa, 'O CHORO É LIVRE, É ISSO QUE TEM'. É esse o tipo de gente que nos ataca na GLOBO LIXO", disparou o político.

O lockdown já ajudou outros países a evitar o colapso de seus sistemas de saúde e também a controlar as taxas de contágio do novo coronavírus. Um dos mais emblemáticos foi o do Reino Unido, iniciado em janeiro. A medida foi adotada quando se espalhava uma variante mais transmissível do vírus, mas também começava a vacinação em massa. Fechamentos amplos em França, Portugal, Nova Zelândia e Israel também são apontados por especialistas como exemplos de sucesso dessa estratégia.

Entre as estratégias bem-sucedidas de lockdown, monitoramento de infecções para definir a hora certa do fechamento da economia e ajuda financeira foram importantes.

##RECOMENDA##

A criação de uma lista mais restrita de atividades essenciais também é importante. Em alguns países, como a Itália, houve intensa aplicação de multas para quem descumpria as regras e controle rígido de acesso a mercados. Após seis semanas do lockdown britânico, houve queda de 78% nos casos de covid. Foi o terceiro bloqueio do tipo desde o início da pandemia, em 2020. Além de proibir setores como academias, salões de belezas, lojas e até escolas, em algumas regiões só uma pessoa por residência tinha permissão para visitar outra pessoa de domicílio diferente, e em local público. Na reabertura, iniciada na semana passada, a prioridade é para creches, escolas e universidades.

Especialistas têm defendido o foco na educação no relaxamento da quarentena, como forma de reduzir os prejuízos de aprendizagem e socioemocionais do longo período de afastamento das aulas presenciais. A Nova Zelândia adotou lockdown de três dias, em fevereiro, após a descoberta de apenas três novos casos em Auckland. Cerca de 1,7 milhão de pessoas permaneceu em suas casas, autorizadas a sair só para comprar comida ou ir ao médico.

O país da Oceania teve 26 mortes desde o início da crise sanitária. "Enquanto aqui estamos sentados em cima de um colapso histórico sem tomar nenhuma atitude", diz o cientista Miguel Nicolelis, lembrando de recentes balanços diários perto de 3 mil mortos no Brasil. "O que precisa mais?", indaga ele.

"No Vietnã a população recebeu auxílio significativo para ficar em casa. O Exército distribuiu comida para a população e fez testagem na casa das pessoas", afirma Nicolelis. A nação asiática, que fica perto da China, primeiro epicentro da pandemia, registrou 35 óbitos.

Propostas

"Não dá para cada região fazer de um jeito. Não adianta todo o Nordeste fazer lockdown e o Sudeste não. Vai ter gente que viajará de uma região para outra e manterá a transmissão", diz. A falta de coordenação nacional da gestão Jair Bolsonaro tem sido alvo de críticas. A comissão proposta envolveria Congresso, Supremo Tribunal Federal, comunidade científica e sociedade civil. "A comissão teria tutela judicial para implementar lockdown, com fechamento do espaço aéreo, controle do fluxo da malha viária", afirma ele, que já considera inevitável um colapso sanitário e defende lockdown de um mês.

Para a epidemiologista Ethel Maciel, da Universidade Federal do Espírito Santo, o principal problema hoje está na definição de atividades essenciais. "Todas as indústrias estão funcionando. Não tem sentido a indústria de calçados estar funcionando. Essencial é a indústria ligada à cadeia alimentícia, ao complexo da saúde, água e luz. E mesmo estas podem ter departamentos que trabalhem só de maneira remota", sugere.

Ela acha que uma ajuda para conter a pandemia seria distribuir máscaras pelo SUS, especialmente para trabalhadores de atividades essenciais. "Quem precisar sair que use as máscaras filtrantes, a PFF2 ou N95. Sabemos que com as novas variantes as máscaras de tecido não funcionam em locais com aglomeração." E, segundo ela, com base nas experiências da Europa, lockdowns que melhor funcionaram duraram em torno de 30 a 35 dias.

O infectologista Renato Grinbaum acredita que, sem fechar atividades não essenciais, o País não conseguirá controlar o vírus e prejudicará ainda mais a economia. "O lockdown é temporário. Sem ele ficaremos neste abre-e-fecha por tempo mais longo, com consequências mais deletérias. Se feito intensamente, de forma organizada e com adesão, poderemos sair do estado de calamidade e falta de capacidade de atenção digna mais rapidamente", explica. "Aí precisaremos de vacina em massa para evitar nova piora."

"Todas as indústrias estão funcionando. Não tem sentido a indústria de calçados estar funcionando. Essencial é a indústria ligada à cadeia alimentícia, ao complexo da saúde, fornecimento de água e luz". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), disse que anunciará nesta quinta-feira (18) medidas restritivas para a capital paulista a fim de conter o avanço da covid-19. Segundo o prefeito, em entrevista à GloboNews, a Prefeitura descarta decretar qualquer lockdown no município, uma vez que seria "inviável" a fiscalização.

Entre as medidas analisadas que Covas adiantou, a Prefeitura estuda antecipar os feriados municipais. Segundo Covas, esta medida teve efeito no passado em frear o contágio da doença. A entrevista coletiva para o anúncio está prevista para as 12h, com transmissão pela internet. O gabinete do prefeito não deu mais detalhes.

##RECOMENDA##

Conforme o prefeito, nesta semana a Prefeitura registrou o primeiro caso de óbito pela covid-19 de paciente, na zona leste, que morreu sem conseguir atendimento em hospital da rede pública. "A gente, infelizmente, vê colapsando o sistema de Saúde", afirmou o prefeito.

Covas disse que o município de São Paulo tem hoje a mesma quantidade de leitos que no momento mais grave da crise no ano passado. "A continuar o crescimento da curva, só vamos ver aumentar casos de pessoas que morrem sem atendimento", afirmou Covas.

De acordo com dados desta quarta-feira (17) da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), a Região Metropolitana de São Paulo registra ocupação dos leitos de enfermaria de 84,6% e de UTI de 90,7%. Nos últimos sete dias, houve um aumento de 21% em novas internações em comparação com os sete dias anteriores.

Em cumprimento ao novo decreto do Governo de Pernambuco, que estabelece período de quarentena em todo o Estado, considerando o funcionamento apenas de serviços essenciais, o Centro Cultural Cais do Sertão interrompe as suas atividades nesta quinta-feira (18).

O Cais do Sertão entende que a paralisação é provisória e preza pelo cuidado aos visitantes e funcionários do espaço. Neste momento, a maior preocupação é prevenir a transmissão da Covid-19. O museu seguirá intensificando a sua programação online nos perfis do Instagram, YouTube e Spotify.

##RECOMENDA##

*Via Assessoria de Imprensa

Começa nesta quinta-feira (18) a segunda quarentena decretada pelo Governo de Pernambuco para controlar a pandemia no estado. Após análise do Gabinete de Enfrentamento à Covid-19 e o alerta pela taxa de ocupação das UTIs acima dos 95%, o governador Paulo Câmara (PSB) oficializou o fechamento de setores considerados não essenciais e áreas públicas durante 11 dias.

A decisão de endurecer ainda mais as restrições segue até o dia 28 de março, informou o gestor em anúncio feito na última segunda (15). “Vamos fazer desses 11 dias o nosso momento de virada. Será difícil para o Estado inteiro, mas precisa ser o nosso movimento realmente coletivo, em que estaremos juntos e conscientes para vencer o vírus e trazer de volta paz, tranquilidade, esperança e ainda mais trabalho pelo futuro da nossa gente”, destacou.

##RECOMENDA##

--> O que fecha, e o que permanece aberto com lockdown em PE?

Durante a quarentena, parte do comércio e templos religiosos ficam proibidos de receber pessoas e devem realizar suas atividades apenas de forma remota ou por delivery. Praias e parques também estão fechados neste período para evitar o aumento de casos.

Só nesta quarta-feira (17), Pernambuco notificou mais 2.245 casos e 39 mortes em decorrência da infecção. Ao todo, o estado acumula 323.176 contaminados e 11.510 vítimas fatais.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando