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A prefeitura de Belo Horizonte (MG) publicou, nesta sexta-feira (8), no Diário Oficial do município, um decreto desautorizando o funcionamento, por tempo indeterminado, de atividades consideradas não-essenciais, como lojas de roupas, salões de beleza, centros automotivos, entre outras.

Assinado pelo prefeito Alexandre Kalil (PSD), o Decreto nº 17.523 também estabelece os horários de funcionamento dos estabelecimentos autorizados. Entre as atividades liberadas estão padarias, supermercados, farmácias, postos de gasolina, entre outros.

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As novas medidas entram em vigor na próxima segunda-feira (11). No decreto, a prefeitura afirma que as restrições foram decididas após a análise dos indicadores epidemiológicos que apontam para o recrudescimento do número de casos na cidade, levando em conta a capacidade da rede de assistência local.

Kalil já tinha antecipado a decretação de um novo lockdown (bloqueio) para tentar conter a disseminação do novo coronavírus e o aumento do número de casos da covid-19 na última quarta-feira (6). Na ocasião, o prefeito informou, pelas redes sociais, que a capital mineira chegou “ao limite da covid-19” e que, após uma reunião de governo, foi orientado a tomar a decisão de editar um decreto fechando todos os serviços não essenciais da cidade.

“Chegamos no vermelho. O comerciante tem que se preparar, porque sexta-feira soltaremos um decreto voltando a cidade à estaca zero. São números impressionantes, houve uma importação de doença surpreendente. Temos casos de famílias inteiras, que passaram o Natal juntos, infectados e internados”, acrescentou.

De acordo com o mais recente boletim epidemiológico divulgado pela secretaria municipal de Saúde, até esta quinta-feira (7), Belo Horizonte contabilizava 66.916 casos confirmados da doença – dos quais 3.890 permaneciam em acompanhamento - e 1.923 mortes. A ocupação de leitos em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) destinados a pacientes com a doença chegou a 85%, enquanto a ocupação de leitos de enfermaria estava na casa dos 62%.

 

Após decretar uma quarentena parcial em novembro e fechar escolas, bares e restaurantes em meados de dezembro, a Alemanha voltou a intensificar as medidas restritivas no país nesta terça-feira (5) em uma tentativa de impedir um novo avanço da pandemia. Itália e Dinamarca também tomaram decisões semelhantes um dia após Inglaterra e Escócia anunciarem o retorno a uma quarentena total, mesmo com o início da vacinação no continente.

Na Alemanha, além de estender o prazo da quarentena até o fim de janeiro, os moradores das regiões onde há maior propagação do vírus terão as viagens não essenciais restritas a um raio de 15 km.

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Segundo a imprensa local, a nova regra se aplica a cidades e condados que registraram mais de 200 novos casos de Covid-19 a cada 100 mil habitantes nos últimos sete dias. A determinação, discutida pela chanceler Angela Merkel e os 16 líderes regionais, é a primeira a banir viagens não essenciais nas regiões alemãs mais afetadas.

Lojas e restaurantes vão permanecer fechados até o fim de janeiro, assim como as escolas, com o ensino sendo feito à distância. Além disso, membros de uma família que morem na mesma casa terão permissão para encontrar apenas uma outra pessoa em público. Já há uma determinação de que, em espaços públicos, as reuniões sejam limitadas a cinco pessoas de duas famílias.

"Precisamos restringir o contato mais estritamente. Pedimos a todos os cidadãos que restrinjam o contato ao mínimo", disse Merkel, acrescentando que as medidas serão revistas em 25 de janeiro.

A Alemanha registrou o recorde diário de 1.122 mortes no dia 30 de dezembro. Nesta terça, foram mais 944 óbitos, com o total passando de 35 mil. Também foram registrados mais 11.897 casos, segundo o Instituto Robert Koch, elevando o número de infecções para 1.787.410.

Taxa de contágio

A taxa de contágio no país segue o dobro do que o governo considera administrável. No entanto, o número mais recente de novas infecções é menor do que as taxas de dezembro, com dias que registrarem mais de 20 mil contaminações.

Merkel está passando por um crescente questionamento sobre sua decisão de delegar à União Europeia (UE) a negociação com empresas produtoras de vacinas, uma medida que seus críticos dizem que desacelerou o processo e reduziu a quantidade de imunizantes disponíveis. Mesmo assim, até segunda-feira (4) cerca de 317 mil pessoas foram vacinadas na Alemanha, número bem maior do que em alguns de seus vizinhos, como Itália e França.

Funcionários do governo de Merkel disseram que estão fazendo tudo o que podem para acelerar a produção e distribuição de vacinas. Além do imunizante desenvolvido em conjunto pela Pfizer e a BioNTech SE, que é alemã, a aprovação de outros pelas autoridades de saúde europeias deve ajudar a acelerar o lançamento.

Itália

O governo italiano decidiu estender as restrições adotadas no fim de 2020 até 15 de janeiro, adiando também o retorno das aulas presenciais para 11 de janeiro, e não em 7 de janeiro como estava previsto. Em 7 de janeiro, apenas os alunos mais novos - e 50% deles - poderão retornar às escolas. Os outros estudantes voltarão às aulas presenciais quatro dias depois. Em 2020, os italianos tiveram apenas alguns meses de aula presencial por causa das quarentenas impostas para controlar a primeira e segunda ondas da Covid-19.

Na nova determinação, o governo decidiu retornar ao sistema de três cores nesta quinta-feira, o qual determina diferentes níveis de restrição dependendo do andamento da pandemia nas regiões.

Durante as festas de fim de ano até esta quarta-feira, todos os italianos passaram grande parte do tempo na chamada zona vermelha, que só permitia que eles saíssem de casa para atividades consideradas essenciais ou para visitar apenas um amigo ou um parente. No entanto, o governo também decidiu que todos os bares e restaurantes, impedidos de receber clientes, poderão fazer entregas neste fim de semana. As viagens entre as regiões só poderão ser feitas por motivos de trabalho, saúde ou em situações de emergência até 15 de janeiro.

O número de casos diários de novas infecções caiu de cerca de 40 mil em meados de novembro para abaixo de 20 mil atualmente. No entanto, a taxa de contágio tem oscilado, voltando a crescer um pouco nos últimos dias. Na terça-feira, foram registradas 15.378 contaminações e 649 mortos. No total, já são mais de 2,1 milhões de infectados e mais de 75 mil mortos.

Dinamarca

A Dinamarca intensificou as medidas restritivas nesta terça-feira com o objetivo de conter a rápida disseminação da variante do novo coronavírus, 70% mais contagiosa do que o vírus que circulava inicialmente. As autoridades de saúde dinamarquesas disseram esperar que a nova cepa seja a dominante na Dinamarca em meados de fevereiro. "A mutação já está tão disseminada que não pode ser interrompida", afirmou a primeira-ministra Mette Frederiksen em entrevista. "Mas podemos atrasar e prolongar o tempo para que possamos vacinar mais pessoas."

A disseminação pela Europa da nova cepa da Covid-19 tem sido motivo de preocupação para diversos países. O Reino Unido, onde a variante foi identificada primeiramente, registrou mais de 60 mil casos pela primeira vez na terça-feira, no mesmo dia em que retornou a uma quarentena total. Foram 830 mortes após o registro de 407 na segunda-feira.

A Dinamarca, que até o momento vacinou cerca de 51 mil pessoas - 0,9% da população -, viu um aumento drástico em novos casos de covid-19 e hospitalizações no mês passado, levando os hospitais ao limite de sua capacidade. Na semana passada, no entanto, os números se estabilizaram.

As novas restrições incluem a redução do limite de reuniões públicas de dez para cinco pessoas. Além disso, será introduzida uma regra de distanciamento de dois metros em áreas públicas, incluindo lojas.

Em dezembro, o país já tinha implementado uma quarentena, fechando bares, restaurantes e outros estabelecimentos considerados não essenciais.

A Dinamarca registrou 1.992 novos casos e 31 mortes por coronavírus na terça-feira, enquanto a taxa de reprodução - que representa o número médio de pessoas que um infectado passa o vírus - caiu de 1,2 para 1 na última semana.

No dia em que o país anunciou a quarentena, em meados de dezembro, foram registradas 3.692 contaminações - quase o dobro do número desta terça. No total, mais de 173 mil pessoas no país foram infectadas e 1.420 morreram desde o início da pandemia. (Com agências internacionais).

O desembargador Délcio Luis Santos, responsável pelo plantão do Tribunal de Justiça do Amazonas, negou derrubar a liminar expedida em primeira instância para suspender as atividades consideradas não-essenciais no Estado por 15 dias como estratégia para conter a nova escalada da pandemia de covid-19.

O magistrado rejeitou um pedido da Associação PanAmazônia, organização não governamental voltada ao desenvolvimento da região Amazônica, para anular os efeitos do lockdown. Na avaliação de Santos, o mandado de segurança, modalidade escolhida pela entidade para apresentar seu recurso, não é a via adequada para contestar a determinação judicial. Isso porque ainda não foram esgotados os recursos em primeiro grau.

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No pedido, a associação classificou o endurecimento das restrições ao comércio no Amazonas como uma medida 'contraproducente' e com potencial para causar prejuízo aos empresários e trabalhadores que dependem do comércio e da prestação de serviços. Afirmou ainda que a decisão tira da população o direito ao trabalho e à livre iniciativa e, em última instância, viola a dignidade da pessoa humana.

A decisão liminar que decretou o novo lockdown no Amazonas foi tomada no último sábado, 2, atendendo a um pedido do Ministério Público do Estado e considerando a alta na ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Nesta terça-feira, 5, a Secretaria de Estado de Saúde anunciou mais 60 vagas exclusivas para pacientes infectados pelo novo coronavírus.

De acordo com a determinação, apenas as atividades consideradas essenciais poderão funcionar, desde que adotem medidas que impeçam a aglomeração de pessoas. A multa diária ao governo de Wilson Lima (PSC) em caso de descumprimento é de R$ 50 mil.

Ainda segundo a decisão, o governo deve fazer pronunciamentos diários nos meios de comunicação e redes sociais para explicar as medidas à população. O texto também determina que a Fundação de Vigilância em Saúde emita, a cada cindo dias, relatórios com medidas a serem adotadas pelo Estado para diminuir a contaminação pela doença.

O juiz determinou ainda que o boletim diário divulgado pelo governo passe a incluir o número de pacientes, inclusive aqueles atendidos na rede privada, que aguardam uma vaga para internação, assim como a disponibilidade dos leitos de covid-19, com o detalhamento da ocupação por grávidas, crianças, pacientes oncológicos e cardíacos.

No final de dezembro, Wilson Lima chegou a tentar fechar o comércio no Amazonas. O governador recuou após um dia de protestos contra o decreto estadual e anunciou a revogação da medida e flexibilização do funcionamento das atividades não-essenciais. Diante do lockdown imposto pela Justiça, o governo publicou um decreto na segunda-feira, 4, em cumprimento à decisão judicial.

"O Governo do Estado respeita o entendimento do Ministério Público do Estado e do Judiciário quanto à necessidade de conter o avanço do novo coronavírus, que continua pressionando a rede de atendimento à saúde, com número crescente de internações", informou a Secretaria de Comunicação.

O Amazonas já registrou mais de 5,3 mil mortes e 202 mil casos confirmados do novo coronavírus. Em 31 de dezembro, a capital Manaus bateu recorde de hospitalizações pela doença: foram 124 internações.

Com alta de 66% na média de mortes pela Covid-19 em 14 dias e os hospitais lotados, o Amazonas revive o pesadelo da pandemia. Famílias de pacientes relatam dificuldades de atendimento e profissionais de saúde reclamam de estrutura precária e sobrecarga de trabalho. Nesta segunda-feira (4), por decisão da Justiça, foi fechado de novo o comércio.

"Meus irmãos eram extremamente responsáveis, maravilhosos, alegres, adoráveis e nos deixaram de forma tão repentina", conta Isabel Ferreira, com a voz embargada, ao falar sobre a perda dos dois irmãos Clóvis Raimundo Monteiro Filho, de 40 anos, e Josinaldo Monteiro, de 37. Ambos eram obesos, do grupo de risco, e estavam internados no Hospital Delphina Aziz, em Manaus. Josinaldo chegou a ter problemas para ser atendido, por falta de estrutura adequada para ele. O Estado tem batido recorde de internações.

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"No dia 25 [de dezembro] me ligaram dizendo que meu irmão caçula teve oito paradas cardíacas. Fiquei desesperada. Por volta de 6 horas, faleceu", diz Isabel. "Sobre Clóvis, diziam que reagia e respirava bem. No dia do meu aniversário, 28, recebi outra ligação dizendo que o Clóvis estava grave, mas estável. No dia 29, 17h30 da tarde, recebi a notícia de que morreu após diversas complicações", continua.

Em relação à ocupação de leitos clínicos, o crescimento nos últimos 14 dias foi de 94% na rede pública e 163% na rede privada. Em a UTIs, a alta foi de 59% no SUS e 113% na rede particular. "Quer dizer que na rede privada estamos com 100% de ocupação, leva uma pressão adicional sobre o sistema público, uma vez que esses pacientes não têm acesso em hospitais privados e precisam ser atendidos na rede pública", afirmou Rosemary Pinto, presidente da Fundação de Vigilância em Saúde do Estado.

Estrutura

Na linha de frente, profissionais de saúde relatam sobrecarga. "Escassez muito grande de leitos. Com isso, aumenta ainda mais o trabalho e as condições insalubres, como falta de EPIs", afirmou à reportagem uma enfermeira, que não quis se identificar. "Difícil reviver novamente algo que achávamos que havia acalmado e estava próximo do fim."

O governo corre para remanejar pacientes de outras doenças das unidades de saúde para abrir leitos que possam atender casos de covid. Também prevê usar maternidades para dar conta de mais infectados.

O Estado cogitou reabrir hospitais de campanha, mas o governador Wilson Lima (PSC) apontou essa saída como complicada. "Só nesse período da pandemia abrimos 613 leitos. Quantos tem um hospital de campanha? 300? Abrimos dois hospitais de campanha. Quanto tempo levaria para abrir um hospital de campanha? Um mês? 45 dias? De onde viriam os profissionais? Há escassez muito grande no mercado. Teria de tirar profissionais das unidades de saúde para colocar nesse hospital."

Sobre os EPIs, o governo informou fazer entrega periódica às unidades de saúde, que repassam aos profissionais diariamente itens como luva, máscaras de cirurgias e toucas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, confirmou nesta segunda-feira, 4, que o país entrará em novo "lockdown" nacional para conter a variante do coronavírus que é 70% mais transmissível. Em um pronunciamento à nação, o premiê afirmou que as medidas restritivas passarão a valer nesta terça-feira, 5, e permanecerão em vigor até pelo menos meados de fevereiro.

Com as novas restrições, as escolas e universidades britânicas serão fechadas, e aulas passarão a ser remotas. Além disso, os cidadãos serão aconselhados a permanecer em casa. "Temos que fazer mais juntos para controlar essa nova variante enquanto nossas vacinas são lançadas", disse Johnson no pronunciamento.

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A flexibilização das medidas no meio de fevereiro, de acordo com o primeiro-ministro britânico, dependerá do processo de vacinação e de "todos fazerem a sua parte". O país já aprovou o uso emergencial de dois imunizantes: o desenvolvido pela Pfizer em parceria com a BioNTech e o produzido pela AstraZeneca em conjunto com a Universidade de Oxford.

"As semanas seguintes serão as mais difíceis até agora, mas realmente acredito que estamos entrando na última fase dessa luta", declarou Johnson. "Temos que permanecer cuidadosos com o que vem pela frente", acrescentou.

O presidente do Tribunal de Justiça do Rio, Cláudio de Mello Tavares, derrubou na tarde desta sexta-feira, 18, a liminar que obrigava o lockdown em Búzios, na Região dos Lagos. Ele acatou pedidos da Procuradoria do município e da Associação dos Empreendedores da cidade alegando "interesse público e a grave lesão à ordem e à economia públicas".

Na quarta-feira, 16, o juiz Raphael Baddini de Queiroz Campos, da 2ª Vara da comarca local, proibira a entrada de turistas na cidade, o acesso às praias e a circulação de táxis, carros de aplicativo e ônibus intermunicipais. Ele ainda determinara que turistas teriam 72 horas para deixar o local. O motivo é o avanço da pandemia de covid-19.

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Nesta sexta, contudo, o desembargador Cláudio de Mello Tavares derrubou a medida. Em sua decisão, o magistrado considera que a liminar da primeira instância "afeta o plano de retomada da economia local, e, como corolário, as previsões de retomada da economia buziana, voltada para o turismo, dificultando a realização dos compromissos orçamentários e financeiros, causando prejuízos consideráveis a toda sociedade local, dado que a intervenção aumenta drasticamente as medidas restritivas", e acrescenta que "em virtude da supressão dessa receita, seria necessário o contingenciamento de recursos de outras áreas, com o potencial desequilíbrio das finanças municipais".

O novo ministro do Turismo, Gilson Machado, fez um apelo nesta quinta-feira, 10, contra novas medidas de restrição por conta da covid-19. Nomeado hoje, Gilson Machado assumiu a vaga deixada por Marcelo Álvaro Antônio. Em nota divulgada por sua assessoria, ele reforçou seu posicionamento contrário a novos fechamentos.

"Aproveito a oportunidade para fazer um apelo às autoridades municipais e estaduais para que não decidam por voltar a fechar as atividades ligadas ao trade do turismo, especialmente no período do Natal. Não podemos implementar lockdown novamente pois o setor não aguenta.", afirmou.

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O pedido de Machado ocorre um dia depois do País registrar o maior número de casos positivos em um dia desde 13 de agosto. Desde o início da pandemia já são mais de 6,7 milhões de casos e mais de 179 mil mortes pela doença.

O novo ministro destacou que o governo federal fez o "dever de casa" com medidas que preservaram empregos durante a pandemia. Ainda, que o Ministério do Turismo orientou o setor sobre as "melhores práticas sanitárias para evitar a disseminação do coronavírus". Na semana passada, em evento no Planalto, o ex-presidente da Embratur também fez um apelo a governadores e prefeitos contra novos fechamentos. Na ocasião, Machado disse que novas restrições causariam "desemprego em massa".

"Nós não teremos apenas uma recuperação econômica. Teremos a melhor recuperação econômica possível por causa do turismo. Para isso, faço este apelo: não podemos fechar o trade novamente", disse. Machado afirmou que cuidará das políticas públicas do setor de turismo "com foco na retomada segura desta atividade que emprega milhares de brasileiros de norte a sul do país de maneira direta ou indireta".

Amigo próximo do chefe do Executivo, Gilson Machado se disse honrado pelo convite do presidente Jair Bolsonaro. Ele ressaltou que desde a transição do governo trabalha para tornar o turismo "um dos principais vetores de crescimento da economia brasileira". Machado também agradeceu e parabenizou Marcelo Álvaro Antônio pelo trabalho desempenhado na pasta.

"Agradeço ao meu antecessor, Marcelo Álvaro, pelo apoio que me deu durante todo o tempo em que estive na Embratur e também o parabenizo por seu trabalho em prol do turismo brasileiro", disse.

Machado era até ontem presidente da Embratur. Na nota divulgada, ele comemorou a escolha de Carlos Brito para assumir a presidência da entidade. "Quadro técnico da mais alta qualidade da instituição e que já era diretor de Gestão Corporativa da Agência", citou.

Autoridades de saúde em seis regiões da área da baía de São Francisco, nos Estados Unidos, emitiram um novo decreto de permanência em casa na sexta-feira (4), conforme o número de casos do novo coronavírus aumenta e os hospitais enchem. O lockdown entrará em vigor na maior parte da região às 22h de domingo (6) e permanecerá em vigor até 4 de janeiro.

Os condados ainda não alcançaram o limite anunciado um dia antes pelo governador Gavin Newsom de 85% dos leitos de UTI em hospitais regionais cheios, mas as autoridades disseram que o sistema hospitalar será pressionado antes do fim de dezembro. A Califórnia registrou outro número recorde diário de casos na sexta-feira, com 22.018, e as hospitalizações ultrapassaram 9 mil pela primeira vez.

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Restaurantes terão que fechar tanto para refeições internas quanto externas, bares e vinícolas devem fechar junto com salões de cabeleireiro e manicure e playgrounds. Lojas de varejo e shopping centers podem operar com apenas 20% da capacidade de clientes. Reuniões de qualquer tamanho com pessoas fora de sua casa estão banidas.

No Estado da Geórgia, as infecções por coronavírus estão subindo acima de seus piores picos do verão do Hemisfério Norte, resultando em mais hospitalizações e mais mortes. Na sexta-feira, foi registrado novo recorde diário de mais de 6 mil casos suspeitos e confirmados. A média de sete dias de infecções na Geórgia aumentou para quase 4.300. Essa média estava acima do recorde anterior de julho pelo segundo dia consecutivo. As hospitalizações ainda não chegaram ao pico atingido no verão na Geórgia, mas os leitos estão se enchendo rapidamente. Quase 2,4 mil pacientes com Covid-19 estavam hospitalizados na sexta-feira. A Geórgia já registrou 9.725 mortes confirmadas e suspeitas.

A Índia registrou 36.652 casos confirmados do novo coronavírus nas últimas 24 horas. O ministério da saúde do país neste sábado também registrou 512 mortes nas últimas 24 horas, elevando o total de mortes para quase 140 mil. A Índia tem 9,6 milhões de casos totais, atrás apenas dos EUA com 14,3 milhões. Mas, globalmente, tem uma das menores taxas de morte por milhão de habitantes, de acordo com o Ministério da Saúde. O Ministério do Interior da Índia permitiu que os Estados apliquem restrições locais, como toque de recolher noturno.

No Japão, Tóquio reportou neste sábado 584 novos casos do novo coronavírus, o maior aumento em um único dia para a capital japonesa, apesar do horário comercial mais curto adotado voluntariamente por bares de karaokê e estabelecimentos de alimentação nas áreas centrais desde 28 de novembro, após um pedido do governo metropolitano. A governadora Yuriko Koike pediu aos residentes que evitem passeios não essenciais e também pediu aos idosos e pessoas com problemas de saúde que não usem a campanha do governo que subsidia viagens. O Japão relatou 2.432 novos casos na sexta-feira, elevando o total no país para mais de 157.600. O número de mortos é de 2.283, incluindo 43 novas fatalidades.

Na Austrália, houve um total de 10 novos casos do novo coronavírus nas últimas 24 horas, com cerca de 45 casos ativos registrados, de acordo com os dados mais recentes disponíveis no site do Departamento de Saúde do governo federal. Ocorreram 908 mortes por Covid-19 em todo o país desde 22 de janeiro.

Em Hong Kong, que registrou 101 casos confirmados do novo coronavírus neste sábado em meio ao ressurgimento da doença, as autoridades anunciaram na sexta-feira que aumentarão as penalidades por violar legislações antiepidêmicas para 5.000 dólares de Hong Kong, equivalentes a US$ 645, de 2 mil dólares de Hong Kong cobrados anteriormente. A multa valerá para quem participar de reuniões de grupo proibidas ou não usar máscara em locais públicos obrigatórios.

Fontes: Associated Press e Dow Jones Newswires.

Para o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, será importante observar os dados epidemiológicos sobre a covid-19 no momento atual, passadas as eleições municipais de novembro. Para ele, caso a campanha eleitoral, com dois meses de duração, durante a qual houve grande contato entre as pessoas, não tenha como resultado um aumento expressivo nas contaminações e mortes por covid-19, não haverá motivo para estabelecer novas medidas de distanciamento social.

Esse raciocínio foi oferecido por Pazuello na reunião desta quarta-feira (2) da comissão mista que acompanha as ações do governo federal no enfrentamento à pandemia de covid-19, em resposta a questionamento do deputado Felício Laterça (PSL-RJ), que quis saber do ministro qual a política atual do governo com relação à pandemia.

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“Há, por exemplo, países que advogam contra o isolamento e a favor da imunidade de rebanho; outros já defendem quarentenas rigorosas; e há também nações que entendem que uma testagem constante, em conjunto com medidas sanitárias equilibradas, pode funcionar como alternativa “, exemplificou o parlamentar.

Foi então que Pazuello sugeriu que seja analisado o comportamento da pandemia a partir do fim das campanhas nas cidades.

“Se todo o processo eleitoral dos municípios, com todas as campanhas, aglomerações e eventos, se isso não causa nenhum tipo de aumento de contaminação no nosso país, então, não se fala mais em afastamento social, nós podemos falar em outra coisa. Mas algum reflexo tem que ter tido. Se esse vírus se propaga por aglomeração, por contato pessoal, por aerossóis, e nós tivemos a maior campanha democrática que poderia haver no nosso país, que é a municipal, nos últimos dois meses, se isso não trouxe nenhum tipo de incremento ou aumento em contaminação, nós não podemos falar mais em lockdown nem nada. É claro que há uma mudança de fluxo, de linha, de senoide: ela sobe. Coisas acontecem, e ela sobe. Coisas acontecem, e ela cai. Isso é observação e conhecimento”, afirmou o ministro.

Testes estocados

Pazuello ainda informou que os quase 7 milhões de testes para detectar a covid-19, estocados em galpões do Ministério da Saúde (MS) em Guarulhos (SP), devem ter seus prazos de validade estendidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nos próximos dias. A liberação da Anvisa é necessária, pois os testes, comprados pelo governo federal para uso emergencial, vencem no dia 21 de dezembro. Ainda assim, Pazuello afirmou que o Ministério nunca entendeu que essa seria a data-limite para uso dos testes, pois os seus componentes têm prazos de validade superiores.

“Nunca partimos da premissa de que os testes vencem em dezembro. As validades dos testes estão para 2021, 2022 e até 2023; do que compõem os testes. Foi feito um registro inicial na Anvisa e a empresa [Seegene] deu uma validade emergencial para iniciar o uso, que é bem pequena, de oito meses. Essa validade inicial será renovada, porque todos os componentes dos testes tem a validade muito mais estendida. Nós sempre soubemos disso. As discussões técnicas com a Anvisa são anteriores, não são de agora. Essa é uma coisa importante de ser colocada, isso já vem sendo tratado tanto com a empresa quanto com a Anvisa”, explicou.

Ao questionar o ministro sobre o processo de revalidação dos testes, o senador Esperidião Amin (PP-SC) lamentou que, enquanto milhões de testes comprados pelo governo federal ainda não foram distribuídos, prefeituras de Santa Catarina tenham adquirido kits de testagem "por preços quatro, cinco vezes superiores ao preço médio desses testes do ministério".

Vacina opcional

Perguntado pelos senadores, Pazuello ainda deixou claro que o governo defenderá, em julgamento a ser realizado este mês no Supremo Tribunal Federal (STF), a não-obrigatoriedade da vacinação contra a covid-19. O ministro explicou que o governo vai promover uma campanha de conscientização, que já deverá gerar "uma grande procura" pela vacina.

“Nossa estratégia é a não-obrigatoriedade da vacina. Com uma grande campanha de conscientização, vamos ter uma procura muito grande. Mas aguardamos a posição do STF, que vai fazer o julgamento da obrigatoriedade. Vamos nos defender e apresentar nossas ideias, e os juízes vão definir”, explicitou.

Prioridade na vacinação

Durante a reunião da comissão, o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério, Arnaldo Medeiros, listou os grupos prioritários da futura campanha de vacinação contra a covid-19, assim que os imunizantes sejam liberados pela Anvisa e a logística para a vacinação esteja pronta. Segundo ele, os grupos prioritários estarão, preliminarmente, separados em quatro fases de vacinação maciça.  

“O primeiro grande grupo a ser vacinado serão os trabalhadores da saúde, pessoas com 80 anos ou mais, pessoas com 75 a 79 anos que vivam em abrigos de longa permanência, e a população indígena. Na fase 2, pessoas com 70 a 74 anos, 65 a 69 anos, e 60 a 64 anos. Na fase 3, as pessoas com comorbidades. E na fase 4, professores, trabalhadores de forças de segurança e salvamento, funcionários do sistema prisional e a população privada de liberdade”,  informou.

Os senadores Eliziane Gama (Cidadania-MA) e Izalci Lucas (PSDB-DF) pediram que, em suas campanhas publicitárias, o Ministério da Saúde seja mais incisivo na necessidade de as pessoas se vacinarem, não só contra a covid-19, mas também em outras campanhas imunizantes. Ambos se preocupam com o discurso anti-vacinação que se disseminou pela internet e redes sociais, que têm feito a adesão popular às campanhas de vacinação cair nos últimos anos, permitindo que doenças que haviam sido erradicadas do Brasil ressurjam nos últimos anos.

*Da Agência Senado

 

O governo da Alemanha, em concordância com os estados, prorrogou até o dia 20 de dezembro o lockdown parcial que atinge o país para controlar o avanço dos casos e das mortes causadas pelo coronavírus Sars-CoV-2, anunciou a chanceler, Angela Merkel, na noite desta quarta-feira (25).

No entanto, as festividades de Natal serão permitidas para grupos familiares e de amigos de até 10 pessoas. "Ninguém deverá passar o feriado de Natal na solidão", disse Merkel ao anunciar o plano.

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Porém, as regras de encontro social continuarão mais restritas até o dia 20, com limitação de cinco pessoas dos núcleos habitacionais, excluindo crianças e adolescentes com menos de 14 anos.

"Temos duas mensagens para o povo alemão. A primeira, é um obrigada. Mas, em segundo lugar, informo que as restrições atuais não serão suspensas", disse ainda a chanceler, ressaltando que o "aumento exponencial" de casos foi contido, mas os números diários continuam ainda muito altos.

Nesta quarta-feira, segundo dados divulgados pelo Instituto Robert Koch, foram 18.633 novos casos de Covid-19 em 24 horas, mantendo a média dos últimos dias, mas a quantidade de óbitos bateu recorde desde o início da pandemia, em março deste ano: foram 410 mortes.

"Não podemos estar satisfeitos com esse sucesso parcial. As mortes nos lembram que, por trás das estatísticas, há destinos humanos", pontuou ainda Merkel ao comentar a quantidade de vítimas da doença.

Desde março, a Alemanha - considerado um dos países que melhor gerenciou a crise sanitária na primeira onda no mundo - registra 995.879 contaminações pelo novo coronavírus e 15.210 óbitos na pandemia.

Da Ansa

Após superar a meta da testagem em massa dos moradores, a província italiana de Bolzano informou que encerrará o lockdown imposto por conta da pandemia de coronavírus Sars-CoV-2 no dia 30 de novembro, pouco antes do previsto.

"Segunda-feira, 30 de novembro, reabrirão o comércio, os mercados e também os cabeleireiros e os esteticistas. Retomaremos as aulas presenciais para o primeiro ano do ensino médio", anunciou o governador, Arno Kompatscher, nesta terça-feira (24).

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No entanto, continuarão fechadas as escolas de ensino superior e profissionalizantes bem como bares e restaurantes até o dia 4 de dezembro, seguindo o decreto nacional para áreas que estão na zona vermelha de contágio da Covid-19. A decisão do governador de colocar Bolzano em lockdown foi tomada independentemente do governo central, que não classificava a área como faixa vermelha.

A opção pelo fim do lockdown foi tomado após a meta da testagem em massa, que previa 350 mil testes (70% da população) para detectar o vírus, ter sido atingida nesta terça - quatro dias após começar. Segundo os dados oficiais, fizeram os testes 352.176 pessoas, das quais 3.380 detectaram o Sars-CoV-2 e já foram colocadas em isolamento.

Kompatscher informou que a campanha continuará até essa quarta-feira (25) nas farmácias e com os médicos de família para que todos que quiserem façam a testagem.

Conforme dados do Ministério da Saúde, Bolzano contabiliza 21.460 casos de Covid-19 desde fevereiro - uma alta de 260 nas últimas 24 horas - e 474 mortes desde o início da crise sanitária. 

Da Ansa

O chanceler da Áustria, Sebastian Kurz, anunciou neste sábado (14) um lockdown total válido a partir da próxima terça-feira (17) para conter a segunda onda da pandemia do coronavírus Sars-CoV-2.

O regime de isolamento ficará em vigor ao menos até 6 de dezembro, com toque de recolher 24 horas por dia e lojas e escolas fechadas.

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O governo austríaco já havia tentado achatar a curva epidemiológica com toque de recolher noturno durante duas semanas, mas o país vem batendo recordes consecutivos de casos diários - foram 9.586 a última sexta-feira (13).

"Não se encontrem com ninguém, cada encontro já é muito", declarou Kurz, de centro-direita. Segundo o chanceler, pessoas que vivem sozinhas poderão indicar um "indivíduo de contato".

"Ninguém quer um novo lockdown, mas é o único meio que funciona, como já vimos na primavera [europeia]. Queremos salvar o Natal. Quanto mais rígido for o lockdown, mais rápido poderemos voltar a uma vida ao menos em parte normal", acrescentou.

Até o momento, a Áustria contabiliza 191.228 casos do Sars-CoV-2 e 1.661 mortes, mas com uma mortalidade (19 óbitos/100 mil habitantes) abaixo da média da União Europeia (49/100 mil hab.).

Da Ansa

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, demonstrou otimismo nesta sexta-feira, 13, sobre a vacina da Pfizer. Durante entrevista coletiva, Trump disse que a eficácia dela tem se mostrado superior a 90% e que nas próximas semanas deve haver notícias sobre outras três vacinas que estão em fase de testes. Além disso, ele descartou um lockdown, ao ressaltar os problemas causados com esse tipo de medida, como aumento no abuso de álcool e suicídios.

Trump disse esperar que a vacina da Pfizer seja aprovada logo e afirmou que seu governo pretende começar a imunizar os mais vulneráveis à doença "em questão de semanas", qualificando-a como "muito eficaz e segura". Segundo ele, o número elevado de casos nos EUA é fruto na verdade do fato de que o país é muito eficiente nos testes para a doença. "Temos o melhor sistema de testes do mundo", garantiu.

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Com a vacina, Trump disse que sua administração espera uma queda no número de casos da covid-19 rapidamente nos próximos meses. Também destacou o papel que medicamentos podem ter para evitar casos mais graves, ao dizer que eles já têm reduzido a mortalidade da doença em 85%.

Trump ainda fez uma menção ao fato de que não admitiu a derrota para Joe Biden na disputa presidencial. Ao dizer que rechaça um lockdown em seu governo, ele disse esperar que essa alternativa não seja adotada adiante também. "O tempo dirá quem assumirá em janeiro", comentou nesse momento. Ele também citou uma divergência com o governo democrata de Nova York, ao dizer que por enquanto esse Estado não aceitou liberar a entrada da vacina, "infelizmente".

O governo interino libanês anunciou, nesta terça-feira (10), um confinamento "total" do país durante duas semanas, com algumas "exceções", para tentar conter o grande aumento de casos de covid-19.

Desde o início da pandemia em fevereiro, este pequeno país registrou 95.355 casos e 732 mortes.

Embora tenha conseguido controlar a primeira onda do vírus, de março a junho, graças a um confinamento precoce, o Líbano marca desde julho vários recordes de contágios, apesar de ter isolado dezenas de aldeias e cidades.

O primeiro-ministro Hassan Diab deu voz de alarme e avisou que o país ultrapassou uma "linha vermelha" e que os hospitais estavam no máximo de sua capacidade.

Segundo a imprensa local, este confinamento não afeta o transporte aéreo, as padarias, bancos, empresas nacionais de eletricidade, de comunicações ou as fábricas.

A Inglaterra voltou nesta quinta-feira (5) ao confinamento contra o coronavírus, uma medida que será aplicada na Grécia a partir de sábado para tentar frear a implacável segunda onda de uma pandemia que castiga toda a Europa e tampouco dá trégua nos Estados Unidos, país que registrou o recorde de 100.000 novos casos em apenas um dia.

A princípio, durante quatro semanas, os 56 milhões de ingleses serão autorizados a sair de casa apenas para comprar comida, comparecer ao médico, praticar exercícios ou seguir até o trabalho, quando não for possível adotar o 'home office'.

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País mais afetado da Europa pela pandemia, o Reino Unido registra quase 48.000 mortes provocadas pela covid-19, com 492 vítimas fatais apenas na quarta-feira, o maior balanço diário desde maio.

Depois de resistir à ideia de um segundo confinamento nacional, o primeiro-ministro Boris Johnson anunciou no sábado passado que o Reino Unido seguiria os passos de países vizinhos, como França e Irlanda, com a esperança de poder permitir as reuniões das famílias durante o Natal.

Na Grécia, apesar de reconhecer uma "decisão difícil", o primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis anunciou que o país vai instaurar um novo confinamento a partir de sábado durante pelo menos três semanas.

Ao contrário do primeiro confinamento, Grécia, Inglaterra e os países europeus que decretam as restrições permitem, no entanto, que as escolas permaneçam abertas.

- Uma Europa entrincheirada -

Em todo o mundo, a pandemia de covid-19 provocou mais de 1,2 milhão de mortes desde que o escritório da OMS na China registrou o surgimento da doença em dezembro, de acordo com o balanço da AFP com base em números oficiais.

A pandemia provocou mais de 48,1 milhões de casos. Na quarta-feira foram registrados em todo o mundo 8.832 mortes e 551.429 contágios.

O rápido avanço da segunda onda transformou a Europa na região mais afetada do mundo, com 11,6 milhões de casos registrados até o momento.

Na semana passada o continente registrou a média de 277.000 novos casos por dia, o que representou mais da metade dos diagnósticos no mundo.

O aumento dos contágios acabou com as esperanças de uma rápida recuperação econômica na zona do euro, admitiu a Comissão Europeia.

O Produto Interno Bruto (PIB) da Eurozona cairá 7,8% este ano e a recuperação em 2021 será menos expressiva que o esperado: +4,2%, contra +6,1% da estimativa de julho.

Ao mesmo tempo, as restrições não param de aumentar no continente.

A Itália, ainda traumatizada com a primeira onda, adota a partir desta quinta-feira um toque de recolher entre 22H00 e 5H00, a princípio até 3 de dezembro. O país registra mais de 39.000 mortes e 750.000 contágios e tenta frear as infecções sem decretar um confinamento nacional.

Na Espanha, que supera 1,2 milhão de casos e registra quase 36.500 vítimas fatais, o governo é pressionado a seguir os outros países europeus e aplicar um confinamento domiciliar.

Em Portugal, mais de sete milhões de pessoas (70% da população) respeitam desde quarta-feira um confinamento de pelo menos duas semanas devido ao aumento preocupante de casos em um país relativamente preservado da pandemia na primeira onda.

Em Paris, confinada como o restante da França desde 30 de outubro, as autoridades municipais anunciaram novas restrições, que incluem o fechamento de algumas lojas que vendem bebidas alcoólicas e restaurantes que oferecem comida para viagem a partir das 22h00 "porque, em alguns casos, foram constatados abusos", explicou a prefeita Anne Hidalgo.

Em outros países da Europa, as imagens são similares: A Áustria adotou um toque de recolher noturno, a Polônia fechou bares e lojas, a Hungria retomou o estado de alerta e teme um colapso dos hospitais e na Suíça o exército foi colocado à disposição dos cantões para organizar hospitais ou transferências de pacientes.

- Recorde de contágios diários nos EUA -

Estados Unidos registraram 100.000 novas infecções em 24 horas, de acordo com os números divulgados na quarta-feira pela Universidade Johns Hopkins, o centro de referência no país, que também informou 1.112 mortes em apenas um dia.

Com 233.734 óbitos provocados pela covid-19, o país é o mais afetado pela pandemia, que foi um dos principais temas da disputa pela Casa Branca entre o presidente Donald Trump e seu rival democrata Joe Biden, que ainda não tem um vencedor.

Na América Latina, vários países flexibilizaram as restrições após uma aparente estabilização dos casos. Cuba, no entanto, registrou na quarta-feira 109 novos casos de covid-19, um recorde em sete meses de pandemia, número impulsionado por 36 casos "importados", de cubanos que retornaram recentemente ao país.

A pandemia também tem efeitos colaterais graves para vítimas de outras doenças, que observam o adiamento de seus tratamentos devido à concentração de recursos na luta contra o coronavírus.

Um estudo publicado pela revista médica britânica BMJ aponta que um mês de atraso no tratamento de um câncer aumenta entre 6% e 13% os riscos de morte para o paciente.

E adiar, por exemplo, em 12 semanas a cirurgia de um mulher com câncer de mama se traduz em 6.100 mortes adicionais em um ano nos Estados Unidos e 1.400 no Reino Unido.

burs-bl-acc/fp

Países europeus como França, Bélgica e Alemanha voltaram a fechar, parcialmente ou totalmente, seus comércios temendo nova onda de Coronavírus desde segunda-feira (2). Com o crescimento da doença no Recife, o candidato a prefeito pelo Partido Novo, Procurador Charbel, se mostra preocupado com uma possível nova parada na capital pernambucana.

“A própria Organização Mundial da Saúde diz que o lockdown não é o método mais aconselhável de combate a Covid-19, principalmente para regiões pobres, pois destrói a economia e piora a situação dos mais vulneráveis. Além de destruir empregos, não há como implantar perante a população socialmente vulnerável, como moradores de rua ou em moradias precárias, palafitas, área de risco, que infelizmente são muitos no Recife, por conta dessas gestões terríveis que tivemos nos últimos anos. O isolamento deve ser sobre pessoas doentes e as pessoas de seu convívio. Deve ser disponibilizado tratamento precoce e testes”, postou o procurador municipal em suas redes sociais.

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O candidato ressaltou que o Estado e o município não têm um plano de enfrentamento da crise sanitária, e nem em relação à crise econômica, e teme que a decisão “mais simples” para a dupla Paulo Câmara e Geraldo Júlio, de fechar tudo, seja a escolhida.

Ainda em seus perfis na internet, Charbel inseriu um link de notícia com fala do diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, que disse recentemente que “a OMS não defende lockdown como o principal meio de controle desse vírus”.

Com informações da assessoria

O primeiro-ministro de Portugal, António Costa, anunciou no sábado (31) a imposição de uma série de medidas restritivas para conter o avanço do novo coronavírus. O anúncio acontece no mesmo dia em que o país renovou recorde diário de casos da doença, com mais de 4 mil diagnósticos entre sexta-feira e o sábado.

Entre as normas, Costa informou que estabelecimentos comerciais terão que fechar antes das 22h e restaurantes só poderão funcionar com grupos limitados a seis pessoas, até 22h30. Eventos e celebrações com mais de seis indivíduos serão proibidos e as empresas terão que estabelecer um plano para o trabalho remoto. "Vai ser um mês muito duro", antecipou o líder português, em entrevista coletiva.

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O premiê acrescentou que as ações entrarão em vigor para 121 municípios que abrangem 70% da população portuguesa, incluindo Lisboa. Os locais são aqueles que tiveram mais de 240 casos para cada 100 mil habitantes nos últimos 14 dias. Segundo ele, o governo solicitou ao presidente Marcelo Rebelo de Sousa a declaração de uma estado de emergência, que precisa ser aprovado por todos os ministros.

Mais cedo, o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, também havia anunciado restrições à circulação de pessoas na Inglaterra até 2 de dezembro para suprimir a curva epidemiológica. Segundo o premiê, as medidas serão analisadas pelo Parlamento na próxima quarta-feira (4) e, se aprovadas, entrarão em vigor na quinta-feira (5).

Do outro lado do Atlântico, os Estados Unidos tiveram na sexta-feira (30) 99.321 registros de covid-19, com 1.030 mortes, de acordo com levantamento da Universidade Johns Hopkings. Trata-se do maior aumento diário no total de diagnosticados no país desde o início da pandemia. Em comícios de campanha realizados na Pensilvânia no sábado, o presidente americano, Donald Trump, garantiu que o governo está derrotando a doença e distribuirá uma vacina eficaz nas próximas semanas.

Os 56 milhões de habitantes da Inglaterra voltarão ao confinamento domiciliar a partir da próxima quinta-feira e até 2 de dezembro, na tentativa de conter o avanço da pandemia do novo coronavírus, anunciou neste sábado (31) o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson.

As medidas serão debatidas e votadas na quarta-feira pelo Parlamento. "Temos que ser humildes diante da natureza", afirmou Johnson, durante uma coletiva de imprensa, ao anunciar que todos os comércios não essenciais vão fechar e os ingleses não poderão sair de casa, exceto para questões essenciais, como comprar alimentos ou ir ao médico. Escolas e universidades, no entanto, vão continuar abertas.

"A menos que ajamos, poderíamos ver as mortes neste país alcançar os milhares por dia", acrescentou, ao lado de seus principais conselheiros científico e médico, Patrick Vallance e Chris Whitty.

Reagir tarde

Muito criticado durante a primeira onda por ter reagido tarde e depois pelas graves consequências do confinamento para a economia britânica, Johnsn havia resistido a voltar a impor medidas em nível nacional. Ele foi duramente atacado pela oposição trabalhista, quando se soube que havia recusado um confinamento curto de dois ou três semanas, preconizado em meados de setembro, por seus conselheiros científicos.

Mas o Reino Unido, o país mais afetado pela pandemia na Europa, com mais de 46.500 mortes confirmadas de covid-19, vente o forte impacto da segunda onda. Neste sábado, superou o milhão de casos positivos: 1.011.660 contágios desde o começo do ano.

Neste contexto, o primeiro-ministro seguiu o exemplo de seus vizinhos mais próximos - França e Irlanda -, que já colocaram suas populações em 'lockdown'. Na sexta, seu chanceler e número dois do Executivo, Dominic Raab, havia insistido em manter uma política de restrições locais.

"Vamos fazer tudo o que pudermos de modo concentrado" nas zonas de maior contágio, disse à BBC. "Não vamos adotar uma abordagem única para todos", que "seria pior", insistiu.

Repercussões econômicas "desastrosas"

O norte do país, em torno de cidades como Liverpool e Manchester, já sob fortes restrições com fechamento de bares e a proibição de reunião com familiares e amigos com quem não se conviva.

Mas um estudo publicado na quinta-feira pelo Imperial College de Londres e a Ipsos Mori emitiu o alerta sobre a rápida propagação do vírus mais ao sul, que poderia rapidamente se encontrar no mesmo nível.

Assim, Johnson se viu pressionado por seus assessores a frear agora a disparada de contágios, com a esperança de poder permitir que as famílias se reúnam no Natal.

Estas medidas só afetam a Inglaterra porque cada um dos quatro países que formam o Reino Unido decide suas políticas sanitárias. Os mais de três milhões de habitantes do país de Gales já voltaram ao confinamento há uma semana. A medida terá duração de 17 dias.

Enquanto a pressão aumentava por todo o lado para que Johnson fizesse o mesmo, também crescia a oposição por parte dos conservadores. "Não faça isso, Boris!", estampou na quinta a primeira página do jornal conservador Daily Telegraph.

Em particular, teme-se as consequências para a economia, depois que o FMI antecipou esta semana uma queda de 10,4% do PIB britânico em 2020, pior do que se previa.

Em meio ao aumento nos casos diários do novo coronavírus na Itália, pelo menos três regiões do sul do país, que foi menos atingido na primeira onda da pandemia, impuseram uso obrigatório de máscaras a céu aberto para conter a disseminação do Sars-CoV-2.

Atualmente, o governo italiano determina a obrigatoriedade no uso de proteção facial em locais fechados ou abertos com risco de aglomeração em todo o território nacional, mas algumas regiões decidiram ir além.

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A mais recente é a Sicília, cujo governador, Nello Musumeci, assinou no último domingo (27) um despacho que torna obrigatório o uso de máscaras fora de casa quando se está entre estranhos.

Além disso, Musumeci determinou a realização de exames moleculares rápidos em viajantes provenientes do exterior e controles periódicos em operadores sanitários e grupos de risco.

As medidas entram em vigor na próxima quarta-feira (30) e serão válidas por pelo menos um mês. Na semana passada, os governos da Calábria e da Campânia já haviam decretado o uso obrigatório de máscaras a céu aberto. Esta última ainda estuda impor um lockdown se os casos diários continuarem crescendo.

A Itália vem de 10 semanas seguidas de alta nos novos casos de Sars-CoV-2 e encerrou a semana passada com o maior número de mortes (126) desde o período entre 28 de junho e 4 de julho (138).

O país ainda está longe dos números registrados no pico da pandemia, entre março e abril, mas o sul foi relativamente poupado naquela ocasião, o que pode favorecer a disseminação do vírus agora.

"Estamos em uma fase delicada. Estamos em plena pandemia, e se a curva continuar subindo, vamos fechar tudo", ameaçou na semana passada o governador da Campânia, Vincenzo De Luca, recém-reeleito.

"Se a escolha for entre ter mortos na rua ou fazer uma alegre caminhada, não haverá nenhuma dúvida", acrescentou. 

Da Ansa

O Reino Unido deve reintroduzir algumas medidas de lockdown contra o coronavírus cedo ou tarde, afirmou um epidemiologista neste sábado (19), com novos casos da covid-19 chegando ao maior índice desde o começo de maio.

Neil Ferguson, professor de epidemiologia do Imperial College, de Londres, e ex-conselheiro do governo, afirmou à BBC que o país enfrentará uma "tempestade perfeita" de infecções, com as pessoas voltando ao trabalho e às escolas.

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O primeiro-ministro Boris Johnson disse na sexta-feira (18) que ele não quer outro lockdown nacional, mas que novas restrições podem ser necessárias porque o país enfrentaria uma inevitável segunda onda da covid-19.

"Eu acho que algumas medidas adicionais devem ser necessárias, cedo ou tarde", disse Ferguson.

Na sexta-feira (18), foi publicado que ministros estavam considerando um segundo lockdown nacional, com novos casos da covid-19 no maior índice em meses, internações hospitalares crescendo e taxas de infecção elevadas em partes do norte da Inglaterra e em Londres.

"Neste momento, estamos nos níveis de infecções que víamos neste país no final de fevereiro, e, se esperarmos mais duas ou quatro semanas, estaremos de volta aos níveis de meados de março, e isso irá - ou pode - causar mortes", disse Ferguson.

Dados do governo, deste sábado (19), mostraram 4.422 novos casos, 100 a mais que na sexta-feira (18), e o maior total diário desde 8 de maio, com base em testes positivos.

A verdadeira taxa de infecção deve ser maior. A agência de estatísticas do Reino Unido disse na véspera que por volta de 6 mil pessoas por dia, apenas na Inglaterra, provavelmente pegaram a doença durante a semana de 10 de setembro, com base em testes aleatórios.

A primeira-ministra da Escócia, Nicola Sturgeon, requisitou uma reunião com Johnson e os líderes de País de Gales e Irlanda do Norte, durante as próximas 48 horas, para tentar garantir medidas coordenadas entre as diferentes partes do Reino Unido.

O Reino Unido teve o maior índice de mortes da Europa por covid-19, com mais de 41 mil, segundo a contagem do governo.

O aumento de infecções ainda não levou a um crescimento similar em novas mortes - em parte porque os casos estão concentrados entre pessoas mais jovens -, mas as internações hospitalares estão começando a crescer.

Mais de 10 milhões de pessoas em partes do norte e da região central da Inglaterra já estão sob alguma forma de lockdown, como proibição de convidar amigos ou familiares para suas casas, ou visitar bares e restaurantes depois das 22h.

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