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Os pacientes de hepatite C em Pernambuco terão acesso a três novos medicamentos. O estado já começou a receber as drogas adquiridas no exterior e que irão beneficiar 409 pacientes. Com a medicação, as chances de cura passam para o dobro em relação à terapia convencional sem grandes efeitos colaterais. 

Na próxima quinta-feira (17), os medicamentos serão entregues no Instituto do Fígado de Pernambuco. A instituição existe há dez anos e atua na pesquisa, prevenção e tratamento das doenças do aparelho digestivo, principalmente as hepáticas. Atende, exclusivamente pelo SUS, pacientes portadores de doenças hepáticas.

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Os medicamentos de nome sofosbuvir, daclatasvir e simeprevir, são fabricados no Canadá, Estados Unidos e Holanda e serão disponibilizados pelo programa de medicamentos excepcionais e de alto custo do Governo de Pernambuco, Farmácia de Pernambuco.   

Serão beneficiados pacientes portadores de coinfecção com o HIV e cirrose descompensada, pré e pós-transplantados e pacientes com má resposta à terapia com interferon, ou que não se curaram com terapia prévia. Com o uso desses medicamentos, o Ministério da Saúde afirma que dobram as chances de cura da hepatite em relação ao tratamento até agora aplicado, que incluía a injeção de remédios com efeito colateral. Ainda acrescenta que no modelo convencional, as chances de cura variam de 40% a 47%, após tratamento realizado entre 48 e 52 semanas. Já a nova terapia, via oral, tem um período de cura entre 12 e 24 semanas.

Hepatite C

É uma doença causada pelo vírus VHC e prioritariamente transmitida pelo contato com sangue contaminado, vias sexuais e transmissão vertical (da mãe para o bebê durante a gravidez ou na hora do parto), além do compartilhamento de seringas, agulhas ou de instrumentos para manicure, pedicure, tatuagem e colocação de piercing. A tendência é que o paciente desenvolva a forma crônica da doença, que provoca lesões graves no fígado, podendo levar a complicações como cirrose, câncer no fígado e insuficiência hepática.

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, em 2013, foram confirmados 385 casos de hepatite C em Pernambuco. Em 2014 foram 387. Neste ano, já são 112 confirmados e 129 em investigação.

Com informações da assessoria

Um grupo de cientistas franceses vai à Bolívia para negociar com o governo a industrialização da folha de coca para fins medicinais, informou nesta quinta-feira o presidente Evo Morales, que disse que há grandes avanços na matéria.

"Estão chegando cientistas da França para estudar a forma de industrializar, não em cocaína, mas em medicamentos", disse o presidente, que nasceu para a vida política na região de Chapare, no centro do país, como líder dos plantadores de coca.

Os cientistas franceses "nos disseram, tomara que demonstrem, que a folha de coca poderia ser usada para prevenir o câncer, e nós estamos cruzando essas informações", disse Morales, que fala em outros usos para a planta, mais conhecida como matéria-prima para a produção de cocaína.

"Vamos industrializar a folha de coca", insistiu o governante durante um evento público, onde promoveu o uso de produtos "feitos na Bolívia".

A Bolívia tem atualmente 20.400 hectares de coca, de acordo com um relatório do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC).

Um estudo do governo, financiado pela União Europeia e lançado em novembro de 2013, afirmou que a Bolívia iria precisar de apenas 14.700 hectares para fins legais, como a mastigação, infusão e rituais religiosos andinos.

Morales disse várias vezes que seu plano é elevar o limite legal de coca de 20.000 hectares e que procura mercados para usos medicinais. A Bolívia é, depois da Colômbia e do Peru, um dos maiores produtores mundiais de folha de coca.

O Japão pretende implementar um sistema de distribuição de medicamentos por meio de drones, para abastecer zonas isoladas, com escassas instalações médicas. A operação deve começar em 2018, informou o diário econômico Nikkei. O sistema permitiria inicialmente que os aviões não tripulados transportassem medicamentos com receita, sangue para transfusão e outros produtos urgentes. 

Para concretizar a ideia, o governo japonês deverá ampliar as bandas de frequência atualmente estabelecidas e aumentar a potência de saída das estações de redes sem fio. Atualmente, a legislação do país proíbe o voo de drones sobre áreas residenciais habitadas sem autorização governamental, estabelece as distâncias mínimas que as aeronaves devem manter das pessoas e edifícios, mas não regula as rotas de voo. 

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O Japão não tinha legislação específica sobre drones até setembro deste ano, quando um homem operou um desses aparelhos com material radioativo até o telhado da residência do primeiro-ministro, Shinzo Abe. Abe e alguns ministros deverão se reunir com representantes de empresas como a Amazon e a Toyota Motors, com o objetivo de impulsionar o novo sistema de distribuição de medicamentos com drones, acrescenta o Nikkei.

O gigante do comércio eletrônico, Amazon, começou em março do ano passado a testar a entrega de encomendas com o uso de aviões não tripulados em Miami (Estados Unidos). A rede Walmart solicitou, no fim do mês passado, autorização ao governo norte-americano para testar drones com esse objetivo.

O Ministério da Saúde começa a distribuir para Estados dois medicamentos que serão incorporados ao tratamento da hepatite C, considerados muito mais potentes e com menos efeitos colaterais. As drogas sofosbuvir e daclatasvir, usadas em associação, devem estar disponíveis nos pontos de distribuição de medicamentos excepcionais a partir de novembro.

Uma terceira droga que também integra a terapia, o simeprevir, deverá chegar ao País nas próximas semanas. A expectativa é a de que ela esteja disponível para pacientes em dezembro.

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O anúncio da chegada dos remédios foi feito nesta terça-feira, 20, pelo ministro da Saúde, Marcelo Castro. "A incorporação desse medicamento terá um impacto semelhante aos exercido pelos antirretrovirais para pacientes com a aids", disse.

A nova terapia tem eficácia de 90%, um índice bem superior aos medicamentos usados até agora (50% e 70%). A duração do tratamento também é menor: das 48 semanas atuais para 12 semanas. Foram adquiridos remédios suficientes para 30 mil pacientes, durante um ano.

Para a compra, o governo desembolsou R$ 1 bilhão. O valor é 90% menor do que o praticado no mercado internacional. As negociações foram feitas pelo antecessor de Castro, Arthur Chioro. Durante a cerimônia, o ministro fez elogios à atuação da equipe anterior.

Por ser mais eficaz e seguro, o tratamento poderá ser usado também por pacientes que até agora eram excluídos da terapia, como os com HIV, os transplantados ou que estão na fila de transplante. Atualmente, cerca de 10% dos pacientes com hepatite C também são portadores do vírus da aids.

O diretor do Departamento de DST/Aids e Hepatites Virais, Fábio Mesquita, avalia que a mudança no protocolo vai possibilitar a inclusão de novos pacientes ao tratamento. "A expectativa é dobrar o número de pessoas em terapia."

Até agora, 11 mil pacientes estão cadastrados para receber o novo tratamento. "Fizemos uma compra com folga, não deve faltar medicamento para pacientes que preencham o protocolo preconizado", disse o ministro.

Estima-se que 1,4 milhão de brasileiros sejam portadores do vírus da hepatite C. A transmissão acontece por meio de uso de drogas injetáveis, transfusões, sexo desprotegido e tatuagens. Os sintomas da doença somente aparecem quando a doença está em estágio avançado.

Estreia

O anúncio é o primeiro evento liderado pelo ministro da Saúde, Marcelo Castro, desde que assumiu o cargo, há 15 dias. Para a cerimônia, além de representantes do Conselho dos Secretários Estaduais de Saúde e do Conselho de Secretários Municipais de Saúde e do representante da Organização Pan-Americana de Saúde, foram convidados o secretário de Saúde do Distrito Federal, Fábio Gondim, e uma paciente com hepatite C, a primeira que será medicada no País com os novos remédios: Helenisar Camos Cabral Salomão.

Ao anunciar os presentes, o ministro provocou constrangimento ao se referir a Helenisar como "presidente" do SUS. Corrigido por assessores, que não escondiam certo desconforto, o ministro emendou: "Paciente. Claro, o SUS não tem presidente."

Esta é a terceira vez que o novo tratamento para hepatite C é anunciado pelo governo. A primeira vez foi em junho, logo que a adoção das drogas foi aprovada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologia do Sistema Único de Saúde (Conite). Pouco tempo depois, foi a vez de ser anunciada a campanha para identificação do vírus e agora, a chegada do remédio no País.

A inclusão de Gondim na cerimônia não foi à toa: ela atende a um pedido do Governo do Distrito Federal que, diante de um cenário de greves de seu funcionalismo, buscava um fato positivo para a sua agenda.

Pesquisar é a saída para economizar, até mesmo nas compras de medicamentos. Um levantamento realizado pelo Procon-PE em farmácias de Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR), mostra que a diferença de preços de um estabelecimento para outro são surpreendentes.

A pesquisa foi realizada em 16 farmácias nos bairros do Varadouro, Bairro Novo, Casa Caiada, Jardim Atlântico, Bultrins, Jardim Fragoso e Ouro Preto. Foram pesquisados 40 medicamentos, sendo 20 de referência (marca) e 20 genéricos.

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Conforme o levantamento, uma caixa do medicamento Captopril genérico, bastante utilizado por pessoas com hipertensão, foi encontrada nos valores de R$ 24,85, o maior preço; e por R$ 5, ou seja, uma diferença percentual de 397%. Já entre os remédios de ‘marca’ o Losartana Potássica, também utilizado para tratamento de hipertensão, apresentou diferença percentual foi de 103,71%.

O objetivo da pesquisa de preços de medicamentos realizada pelo Procon-PE é oferecer a população um instrumento auxiliar para a determinação de compras mais racionais do ponto de vista do preço, permitindo uma visão mais clara da diferença de preços de um mesmo produto.

Confira a compração de preço de alguns medicamentos:

LOSARTANA POTÁSSICA: 52,23    -    25,64

MALEATO ENALAPRIL: 34,75    -    25,12

ATENOLOL: 20,50    -    11,42

HIDROCLOTIAZIDA: 8,39    -    5,86

GLIBENCLAMIDA: 14,50    -    9,93

IBUPROFENO: 32,49    -    16,40

AMOXICILINA: 82,09    -    47,53

Com informações da assessoria

Países do Mercosul agora podem fazer compra conjunta de remédios estratégicos, depois de acordo assinado por ministros da Saúde na 11ª reunião do Conselho de Ministros da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), no Uruguai. O acordo, firmado nessa sexta-feira (11), prevê também a criação de um banco de preços de medicamentos para que os países tenham maior poder de negociação.

A medida pretende baratear o custo dos produtos pela compra em escala. Segundo o Ministério da Saúde, os valores cobrados pela indústria farmacêutica variam até cinco vezes dependendo do volume de aquisição do país. A primeira compra pelo acordo, programada para outubro, será de um grupo de medicamentos para o tratamento de hepatite C e de Aids.

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Cada país elegeu seus medicamentos prioritários para compra e, diante do acordo, definiram conjuntamente os remédios que serão adquiridos nas duas compras em bloco já previstas.  Além do Brasil, são signatários do acordo a Argentina, o Paraguai, o Uruguai, a Bolívia, a Venezuela, o Chile, o Equador e o Suriname.

O banco de preços do Mercosul vai reunir detalhes sobre as compras de medicamentos e equipamentos feitas pelos ministérios da Saúde da América do Sul. O sistema de informações terá dados como preços das últimas compras, quantitativos, fornecedores, entre outros. banco de preços do governo brasileiro servirá de modelo para a base de dados regional.  A ideia é que quando os países forem fazer acordos isolados com a indústria, tenham em mãos os valores negociados com outros países.

Três homens envolvidos no desvio de medicamentos e materiais hospitalares de unidades mantidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), no Recife, foram condenados pelo Ministério Público Federal (MPF) em Pernambuco nesta quinta-feira (9). Osmar da Silva (então dono de farmácia), Flávio Barros (proprietário de firmas da área de saúde) e Américo dos Santos (empresário) responderão por receptação qualificada e uso de documentos ideologicamente falsos entre os anos de 2005 e 2010.

O crime acontecia da seguinte forma: os três compravam medicamentos desviados por funcionários de hospitais públicos, a exemplo de enfermeiros e maqueiros. Em seguida, os remédios eram revendidos a empresas de distribuição do ramo e colocados à venda ao consumidor final. Para maquiar a fraude, falsificavam notas fiscais e adulteravam embalagens dos remédios. 

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Os medicamentos eram subtraídos de hospitais públicos a baixo custo. Eles conseguiram obter o medicamento Ampolas de Meronem, por exemplo, a R$ 40, sendo que o valor de mercado do produto pode chegar a R$ 3,2 mil, conforme pesquisa feita pelo MPF em 2013. Outro exemplo é o do remédio Avalox, comprado no esquema criminoso por R$ 30, enquanto o valor de mercado pode chegar a R$ 175. 

As apurações apontaram que os medicamentos foram desviados dos hospitais Agamenon Magalhães, Restauração, Oswaldo Cruz, Getúlio Vargas, Otávio de Freitas, das Clínicas e Metropolitano Norte Miguel Arraes. Foram furtados remédios como Ozactan, Albumina, Avalox, Clexane, Meronem, Zivox e Targocida. 

A Justiça Federal enfatizou que o esquema causou prejuízo financeiro ao SUS, bem como aos pacientes que deixaram de receber os remédios. As penas de prisão aplicadas a eles pela Justiça Federal variam de seis anos e oito meses a nove anos e quatro meses, conforme a participação de cada um no esquema, além do pagamento de multa.

O Procon-PE divulgou nesta segunda-feira (6) o resultado da primeira pesquisa de preço de medicamentos que será feita mensalmente. Um total de 36 estabelecimentos de diversas regiões do Recife foi analisado, e o destaque de variação ficou para a Zona Sul da cidade, onde foi encontrado diferença de preços para medicamento genérico de até 377,36%.

Na Zona Oeste e Norte da capital também foi encontrada grande diferença dos preços dos medicamentos genéricos para os de referência. O órgão analisou os 38 medicamentos mais procurados e utilizados pela população. Entre eles estão remédios para controle da hipertensão arterial; controle de diabetes; anticonvulsivantes; analgésicos e bronco dilatadores. Destes, 19 medicamentos eram de referência e 19 eram genéricos.

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CESTA BÁSICA – O órgão também realiza uma pesquisa de cesta básica, que é divulgada no início de cada mês. No mês de junho este segmento sofreu aumento mais uma vez. O valor mais alto foi no Cabo de Santo Agostinho que teve um reajuste de 5,76%. 

Os itens que sofreram maior elevação nos preços em comparação com a pesquisa do mês de maio, no setor de alimentação, foram o arroz, café, cebola, alho, macarrão, biscoito maisena, carne bovina de segunda, frango resfriado e salsicha. Já na área de limpeza doméstica o preço da água sanitária foi o que mais subiu e em higiene pessoal o vilão foi o papel higiênico.

Com informações da assessoria

Denúncia de falta de medicamentos no Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc), no Recife, acendeu um alerta para os pacientes atendidos pela unidade de saúde pública. Nesta segunda-feira (6), o Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) exigiu do hospital um posicionamento, até as próximas 48 horas, sobre a situação. 

Segundo informações divulgadas pelo Cremepe, o estoque de antineoplásicos (utilizados para coibir e destruir a ação de células malignas, que podem se tornar tumores) está “zerado”, comprometendo o tratamento de pacientes da oncologia e hematologia da unidade médica. 

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Remédios como carboplatina, ciclofosfamida, etoposídeo, entre outros, compõem a lista daqueles inexistentes no Oswaldo Cruz. De acordo com o documento encaminhado à gestão do hospital, desde abril alguns desses medicamentos não estão disponíveis no local, sob a alegação de “indisponibilidade” de orçamento. 

Como medida emergencial, o Cremepe garante que irá cobrar à Secretaria Estadual de Saúde (SES), além da reitoria da Universidade Federal de Pernambuco (que gere o Huoc) e do Ministério Público do Estado. 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou nesta sexta-feira (29) a suspensão da comercialização e do uso dos lotes nº 28293, 28294 e 28295 do medicamento Ibuprotrat (Ibuprofeno), 50 mg/ml produzido pela empresa Natulab Laboratório S/A. O produto é utilizado como anti-inflamatório.

Segundo a Anvisa, laudo emitido pelo Instituto Adolfo Lutz revelou resultados insatisfatórios no ensaio de aspecto dos três lotes do medicamento. A Agência Brasil não conseguiu contato com a Natulab Laboratório S/A.

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Também foram suspensas todas as publicidades dos produtos da linha Glukderm que contenham qualquer tipo de expressão que atribua propriedades terapêuticas não estabelecidas na legislação sanitária vigente para esse tipo de produto.

A decisão, segundo a Anvisa, foi tomada após a comprovação da divulgação irregular de diversos produtos por meio do endereço eletrônico www.glukdermsp.com.br, para os quais estão sendo atribuídas alegações terapêuticas para o tratamento da psoríase, úlceras, queimação, entre outras, em desacordo com seus registros na Anvisa.

A Glukderm informou que a linha em questão será retirada do mercado, mas não soube informar o prazo estipulado para que isso ocorra. A empresa ressaltou que se tratam de produtos fitoterápicos ou naturais que não fazem mal à saúde.

O Procon Recife realizou uma pesquisa com seis redes de drogarias do Recife para saber preços de medicamentos de referência e genéricos. Segundo os preços obtidos com a pesquisa, os valores oscilaram de acordo com a marca e também por estabelecimento, podendo a diferença chegar a até 77,94% entre alguns medicamentos genéricos, e 54,47% entre medicamentos de referência. Ao todo foram pesquisados 58 medicamentos, sendo 29 de referência e 29 genéricos.

O medicamento de referência Amoxil, por exemplo, na apresentação 500mg com 21 cápsulas chegou a custar R$ 26,50 em uma drogaria e R$ 58,21 em outra. Já o medicamento genérico na fórmula Paracetamol, 200mg/ml – gotas, 15ml, foi encontrado no menor preço de R$ 2,92 e o maior preço no valor de R$ 13,24. A pesquisa indicou também que os genéricos, em média são 50% mais baratos que os de “marca”.

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Para a Diretora em Exercício do PROCON Recife, Raquel Timóteo de Moraes, essas diferenças de preços de um estabelecimento para outro, tratando-se de um mesmo produto, sinalizam um grande desrespeito do fornecedor para com o consumidor, tendo em vista que um medicamento não se trata de um produto qualquer, mas sim de um produto essencial. “Estes preços precisam ser revistos pelas drogarias, pois nada justifica uma variação de preços tão discrepante”, comentou.

O Procon orienta que o consumidor consulte a lista de Preços Máximos dos medicamentos, disponível no site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Também devem ser consultadas as listas de preços disponíveis ao consumidor nas farmácias e drogarias, conforme determinação contida na Resolução da Câmara de Resolução do Mercado de Medicamentos (CMED), órgão que estabelece também o preço máximo dos medicamentos vendidos no Brasil.

O serviço de proteção ao consumidor lembrar também que por meio do Programa “Aqui tem Farmácia Popular”, o consumidor pode obter gratuitamente nas drogarias credenciadas, os medicamentos indicados para o tratamento de hipertensão e diabetes.

Com informações da assessoria

Na manhã desta quarta (4), dois médicos do Hospital Oswaldo Cruz, no Recife, foram condenados por desvio de medicamentos. Alexandre da Silva e Rafael das Chagas Júnior vendiam os medicamentos em 2006 e 2007 por preço mais baixo no mercado, e agora respondem pelo crime de peculato - quando o servidor público desvia dinheiro, bem móvel, público ou particular, em razão do cargo que exerce.

Dentre os produtos furtados, foram encontrados esparadrapos, agulhas e antibióticos de última geração, de alto valor comercial. O esquema criminoso ocasionou sérios prejuízos ao SUS e aos pacientes, que deixaram de receber medicamentos e não possuíam recursos financeiros para adquiri-los por outros meios.

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A Justiça Federal condenou os dois envolvidos a partir de investigações da Polícia Federal, que apontaram a existência de quadrilha formada por empresários, estelionatários e servidores públicos, vinculados às áreas farmacêutica e médica. Em depoimento, eles confessaram o crime.

Alexandre da Silva era prestador de serviços no setor de farmácia e no bloco cirúrgico e aliciava outras pessoas para participarem do esquema criminoso. Foi assim que se juntou ao condenado Rafael das Chagas, mensageiro responsável pelo transporte de medicamentos e de documentos de um setor a outro. As penas aplicadas foram de dez anos de prisão para Alexandre e oito anos para Rafael, além de pagamento de multa. Eles poderão recorrer da sentença.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu a fabricação, distribuição e comercialização de todos os lotes do medicamento Policlavumoxil 250mg/5ml + 62,5mg/5ml pó para suspensão oral, fabricado pela Indústria Farmacêutica EMS S/A, e determinou que caberia à empresa o recolhimento do produto no mercado.

A determinação foi publicada no Diário Oficial da União da última quarta-feira (18), com a justificativa de que o remédio tem a mesma fórmula de produto suspenso no último dia 4: o Amoxicilina + Clavulanato de Potássio 50mg/ml + 12,5 mg/ml pó para suspensão oral.

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Nesta sexta-feira (20), porém, a EMS S/A informou que além do Amoxicilina, no dia seguinte (5) começou a recolher também, voluntariamente, todos os lotes dentro da validade do produto Policlavumoxil 250mg/5ml + 62,5mg/5ml pó para suspensão oral, e disponibilizou serviço de artendimento ao consumidor pelo telefone 0800-191914, de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h.

De acordo com a Anvisa, a suspensão do genérico Amoxicilina - ampliada para o Policlavumoxil - "foi motivada pela constatação de que o medicamento estava sendo fabricado com excipiente diferente do que foi aprovado pela agência, e ainda pelo uso de um insumo farmacêutico que estava sendo sintetizado de forma diferente do que consta no registro do produto".

O desempenho das vendas de medicamentos em 2014 ficou abaixo das expectativas do setor, sobretudo as de genéricos, carro-chefe das indústrias nacionais. Informações levantadas pela Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos, a (Pró Genéricos), com base nos indicadores da consultoria IMS Health, apontam que foram comercializados 871,7 milhões de unidades de genéricos no ano passado, aumento de 10,6% sobre 2013. A estimativa era de que a expansão poderia chegar a 15% no ano.

Já a venda de medicamentos totais (incluindo todas as categorias) atingiu 3,12 bilhões de unidades, alta de 7,8% sobre o ano anterior. A receita, no mesmo período, foi de R$ 65,8 bilhões, aumento de 13,3% sobre 2013. O faturamento das indústrias de genéricos foi de R$ 16,25 bilhões, crescimento de 18,5% sobre 2013. Mesmo com uma expansão acima de dois dígitos, Telma Salles, presidente da Pró Genéricos, afirma que o setor não avançou como era o esperado. O crescimento mais "magro", segundo ela, reflete o desaquecimento da economia no ano passado e acesso mais limitado à saúde.

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Telma acredita que em 2015 as indústrias terão novos desafios pela frente. "Vejo com preocupação. Será um ano mais difícil, por conta dos ajustes e retração do crédito." De acordo com ela, embora a indústria de genéricos não tenha alcançado o crescimento de 15% esperado para o ano, Telma reconhece que o segmento de genéricos tem forte potencial de expansão pela frente. "Com preços, em média, 60% inferiores aos produtos de referência (protegidos por patente), os genéricos ganham ainda mais relevância em cenários de economia estagnada e risco de comprometimento na renda", afirma. "Nossa projeção inicial era que, ao completar 15 anos no País (em 2014), os genéricos representassem 40% das vendas totais de medicamentos, mas encerramos com 28% de participação. A meta agora é alcançar essa marca daqui a cinco anos."

Ranking

No ano passado, o laboratório nacional EMS, de Hortolândia, manteve-se na liderança, na venda de medicamentos totais e genéricos. A vice-liderança em volume total ficou com a Hypermarcas, seguida pela Sanofi (dona da Medley). Se for considerar apenas os genéricos, a Sanofi ficou na vice-liderança, seguida pela Hypermarcas.

A Sanofi vem perdendo nos últimos anos participação de mercado. Nos últimos dois anos, a companhia anunciou duas trocas de presidente. Patrice Zagame, que entrou no lugar de Heraldo Marchezini em 2013, saiu da companhia no fim do ano passado e será sucedido pelo suíço Pius Hornstein. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Centro de Assistência Toxicológica de Pernambuco (Ceatox-PE) registrou um aumento de 41% dos casos de intoxicação de crianças em 2014. Até a última segunda-feira (15) o órgão atendeu 655 meninos e meninas com algum tipo de reação. Em 2013, durante todo o ano, foram registrados 462 casos.

De acordo com o Ceatox-PE, os maiores problemas estão relacionados à ingestão de medicamentos e de produtos de uso domiciliar, como de limpeza. “Como as férias escolares estão chegando, é preciso ter um cuidado redobrado para manter esses insumos longe do alcance das crianças”, afirma a coordenadora do Centro, Lucineide Porto.

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Conforme dados divulgados pelo órgão, este ano ocorreram 304 casos de ingestão de medicamento (contra 209 em 2013 – crescimento de 45%). Para reduzir esse índice, é preciso ficar atento aos locais de armazenamento de remédios, já que alguns possuem cores e tamanhos que podem ser confundidos com confeitos pelas crianças.

A mesma regra vale para os produtos de uso domiciliar, como água sanitária, sabão em pó, detergentes. Este ano já foram 121 registros de acidentes associados a esses itens (contra 81 em 2013 – aumento de 49%). 

Em caso de acidente com medicamentos e produtos de limpeza, a orientação é conduzir a criança imediatamente para o serviço de urgência mais próximo. O Ceatox também pode ser acionado pelo 0800.722.6001, para auxiliar no encaminhamento da vítima. 

“Não se deve dar água, leite ou provocar vômito no acidentado. Também é importante que os pais levem o produto que causou o problema, para que os profissionais possam agir mais efetivamente”, ressalta a coordenadora do Ceatox.

Com informações da assessoria

O Ministério da Saúde anunciou nesta quarta-feira (12) novas regras para parcerias de desenvolvimento produtivo (PDP) de medicamentos e produtos de saúde. As mudanças, que passam a valer a partir desta quinta (13) incorporam recomendações feitas pela Controladoria Geral da União (AGU), Tribunal de Contas da União (TCU) e por uma sindicância aberta pelo ministério depois de vir à tona o caso Labogen, há oito meses.

Ao fazer o anúncio, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, procurou dissociar o novo texto do episódio Labogen e centrou críticas às políticas adotadas na década de 90. "Não é um movimento burocrático ou uma decisão pressionada, espremida pelos órgãos de controle", disse. "É um aperfeiçoamento para o setor que tanto sofreu durante a década de 90, com política desastrosa conduzida pelo governo federal", disse.

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O caso Labogen veio a público em meio a investigação da Polícia Federal, no início do ano. Escutas telefônicas e mensagens eletrônicas indicavam favorecimento do laboratório numa disputa para PDP voltada para a produção de um medicamento contra hipertensão pulmonar.

As investigações sugeriam que o deputado federal André Vargas teria intermediado o contato da empresa - que não apresentava condições necessárias para produzir o medicamento, mesmo em parceria - com o ministério. Depois das denúncias, o acordo para PDP foi desfeito e uma sindicância interna foi realizada no Ministério da Saúde. Apesar de favorecimentos não terem sido identificados pela equipe da pasta, uma série de fragilidades foram apontadas e mudanças no formato das PDPs foram sugeridas.

As regras que passam a valer a partir de hoje são resultado de uma minuta, apresentada em agosto e de sugestões feitas durante 23 dias de consulta pública. "As regras estão mais claras, há maior transparência. Foram também criados mecanismos para evitar barriga de aluguel", resumiu o ministro.

A barriga de aluguel é o termo usado para estratégia de laboratórios privados para postergar ao máximo a transferência de tecnologia para laboratórios públicos passarem a produzir medicamentos ou equipamentos alvo da parceria.

As PDPs começaram no Brasil em 2007. Nos acordos, laboratórios públicos e privados se unem para produzir medicamentos e equipamentos considerados estratégicos para o Sistema Único de Saúde. Desde então, 104 parcerias foram firmadas. "Mas não havia critérios definidos para escolha, mecanismos de controle ou punição", reconheceu Chioro.

No novo formato, o governo federal publica anualmente (até o mês de dezembro) uma lista atualizada de produtos, equipamentos e vacinas considerados estratégicos pelo governo. Laboratórios públicos e particulares podem apresentar propostas de parcerias para desenvolvimento dos produtos integrantes dessa lista até abril. Terminada essa etapa, o governo pode decidir se aprova ou não o projeto até o fim do ano. Entre os critérios para escolha estão preço e prazo para transferência de tecnologia.

Relatórios serão feitos a cada quatro meses e, uma vez por ano, uma visita em deverá ser feita nos locais de produção. Quando falhas forem identificadas, cronogramas não forem seguidos, as parcerias poderão ser alteradas. "Um dos integrantes poderá ser substituído. Há também a hipótese de afastamento e outras punições norteadas por regras gerais do Direito Administrativo", disse.

O ministro anunciou também duas novas PDPs, que estão em análise no governo. A primeira delas, com participação de Biomanguinhos e IVB e os privados Bionovis e Jansen-Cilag, prevê a produção de Infliximabe, indicado para pacientes com doenças reumáticas e autoimunes. Quando a PDP for concretizada, a ideia é adquirir tratamento suficiente para atender 6 mil pessoas, por um ano. A segunda parceria prevê o desenvolvimento de um associação de quatro drogas em um medicamento para tuberculose. A expectativa é a de que o medicamento custe R$ 7 milhões, para um ano de tratamento. "Essas duas PDPs estão no formato antigo. Em seis meses, elas deverão sofrer uma transição para as novas regras. O mesmo deve ocorrer com as demais PDPs que estão em andamento."

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu hoje a fabricação, distribuição, divulgação, comercialização e o uso dos produtos Álcool San Gel, Sancros Basic Líquido, Sancros Ácido, Deter San (uso institucional), Sancros Líquido e Sancros Ácido. Os produtos, da empresa Sanprime Indústria e Comércio Ltda – EPP, estavam sendo fabricados e comercializados com notificações canceladas.

Ainda segundo a Anvisa, também foi determinada a suspensão do produto Biocap Tônico Capilar à base de Minoxidil 5%.O  produto estava sendo fabricado, divulgado e comercializado sem possuir registro, notificação ou cadastro. O Laboratório DemoFarmacêutica, fabricante do produto, não possui autorização de funcionamento.

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A agência informou também que interditou cautelarmente, pelo prazo de 90 dias, o lote 1308660 do medicamento Cetomed, cetoconazol 200 mg, comprimido, fabricado por Cimed Indústria de Medicamentos Ltda. O lote apresentou resultado insatisfatório no ensaio de determinação de peso médio, apresentando variação máxima e mínima fora das especificações.

Medicamentos similares poderão ser comprados no lugar do medicamento de marca indicado na receita médica a partir de janeiro. A prerrogativa, até agora restrita para genéricos, foi definida em resolução aprovada ontem pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O texto determina que remédios similares, agora chamados equivalentes, terão de trazer na bula a frase "este medicamento é equivalente ao de referência". As empresas terão até um ano para fazer a mudança na bula. Farmácias passarão a apresentar, no balcão, listas para que o consumidor possa consultar os nomes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em resoluções publicadas na edição desta quinta-feira (9) do Diário Oficial da União, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu a distribuição e o comércio de diversos medicamentos por razões como a falta de registro e resultados insatisfatórios em testes. 

Foi determinada a suspensão da distribuição, do comércio e do uso dos lotes do medicamento Arcalion (sulbutiamina) 200 mg fabricados entre 13 de setembro de 2012 e 7 de fevereiro de 2014. De acordo com a Anvisa, a empresa fabricante do produto, Laboratórios Servier do Brasil Ltda, comunicou que os lotes apresentaram resultados fora de especificação, no estudo de estabilidade de longa duração.

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Também foi determinada a suspensão da distribuição, comercialização e do uso de todos os lotes do medicamento Usmedina (dipirona sódica) 500 miligramas por mililitro (mg/ml), solução oral, fabricados a partir de 1º de dezembro de 2011pelo Laboratório Usmed. Foi comprovado que o medicamento citado estava sendo fabricado e comercializado mesmo após ter sido interditado cautelarmente pela agência.

Já o produto Mata Mosca, bem como todos os produtos saneantes fabricados pelo Laboratório e Distribuidora Ustok, foram suspensos por não possuírem registro ou notificação na Anvisa. O fabricante também não possui Autorização de Funcionamento.

Por não possuir registro, foi suspenso o Energy Meter 200, fabricado pela empresa Vera de Mattos Vanique Costa - ME. Foi constatado que o produto irregular estava sendo divulgado e comercializado em um site, na internet.

Outro medicamento suspenso foi o lote 245044 do Asetisin (ácido acetilsalicílico) de 500 mg, com 100 comprimidos, por apresentar resultado insatisfatório no ensaio de dissolução. O remédio é fabricado pelo laboratório Pharlab Indústria Farmacêutica.

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Uma movimentação de R$ 70 bilhões em 2013 e um gasto médio de R$ 430 por brasileiro, segundo pesquisa do IBOPE Inteligência. Os números mencionados mostram como pode ser lucrativo abrir uma farmácia. Além de a população adquirir remédios, seja por necessidade ou precaução de saúde, as farmácias oferecem também produtos de utilidade, higiene e beleza, fortalecendo ainda mais a procura por esses pontos comerciais. Sejam nos grandes centros ou bairros populares, as empresas do ramo farmacêutico vêm ganhando espaço nos últimos anos e tentam cada vez mais fidelizar clientes e oferecer um serviço de qualidade.

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De acordo com o Conselho Federal de Farmácias, o Brasil tem atualmente 75.441 farmácias e drogarias. Uma delas é a do empresário Paulo de Castro Delgado (foto à direita), 38. Há 13 anos, depois de ser incentivado por um amigo que já enxergara o ramo farmacêutico como promissor, Paulo resolveu abrir uma farmácia no bairro de Beberibe, periferia do Recife. “Resolvi abrir porque queria ter um negócio próprio e porque meu amigo dizia que era um mercado lucrativo. Depois de muita batalha e conhecimento de mercado, fui ganhando meu espaço e posso dizer que sou um empresário de sucesso. Até pensei em migrar para outra área, mas, cada vez mais tenho certeza que é com isso que quero trabalhar”, diz o empresário.

Com formação escolar até o ensino médio, Paulo diz que ter farmácia em bairro popular tem pontos positivos e negativos. Clientes fiéis, comunicativos e contato próximo com a clientela são aspectos considerados bons. Já o baixo poder aquisitivo do público e a atuação das grandes redes de farmácia têm um lado negativo para o empresário. “É óbvio que competir com grandes redes de farmácia atrapalha um pouco. Mas, como sou muito conhecido pelos meus clientes, acabo sempre tendo um bom número de vendas. Chego a atender 2 mil pessoas por mês”, comenta Paulo. De acordo com ele, o investimento inicial na loja foi de R$ 20 mil. Atualmente, o estabelecimento tem 10 funcionários e oferece 1,5 mil especialidades em produtos.

A boa movimentação de clientes na farmácia do Paulo é bem característica da periferia. Apesar de a maioria dos populares ser das classes C e D, o número de compras no comércio é sempre constante. A comodidade é outro fator apontado pelos clientes que compram remédios nos bairros onde moram. “Como é perto de casa, quando preciso de um remédio compro nas farmácias daqui. É bem mais cômodo”, comenta a dona de casa Beatriz de Oliveira Santos, moradora do bairro da Iputinga, Zona Oeste do Recife. Essa é uma das razões que fazem as grandes redes de farmácias apostarem também em unidades nas periferias brasileiras. Fato também presente em meio às franquias, como mostra um estudo da Associação Brasileira de Franchising (ABF): em pesquisa realizada no ano passado, foi constatado que o número de franquias aumentou 11,9% em relação a 2012. Desse percentual, segundo a pesquisa, as franquias que mais lucram estão localizadas em subúrbios.


Outro empresário que resolveu ingressar no ramo de farmácias é o também pernambucano Ivanildo Matias, 36 anos. Em um ponto comercial localizado na Avenida do Forte, na capital pernambucana, o empreendedor passou a oferecer entregas em domicílio, como fazem as grandes farmácias. Sua média de atendimento é de 2 mil clientes mensais, porém, para Ivanildo, o cliente de bairro não é fiel. “Ele compra pelo preço. Onde estiver mais barato ele compra o remédio”, opina.

O balconista da farmácia de Ivanildo, o jovem Carlos Donellys, afirma que a movimentação de clientes é sempre intensa. “O público é muito bom mesmo. Porém, para a gente manter o bom número de vendas, é preciso atender bem os clientes e trabalhar da forma correta, exigindo receita médica quando é necessário. A concorrência chega a atrapalhar um pouco, mas, no final, o resultado é bom”, diz Donellys.

A tendência é que o ramo farmacêutico continue movimentando grandes montantes até o final deste ano. Um balanço realizado pela Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) mostrou que os estabelecimentos registraram no primeiro semestre de 2014 um faturamento 13,69% superior ao apresentado no mesmo período em 2013. O resultado mostra que o índice representa mais de R$ 15 bilhões.

De acordo com a Abrafarma, entre os produtos oferecidos pelas farmácias, os “não-medicamentos” vêm mantendo vendas crescentes, somando mais de R$ 5 bilhões nos primeiros seis meses deste ano, além de representar 32,69% da comercialização total do período. O que também deve ser destacado como positivo é o aumento nas contratações de colaboradores. No primeiro semestre de 2012, por exemplo, ocorreram mais de 107 mil contratações. Neste ano, segundo a Associação, já foram registrados mais de 115 mil novos empregos.


No vídeo abaixo, o personagem Paulo de Castro fala da sua experiência no ramo farmacêutico. Veja também o depoimento da professora do curso de farmácia da Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS), Elisangela Silva. A docente dá dicas para quem almeja abrir uma farmácia.

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“Receita” certa para o sucesso

Para os interessados em ter sucesso no ramo de farmácias, a história de uma das maiores redes atuantes no Brasil pode servir como um importante exemplo. Em 1981, nascia em Fortaleza, no bairro Carlito Pamplona, a primeira unidade da Pague Menos. Hoje, o empreendimento do empresário Deusmar Queirós, conta com 750 lojas distribuídas em todos os estados brasileiros. São 18 mil colaboradores trabalhando nessas unidades.


Assim como devem fazer os futuros donos de farmácia, Deusmar pesquisou por muito tempo o segmento, dentro e fora do Brasil. A pesquisa foi atrelada à sua vontade de ter um negócio próprio. “Fiz algumas viagens aos Estados Unidos, onde conheci as drugstores americanas. Fiquei encantado com a diversidade de produtos, era bem diferente das farmácias do Brasil, que só vendiam remédios e poucos artigos de perfumaria. A grande diversificação das drugstores permitia vender remédio a um preço baixo, porque o lucro menor dos medicamentos era compensado com margens melhores nos demais produtos. Achei o sistema muito interessante e comecei a pensar em como adaptá-lo ao Brasil. Ter uma farmácia me pareceu ótimo negócio. Todo mundo precisa de remédio”, conta o fundador da Pague Menos.

Os diferenciais do empreendimento eram a atuação por 24 horas, a criação do autoserviço e recebimento de contas de água, luz e telefone, além de ser uma das primeiras farmácias sem porta. O que fez aquela loja da periferia de Fortaleza se tornar uma das maiores redes do Brasil, segundo Deusmar, se chama “trabalho”. “É resultado de  muito trabalho, de decisões ágeis e eficientes, sem medo de errar. Quando erramos, corrigimos rápido. É também resultado do espírito de inovar, de criar, de acreditar e principalmente pela sabedoria de nos cercar, desde o início, de pessoas umbilicalmente comprometidas com a empresa”, complementa o empresário. Atualmente, a Pague Menos atende 10 milhões de clientes por mês. A meta da rede é chegar a marca de mil pontos de vendas.

Normas

Todos os empresários que almejam abrir farmácias precisam cumprir exigências de órgãos públicos. Um das principais instituições é a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), vinculada ao Governo Federal. De acordo com a assessoria de imprensa da Agência, as farmácias e drogarias, para atuarem no Brasil, dependem de concessão de Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE), além de licenciamento de autoridades sanitárias locais.

A AFE é concedida pela Anvisa por meio de petição e apresentação de documento emitido pelas autoridades sanitárias dos estados e municípios. Esse documento deve atestar o cumprimento da legislação vigente. Veja mais informações no site da Agência.

Outra importante norma a ser cumprida é a da Lei nº 13.021/14, publicada em 11 de agosto. Ela reitera a obrigatoriedade da presença permanente de farmacêutico nas farmácias de qualquer natureza, durante todo o seu período de funcionamento. Segundo a norma, drogarias e farmácias deixam de ser meros estabelecimentos comerciais para se transformar em unidades de prestação de assistência farmacêutica e à saúde, bem com de orientação sanitária individual e coletiva.

De acordo com presidente do Conselho Federal de Farmácia, Walter Jorge João, os farmacêuticos são os responsáveis técnicos das farmácias, perante o respectivo Conselho Regional de Farmácia e órgãos de vigilância sanitária. Eles devem realizar, supervisionar e coordenar todos os serviços técnico-científicos da empresa. “É papel do profissional de farmácia fazer com que sejam prestados às pessoas físicas e jurídicas os esclarecimentos quanto ao modo de armazenamento, conservação e utilização dos medicamentos, notadamente daqueles que necessitem de acondicionamento diferenciado, bem como dos sujeitos a controle especial”, destaca o presidente.

Entre outras funções, também é de responsabilidade dos farmacêuticos manter os medicamentos e substâncias medicamentosas em bom estado de conservação, de modo que sejam fornecidos com a garantia da qualidade. Ele também deve informar às autoridades sanitárias possíveis irregularidades em farmácias.   

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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