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O presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou, nesta quarta-feira (17), que uma das metas dele durante os seis meses que estará a frente do comando do Mercosul é acabar com o viés ideológico do bloco. O Brasil ficará na presidência do grupo econômico por seis meses. Bolsonaro disse ter um plano “ambicioso” para o período. 

“Neste semestre, assumiremos a presidência do Mercosul, com um plano de ação ambicioso: eliminar o viés ideológico do bloco, enxugar sua estrutura, revisar a Tarifa Externa Comum e acelerar as negociações comerciais com grandes economias de todo o mundo”, listou o presidente, em publicação no Twitter.

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Jair Bolsonaro está em Santa Fé, na Argentina, onde participou da reunião da cúpula do Mercosul. Segundo ele, “o momento é de celebração para o bloco, depois do histórico acordo com a União Europeia, que ajudará a modernizar nossas economias, estimular o crescimento e gerar empregos, mas o trabalho não pode parar”.

O presidente acredita, ainda, que vai mudar “os rumos da nossa história”. E com “a retomada do crescimento econômico e a liderança do nosso Brasil, o Século XXI tem tudo para ser o Século da América do Sul”.

O presidente Jair Bolsonaro embarcou na manhã desta quarta-feira (17) para a Argentina, onde vai participar da 54ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul em Santa Fé. Durante o encontro, o Brasil vai assumir a presidência pró-tempore (rotativa) do bloco sul-americano pelos próximos seis meses.

O principal acordo a ser assinado é o que elimina a cobrança de roaminginternacional de serviços de telecomunicações entre pessoas que residem nos países-membros do bloco.

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O fim da cobrança de roaming vai abranger serviços de voz (ligações em dispositivos fixos e móveis), envio de mensagens e dados, nome dado para os pacotes de acesso à internet. Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações, ainda não há previsão de quando a medida passará a valer.

O roaming é uma taxa cobrada quando um cliente sai de uma área da sua operadora. No caso, a quase totalidade dos planos vendidos no Brasil são limitados às fronteiras do país. Quando alguém viaja, por exemplo, para a Argentina ou o Uruguai, ao fazer uma ligação esta terá um custo adicional (à exceção de planos específicos com cobranças diferenciadas).

Outro acordo a ser assinado pelos países-membros do Mercosul deve permitir a brasileiros, argentinos, uruguaios e paraguaios ter assistência consular diplomática em embaixadas de qualquer um dos países que compõem o bloco quando não houver representação de seu país de origem.

Na prática, por exemplo, se um cidadão paraguaio estiver em um país que não tenha representação consular do Paraguai, ele poderia ser atendido nas representações de Uruguai, Brasil ou Argentina.

Logo após a reunião de cúpula, o presidente da Argentina, Mauricio Macri, oferece almoço aos participantes do encontro. Às 15h30, Bolsonaro deixa Santa Fé com destino a Brasília. O desembarque na Base Aérea da capital federal está previsto para as 18h30.

O Mercosul deverá anunciar na quarta-feira (17) em Santa Fé, na Argentina, o fim da cobrança de roaming internacional para os países que formam o bloco, segundo informações publicadas pelo jornal argentino La Nación. Para entrar em vigor, a medida deverá ser aprovada pelo parlamento de cada país.

De acordo com o La Nación, em princípio, cogitava-se adotar uma forma "progressiva" de eliminação da cobrança de roaming, mas, no fim, optou-se por encerrá-la imediatamente. Isso teria sido acordado com as empresas de telecomunicações.

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A medida se alinha com as práticas da União Europeia, que aboliu a cobrança de roaming internacional em junho de 2017. Nos 28 Estados-membros do bloco, o usuário paga os mesmos preços praticados pela operadora da qual é cliente nos serviços de ligações telefônicas, SMS e internet móvel, independente de onde estiver.

A 54ª Reunião do Conselho do Mercosul dos presidentes dos países que formam o Mercosul - Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai - será a primeira após o anúncio do acordo comercial com a União Europeia. O evento também marcará a transmissão da presidência rotativa do bloco para Jair Bolsonaro.

No próximo dia 17 de julho o Brasil assumirá a presidência pró-tempore (rotativa) do Mercosul.  A ocasião reunirá os chefes de Estado do bloco, inclusive o presidente Jair Bolsonaro (PSL), e acontecerá em Santa Fé, na Argentina.

Esta será a 54ª Reunião do Conselho do Mercosul e ela será precedida por uma série de reuniões entre funcionários dos governos e diplomatas. Na pauta, está a discussão sobre medidas que busquem simplificar a desburocratização nas relações comerciais e institucionais entre as nações que compõem o bloco.

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A delegação brasileira será chefiada pelo chanceler Ernesto Araújo, que participa, no dia 16 de julho, dos encontros preparatórios da cúpula. O clima é de celebração devido ao fechamento do acordo do Mercosul com a União Europeia.

Sob a presidência pró-tempore do Brasil, os membros do Mercosul vão checar o funcionamento e o objetivo de cada órgão ou conselho, que serão extintos, se houver comprovação de que não têm utilidade prática. O objetivo é simplificar os procedimentos.

Ao elogiar o acordo firmado entre Mercosul e União Europeia, o presidente Jair Bolsonaro comparou a ministra Tereza Cristina, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, ao ex-jogador de futebol Pelé. O comentário do presidente foi feito nesta quinta-feira, 4, durante transmissão ao vivo em sua página no Facebook. Ele estava ao lado dos ministros Ernesto Araújo, das Relações Exteriores, e Tarcísio Gomes de Freitas, da Infraestrutura.

"Obrigado, Ernesto. (Ernesto é) Nosso Garrincha. O Pelé foi a Tereza Cristina. O Nilton Santos foi o Paulo Guedes", brincou o presidente.

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Minutos antes, Araújo voltou a dizer que o País só tem a ganhar com o acordo. Ele citou que os produtos brasileiros terão acesso a novos mercados. "Na pauta industrial, toda abertura do mercado industrial europeu e, na pauta agrícola, setores importantíssimos para o nosso agro: suco de laranja, frutas, café, carne bovina, açúcar, etanol, frango."

O ministro também destacou que será possível observar um barateamento de custos em produtos. Disse ainda que o acordo vai atrair novos investimentos ao País. "O Brasil vai passar a estar no centro da estrutura das cadeias globais de valor."

Os governos do Brasil e da Argentina querem aproveitar a assinatura do acordo com a União Europeia para inaugurar conversas do Mercosul com os Estados Unidos sobre a formação de uma área de livre-comércio.

O presidente da Argentina, Mauricio Macri, falou na última quarta-feira, 4, publicamente sobre essa intenção. Uma fonte do governo brasileiro confirmou ao Estado que há interesse mútuo em que a pauta avance.

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O tema também foi abordado entre representantes dos dois países na semana passada, em Bruxelas, onde foi concluída a negociação para o acordo entre Mercosul e União Europeia.

A avaliação é que o bloco sul-americano está diante de uma janela de oportunidade única. De um lado, há dois governos com visão liberal na Argentina e no Brasil. Além disso, o presidente americano, Donald Trump, vê com bons olhos o estreitamento das relações com Jair Bolsonaro e Macri.

Bom clima. Nos EUA, o ambiente é também favorável para a negociação de acordos comerciais. Em março, durante visita de Bolsonaro aos EUA, a possibilidade de abertura de negociações comerciais foi apresentada aos americanos, segundo fonte a par das conversas.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, e o secretário especial de Comércio Exterior, Marcos Troyjo, discutiram de maneira preliminar o tema com o secretário de Comércio, Wilbur Ross, e com o principal negociador comercial da Casa Branca, Robert Lightizer.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A França tem "uma série de exigências" que incluem questões ambientais e de saúde em relação ao acordo entre a União Europeia (UE) e o Mercosul, afirmou neste domingo a porta-voz do governo, Sibeth Ndiaye.

Em declarações à emissora LCI, Ndiaye disse que "o importante é saber em detalhes o conteúdo" desse acordo de livre-comércio entre os países da UE e do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai), sobretudo para "setores frágeis", como o açúcar e a carne.

"Temos uma série de exigências, em termos de saúde e meio ambiente", continuou a porta-voz, citando "a exigência de que o Brasil, em particular, permaneça no Acordo de Paris" sobre o clima.

"É normal que os eurodeputados (...) estejam atentos e monitorizem os detalhes deste acordo porque trará mudanças profundas" para a agricultura europeia, acrescentou.

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou, neste domingo, que "espera" que o Parlamento brasileiro seja o primeiro a aprovar o acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia. O acordo foi assinado na sexta-feira e depende de aprovação dos parlamentos dos países membros dos dois blocos.

"Missão cumprida. Atingimos todos os objetivos. No meio do evento, houve a concretização (do acordo) do Mercosul. As informações que eu tenho são as melhores possíveis. Entra em vigor daqui a uns dois anos ou três, depende dos parlamentos. Vamos ver se o nosso aqui...Talvez seja um dos primeiros a aprovar, espero.", afirmou o presidente.

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O processo de aprovação e ratificação do acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia deve demorar cerca de dois a cinco anos, avaliam especialistas. Formalmente, o processo poderia ocorrer em dois anos, mas como se exige a aprovação do acordo em cada um dos parlamento a previsão é que a discussão se estenda por mais tempo.

Após as aprovações e ratificações, a redução de tarifas entre os blocos entra em vigor, mas de forma gradativa, ao longo de dez anos. Um dos primeiros entraves para a sua aprovação definitiva ocorrerá no Parlamento Europeu, onde os "verdes" ganharam poder de influência e podem dificultar a aprovação do texto em represália à política ambiental do governo brasileiro.

Em nota, o bloco dos verdes no Parlamento Europeu afirmou que o acordo Mercosul-UE "é um mau compromisso e vem no momento errado, quando há uma demanda crescente por desenvolvimento sustentável". O grupo também critica a abordagem da UE sobre o Acordo de Paris, dizendo que falar o que se quer ouvir sobre o tratado climático está fazendo nada mais do que "servir a imagem do presidente Jair Bolsonaro".

Os integrantes do bloco parlamentar são conhecidos pelos compromissos voltados para preservação ambiental e questões climáticas. Eles surpreenderam na última eleição e vão ocupar 75 dos 751 lugares do Parlamento europeu, representando o quarto maior grupo da legislatura que vai de 2019 a 2024.

Depois de ser ratificado pelo Parlamento Europeu e pelos parlamentos dos quatro membros do bloco sul-americano, o acordo ainda terá de passar pelo crivo dos 27 países do bloco europeu (já considerando a saída do Reino Unido, pelo Brexit). A expectativa do Brasil e da Argentina é que o processo dure até dois anos. Integrantes do governo do ex-presidente Michel Temer, por outro lado, estimavam que o processo poderia levar até cinco anos.

Avião da FAB

O presidente voltou a lamentar a prisão do segundo-sargento da Aeronáutica detido com cocaína na Espanha após desembarcar do avião reserva da Presidência. Segundo ele, o sargento jogou "na lama" o nome das instituições brasileiras, mas disse que situações como essa podem "ocorrer em qualquer lugar do mundo".

"Isso está sendo investigado. Ele jogou fora a vida dele, jogou na lama o nome de instituições e prejudicou o Brasil um pouco. Mas acontece em qualquer lugar do mundo, em qualquer instituição", afirmou o presidente.

Bolsonaro voltou a usar a Indonésia como exemplo para insinuar a punição que o segundo-sargento Manuel Silva Rodrigues. No país do sudoeste asiática, casos de tráfico de drogas são punidos com a pena de morte, que não existe no direito brasileiro.

"Eu lamento todo o ocorrido. Meu grande lamento é que não foi na Indonésia que seria mais um exemplo", afirmou o presidente que voltou a fazer referência ao brasileiro Marco Archer que foi preso no país asiático por tráfico de drogas e executado após ser condenado a pena de morte.

Bolsonaro não tem agenda oficial neste domingo em Brasília. O presidente anunciou a intenção de ir a Belo Horizonte na terça-feira acompanhar o jogo entre Brasil e Argentina.

Uma cláusula incluída nos últimos momentos da negociação entre Mercosul e União Europeia, ontem (28), em Bruxelas, está preocupando o setor privado brasileiro. Trata-se do chamado "princípio da precaução". O dispositivo deixou em alerta especialmente o agronegócio porque, dependendo da abordagem, pode permitir a imposição de barreiras para a compra de produtos considerados suspeitos por uso de agrotóxicos proibidos ou criados em áreas ilegais de desmatamento, mesmo sem comprovação científica.

Criada e defendida pela UE, a medida é rechaçada por outros países - como os Estados Unidos - e difere do regimento previsto pela Organização Mundial do Comércio (OMC). Ao invocar o princípio da precaução, os governos europeus simplesmente bloqueiam importações sem que haja qualquer investigação sobre os eventuais danos que esses bens causariam durante a sua produção.

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Até duas semanas atrás, o assunto era visto como inegociável pelo Ministério da Agricultura. A pasta considerava que a medida se tornaria um instrumento de protecionismo em meio a um acordo de liberação de comércio. Foi preciso, no entanto, ceder e incorporá-lo ao acordo para que ele fosse concluído. Segundo uma fonte próxima as negociações, essa foi a "última fronteira negocial".

A solução, afirma um integrante do Itamaraty, foi incluir uma "blindagem" para evitar que os europeus "abusem" do mecanismo. A íntegra do documento ainda não foi divulgada. Mas, segundo negociadores do lado brasileiro, foi possível proteger o Mercosul do uso indiscriminado do princípio da precaução.

De acordo com o Itamaraty, há um dispositivo que torna obrigatória a revisão periódica da medida, além de garantir a necessidade da apresentação de provas científicas para os consumidores interromperem compras preventivamente.

Além disso, os integrantes do Mercosul teriam cedido aos europeus com a condição de que o princípio constasse apenas no capítulo "desenvolvimento sustentável" do acordo. O trecho do texto traz ideias e diretrizes a serem seguidas pelos países membros de ambos os blocos, mas não trata de normas vinculantes às quais todos estarão obrigados. O princípio de precaução teria ficado de fora do capítulo que envolve questões sanitárias e fitossanitárias e também do capítulo que envolve barreiras técnicas.

Para um representante do setor do agronegócio, a inclusão do princípio de precaução no capítulo sanitário seria "um absurdo" e representaria um "dano enorme" ao Brasil. O capítulo é descrito pela UE como "ambicioso" e trata, entre outras coisas, de segurança alimentar.

Preocupada com a reação dos países do bloco, a UE afirma que nada no acordo muda o jeito que o bloco adota suas regras de segurança alimentar para produção doméstica ou produtos importados. A UE também destaca que o acordo explicita o princípio de precaução, que, de acordo com o texto, significa que autoridades públicas possuem o direito de agir para proteger seres humanos, animais e vegetais diante de um possível risco, até mesmo quando análises científicas não forem conclusivas.

A troca de farpas entre chefes de Estado de Brasil, França e Alemanha aumentou a tensão sobre as negociações dos detalhes finais do acordo entre Mercosul e União Europeia, discutido há duas décadas. Havia expectativa de que um consenso entre os ministros dos dois blocos pudesse ser alcançando ainda na última quinta-feira, 27, mas as conversas avançaram a noite em Bruxelas sem que um anúncio final fosse feito. A decisão sobre o futuro do tratado ficou para hoje.

Os impasses sobre alguns termos do acordo ainda não foram totalmente solucionados, mas foi o clima político que pesou. O presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou na quinta, antes da reunião de cúpula do G-20 em Osaka, no Japão, que não assinaria um acordo com o Mercosul se o presidente Jair Bolsonaro levasse adiante a promessa de retirar o Brasil do acordo climático de Paris. Ele fizera ameaça similar no ano passado. Em meio a esse clima tenso, sem uma justificativa oficial, na manhã desta sexta-feira (horário de Osaka), a assessoria de Bolsonaro, que está no Japão para participar do G-20, informou o cancelamento de um encontro bilateral que o presidente teria à tarde com o líder francês.

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Ainda na quinta-feira, antes de seguir para o encontro de líderes mundiais, a chanceler alemã, Angela Merkel, também já havia dito que queria ter uma "conversa clara" com Bolsonaro sobre desmatamento e que via com preocupação a posição do brasileiro. Os europeus estão sendo pressionados por ONGs a questionar o acordo entre Mercosul e União Europeia. Apesar disso, Merkel se disse favorável à conclusão do tratado.

O governo brasileiro reagiu às criticas e mirou em Merkel, justamente uma aliada no acordo. O general Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional, disse que ninguém tem "moral" para falar sobre preservação com o Brasil e que a Alemanha deveria "procurar sua turma".

Surpresa. O embate político pegou os negociadores de surpresa. Pela manhã, representantes do governo brasileiro estavam otimistas e diziam que um anúncio poderia vir horas depois. Uma fonte do Itamaraty afirmou que o chanceler Ernesto Araújo, que está em Bruxelas para etapa decisiva de negociações, poderia fazer um anúncio ainda ontem.

Representantes do setor produtivo também haviam sido comunicados que, na manhã de hoje, um encontro poderia ocorrer na Bélgica justamente para que os principais pontos do acordo fossem explicados.

O bloco europeu entendia que a disputa climática havia sido de certa forma superada. Apesar das críticas na Europa sobre os discursos de Bolsonaro em relação ao meio ambiente, os europeus avaliavam que a decisão do Brasil de não deixar imediatamente o Acordo de Paris foi uma sinalização de que nem tudo o que o presidente brasileiro prometeu na campanha será colocado em prática.

Fontes próximas aos negociadores europeus não descartam, porém, dificuldades para a ratificação do acordo. Isso porque, após assinado, o tratado precisa passar pelo crivo do Parlamento de todos os países envolvidos, além dos parlamentares da União Europeia. Enquanto isso, pode vigorar com regras transitórias. O avanço dos "verdes" no Parlamento Europeu, porém, pode causar dificuldades nessa fase.

Decisão. Para que se chegue a essa fase, no entanto, será preciso que os ministros de Mercosul e União Europeia alcancem um acerto sobre pontos sensíveis, como o prazo para que o Mercosul zere tarifas para bens como automóveis, e quanto os europeus concordarão em aumentar as cotas de importação para produtos agrícolas.

Fontes próximas às conversas relataram ao Estado que avanços significativos já haviam sido feitos em pontos que preocupavam o Brasil. Os europeus haviam aceitado, por exemplo, incorporar ao acordo regras mais rígidas para a aplicação de barreiras sanitárias do que as que seguem atualmente. A União Europeia é conhecida por usar o argumento de risco à segurança sanitária para inibir importações, notadamente de produtos agrícolas. / COLABORARAM BEATRIZ BULLA E CÉLIA FROUFE, DE OSAKA

Em sessão de debate no Parlamento do Mercosul (Parlasul) nessa sexta-feira (31) sobre a integração dos países do bloco e o futuro da região, o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), declarou que o Brasil passa por um período nebuloso e criticou a perseguição feita pelo governo Bolsonaro à imprensa e aos professores e estudantes que participaram de manifestações de rua em defesa da educação.

Em resposta ao líder do PSL na Câmara, delegado Waldir (GO), que atacou na sessão os governos do PT em relação às liberdades de expressão e de imprensa, Humberto declarou que o governo Bolsonaro não só questiona jornalistas em redes sociais, como também direciona verbas públicas para meios de comunicação aliados.

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O senador ressaltou que os atos de perseguição por parte da gestão do capitão reformado alcançaram, esta semana, a comunidade acadêmica e a classe estudantil. Ele comentou que, ontem, o ministro da Educação de Bolsonaro pediu para as pessoas delatarem professores e alunos que organizam protestos contra o governo.

“O ministro da Educação é uma figura caricata e ridícula que gera vergonha alheia a cada brasileiro que assiste a seus espetáculos deprimentes nas redes sociais e também quando ele vai ao Congresso Nacional. Agora, nessa cruzada contra as universidades públicas, ele quer que as pessoas sejam privadas de fazer qualquer tipo de convocação de atos. Ele estimula que pessoas dedurem quem organiza manifestações. É um absurdo”, afirmou.

“Um dos esportes prediletos do presidente é atacar jornalistas e pessoas com as quais o governo dele não concorda. A Folha de S.Paulo, por exemplo, a qual não tenho procuração em defender, é atacada diretamente por Bolsonaro como produtora de fake news, algo que quem faz são eles. Esta semana, tivemos o caso de um comentarista da Jovem Pan demitido depois de criticar o governo”, complementou.

Os parlamentares do Parlasul aprovaram, na sessão dessa sexta, a criação do Dia Internacional da Imprensa, em resposta aos ataques contra a liberdade de imprensa. A data será comemorada pelo bloco no dia 3 de maio de cada ano.

Após se reunir nesta quarta-feira (16), em Brasília, com o presidente da Argentina, Mauricio Macri, o presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou que os dois concordaram em "construir" um Mercosul "enxuto", para que continue a ter relevância no cenário internacional.

"É preciso valorizar a tradição original do Mercosul, com abertura comercial, redução de barreiras e eliminação de burocracias", disse o presidente brasileiro, em discurso no Palácio do Planalto. "Concordamos também que, com Uruguai e Paraguai, precisamos aperfeiçoar o Mercosul", continuou.

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Bolsonaro também afirmou que, na frente externa, é preciso concluir negociações mais promissoras e iniciar novas negociações, "com criatividade e flexibilidade para recuperar o tempo perdido". Ele não citou nenhuma negociação em especial, embora o Mercosul esteja conversando com a União Europeia para um acordo de livre comércio.

Macri, que discursou em seguida, reforçou a intenção de "modernizar" o Mercosul e citou o acordo com a União Europeia. "É fundamental agilizar e terminar negociações externas que temos em andamento. Com a União Europeia, avançou como nunca antes, exigiu muito esforço. Com a chegada de Bolsonaro, temos chance de renovar o compromisso político e dar vantagens aos dois blocos", disse.

O presidente Jair Bolsonaro recebe nesta quarta-feira (16) o colega argentino Maurício Macri para uma visita oficial que incluirá conversas sobre a prioridade para fechar acordos bilaterais com outros países pelos integrantes do Mercosul e uma maior cooperação na área de defesa. De acordo com fontes do governo brasileiro, questões comerciais e a situação da Venezuela também deverão ser abordadas no encontro entre os dois presidentes.

Apesar de não ter participado da cerimônia de posse de Bolsonaro - com a desculpa de que estava de férias na Patagônia -, o argentino chega agora acompanhado de um time importante de ministros.

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O novo governo já sinalizou que gostaria que o Mercosul abrisse espaço para que os países possam negociar bilateralmente uns com os outros, e não apenas em bloco, como era a prática até agora. A avaliação de técnicos do governo brasileiro é que isso valeria para novos acordos e que as tratativas que já estão avançadas continuarão sendo negociadas pelo bloco, caso dos acordos com a União Europeia, Coreia do Sul e Cingapura.

Historicamente, Paraguai e Uruguai defendiam negociações bilaterais, enquanto Brasil e Argentina, que têm mais peso no bloco, se opunham e exigiam a negociação conjunta. A Argentina preside o Mercosul neste primeiro semestre e passa a presidência para o Brasil. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Mercosul firmou um acordo para simplificar o processo de revalidação dos diplomas de graduação concedidos em seus países-membros. O acordo foi assinado na 53ª Cúpula dos Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados. A revalidação se dará mediante verificação documental, não havendo necessidade de análises específicas de avaliação acadêmica.

Dessa forma, um diploma de graduação obtido no Brasil, por exemplo, terá validade na Argentina, Paraguai e Uruguai, os outros países do Mercosul. A reciprocidade deverá ser aplicada entre esses quatro países.

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“O objetivo do presente acordo é a revalidação entre as partes dos títulos ou diplomas em nível de graduação que tenham validade oficial no sistema educacional da parte onde foram obtidos, conforme seu arcabouço legal vigente de Ensino Superior”, diz parte do acordo. A aplicação da validação poderá ser feita de forma gradual pelos países e o princípio da reciprocidade deverá ser adotado.

Os cursos incluídos no acordo são apenas aqueles reconhecidos no Sistema de Credenciamento Regional de Cursos de Graduação e Estados Partes do Mercosul e Estados Associados (Sistema ARCU-SUR). Os estados associados também estão incluídos no acordo, desde que tenham assinado o acordo que criou o Sistema ARCU-SUR. Os estados associados do Mercosul, atualmente, são Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Peru e Suriname.

O presidente Michel Temer disse não acreditar que os esforços de seu governo para expandir a influência comercial do Mercosul serão perdidos no governo de Jair Bolsonaro. Em conversa com jornalistas em Montevidéu, o presidente disse que as revisões no bloco são constantes e que essas revisões, segundo ele, não são feitas como oposição ao Mercosul.

“Acho que o presidente Bolsonaro poderá promover com sua equipe uma revisão do Mercosul, pleitear essa revisão. Volto a dizer que ela se faz com certa frequência, de modo que não significa oposição ao Mercosul. Quem sabe um apoio ao Mercosul, renová-lo”, disse o presidente em conversa com jornalistas ocorrida hoje (18) durante a 53ª Cúpula dos Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados.

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Ainda na noite de 28 de outubro, quando a vitória de Jair Bolsonaro no segundo turno da eleição presidencial foi confirmada, o seu futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o Mercosul não seria uma prioridade para o Brasil. Porém, dias depois da declaração de Guedes, Bolsonaro ressaltou que a mudança será para evitar o “viés político” nas negociações.

Abertura a outros blocos

Temer exaltou o avanço em negociações internacionais do bloco. O presidente também disse aos jornalistas que isso se deveu à “abertura completa” do Mercosul, com destaque para a aproximação entre o Mercosul e a Aliança do Pacífico, bloco formado por México, Chile, Colômbia e Peru.

De acordo com o presidente, essa abertura maior aos diferentes mercados caminhou lado a lado com uma política semelhante adotada pelo Brasil. “A Organização Mundial do Comércio revelou que o Brasil, no ano de 2018, foi o país que mais abriu para facilitação de comércio em todo o mundo. Foi importante para o nosso país e importante para o Mercosul”.

Ontem, em discurso no Palácio do Planalto, Temer declarou ser impossível aplicar qualquer isolacionismo político ou econômico nos dias de hoje. “No fenômeno da globalização, seria impossível qualquer isolacionismo de natureza política, econômica. É por isso que nós temos falado ao longo do tempo do multilateralismo, a ideia da universalização das nossas relações em todos os campos”.

O presidente da Argentina, Mauricio Macri, afirmou hoje (3) que, antes da Cúpula dos Líderes do G20, que acabou há dois dias em Buenos Aires, o presidente eleito, Jair Bolsonaro, disse a ele que quer avançar nas negociações entre o Nercado Comum do Sul (Mercosul) e a União Europeia (UE).

"Falei antes de começar o G20 com o meu novo colega Jair Bolsonaro, e ele me confirmou que quer avançar neste acordo, mas precisa ver como está e tomar a sua posição", disse Macri, em entrevista coletiva, em Buenos Aires, convocada para analisar os resultados da reunião dos líderes das maiores economias mundiais.

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A União Europeia e o Mercosul negociam um acordo baseado em três pilares - diálogo político, cooperação e livre-comércio - há quase duas décadas. Nos últimos dois anos, o processo ganhou fôlego, e várias são as vozes que consideravam que a assinatura definitiva esteja próxima.

Macri antecipou hoje que deve conversar com Bolsonaro nos próximos meses e debater o tema e anunciou que, no próximo dia 10, haverá uma nova reunião técnica entre a União Europeia e o Mercosul, quando deve acontecer algum "avanço".
"Claramente é um acordo muito demorado. Há mais de 20 anos que esta negociação existe."

O presidente argentino disse que todos os líderes concordaram que esse acordo é uma grande oportunidade para todos e citou a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, o presidente francês, Emmanuel Macron, e os primeiros-ministros da Espanha, Pedro Sánchez, e da Itália, Giuseppe Conte.

"Infelizmente todas essas demoras fizeram com que haja uma nova autoridade [Jair Bolsonaro], embora ainda não tenha assumido no Brasil", ressaltou.

Entre as 17 reuniões bilaterais que ocorreram de forma paralela à cúpula do G20, Macri destacou a que manteve com a primeira-ministra britânica, Theresa May. "Sabemos que o Reino Unido está se separando da Europa, e isso também abre oportunidade de gerar convênios de troca específicos com o Mercosul, e eles também estão abertos", afirmou. 

*Com informações da Agência EFE

O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) disse, pelo Twitter, que "está fora de cogitação" o país se sujeitar automaticamente a um interesse externo, de outras nações.

"Sujeitar automaticamente nosso território, leis e soberania a colocações de outras nações está fora de cogitação. É legítimo que países no mundo defendam seus interesses e estaremos dispostos a dialogar sempre, mas defenderemos os interesses do Brasil e dos brasileiros", disse em mensagem na rede social.

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Nessa quinta-feira (29), o presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou que a possibilidade de seu governo apoiar o acordo comercial entre a União Europeia (UE) e o Mercosul depende da posição de Bolsonaro sobre o Acordo Climático de Paris. "Não podemos pedir aos agricultores e trabalhadores franceses que mudem seus hábitos de produção para liderar a transição ecológica e assinar acordos comerciais com países que não fazem o mesmo. Queremos acordos equilibrados", disse Macron, que participa da Cúpula do G20, em Buenos Aires.

No último dia 28, o presidente eleito disse que teve participação na decisão do governo brasileiro de retirar a candidatura para sediar a COP-25 (Conferência das Partes da Convenção do Clima das Nações Unidas), destinada a negociar a implementação do Acordo de Paris, que ocorrerá de 11 a 22 de novembro de 2019. O Itamaraty informou sobre a decisão ao Secretariado da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima da Organização das Nações Unidas.

Bolsonaro disse que queria evitar controvérsia entre o seu governo e setores ambientalistas sobre a criação do corredor ecológico internacional Triplo A e ainda alegou restrições orçamentárias.

"Houve participação minha nessa decisão. Ao nosso futuro ministro [Ernesto Araújo, indicado para o Ministério das Relações Exteriores], eu recomendei para que evitasse a realização desse evento aqui no Brasil. Até porque, eu peço que vocês [jornalistas] nos ajudem, está em jogo o Triplo A. Esse acordo, que é uma grande faixa, que pega a [Cordilheira dos] Andes, Amazônia, Atlântico, de 136 milhões de hectares, ao longo da calha dos rios Solimões e Amazonas, que poderá fazer com que percamos nossa soberania nessa área. Se isso for o contrapeso, nós teremos uma posição que pode contrariar muita gente, mas vai estar de acordo com o pensamento nacional. Então, não quero anunciar uma possível ruptura dentro do Brasil, além dos custos, que seriam, no meu entender, bastante exagerados tendo em vista o déficit que temos no momento", disse o presidente eleito, na ocasião.

Diplomatas do Mercosul deixaram o primeiro dia de negociações com a União Europeia frustrados com a postura dos europeus. O sentimento na delegação sul-americana é de que eles estão exigindo concessões da parte do Mercosul sem apresentar contrapartidas suficientes, principalmente no setor agrícola.

Em negociação há 18 anos, o acordo de livre-comércio entre Mercosul e Europa passou a uma fase crítica nesta semana. A UE teme que, com um novo governo no Brasil, as chances de entendimento sejam reduzidas e que os interesses americanos possam ampliar sua presença no Cone Sul.

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A UE decidiu convidar uma delegação do Mercosul para tentar, nesta semana em Bruxelas, avançar na negociação, romper o impasse e oferecer, aos ministros dos dois blocos, a possibilidade de fechar um acordo a partir da semana que vem.

Mas, ao final do primeiro dia de encontros, o resultado foi considerado "decepcionante". Os europeus haviam solicitado concessões do Mercosul, principalmente no setor automotivo e na harmonização de normas para a venda de carros. Isso inclui desde segurança até meio ambiente, além de especificações sobre peças.

Para o Mercosul, essa harmonização é considerada delicada, já que colocar os padrões no mesmo pé de igualdade dos europeus significa fechar outros mercados consumidores. Ainda assim, o bloco esteve disposto a mostrar avanços.

Os europeus também querem medidas especiais para proteger produtos como vinhos, queijos e itens de alto valor agregado. Mas os negociadores sul-americanos sentiram que não foram correspondidos e que os europeus não mostraram sinais de que estão dispostos a fazer concessões em áreas de interesse do Mercosul.

Dificuldade

Diplomatas ainda aguardam para ver como serão os próximos dias de negociação. Mas se a posição europeia prevalecer, dificilmente haverá acordo. O Mercosul considera que o acesso oferecido para a exportação de carnes e de etanol está "longe" do que se imaginava que seria um acordo comercial. Para os europeus, porém, uma decisão nesse sentido seria "política" e apenas ministros poderiam fazer.

O temor do Mercosul é de que a UE esteja tentando extrair o máximo de concessões por parte do bloco sul-americano sem dar uma sinalização clara de como podem ganhar com o acordo. "Eles parecem plantados em suas posições originais", disse um negociador do Mercosul, na condição de anonimato.

Ao jornal O Estado de S. Paulo, fontes em Bruxelas revelaram que a Comissão Europeia foi duramente freada por um grupo de países, depois que ficou claro que a parte executiva do bloco queria acelerar um acordo. Na sexta-feira,9, os comissários europeus receberam um alerta de algumas capitais de que concessões não seriam facilmente aceitas internamente. O governo da França, por exemplo, insiste que não se pode nem acelerar um processo negociador nem ceder, apenas para que um acordo seja atendido.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Correndo para tentar fechar um acordo antes da posse do presidente eleito Jair Bolsonaro, a União Europeia recebe nesta segunda-feira (12) uma delegação do Mercosul. O encontro está sendo considerado pela UE como "momento decisivo", após 18 anos de negociações entre os dois blocos. Na sede da UE, em Bruxelas, espera-se que os países sul-americanos apresentem uma nova oferta de abertura de seu mercado.

A UE espera um entendimento para ser assinado durante a reunião do G-20 na Argentina, no fim do ano. Mas enfrenta resistências da França, Áustria e outros países protecionistas que não querem que o calendário eleitoral determine o futuro do acordo.

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Uma das dificuldades é abertura da UE para produtos agrícolas, considerada insuficiente por parte do Mercosul, principalmente no que se refere a carnes e etanol. A esperança do Mercosul é que uma nova oferta seja apresentada nesta semana, indicando maior acesso de produtos da região.

Os europeus, por sua vez, querem compromisso do Mercosul para a abertura do setor industrial, principalmente no mercado de veículos. Procurado, o Itamaraty indicou que "não há expectativa de apresentação de qualquer dos lados de ofertas abrangentes", já que isso já teria ocorrido. "Agora estão sendo trabalhadas as pendências em regulamentos e produtos específicos, onde os dois lados buscarão convergência", informou a chancelaria.

Francisco Assis, presidente da sessão do Mercosul no Parlamento Europeu, admitiu a importância do encontro. "Estamos entrando na fase decisiva das negociações." Se houver avanço, ministros de ambos os lados serão chamados para a fase final do entendimento a partir do dia 19.

O governo francês, porém, fez questão de alinhar os países mais protecionistas no setor agrícola para alertar a UE de que não irão ceder só para fechar um acordo antes da posse de Bolsonaro. "Nossa mensagem é clara: sim para um acordo. Mas o calendário não pode prevalecer sobre o conteúdo", disse Jean-Baptiste Lemoyne, secretário de Estado para Comércio da França. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Líder da oposição no Senado, Humberto Costa (PT) denunciou em Buenos Aires, na Argentina, onde cumpre missão oficial como membro da Comissão de Direitos Humanos do Parlamento do Mercosul, o que chamou de “escalada do autoritarismo no Brasil”. Para Humberto, o “discurso de ódio” do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) contra quem pensa diferente dele já está gerando uma “série de violações de direitos humanos”, principalmente em escolas e universidades.

“Não sabemos o que vai acontecer no Brasil depois da posse de Jair Bolsonaro, um militar que foi deixou o Exército por ter concepções políticas e sociais muito extremas. Agora, temos certeza de que os direitos humanos não serão respeitados. Vivemos um momento político de muito temor por conta de uma pessoa que tem aversão aos direitos humanos”, declarou Humberto, durante reunião nessa quinta-feira (8).

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O petista também lembrou aos colegas parlamentares dos outros países que o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, já declarou que o Mercosul (Argentina, Brasil, Uruguai, Paraguai, Bolívia e Venezuela) não será prioridade.

Humberto pediu ainda o apoio e a solidariedade dos colegas para que fiquem atentos ao desenrolar dos fatos no Brasil, que já registra casos de violência e intolerância contra homossexuais, negros, indígenas e professores e estudantes.

O líder da oposição citou que, durante esta semana, o Centro de Filosofia e Ciências Humanas, da Universidade Federal de Pernambuco, registrou a distribuição de panfletos apócrifos com ameaças nominais a alunos e professores. Para o senador, a iniciativa foi uma clara tentativa de “criar um clima de terror e intimidação no ambiente universitário”.

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