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O Instituto Êxito de Empreendedorismo e o Emprega Comunidades, instituição que promove a recolocação profissional de moradores das favelas do Brasil, firmaram convênio para levar capacitação profissional gratuita para jovens, adultos e famílias que fazem parte da organização. A parceria irá beneficiar cerca de 17 mil pessoas. Entre as iniciativas, está a de oferecer mais de 700 conteúdos gratuitos da plataforma digital do Instituto, entre cursos, palestras, vídeos inspiracionais e mentorias.

Os usuários terão acesso a todos os conteúdos disponibilizados pelo Instituto gratuitamente, com trilhas educacionais, debates, palestras e cursos profissionalizantes. “Estamos muito felizes com a parceria firmada com o Emprega Comunidades, essa instituição que está alinhada com o nosso propósito de levar educação empreendedora à população do país e transformar a realidade do Brasil. Temos certeza que vamos colher bons frutos”, afirma o presidente do Instituto Êxito de Empreendedorismo, Janguiê Diniz.

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Para o presidente do Emprega Comunidades, Rejane dos Santos, a parceria com o Instituto Êxito de Empreendedorismo chega em uma boa hora. “Nossa expectativa é aumentar o número de pessoas preparadas para os desafios do mercado de trabalho e diminuir o índice de desemprego na comunidade, seja trabalhando em regime CLT ou empreendendo. O importante é contribuir para a independência financeira destas pessoas”, explica.

Os mais de 700 conteúdos gratuitos na plataforma virtual do Instituto Êxito de Empreendedorismo estão disponíveis no site da Instituição (https://exito.app.toolzz.com.br/ecp). Os usuários também terão acesso às mentorias online realizadas por meio do aplicativo Toolzz Mentor, com grandes nomes do empreendedorismo e sócios do Instituto, como: José Roberto Marques, presidente do Instituto Brasileiro de Coaching (IBC); Janguiê Diniz, fundador do grupo Ser Educacional; Guilherme Benchimol, fundador da XP Inc.; Antônio Carbonari Netto, fundador do grupo Anhanguera Educacional; Carol Paiffer, presidente da Atom;  João Appolinário, fundador e CEO da Polishop; Ricardo Bellino, empreendedor serial; Geraldo Rufino, presidente da JR Diesel; Millena Machado, jornalista e apresentadora da RedeTV! News; Gustavo Caetano, CEO da Sambatech; João Kepler, fundador e presidente da Bossanova Investimentos; Fábio Coelho, presidente do Google Brasil, entre outros.

Sobre o Instituto Êxito de Empreendedorismo

O Instituto Êxito de Empreendedorismo é o resultado de um sonho que envolve empreendedores visionários dos mais variados segmentos do Brasil. Hoje, já conta mais com mais de 600 sócios que compactuam de um mesmo propósito: fazer do empreendedorismo a turbina para impulsionar vidas e histórias.

O Êxito tem a filosofia de que, independentemente da classe social e econômica, qualquer pessoa pode transformar suas ideias em ações que mudem e melhorem a realidade e a comunidade na qual vive. Por isso, nasceu com o objetivo de estimular o dom empreendedor dos jovens, especialmente os de escolas públicas, onde há muitos talentos escondidos e boas ideias a serem impulsionadas.

Nomeado como uma instituição sem fins lucrativos, seu principal plano de ação está em oferecer uma plataforma de cursos online e gratuitos, além de realizar diversas ações voltadas para o fomento ao empreendedorismo.

Sobre o Emprega Comunidades

Criado em 2017, o Emprega Comunidades surgiu com intuito de promover a recolocação profissional de candidatos, moradores das favelas do Brasil, e suprir a demanda das empresas por profissionais qualificados. Por meio da iniciativa, também promove a diversidade e prepara a empresa para a mudança de cultura inclusiva. Somos um negócio de impacto social, responsável pela qualificação e recolocação dos candidatos moradores de favelas. Atualmente, está nas comunidades: Paraisópolis (SP), Rio das Pedras e Alemão (RJ), Jurunas (PA), Aglomerado da Serra (MG), Sol Nascente (DF) e Coroadinho (MA). Busca promover a recolocação profissional de candidatos no mercado de trabalho, nas mais diversas áreas de atuação. Com os encaminhamentos dos profissionais e as inúmeras contratações, o Emprega Comunidades começou a atender vários clientes, suprindo as necessidades do mercado e introduzindo em seu portfólio serviços como: terceirização de mão de obra, qualificação profissional, indicação de profissionais autônomos, além do serviço de agência de emprego. Presta serviços para as empresas que assumiram o compromisso em promover ações e projetos que contribuem com as ODS - Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS 11 - Cidades e Comunidades sustentáveis) e transformam a vida dos candidatos das favelas. Por meio das suas ações, proporciona qualificação e a formação especializada dos candidatos com o objetivo de garantir sucesso em todas as colocações.

Da assessoria de imprensa

Apesar de já terem feito alguns ajustes fiscais e terem regularizado o pagamento de servidores, os governos de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro esperam ainda que seus planos de recuperação fiscal sejam aprovados pelo governo federal para conseguirem manter as contas em dia.

"Me parece fundamental a recuperação. O Estado não tem caixa reservado para pagar quase R$ 4 bilhões de prestação para a União. Isso é de dois a três meses de folha de pagamento. A gente sai do pagamento zero para o total, que é o que acontece se a liminar cair", diz o secretário da Fazenda do Rio Grande do Sul, Marco Aurelio Cardoso.

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Hoje, os três Estados não estão pagando suas dívidas com a União graças a liminares conseguidas na Justiça. A intenção é, com a aprovação do plano de recuperação fiscal, garantir uma nova suspensão temporária dos pagamentos. Criado em 2017, o regime de recuperação concede essas suspensões a Estados e municípios endividados e, como contrapartida, exige um ajuste fiscal. O processo precisa passar pelo Ministério da Economia.

Em Minas Gerais, o governo de Romeu Zema (Novo) também quer usar o regime de recuperação como moeda de troca para conceder reajuste aos servidores, que estão com os salários congelados desde o início da pandemia. "Há um compromisso do governador de que, se o regime for aprovado, haverá revisão geral para o servidor", diz o secretário de Fazenda, Gustavo Barbosa.

MELHORA FISCAL. Barbosa reconhece que a inflação ajudou a melhorar a receita do Estado no ano passado. Combustíveis, por exemplo, estão entre os produtos que mais geram arrecadação para Minas e, com a alta no preço em 2021, as receitas avançaram. Barbosa, porém, destaca que o governo também adotou medidas que favoreceram as contas, como identificar empresas que praticavam crimes fiscais e limitar o orçamento das secretarias.

No Rio Grande do Sul, onde o pedido de adesão ao regime de recuperação fiscal foi feito no fim de dezembro, o governo de Eduardo Leite (PSDB) já aprovou reformas administrativa e previdenciária, além de ter revisto incentivos fiscais, lembra Cardoso. O secretário diz ainda que o reajuste dos servidores neste ano será feito "com responsabilidade".

No Rio de Janeiro, além da inflação ter ajudado a arrecadação, a alta do petróleo e do dólar também alavancou as receitas. Para o secretário de Fazenda, Nelson Rocha, a solução para o problema fiscal do Rio hoje é ampliar as receitas, dado que as despesas já foram, afirma ele, cortadas em 11,3% desde 2017. A redução ocorreu na adesão do Estado a um primeiro plano de recuperação fiscal feito ainda no governo Michel Temer.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Havia pelo menos quatro anos que Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Rio de Janeiro não pagavam salários e décimo terceiro em dia. Em meio à pandemia, no entanto, eles conseguiram regularizar o calendário de pagamentos.

No Rio Grande do Sul, a última vez em que os servidores tinham recebido o décimo terceiro dentro do prazo legal havia sido em 2014. Entre 2016 e 2020, o benefício foi parcelado em 12 vezes. Os salários também vinham sendo pagos escalonados e atrasados desde 2016, mas, há pouco mais de um ano, o governo passou a quitá-los em dia e, no ano passado, conseguiu voltar a pagar o décimo terceiro até 20 de dezembro.

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Em Minas Gerais, os salários passaram a ser quitados em dia em agosto de 2021 - após cinco anos e meio de parcelamentos -, e o décimo terceiro foi depositado integralmente no prazo pela primeira vez depois de seis anos. No Rio de Janeiro, já são 15 meses de salários pagos corretamente, mas 2021 teve o primeiro décimo terceiro quitado antecipadamente desde 2015.

Secretários de Fazenda dos Estados afirmam que reformas adotadas por seus governos nos últimos três anos foram essenciais para se conseguir uma organização financeira. Para especialistas, no entanto, as reformas terão impacto maior no médio e longo prazos.

Os secretários dizem também que a inflação ajudou a elevar a arrecadação e que a proibição de reajustes a servidores também colaborou no lado dos gastos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Moradores do Triângulo Mineiro e outras cidades do interior de Minas Gerais relataram, nas redes sociais, a queda de um meteoro na noite dessa sexta-feira (14). Uma imagem compartilhada pela Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros (Bramon) registrou o fenômeno de luz do céu, tendo informado que a região aproximada seria a cidade de Patos. 

Até o momento desta publicação, não houve relatos de danos devido à queda, segundo o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais. Alguns internautas mencionaram um forte estrondo e tremor de terra de pouco alcance, mas a informação não foi confirmada pelo órgão militar. 

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A página Astronomiaum, dedicada a fenômenos astronômicos e seguida por 600 mil pessoas no Twitter, compartilhou vídeos de câmeras de segurança que teriam flagrado a queda. De acordo com o portal, o clarão do meteoro foi observado por volta das 20h53 no interior de Minas Gerais e região próximas. 

Bólido gigante

De acordo com o observatório IDS, ligado à Bramon, o ocorrido trata-se de um bólido gigante, um meteoro com brilho intenso e que pode ser acompanhado de explosão na atmosfera - maior parte dos meteoros se pulveriza antes de chegar ao solo. Grupos de astronomia universitários solicitam que moradores enviem relatos para uma melhor apuração do caso e querem descobrir se há chances de meteoritos terem atingido o solo. De acordo com o IDS, essas pedras têm uma coloração acinzentada ou de “preto queimado”. 

Confira imagens: 

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Ainda às voltas com as consequências das fortes chuvas que atingiram Minas Gerais, cerca de 80 famílias de Ouro Preto tiveram que deixar suas casas na manhã desta sexta-feira (14). Embora não esteja chovendo na cidade esta manhã, as residências ficam em uma área onde técnicos da Defesa Civil identificaram o risco de deslizamentos devido às condições do solo encharcado.

As casas ficam no bairro Taquaral, de onde outras 25 famílias já tinham sido removidas esta semana. A área fica a poucos quilômetros do Morro da Forca, onde, ontem (13), um deslizamento destruiu dois casarões históricos – um deles, do fim do século XIX. A ocorrência desta quinta-feira não fez vítimas. Ainda assim, o Ministério Público Federal (MPF) instaurou um procedimento administrativo para apurar “os evidentes danos ao patrimônio cultural”.

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Alerta

A agente da Defesa Civil municipal Paloma do Carmo Magalhães foi a primeira servidora de órgãos de proteção a chegar ao Morro da Forca, pouco antes do talude vir abaixo. Ela seguia para o trabalho quando um motorista de ônibus a alertou para algo atípico na encosta, na altura da Rua Diogo de Vasconcelos, em frente ao Centro de Artes e Convenções da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Próxima ao Terminal de Integração José da Silva Araújo, a área, na região central da cidade, é bastante movimentada.

Com a ajuda do barbeiro Fábio Rogério Alves, que estava abrindo seu salão, e de outras pessoas, Paloma rapidamente interrompeu o tráfego de veículos e de pessoas. “Eles ficaram à distância, alertando as pessoas para não passarem, e eu fiquei próxima à encosta, isolando a área até a guarnição da Guarda Civil chegar e interditar o trânsito completamente”, contou Paloma à Agência Brasil.

Vídeos feitos por pessoas que estavam próximas ao local registraram o momento em que parte do Morro da Forca vem abaixo e destrói os dois casarões, derrubando postes de energia elétrica e deixando a área sem luz. Embora os imóveis atingidos já estivessem embargados desde 2012, quando foram atingidos por um deslizamento de terra, Paloma considera que a atenção e a presteza de alguns cidadãos foi fundamental para que não houvesse nenhuma vítima.

“Isto foi crucial. Como dizemos sempre, a defesa civil é feita por todos. Ao contrário do que alguns costumam dizer, a natureza costuma sim dar sinais [de que algo está para ocorrer]. Felizmente, o motorista e outras pessoas não ignoraram os primeiros avisos e nos alertaram. Infelizmente, houve o prejuízo ao bem cultural, histórico, mas vidas podem ter sido salvas”, acrescentou a agente civil.

Em função do acidente, a circulação de pessoas nas proximidades do centro de convenções e o tráfego de veículos pela Rua Pacífico Homem, no sopé do morro, continuam proibidos. Embora não esteja chovendo, a Defesa Civil alerta para o risco de novas ocorrências em quase toda a cidade. “Com o sol, o solo, que já está muito saturado, tende a se rachar, abrindo fendas. E como há previsão de mais chuvas, pode ocorrer outros deslizamentos”, disse Paloma.

Só em Ouro Preto, até ontem, 200 pessoas desalojadas tinham tido que ser acolhidas na casa de parentes, amigos ou vizinhos. Outras 223 pessoas ficaram desabrigadas, tendo que, em algum momento, ir para abrigos públicos. Também as famílias do Taquaral que estão sendo removidas esta manhã e que não tiverem para onde ir serão levadas para abrigos improvisados em escolas públicas. A cidade também registrou uma das 25 mortes ocorridas no estado em consequência das chuvas - número que não inclui as dez mortes causadas pelo desprendimento de um bloco de pedras do Lago de Furnas, em Capitólio, sobre embarcações turísticas, no último dia 8.

No último domingo (9), uma equipe do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais socorreu dois cães que ficaram ilhados na cidade de Raposos, na região metropolitana de Belo Horizonte, atingida pelas fortes chuvas que têm provocado tragédias na região mineira. Uma das operações levou pouco mais do que três minutos para ser concluída e exigiu que o tenente Pedro Aihara mergulhasse em uma loja completamente inundada para salvar o animal. As informações são do R7. 

A cena foi registrada pela câmera acoplada à roupa do militar, que utilizava lanternas próprias para a imersão. Nas imagens, é possível ver que o cãozinho bóia em um pálete, já próximo ao teto da localidade, com um espaço quase nulo para se movimentar. O prédio, de aproximadamente quatro metros de altura, estava praticamente tomado pela água, recorda Aihara.  

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"Foi um pouco complicado porque o cachorro estava agressivo, nos mordendo. Sem falar que havia muitos caramujos, o que gera risco de esquistossomose. Os postes elétricos ainda estavam energizados", destaca o militar sobre os desafios da operação. De acordo com Aihara, o outro cão teve um salvamento mais fácil, já que ele estava em cima do teto de uma casa. 

- - > LeiaJá também: Estrutura de prédio desaba após chuvas em Belo Horizonte 

 

Peritos da Polícia Civil de Minas Gerais já identificaram nove das dez vítimas fatais do desmoronamento de um bloco de pedras no Lago de Furnas, em Capitólio (MG), no último sábado (8).

Os nomes de quatro das vítimas foram divulgados na manhã desta segunda-feira (10). Segundo a Polícia Civil, são elas Rodrigo Alves dos Anjos, que tinha 40 anos de idade; Geovany Teixeira da Silva (38); Tiago Teixeira da Silva Nascimento (35) e Geovany Gabriel Oliveira da Silva (14).

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Técnicos do Instituto de Identificação, da Polícia Civil, também já tinham confirmado as mortes de Júlio Borges Antunes (68); Mykon Douglas de Osti (24) e Camila Silva Machado (18), além de Sebastião Teixeira da Silva (64) e de sua esposa, Marlene Augusta Teixeira da Silva (57).

As nove pessoas foram identificadas por meio do reconhecimento das suas impressões digitais. Segundo o delegado regional Marcos Pimenta, todas elas estavam a bordo de uma das quatro lanchas diretamente atingidas pelo bloco de pedras que se desprendeu do cânion. Ao menos outras 24 pessoas precisaram de socorro, e muitas delas foram levadas a unidades de saúde próximas com fraturas e escoriações.

“Os ocupantes se conheciam e estavam hospedados em uma pousada em São José da Barra”, informou Pimenta. A Polícia Civil instaurou um inquérito policial para apurar as circunstâncias da tragédia, bombeiros juntamente com homens da Marinha, seguem recolhendo material que possa contribuir com a investigação. Além disso, os mergulhadores também procuram por pedaços de vítimas cujos corpos foram segmentados ao sofrer o impacto das pedras e vasculham a área para se certificar de que não há mais nenhuma vítima presa sob os escombros submersos.

Desde que as imagens do enorme bloco de pedra atingindo parte das embarcações com turistas que visitavam o local começaram a ser veiculadas, fotos e até mesmo mensagens antigas em que pessoas apontam a trinca no paredão de pedra e o risco iminente de queda foram recuperadas para questionar a falta de orientação sobre os riscos do local.

Em nota, a empresa Furnas Centrais Elétricas, que é controlada pela Eletrobras, lamentou o ocorrido e informou que apenas usa a água do lago para gerar energia elétrica. “Compete ao Poder Público a gestão dos demais usos múltiplos do reservatório”, sustenta a empresa, referindo-se ao controle das atividades turísticas na região, que conta com a presença deste que é um dos maiores lagos artificiais do mundo como um atrativo, com mais de 3,5 mil quilômetros de perímetro.

Após fortes chuvas na cidade de Belo Horizonte (MG), a estrutura de um prédio localizado na rua Ernani Agrícola, no bairro Buritis, cedeu e os moradores tiveram que deixar o local. O incidente aconteceu na manhã deste domingo (9) e não houve feridos. Na internet circulam imagens, feitas por vizinhos do imóvel, nas quais se pode ver as rachaduras abrindo e a estrutura cedendo. 

Através de uma nota enviada à imprensa, a prefeitura de Belo Horizonte informou que não houve vítimas no local e que, por questões de segurança, os moradores do prédio foram orientados a deixarem suas casas até que seja realizada uma vistoria de risco. O Corpo de Bombeiros também está atuando na ocorrência. 

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Segundo a Defesa Civil de Belo Horizonte, a cidade tem registrado um volume de chuva significativo nas últimas horas, o que potencializa ocorrências de risco geológico. Pelas redes sociais, o órgão tem atualizado a situação e alertado a população quanto aos pontos de maior risco. 

A Polícia Civil de Minas Gerais informou a identificação de oito mortos no acidente de Capitólio, um deslizamento de rochas que atingiu lanchas de passeio. O único identificado formalmente foi Julio Borges Antunes, de 68 anos, nascido em Alpinópolis (MG). O corpo já foi liberado para sepultamento. Houve também a qualificação de outras 9 pessoas que estavam na mesma lancha de Antunes.

Um homem de 40 anos, natural de Betim, que seria o piloto da lancha. Uma mulher de 43 anos, de Cajamar (SP) e sua filha de 18 anos, natural de Paulínia. Um homem de 67 anos, nascido em Anhumas (SP), sua mulher de 57 anos, seu filho de 37 anos e seu neto de 14 anos - ambos desaparecidos até o momento da entrevista. Um homem de 24 anos, natural de Campinas e um homem de 24 anos, nascido em Passos.

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Segundo o médico legista Marcos Amaral, de Passos, as identificações serão feitas por meio de amostras de DNA, raios-X de arcadas dentárias e outros recursos, com o apoio do Instituto de Identificação de Belo Horizonte. "Como foi um impacto de altíssima energia, os corpos estão bastante prejudicados, o que dificulta o trabalho".

Todos os turistas da lancha estavam em uma pousada em São José da Barra, em Minas Gerais. Segundo Marcos de Souza Pimenta, delegado regional de Passos, o foco do trabalho será continuar a identificação das vítimas, por meio da coleta de material genético dos familiares de primeiro grau, para confrontá-los com os corpos e fragmentos corporais encontrados.

Pimenta informou que esteve no local do acidente no sábado, junto com o perito criminal Rogério Chibata, que segue trabalhando no local junto com o Corpo de Bombeiros e a Marinha. Chibata passou a tarde de ontem coletando e identificando fragmentos corporais.

Causas do acidente

Sobre as causas do desprendimento da rocha, o delegado disse que seria prematuro fazer qualquer declaração. "Uma rocha daquele tamanho não cai de uma hora para outra. É uma ação que leva muito tempo", disse Pimenta. Segundo ele, a Polícia Civil continuará em interlocução com geólogos especialistas no tema.

"Com relação às lanchas, fizemos uma investigação preliminar e constatamos que elas estão aptas a transportar turistas na região", afirmou. Segundo o delegado, se o tempo não estivesse chuvoso, poderia haver entre 50 e 100 pessoas nadando naquele trecho, inclusive crianças.

"Não descartamos a possibilidade da erosão da rocha ter sido provocada pela chuva ou até por um choque pelo som das lanchas que param ali e fazem um escarcéu naquele local", disse Pimenta. "É de conhecimento público que há aglomerações de turistas lá. Esse assunto será analisado pela Marinha, que fiscaliza as águas da Represa de Furnas", disse.

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Até às 18h30 deste sábado (8), a última atualização do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais confirmou que o desabamento da rocha sobre as lanchas em Capitólio, Minas Gerais, deixou ao menos seis pessoas mortas e 35 feridas.

Entre as vítimas, 23 foram atendidas na Santa Casa de Capitólio com ferimentos leves e já foram liberadas. Outras duas pessoas estão feridas e com fraturas expostas - sendo atendidas na Santa Casa do município de Piumhi. 

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Segundo o porta-voz dos Bombeiros, tenente Pedro Aihara, responsável por atualizar a situação das vítimas do Capitólio"todos os óbitos foram retirados do local e estão no nosso posto de comando recebendo os procedimentos de perícia por parte da Polícia Civil. Nós constatamos que até o momento foi verificado que quatro embarcações sofreram o impacto no momento do desprendimento da rocha. Duas embarcações sofreram impactos direto", salienta Aihara.

Até o momento da atualização (18h30), o Corpo de Bombeiros permanecia no local, sem previsão de término das operações, realizando todas as remoções e resgates e monitoramento da situação.

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Políticos utilizaram as suas redes sociais para se solidarizar com as vítimas da tragédia do Capitólio, Minas Gerais, que deixou cinco pessoas mortas e 32 feridos com o deslizamento de uma grande rocha na tarde deste sábado (8). 

O governador de Minas, Romeu Zema, se solidarizou por meio do seu Twitter com as vítimas. "Sofremos hoje a dor de uma tragédia em nosso Estado, devido às fortes chuvas, que provocaram o desprendimento de um paredão de pedras no lago de Furnas, em Capitólio. O Governo de Minas está presente desde os primeiros momentos através da Defesa Civil e Corpo de Bombeiros", detalhou.

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O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD), também se mostrou solidário com as vítimas. 

"Meus sentimentos e solidariedade às vítimas e familiares da tragédia ocorrida hoje nos cânions do Lago de Furnas, em Capitólio/MG. Uma imagem forte e triste. Nossa confiança no trabalho das equipes da Marinha e dos Bombeiros. Que Deus ampare a todos", escreveu Pacheco.

O senador Fabiano Contarato (PT) também prestou suas condolências às vítimas. "Um sábado de pesar! O desabamento de um Cânion em Capitólio, Minas Gerais, transformou o passeio e a diversão de muitas famílias em um momento de desespero e dor. Que Deus console todas as vítimas desse acidente. Estamos em oração", pontua.

O porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, o tenente Pedro Aihara, atualizou a situação do acidente do Capitólio, que aconteceu neste sábado em Minas Gerais, e confirmou que a tragédia deixou 5 vítimas fatais. Até o momento, 32 pessoas ficaram feridas. Delas, 23 foram liberadas depois de serem atendidas na Santa Casa de Capitólio.

Segundo o comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Edgard Estevo, há informações de que haveria 20 pessoas desaparecidas. Em coletiva à imprensa, ele explicou que as buscas vão continuar, mas os mergulhadores vão interromper seu trabalho durante a noite, por segurança.

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Os bombeiros ainda não conseguem precisar qual a idade ou a identidade das vítimas fatais. "São corpos que foram bastante afetados porque foi um impacto considerável", detalha Pedro Aihara.

A chefe da Divisão de Medicina Legal do Interior da Polícia Civil de Minas Gerais, Marcela Sena Brava, informou que peritos já estão no local para auxiliar na liberação dos corpos. Eles serão encaminhados para o Instituto Médico Legal de Passos.

Duas pessoas estão no hospital da região com fraturas expostas e em situação crítica. Além disso, os Bombeiros detalham que outras quatro estão na Santa Casa de São José da Barra e três estão na Santa Casa de Passos.

*Com a Agência Brasil

Neste sábado (8), uma rocha gigante se soltou de um cânion, localizado em Capitólio, Minas Gerais, e atingiu três embarcações que faziam turismo no local. Uma pessoa foi morta por conta da tragédia. 

Segundo informado pelo tenente Pedro Aihara, do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, entre 15 e 20 pessoas foram afetadas com o deslizamento da rocha. Aihara salienta que cerca de 70 a 100 pessoas estavam no local.

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No momento, o espaço onde aconteceu o deslizamento está isolado e interditado pelas autoridades locais. Nos vídeos que circulam pelas redes sociais é possível ver o exato momento que a rocha cai em cima das embarcações.

Confira

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Na manhã deste sábado (8), moradores de Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, se assustaram com a sirene que alertava para o rompimento da barragem de rejeitos de ferro da Mina de Pau Branco, a cerca de 30 quilômetros da capital de Minas Gerais. Um trecho da BR-040 foi tomado por lama e a Defesa Civil explica que houve transbordamento.

A investigação preliminar indicava a possibilidade de apenas uma tubulação de drenagem ter se rompido ao invés de toda a barragem. A barragem é administrada pelo grupo Vallourec, que ainda não se pronunciou.

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A Defesa Civil de Nova Lima sugere que o sistema de drenagem foi sobrecarregado com as chuvas dos últimos dias e a barragem transbordou.

Equipes de resgaste estão no local e o Corpo de Bombeiros confirmou um ferido. Os dois sentidos do trecho no quilômetro 562 da BR-040, que liga Minas ao Rio de Janeiro, foi tomado por lama e está interditado.

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A Defesa Civil de Belo Horizonte emitiu neste sábado (1º) alerta para a possibilidade de ocorrência de fortes chuvas e rajadas de vento na capital mineira. O alerta é de chuvas variando entre 30 milímetros (mm) a 50 mm com raios e rajadas de vento em torno de 50 quilômetros por hora (km/h) e é válida até 8h de domingo (2).

Segundo a Defesa Civil, também há a possibilidade de fortes chuvas na região metropolitana da capital. De acordo com o órgão, o tempo segue instável no estado, com a ocorrência de pancadas de chuva a qualquer hora com raios e rajadas de vento ocasionais, especialmente no Centro, Noroeste e na Zona da Mata.

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O boletim da Defesa Civil divulgado neste sábado diz ainda que a chuva tende a reduzir no Norte e no Vale do Jequitinhonha, uma das regiões que foram muito afetadas com o acentuado volume de chuva ao longo de todo o mês de dezembro.

Até o momento, as chuvas deixaram 12.783 desalojados em todo o estado. Seis pessoas morreram, 3.017 estão desabrigadas e 124 municípios declararam Situação de Emergência.

Tocantins

No Tocantins, subiu para 399 o número afetados pela cheia dos rios, segundo o mais recente levantamento da Defesa Civil, divulgado neste sábado. O número diz respeito às pessoas que precisaram ser retiradas das próprias residências, desalojadas, desabrigadas e ou que ficaram ilhadas, mas estão em segurança. 

Até o momento, são 105 pessoas desabrigadas e 86 desalojadas. Mais 173 pessoas precisaram ser resgatadas ou retiradas de áreas de risco, mas não precisaram de abrigo público.

As cheias atingiram os municípios de Paranã, Rio dos Bois, Pedro Afonso, Tupirama, Tupiratins, Palmeirante, Bom Jesus, São Sebastião, São Miguel, Sampaio e Itaguatins. 

A Defesa Civil do Tocantins também informou que uma pessoa morreu: um homem que tentou atravessar a nado o Rio São Domingos, na zona rural de Arraias, e acabou não conseguindo. O corpo foi localizado pelos Bombeiros no final da tarde de ontem.

Após falas, transmitidas na noite desta sexta-feira (31), sobre passaporte vacinal e críticas às medidas adotadas por governadores e prefeitos durante a pandemia de Covid-19, o presidente Jair Bolsonaro (PL) citou a Bahia e parte de Minas Gerais, que sofrem com enchentes.

No discurso, Bolsonaro afirmou que ministros elegidos por ele estão dando o suporte necessário às vítimas dos dois Estados. “Lembro agora dos nossos irmãos da Bahia e do norte de Minas Gerais, que nesse momento estão sofrendo os efeitos de fortes chuvas na região", iniciou.

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"Desde o primeiro momento, determinei que os ministros João Roma e Rogério Marinho prestassem total apoio aos moradores desses mais de 70 municípios atingidos", disse próximo a finalizar o pronunciamento. 

A postura do chefe do Executivo, diante dos acontecimentos na Bahia, é alvo de críticas. De férias em Santa Catarina, ele, recentemente, recusou ajuda humanitária oferecida pela Argentina. Até o momento, as enchentes já contabilizam cerca de 91 mil desabrigados e, pelo menos, 24 mortes.

O presidente Jair Bolsonaro editou medida provisória que abre crédito extraordinário de R$ 700 milhões em favor do Ministério da Cidadania. O texto foi publicado há pouco em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) e, segundo o governo, "visa ao enfrentamento das consequências das fortes chuvas que acometeram diversas regiões do Brasil, principalmente os Estados da Bahia e de Minas Gerais, que deixaram milhares de pessoas desabrigadas ou desalojadas, em decorrência de alagamentos, deslizamentos de terra e danos à infraestrutura local, com interdição de estradas, quedas de pontes e viadutos e interrupção de fornecimento de energia elétrica e água potável".

O Brasil já contabiliza ao menos 31 mortes pelas fortes chuvas que atingem o País neste fim de ano. Após terem se intensificado em dezembro, os temporais causaram estragos principalmente na Bahia, que já registrou ao menos 25 mortes pelas chuvas. Agora, estão se espalhando em maior intensidade para outras regiões e voltando a castigar Minas Gerais.

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Segundo boletim divulgado pela Defesa Civil de Minas Gerais, ao menos seis pessoas já morreram por causa dos temporais no Estado. Ao todo, 3.007 moradores do Estado estão desabrigados, enquanto 12.467 estão desalojados.

Na Bahia, conforme a Superintendência de Proteção e Defesa Civil (Sudec), já são 37.035 desabrigados e 54.771 desalojados. O número total de atingidos é de 643.068 pessoas. A Bahia está enfrentando o pior acumulado de chuvas do mês de dezembro desde 1989, informou o governo estadual nesta semana.

O ministro Kassio Nunes Marques do Supremo Tribunal Federal (STF) negou a absolvição de uma mulher condenada por furtar 18 chocolates e 89 chicletes avaliados em R$ 50. O crime aconteceu em 2013, na cidade de Boa Esperança, Minas Gerais. 

A mulher, que teve o nome preservado, foi presa provisoriamente em flagrante delito e condenada à prisão em regime aberto, além de pagamento de multa.

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A Defensoria Pública de Minas Gerais foi o órgão responsável por enviar o processo ao STF, pedindo a aplicação do princípio da insignificância e a consequente absolvição da condenada. 

Segundo o Correio Braziliense, antes do processo chegar no Supremo Tribunal Federal, o recurso já tinha sido negado por outras instâncias. A Defensoria Pública vai recorrer da decisão do STF.

Mais de 108,3 mil famílias, integrantes do Programa Auxílio Brasil, começam a receber nesta segunda-feira (27) o Auxílio Gás. Os beneficiados são moradores de 100 municípios que decretaram estado de calamidade por conta das chuvas na Bahia e em Minas Gerais. O valor do benefício é de R$ 52 e corresponde a 50% da média do preço do botijão de 13 quilos (kg) de gás.

Segundo a Caixa, as famílias beneficiadas receberão o depósito na conta do programa social. A consulta ao benefício está disponível pelos aplicativos Auxílio Brasil e CAIXA Tem, ou pelo Atendimento Caixa ao Cidadão, pelo telefone 111. Confira a lista de localidades com população beneficiada:

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As demais famílias que têm direito ao Auxílio Gás receberão seus benefícios retroativamente a partir de 18 de janeiro, seguindo o calendário regular de pagamentos do Auxílio Brasil.

O Auxílio Gás foi instituído pela Lei nº 14.237, de novembro de 2021, e regulamentado pelo Decreto nº 10.881, de 2 de dezembro de 2021. Pelas regras será concedido um benefício por família a cada dois meses.

Critérios

Os critérios de participação são: famílias inscritas no Cadastro Único com renda per capita menor ou igual a meio salário mínimo e integrantes do Benefício de Prestação Continuada (BPC).

Durante a implantação do Auxílio Gás, excepcionalmente nos primeiros 90 dias a prioridade de pagamento do benefício segue a ordem: beneficiários do Auxílio Brasil com menor renda per capita e com maior quantidade de integrantes na família.

Não serão computados como renda mensal da família benefícios concedidos pelo Auxílio Brasil. O recebimento de outros auxílios não é impedimento para o Auxílio Gás. Para consulta do valor do benefício, a ANP publicará em seu site mensalmente, até o décimo dia útil do mês, o valor da média dos seis meses anteriores referentes ao preço nacional do botijão de 13kg de GLP.

Saque Calamidade

Ainda para apoiar as famílias atingidas pelas chuvas, a Caixa informou hoje que mantém mobilizadas equipes especializadas na liberação do Saque Calamidade do FGTS para orientação aos municípios quanto ao preenchimento dos documentos de habilitação. O pagamento foi iniciado no dia 23 de dezembro aos trabalhadores residentes nas áreas afetadas dos municípios de Eunápolis (BA) e Águas Formosas (MG).

Habitação

Nos contratos de financiamento habitacional a Caixa também está permitindo pausa de até 90 dias no pagamento nas regiões atingidas, mediante solicitação. Outra possibilidade aberta pelo banco é a incorporação das prestações no saldo devedor dos clientes inadimplentes das regiões atingidas, independentemente dos requisitos atuais, mediante solicitação.

As unidades da Caixa também darão suporte aos clientes para acionamento de seguro habitacional e procedimentos para pagamento de indenizações de forma imediata, além de enviar equipes de engenharia do banco à região para prestar o apoio necessário às habitações sociais atingidas e adotar medidas necessárias.

Assistência técnica

Outra ação adotada pela Caixa em apoio aos municípios atingidos pelas chuvas é disponibilização de equipes para ações de assistência técnica com arquitetos e engenheiros. Também há equipes para operacionalizar os repasses de recursos e trabalho técnico social da Caixa.

As prefeituras contam com suporte técnico para levantamento dos danos e estimativa de custos para a recuperação de obras em andamento ou edificações atingidas que têm grande impacto para a população dos municípios, como por exemplo pontes, vias de acesso, abastecimento de água, postos de saúde e escolas.

A Justiça do Trabalho deferiu indenização por danos morais de R$ 2 mil a uma trabalhadora que atuava como “controladora de acesso” em um shopping localizado na região sul da capital mineira. Ficou provado que a estrutura de trabalho era precária e não oferecia à ex-empregada condições de fazer pausas para descanso, alimentação ou mesmo ir ao banheiro.

Ela fazia o monitoramento das pessoas que entravam no shopping, como, por exemplo, medição de temperatura e fiscalização sobre o uso de máscaras, conforme exigências das normas sanitárias vigentes no período da pandemia da Covid-19.

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A sentença é da juíza Silene Cunha de Oliveira, titular da 26ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte. A magistrada constatou a negligência da empregadora quanto ao fornecimento de assento aos controladores de acesso, além da falta de substituição por colega quando se fizesse necessário.

Na ação que ajuizou contra a empregadora e o shopping center, a controladora de acesso afirmou que era constantemente humilhada em seu local de trabalho, dizendo que era obrigada a ficar de pé por mais de nove horas diárias e não lhe era permitido ir ao banheiro ou tomar água, sendo obrigada a aguardar horas para que alguém a substituísse para que pudesse fazer uma pausa.

Conversas por aplicativo de mensagens e a dificuldade de “rendição” para as pausas

Em conversas via aplicativo de mensagens, foi confirmado que, de fato, não havia cadeira no posto de trabalho. Chamou a atenção da magistrada conversa ocorrida entre a autora e os colegas, em que ela relata que está “passando mal” e os colegas falam que reivindicaram do supervisor, sem sucesso, uma cadeira no posto de trabalho.

Com relação à substituição para que os controladores de acesso pudessem ir ao banheiro e beber água, a julgadora observou que havia uma certa distribuição, “ainda que precária”, quanto ao posto que cada “controlador” iria assumir, existindo um que ficava “no rendimento”.

Prova testemunhal: “Não podia sair para beber água ou ir ao banheiro”; “algumas passavam mal”

A prova testemunhal demonstrou que a substituição dos controladores deveria ser feita por alguém da equipe e, como não havia pessoal suficiente, poderia ser realizada por bombeiro do shopping, o qual, por ter outras funções, muitas vezes, não podia parar para render o controlador.

Uma testemunha ouvida chegou a relatar: “que não podia sair para beber água ou ir ao banheiro; que podiam pedir ao segurança, mas ele não podia ficar, e quando não tinha quem substituísse não podiam sair”. Contou ainda que “a maioria da equipe passou mal por falta de alimentação e de água, que não podiam assentar, que não tinham comunicação com a empresa, mandavam mensagens umas paras as outras no celular e o supervisor não ficava no shopping”.

Precariedade nas condições de trabalho – Danos morais

De acordo com a juíza, a precariedade das condições de trabalho ofertadas pelas empresas caracteriza conduta ilícita, em ofensa ao direito à saúde, à higiene e à segurança do trabalhador, garantias fundamentais asseguradas na Constituição Federal. Na visão da julgadora, ficou evidente que a reclamante trabalhou em condições inadequadas, com afronta ao mínimo exigido para satisfação da dignidade da pessoa humana. (artigo 1º, inciso III, da Constituição).

A magistrada identificou, no caso, os pressupostos para estabelecer o dever de indenizar, tendo em vista a prova do ato injurídico decorrente de dolo/culpa por parte da empregadora, do qual se conclui pelos danos morais sofridos pela reclamante.

Valor da indenização

Ao fixar a indenização no valor de R$ 2 mil, a magistrada levou em conta diversos aspectos envolvendo o caso concreto, como a natureza do bem jurídico tutelado, a intensidade do sofrimento e a possibilidade de superação física/psicológica da trabalhadora, os reflexos pessoais e sociais da ação/omissão das empresas, a extensão e a duração dos efeitos da ofensa, as condições em que ocorreram as ofensas, o grau de dolo ou culpa dos réus, a ausência de ocorrência de retratação espontânea ou de comprovação de esforço efetivo para minimizar a ofensa, a ausência de perdão, tácito ou expresso, a situação social e econômica das partes envolvidas, bem como o grau de publicidade da ofensa. Tudo na forma do artigo 223-G, da CLT, incluído pela Lei nº 13.467, de 2017.

Responsabilidade subsidiária do shopping

A autora era empregada de uma empresa que prestava serviços ao centro comercial. Na qualidade de tomador dos serviços, o shopping Patio Savassi foi condenado de forma subsidiária, sendo a empregadora de forma principal, pelo pagamento da indenização por danos morais e também por direitos trabalhistas descumpridos. Entre estes, horas extras decorrentes da jornada das 12h às 22 horas, de terça a domingo, remuneração dobrada pelo trabalho em domingos e feriados e, ainda, a remuneração pelo tempo de intervalo intrajornada não respeitado. Em grau de recurso, os julgadores da Sexta Turma do TRT-MG mantiveram a sentença nesse aspecto.

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