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Novas adesões ao saque-aniversário do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) devem ser suspensas em março. O anúncio foi feito nesta terça-feira (24), pelo ministro do Trabalho, Luiz Marinho. Ele garantiu que os contratos em vigor não sofrerão interferência. 

Uma reunião do Conselho Curador do FGTS deve retomar o assunto no dia 21 de março. "Devemos acabar com esse formato de saque-aniversário. Os contratos que existem, não vamos criar distorção", confirmou Marinho ao Globo News.

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O ministro apontou que a modalidade proposta pelo governo Bolsonaro enfraqueceu o fundo para investimento dos próprios trabalhadores, para construir uma casa, por exemplo, e citou que o saque-aniversário vem sendo criticado, pois o dinheiro fica retido por dois anos em caso de demissão.

No Recife, entregadores por aplicativo iriam aderir ao movimento nacional de paralisação e realizar uma motociata nesta terça (24) pela regulamentação da atividade. Entretanto, a mobilização foi suspensa após um encontro de lideranças de todo o país com o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, que defendeu a pauta por melhores condições de trabalho.

O ato para o Recife anunciado pelo Sindicato dos Trabalhadores Entregadores, Empregados e Autônomos de Moto e Bicicleta Por Aplicativo de Pernambuco (Seambape) se concentraria pela manhã, na antiga fábrica Tacaruna, no bairro de Campo Grande, e seguiria até a sede do Ministério do Trabalho, na Avenida Agamenon Magalhães, bairro do Espinheiro.

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A conversa com o ministro, na última quinta (19), foi recebida pelos entregadores como um apoio do governo federal à regulamentação da atividade - ainda informal - e um aceno positivo ao interesse da classe por seguridade social. Ao final da reunião proposta pela Aliança dos entregadores por aplicativo do Brasil (AEA), Marinho chegou a citar a valorização dos profissionais e a importância da proteção social e previdenciária para eles e suas famílias.

O líder do Seambape, Rodrigo Lopes, participou do encontro com o ministro Marinho em Brasília. Ele disse que uma comissão será criada até o próximo dia 13 e que o primeiro debate sobre o assunto é esperado para a primeira semana de março.

Além de representantes dos entregadores e do governo federal, as empresas também vão participar da negociação por melhores condições de trabalho. A expectativa é que, em 60 dias, o Ministério do Trabalho apresente uma proposta de regulamentação fora do regime CLT.

Em audiência pública realizada na Câmara dos Deputados na última quinta-feira (16) para debater pontos da proposta do governo federal para reformar da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), o ministro do Trabalho Ronaldo Nogueira garantiu que as mudanças que estão sendo propostas asseguram direitos dos trabalhadores: “Estamos convergentes em um ponto: ninguém de nós quer tirar direito dos trabalhadores. Podemos ter opiniões diferentes, mas todos somos convergentes em não tirar direito do trabalhador, combater a precarização e trazer segurança jurídica”, afirmou ele.

O ministro disse ainda que o debate é benéfico, pois permite aprimorar o que foi apresentado pelo governo: "O diálogo social aprimora a proposta, que é ancorada em três eixos: consolidar os direitos, trazer segurança jurídica e criar oportunidade de ocupação para todos". 

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A audiência também contou com a participação do presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Ives Gandra da Silva Martins Filho, e do procurador-geral do Trabalho, Ronaldo Curado Fleury, que se colocou contrário à reforma que, para ele, não gera empregos nem crescimento econômico e precariza o trabalho. 

*Com informações do Ministério do Trabalho

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--> MPT: reforma trabalhista não vai gerar mais emprego

Na última segunda-feira (30) a justiça, através da 11ª Vara do Trabalho de Brasília, decidiu› manter a liminar que obriga a União e o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira (PT-RS), a publicar o Cadastro de Empregadores flagrados explorando mão de obra análoga à escravidão, conhecido como 'Lista Suja', em até 30 dias. Em caso de descumprimento da decisão, está prevista multa diária de R$ 10 mil, além da possibilidade da aplicação de outras medidas para a efetivação da liminar.

A liminar foi dada inicialmente em 19 de dezembro de 2016. A União recorreu com o argumento de que a portaria que determina a divulgação da lista suja "carece de reformulação e aperfeiçoamento" antes da divulgação. O entendimento do juiz do Trabalho Rubens Curado Silveira foi que "não se descarta a possibilidade de se aperfeiçoar as regras atuais relativas ao Cadastro, na certeza de que toda obra humana é passível de aprimoramentos. Tal possiblidade, contudo, não inibe o dever de publicação imediata do Cadastro, fundado nas normas atuais que, repita-se, aprimoraram as regras anteriores e foram referendadas pelo STF”.

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Ele afirma ainda que "a omissão na publicação do Cadastro acaba por esvaziar, dia a dia, a Política de Estado de combate ao trabalho análogo ao de escravo no Brasil, notadamente considerando que tal publicação perdurava há mais de uma década e é reconhecida, inclusive por organismos internacionais, como uma das medidas mais relevantes e eficazes no enfrentamento do tema”.

Entenda o caso 

A lista suja do trabalho escravo foi criada no ano de 2003. Em dezembro de 2014, um dos empregadores flagrados questionou a legalidade da lista no Supremo Tribunal Federal (STF) e o ministro Ricardo Lewandowski suspendeu a  divulgação. 

A União publicou nova portaria interministerial reformulando os critérios para inclusão e retirada de empregadores. O Ministério do Trabalho não fez mais nenhuma atualização, levando o Ministério Público do Trabalho a intervir junto ao Poder Judiciário.

A bancada do PDT tomou a posição que acha "a mais correta" na votação da Medida Provisória 665, que altera as regras de concessões de seguro-desemprego e abono salarial, e tem "autonomia para isso", disse ontem, 8, o ministro do Trabalho, Manoel Dias. Na votação de quarta-feira, todos os deputados do PDT, partido da base desde o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, votaram contra a MP, essencial para o ajuste fiscal.

Após participar de evento comemorativo aos 70 anos do fim da 2.º Guerra Mundial, no Rio, o ministro negou haver constrangimento com a decisão dos deputados do PDT."Quando aceitamos ingressar no governo, ainda no governo Lula, o partido colocou que iria participar de um governo plural e que o PDT tem suas causas pétreas e não iria renunciar a ela. O presidente Lula entendeu como uma posição partidária."

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A votação dos pedetistas foi entendida como indicação de que o partido poderá caminhar para a oposição, já que o caso se soma à recente declaração do presidente da sigla, Carlos Lupi, de que o PT "roubou demais". Na ocasião, o ex-ministro do Trabalho cobrou mais espaço dentro do governo. "Eu não quero um pedaço de chocolate para brincar como criança que adoça a boca. Eu quero ser sócio da fábrica, eu quero ajudar a fazer o chocolate", declarou em encontro com correligionários na semana passada, em São Paulo.

O atual titular da pasta relativizou, porém, a piora do mercado de trabalho, apontada pela alta da taxa de desemprego de 6,5% para 7,9% no primeiro trimestre deste ano, como revelou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o ministro, a crise política afeta a econômica. "Quanta gente está postergando a compra de um automóvel, de um apartamento? Investimentos que deveriam ser feitos não foram. Tivemos uma crise na maior empresa empregadora e investidora do País, que é a Petrobrás, mas ela está já voltando ao seu controle", disse o ministro.

Desestabilização

Segundo Dias, há setores querendo desestabilizar o governo com a crise política. "Nós que somos do PDT, que viemos do antigo PTB, conhecemos toda essa história. Fizeram com (o ex-presidente Getúlio) Vargas e com o presidente João Goulart a mesma coisa. Mudam os atores, mas o palco é o mesmo. Querem agora desestabilizar o governo da presidente Dilma, que foi eleita democraticamente, está aí com três, quatro anos de governo e está adequando o País a um novo momento."

Dias prevê melhora da economia no País no segundo semestre deste ano. "Todo ano, os primeiros meses do ano são os meses mais difíceis. A retomada chega no auge lá pelo mês de agosto", concluiu. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os ministros de Trabalho, Manoel Dias, e da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas, foram convidados a prestar esclarecimentos aos senadores sobre as mudanças em direitos trabalhistas e previdenciários, previstas nas Medidas Provisórias 664/2014 e 665/2014. Eles serão ouvidos durante uma audiência pública, na próxima terça-feira (7), na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), a partir das 10h.

A iniciativa de trazer os ministros para tratar das mudanças foi do senador Ronaldo Caiado (DEM-GO). As duas MPs foram enviadas ao Congresso pelo Executivo no fim do ano passado como parte de um ajuste fiscal para impulsionar a economia do país. As medidas promovem restrições na concessão de benefícios sociais, como abono salarial, pensão por morte, seguro-desemprego, seguro-defeso, auxílio-doença e auxílio-reclusão e estão sendo analisadas por comissões mistas.

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Regras previdenciárias

A MP 664/2014 muda as regras de direitos previdenciários como a concessão de pensão por morte e o auxílio-doença. Com a medida, a pensão por morte passou a só ser concedida ao cônjuge que comprove, no mínimo, dois anos de casamento ou união estável. Antes não havia exigência de período mínimo de relacionamento. Também passou a ser necessário comprovar 24 meses de contribuição para a Previdência.

Quanto ao auxílio-doença, o prazo para que o afastamento do trabalho gere direito ao benefício, pago pelo INSS, passou de 15 para 30 dias. Pela medida provisória, afastamentos de até 30 dias são de responsabilidade das empresas.

Direitos trabalhistas

Já a MP 665/2014 endurece as regras para a concessão do seguro-desemprego, do seguro-defeso para pescadores profissionais e do abono salarial. Entre as mudanças trazidas pelo texto está a adoção de um prazo de carência para acesso ao seguro-desemprego. Agora o trabalhador precisa ter, pelo menos, 18 meses de registro em carteira para pedir o benefício pela primeira vez. O prazo diminui para 12 meses no segundo pedido e só a partir da terceira vez se iguala ao prazo exigido anteriormente, de seis meses.

No caso do abono salarial, a regra atual garantia o benefício a quem ganhasse menos de dois salários mínimos e trabalhasse mais de 30 dias no ano. Com a MP, passa a ser exigida uma carência de seis meses para solicitar o benefício e ele será pago em valor proporcional ao tempo trabalhado – como ocorre com o 13º salário.

Com as duas MPs, o governo estima economizar R$ 18 bilhões por ano. Juntas, as medidas já receberam mais de 750 emendas e serão submetidas aos Plenários da Câmara e do Senado depois de examinadas nas comissões mistas especiais.

*Com informações da Agência Senado.

O líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno (PR), vai pedir à Comissão de Ética da Presidência que avalie o afastamento do ministro do Trabalho, Manoel Dias, suspeito de envolvimento num esquema para empregar militantes de seu partido, o PDT, como "fantasmas" em uma entidade que recebia recursos da pasta. Para o congressista, "o fato de a Polícia Federal solicitar judicialmente uma investigação contra o ministro é suficiente para a demissão."

Como o jornal O Estado de S. Paulo revelou nesta segunda-feira (3), a PF viu indícios da participação de Dias nas supostas irregularidades e pediu à Justiça Federal em Santa Catarina que remeta os autos ao Supremo Tribunal Federal (STF) para a abertura de um inquérito específico sobre a conduta de Dias. Como ministros têm foro privilegiado, só a corte em Brasília pode autorizar investigações criminais sobre eles.

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Bueno criticou a presidente Dilma Rousseff pela "frouxidão" ao manter o ministro no cargo, apesar das suspeitas. "O Palácio do Planalto precisa demiti-lo o mais rápido possível. Acredito que a Justiça dará a resposta necessária para o caso, mas isso pode demorar. A manutenção de Manoel Dias no cargo representa um grande desrespeito com o trabalhador e com toda a sociedade brasileira", disse o deputado.

Ex-integrantes do PDT em Santa Catarina, em depoimento à PF, confirmaram ter recebido pagamentos da ADRVale - entidade que era abastecida por recursos de convênios com o Trabalho -, sem prestar serviços para ela. O suposto esquema foi denunciado pelo ex-presidente da juventude pedetista em Santa Catarina, John Sievers Dias, em entrevista ao Estado publicada em setembro. Segundo ele, a ordem para receber da entidade sem trabalhar foi de Dias, na época presidente do PDT catarinense.

O ministro nega as irregularidades, atribuindo as denúncias a "fogo amigo". A ADRVale, hoje inativa, sustenta que não houve repasses para "fantasmas" e que todos os funcionários listados em sua folha de pagamentos trabalharam efetivamente.

O deputado federal Rubens Bueno (PPS-PR) afirmou que vai ingressar, nesta semana, com representação na Comissão de Ética do Palácio do Planalto exigindo o imediato afastamento do ministro do Trabalho, Manoel Dias. O parlamentar destacou que as denúncias e o fato da Polícia Federal solicitar judicialmente uma investigação contra o ministro são suficientes para a sua demissão. Bueno voltou a criticar a presidente Dilma Rousseff pela “frouxidão” ao insistir na manutenção de Dias no cargo.

Segundo Bueno, as apurações feitas pela PF, conforme revelado pelo O Estado de São Paulo na sua edição de hoje, apontam fortes indícios da participação do ministro em esquema para empregar militantes do PDT, como funcionários fantasmas, na ONG ADVale que possuía convênios com o ministério. Ele ressaltou a importância do trabalho judicial e da PF em relação ao caso, mas lembrou que o processo, por sua complexidade, pode demorar anos para ser concluído.

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“O Palácio do Planalto precisa demiti-lo o mais rápido possível. Acredito que a justiça dará a resposta necessária para o caso, mas isso pode demorar. A manutenção de Manoel Dias no cargo representa um grande desrespeito com o trabalhador e com toda a sociedade brasileira”, disse. O parlamentar lembrou que, no ano passado, havia cobrado a demissão de Dias diante dos escândalos de corrupção que já batiam às portas do ministério do Trabalho e apontavam para a participação do ministro. Na ocasião, Bueno classificou a atitude de Dilma Rousseff de “frouxa”.

“Naquele momento toda a equipe do ministro estava envolvida com o esquema e já haviam fortes indícios da participação do Dias no episódio. Agora temos a PF pedindo o  seu indiciamento por acreditar no seu efetivo envolvimento. A presidente Dilma deveria dar uma resposta a altura e não tolerar práticas de corrupção, mas faz justamente o contrário”, criticou.

*Com informações da Assessoria de Imprensa

O ministro do Trabalho, Manoel Dias, afirmou nesta sexta-feira que o Brasil "está conseguindo se isolar dessa crise que afeta o mundo", durante participação no programa Bom Dia Ministro. "Vivemos no mundo uma crise. O Brasil está se diferenciando dos demais países pela sua capacidade de gerar empregos e desenvolver políticas sociais de distribuição de renda", disse.

Dias falou que em reuniões do G-20 e da Organização Internacional do Trabalho (OIT), o Brasil "foi considerado o País que adotou um modelo econômico que realmente conseguiu superar essa crise" e citou que há 200 milhões de desempregados no mundo. "O desemprego na juventude hoje assume cifras extraordinárias. É difícil entender que não tenhamos sido afetados pela crise", disse.

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"Temos hoje políticas publicas diferenciadas porque o Brasil resolveu não adotar política recessiva que já há alguns anos atrás nós tivemos, com o FMI (Fundo Monetário Internacional) impondo políticas recessivas. Essas políticas levam ao desemprego", defendeu. "Acreditamos que no decorrer deste ano, alcançaremos 5 milhões de novos empregos no governo Dilma", declarou. Ele afirmou ainda que o salário real tem aumentado no País.

Seguro-desemprego

Dias afirmou também que uma comissão técnica formada para tratar do cálculo do seguro-desemprego apresentará parecer nesta sexta-feira ou na segunda-feira, 30. Depois disso, sairá decisão sobre a posição a ser defendida no próximo 31 de julho na reunião do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat). Perguntado se tem aval da presidente Dilma Rousseff para defender mudança no cálculo, Dias afirmou não ter conversado com ela sobre o assunto.

Questionado se houve "confusão" entre os ministérios do Trabalho e da Fazenda sobre o assunto, Dias negou, afirmou que o diálogo com a Fazenda está bem, mas que existem posições divergentes. "Cada um tem que se fundamentar bem nas razões que quer defender", disse. "Eu tenho pessoalmente um posicionamento. Eu sou a favor dos trabalhadores. Eu não posso ser diferente da origem que eu tenho, eu estou ali defendendo um partido trabalhista", afirmou. Dias disse, entretanto, que sairá "uma posição de governo". "Essa discussão tem que ser feita como parte de política de governo. A discussão é fundamental. Não podemos criar posições intransponíveis", afirmou.

Nesta quinta-feira, 25, Dias se reuniu com o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Ao deixar o encontro, afirmou que há uma comissão de trabalho discutindo o assunto e calculando se há a necessidade de novos aportes do Tesouro com o reajuste do seguro-desemprego para benefícios acima de um salário mínimo.

No início desta semana, o Ministério da Fazenda negou que houvesse decisão tomada a respeito da mudança de fórmula de reajuste do seguro-desemprego. Segundo a pasta, não seria conveniente aumentar despesas nesses momento. Antes disso, no mesmo dia, o secretário de Políticas Públicas e Emprego do Ministério do Trabalho, Sérgio Vidigal, havia informado que o governo deveria mudar a fórmula de correção do seguro-desemprego a partir de agosto, após aprovação da medida na próxima reunião do Codefat, marcada para 31 de julho.

Veto

O ministro do Trabalho afirmou também que é viável a possibilidade de parlamentares derrubarem o veto da presidente Dilma Rousseff ao projeto que prevê o fim da multa adicional de 10% do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). "O Congresso é soberano", afirmou. "Às vezes é difícil a democracia, mas é a melhor das práticas", completou.

Questionado se temia perder apoio de empresários que querem o fim da multa, Dias afirmou que "isso é fundamental para que o empresariado cresça e para que a economia cresça" e negou que pequenos e médios seriam mais prejudicados. Nesta quinta-feira, Dilma vetou a proposta, que, se fosse sancionada, retiraria R$ 3 bilhões anuais dos cofres da União. O texto previa o fim da cobrança da contribuição a partir de 1º de junho deste ano.

Emprego

Dias defendeu que o crescimento do emprego no País é "suficiente" e mencionou a previsão de crescimento da economia de 3% para este ano. "O crescimento do emprego vem de acordo com nosso crescimento, o que tem sido suficiente, porque temos o melhor índice de emprego da história do nosso País", afirmou.

Dias afirmou que o Brasil tem realizado investimentos em todas as áreas e citou o setor portuário e obras de mobilidade urbana. "Vamos consolidar esse crescimento. São investimentos em infraestrutura que vão gerar outros negócios", disse. "Vamos torcer contra, mas não tanto", criticou, em referência aos que ele chama de "pessimistas".

Questionado sobre o desemprego entre jovens, ele disse que o índice "é alto no mundo todo" e que o governo está propondo políticas de qualificação. "A ordem da presidenta é ir pra rua responder as demandas da população, que pediu serviços de melhor qualidade", argumentou. Ele citou que o governo elabora um projeto para melhorar as condições físicas de atendimento ao trabalhador.

Terceirização

O ministro afirmou que a terceirização do trabalho é uma realidade no Brasil e que tem que ser resolvida. "Temos que regulamentar. Melhor se for com acordo entre empregadores e trabalhadores", disse. Ele citou um projeto que tramita no Congresso Nacional desde 2004 sobre o assunto, cujo parecer deve ser votado no dia 13 de agosto, após o recesso dos parlamentares. "Conseguimos adiar votação do parecer. Temos realizado reuniões quase que permanentes na busca de um entendimento. Estamos na fase da discussão e do entendimento", disse. O grupo que estuda o assunto inclui, segundo Dias, o Congresso, patrões, empregados e governo. "São interesses conflitantes, cada um defende sua posição, mas não tem coisa melhor que o diálogo."

Trabalho infantil

Dias lembrou que ocorrerá, em outubro, a terceira Conferência Global do Trabalho Infantil. "O Brasil tem sido elogiado nessa questão em organismos internacionais. O governo da presidenta Dilma tem investido muito na busca de solucionar esse problema. A prioridade dela é educação", disse.

O Ministro do Trabalho, Manoel Dias, disse, ao chegar na festa do Dia do Trabalho da CUT, em São Paulo, que a regulamentação da PEC das domésticas deve ser aprovada "em tempo recorde". "O Congresso está com muita pressa e deve aprovar, em uma atitude recorde, as emendas para a aplicabilidade total da PEC 72, que é PEC das domésticas", afirmou.

Segundo o ministro, a PEC deve ser aplicada de maneira tranquila. "É um assunto que gerou interesse muito grande, pois afeta a vida de todos nós. Acredito que vai ser uma aplicação tranquila".

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Dias reforçou a disposição da presidente Dilma Rousseff de tratar da pauta trabalhista. "Ela vai se encontrar com as centrais no dia 14 de maio", confirmou.

O ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, ouviu nesta terça-feira o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), presidente da Força Sindical, classificar o governo da presidente Dilma Rousseff de "lamentável", no primeiro encontro com a central desde que tomou posse, no dia 16. "O governo Dilma vive muito do passado. (A presidente) falou 11 vezes do Lula (ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva) ontem (em discurso de 50 minutos em Pernambuco). Por que não volta o Lula, já que ela não tem governo? Fala só do passado. Queremos saber do governo dela, que tem sido lamentável", afirmou Paulinho, em evento na sede da Força, em São Paulo.

Ele disse até mesmo que o PDT precisa repensar a aliança com o PT para a sucessão presidencial de 2014. Paulinho disse que a gestão Dilma não é "nem perto" o que foi a administração Lula. "Eu estou muito insatisfeito com o governo. Ele não atendeu nada das reivindicações dos trabalhadores, não resolveu o fim do fator previdenciário, não resolveu o aumento dos aposentados, não resolveu as 40 horas. Além disso, a política econômica é um desastre, a indústria está quebrando."

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Em discurso, o deputado do PDT de São Paulo defendeu o ex-ministro do Trabalho Carlos Lupi. "O Lupi caiu não porque é corrupto, mas porque tinha lado (o dos trabalhadores). Quando se tem lado no Brasil, apanha-se muito. A elite brasileira não aceita quem defende causas." Paulinho criticou o ex-ministro do Trabalho Brizola Neto (PDT-RJ), dizendo: "Fui um dos que mais defendi a ida do Brizola para o ministério e fui o primeiro a pedir para derrubar porque ele não tem lado. Esperamos que você (ministro) seja nosso porta-voz no governo."

Dias discursou logo após o deputado do PDT, mas evitou entrar em polêmica. O ministro do Trabalho e Emprego afirmou que tem a missão de recuperar o prestígio da pasta. "O desafio envolve o dia a dia dos trabalhadores. O ministério tem de agir como interveniente num grande debate entre patrões e empregados, buscando ampliar direitos, buscando condições para que o País cresça com a participação de todos." Questionado sobre se promoveria mudanças na Secretaria de Relações do Trabalho (SRT), Dias afirmou que ainda não teve tempo de analisar.

Conquistas

Paulinho declarou que a proposta que dá novas prerrogativas trabalhistas aos empregados domésticos, igualando-os aos demais trabalhadores privados, em votação no Senado, faz parte da luta histórica das centrais que deve beneficiar 7 milhões de assalariados. "Agora, uma coisa é aprovar a lei, outra é implementá-la." O deputado adiantou que, em evento programado para celebrar o Dia do Trabalho, no dia 1.º, o foco será a manutenção dos direitos, por meio da comemoração dos 70 anos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Na reunião que aconteceu com o Ministro do Trabalho, Brizola Neto (PDT) e representantes dos trabalhadores de Suape, o deputado federal e presidente nacional da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva (PDT-SP)denunciou abuso de poder praticado pela polícia e os empregadores. “Vou pedir uma investigação sobre o tratamento entre policia e trabalhadores, pois lá em Suape está acontecendo uma parceria estranha. Policiais realizando tráfico, perseguindo as pessoas e proibindo a distribuição de panfletos. Eles tratam os trabalhadores como escravos, mas não vamos permitir isso, temos provas em vídeo”, declarou.

O pólo Petroquímico de Suape gera cerca de 55 mil empregos  e alguns grevistas são coagidos por policiais e a guarda patrimonial das empresas. Segundo Paulinho da Força Sincidal, somente uma empresa demitiu mais de 400 trabalhadores que aderiram a greve. “Alguns policiais fazem um serviço sujo, mas vamos convocar os patrões e o chefe da policia em Pernambuco para explicarem o que está acontecendo.”

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Acompanhamento - Já o ministro do trabalho reforçou que irá tratar com os patrões especificamente duas revindicação dos trabalhadores. “Primeiro vou falar sobre a equiparação salarial e resolver toda essa situação de mal tratos. Em segundo lugar assumo a responsabilidade para que as empresas assinem um carta compromisso de boas praticas na construção civil.”

Brizola Neto deverá montar no ministério trabalho um comissão de acompanhamento para verificar se os compromissos firmados estão sendo cumpridos. “uma vez por mês virei até Suape para conversar com as lideranças sindicais. É preciso respeitar as instituições. Dessa forma gostaria de produzir hoje mesmo um acordo entre os patrões e os empregados”, afirmou.

Como representante do Governo do Estado na reunião, o secretário de Articulação Social, Sileno Guedes (PSB), falou sobre as denuncias de mal tratos por parte dos policiais aos trabalhadores de Suape. “Policia deve garantir proteção do patrimônio e a integridade física das pessoas. Recebemos essas informações e vamos encaminhar ao secretário de defesa social Wilson Damázio para que ele possa tomar a atitude correta”, defendeu Sileno.

Greve - Até o momento alguns trabalhadores entraram em acordo e o diálogo entre os empregados e patrões continua na Superintendência do Ministério do Trabalho que fica na cidade do Recife. Foram acertados o piso salarial de 13 categorias como a de operador de escavadeira, torneiro mecânico,operador de motoniveladora. Os ajustes salariais de outras 19 funções continuam sendo discutido por intermédio do Ministro do Trabalho, Brizola Neto.

O ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, disse nesta terça-feira que o novo ministro do Trabalho, Brizola Neto, agirá com transparência no trato com as centrais sindicais e defendeu ainda que as entidades tenham uma relação de independência com o governo federal.

"É importante que as centrais mantenham sua independência, sua autonomia. Não queremos um ministério aparelhado pelas centrais, queremos um ministério que dialogue com as centrais", afirmou o ministro após participar da comemoração do 1º de Maio promovido pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) em São Paulo.

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Nesta quarta-feira, um dia antes de sua posse, Brizola Neto terá uma conversa informal com a CUT, em Brasília. "Já temos a reivindicação de que ele trate as centrais sindicais de forma igualitária e não privilegiando esta ou aquela central sindical", afirmou Artur Henrique, presidente da CUT. Entre os temas que serão cobrados do novo ministro estão a revisão da jornada de trabalho para 40 horas, o fim do fator previdenciário e a autonomia das centrais sindicais.

Em sua passagem pela festa da CUT, o ministro Gilberto Carvalho aproveitou para negar que o governo federal tenha a intenção de flexibilizar a CLT, permitindo que empresas e sindicatos fechem acordos sobre direitos trabalhistas com regras mais elásticas. "Não tem nada de flexibilização. Ao contrário das leis anteriores, que tentaram flexibilizar para baixo, o projeto traz ganhos para os trabalhadores", ressaltou o ministro. O projeto de Acordo Coletivo Especial está, segundo Carvalho, em análise na Casa Civil. "Nós esperamos em breve enviá-lo ao Congresso", completou.

Brasília - A permanência de Carlos Lupi no cargo de ministro do Trabalho foi criticada de forma veemente por um de seus colegas de partido, senador Pedro Taques (MT), hoje (16). Taques também quer que Lupi se afaste enquanto são apuradas as denúncias que envolvem a relação do ministério com organizações não governamentais. Além disso, o senador propõe que o PDT entregue os cargos que tem na administração federal, mas permaneça na base aliada do governo.

“Esse aparelhamento do Estado por partidos políticos não é republicano. Eu defendo que Lupi seja afastado. As denúncias são graves e devem ser apuradas. É isso que eu defendo sem pré-julgado. Quando se trata de dinheiro público, eu defendo que tudo seja apurado”, disse o senador.

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Taques também criticou a postura de alguns deputados do PDT, que ameaçam deixar a base governista se o ministro for demitido. “Eu não participo de ameaças. Se, politicamente, [o partido] entender que tem de sair da base, isso tinha que ser feito antes. Não é agora, porque tem esse fato, que vamos alegar que vamos sair da base. Fica sem tempo e se entende que partido pode fazer chantagem, e essa não é a função de um partido político”.

Ele apoiou a iniciativa da senadora Ana Amélia (PP-RS), que também apresentou requerimento convidando Lupi para dar explicações no Senado sobre as denúncias contra ele. Na tribuna, hoje, a senadora gaúcha alegou que os escândalos paralisam a pasta. “A vinda do ministro é inadiável pelo acúmulo de denúncias públicas. Sempre que um ministro está envolvido em denúncias, fica difícil ao governo tocar os projetos do ministério”, disse a senadora.

A oposição também faz pressão contra o ministro. O líder do PSDB, senador Álvaro Dias (PR), foi novamente à Procuradoria-Geral da República dar entrada em uma representação contra o ministro do Trabalho por crime de responsabilidade. Desta vez, Dias acusa Lupi de mentir sobre o uso de um avião supostamente alugado por um empresário, dono de organizações não governamentais conveniadas ao ministério do Trabalho. Contra o ministro pesam ainda acusações de que recebeu indevidamente diárias pagas pelo ministério e de que pessoas ligadas a ele cobravam propina para liberar recursos da pasta.

Amanhã (17) de manhã, Carlos Lupi irá ao Senado para dar mais explicações. O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), disse que a permanência dele no governo dependerá do convencimento dos senadores a partir dos esclarecimentos do ministro. “Acredito que é possível superar esse problema se as explicações forem dadas de maneira convincente”.

Brasília - O presidente em exercício do PDT, deputado André Figueiredo (CE), disse que o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, deverá continuar à frente da pasta. Ele se reuniu no início da tarde com Lupi. Mais cedo, o ministro esteve com a presidenta Dilma Rousseff. Após a reunião, Lupi disse a Figueiredo e a outros pedetistas que a presidenta “ratificou a confiança no seu trabalho e disse que não via nenhum motivo para substituí-lo”, disse Figueiredo.

Figueiredo informou que Lupi está tranquilo e que conta com a confiança da presidenta e com total apoio da bancada para continuar no cargo. “Confiamos plenamente que o ministro não cometeu nenhuma ilegalidade”. Segundo o pedetista, o ministro disse que amanhã (17), no Senado, vai dar todas as explicações sobre as denúncias.

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Apesar da confiança do partido, Figueiredo disse que amanhã, após a audiência de Lupi no Senado, a Executiva Nacional do PDT e as bancadas na Câmara e no Senado vão se reunir para tomar uma posição sobre a situação que o ministro vem enfrentando. “Queremos saber se ele deve ou não continuar a frente do Ministério”. Figueiredo confirmou a presença de Lupi na reunião.

Perguntado se o PDT indicaria um substituto, caso o ministro deixe a pasta, Figueiredo disse que “essa é uma tese completamente impensável por parte do partido. O ministro Lupi saindo eventualmente do governo, o PDT não precisaria de indicar um substituto para ele. O que move o partido são causas, desde a época do Brizola, e temos a convicção que o Lupi desenvolveu um trabalho que deixa marcas”. Segundo o presidente do PDT, mesmo com a eventual saída de Lupi do ministério, o partido continuará na base de apoio do governo.

Hoje, a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara aprovou requerimento de convocação do ministro para prestar esclarecimentos aos deputados sobre as denúncias. A data ainda não foi marcada.
 

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