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Em meio ao ambiente de pânico envolvendo ameaças e casos de violência no ambiente escolar, o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) anunciou nessa quarta-feira (12) a edição de uma nova portaria com uma série de obrigações para as plataformas de redes sociais. De acordo com o ministro Flávio Dino, a norma assinada por ele traz "medidas práticas e concretas" de regulação do serviço prestado pelo setor, com foco específico na prevenção de violência contra escolas. Nas últimas semanas, ocorreram dois atentados desse tipo e ameaças de ataques têm se propagado no país inteiro.

"Pela primeira vez temos um regramento claro de como combater condutas a partir da responsabilização das empresas, que, durante anos, disseram que elas eram neutras e que, portanto, elas não eram responsáveis. E são. O que a portaria afirma é que são responsáveis politicamente, socialmente e juridicamente. Porque essas empresas são prestadoras de serviços, eles selecionam conteúdo que nós visualizamos, eles impulsionam conteúdos, eles influenciam, portanto, no conteúdo que circula na internet", afirmou em coletiva de imprensa para anunciar a medida.

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A portaria prevê, por exemplo, que a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), órgão do Ministério da Justiça, instaure processos administrativos para apuração de responsabilidade de cada empresa em relação à eventual violação do que o ministro chamou de "dever de segurança e de cuidado" das plataformas em relação a conteúdos violentos contra comunidades escolares. É no âmbito desses processos que as plataformas deverão atender a diversas requisições da pasta prevista na norma, como, por exemplo, a obrigação de apresentar relatórios de avaliação de riscos sistêmicos sobre propagação de conteúdos ilícitos, informações sobre risco de acesso de crianças e adolescentes a conteúdos inapropriados para idade, além de conteúdos considerados ilegais, nocivos e danosos, segundo a portaria.

A Senacon também poderá requerer informações sobre risco de propagação e viralização de conteúdos e perfis que exibam extremismo violento, incentivem ataques ao ambiente escolar ou façam apologia e incitação a esses crimes ou a seus perpetradores.

O descumprimento das medidas, segundo o ministro Flávio Dino, poderá acarretar aplicação de multas que podem chegar a R$ 12 milhões ou, nos casos mais graves, até mesmo na suspensão administrativa dos serviços das redes sociais no país.

"O que desejamos é a adequação desses serviços. Mas, o processo administrativo estará instaurado e, claro, se não houver o atendimento dessa normatividade ditada sobre violência contra escolas, o processo administrativo vai adiante para que haja aplicação dessas sanções, que vão desde multas até, eventualmente, a suspensão das atividades", ressaltou Dino. Apesar de ser editada em contexto de crise, a portaria tem prazo indeterminado.

Identificação de autores

Outra determinação da portaria exige o compartilhamento, entre as plataformas de redes sociais e as autoridades policiais, de dados que permitam a identificação do usuário ou do terminal da conexão com a internet que o usuário disponibilizou o conteúdo considerado violento contra escolas. Este trabalho ficará sob coordenação da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), também vinculada ao MJSP.

Também segundo a portaria, a Senasp poderá determinar às plataformas que impeçam a criação de novos perfis a partir dos endereços de protocolo de internet (endereço IP) em que já foram detectadas atividades ilegais, danosas e perigosas.

Ainda de acordo com a portaria, a Senasp vai instituir um banco de dados de conteúdos ilegais, contendo links, imagens, vídeos, entre outros, com o objetivo de facilitar a identificação pelos sistemas automatizados das plataformas, para que sejam rapidamente removidos.

A portaria não determine prazos específicos de remoção, mas o ministro da Justiça disse que deverá adotar como padrão o prazo máximo de duas horas, o mesmo usado pela Justiça Eleitoral, durante as eleições de 2022, para a retirada de conteúdos ilegais nas redes sociais.

Preocupação

A decisão de regular redes sociais por meio de uma portaria ministerial, e não uma lei, levantou preocupações de especialistas e entidades da sociedade civil, apesar da situação de emergência envolvendo atos e ameaças de violência nas escolas. A própria regulação ampla das redes sociais está em discussão atualmente no Congresso Nacional, e é defendida pelo atual governo, que apresentou sugestões ao Projeto de Lei 2.630/2020 ainda no mês passado.

"O Estado deve sim olhar para essa questão das escolas com a urgência que ela merece, mas me parece preocupante que, em meio a esse processo de discussão regulatória no Congresso, uma única pasta do governo federal adote uma portaria que prevê medidas muito duras, como a possibilidade de sanções com bloqueio do serviço", aponta a jornalista e pesquisadora Bia Barbosa, representante do terceiro setor no Comitê Gestor da Internet (CGI.br) e integrante do coletivo DiraCom - Direito à Comunicação e Democracia.

Para Bia Barbosa, o maior problema é a escolha do instrumento legal de regulação. "Hoje temos um governo comprometido com a democracia, mas se a gente muda de contexto, um governo autoritário poderia usar esse tipo de instrumento com sérias ameaças à democracia", pondera. Segundo a pesquisadora, o ideal teria sido o envolvimento de outros órgãos, incluindo o próprio Poder Judiciário, a quem deveria caber ordens de remoção. "Acho que essa seria uma tarefa para a Procuradoria de Defesa do Estado Democrático de Direito, da Advocacia Geral da União, que poderia acionar a Justiça para dar ordens de remoção num curtíssimo prazo, sem ser um ato administrativo unilateral e sem prazo determinado".

A pesquisadora defende ainda que o Brasil crie, assim como a União Europeia - citada por Flávio Dino como referência regulatória -, um órgão com atribuição legal para orientar as plataformas no âmbito da moderação de conteúdos. "Em um contexto de crise como este, um órgão regulador poderia adotar medidas excepcionais de definição moderação de conteúdo, num determinado contexto e intervalo de tempo, mas não o governo de plantão. Os padrões internacionais restringem esse tipo de atuação por parte de governantes do Poder Executivo por entender que isso causa um risco excessivo ao exercício da liberdade de expressão", observa.      

A proposta de regulação das plataformas de redes sociais apresentada pelo governo prevê a criação de uma autoridade supervisora independente, nos moldes de outras experiências internacionais.

Rondas escolares

Nessa terça-feira (11), o ministro Flávio Dino assinou um edital de chamamento público para ampliar o programa de segurança nas escolas. Ao todo, serão investidos R$ 150 milhões com recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP). As secretarias de segurança de estados e municípios, ou equivalentes, poderão apresentar projetos em seis diferentes áreas temáticas.

Canais

Denúncias sobre ameaças de ataques podem ser feitas ao canal Escola Segura, criado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, em parceria com a SaferNet Brasil. As informações enviadas ao canal serão mantidas sob sigilo e não há identificação do denunciante.

Acesse o site para fazer uma denúncia.

Em caso de emergência, a orientação é ligar para o 190 ou para a delegacia de polícia mais próxima.

O Conselho Federal de Medicina (CFM) decidiu suspender a resolução que restringia a prescrição de canabidiol, composto feito a partir da planta cannabis sativa (maconha), após reunião extraordinária nesta segunda-feira (24). O CFM havia editado a norma havia dez dias e enfrentou fortes críticas de especialistas e parentes de pacientes que dependem do composto.

Em nota pública, o conselho esclareceu que os termos da norma do dia 14 de outubro estão suspensos, "ficando sob responsabilidade do médico a decisão pela indicação do uso do canabidiol nas apresentações autorizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)".

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Na semana passada, o CFM já havia decidido rediscutir o tema por meio de consulta pública. A posição desta segunda-feira reafirmou a possibilidade de participação popular para recebimento de contribuições sobre o assunto. "Os interessados terão 60 dias - de 24 de outubro a 23 de dezembro de 2022 - para apresentar suas sugestões através de uma plataforma eletrônica desenvolvida pelo CFM."

Os interessados, informou o conselho, podem se posicionar sobre cada um dos artigos e parágrafos da Resolução CFM nº 2.324/2022, devendo informar alguns dados de identificação. "Depois dessa etapa, o usuário será automaticamente conectado ao sistema, tornando-se apto a apresentar suas propostas. As informações, que servirão de subsídio ao CFM, serão tratadas sob os critérios de sigilo e anonimato."

Norma enfrentou críticas

Publicada no dia 14 de outubro no Diário Oficial da União (DOU), a norma do CFM foi recebida com críticas por parte de especialistas.

Pela norma agora suspensa, o conselho autorizava a categoria médica a prescrever o produto somente para o tratamento de epilepsias da criança e do adolescente associadas às síndromes de Dravet e Lennox-Gastaut e ao Complexo de Esclerose Tuberosa - e somente nos casos em que o paciente não tiver apresentado bons resultados com os tratamentos convencionais.

Para a Associação Brasileira de Apoio Cannabis Esperança (Abrace), a resolução era controversa e as "vedações interferem na realização do tratamento de vários pacientes e proíbem a propagação de conhecimentos canábicos importantes para médicos e pacientes", segundo informou na oportunidade da divulgação da portaria.

A principal controvérsia apontada pelos críticos da resolução era o fato de já haver 18 produtos de cannabis medicinal aprovados no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), inclusive um medicamento indicado para o tratamento da rigidez associada à esclerose múltipla. (Colaboraram Fabiana Cambricoli, Roberta Jansen e Marco Antônio Carvalho)

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) publicou em seu catálogo a nova norma para definir tamanho de roupas femininas, incluindo as dimensões em centímetros de cada peça e não somente por número ou letra

A superintendente do Comitê Brasileiro de Têxteis e do Vestuário da ABNT, Maria Adelina Pereira, disse à Agência Brasil que todo o conjunto de normas sobre medidas de corpo nos segmentos masculino, feminino e infantil já era um “sonho e um desejo” da entidade para atender ao mercado. Segundo ela, o grande desafio era a questão de o Brasil ser um país continental, com miscigenação ampla e, ao mesmo tempo, oferecer biotipos das mais diferentes etnias. “Essa era a grande dificuldade”, disse.

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De acordo com Maria Adelina, havia empresas que desejavam essa norma como uma orientação e outras que preferiam ter o cliente no provador. A pandemia Covid-19 demonstrou como é difícil levar o cliente ao provador que, em muitos casos, não tem espaço desejado. Ainda segundo a superintendente, tem a questão do suor e da maquiagem que podem manchar as peças que estão sendo provadas. “Tudo isso é uma grande motivação para se tentar reduzir a ida ao provador.” 

A superintendente destacou também que, “com o advento do e-commerce [comércio eletrônico] explodindo na pandemia, se viu que é possível fazer uma venda sem, necessariamente, a pessoa entrar na roupa e aprovar a compra. Isso foi muito positivo e fez com que as marcas, as lojas, as fábricas, vissem que o sistema de vestibilidade, que consiste em declarar a medida que a modelista utilizou, é muito útil”.

Consenso

Antes da publicação, a norma passou por vários estudos e por duas consultas nacionais até que o comitê chegasse a um consenso, para que o texto pudesse virar um documento técnico para a sociedade. A norma é voluntária. A confecção ou marca adere se quiser. 

Maria Adelina disse, contudo, que a adesão tem sido grande por parte das empresas, que estão entrando em contato com a ABNT no sentido de, principalmente, comparar o que elas praticam atualmente nas suas tabelas de medida com o seu perfil de público para ver se estariam dentro do que a norma sugere na tabela de exemplos e medidas para o corpo retangular e para o corpo colher. Esses dois modelos representam 80% da população feminina brasileira, segundo pesquisas levantadas para o estabelecimento da norma. “Há uma grande curiosidade nesse sentido”, disse. 

A superintendente disse que não houve manifestações contrárias.

O corpo retângulo predomina nos quase 10 mil corpos que foram medidos em todo o Brasil pelo Senai Cetiqt. As medidas de busto, cintura e quadril têm diferenças muito pequenas, que acabam estabelecendo essa figura geométrica. Já o corpo colher não é reto do busto à cintura, mas apresenta diferença muito significativa para o quadril.

Maria Adelina disse que a centimetragem é um sistema já adotado em outros países, como os Estados Unidos, por exemplo. “Facilita muito”, disse. 

As peças têm tags, ou etiquetas, que orientam os consumidores na hora da compra, informando medidas de tórax, no caso de homens, por exemplo; de estatura, no caso de crianças. “Nessa indicação da vestibilidade, a centimetragem ajuda muito na escolha, na redução de troca na loja, no acerto para quem dá um presente”. 

Maria Adelina não duvida que a tendência será de adoção da nova norma pelo setor têxtil e de vestuário.

Posicionamento

A publicação da norma é resultado de um amplo estudo conduzido pelo Comitê Brasileiro de Têxteis e do Vestuário da ABNT com representantes do setor, como o Senai Cetiqt, modelistas, entidades como a Associação Brasileira do Plus Size (ABPS) e de redes varejistas. 

Ao determinar a forma do corpo e indicar medidas apropriadas, o novo sistema permite que o cliente escolha o seu tamanho adequadamente, explicou a superintendente Maria Adelina. 

A norma sugere dimensões em centímetro para cada biotipo, levando em conta desde o perímetro da cabeça, pescoço, ombros, busto, cintura, quadril, costas, coxa, joelho, panturrilha até o tornozelo.

A jornalista e consumidora Flávia Ghiurghi aprovou a norma. Em depoimento à Agência Brasil, ela destacou que a iniciativa da ABNT “vem bem a calhar para nós". "Diferentemente das francesas, por exemplo, que, de modo geral, têm um padrão de corpo mais esbelto, as brasileiras são mais curvilíneas. Aqui, o biotipo da maioria das mulheres é caracterizado por quadris largos, coxas grossas, bumbum grande. Eu, por exemplo, uso calça do 36 ao 42, dependendo da marca. Na parte de cima, as blusas vão do P ao GG. Acho um absurdo não ter uma padronização nos tamanhos das roupas. As lojas de grife praticamente vendem peças para modelos. O número 40 é referente ao 36. Costumo comprar bastante em lojas online e acabo me baseando mais nos comentários das clientes do que nos tamanhos indicados das peças”. 

Flávia acredita que, se essa norma da ABNT for realmente aplicada, “vai ser muito mais fácil comprar a roupa certa para cada tipo de corpo”.

A Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) disse que “a norma é pública e acessível pelas empresas interessadas". "A Abit faz a divulgação, assim como faz com temas de interesse do setor.” 

O ABTN Catálogo pode ser adquirido ao preço de R$ 166,85. A norma é cobrada por se tratar de um direito autoral.

O líder do PSB na Câmara, deputado Alessandro Molon (RJ), apresentou nesta segunda-feira (24) um projeto de decreto legislativo para derrubar a instrução normativa da Polícia Federal que afrouxou trâmites para concessão de registros de armas de fogo e ampliou o limite de armamentos por pessoa.

No texto, o parlamentar sustenta que o dispositivo extrapola seu poder de regulamentar ao alterar limites estabelecidos no Estatuto do Desarmamento. "Para além da inovação, a instrução vai de encontro ao espírito da Lei ao invés de garantir sua fiel execução", argumenta Molon.

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Os projetos de decreto legislativo são aprovados por maioria simples de votos e viram lei sem precisar passar pela sanção do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que defende o uso de armas pela população.

A instrução normativa contestada pelo deputado foi formalizada pela Polícia Federal na última quinta, 20, para regulamentar um decreto do governo, publicado em maio do ano passado, que já previa a concessão do registro de até quatro armas por pessoa. Além de dobrar o limite para aquisição de armamentos, a norma também amplia para dez anos a validade de inscrição das armas, diminui a exigência de documentos para emissão do cadastro e elimina a necessidade de observar intervalos entre os pedidos de registro.

A instrução autoriza ainda o treinamento mensal, no lugar do semestral, a quem tiver arma de fogo, 'com a possibilidade de utilização do armamento pessoal', e flexibiliza o deslocamento para prática de tiro ou conserto do equipamento de duas para 12 vezes por ano (uma vez por mês).

A corporação sustenta que o objetivo da medida é 'desburocratizar' o posse e porte de armas no País.

Principais pontos da Instrução Normativa 174:

Autorização para aquisição de até quatro armas de uso permitido;

Ampliação do prazo de validade do registro para dez anos;

Fim da exigência de documentos já existentes em sistemas da PF;

Acompanhamento pela internet de todo o processo de aquisição, registro e porte de armas;

Autorização de treinamento mensal, no lugar do semestral, aos cidadãos que possuem arma de fogo, com a possibilidade de utilização de armamento próprio;

Liberação de deslocamentos com armas para treinamento ou conserto 12 vezes ao ano (uma por mês);

Policiais penais (agentes penitenciários, carcereiros) passam a ter as mesmas prerrogativas dos demais policiais;

Guardas de cidades de 50 a 500 mil habitantes ganham autorização para portarem armas fora de serviço;

Flexibilização da consulta de antecedentes com o fim da exigência de apresentação de certidão negativa, substituída por declaração, que comprove ausência de inquéritos policiais ou processos pelo solicitante de registro;

Reavaliação (psicológica e técnica) de policiais aposentados, antes obrigatória a cada cinco anos, passa a ser feita em intervalos de dez anos;

Proprietários que tiverem as armas apreendidas ou arrecadadas por registro vencido poderão escolher entre regularizar em 60 dias, ganhar indenização pela entrega ou vender a terceiros.

Conforme anunciado nesta quinta-feira (20) pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o governo formalizou autorização que dobrou o limite para aquisição de armas de fogo pelos cidadãos.

A Polícia Federal baixou instrução normativa para regulamentar um decreto, publicado em maio do ano passado, que já previa a concessão do registro de até quatro armas por pessoa. A nova norma também amplia para dez anos a validade da inscrição dos armamentos, diminui a exigência de documentos para emissão do registro e elimina a necessidade de observar intervalos entre os pedidos de aquisição.

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A instrução autoriza ainda o treinamento mensal, no lugar do semestral, a quem tiver arma de fogo, 'com a possibilidade de utilização do armamento pessoal', e flexibiliza o deslocamento para prática de tiro ou conserto do equipamento de duas para 12 vezes por ano (uma vez por mês).

A corporação sustenta que o objetivo da medida é 'desburocratizar' o posse e porte de armas no País.

Na live de ontem, Bolsonaro comentou sobre o dispositivo. O presidente defendeu que a instrução normativa veio para derrubar norma anterior que, segundo ele, dificultava a aquisição de armamentos e foi revogada a pedido de um apoiador. Ele também afirmou que o tempo para deferimento do registro pela PF diminuiu um terço após a saída de Sérgio Moro do Ministério da Justiça.

Mudanças legais. Promessa de campanha do então candidato Jair Bolsonaro, a flexibilização do porte de armas e munições acompanhou o presidente desde que ele assumiu o cargo.

Além das reuniões frequentes com lobistas e empresários do setor e das cobranças dirigidas aos ministros, o governo já tentou triplicar o limite para a compra de munições aos portadores de arma de fogo e revogou três portarias que aprimoravam o rastreamento e a marcação das balas e armamentos.

"Após mais de 20 atos normativos publicados pelo Governo Federal e que alteram a política nacional de controle de armas e munições, temos um quadro de complexidade regulamentar que leva a uma situação de caos normativo, o que diminui a eficiência da legislação e dificulta o cumprimento e fiscalização das normas pelos cidadãos e pelos órgãos de controle", reagiu o Instituto Sou da Paz.

Para os porta-vozes da entidade, Bruno Langeani e Felipe Angelini, a instrução normativa traz uma evolução ao modernizar e informatizar os pedidos, mas desperta preocupação pelo empenho para facilitar a compra de armamentos.

"Enquanto há um esforço ágil e muito eficiente da máquina federal para facilitar a compra, medidas que ajudam o controle e atuação das Polícias no monitoramento e rastreamento de armas de fogo foram revogadas pelo governo, o que é grave", argumentam.

Principais pontos da Instrução Normativa 174

Autorização para aquisição de até quatro armas de uso permitido;

Ampliação do prazo de validade do registro para dez anos;

Fim da exigência de documentos já existentes em sistemas da PF;

Acompanhamento pela internet de todo o processo de aquisição, registro e porte de armas;

Autorização de treinamento mensal, no lugar do semestral, aos cidadãos que possuem arma de fogo, com a possibilidade de utilização de armamento próprio;

Liberação de deslocamentos com armas para treinamento ou conserto 12 vezes ao ano (uma por mês);

Policiais penais (agentes penitenciários, carcereiros) passam a ter as mesmas prerrogativas dos demais policiais;

Guardas de cidades de 50 a 500 mil habitantes ganham autorização para portarem armas fora de serviço;

Flexibilização da consulta de antecedentes com o fim da exigência de apresentação de certidão negativa, substituída por declaração, que comprove ausência de inquéritos policiais ou processos pelo solicitante de registro;

Reavaliação (psicológica e técnica) de policiais aposentados, antes obrigatória a cada cinco anos, passa a ser feita em intervalos de dez anos;

Proprietários que tiverem as armas apreendidas ou arrecadadas por registro vencido poderão escolher entre regularizar em 60 dias, ganhar indenização pela entrega ou vender a terceiros.

COM A PALAVRA, A DELEGADA FEDERAL TÂNIA PRADO

A Instrução Normativa foi atualizada conforme decretos recentes e avança em termos de processamento eletrônico dos pedidos dos interessados, aspecto positivo que se coaduna com o princípio da eficiência da administração pública. Por um lado, segmentos da magistratura elogiaram as mudanças relativas a tal categoria, contudo há um outro problema a ser resolvido, pois nos fóruns criminais federais as testemunhas policiais são impedidas de ingressarem portando arma já há algum tempo, medida ilegal a nosso ver

Tania Prado, presidente da Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (Fenadepol)

No primeiro dia de reabertura do comércio de rua na cidade do Rio de Janeiro, agentes da Prefeitura fecharam 19 estabelecimentos, como resultado de uma operação de fiscalização das secretarias municipais de Ordem Pública (Seop) e de Fazenda.

Após três meses de restrições em função do combate à pandemia do novo coronavírus, o comércio de rua voltou a abrir as portas neste sábado, das 11h às 17h, sob autorização do prefeito Marcelo Crivella (Republicanos). O plano de flexibilização das ações de combate à covid-19 no município previa a liberação de funcionamento do comércio de rua apenas em 2 de julho, mas a medida foi antecipada por Crivella. Os salões de beleza de rua também foram liberados para funcionar no mesmo intervalo de horário dos estabelecimentos comerciais.

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Segundo a Prefeitura, foram fiscalizados neste sábado 744 estabelecimentos e ambulantes nos bairros de Santa Cruz, Bangu, Campo Grande, Jacarepaguá e Barra da Tijuca, todos na zona oeste da cidade, que concentra mais de 50% das denúncias recebidas pelo serviço Disk Aglomeração. A fiscalização observou o cumprimento das restrições de horário e do limite da capacidade de atendimento das lojas de rua, salões de beleza e barbearias.

Na ação conjunta, a Guarda Municipal aplicou 15 multas por infrações sanitárias, como falta do uso de máscara e aglomeração. Durante o percurso, os agentes encontraram 256 estabelecimentos fechados. Outros 426 comerciantes foram orientados sobre as novas regras de funcionamento, como o horário de funcionamento restrito e outras medidas de precaução para evitar a disseminação do novo coronavírus.

Quanto ao comércio ambulante, 62 vendedores foram fiscalizados, sendo que dois acabaram multados e outro foi notificado por irregularidades. Os agentes encontraram 23 ambulantes não autorizados que foram obrigados a desocupar o espaço público.

Um botijão de gás foi apreendido, e três placas de publicidade foram descartadas. Ao todo, foram recolhidas 2,3 toneladas de lixo das ruas. A força-tarefa coordenada pela Seop recebeu apoio também da Comlurb e da Polícia Militar.

Nessa nova fase de flexibilização do isolamento social no Rio, as lojas devem funcionar com metade da capacidade de lotação e as portas abertas para ventilação do ambiente. Funcionários e clientes precisam manter distanciamento entre si, e o banheiro deve oferecer material para que o cliente lave as mãos. Já os salões de beleza podem receber, no máximo, um terço de sua capacidade total, sem fila de espera, apenas com agendamento prévio. Não é permitido que sirvam comida ou bebida.

Segundo a Prefeitura, as ações de fiscalização na cidade desde o início das medidas de contenção da pandemia da covid-19 já resultaram em 33.518 estabelecimentos visitados e 24.977 pontos comerciais fechados. As equipes do Disk Aglomeração (com chamadas telefônicas para o 1746) já atenderam 10.124 ocorrências desde o dia 31 de março. Os dez bairros mais demandados pelo serviço foram Campo Grande, Realengo, Bangu, Santa Cruz, Barra da Tijuca, Taquara, Tijuca, Centro, Copacabana e Recreio dos Bandeirantes.

Cobrado pela falta de assinatura no documento que mudou a orientação do Ministério da Saúde sobre a cloroquina, o ministro interino, general Eduardo Pazuello, ordenou e, cerca de 12 horas após a divulgação, todos os secretários da pasta subscreveram o papel. As assinaturas foram feitas entre 20h37 e 23h36 da noite de quarta-feira (20), após o jornal O Estado de S. Paulo mostrar que a orientação da pasta não tinha o poder de um protocolo de atendimento, como defende o presidente Jair Bolsonaro.

O documento havia sido divulgado por volta de 9h30, como orientação. Depois, virou uma "nota informativa" na versão assinada, que será enviada para gestores do SUS.

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Contrariando recomendações de entidades científicas e médicas, a pasta orientou uso de medicamento à base de cloroquina ou hidroxicloroquina, associadas ao antibiótico azitromicina, desde o primeiro dia de sintomas. Por não ser um protocolo, o papel não dita regras de atendimento no SUS. É apenas uma orientação, mas marca uma guinada no discurso do ministério e tem força política.

O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) divulgou nota contrária à recomendação. A entidade questiona: "Por que estamos debatendo a cloroquina e não a logística de distanciamento social? Por que estamos debatendo a cloroquina ao invés de pensar um plano integrado de ampliação da capacidade de resposta do Ministério da Saúde para ajudar os Estados em emergência?"

O Ministério da Saúde tem sete secretarias, sendo que três estão com substitutos no comando. Responsável pela Secretaria de Ciência e Tecnologia (SCTIE), área que avalia incorporação de medicamentos ao SUS, o médico Antônio de Carvalho não subscreve o documento.

Ele pediu exoneração e aguarda a publicação de sua saída no Diário Oficial da União (DOU).

Críticas

Nesta semana, três entidades nacionais aprovaram um documento com diretrizes para o enfrentamento da pandemia no qual recomendam que as drogas não sejam usadas como tratamento de rotina.

As entidades são a Associação de Medicina Intensiva Brasileira, Sociedade Brasileira de Infectologia e Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os ministros Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública) e Fernando Azevedo e Silva (Defesa) definiram, por meio da portaria interministerial 412, o poder de fogo de policiais e civis autorizados a portar armas. Moro e Azevedo e Silva estabeleceram que cada agente de segurança poderá adquirir até 600 munições por arma, anualmente. E civil, até 200.

A portaria 412, baixada nesta segunda-feira, 27, subscrita pelos dois ministros, firma "os quantitativos máximos de munições passíveis de aquisição pelos integrantes dos órgãos e instituições previstos nos incisos I a VII e X do caput artigo 6º da Lei nº 10.826, de 2003, e pelas pessoas físicas autorizadas a adquirir ou portar arma de fogo".

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A Lei 10.826/2003 dispõe sobre registro, posse e o comércio de armas de fogo e munição. O artigo 6º prevê que é proibido o porte de arma de fogo em todo o País, "salvo para os casos previstos em legislação própria'"- e para os integrantes das Forças Armadas, policiais, guardas municipais das capitais dos Estados e dos municípios com mais de 500 mil habitantes e outros profissionais de segurança.

O parágrafo 1º da portaria conjunta da Justiça e da Defesa prevê que o disposto no inciso II fica condicionado à apresentação, pelo adquirente, do Certificado de Registro de Arma de Fogo (Craf) válido, e que a aquisição ficará restrita ao calibre correspondente à arma registrada como de sua propriedade.

O parágrafo 2º impõe que "a aquisição de munições para as armas de propriedade dos instrutores de armamento credenciados pela Polícia Federal para a realização dos testes de capacidade técnica nos termos do artigo 11-A da lei nº 10826, de 2003, será disciplinada por ato da PF".

Com apenas dois deputados estaduais, o PTB é um partido "nanico" no plenário da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Mas a longeva influência política de seu líder, Campos Machado, faz da legenda uma das maiores máquinas partidárias dentro do Parlamento paulista.

Embora tenha direito a nomear até seis assessores no gabinete da liderança, que auxilia os deputados nas comissões e no plenário, a sigla de Campos Machado tem 44 servidores, sete vezes mais do que o previsto pela norma da Casa publicada semana passada - o petebista ainda tem outros 20 funcionários no próprio gabinete.

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A distorção é fruto de uma prática antiga na Assembleia, a distribuição de cargos comissionados (de livre indicação) da presidência da Casa para deputados aliados. O presidente Cauê Macris (PSDB) não fugiu à tradição e foi reeleito no dia 15 de março, com 70 votos, com a promessa de manter a partilha. Campos Machado foi seu cabo eleitoral.

Macris tem 136 cargos comissionados à disposição na presidência, mas só usa 14 deles, atualmente. O restante pode ser realocado em outros gabinetes, como os das lideranças, mediante critérios políticos de escolha. "Depende da influência de cada um. É um jogo político. A regra, muitas vezes, é no ‘fio do bigode’. Depende do peso de cada um", afirmou o líder do DEM, Rogério Nogueira. A sigla do deputado tem 25 assessores, dez a mais do que o previsto.

Partido de Cauê Macris, o PSDB tem o maior número de assessores, apesar de ter agora a terceira maior bancada da Casa. Na última sexta-feira, eram 63 servidores na liderança tucana. Pela regra divulgada na atual Legislatura, a sigla poderia indicar 16 assessores, entre comissionados e efetivos.

"Os cargos da liderança do PSDB têm sua origem, em uma parcela, na própria liderança mediante o número de deputados eleitos por cada partido, e uma outra parcela com origem na presidência e com atribuições das lideranças do partido. O PSDB é o partido que governa o Estado e, por essa razão, tem maior demanda na Alesp, motivo pelo qual estes funcionários estarão atuando nas comissões permanentes", disse a deputada tucana Carla Morando, que assumiu a liderança na semana passada.

O número, contudo, já foi maior. Na Legislatura passada, quando tinha 19 deputados - hoje são oito -, o PSDB chegou a ter 115 assessores nomeados na liderança, segundo registros da Assembleia. O partido comanda a Casa desde 1995, quando assumiu o governo do Estado - a exceção foi o biênio 2005-2007, com o atual vice-governador, Rodrigo Garcia (DEM).

Outras legendas aliadas também inflam seus gabinetes mediante acordo com o presidente. O PV, por exemplo, que tem um deputado, possui 18 assessores. O PPS e o PSD, com dois parlamentares cada, tinham 15 e 11 funcionários, respectivamente - acima do previsto. "Fiz um acordo lá atrás, na época do (Fernando) Capez ainda, e consegui uns cargos a mais", disse Delegado Olim, líder do PP, que tem três servidores extras.

Oposição

A distribuição de cargos beneficia até quem faz oposição ao governo tucano, mas é aliado interno do PSDB. É o caso do PT, que tem dez deputados e tinha 51 funcionários na liderança. "Não pedi cargo nenhum para a presidência. Tinha 32 cargos e tive de exonerar 12 hoje (anteontem)", disse o líder petista Teonilio Barba. O partido comanda também a 2.ª secretaria, que tem outros 68 cargos disponíveis, 65 ocupados.

Em nota, Cauê Macris negou haver relação entre a distribuição de cargos e o apoio à sua reeleição e disse que "as solicitações de cargos feitas pelas lideranças partidárias são atendidas conforme a disponibilidade de espaços". O deputado Campos Machado não retornou o contato da reportagem.

Maior bancada da Casa, com 15 deputados, o PSL tem direito a 28 assessores, mas ainda não nomeou ninguém, assim como outras cinco lideranças que aguardam as exonerações das siglas que perderam cadeira. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os empregadores têm a obrigação legal de zelar pelo meio ambiente de trabalho para garantir a segurança, o conforto e o bem estar dos funcionários. Tudo isso durante o período em que eles permaneçam nas dependências da empresa, desempenhando suas funções. O conforto térmico, ou seja, a manutenção de uma temperatura agradável no ambiente, é um dos fatores a ser observados para garantir a produtividade e a segurança dos empregados, uma vez que temperaturas altas ou baixas demais podem trazer prejuízos à saúde. Além disso, também é uma obrigação do empregador, prevista nos Artigos 176, 177 e 178 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)

Por ser algo relativo, o conforto térmico varia de pessoa para pessoa, o que muitas vezes gera problemas entre funcionários que sentem muito calor ou muito frio, e modificam várias vezes a temperatura do ar-condicionado. Há quem altere os aparelhos sem perguntar a opinião das demais pessoas.  

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Gabrielly Lima trabalha em um escritório de advocacia e costuma sofrer com a baixa temperatura de sua sala diariamente. Ela conta que é “a única mulher e a única que reclama”. De acordo com ela, a baixa temperatura a prejudica. “Fica muito frio para digitar, então escrevo com uma mão só e vou revezando”, explica a advogada.  Ainda segundo a trabalhadora, mesmo mudando de lugar, ela continua se prejudicando com o frio. 

A maneira encontrada para tentar amenizar o problema foi alterar a potência do aparelho ao longo do dia. “A gente vai mudando a temperatura à medida que esfria muito para mim ou esquenta muito para os rapazes”, explica Gabrielly, que se sente confortável com temperaturas de 23 a 24 graus, enquanto seus colegas preferem ajustar o ar-condicionado para 20º. Esta estratégia, no entanto, também pode gerar problemas, pois alterar a temperatura do ar-condicionado muitas vezes em um curto espaço de tempo pode levar o aparelho a apresentar defeitos e até parar completamente de funcionar. 

Em seu local de trabalho, a bancária Edivane Tôrres relata que em certas áreas da agência até mesmo os clientes reclamam da temperatura, e alguns funcionários também. Segundo ela, muitos colaboradores trabalham sozinhos e recebem, individualmente, a ventilação dos aparelhos. Eles regulam a temperatura como preferem. Por outro lado, nos ambientes de atendimento ao público a temperatura é mais fria; quem se sente incomodado recorre aos agasalhos. 

Normas e leis

Pouca gente sabe que existem leis e normas sobre o conforto térmico que definem qual deve ser a temperatura nos locais de trabalho. São considerados fatores como a velocidade do ar, umidade, estação do ano e número de funcionários insatisfeitos com a temperatura na sala. 

A norma ISO 9241 da International Organization for Standardization (Organização Internacional para Padronização, em português) determina que a temperatura deve ser de 20 a 24 graus no verão e 23 a 26 graus no inverno, com umidade relativa do ar entre 40 e 80%. Já o Ministério do Trabalho determina, através da norma regulamentadora de número 17, que nos locais de trabalho onde são executadas atividades que exijam solicitação intelectual e atenção constantes, é recomendado que o índice de temperatura esteja entre 20ºC e 23ºC, com velocidade do ar não superior a 0,75m/s e umidade relativa do ar de, no mínimo, 40%. 

A Fundação Jorge Duprat Figueiredo (Fundacentro) elaborou um método de avaliação da exposição ao calor, através da Norma de Higiene ocupacional (NHO 06) e do Roteiro para o Trabalho de Conforto Térmico (RTCC), que foi desenvolvido pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O índice estabelece cálculos feitos a partir da entrevista com funcionários spbre a satisfação deles em relação à temperatura. O índice determina que um cenário é considerado adequado quando o número de pessoas insatisfeitas não ultrapasse 10% dos envolvidos. 

A lei que legaliza a utilização de barrigas de aluguel por mulheres estéreis em Portugal entra em vigor amanhã (1º), depois da publicação hoje do decreto que regula a sua aplicação. De acordo com a nov lei, a maternidade por substituição poderá ser solicitada por mulheres inférteis, ou seja, que tenham nascido sem útero ou com alguma lesão que impeça a gravidez. A informação é da EFE.

A partir de amanhã, o casal que quiser fazer o procedimento deverá ir a um centro de reprodução assistida, público ou privado, para comprovar a infertilidade da mãe genética e a situação psicológica da mãe gestante, que não receberá qualquer pagamento pelo ato, mas terá os custos médicos garantidos pela nova família.

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Após o nascimento, a lei estabelece que o contato da mãe gestante com o bebê deve ficar restrito ao mínimo "indispensável" por conta de potenciais "riscos psicológicos e afetivos que a relação representa, sem prejudicar as situações nas quais a gestante de substituição é um familiar próximo".

Conforme o texto, a relação com a mãe genética será privilegiada e os interesses da criança devem sempre estar acima tudo. A lei que regula a doação temporária de útero em Portugal foi aprovada em 2016, mas era necessário um decreto que especificasse sua regulamentação. A aprovação aconteceu em uma reunião de ministros em junho deste ano.

À época, a norma gerou polêmica porque foi vetada pelo presidente português Marcelo Rebelo de Sousa, ao considerar que existiam "brechas legais" sobre os direitos da criança e da gestante. O Parlamento, então, aprovou uma nova versão e a norma foi sancionada pelo governante neste 31 de julho de 2017.

Da Agência EFE

A cobrança da carteira de vacinação atualizada no momento da matrícula escolar vai ser reforçada a partir do próximo ano. Portaria do Ministério da Saúde e do Ministério da Educação que será assinada em abril vai recomendar que escolas, além de cobrar a apresentação do documento, passem a verificar se o aluno está em dia com as vacinas preconizadas no Programa de Imunização. "Hoje temos uma legislação que fala que poderá ser exigida a carteira de vacinação. Queremos transformar o 'poderão' em algo mais concreto", afirmou o secretário de Educação Básica do MEC, Rossieli Soares da Silva.

Caso seja identificado o atraso, a escola deverá informar o sistema de saúde. "É uma cooperação. Estamos aqui somando esforços para ampliar a cobertura vacinal", disse o ministro da Saúde, Ricardo Barros. De acordo com ele, com base nos dados, a rede de saúde local poderá providenciar, por exemplo, a vacinação dos alunos, nas escolas. As alternativas encontradas para resolver a baixa cobertura serão definidas por cada município. "A exigência não vai barrar a criança na escola. A matrícula é um direito. Vamos apenas usar essa informação", observou o secretário do MEC.

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HPV e meningite C

O anúncio da medida foi feito na manhã desta quarta-feira (15), durante o lançamento da campanha de vacinação de adolescentes contra HPV e meningite C. Depois de um ano e meio de interrupção, os dois ministérios retomaram a parceria para que a imunização seja feita nas escolas.

A experiência foi adotada em 2014, quando a vacina do HPV foi incorporada no calendário nacional. Na ocasião, a imunização foi considerada muito bem-sucedida.

A iniciativa, no entanto, sofreu um baque diante de relatos de reações adversas - mais tarde, descartados. Já na segunda dose da vacina do HPV, em 2014, a adesão das escolas se reduziu.

Este ano a campanha terá duas novidades. Além de meninas de 9 a 14 anos, meninos de 12 a 13 anos passarão a ser vacinados contra HPV. Além disso, será ofertada a vacina contra meningite C para adolescentes de ambos os sexos na faixa etária entre 12 e 13 anos. A ideia é reforçar a vacinação contra a doença, que já ocorre na infância, e aumentar a proteção geral da população. Quanto mais pessoas imunizadas, é menor o número de infectados, menor o risco de contaminação. A meta é vacinar 80% dos 7,2 milhões de adolescentes nesta faixa etária.

Atualmente, a cobertura vacinal contra HPV é muito baixa. Entre 2014 e 2016, a cobertura vacinal alcançou 55% das meninas entre 9 e 14 anos. A análise dos dados por município mostra que a cobertura está muito aquém do desejado. De acordo com Ministério da Saúde, 52% dos municípios apresentam cobertura muito baixa e outros 43%, cobertura baixa. Somente 4% das cidades apresentam cobertura considerada ideal.

A vacina contra HPV é dada em duas doses, com intervalo de seis meses. A estimativa é de que 500 mil meninas que chegaram aos 14 anos não completaram o esquema.

O HPV é um vírus que pode causar câncer do colo do útero e verrugas genitais. A transmissão ocorre principalmente por contato sexual. A vacina distribuída no Sistema Único de Saúde (SUS) protege contra quatro tipos de HPV: o 6, o 11, o 16 e o 18. Dois deles (o 6 e o 11), estão relacionados com o aparecimento de 90% das verrugas genitais. Os outros dois (o 16 e o 18) estão relacionados com 70% dos casos de câncer do colo do útero. No Brasil, são estimados cerca de 16 mil casos de câncer do útero e 5 mil mortes entre mulheres.

A participação na campanha de vacinação é feita por adesão. Mas a expectativa do governo é a de que várias unidades adotem a iniciativa, sobretudo em virtude da inclusão da vacina da meningite C. A coordenadora-geral substituta do Programa Nacional de Imunização, Ana Goretti Kallume, observou que a meningite é uma doença que tradicionalmente desperta grande receio da população, sobretudo dos pais. "A oferta das vacinas nas escolas também vai melhorar a cobertura", disse.

Os eleitores das quatro cidades pernambucanas que terão a disputa pelo comando da prefeitura definido no segundo turno não podem ser presos a partir desta terça-feira (25), salvo em flagrante delito ou em virtude de sentença criminal condenatória por crime inafiançável ou por desrespeito a salvo-conduto.  

A norma é definida pelo artigo 236 do Código Eleitoral. De acordo com ele, "nenhuma autoridade poderá, desde 5 (cinco) dias antes e até 48 (quarenta e oito) horas depois do encerramento da eleição, prender ou deter qualquer eleitor”. 

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Com isso, os eleitores de Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Caruaru e do Recife podem voltar a ser detidos no dia 1º de novembro. 

O Ministério do Planejamento publicou no Diário Oficial da União (DOU) uma orientação normativa aos órgãos e entidades da Administração Pública Federal para o julgamento da veracidade da informação prestada por candidatos negros em concursos públicos que se declararem pretos ou pardos.

O texto diz que os editais dos certames, inclusive de empresas estatais, deverão abordar os seguintes aspectos: especificar que as informações prestadas no momento da inscrição são de inteira responsabilidade do candidato; prever e detalhar os métodos de verificação da veracidade da autodeclaração, com a indicação de comissão designada para esse fim, com competência deliberativa; informar em que momento, obrigatoriamente antes da homologação do resultado final do concurso público, se dará a verificação da veracidade da autodeclaração; e prever a possibilidade de recurso para candidatos não considerados pretos ou pardos após decisão da comissão.

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"As formas e critérios de verificação da veracidade da autodeclaração deverão considerar, tão somente, os aspectos fenotípicos do candidato, os quais serão verificados obrigatoriamente com a presença do candidato", diz a orientação. A comissão que avaliará os casos deve contar com integrantes distribuídos por gênero, cor e, preferencialmente, naturalidade. Se ficar constatado que a declaração é falsa, o candidato será eliminado do concurso sem prejuízo de outras sanções cabíveis.

Os concursos em andamento que não tiverem a previsão da verificação da veracidade da autodeclaração deverão ter seus editais retificados para atender à determinação publicada nesta terça-feira, 2.

A Receita Federal prepara norma que irá obrigar empresas offshore que queiram operar no Brasil a identificar seus beneficiários finais. Hoje, esse tipo de firma pode fazer investimento direto, comprar imóveis e ter participação em empresas brasileiras sem que ninguém saiba quem são seus verdadeiros donos uma vez que são registradas com ações ao portador.

A identificação dos controladores de offshores - empresas registradas no exterior, normalmente em paraísos fiscais - tem sido cobrada do Brasil por autoridades internacionais na área de transparência financeira que veem na medida uma forma de ajudar no combate à lavagem de dinheiro por essas firmas.

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Se a norma já estivesse em vigor, a Operação Lava Jato teria mais facilidade para identificar, por exemplo, quem são os verdadeiros donos das empresas offshore criadas pela panamenha Mossack Fonseca, alvo da 22ª fase da investigação, supostamente para lavar dinheiro de corrupção da Petrobrás. No cenário atual, para cada firma descoberta será necessário uma investigação mais aprofundada que pode ou não levar aos verdadeiros donos. "Ação ao portador é a lavagem de dinheiro em pessoa", disse ao Estado um dos responsáveis pela elaboração da nova norma, que deve ficar pronta até março deste ano.

Uma das offshores abertas pela firma panamenha, a Murray Holdings LLC, comprou um tríplex no Guarujá (SP) no mesmo condomínio Solaris onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria um imóvel. A documentação registrada na Receita Federal brasileira só permite saber que a empresa foi aberta em Las Vegas, Estado de Nevada, nos Estados Unidos. Apenas a Mossack tem as informações completas sobre os beneficiários finais.

Demora

A exigência de se identificar os controladores de offshores parece algo simples de ser colocado em prática, mas a discussão se arrasta no governo há 12 anos no âmbito da Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro (Enccla), organismo que reúne mais de 60 órgãos.

O tema é considerado complexo porque, segundo apurou a reportagem, autoridades financeiras do governo temiam que a exigência provocasse fuga de capital estrangeiro do Brasil.

Com o passar dos anos, vários países adotaram esse tipo de norma e as resistências no País foram superadas. Tanto que em 2009, o Banco Central obrigou instituições financeiras a exigirem a informação do beneficiário final ao iniciar relação com pessoa jurídica.

Não há, contudo, mecanismo eficiente para acesso rápido a essa informação pelos órgãos de fiscalização e persecução penal. "Agora a discussão é sobre como se dará a exigência dessa informação quanto à constituição da sociedade", explicou um dos envolvidos no trabalho.

A partir desse entendimento, a discussão saiu da Enccla e hoje é feita por um grupo menor formado por Receita, BC e Comissão de Valores Mobiliários, que regulamenta o mercado de capitais. O Uruguai e o Panamá já aprovaram a exigência do registro do proprietário real.

Hoje, para poder operar no Brasil, as offshores pedem à Receita Federal um CNPJ. Preenchem um cadastro para se habilitar a ter o registro sem o qual não conseguem fazer nenhum tipo de negócio no País. A Receita já incluiu no cadastro um campo para ser preenchido com a identificação do beneficiário final da offshore.

Mas, sem a vigência da norma, não há punição em caso de informação incorreta. Em muitos casos, o representante apresentado como beneficiário final da empresa é um "laranja".

O jornal O Estado de S. Paulo apurou que será obrigatório o registro de todos os nomes dos sócios. Caso a informação seja omitida, a offshore será proibida de operar no País.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Assegurar incentivo fiscal para financiamentos de projetos esportivos de caráter educacional. É com esse intuito que nesta quarta-feira (30), às 11h, o governador Paulo Câmara sanciona a Lei Estadual de Incentivo ao Esporte. A solenidade que marca a sanção será realizada no Salão das Bandeiras, no Palácio do Campo das Princesas, no Recife.

Segundo o Governo de Pernambuco, a nova lei autoriza às empresas que realizam recolhimento de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) a utilizar até 5% do que pagam ao fisco para projetos desportivos e paradesportivos, aprovados pela Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer. Sobre o caráter educacional dos projetos que deverão receber incentivos financeiros, os trabalhos, segundo a norma, deverão ser de base, de rendimento ou de lazer.

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O uso de raio laser direcionado para aeronaves poderá ser considerado crime de acordo com um Projeto de Lei (PL) de autoria do vice-líder da Minoria na Câmara, deputado federal Raul Jungmann (PPS-PE). O pós-comunista apresentou a proposta nessa quarta-feira (24), justificando que os raios ofuscam o piloto e pode provocar graves acidentes aéreos.

Se o PL for aprovado pelo Congresso, quem expuser aeronaves ao perigo com o uso de emissor de raio laser, será punido com detenção de dois a cinco anos. E, se houver acidente, a pena será elevada há 20 anos. Em caso de culpa, se houver sinistro, a reclusão prevista é de seis meses a dois anos.

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De acordo com o parlamentar, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) registrou, apenas neste ano, 1.434 notificações de emissão de raio laser. Por isso, Jungmann entende que a legislação brasileira está muito defasada se comparada a de outros países. “Nos Estados Unidos, por exemplo, a utilização desses emissores é crime previsto pela Constituição, pois o flash das canetas de laser pode cegar temporariamente o piloto”, comparou o deputado. 

Para Raul Jungmann, com uma lei que trate do problema “haverá um desestímulo à conduta perigosa de utilização dessas canetas (com laser), visto que a ‘diversão’ de extremo mau gosto envolverá maiores riscos aos seus praticantes”, pontuou. 

O Governador Paulo Câmara (PSB) sancionou, nesta terça-feira (23), a Lei 15.529, que institui a Política Estadual de Gestão Documental. A norma tem o objetivo de aprimorar o arquivamento, digitalização, catalogação e conservação da documentação produzida pelos órgãos públicos estaduais.

A legislação também reforça o papel do Arquivo Público Estadual João Emerenciano (APEJE) como órgão coordenador dessa política e responsável pela gestão e guarda dos acervos de caráter permanente (de valor histórico); e dá à Companhia Editora de Pernambuco (Cepe), com exclusividade, a função da guarda e gestão dos documentos de caráter intermediário (administrativos). “A lei trará grandes benefícios à preservação da nossa história, porque a história é construída pelos documentos devidamente conservados e acessados pelas gerações”, avaliou o governador.

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Para o secretário da Casa Civil, Antonio Carlos Figueira, os documentos anteriormente tutelados por empresas privadas ficarão mais seguros sob a guarda do Estado, além da economia gerada pela execução dessas atividades. “Por ano, havia um custo de R$ 15 milhões com empresas de digitalização e arquivamento. Essa é uma redução importante de custos, considerando quadro econômico nacional. Porém, o que é mais importante, com um salto de qualidade”, argumentou.

Para regulamentar a lei e definir os critérios e normas de preservação de ofícios, notas fiscais, decretos, processos e projetos, foi criada uma comissão, formada por especialistas integrantes de órgãos como Casa Civil, Secretaria de Educação, Procuradoria Geral do Estado, Cepe, Arquivo Público, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Memorial da Justiça e Instituto Ricardo Brennand. A comissão tem um prazo de 60 dias para apresentar um texto de regulamentação da política.  

Com o objetivo de integrar e otimizar a gestão documental do Estado, o Arquivo Público com cerca de 15 mil títulos, entre jornais, livros e obras raras dos séculos XVI a XX - foi transferido para a Casa Civil, a qual também está vinculada a Cepe.

Segundo o presidente da Cepe, Ricardo Leitão, a companhia foi transferida por meio do decreto 41.847 para a Casa Civil. O APEJE, anteriormente ligado à Secretaria de Educação, mantém as mesmas competências e atribuições. E, para assumir as novas funções, a Cepe criou uma Superintendência de Digitalização, Guarda e Gestão Documental. “Faremos, nos próximos meses, investimentos na construção de novos galpões compra de novos equipamentos, de forma a fazer da entidade uma referência, em Pernambuco, no arquivamento de documentos público-administrativos”, informou Leitão.

A Receita Federal anunciou nesta sexta-feira, 22, que a norma sobre imposto de renda incidente nos rendimentos e ganhos líquidos nos mercados financeiros e de capitais está em consulta pública. O prazo para sugestões termina em 1º de junho.

As normas para Consulta Pública estão disponíveis no site da Receita. Esta é a terceira vez que o órgão abre à sociedade espaço para recebimento de sugestões. Segundo comunicado da Receita, o objetivo da ação é dar mais transparência nos processos de elaboração dos atos tributários e aduaneiros, mediante recebimento de subsídios e sugestões. No ato de definição da norma, as instituições conhecerão as manifestações levadas em consideração, segundo divulgou a Receita Federal nesta sexta-feira.

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A partir desta segunda-feira (30), o estudante que tiver média inferior a 450 pontos nas provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) não poderá se inscrever para uma bolsa do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Além da média mínima, o candidato não pode ter nota zero na redação. As inscrições vão até o dia 30 de abril.

Em fevereiro, foram abertas as inscrições para novas adesões ao Fies, mas sem a obrigatoriedade da nota mínima. Era preciso apenas ter feito o Enem para solicitar o financiamento. Não estão sujeitos a essa regra os professores do quadro permanente da rede pública matriculados em cursos de licenciatura, normal superior ou pedagogia.

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A regra de exigir a média mínima no Enem foi estabelecida em portaria do Ministério da Educação, publicada em dezembro de 2014, e gerou descontentamento de estudantes e representantes de instituições privadas de ensino superior. Instituições estimam que a mudança reduzirá em pelo menos 20% o número de contratos do Fies.

A estudante Kamila Monteiro, de 18 anos, obteve média de 426 pontos no Enem e conseguiu o contrato do Fies antes da aplicação da nova regra. Ela avalia que os estudantes de escola pública como ela serão prejudicados com a mudança.

“Dizem que é para melhorar a qualidade do ensino, mas quem está em escola pública tem dificuldade para fazer a prova do Enem. Então, é preciso começar melhorando a qualidade do ensino médio e não dificultar a entrada no ensino superior”, diz Kamila, que vai cursar psicologia em uma instituição de São Paulo.

O Ministério da Educação descarta a possibilidade de abrir mão da exigência. Segundo a pasta, a mudança foi feita em prol da qualidade do ensino superior e o diálogo com as entidades é permanente.

O Fies financia de 50% a 100% das mensalidades, dependendo da renda familiar mensal bruta. É destinado a alunos matriculados em cursos superiores presenciais não gratuitos, oferecidos por instituições cadastradas no programa e que tenham obtido resultados positivos nas avaliações do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior.

Entre as mudanças feitas pelo ministério no Fies estão também a alteração de 12 para oito no número de parcelas de repasse de recursos para as instituições privadas e percentual máximo de reajuste para mensalidades no caso de aditamentos de contratos.

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