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Confiante na vitória, o candidato à Presidência Estadual do PT, Bruno Ribeiro (PT) afirmou que quem vai unir o PT em Pernambuco é a sua militância. Segundo o postulante, as diversas tendências da legenda são importantes, mas as reivindicações dos filiados são significativas para diminuir as intrigas internas.

“As ruas também vão ajudar a unir. Os nossos compromissos que a gente tem com as mudanças que acontecem e devem acontecer em Pernambuco e no Brasil. Com tudo isso o partido vai estar unido. Os compromissos vão estar acima de qualquer divergência”, ressaltou o candidato petista, que votou na Escola Divino Espírito Santo, no bairro da Várzea, neste domingo (10).

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Bruno Ribeiro voltou a afirmar a importância dos protestos de junho para o crescimento do Brasil e de Pernambuco. “A sociedade brasileira está pedindo avanços, como na saúde, educação e segurança. É preciso estar unido junto com os movimentos sociais. As muitas transformações que o PT fez com Lula (PT) e Dilma (Rousseff – PT), que fizeram por Pernambuco, deve levar o partido a união para a reeleição da Presidente Dilma”, frisou.

Ao contrário do deputado Fernando Ferro (PT), o senador Humberto Costa (PT) não concorda com qualquer possibilidade de uma sucursal da Direção Nacional do PT em Pernambuco. Ele acredita que o partido pode buscar uma sintonia e deixar de lado as desavenças internas.

“Eu não vejo dessa maneira (sucursal da Direção Nacional). Não temos nenhuma forma de subordinação, muito pelo contrário, temos tomado muitas decisões que não é exatamente o que a gente pensa”, disse o parlamentar, que acompanhou a votação do candidato à Presidência Estadual do PT no Processo de Eleições Diretas (PED), Bruno Ribeiro (PT), no Colégio Divino Espírito Santo, no bairro da Várzea, neste domingo (10).

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Segundo o parlamentar, o partido não tem outra maneira de conquistar seus objetivos nas eleições do próximo ano, se não for pelo caminho da união. “Nós não temos outra alternativa, é unidade ou unidade. Para que tenhamos sucesso é preciso ficarmos juntos”, explicou.

“Eu acho que esse PED vai permitir que crie uma nova composição de forças e certamente os grupos que estão participando devem construir uma maioria. (...) Eu acho que a situação se torna mais clara, mais nítida, e ai quem tiver a oportunidade de vencer, tem todas as condições de abrir um diálogo com todos os petistas”, completou o senador.

Ao lado da candidata à Presidência Estadual do PT, Teresa Leitão (PT), o deputado Fernando Ferro (PT) disse que o PT não pode continuar com uma política “personalística”, com duas ou três pessoas “mandando” no partido. O parlamentar chegou a dizer que, diante dos últimos acontecimentos na sigla, seria necessária uma sucursal da Direção Nacional no Estado.

“O PT é um coletivo político, não é uma propriedade. Temos que recuperar a cultura coletiva do PT que lamentavelmente está destruída. Vivemos em um ambiente que quando não se ganha impondo aqui se recorre a nacional para decidir. Então praticamente não se precisa de Direção Estadual, poderia se criar uma sucursal aqui da Direção Nacional”, disse o parlamentar, que acompanhou a votação de Teresa Leitão, no município de Olinda, na manhã deste domingo (10).

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De acordo com o deputado, o Processo de Eleições Diretas (PED) do partido é um divisor de águas. Para ele, o pleito pode ajudar a alinhar a legenda que vive uma profunda crise em Pernambuco. “O partido está dividido, com uma série de dificuldades de convivência (...) Criaram um clima de terror no Partido dos Trabalhadores. Isso não é um partido político, parece mais um conflito de galera, alguém que fica permanentemente ameaçando os outros em vez de fazer um debate político para verificar os erros”, afirmou.

“Nunca se fez um debate para avaliar o que aconteceu em Recife na última eleição, ninguém faz uma autocrítica disso, todos ficam criticando um ao outro por esse desastre político”, completou o parlamentar.

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O principal desafio dos candidatos à Presidência do PT em Pernambuco é unir o partido. As trocas de farpas entre as principais lideranças no Estado levaram a sigla a perder as eleições municipais em 2012 e o protagonismo da legenda na Capital. Com isso, a deputada Teresa Leitão (PT), o professor Edmilson Meneses (PT) e Bruno Ribeiro (PT) – postulantes ao cargo - tentam retomar a hegemonia do Partido dos Trabalhadores e ter um palanque competitivo para a Presidente Dilma Rousseff (PT) conseguir se reeleger no pleito nacional.

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De acordo com a deputada Teresa Leitão (PT), apoiada pelo ex-prefeito João da Costa, o deputado federal Fernando Ferro (PT) e o atual presidente da legenda no Recife, Oscar Barreto precisam trazer a militância novamente ao debate interno. “A militância precisa ser convocada a participar. Temos que ter diálogo com os movimentos sociais, unir o partido, mostrar nossa força. Devemos passar dessa etapa de intrigas e conseguir trazer debates que interessam a sociedade e ao crescimento do próprio PT. É preciso de uma mudança, e para isso lançamos nossa candidatura”, relatou a parlamentar.

Segundo o professor de Física Edmilson Menezes (PT), o PT precisa acabar com alianças com partido da direita. De pensamento “trotskista”, ele defende que a sigla não perca as suas origens. “Não devemos continuar com esse tipo de política. Precisamos trabalhar o PT com as metas que ele foi criado. Estamos cometendo vários erros sucessivos. As prévias no Recife (entre o ex-prefeito João da Costa (PT) e o ex-deputado federal Maurício Rands (PSB) prejudicaram a imagem do partido). É preciso de uma reforma política no nosso partido, os militantes já não participam do debate. Eles precisam ter voz dentro do PT”, salientou.

Para o candidato Bruno Ribeiro (PT), apoiado pela corrente Construindo um Novo Brasil, que é liderada pelo senador Humberto Costa (PT) disse que o PT precisa se mudar “para dentro”.  “E é fácil mudar o PT. Para mudar é preciso ser o mesmo, o que lutava nas ruas, o que escutava a população, que tinha participação dos movimentos sociais. Precisamos resgatar isso. E para conseguir é preciso unidade, é preciso ter diálogo com todas as tendências, com todas as correntes. Garanto que depois do PED irei mesmo conversar com Teresa Leitão, independente de resultado. É importante estar unido, principalmente para ajudar na reeleição da presidente Dilma Rousseff”, frisou o postulante.

 

 

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A nova presidência nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) será escolhida no próximo domingo (10), durante o Processo de Eleição Direta (PED). Os membros da sigla podem escolher o líder entre seis nomes: Markus Sokol, Paulo Texeira, Renato Simões, Serge Goulart, Valter Pomar e o atual presidente que tentará a reeleição, Rui Falcão. O processo ocorre das 9h às 17h nas sessões espalhadas em todo o Brasil.

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Para conhecer melhor o perfil e as propostas dos seis postulantes, o Portal LeiaJá abordará as principais propostas dos candidatos. Confira:

Serge Goulart: O jornalista de Santa Catarina pertence à chapa “Virar à Esquerda! Reatar com o Socialismo” e deseja que o PT volte a explicar aos trabalhadores que o capitalismo traz a guerra e o sofrimento. Por isso, defende a estatização do mercado financeiro e de todas as grandes empresas capitalistas nacionais e internacionais. Ele também é favorável que seja invertido o rumo do governo para atender todas as reivindicações populares 

Outra posição de Goulart é referente à Petrobrás. O candidato quer que a empresa seja revertida para 100% estatal para controlar o Pré-sal e que sejam revogadas as Reformas da Previdência de FHC e de Lula e garantir Educação, Saúde e Transporte Público e Gratuito para todos. 

Markus Sokol – O economista e pertencente a correte “O Trabalho” não concorda com algumas posturas do governo federal e suas principais propostas consistem na paralisação das privatizações realizada pela presidente Dilma Rousseff (PT), a defesa da punição dos crimes contra a Ditadura Militar e a revogação da Lei de Anistia. Ele também é a favor da reforma agrária, dos interesses dos quilombolas e dos extrativistas e a demarcação das terras indígenas.

Sokol que já esteve no Recife na campanha do candidato ao PED estadual, Edmilson Menezes também quer o aumento de verbas para a educação, a saúde e o transporte, a melhoria geral dos serviços públicos, com uma política salarial para os servidores, a retirada das tropas do Brasil da missão da ONU e a defesa dos direitos dos oprimidos, dos negros contra a discriminação e das mulheres ao aborto assistido.

Valter Pomar – O historiador natural de São Paulo também passou por Recife nos últimos dias. O petista defende uma nova estratégica política dentro do PT, um segundo mandato de Dilma melhor que o primeiro, uma política de aliança coerente e o cuidado com o funcionalismo do partido. 

Além dos três pontos destacados por Pomar, ele subdividiu suas propostas em cindo ações: autofinanciamento, política de formação massiva, comunicação, necessidade de mudar a relação com movimentos sociais e mudar o funcionamento das instâncias partidárias. 

Rui Falcão – O atual presidente da sigla é jornalista e deputado estadual. Falcão tem o apoio de Dilma e de Lula e destaca nas propostas: Instituir o financiamento público exclusivo de campanhas políticas, o voto em lista preordenada para os parlamentos e o aumento compulsório da participação feminina nas candidaturas.

O líder do PT também prometeu fortalecer os setoriais para ampliar a capacidade de formulação, o alcance junto às instâncias de base e filiados, aperfeiçoando das relações de conjunto com a bancada federal e respectivas bancadas nos estados e municípios, entre outras coisas.

Renato Simões – É filósofo e já exerceu três mandatos de deputado estadual. Simões defende entre outras coisas o socialismo, o imaginário das classes trabalhadoras, uma sociedade sem exploração econômica, sem opressão política, sem qualquer forma de discriminação de gênero, étnica, geracional, de orientação sexual, de classe ou condição social.

Além disso, o candidato quer que o partido implante programas de formação para transformar massas em sujeitos históricos, filiados em militantes e militantes em dirigentes, que garanta prioridade e investimentos para a nucleação e uma nova política de comunicação com a sociedade.

Paulo Teixeira – Natural de São Paulo é advogado e mestre em direito, além de deputado federal. Os principais aspectos defendidos pelo petista são: Reforma política, por meio de um plebiscito nacional pelo fim do financiamento privado de campanhas, democratização dos meios de comunicação como forma de ampliação do direito de expressão e avançar a democracia participativa e o combate à corrupção sistêmica. 

Teixeira pretende atuar também no avanço de modo qualitativo na oferta pública de educação e na construção plena do SUS, na radicalização dos direitos democráticos dos trabalhadores, setores populares, das mulheres, dos povos indígenas, comunidades tradicionais, LGBT, negro, além de apoiar aos direitos da juventude: Aprofundar a relação do PT com os movimentos dos jovens, nos movimentos sociais e nas redes, implantar um modelo de desenvolvimento que promova um novo ciclo de distribuição de renda e de investimentos públicos e que estabeleça metas ecológicas de revitalização de biomas devastados, entre outras coisas. 

PED – Além dos postulantes nacionais o Processo de Eleição Direta definirá os presidentes estaduais, municipais e zonais do PT em todo o país.

O Movimento de Ação e Identidade Socialista (MAIS), uma das correntes que apoiam a candidatura da deputada Teresa Leitão (PT) à presidência do PT de Pernambuco, lançou um texto com duras críticas as atuais lideranças políticas do partido, principalmente o senador Humberto Costa (PT) e o deputado federal João Paulo (PT). 

A corrente que é uma dissidência da CNB, campo majoritário do partido, e é basicamente composta por militantes na faixa dos 30 anos. O MAIS pede que os atuais expoentes da legenda que “permitam a oxigenação do partido”.

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Confira a carta na íntegra:

Carta ao PT de Pernambuco: mudar para sermos os mesmos

Temos em torno de 30 anos de idade, a mesma idade do PT. Fazemos parte, portanto, daquela geração que foi conquistada para as fileiras do partido através da ação de nossos fundadores. Temos pela primeira geração profunda admiração. Foi responsável por nós e milhares de outros brasileiros e brasileiras serem convencidos/as da importância de participar da política e fortalecer um partido popular e democrático para erguer um mundo mais fraterno. Somos felizes com essa opção e seus resultados.

Compomos, desde 2011, a executiva e o diretório do PT estadual, conquista por chapa própria nas últimas eleições internas. Pensávamos que nesse espaço poderíamos dar nossa contribuição ao projeto que nos conquistou. Em Pernambuco, o sonho virou pesadelo.

Para nossa incredulidade e decepção, os mesmos protagonistas que nos animaram, comandam um espetáculo lamentável no estado e conduzem, sem freio, todo nosso acúmulo para um precipício angustiante. Não é fácil resistir diante de tanta tragédia. Apenas muita convicção petista e certeza das transformações que fazemos na política e na vida dos brasileiros nos fazem resistir.

É uma longa tragédia, com episódios épicos. Nossa tendência compunha a mesa do Encontro Estadual em que o PT aprovou o apoio à reeleição do governador Eduardo Campos e, também, uma moção contra algumas políticas do mesmo governo. Algo muito natural em um processo de composição eleitoral: apoiar registrando as divergências e disputando os rumos da gestão. Absurdamente, apenas o apoio à reeleição vigorou. Encerrado o encontro, o companheiro Humberto Costa, referência e dirigente da nossa vida militante, coordenou a anulação daquela moção, sob alegação de que o governador não iria gostar. Ali, argumentamos que o apoio incondicional nos deixaria reféns do PSB. Fomos ignorados, atropelados, calados. Dias depois, o mesmo Humberto apresentou o nome de Joaquim Francisco na sua suplência para o Senado. Por oito anos, estaremos todos/as ameaçados/as a perder nossa primeira e única vaga de senador justamente para o PSB. Um movimento que careceu de mínima inteligência política e da visão estratégica sobre as possibilidades do futuro próximo que agora se concretiza.

Na composição do governo reeleito, travou-se uma discussão que parecia democrática na executiva estadual. Nela, foi aprovada a intenção do PT reivindicar a Secretaria de Juventude, renovando os quadros públicos do partido e apostando na disputa de uma nova geração política. Ao final, a maior corrente do PT de Pernambuco, comandada por Humberto Costa, indicou Maurício Rands e Isaltino Nascimento para representar a todos nós. Os fatos, o PSB comemora.

Nesse período, nos organizamos no campo estadual que era representado publicamente pelo Deputado João Paulo. Sua principal impulsão era constituir uma resistência e disputar a hegemonia do partido no estado em contraposição ao campo comandado por Humberto Costa. Após uma gestão revolucionária no Recife, João Paulo apresenta João da Costa para a sucessão e de repente, sem que nunca soubéssemos por que, rompe com o Prefeito, complica o nosso governo e se alia justamente a Humberto Costa, pondo fim ao projeto de resistência da esquerda petista que ele mesmo capitaneou. 

Ainda sem entender qualquer coisa, vimos João Paulo ingressar no governo estadual, depois sair e, mesmo assim, seguimos a orientação de que Maurício Rands seria o melhor nome para disputar as prévias e resgatar o PT no Recife. Os fatos? Bom, já se sabe.

Foi Humberto que argumentou à Direção Nacional que seu nome seria o único a angariar apoio de Eduardo para a Prefeitura do Recife. O que se sucedeu nas eleições de 2012 é tão conhecido que pouparemos a tristeza de descrevê-los.

Elencamos esses episódios para concluir que as grandes lutas de nossas principais lideranças no estado não são combustível suficiente para que sigam no comando majoritário do PT. O patrimônio político de um/a dirigente é sua capacidade de continuar encantando, mobilizando, acertando. E o acerto não é ganhar tudo, mas é elaborar uma estratégia convincente e capaz de responder aos sonhos que as promoveram lideranças. Nossos heróis se perderam no caminho. E, talvez, porque pensaram poder tomar todas essas decisões sozinhos, sem debate em seus campos, nem nas instâncias partidárias. A riqueza de ser coletivo não é só parecer democrático, é que muitas cabeças juntas pensam melhor que poucas, mesmo que elas sejam especiais. 

A capacidade de perceber que se está perdido e permitir que outros conduzam uma organização política é, além de admirável, fundamental para um partido como o PT. O PT não pertence a seus fundadores. Eles mesmos criaram um partido que é patrimônio de milhões de petistas.

As novas gerações que saem às ruas criticando o atual modelo da política têm muito mais de aliadas da nossa história que de adversárias dela. Alertam sobre a necessidade de mudar. E mudar não para depor pessoas, mas para permitir que o projeto tenha a capacidade de conquistar mais gente para nossa grande batalha contra o capital econômico, contra a desigualdade social e o autoritarismo político. Há lugar para todos/as no PT, principalmente para nossas grandes figuras públicas. Mas até para que elas representem algo de sólido e com vida longa, é preciso a autocrítica suficiente para saber se afastar, diminuir o ritmo, cumprir outras e grandes tarefas coletivas que têm e sempre terão.

Para ser o mesmo de sempre, o PT precisa mudar. E, em Pernambuco, essa mudança é fundamental para a sobrevivência de nosso projeto. Nós, que fomos conquistados/as por eles, pedimos sincera e ansiosamente que permitam a oxigenação do partido, apostem na capacidade da direção coletiva, abram caminho para que possamos substituir a frustração pelo encantamento. Seus lugares estarão sempre ocupados pela sua inegável história, mas libertos da responsabilidade de seguir errando sozinhos nesse momento.

A força que o governador tem demonstrado na cooptação de nossos quadros reside mais em nossa fraqueza de oferecer alternativas de organização partidária que em seus belos olhos azuis. Nem, muito menos, nos lamentáveis dados de inclusão social e deplorável prática política de seu governo.

Permanecer no PT de Pernambuco hoje é um ato de coragem e respeito ao que foi conquistado. Mas, mais que tudo, obriga a lutar pela mudança urgente, radical e imediata de nossas práticas e estratégias.

É por isso que, no próximo domingo, votaremos em Teresa Leitão Presidenta do PT/PE e em Paulo Teixeira Presidente Nacional. Ainda, relançamos nossa chapa estadual, "Chega MAIS: é hora da renovação!". Afinal, reconhecer que o PT precisa mudar não combina com a manutenção do atual comando partidário. A escolha que faremos neste PED é decisiva para que outros jovens sintam-se animados a fazer nossa bandeira tremular por pelo menos mais 33 anos.


Às vésperas da eleição que vai definir a composição da nova direção estadual da legenda, que ocorre no sábado, 09, e do anúncio oficial de quem será o candidato do partido ao governo da Bahia, previsto para o próximo dia 30, o PT enfrenta disputas internas que já extrapolaram os limites do partido.

Na linha de frente, estão apoiadores de três pré-candidatos da legenda a suceder o petista Jaques Wagner no comando da administração estadual: o secretário da Casa Civil, Rui Costa, preferido do governador, o secretário do Planejamento e ex-presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, que tem o apoio de boa parte das organizações sindicais do Estado e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o senador Walter Pinheiro, que reúne boa parte da base do partido em torno do seu nome, mas encontra forte resistência da direção estadual da legenda.

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Até grupos organizados que historicamente apoiam a legenda no Estado, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), escancaram as divergências. O líder nacional do movimento, João Pedro Stédile, por exemplo, divulgou vídeo, na segunda-feira, 04, para apoiar a candidatura de Gabrielli. "É o melhor quadro do PT baiano para ser governador", disse no depoimento, distribuído pela internet.

No dia seguinte, a direção baiana do MST reagiu publicamente ao anúncio. "O posicionamento reflete uma opinião pessoal de nosso companheiro, não uma posição da direção do MST na Bahia", disse o líder estadual do movimento, Márcio Matos, também integrante da direção nacional do MST. "Estamos com Rui Costa pela sua relação histórica com o MST baiano."

A disputa se estende aos partidos aliados ao governo. Apesar de ainda restrita aos bastidores, já há conversas sobre possível saída de legendas da base caso um ou outro candidato seja o escolhido. O PP, liderado no Estado pelo ex-ministro das Cidades Mário Negromonte, por exemplo, já avisou ao PT baiano que prefere a candidatura de Walter Pinheiro - e não descarta apoiar a senadora Lídice da Mata, pré-candidata ao governo pelo PSB, caso o escolhido seja outro.

Favoritismo

O nome de Costa, porém, desponta como o favorito. Companheiro de Wagner desde os tempos em que ele liderava o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Petroquímica do Estado, no fim dos anos 1980, o secretário da Casa Civil acompanhou o governador em toda a carreira política e hoje cuida pessoalmente de duas das áreas mais estratégicas em investimentos no Estado, transporte e mobilidade urbana. Ele também conta com o apoio da atual direção da legenda no Estado e do candidato favorito a assumir a nova direção, Everaldo Anunciação - um dos cinco candidatos na também conturbada eleição.

A pré-candidatura de Costa ainda recebeu, na semana passada, um grande reforço, quando ele foi publicamente elogiado pela presidente Dilma Rousseff durante a inauguração de uma via expressa em Salvador. Presente ao evento, sentado na primeira fila das autoridades - Costa estava na de trás -, Pinheiro não escondeu a insatisfação com o comentário.

Enquanto isso, Gabrielli tenta arregimentar apoios no PT nacional e põe o pé na estrada na Bahia. O pré-candidato, que chegou a fazer um grande evento, no dia 19, em um hotel de Salvador, para lançar "oficialmente" a pré-candidatura (a campanha chama-se "Tô com Zé"), reuniu-se, no início da semana, com Lula, em São Paulo, e parte, neste fim de semana, para uma série de viagens pelo interior da Bahia. A intenção é visitar até o fim do mês, 13 cidades que são polos regionais do Estado, em grandes eventos organizados por seus apoiadores.

O ex-presidente do PT de Pernambuco, Jorge Perez declarou apoio à deputada Teresa Leitão (PT) no Processo de Eleições Diretas (PED) que ocorrerá no próximo domingo (10). Para ele, a parlamentar é o melhor nome para dirigir o partido no Estado. A recuperação da autonomia política e da democracia interna são alguns dos exemplos levantados pelo ex-líder petista que a deputada é capaz de executar. 

Confira a nota na íntegra:

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Como ex-presidente do Partido dos Trabalhadores em Pernambuco, atualmente morando em Santa Catarina, gostaria de manifestar minha opinião sobre o PED 2013.

Todos os atuais candidatos têm seus méritos e qualidades para ser presidente, mas tenho a convicção de que o melhor nome para dirigir nosso partido no estado, recuperando sua autonomia política, democracia interna, valorização das bases militantes e relação com os movimentos sociais, é o da nossa deputada estadual Teresa Leitão.

Muitos de vocês lembram, em 2009, minha posição pública de defender o PT diante do PSB e do governador Eduardo Campos. Naquele momento, também de forma pública recebi a condenação de João Paulo e de Humberto Costa, que apesar deste último estar na China, fez questão de ligar para a imprensa local para desautorizar o presidente do PT na polêmica com o governador. Dentro do partido, além de grande parcela da militância, recebi apoio somente da deputada Teresa Leitão.

Meu outro testemunho é a luta destemida em defesa da educação e dos professores que Teresa, mesmo sofrendo todo tipo de pressão, e até ameaças políticas veladas,  não se dobrou diante do injusto tratamento dado pelo governador aos professores e demais servidores públicos.

Gostaria também de lembrar o compromisso de Teresa Leitão com a Central Única dos Trabalhadores. Sendo ela presidente do Sintepe e eu presidente da CUT-PE, na organização da luta contra as políticas neo-liberais de FHC.

O PT de Pernambuco sofreu, no último período, um processo desgastante e autofágico, onde as palavras se confundiam entre os vários contendores internos e externos, por isso, nesse momento, temos que nos guiar pelo ensinamento marxista para entender e superar nossa crise: a prática como critério da verdade.

Nosso partido precisa de uma presidenta que olhe, ouça e receba os(as) dirigentes municipais, os(as) militantes dos setoriais, que olhe com altivez os aliados e não se dobre diante dos adversários. Uma presidenta sempre defendendo o PT e seu legado.

Um forte e saudoso abraço a todos(as),

Jorge Perez

O ex-presidente Lula divulgou um vídeo convocando a militância do PT para participar do Processo de Eleição Direta (PED) da legenda que ocorrerá no próximo domingo (10). Em um pouco mais de um minuto de imagens, o petista reforça a escolha dos dirigentes municipais, estaduais e nacional e manda um recado para a oposição. 

Saudando os militantes de companheiros e companheiros como de costume, Lula inicia a gravação ressaltando a data da votação e o horário e em seguida frisa a importância dos líderes à frente do partido explicando que os filiados devem escolher “a direção municipal, a direção estadual e a direção nacional. Você não estará votando apenas numa direção, você estará escolhendo os melhores companheiros que vão dirigir a próxima eleição no seu Estado e a próxima eleição da nossa querida presidente Dilma Rousseff”, explanou.

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Ratificando a relevância do processo, o petista contextualizou o PED e pontuou o objetivo de reeleger Dilma. “Não é pouca coisa. Nós temos que ganhar as eleições. Nós temos que estar vitoriosos em muitos Estados. Nós temos que fazer com que a presidente Dilma continue a fazer as políticas que ela tem feito, a desenvolver o Brasil para distribuir renda e muita política social”, enumerou.

Nos minutos finais da exibição, o ex-presidente mandou um recado para a oposição, demonstrando não ter medo dos desafios que estão por vir. “Você sabe que nosso partido não tem medo de cara feia porque ele tem você!”, disse Lula repetindo em seguida a data e o horário da votação. Confira a gravação na íntegra abaixo 

 

 

 

O ex-vereador Dilson Peixoto (PT), responsável pelo requerimento que pode expulsar o presidente do PT do Recife, Oscar Barreto, do partido, confessou que desde a época das eleições municipais de 2012 defendia a saída do líder petista, mas na época recebeu vários apelos e preferiu não fazer a denúncia.  Diante dos novos fatos – como as acusações envolvendo o senador Humberto Costa (PT) e o deputado federal João Paulo (PT) – o ex-parlamentar disse que não teve alternativa e entrou com o pedido solicitando uma punição ao presidente municipal. A reunião da direção regional ocorre nesta terça-feira (5).

“Não há como curar ferida. Toda semana ele vai aos órgãos de imprensa fazendo acusações infundadas (...) Eu não posso mais conviver sobre isso, preparei sozinho o requerimento, não pedi opinião de ninguém, apenas pedi opinião de advogados. Espero que o PT tome as providências que venham a ser tomadas (...) Analisando com seriedade não há outra punição a não ser expulsão”, afirmou o ex-vereador, em entrevista ao Portal LeiaJá.

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“É muito difícil apresentar um requerimento e não caber uma punição. O Código de Ética (do PT) não permite isso. Outra coisa é algo que se repete a mais de um ano. Quem acompanha a política de Pernambuco não entende quem ataca tanto o PT e nada acontece”, completou. 

Segundo o ex-parlamentar, duas agressões ao Código de Ética do partido são fundamentais para a expulsão de Oscar. “Ele como presidente estimulou a indisciplina dentro do partido, pedindo para as pessoas não votarem em Humberto Costa (nas eleições municipais de 2012). Ele ainda afirmou que Humberto teria indicado 600 pessoas ao Governo do Estado e ainda disse que Humberto e João Paulo encaminharam uma carta para o presidente nacional do PT (Rui Falcão) pedindo que não houvesse o PED (Processo das Eleições Diretas) em Pernambuco, alegando que houve uma intervenção do governador. Mas essa carta ainda não apareceu”, explicou o petista.

Mesmo com a provável expulsão do partido, Oscar Barreto ainda pode concorrer às eleições do partido no próximo domingo (10).  “Ele não vai ser expulso hoje, tem que dar direito de defesa. O ritual é dar um prazo, pelo estatuto ele tem 10 dias para se defender. Depois desse prazo, e se o diretório (nacional) não acatar o recurso ele sairá do partido, vencendo ou não as eleições”, relatou Dilson Peixoto.

No próximo domingo (10), petistas de todo o Brasil participarão do Processo de Eleição Direta (PED) para escolher os novos presidentes a nível nacional, estadual, municipal e zonal do PT. Baseado nas eleições brasileiras, o pleito para escolha dos novos dirigentes ocorrerá das 8h às 17h e terá apuração imediata, após término da votação.

Em Pernambuco, três postulantes disputam à presidência: Teresa Leitão, Bruno Ribeiro e Edmilson Menezes. Já a nível nacional seis candidatos tentarão a vaga, são eles: Markus Sokol, Paulo Texeira, Renato Simões, Serge Goulart e Valter Pomar e o atual presidente que tentará a reeleição, Rui Falcão. Na capital pernambucana os nomes se resumem em dois: o atual presidente do PT no Recife, Oscar Barreto e Sheila Oliveira.

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Dos 184 municípios pernambucanos, 140 terão urnas disponíveis para votação dos petistas. Os locais que não terão, são porque não possuem diretórios instituídos. As urnas serão distribuídas em escolas, associações ou sede partidárias.

Aptos – Para participar do PED é necessário que o petista seja filiado pelo menos há um ano ao PT e tenha participado no período de um ano que antecede o processo, (de novembro de 2012 a novembro de 2013) de no mínimo dois eventos da legenda. Outra exigência é estarem em dia com a contribuição financeira anual.  

O processo de escolha dos presidentes será realizado através de urnas tradicionais e a apuração começará logo após término. Em cada cidade os membros dos diretórios municipais apurarão os votos, registrarão em ata e passarão por telefone ao diretório estadual no Recife. Na cédula de eleição, os eleitores devem escolher o presidente nacional, estadual e municipal. No caso do Recife, há ainda os quadros sazonais, ou seja, os postulantes que concorrem a subcoordenadoria do partido. 

Seção – É previsto que nos municípios menores e, principalmente no interior, tenham apenas uma sessão de votação para escolha dos dirigentes. Já nas cidades do Recife, Jaboatão, Olinda, Caruaru e Petrolina serão distribuídos mais locais para a eleição.

Os candidatos ao Processo de Eleição Direta (PED) para presidência do PT em Pernambuco realizarão nesta sexta-feira (1°) mais um debate. Os petistas estarão na cidade de Petrolina, Sertão do Estado, para apresentar suas principais propostas. O evento será promovido na Câmara Municipal, no Centro, a partir das 19h.

Concorre a disputa estadual três postulantes petistas: a deputada estadual Teresa Leitão, o candidato da tendência Construindo um Novo Brasil (CNB), Bruno Ribeiro e o membro da corrente “O trabalho”, Edmilson Menezes.

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Recife – Nessa quinta-feira (31), os candidatos também participaram de um debate na capital pernambucana. Com a participação de poucos militantes o evento teve como foco a reformulação do PED. 

PED – O Processo de Eleição Direta do PT ocorrerá no próximo dia 10 de novembro e escolherá os presidentes nacional, estadual, municipal e distrital da legenda em todo o Brasil.

O ex-prefeito do Recife João da Costa (PT) ressaltou que o esvaziamento do debate dos candidatos à Presidência Estadual do partido é um espelho da condução da legenda em Pernambuco. De acordo com o ex-gestor, que chegou no meio do evento, é preciso “retomar a vida no partido”.

“Isso (o esvaziamento) é um reflexo de como o PT vem funcionando no Estado. Um debate que está esvaziado, que devia ter mais participação não pode acontecer. O debate político está deixando de existir. Não critico o método do PED, mas como as coisas estão sendo conduzidas”, afirmou o petista.

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De acordo com João da Costa, o partido tem que criar um novo método de comunicação com a população. “Precisamos explorar as redes sociais, algo que ainda não acontece no partido. É preciso também revitalizar o debate com as lideranças históricas, isso faz falta. Precisamos discutir sobre programas de governo. Precisamos ouvir os movimentos sociais e nossos filiados”, disse.

João Paulo

O ex-gestor preferiu não entrar em polêmica sobre uma possível candidatura do deputado federal João Paulo (PT) para o Governo do Estado. Para ele, antes de decidir um nome para o pleito é preciso haver um debate.

“João Paulo é uma das lideranças do PT. Não vamos falar nada de maneira antecipada. Temos que ver várias condições: primeiro o partido se continuar dividido será fraco; segundo temos que discutir um mínimo de ideias; terceiro o PT tem que saber trabalhar essa candidatura e ter uma perspectiva com os seus filiados”, pontuou o ex-prefeito.

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O debate com os candidatos do PT em Pernambuco, nesta quinta-feira (31), teve como mote a reformulação do Processo das Eleições Diretas (PED). Em plenário esvaziado, os postulantes Edmilson Menezes (PT) e a deputada Teresa Leitão (PT) afirmaram que o partido precisa rever seus conceitos para trazer de novo os militantes e os movimentos sociais para discutir os assuntos internos da sigla.

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“Não devemos ficar presos às eleições que acontecem de dois em dois anos. O PT é maior que isso. O partido precisa ser novamente um partido de rua. O PED é uma imoralidade política, todo mundo que acompanhou o processo sabe como funciona (...) Todos os debates do interior foram cancelados e colocou-se um debate único em Olinda, os debates a candidatura a presidência (estadual) não estão ocorrendo”, disparou Edmilson Menezes.

“O PT está perdendo seu espírito de corpo. Está perdendo sua identidade. E sem identidade a gente não faz política, não caminha no ramo da política. O PED precisa discutir isso, não podemos perder a essência (...) Se quiser voltar ao lugar de protagonismo, não tem que ficar excluindo, esse tipo de diálogo não avança”, ressaltou Teresa Leitão.

Sem criticar o PED, o candidato Bruno Ribeiro (PT) relatou que as velhas práticas do PT precisam ser retomadas. “Vamos juntos atender os movimentos sindicais. Eu espero que as alianças sejam entre elas, esses movimentos. Temos que enxergar as demandas da sociedade, dos movimentos sociais”, disse o petista.

Mesmo com um discurso de união partidária, os candidatos não deixaram de trocar farpas. Edmilson Menezes teceu críticas a possível união do partido com o PTB nas eleições estaduais. O postulante Bruno Ribeiro é um dos petistas que são simpáticos à aliança. “Vamos ser camareiros de armando monteiro? Tem companheiro que defende candidatura própria, mas já fala em apoio em Armando em um possível segundo turno”, censurou.

PSB

Na sabatina realizada após o debate, alguns militantes petistas presentes no evento teceram várias críticas a postura do partido com o governador Eduardo Campos (PSB). Muitos disseram que o PT tem que tomar postura de oposição ao Governo. As declarações também partiram dos candidatos.

“Eu quero o PT em oposição ao governo de Eduardo Campos, é um governo que privatiza, que faz maquiagem nas escolas públicas, que colocou o PT para trás. Nós tínhamos toda a razão do mundo para não ter entrado no governo de Eduardo Campos”, ressaltou Edmilson Menezes.

Segundo Bruno Ribeiro, tanto a ex-senadora Marina Silva (PSB) e Eduardo Campos não podem criticar a “velha política” por fazerem parte dela. “Marina nos chama de chavistas. Isso não tem sentido. Além do mais, são dois veteranos da política (Eduardo Campos e Marina Silva) se auto intitulando de nova política. Eles estão a mais de 30 anos na política”, frisou.

 

Wladimir Quirino (PT) deixou sua candidatura à Presidência Estadual do PT de lado para apoiar a postulação do advogado Bruno Ribeiro (PT). A ideia dos dois petistas, que fazem parte da corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), cuja liderança pertence ao senador Humberto Costa (PT), é unir o partido para se preparar no embate com o PSB que recentemente rompeu com o Governo Federal.

“Existem dois marcos que estão sendo discutidos: a questão da sociedade nas ruas e o fim do ciclo da aliança do PSB com o PT. Estes dois marcos exigem unidade e foi com esse conhecimento que Wladimir está retirando a candidatura. Este momento é um de somar esforços para trabalhar juntos, para dialogar com os movimentos sociais e as ruas”, afirmou Bruno Ribeiro, em entrevista ao Portal LeiaJá.

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De acordo com o petista, seria importante uma candidatura própria do PT no Governo do Estado. Ele ressaltou que o nome do deputado federal João Paulo (PT) é o mais forte para tentar conseguir o cargo. “Devemos construir uma candidatura petista ao Estado de Pernambuco. Nós temos vários nomes que podem ser candidatos. O nome dele (João Paulo) uniria o partido”, disse.

Para Wladimir Quirino, que tem uma relação estreita com a juventude petista, o nome de João Paulo é o melhor no ponto de vista eleitoral, quanto no “ponto de vista orgânico”. Para ele, a candidatura do deputado pode ficar fortalecida no interior do Estado. “A força do PT no interior não se configura somente com o nome de João Paulo, a gente acredita que pode fortalecer a candidatura”, explicou o petista, também em entrevista ao Portal LeiaJá.

Os dois concordam que uma aliança com o PTB é outro quadro considerável no cenário político. “Temos diálogo com o PTB, mas o fato de o senador Armando Monteiro (PTB) lançar uma candidatura não irá interromper essa união. Podemos nos encontrar no segundo turno”, ressaltou Bruno Ribeiro.

“Hoje no partido temos duas posições: uma com candidatura própria, e uma aliança com o PTB.   Mas se o cenário apontar diferente, tem problema não, faremos aliança”, frisou Wladimir Quirino.

O primeiro candidato ao Processo de Eleição Direta (PED) nacional do PT a vir ao Recife, Valter Pomar, conversou com a equipe do LeiaJá, nesta quarta-feira (23), ao lado do ex-vereador Múcio Magalhães (PT) e apresentou suas propostas. Representante da corrente Articulação de Esquerda (AE), o petista pontuou as estratégias e ações que pretende seguir e não poupou críticas ao atual presidente nacional da legenda, Rui Falcão, e alguns outros nomes da sigla.

Expondo sua visão em relação à liderança do PT, o postulante que está apontado como terceiro lugar nas pesquisas para disputar a legenda em 2014, - perdendo apenas para Falcão e Paulo Teixeira -, descreveu seu ponto de vista e elencou três principais pontos:

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“Vários candidatos defendem da boca para fora, que a luta por reformas estruturais é tarefa central do PT, mas é preciso uma nova estratégia que trabalhe as reformas tributárias, do PT e agrária, entre outras. Um segundo ponto é a reeleição de Dilma. O segundo mandato precisa ser melhor que o primeiro e precisamos ter política de aliança coerente com isso, criando condições táticas para um segundo mandato melhor e elegendo mais senadores e governos”, pontuou o candidato.

Já o terceiro tema defendido pelo petista refere-se ao funcionamento do PT, no entanto, dentro dos três aspectos apresentados, ele enumerou ainda cindo ações relevantes: autofinanciamento, política de formação massiva, comunicação, necessidade de mudar a relação com movimentos sociais e mudar o funcionamento das instâncias partidárias. 

Dentre as propostas citadas, o pretendente à liderança nacional do PT, comentou uma a uma. No âmbito do financiamento, ele abordou a atual composição orçamentária do partido. “No site do Supremo Tribunal Federal, você verá que, em 2011, as contas do PT chegaram a R$ 107 milhões, sendo R$ 7 milhões de filiados, 50% de fundo público e 50% do setor empresarial” expôs, questionamento em seguida o próprio partido por receber tantos recursos de empresas, em vez dos militantes. “Se cada filiado doar mensalmente apenas R$ 5, teremos mais que isso, porque hoje temos 1 milhão e 200 mil filiados”, argumentou.

No que concerne à política de formação massiva, Pomar pontuou o repasse de informações aos filiados e a importância do diálogo. Já sobre a comunicação às críticas foram feitas sobre a falta de uma equipe específica para atualizar as informações, inclusive nas redes sociais. “A tarefa de casa o PT não fez”, disparou. Ele comentou ainda o distanciamento do PT aos movimentos socais, por isso, defende a mudança de relação da legenda e o envolvimento cultural, além do diálogo constante. “O ponto de divergência é que a última palavra deveria ser do PT e não de alguns petistas. Considero a importância de Lula e de Dilma, mas as decisões devem ser adotadas pelas instâncias que precisam de agilidades para debater temas como as manifestações de junho, que não foram discutidas a tempo hábil dentro partido”, contou.

Rui Falcão- Depois de apresentar suas propostas e apontar o que pode ser melhorado dentro do PT, Pomar foi indagado sobre a postura de Rui Falcão. Relembrando que ele é presidente ‘interino’ por ter assumido a presidência no lugar de José Eduardo Dutra, - que renunciou ao cargo por motivo de saúde - e não através do PED, o candidato disparou alfinetadas. “A gente precisa de uma presidência mais audaciosa, que tenha mais arrojo, que cumpra o quesito de renovação (...). O Rui é um candidato da renovação conservadora. Ele está mais para a candidatura de ministro de Dilma e de Lula do que para presidente do partido”, soltou.

Debate – Único candidato ao PED nacional que veio ao Recife até agora, Valter Pomar realizará um debate na noite desta quarta-feira (23), na capital pernambucana. Antes do evento, ele conversará com jornalistas e com filiados do partido. “Faremos um contato com a imprensa, com a militância e apresentaremos as proposições da chapa Esperança Vermelha que fazemos parte”, antecipou a visita. 

A discussão da noite ocorrerá no Sindicato dos Servidores Federais, no bairro da Boa Vista, a partir das 19h.

Em passagem por Recife para participar de um debate nesta quarta-feira (23), o candidato ao Processo de Eleição Direta (PED) do PT a nível nacional, Valter Pomar, concedeu entrevista ao portal LeiaJá e avaliou o cenário Eduardo Campos (PSB) e Marina (PSB). Entre as análises, o petista afirmou já esperar a reação dos socialistas diante do cenário eleitoral de 2014, fez críticas ao governador e mandou um recado: “Não vai ter refresco”, caso a disputa presidencial siga para o segundo turno.

Para Pomar, desde o término das eleições presidências de 2010 a Articulação Esquerda (AE) do PT, a qual faz parte, já previa que dentro da própria base do governo surgiria um setor de oposição no Brasil. “A gente já dizia que se equivocam aqueles que acham que a oposição no Brasil foi liquidada pelo fato de termos eleito pela terceira vez, o presidente da República. O que vai acontecer entre outras coisas, é que o enfraquecimento relativo do PSDB vai estimular um setor da base do governo a se jogar contra o PT”, esperavam a tendência da AE, antecipou.

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Neste cenário, o candidato à presidência nacional do PT alegou já cogitar a possibilidade da conjuntura política atual, que inclusive, se resume para ele com o desejo de Campos em acabar com o PT. “A gente estava trabalhando desde 2010 com a certeza que setores da base do governo iam se distanciar do governo e iam se transformar em vanguarda da oposição contra nós, e um dos que fez isso é Eduardo Campos. O PSB hoje se movimenta neste sentido, não apenas o com um objetivo de disputar com o PT, mas sim, se movimenta com o objetivo de derrotar o PT tendo como uma dessas derrotas ganhar contras nós as eleições de 2014 e 2018”, avalia.

Valter Pomar também criticou a postural atual de Eduardo Campos e de Marina Silva. Para ele, os discursos dos dois políticos são cópias do diálogo do PSDB. “Se, por exemplo, você ler ou ouvir as declarações do Eduardo Campos ou da Marina, eles estão na verdade copiando, reproduzindo o discurso do tucanato”, disparou o petista.

Questionado sobre a postura do PT em relação aos passos do PSB, e principalmente, considerando um ar mais folgado visando uma possível composição de chapa para o segundo turno, ele respondeu mandando um recado para o governador: “Eduardo Campos não vai ter refresco. O adversário perigoso para nós é ele”, cravou Pomar. "O eleitorado que o acompanha tende a se dividir no segundo turno, qualquer que seja a orientação que ele dê. Este mesmo eleitorado, pelo menos uma grande medida dele, é por obra e graça de Dilma e Lula", completou.

*Com colaboração de Alex Ribeiro

 

 

 

Os quatro postulantes ao Processo de Eleição Direta (PED) do PT em Pernambuco, a deputada estadual Teresa Leitão, Bruno Ribeiro, Edmilson Menezes e Wladimir Quirino, debatem nesta terça-feira (22) as cotas e a paridade na direção do partido. O encontro organizado pela Secretaria de Mulheres do PT de Pernambuco será realizado no auditório do Sindicato dos Bancários, na Avenida Manoel Borba, Boa Vista, a partir das 18h.

Exigência – O diretório nacional do PT decidiu, neste ano, tornar obrigatório que as chapas sejam compostas por 50% de homens e 50% de mulheres, ou seja, a paridade de gênero. Outra exigência é cumprir cotas de negros e jovens nas composições. 

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Um dia depois da decisão definitiva da executiva estadual do Partido dos Trabalhadores (PT), de entregar os cargos ao governo do PSB, em Pernambuco, a deputada estadual Teresa Leitão (PT) se posicionou sobre o fato. Em entrevista ao portal LeiaJá nesta segunda-feira (21), a também candidata ao Processo de Eleição Direta (PED) do PT, disse não ser contra a decisão, porém seu maior desejo era discutir de forma ampla outras questões da legenda como a unificação da sigla, por exemplo.

A petista começou a conversa explicando não ser desfavorável à devolução dos cargos petistas ao governo de Eduardo Campos (PSB), mas, segundo ela, o boato que era contra, partiu de seu concorrente ao PED, e integrante da corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), Bruno Ribeiro. “O pessoal da CNB de Bruno Ribeiro plantou durante 15 dias que eu era contra entregar os cargos, mas no debate, consentimos a decisão. No entanto, o que deveria ser também discutido não era apenas a entrega dos cargos, mas sim os rumos do PT”, expôs a parlamentar.

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Para Leitão, a reunião deliberativa desse domingo (20) deveria se expandir e discutir, principalmente, a unificação da legenda, algo não colocado em pauta. “Criou-se uma falsa polêmica. Os cargos estão entregues e o presidente (Pedro Eugênio) deixou escapar das mãos um momento ímpar de unificar os partidos, porque já que tinha unidade de entregar os cargos, então, deveríamos discutir o procedimento, a linha política e o que vamos fazer com o PT”, analisou.

A deputada também comentou a intervenção petista nas cidades de Paulista e no Recife, sem mesmo conversar com os diretórios municipais correspondentes, e soltou farpas à tendência CNB. “Eu lamento muito que Bruno, um quadro novo, já entre dessa maneira (...). Mas agora vamos discutir o PT com argumentos verdadeiros. Nós não vamos omitir, inventar, porque tudo isso foi feito na reunião de ontem e ai você joga fora discussões políticas”, alfinetou.

Segundo a candidata ao PED, a partir de agora, seu intuito será ganhar as eleições e modificar a conjuntura da direção petista. “Nosso objetivo agora é ganhar o PT. Essa direção é responsável pelo racha que o PT se encontra. É responsável pelo o que nos passamos, e agora, está querendo impor uma nova versão de 2012”, disse.

Outro assunto abordado pela deputada foi a aproximação do senador Humberto Costa (PT) e do deputado federal João Paulo (PT) ao senador Armando Monteiro (PTB), sem mesmo ser discutida a possível parceria dentro da sigla. “Antes do PT discutir, já estão discutindo o apoio a Armando. A maioria comanda. A maioria é quem decide. Eu, inclusive, já fiz parte desta maioria e sai”, desabafou contabilizando os votos sobre a entrega dois cargos.  “Se Pedro tivesse tido a tranquilidade e o pulso, a entrega dos cargos tinha sido entregue por 100% dos petistas”, esclareceu. Ainda sobre o assunto, Teresa Leitão elaborou um documento com sete pontos de vista em relação à entrega das funções. Confira o anexo abaixo.

Nota 

Apesar de várias interferências de militantes de movimentos sociais do PT, representantes das chapas dos seis candidatos ao Processo de Eleição Direta (PED) do partido, apresentaram na noite deste sábado (19), suas propostas durante debate. Depois de quase duas horas de evento, os substitutos dos postulantes exibiram ideias no Hotel Jangadeiro em Boa Viagem, Zona Sul do Recife.

A solenidade contou com diversos petistas. Dentre eles: o presidente municipal da legenda no Recife, Oscar Barreto, a candidata ao PED estadual, Teresa Leitão, o ex-vereador do PT, Múcio Magalhães, o presidente estadual da legenda, deputado federal Pedro Eugênio.

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Cada representante de chapa teve dez minutos para apresentar suas propostas e objetivos. Entre as exibições assuntos como redemocratizar o partido, fortalecer os movimentos sociais e também direcionamento de críticas ao governador Eduardo Campos (PSB) e ao senador Aécio Neves (PSDB-MG) foram proferidas. “Isso faz soar como música para o governo do Estado e para um tucano de Minas Gerais”, disse um dos representantes em relação a uma manifestação ocorrida antes e durante o debate.

Para Eugênio, o momento foi de conhecer melhor os candidatos. “Isso representa a riqueza do que é o Processo de Eleição Direta do Partido dos Trabalhadores. Nós temos tido debates entre os presidentes daqui do Estado entre as chapas estaduais e estamos tendo hoje um debate com as chapas nacionais e isso tudo se relacionam, mas cada uma tem sua própria dinâmica. Foi uma ótima oportunidade de todos os militantes do partido conhecer mais as nuances e especificidades das diversas chapas que estão disputando”, definiu o deputado.

Candidatos

Os seis petistas que disputam a liderança nacional da legenda são: Markus Sokol, Paulo Teixeira, Renato Simões, Serge Goulart, Valter Pomar e o atual presidente do PT, Rui Falcão

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