O candidato ao governo da coligação Pernambuco Vai Mais Longe, Armando Monteiro PTB, reuniu representantes da segurança pública e do cenário esportivo, em almoço realizado nesta quarta-feira (10).
Durante o evento, o candidato teve a oportunidade de apresentar suas propostas para os setores e conhecer as principais reivindicações dos profissionais para cada uma das áreas. O tema mais contemplado na reunião foi a segurança pública. O ex-chefe da Polícia Civil de Pernambuco, Aníbal Moura, questionou a ‘cobrança’ excessiva por um número cada vez maior de inquéritos policiais, para atender as metas estabelecidas pelo programa Pacto pela Vida. “Não pode haver cotas para inquérito policial. O profissional acaba sofrendo assédio moral, por se sentir obrigado a cobrir a cota e mandar para a justiça. Essa pressão para cumprir a meta estabelecida pelo Pacto pela Vida tem resultado em suicídios de alguns profissionais. Do que adianta o delegado cumprir a meta estabelecida pelo programa e prender x número de meliantes, se pouco tempo depois estão soltos”, afirmou.
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Armando monteiro garantiu se for eleito governador não pretende acabar com o programa implantado pelo ex-governador Eduardo Campos, mas reestruturar o Pacto pela Vida, pois os moldes atuais já não contemplam as necessidades do estado. Uma das propostas apresentadas pelo candidato no âmbito da segurança pública foi a implantação de ‘Centros de polícia cidadã’, que irá reunir polícias especializadas em um único núcleo, garantindo acesso da população de determinadas localidades aos serviços, que atualmente estão disponíveis apenas na capital, por exemplo.
O presidente do Sinpol (Sindicato dos policiais civis de Pernambuco), Cláudio Marinho, louvou a proposta de reestruturação do Pacto. “O pacto pela vida como está gera prejuízo para a sociedade pernambucana. O nosso produto final é o inquérito policial, pois é o que dá visibilidade. O pacto está sacrificando o profissional da segurança pública. Ao mesmo tempo que cobram agilidade do profissional, gera transtorno ao povo, porque existem delegacias em Pernambuco que fecham as portas às 18h e não funcionam durante o fim de semana”, pontuou.
No âmbito dos esportes, Armando ressaltou que pretende investir nas atividades de educação física, nas unidades de ensino. “Queremos valorizar, na rede estadual de ensino, as atividades relacionadas com a prática esportiva, investindo também nos profissionais de educação física, e criar centro de atividades esportivas no interior do estado”, argumentou.
De acordo com treinador de futebol feminino do Sport, Bruno Angeiras, as atividades esportivas não têm sido valorizadas em Pernambuco. Segundo o treinador, não existe incentivo do governo do estado para as equipes e atletas.
Aproveitando o ensejo, Armando anunciou que seu plano de governo pretende aliar educação e esporte. “Acreditamos que a educação é a base e o esporte deve seguir a mesma linha, pois estão amplamente ligados. Se é verdade que os pernambucanos se tornaram mais exigentes, vamos então confrontar o perfil, experiência e propostas dos candidatos”.
O petebista ainda criticou seu principal opositor, ao dizer que Paulo Câmara foi escolhido por Eduardo Campos para gerenciar o estado e não governar. “O risco de experimentar é muito grande. Liderança não se transmite a herdeiros ou afilhados. Pernambuco precisa de alguém que tenha lastro político, que possa levar as necessidades e conquistar os apoios que o estado precisa. Acho que quando Eduardo escolheu Paulo Câmara pensou o seguinte: ‘Vou arrumar alguém para delegar a gerência do estado, mas a liderança continua comigo’. Será que quem foi escolhido para gerenciar é capaz de assumir a liderança?”, questionou Armando.
Vale ressaltar que diferente das ocasiões anteriores, quando os candidatos receberam propostas de representantes de diversos grupos, que ainda não haviam se posicionado quanto ao apoio político. Todos os participantes do evento já haviam declarado apoio a candidatura de Armando Monteiro.