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Durante uma crise na escola, uma autista, de nove anos, foi algemada por policiais de Sydney, na Austrália. A mãe da menina diz que esse tipo de postura dos policiais se repete e, as autoridades já haviam sido acionadas em outras oportunidades para conter a filha. Ela ainda criticou a falta de apoio e acesso ao tratamento de saúde mental no país.

A estudante gritava enquanto era algemada por dois agentes, em um vídeo gravado por testemunhas na semana passada. A criança, identificada como Makayla, foi diagnosticada com autismo, Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), transtorno desafiador de oposição, síndrome de Tourette e ansiedade, de acordo com o portal australiano News.au.

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"Eu só quero ser uma família normal. Eu quero deixar a mamãe orgulhosa", disse menina em entrevista ao canal local 9News.

A mãe Megan criticou a forma como a condição é conduzida pela legislação, que autoriza policiais levarem pessoas durante crises para serem sedadas em um hospital, mesmo contra a vontade do paciente.

Diante da repercussão negativa, o ministro da Saúde Brad Hazzard garantiu ao 9news que vai entrar em contato com a família para esclarecer o ocorrido e "tentar descobrir o que aconteceu".

As eleições municipais se aproximam. Com pleito marcado para o próximo dia 15 de novembro em primeiro turno, servidores da segurança pública mostram estar dispostos a trocar fardas e quarteis por ternos e gabinetes. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 6.181  policiais, bombeiros e oficiais das Forças Armadas serão candidatos aos cargos de prefeito ou vereador em todo o Brasil.

Para as prefeituras, 371 agentes da área de segurança registraram a candidatura no TSE. Nas eleições passadas, em 2016, foram 178 os candidatos. 

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Os estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Bahia e Goiás são os que mais têm servidores ativos ou reformados tentando o cargo de prefeito. A maior parte desses candidatos ao Executivo Municipal está na Polícia Militar. A corporação tem 193 membros elegíveis. Já os militares reformados das Forças Armadas são 99.

A maior parte dos servidores da ativa ou aposentados das funções se candidatou pelo Partido Social Liberal (PSL), que elegeu o presidente Jair Bolsonaro (atualmente sem partido) nas eleições de 2018. A sigla tem 54 agentes e ex-agentes elegíveis para o cargo máximo dos municípios.

Vereadores

Segundo o TSE, 5.810 servidores e ex-servidores de segurança pública serão candidatos à vereança nos municípios em 2020. Nas últimas eleições, em 2016, eram 5.488 registros para o Legislativo. Assim como acontece com os postulantes à prefeitura, o PSL também lidera o número de elegíveis para a Câmara dos Vereadores. A sigla tem 511 inscrições na eleição de novembro.

O número de policiais civis, militares e de membros da ativa e da reserva das Forças Armadas que se candidataram a prefeito e vice-prefeito neste ano é o dobro do que o registrado nas eleições municipais de 2016. São 388 candidatos a prefeito, contra 188 que disputaram o Executivo municipal há quatro anos, antes da eleição do presidente Jair Bolsonaro e da entrada de integrantes do Exército no governo federal.

Levando-se em conta os pustulantes a vice-prefeito e vereador, 6.723 policiais e militares vão participar do pleito deste ano em todo o País. Isso representa um aumento de 11,4% em relação às últimas eleições, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O maior aumento é entre os que se declaram "membro das Forças Armadas". Eram 123 candidatos em 2016. Em 2020, são 182. Em números absolutos, entretanto, o total é maior entre os PMs: eles eram 3.205 nas eleições passadas, agora são 3.561 (11% mais).

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São candidatos como Soldado Eduardo (Patriota), PM da Grande São Paulo, que ganhou destaque após atuar no episódio conhecido como "Massacre de Suzano", quando dez pessoas morreram em uma escola. "Surgiram convites de pais de alunos, professores, munícipes. Eles viram em mim uma pessoa que poderia fazer diferença na política." Para Eduardo, Bolsonaro é uma inspiração. "O militar tem capacidade de gerir uma cidade com um olhar diferenciado por a gente estar tratando diretamente dos problemas da sociedade."

Para especialistas, esse crescimento se deve à presença de Bolsonaro na Presidência - e, consequentemente, à defesa de uma pauta conservadora com a qual parte dos PMs se identifica - e ao fortalecimento do corporativismo militar e policial. "Os Bolsonaros sempre fizeram política nas corporações", disse o cientista político Carlos Melo, do Insper.

O professor Glauco Peres da Silva, da USP, vê duas possibilidades para explicar a curva crescente de candidatos militares e policiais. "Você tem dois movimentos: pensar que, de fato, tem militares que estão tentando mudar de carreira, entrar na política. E outro grupo, de pessoas que já eram candidatas, mas não usavam essa bandeira."

O presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Renato Sérgio de Lima, destacou que o discurso desses candidatos vai além da pauta da segurança e passa por uma defesa da "ordem", associada a grupos pentecostais. "Policiais estão indo além da figura da família Bolsonaro. O bolsonarismo é maior do que o Bolsonaro em si. Tem a ver com esse momento de convergência à direita, mas uma convergência a partir de um discurso de ordem."

No Estado de São Paulo, houve aumento de 45% no número de candidatos que se declararam PMs, de 444 em 2016 para 648 agora. "A PM de São Paulo é grande e muito insulada em si mesma. Agora chegou à conclusão, diante desse ambiente todo, de que, como instituição, seus representantes é que devem garantir seus interesses", disse Lima.

Para o senador Major Olímpio (PSL), que lidera um movimento de oposição ao governo João Doria (PSDB) entre os PMs, "o resultado da eleição de 2018 incentivou muitos militares a se candidatarem agora". "Em São Paulo, temos atualmente 113 vereadores (em várias cidades). Acredito que nesta eleição serão 250 os militares eleitos", afirmou. "Muitos candidatos a prefeito usaram a estratégia do (Paulo) Skaf e do Márcio França e convidaram policiais para vices."

PSL

O PSL, partido pelo qual Bolsonaro se elegeu, contou com 141 candidatos militares ou policiais civis em 2016. Agora, são 648, 360% de aumento. Patriota e PRTB (sigla do vice-presidente Hamilton Mourão) também tiveram aumentos acima dos 100%. Na esquerda, o PSOL havia lançado 54 em 2016 e agora chega terá 26 candidatos.

O deputado general Roberto Peternelli (PSL-SP), que coordenou candidatos militares das Forças Armadas no País em 2018, observou que "há candidatura militares em todos os partidos, do PSOL ao PSL". "A vantagem de não haver o vínculo específico é que os princípios militares não se fragmentam porque os candidatos estão em um único partido, além de aumentar as chances de êxito das candidaturas."A presença de militares em partidos de esquerda não incomodam seus pares - conhecidos por posições, no geral, conservadoras. Para eles, o que importaria é formar uma bancada da defesa e da segurança.

Exército

A cúpula do Exército determinou que todos os comandantes de área fiscalizem o uso de uniformes, símbolos e postos por candidatos militares a vereador, a vice-prefeito e a prefeito. Um dos casos constatados pelo comando da Força é o da tenente-coronel da ativa Andréa Firmo (Republicanos), candidata a vice-prefeito do Rio na chapa do atual prefeito, o bispo Marcelo Crivella (Republicanos).

Em duas imagens divulgadas pela campanha, Andréa aparece fardada e com a boina azul das Nações Unidas - ela comandou por um ano uma base dos observadores de paz da Minurso, em Tifariti, no Saara Ocidental. Em uma delas, ela aparece entre o prefeito e a imagem do presidente Jair Bolsonaro. Em outra, está ao lado de Crivella anunciando uma live com o prefeito e candidato à reeleição.

O Estadão apurou que o Comando do Exército considerou o uso da farda um "total descumprimento da norma". O regulamento da corporação e o estatuto dos militares vedam o uso de uniforme e patente em atividades civis, como é a política. Por esse motivo o ministro Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo, não usa mais a patente de general ou foto fardado em suas redes sociais.

Para o Comando da Força, o uso da farda em material eleitoral é vedado. O Comando tomou providências para que isso não ocorra e adotou medidas administrativas. Emitiu, ainda, para todas os escalões orientação expressa para impedir que situações como essa, consideradas contrárias às normas do Exército, aconteçam. O caso da tenente-coronel não seria o único.

"Não se pode fazer campanha dentro dos quartéis, nem se permite o uso da farda em comícios ou caminhadas. Mas creio que uma foto para ilustrar o histórico da pessoa não é um problema", disse o deputado Roberto Peternelli (PSL-SP), que é general da reserva. Ele relatou que, após eleito, em 2018, obteve autorização do Comando do Exército para usar a farda no dia da diplomação. "Ali já não havia mais interferência no pleito."

O Estadão procurou a assessoria de Crivella, mas não obteve resposta.

Dois policiais foram feridos a bala e um suspeito foi detido na cidade americana de Louisville, no estado de Kentucky, onde nesta quarta-feira (23) surgiu uma manifestação antirracista ligada à morte em março da afro-americana Breonna Taylor.

"Dois agentes da polícia ficaram feridos a bala", declarou em coletiva de imprensa o chefe interino da polícia de Louisville, Robert Schroeder, antes de revelar que os policiais "não correm risco de vida".

"Temos um suspeito sob custódia", continuou. A cidade, que pediu calma à população, declarou estado de emergência e acionou o toque de recolher a partir de 21h locais.

Milhares de pessoas foram às ruas desta cidade do estado de Kentucky após a justiça acusar, indiretamente, somente um dos policiais envolvidos no tiroteio que causou a morte de Taylor, uma enfermeira negra de 26 anos cujo nome se tornou um emblema do movimento Black Lives Matter.

Uma grande contingente policial foi mobilizado na cidade de 600.000 habitantes e várias pessoas foram presas durante a tarde. Alguns comércios no centro protegeram suas fachadas diante do temor de uma nova onda de violência.

Dois policiais sul-africanos foram presos na sexta-feira (28) e serão acusados de homicídio de um adolescente com síndrome de Down, baleado em um bairro nos arredores de Johanesburgo - anunciou neste sábado (29) a Ouvidoria da Polícia.

Nathaniel Julius, um jovem de 16 anos com síndrome de Down, foi morto na quarta-feira no Eldorado Park, um bairro devastado pelas drogas e pela violência.

Sua família relatou que os policiais atiraram no adolescente que havia saído para comprar biscoitos em uma loja perto de sua casa. Devido à sua condição, ele não conseguiu responder as perguntas dos agentes.

A Diretoria Independente de Investigadores de Polícia (Ipid, sigla em inglês) decidiu prender os agentes envolvidos e acusá-los, "após um exame cuidadoso das evidências disponíveis".

"Eles serão acusados de homicídio", declarou a Ipid em nota divulgada hoje.

O assassinato provocou violentas manifestações no bairro, o que levou o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, a pedir calma à população.

O Policial Militar identificado como Josimar Lima da Silva, de 32 anos, foi morto após reagir a um assalto em Diadema, na Grande São Paulo. O impressionante é que a dupla de assaltantes que o abordou também são policiais, de acordo com o delegado responsável pelo caso.

O cabo João Paulo de Araújo Silva, de 28, e o policial André Monteiro Malfati, de 33 anos, são suspeitos de assaltar Josimar, segundo o delegado Luciano Galvão Elias. A vítima foi morta na porta da casa do sobrinho, onde comemorava seu aniversário, nesse domingo (23). A namorada do PM também foi atingida e permanece internada.

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Segundo as testemunhas informaram à Ponte, os policiais pediram todos os pertences das pessoas que estavam no local. "Eles não se identificaram como policiais nesse momento. O Josimar conseguiu balear o policial André e o policial João Paulo baleou o Josimar. Ele estava desnorteado, aparentemente drogado. Depois que atirou, ficou falando que era policial, para ninguém chegar perto dele", aponta uma testemunha, que preferiu não ter a identidade revelada.

Josimar e André foram socorridos, mas os óbitos foram confirmados no hospital do município. João Paulo foi preso em flagrante e pode receber a pena de até 30 anos de prisão por latrocínio, e até oito anos por organização de grupo para prática de violência, crimes inseridos no Código Penal Miltar. Na delegacia, ele teria comentado que entrou “em uma furada" e alegou inocência ao relatar que agiu em legítima defesa de terceiro.

A princípio, João Paulo foi apreendido no Comando de Policiamento de Área Metropolitano (CPA). Em seguida foi encaminhado para o Presídio Militar Romão Gomes, na Vila Albertina, Zona Norte de São Paulo. Em nota, a Secretaria da Segurança Pública e a Polícia Militar garantiu que instaurou um inquérito para apurar as circunstâncias do fato.

Sem praticar nenhum delito aparente, um homem negro, identificado como Jacob Blake, de 29 anos, foi baleado nas costas por policiais, nesse domingo (23), em Kenosha, cidade do Wisconsin, nos Estados Unidos. A tentativa de homicídio ocorreu diante de populares. Centenas de pessoas protestaram em frente ao departamento de polícia local.

Dois policiais foram acionados para um "incidente doméstico", por volta das 17h, quando efetuaram os disparos. Em um vídeo, Blake tenta entrar em um carro, mas é perseguido, agarrado pela camisa e baleado por um dos agentes.

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Informações apontam que a vítima tentava separar uma briga, quando os policiais chegaram. De acordo com a página de denúncias policiais Redfishstream, os três filhos de Blake estavam dentro do carro. O vídeo abaixo tem imagens fortes.

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Ele foi levado ao hospital e está em estado grave. As autoridades não explicaram o motivo dos disparos e afirmaram que o caso será apurado ela Justiça.

Centenas de pessoas uniram-se em protesto e incendiaram veículos. Policiais usaram gás lacrimogênio para dispersar os manifestantes, já na madrugada desta segunda-feira (24).

O governador Tony Evers lamentou o ocorrido, garantiu que torce pela recuperação de Blake e fez uma série de publicações sobre a atitude. "Embora não tenhamos todos os detalhes ainda, o que sabemos com certeza é que ele não é o primeiro homem negro ou pessoa a ser baleada, ferida ou impiedosamente morta nas mãos de indivíduos que fazem cumprir a lei em nosso estado ou país", escreveu.

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Soldados da Polícia Militar de Pernambuco apreenderam, no fim da noite desse sábado (22), em torno de 340 quilos de maconha e seis quilos de crack. A ação aconteceu no bairro do Ibura, Zona Sul do Recife, onde também foram encontradas embalagens plásticas para a distribuição de entorpecentes e uma máquina de prensar drogas.

Segundo a PM, o setor de inteligência do 19º Batalhão recebeu informações de que um depósito de uma distribuidora, localizado na Rua Empresário Ricardo Brennand, na UR-4, estava sendo usado para o tráfico de drogas. “O responsável pelo local foi surpreendido com a chegada dos policiais e não reagiu”, informou a Polícia Militar.

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O suspeito e os materiais apreendidos foram encaminhados para a Delegacia de Boa Viagem, no Recife. Só houve uma prisão até o momento.

Na manhã desta quinta-feira (13), policiais militares destruíram a Escola Popular Eduardo Galeano do Quilombo Campo Grande, instalado em Campo do Meio, no Sul de Minas Gerais. As autoridades cumprem a reintegração de posse do terreno, onde mais de 450 famílias vivem há cerca 23 anos.

De acordo com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), cerca de 200 policiais chegaram ao local por volta das 6h para tentar despejar os moradores, que resistiram à operação. A principal crítica dos quilombolas recai sobre o governador Romeu Zema (Novo), que havia sinalizado a suspensão da reintegração da Fazenda de Ariadnópolis. Nas redes sociais, o grupo levantou a campanha #ZemaCovarde.

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"Em meio a pandemia, as famílias não têm onde se abrigar. A polícia chegou a propor levá-las para a Vila Vicentina, local onde se concentram todos os casos confirmados de COVID-19 no município", criticou o deputado federal Valmir Assunção (PT).

Em defesa, Zema explicou que a Secretaria de Desenvolvimento Social uniu-se à Comissão de Direitos Humanos da OAB e ao Conselho Estadual de Direitos Humanos para tentar impedir o despejo durante a pandemia. Entretanto, a solicitação não foi atendida pela Justiça.

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Um jovem de 19 anos, suspeito de matar e assar um cachorro para comer, foi preso nessa quinta-feira (6) em Curitiba, capital do Paraná. Ele foi levado à delegacia após tentar subornar os policiais militares.

A denúncia aponta que o suspeito matou o cãozinho a chutes e chegou a oferecer como carne de porco aos vizinhos. Para evitar a prisão, ele ofereceu dinheiro aos policiais, que o encaminharam à delegacia.

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No local, o jovem teria afirmado que, além do cachorro, já havia comido passarinhos e chegou a pedir para comer um ganso. Familiares informaram que ele não tem proximidade com parentes e é usuário de drogas. Diante das infrações, ele deve responder por maus tratos aos animais e corrupção, de acordo com o Último Segundo.

A partir deste domingo (2), a cidade de Caruaru, Agreste de Pernambuco, deverá ter o número de policiais militares ampliado na Feira da Sulanca, saltando de 86 para 283 servidores que devem combater aglomerações de pessoas no local. A ampliação segue até a segunda-feira (3).

O perímetro do Parque 17 de Maio e vias adjacentes terão, segundo a PM, as ações de isolamento iniciadas às 7h deste domingo, seguindo até as 20h da segunda -feira, ininterruptamente. A Prefeitura de Caruaru acredita que, com o emprego da Polícia Militar em pontos de bloqueio, patrulhamento a pé, em viaturas, motocicletas e cavalo, as possíveis aglomerações serão combatidas.

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Veículos e/ou mercadorias que causarem desordem poderão ser apreendidos. Essas medidas são efetivadas depois que aglomerações foram registradas na última segunda-feira (27), em especial na Rua Miguel de Sena, na Avenida João de Barros e na Estrada da Pitombeira. Essas ruas, inclusive, devem receber o policiamento fixo que será realizado a pé e motorizado.

*Com informações da assessoria

A polícia lançou gás lacrimogêneo, na madrugada deste sábado (25), para dispersar manifestantes na cidade norte-americana de Portland, nos mais recentes protestos contra o racismo e a brutalidade policial.

Portland, no estado do Oregon, tem sido há dois meses cenário de protestos.

No ínicio, assim como aconteceu em várias cidades do país, a multidão tomou as ruas para protestar contra o racismo, após a morte, em Minneapolis, do afro-americano George Floyd nas mãos de um policial branco.

Depois, a revolta cresceu diante do polêmico envio de agentes federais, ordenado pelo presidente Donald Trump, para a segurança das cidades onde houve protestos.

Apoiada por agentes federais, a polícia local conseguiu dispersar a multidão de madrugada, usando gás lacrimogêneo.

As manifestações se intensificaram em meados de julho, quando os agentes federais chegaram à Portland.

Em vários vídeos publicados nas redes sociais, estes agentes, vestidos com uniformes paramilitares e sem distintivos de identificação visíveis, aparecem usando veículos sem placa para deter os manifestantes, incendiando ainda mais os protestos.

O Departamento de Justiça abriu na última quinta-feira (23) uma investigação oficial sobre a bastante polêmica ação dos agentes federais.

Em campanha para sua reeleição em novembro, Trump disse que o envio dos agentes federais buscava "restaurar a ordem".

Na quarta-feira, ele anunciou que a presença de agentes federais em Chicago e em outras cidades será intensificada, após o ressurgimento da criminalidade e de tiroteios.

Para além das tensões, também houve humor na manifestação da noite de sexta-feira em Portland, ao ritmo de tambores e de fogos de artifício, em meio aos aplausos da multidão.

Alguns se reuniram antes do anoitecer em frente a um monumento comemorativo dedicado aos cidadãos negros mortos pela violência policial.

"É incrível que venha tanta gente, então eu quero ser apenas mais uma voz", disse Sean Robinson, um gerente de informática. "E minha outra mensagem é que a vida dos negros importa!", afirmou, usando o slogan do movimento Black Lives Matter.

Na mochila de Daniel Douglas, de 31 anos, estava escrito "Federais fiquem longe".

"Não queremos que os federais de fora da nossa cidade ocupem a nossa cidade e aterrorizem nossas comunidades", explicou.

Comemorando o seu aniversário de 8 anos, Talita, uma criança da cidade de Piúma, no Espírito Santo, se vestiu de policial e ganhou uma surpresa da Polícia Militar do Estado. A festa, realizada no último sábado (4), contou com a participação de alguns policiais do batalhão.

Apesar de não ter parentes que são policiais, Talita é fã dos profissionais desde os seus dois anos de idade, e em março pediu a sua mãe uma festa de aniversário com a 'Polícia Militar' como tema. 

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A mãe, Adelaine, entrou em contato com o comandante do batalhão em Piúma e contou sobre a história da filha. Na festa, Talita estava com a farda polícia e homenagem aos policiais e contou com a presença de dois soldados.

Seguindo as recomendações de saúde, tanto a criança, quanto os profissionais que participaram da festa usaram máscaras para se proteger do coronavírus. A mãe de Talita agradeceu a presença dos policiais e contou que o "sonho da filha é ser policial".

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Os policiais envolvidos na morte do afro-americano George Floyd comparecerão nesta segunda-feira (29) no tribunal de Minneapolis para a primeira audiência do assassinato que reabriu as profundas feridas raciais nos Estados Unidos.

O ex-agente branco Derek Chauvin, de 44 anos, vai se apresentar a partir das 17h15 GMT (14h15 de Brasília) por videoconferência da prisão de segurança máxima onde está detido. 

Chauvin é acusado de homicídio por asfixiar Floyd, um negro de 46 anos, ajoelhando-se em seu pescoço por mais de oito minutos. Acusados de cumplicidade, Alexander Kueng, Thomas Lane e Tou Thao devem comparecer pessoalmente na audiência. Os dois primeiros foram libertados sob fiança de US$ 750.000.

Os quatro, que podem pegar até 40 anos de prisão, poderiam aproveitar a audiência para se declarar culpado ou não. Resta saber se serão julgados juntos ou separadamente.

Os quatro participaram na detenção em 25 de maio de Floyd, suspeito de tentar comprar um maço de cigarros com uma nota falsa de US$ 20 em uma pequena loja em Minneapolis, no norte dos Estados Unidos.

Floyd, um homem corpulento, foi algemado e deitado no chão, onde Chauvin colocou o joelho sobre seu pescoço para mantê-lo imóvel.

"Não consigo respirar", disse Floyd várias vezes antes de desmaiar. Mas, apesar dos pedidos e das intervenções dos transeuntes, Chauvin continuou a pressionar o pescoço de Floyd.

A tragédia, cujas imagens capturadas por um transeunte viralizaram, provocou uma onda de protestos sem precedentes desde as grandes marchas pelos direitos civis da década de 1960, que até transcenderam as fronteiras dos EUA.

- Desmantelar a polícia -

A raiva nas ruas aumentou rapidamente porque, a princípio, o sistema de justiça demorou a reagir.

A polícia imediatamente demitiu os quatro homens, mas o promotor local responsável pelo caso só prendeu Chauvin quatro dias após os eventos e o acusou apenas de "homicídio involuntário", sem processar seus colegas.

O caso foi retirado da promotoria local e passou diretamente ao procurador do estado de Minnesota. Mais tarde, a necrópsia confirmou que Floyd havia morrido devido à "pressão no pescoço" e as acusações contra Chauvin foram reclassificadas como "homicídio".

Os outros três policiais envolvidos foram presos e acusados de "cumplicidade".

Mas, embora isso tenha sido um alívio para a família de Floyd, os protestos continuaram nos Estados Unidos.

As marchas passaram a exigir a reforma da polícia, o fim da desigualdade entre cidadãos negros e brancos e uma reflexão do passado racista e escravista do país.

Essa pressão deu seus primeiros frutos: vários departamentos de polícia do país renunciaram ao "mata-leão", outros se comprometeram a tornar públicas as responsabilidades de seus agentes ou a excluir os poderosos sindicatos dos processos disciplinares.

A prefeitura de Minneapolis decidiu desmantelar sua polícia para reinventar a maneira como a lei é aplicada.

Mas no nível federal, o progresso tem sido mais tímido. O presidente republicano Donald Trump, que está em campanha pela reeleição em novembro, concentrou-se nos excessos cometidos às margens dos protestos, apresentando-se como garantidor da "lei e da ordem".

Sete policiais afegãos foram mortos neste sábado (13) por um grupo de talibãs no centro do país, anunciaram as autoridades.

O Talibã "matou sete policiais e feriu outro. Um policial está desaparecido", disse o chefe da polícia do distrito de Pasaband, na província de Ghor, onde o ataque ocorreu.

O ataque não foi reivindicado pelos insurgentes por enquanto. Na sexta-feira (12), pelo menos quatro pessoas foram mortas em um ataque a uma mesquita em Cabul durante a oração.

Atualmente, o Afeganistão está lidando com várias crises: a rápida disseminação do coronavírus no país e a violência, apesar dos sinais de que o governo e o Talibã estão perto de negociar a paz.

O presidente Ashraf Ghani prometeu na quinta-feira (11) concluir a troca de prisioneiros, que é a principal condição para iniciar as negociações de paz com os insurgentes após quase 19 anos de guerra.

O Talibã em geral reduziu seus ataques às cidades afegãs desde fevereiro, após a assinatura de um acordo com os Estados Unidos para preparar o caminho para negociações de paz com o governo de Cabul.

O cessar-fogo durante o feriado do Eid al-Fitr, marcando o final do mês de jejum do Ramadã em maio, aumentou as esperanças de que os dois lados se sentariam para negociar.

"Enquanto o governo continua avançando no caminho da paz, o Talibã continua sua campanha de violência contra o povo afegão", escreveu no Twitter Javid Faisal, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, órgão do governo.

Uma análise feita em projeto do Cato Institute em 3,2 mil acusações criminais contra policiais dos EUA entre abril de 2009 e dezembro de 2010 identificou que só 33% das acusações resultaram em condenação, dos quais 36% cumpriram tempo de prisão. Se consideradas estas taxas, conservadoras perto do número de outros institutos que compilam dados sobre o tema, os cidadãos comuns são condenados e cumprem pena no mínimo o dobro de vezes mais do que policiais.

O projeto Mapping Police Violence traça um cenário de ainda maior impunidade e estima que 99% das mortes por policiais entre 2013 e 2019 acabaram sem acusação criminal.

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O promotor-geral de Minnesota, Keith Ellison, endureceu nesta quarta-feira (3) a acusação contra o ex-policial Derek Chauvin, que matou George Floyd no dia 25 ao pressionar o joelho no pescoço dele por cerca de oito minutos, apesar de o homem negro de 46 anos dizer que não conseguia respirar. Chauvin teve sua acusação ampliada para homicídio em segundo grau - assassinato não premeditado, com negligência e risco de matar e causar danos corporais à vítima. Inicialmente, a acusação era homicídio em terceiro grau, quando o responsável agiu sem intenção.

Manifestantes e parentes de Floyd pedem acusação de primeiro grau, quando há clara intenção de matar. No caso de Minneapolis, o objetivo de matar ainda deve ser discutido, mas ainda não ficou claro para a Promotoria. O promotor afirmou que Chauvin pode ser acusado pelo homicídio em primeiro grau se houver evidências. "Neste momento, levamos à máxima acusação ética que pudemos", afirmou. Os outros três policiais que ajudaram Chauvin a imobilizar o ex-segurança no chão também foram acusados por Ellison.

Os manifestantes nas ruas exigem uma resposta não apenas para o caso de Floyd. Nos EUA, poucos policiais respondem criminalmente pelo abuso da força e, quando acusados, raramente são condenados.

"Estou cansado de ver a polícia fazer o que quiser sem consequência", afirma Jayden Ford, de 18 anos, que participou dos protestos em frente à Casa Branca, em Washington. Os manifestantes pedem não só a responsabilização da polícia, mas também prestação de contas, mecanismos de controle e transparência, como forma de conter o racismo e o abuso da violência.

"Sem justiça, sem paz", gritam os manifestantes nos Estados Unidos, com pedido de responsabilização da polícia por atos de violência e racismo cometidos contra negros no país. O mote do movimento, uma releitura de frase dita por Martin Luther King em 1967, mostra que os atos continuarão enquanto a percepção sobre impunidade policial não se alterar. Nos EUA, poucos policiais respondem criminalmente pelo abuso da força e, se acusados, raramente são condenados.

"O que aconteceu com George Floyd é um catalisador, mas as pessoas não vão deixar de protestar pelo fato de uma acusação passar de terceiro para segundo grau. É só parte de um quebra-cabeças. As pessoas estão nas ruas por tudo o que acontece nas comunidades e não vira notícia. Mudar a acusação não vai aliviar a raiva e a demanda", afirma o ex-promotor Adam Foss e responsável pelo Prosecutor Impact, que treina novos promotores para lidar com questões como pobreza e desigualdade racial na Justiça criminal.

A polícia matou três pessoas por dia nos EUA em 2019. Os negros, apesar de representarem 13% da população, são mais de 30% das vítimas. Uma análise do Washington Post com pesquisadores do Bowling Green State University mostra que 54 policiais foram formalmente acusados por disparos que causaram morte entre "milhares" de registros em uma década - de 2005 a 2015.

Dos 54, 21 foram absolvidos. Na "vasta maioria" dos casos analisados, a pessoa morta estava desarmada. Em três a cada quatro casos, o policial era branco. Dois terços dos disparos de policiais brancos foram direcionados a negros. Nenhum policial negro atirou de forma a matar uma vítima branca no período analisado.

Um relatório da União Americana de Liberdades Civis de 2017 para a Comissão Interamericana de Direitos Humanos relatava a falta de mecanismos de controle da polícia americana. O problema, aponta a organização, começa na falta de estrutura legal para responsabilização criminal e passa pela formatação do sistema de justiça.

A acusação de policiais é feita por promotores, que muitas vezes têm proximidade com os policiais envolvidos. Mesmo quando há acusação criminal, há tendência de júris de serem favoráveis aos policiais. Entre 2008 e 2012, a cidade de Dallas, no Texas, teve 175 júris para avaliar crimes cometidos por policiais. Só um resultou em condenação.

Nos casos em que os promotores estaduais não dão andamento à investigação, o caso pode passar a ser conduzido por procuradores federais, como foi com a morte de Eric Garner, que deu força ao movimento Black Lives Matter em 2014. Entre os crimes por policiais analisados na esfera federal, o tempo médio de investigação é de três anos e 96% das possíveis acusações acabam rejeitadas, segundo dado citado pelo Washington Post.

Em 1989, a Suprema Corte americana tomou uma decisão controvertida e decidiu que um oficial deve agir de forma "objetivamente razoável" de acordo com as circunstâncias que percebeu na ocasião, sem olhar os atos em retrospectiva. A decisão é vista como uma das que dificulta a punição policial pelo abuso da força. Em uma decisão anterior, a Corte estabeleceu que um oficial não pode usar a força de maneira letal para prevenir uma fuga, exceto se tiver "crença de boa-fé" que há uma significativa ameaça de morte ou de lesão corporal.

No caso de Floyd, o vídeo não deixa dúvidas que o americano estava vulnerável à ação policial, sem nenhuma capacidade de reação ou de ameaça aos quatro policiais que se ajoelharam em cima dele, enquanto ele foi colocado deitado de barriga para baixo no asfalto. Se a morte de Floyd não é exceção, a diferença desta vez é que tudo está gravado e disponível na internet.

Os problemas no controle da polícia não estão apenas na dificuldade de avançar com acusações criminais no caso de crimes cometidos por oficiais. Há dificuldade em coletar dados da corporação e em manter uma estrutura interna de autocontenção. Dos 50 maiores departamentos de polícia do país, apenas seis possuem conselhos formados por civis com autoridade para impor medidas disciplinares.

Os pesquisadores do centro de estudo sobre o tema da New York University, chamado Policing Project, também defendem que "problemas sistêmicos e estruturais não serão corrigidos apenas com a responsabilização". O professor de direito da universidade e uma das lideranças no grupo, Barry Friedman, afirma que as regras normais de governança democrática "desaparecem" quando se fala da polícia nos EUA.

Em comunicado após a morte de Floyd, os acadêmicos do Policing Project afirmam que o país "deixou a polícia livre para se regular". "Embora alguns deles realmente tentem, muitos não estão ouvindo o que as comunidades que estão policiando têm a dizer", afirmam.

Adam Foss teve destaque ao usar métodos alternativos de pena na Justiça criminal. Há uma tensão, segundo ele, em argumentar que não se deve usar o sistema de Justiça como resolução de problemas e, ao mesmo tempo, defender a responsabilização de policiais que cometem crimes, pois é quase inexistente no país.

"É por isso que é preciso ter empatia também com os policiais. É uma cultura que tem de mudar, há ensinamentos trazidos desde quando somos crianças. A responsabilização e a prestação de contas é uma forma de mudar as coisas, mas precisamos debater como contratamos, treinamos, testamos e possibilitamos desenvolvimento profissional desses policiais. Em 2006, um relatório do Departamento de Justiça apontou que policiais recebem mais de 100 horas de treinamento em manejo de armas e autodefesa e apenas 8 horas de treinamento em mediação de conflitos e relação com a comunidade."

As imagens de conflitos entre manifestantes e policiais se acumularam no fim de semana nos Estados Unidos à medida que as autoridades intensificavam seus esforços para reprimir revoltas com balas de borracha, spray de pimenta e gás lacrimogêneo em violentos atos que assolavam cidades em todo o país. Mas alguns policiais tiveram ações bem diferentes e proporcionaram imagens contrastantes que contavam outra história sobre o momento nacional turbulento após a morte de George Floyd, um negro de 46 anos, por um policial branco em Minneapolis, no Estado de Minnesota.

De Nova York a Des Moines, os policiais - às vezes de uniformes - ajoelharam-se ao lado dos manifestantes e marcharam em solidariedade com eles. O ato tornou-se sinônimo de protestos pacíficos nos últimos anos depois que o jogador de futebol Colin Kaepernick se ajoelhou como parte dos protestos contra a brutalidade policial contra cidadãos negros desarmados.

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Um vídeo que viralizou no Facebook mostra duas pessoas de uniforme se juntando a uma multidão ajoelhada no Queens. "Obrigado!", gritaram as pessoas na multidão. Os oficiais ainda permaneceram no local quando um círculo de pessoas começou a cantar nomes de americanos negros mortos em casos recentes infames.

Também houve aplausos na capital de Iowa quando os policiais de Des Moines se ajoelharam atrás de uma barricada policial. Dois fizeram uma oração pela segurança dos que estavam reunidos.

Policiais também foram filmados do lado de fora do tribunal em Spokane, no leste de Washington, ajoelhados a pedido dos manifestantes. Autoridades de segurança em Washington, Miami e Santa Cruz, na Califórnia, também tiveram atitudes semelhantes.

Mas o gesto nem sempre difundiu a tensão ou respondeu às demandas subjacentes dos manifestantes pelo fim da brutalidade policial. Aleeia Abraham, que filmou vídeos de policiais ajoelhados no Queens, disse à CNN que a ação foi insuficiente. "Isso é ótimo, é um bom sinal, mas o que realmente estamos procurando é ação", disse ela. "Ficarei ainda mais impressionada quando não formos pisadas e abatidas. Esse é o momento que estou procurando".

Chris Freeman, de 31 anos, na Filadélfia, disse que manifestantes exigiram que os policiais pronunciassem as palavras "vidas negras importam", concentrando-se principalmente nos policiais negros.

Em Michigan, o xerife do condado de Genesee, Chris Swanson, marchou com manifestantes. O mesmo fez o chefe de polícia de Norfolk. Em Atlanta, o chefe de polícia recebeu elogios por ter invadido uma multidão de manifestantes, estendendo as mãos e perguntando sobre as preocupações deles. "As pessoas estão chateadas, com raiva, com medo e eu entendo", disse a chefe de polícia Erika Shields. "Eles querem ser ouvidos."

Mas aderir às demandas dos manifestantes trouxe repreensão em alguns lugares. No centro da cidade de Washington, um oficial negro que se ajoelhou foi arrancado da multidão por seu supervisor e voltou para a fila.

De qualquer forma, as cenas ofereceram um contraste com imagens de policiais ignorando os apelos dos manifestantes em outros casos e, às vezes, recorrendo ao uso da força.

Os Estados Unidos estão passando por uma onda de protestos desde a última semana para pedir justiça pela morte de George Floyd, 40 anos. Com a repercussão, diversos artistas aderiram aos protestos que nesta segunda-feira (1) chega ao seu oitavo dia.

Os atores Michael B Jordan, Jamie Foxx, Anna Kendrick, John Cusack participaram das manifestações no país. Além deles, a filha de Michael Jackson, Paris Jackson, as cantoras Ariana Grande, Halsey, Lauren Jauregui e o rapper Swae Lee também marcaram presença.

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Os protestos começaram quando o caso ganhou repercussão nas redes sociais após o vídeo da abordagem policial que acarretou na morte de Floyd viralizar. Nas imagens um policial branco aparece com os joelhos em cima do pescoço de Floyd enquanto ele gritava que não conseguia respirar.

Confira:

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Pelo menos oito policiais civis ou militares do Rio de Janeiro já morreram vítimas do coronavírus, até esta terça-feira (5). Outras três mortes estão sendo investigadas, e 252 agentes tiveram a covid-19. Mais de 2.100 agentes foram afastados temporariamente do trabalho por apresentarem sintomas da doença.

O impacto sobre a Polícia Militar é maior. Até esta terça-feira, sete PMs haviam morrido pela covid-19. Mais de 2.100 agentes já tinham sido afastados, por períodos distintos, por suspeita da doença, e 180 casos foram confirmados. Desde o dia 23, um contêiner refrigerado está instalado ao lado do Hospital Central da Polícia Militar, no Estácio (região central do Rio), para abrigar eventuais corpos de policiais militares. Questionada nesta terça-feira, a corporação não informou se o contêiner já precisou ser usado. Na Polícia Civil, um agente morreu em razão da doença, e outras três mortes estão sendo investigadas. Já foram confirmados 72 casos de covid-19 na corporação.

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Em nota, a Polícia Militar informou que "vem tomando diversas medidas para minimizar os impactos na tropa, como remanejamento de pessoal de saúde para atender pacientes com covid-19, aquisição de insumos e equipamentos e readequação das policlínicas, do Hospital da Polícia Militar em Niterói (Região Metropolitana do Rio) e do Hospital Central da PM".

Segundo a corporação, "no Hospital Central houve necessidade da reestruturação de enfermarias e do Centro de Tratamento Intensivo para internação de pacientes graves com covid-19, com suporte de respiradores e monitores, reestruturação da rede de gases e vácuo e necessidade de reforço de energia, com aquisição de gerador".

Ainda segundo a PM, "medidas emergenciais estão em andamento, como processos de contratação de pessoal para abertura de leitos no HCPM, recompondo parte do déficit de profissionais de saúde, como também o credenciamento de hospitais para a internação de policiais militares".

A Polícia Civil informou, também em nota, que uma resolução publicada em 13 de março determina que "policiais civis com mais de 60 anos e com comorbidades que integram o grupo de risco sejam afastados para trabalho remoto". Agentes das duas forças de segurança estão usando máscaras e álcool gel, para minimizar o risco de contaminação pelo coronavírus.

Confrontos entre policiais e grupos de jovens foram registrados pela segunda noite consecutiva no domingo (19), em um subúrbio ao norte de Paris, após um controle que resultou em um motociclista ferido em meio ao confinamento pelo coronavírus.

Os incidentes começaram por volta da meia-noite em Villeneuve-la-Garenne e duraram uma hora. Grupos de jovens queimaram veículos e jogaram dispositivos de pirotecnia na polícia, que respondeu com balas de borracha e gás lacrimogêneo, segundo um jornalista da AFP.

Os incidentes se espalharam para o subúrbio vizinho de Aulnay-sous-Bois, onde a polícia afirma ter sofrido uma "emboscada" por parte dos moradores de um conjunto habitacional social, ocupado principalmente por imigrantes. Eles afirmam estarem sujeitos a duras verificações policiais.

Quatro pessoas foram detidas, disse uma fonte policial à AFP. Os distúrbios em Villeneuve-la-Garenne começaram na noite de sábado, depois que um motociclista foi ferido durante um controle da polícia.

O motociclista de 30 anos foi hospitalizado com uma perna quebrada e teve de passar por uma cirurgia depois de colidir com a porta aberta de um carro da polícia. Os moradores alegam que a porta foi aberta propositadamente pelos agentes.

Os policiais alegaram ter aberto a porta para controlar o jovem que estava em alta velocidade e sem capacete, e que quase atropelou um agente.

O homem entrará com uma queixa contra os agentes, disse seu advogado à AFP. O gabinete do promotor de Nanterre, perto de Paris, abriu uma investigação sobre o acidente e os atos de violência contra a polícia.

A França aplica um rigoroso confinamento desde 17 de março para conter a epidemia de coronavírus que matou quase 20.000 pessoas no país.

As autoridades anunciaram que as medidas de contenção começarão a ser gradualmente levantadas em 11 de maio.

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